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Trabalho de Teoria Psicanalítica

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
 Curso de Psicologia 
 
 
 
 ALINE GOMES BASILIO LIMA – F058581 
 DAMARIS SOARES D. TRINDADE – N4191B0 
LARISSA RAMOS DE FREITAS – N533676 
LUCAS DE LIMA MANÇANO – N4783E6 
SAMUEL FARIA DE ALBUQUERQUE –F0967D8 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA PSICANALITÍCA 
COMPLEXO DE ÉDIPO E SUA FUNÇÃO NO DESENVOLVIMENTO 
HUMANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
 
 
 
 
 
 ALINE GOMES BASILIO LIMA – F058581 
 DAMARIS SOARES D. TRINDADE – N4191B0 
LARISSA RAMOS DE FREITAS – N533676 
LUCAS DE LIMA MANÇANO – N4783E6 
 SAMUEL FARIA DE ALBUQUERQUE – F0967D8 
 
 
 
 
 
 
TEORIA PSICANALITÍCA 
COMPLEXO DE ÉDIPO E SUA FUNÇÃO NO DESENVOLVIMENTO 
HUMANO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de teoria psicanalítica, do 4º e 5º 
semestre do curso de Psicologia, 
Universidade Paulista – UNIP. 
Orientação: Prof.ª Rosélia Bezerra Paparelli 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
2021 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 4 
1.1 O QUE É O COMPLEXO DE ÉDIPO? ................................................ 4 
1.2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO FREUD 
E ROGERS ............................................................................................................ 6 
2. DESENVOLVIMENTO ...................................................................... 8 
2.1 ÉDIPO E O SEU IMPACTO NA SOCIEDADE. ................................... 8 
2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DO COMPLEXO DE ÉDIPO ..................... 9 
2.3 NOVA PERSPECTIVA PARA O COMPLEXO DE ÉDIPO ............... 10 
2.4 O COMPLEXO DE ÉDIPO E A POLARIDADE MASCULINO-
FEMININO ........................................................................................................... 10 
3. CONCLUSÃO ................................................................................. 14 
4. BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 O QUE É O COMPLEXO DE ÉDIPO? 
 
 
O Complexo de Édipo foi uma das obras de Freud que teve como objetivo 
compreender o desenvolvimento da sexualidade humana. Deve-se compreender 
que sua importância é crucial para o desenvolvimento psicossexual do ser 
humano. Sua intenção em querer estudar tal tema causou certo impacto, tendo 
em vista que para o pensamento da época a criança era considerada destituída 
de sexualidade. Freud concluiu que a criança era dotada de uma sexualidade 
subjetiva que precisava ser desenvolvida para que, posteriormente, pudesse ser 
atingida a maturidade sexual. 
Segundo Freud, o núcleo da neurose é o complexo de Édipo. Para ele, 
todo menino. em torno de quatro a cinco anos, deseja. inconscientemente. 
possuir sua mãe e, de algum modo, eliminar seu pai. Mas o temor que sente pelo 
seu pai e o medo de ser castrado, o reduz a um ser “assexuado”. 
Esse medo da castração anula definitivamente o complexo de Édipo e os 
dois (complexo de Édipo e de castração), representam o ápice do 
desenvolvimento da sexualidade infantil. 
De fato, como os desejos incestuosos não são tolerados na maioria das 
sociedades, o complexo de Édipo não tem outro fim senão o de ser vencido, pelo 
menos parcialmente pelo complexo de castração. 
A ansiedade da castração, o temor e o amor pelo seu pai e o amor e o 
desejo sexual por sua mãe não podem nunca ser completamente resolvidos. Na 
infância, todo o complexo é reprimido. Mantê-lo inconsciente, impedi-lo de 
aparecer. evitar até mesmo que se pense a respeito ou que se reflita sobre ele - 
essas são algumas das primeiras tarefas do superego em desenvolvimento. 
Lacan nunca chegou a dizer explicitamente que o paradigma da 
psicanálise não é o complexo de Édipo, porém deixou muitas indicações a esse 
respeito. 
Uma primeira indicação encontra-se em sua aula "O mal-entendido". 
Sabe-se que Otto Rank apresentou uma hipótese sobre a angústia 
baseada no "trauma do nascimento" da qual Freud discordou em diversas 
 
 
oportunidades, especialmente no capítulo X de "Inibição, sintoma e angústia”, 
porque contrariava radicalmente sua hipótese da angústia de castração. 
Lacan participa dessa polêmica com sua hipótese: 
"Não há outro traumatismo do nascimento senão nascer 
desejado. Desejado ou não, dá no mesmo, porque pelo fala ser. O 
ser falante em questão se reparte em geral em dois falantes que 
não falam a mesma língua, que não se ouvem e não se entendem". 
 
É por esse viés que Freud aborda o tema fantasia na “Conferência XXIII”. 
Iniciando pelo sintoma, ele chega à fantasia que está em sua base. A fantasia 
determina o sintoma. A retração da libido para a fantasia é o meio caminho para 
a formação dos sintomas. Mas fantasiar é princípio do prazer, é uma construção 
para conseguir prazer. Freud chega a afirmar que não podemos passar sem essa 
construção auxiliar que é a fantasia, pois os homens não podem subsistir com a 
escassa satisfação que podem obter da realidade. A fantasia é o elemento 
psíquico que escapa do teste de realidade. Se o sintoma está articulado com a 
fantasia é porque ambos representam a realização de um desejo. E se esse 
desejo não pode ser realizado, por influência das instâncias repressoras, então 
o sintoma é uma satisfação substituta de uma fantasia de desejo, uma formação 
de compromisso entre duas tendências psíquicas opostas. 
 
Porque, então, as histéricas relatam uma fantasia mascarada de trauma? 
Freud se pergunta isso, e nesse momento ele acaba sugerindo que a culpa é da 
pulsão. Além disso, ele chega ao ponto que toca no real da fantasia, aí ele se 
esbarra com um “nada mais sei sobre isso”, e atribui essa face traumática da 
fantasia à herança filogenética. 
Quanto ao trauma, ele pode ser considerado como algo que vem de fora, 
como um choque violento que exclui o sujeito. O trauma exclui o sujeito porque 
não é articulado ao desejo, é alguma coisa que vem de fora e que tem 
intensidade suficiente para superar a capacidade do sujeito de dominar e 
elaborar psiquicamente o ocorrido. Por isso mesmo, por ser algo da natureza de 
um evento e de não poder ser significado, é que o trauma é da ordem do real. O 
 
 
trauma é o elemento impossível de afastar segundo as normas do princípio do 
prazer. 
 
Colette Soler (2004) afirma que a questão de se implicar ou não o trauma 
como causa de neurose não é meramente científica. Antes, ela é ética, pois 
implicar o trauma como causa de adoecimento psíquico é redimir o sujeito de 
sua culpa. Se a culpa é do trauma, então, só resta ao sujeito o lugar de vítima 
ou de objeto que sofre o trauma. É necessário que o sujeito reconheça sua 
implicação subjetiva na causa de seus próprios sintomas, pois, sem esta 
implicação, não se entra em análise. Dá para entender a razão que levou a 
psicanálise a se afastar do trauma. 
 
 
1.2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO FREUD 
E ROGERS 
 
Freud e Rogers são representantes de duas forças na psicologia: a 
Psicanálise e a Psicologia Humanística. Também são os criadores de duas 
abordagens psicológicas de grande repercussão e como tal, deixaram nos 
trabalhos que legaram à humanidade a marca de suas personalidades e das 
influências que sofreram de suas culturas. 
A Psicanálise dc Freud. foi influenciada pela física newtoniana. pelo 
cartesianismo e pela época vitoriana. A Abordagem Centrada na Pessoa de Carl 
Rogers é marcantemente holística e fenomenológica e fruto de uma cultura mais 
aberta sexualmente e democrática. 
Suas teorias do desenvolvimento humano refletem, como não poderia 
deixar de ser essas influências. Assim a necessidade de dividir o 
desenvolvimento humano em fases, comum a Freud se contrapõe a percepção 
global dessemesmo desenvolvimento em Rogers. Do mesmo modo, a ênfase 
que é dada por Freud aos aspectos sexuais fruto de uma cultura reprimida 
sexualmente, inexiste em Rogers. 
Mas não obstante suas percepções divergentes o conduzirem a 
teorizações diferentes a respeito dos fenômenos humanos, ambos contribuiram 
 
 
de maneira decisiva para uma maior compreensão do homem e para o avanço 
da psicologia sobretudo da psicologia clínica. 
Rogers considera o indivíduo como um todo que ao viver a sua 
experiência, introjeta e vive como sendo seus, muitos dos valores das pessoas 
que lhe são significativas na infância, contribuindo, assim, para a formação do 
seu autoconceito, muitas vezes, incongruente com a sua experiência 
organísmica total. Freud, por sua vez, destaca o aspecto psicossexual, na sua 
teoria do desenvolvimento humano, dividindo-o em três estágios pré-genitais, no 
período de latência e na fase genital. 
Tanto Freud quanto Rogers consideram a influência de pessoa que são 
significativas ao indivíduo durante o seu desenvolvimento e, posteriormente no 
seu relacionamento adulto. Já, na elaboração de suas teorias, propriamente 
ditas, o comportamento do indivíduo adulto, é explicado por Freud a partir do 
modo como o indivíduo viveu o seu complexo de Édipo, sobretudo, e as diversas 
fases do seu desenvolvimento psicossexual. Rogers, por sua vez, o explica a 
partir do modo como se processou, no individuo, a formação dos seus 
autoconceitos e do modo mais coerente ou menos coerente com a sua 
experiência organismica total. 
Segundo Freud, o núcleo da neurose é o complexo de Édipo, Rogers, por 
outro lado, acredita que o comportamento neurótico é fruto da dissociação da 
tendência atualizante, decorrente de um nível elevado de desacordo interno [17], 
vivenciado pelo indivíduo. Tal tendência ao se dividir, busca atender, de um lado, 
a necessidade do organismo como um todo; e do outro, a ideia que o indivíduo 
faz de si mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 ÉDIPO E O SEU IMPACTO NA SOCIEDADE. 
 
O Édipo em sua maioria é conhecido muitas vezes apenas pelo desejo do 
filho pela mãe e da filha pelo pai, mas muito mais do que isso o Édipo tem uma 
grande influência de como iremos nos portar em relação a sociedade enquanto 
adulto. Uma das funções do Édipo é o reconhecimento de que temos grandes 
limitações ao decorrer da vida e também como uma forma de entender o como 
e porque as pessoas fazem o que fazem. 
O Édipo encontra-se diretamente ligado com as fases psicossexuais 
Sigmund Freud fala que, durante estas fases se alguma delas não forem 
desenvolvidas corretamente enquanto criança o adulto que surgirá trará com si 
fixações, por exemplo aquele que não tem a fase oral bem desenvolvida pode 
obter fixações por cigarros, comida em excesso, etc... Não se tornam adultos 
psicologicamente estáveis, pois em algum momento desta fase houve o 
rompimento da sua evolução. Consequentemente não iram fazer o 
acompanhamento na psicoterapia, pois foi um hábito tratado com algo natural. 
Impactando por exemplo na sociedade o consumo excessivo de tabaco, 
fast food ou até mesmo o uso de drogas, prejudicando a saúde do mesmo e 
fazendo o uso excessivo de remédios potencializando a indústria farmacêutica e 
causando um efeito dominó. 
Como dito no parágrafo um pouco mais acima, em sua maioria o Édipo é 
conhecido pelos seus desejos incestuosos com sua mãe e a partir daí que ocorre 
o seu desenvolvimento e suas frustações, quando o menino entende que a 
consumação de seus sentimentos pela mãe não pode acontecer e tem o desejo 
de eliminar o seu pai da sua vida e percebe que isso não ocorrerá, ocorre o que 
chamamos de ansiedade da castração. O medo da castração anula de forma 
definitiva o complexo de Édipo e ambos (o medo da castração e o complexo de 
Édipo) marcam o desenvolvimento da sexualidade infantil. 
 Caso este medo referente a castração torna-se dominante sobre a vida 
da pessoa o homem pode vir a ter medo das mulheres, sendo desta forma a 
visão da mulher que não possui o órgão genital igual ao dele ativa o complexo 
 
 
de castração, recorrendo para sua vida amorosa um relacionamento 
homoafetivo. O que pode ocorrer de forma contraria nas mulheres de forma em 
que haja a negação da inveja do pênis (pois quando criança acreditava que já 
havia sido castrada e por isso inveja o pênis) recorrendo a uma vida amorosa 
homoafetiva. 
Em suma, podemos dizer que a teoria do desenvolvimento psicossocial 
proposto por Freud, considera que haja nos primeiros anos de vida uma 
progressão de experiências relacionadas com a descoberta do biológico-sexual 
da pessoa e que o mesmo seria de forma vitalícia afetado por essas experiências 
sexuais infantis. 
 
 
2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DO COMPLEXO DE ÉDIPO 
 
 
Édipo Rei é um personagem de um dos contos mais famosos da mitologia 
grega e também uma tragédia escrita pelo dramaturgo Sófocles (496-406 a.C.), 
por volta de 427 a.C. De maneira resumida, a lenda conta que Édipo Rei 
assassinou o seu pai e se casou com a própria mãe, tendo quatro filhos com ela. 
Ambos, no entanto, não sabiam que eram mãe e filho. Quando descobriram, a 
mãe-esposa de Édipo, se suicidou e ele desesperado arranca as órbitas dos 
próprios olhos e afirma que não quer ser testemunha da própria desgraça e dos 
próprios crimes. 
Tendo como base esse conflito nas relações familiares e os desejos 
amorosos entre os filhos e as figuras parentais, Sigmund Freud, desenvolve o 
conceito Complexo de Édipo. No qual, usa a literatura grega para explicar a fase 
do desenvolvimento psicossexual da criança, do sexo masculino, onde a criança 
começa a criar forte desejos pela figura materna e se rivaliza com a figura 
paterna. 
De acordo com a psicanálise freudiana, o complexo acontece durante a 
Fase Fálica, que ocorre entre os 3-5 anos de idade, sendo uma das fases mais 
importantes do desenvolvimento psicológico e sexual da criança. Essa fase trata 
 
 
da construção de formação do reconhecimento, no qual o pênis ou o clitóris é a 
zona erógena principal. Os relacionamentos tornam-se mais complicados do que 
no passado, onde nessa fase confusa de construção de libido, o garoto cria um 
desejo pelo sexo oposto, no caso, sua mãe. E começa a ver seu pai como rival, 
ao mesmo tempo como uma figura poderosa. 
A Fase Fálica é deixada no menino, pela a ameaça da castração, que 
provoca o mecanismo de repressão da primeira sexualidade. Segundo 
Laplanche e Pontalis (1992, p. 73) – 
 
 “O menino teme a castração como realização de uma ameaça paterna 
em resposta às suas atividades sexuais, surgindo daí uma intensa angústia de 
castração.” 
 
Essa superação do Complexo de Édipo é fundamental para que a criança 
perceba a representatividade do pai na relação, assim como a estruturação da 
personalidade individual do menino. 
 
 
2.3 NOVA PERSPECTIVA PARA O COMPLEXO DE ÉDIPO 
 
Ao tentar fazer uma releitura do complexo de édipo á luz de problemas 
atuais nos deparamos com dois principais pontos, a modificação da posição 
feminina conquistada nos tempos atuais e a maior aceitação das diferentes 
apresentações sexuais de gênero. 
 
 
 
2.4 O COMPLEXO DE ÉDIPO E A POLARIDADE MASCULINO-
FEMININO 
 
As observações de Freud sobre o complexo de édipo/castração muito 
provavelmente se baseiam em observações feitas por ele na clínica, e podendo 
 
 
se considera-las fundantes de subjetividade em relação aos padrões vigentes de 
masculinidade. 
No caso das meninas a que se considerar alguns pontos entre eles os três 
desfechos apresentados nelas por Freud (inibição, complexo de masculinidade 
e maternidade) e que a maternidade é o principal foco da feminidade. Nessa 
linha não há conceitos da sexualidade feminina livres, independentes da 
maternidade, pois as outras opções seriam o complexo de masculinidade e a 
frigidez. É importante perguntar então:• É possível pensar numa sexualidade feminina livre da maternidade, 
da histeria ou do complexo de masculinidade? 
• É possível se pensar num não desejo de ter filhos na mulher? 
Pode-se responder que sim, mas faz se necessário rever as limitações da 
teoria sobre o tema para que essa resposta tenha inclusão na teoria. 
A noção de maternidade na psicanálise esta ligada de maneira 
inseparável com a noção de filho-falo que se baseia numa carência fundamental 
presente na mulher, nesse caso o filho cumpriria o papel de substituição dessa 
carência e chegaria até a preenche-la. Não haveria outra explicação sobre o 
desejo da maternidade se não a inveja do pênis. O filho seria então visto sempre 
com um filho-falo. É importante ressaltar que isso não é generalizado, já que 
dessa forma seria impossível a mãe reconhecesse seu filho como “outro”. 
A intervenção paterna pode levar a um corte desse modo de enxergar o 
filho, mas seria necessário rever o conceito de função paterna separando-o de 
suas conotações patriarcais. Seria interessante denomina-lo de “função terceira” 
a qual poderia ser exercida por outros, até mesmo pela mãe com seus próprios 
recursos simbólicos. Dessa forma a mãe poderia exercer sua função terceira e 
garantir o reconhecimento do filho em sua alteridade. 
Da mesma forma de revermos o conceito de desejo de filho recorrendo ao 
conceito de desejo de Deleuze observasse que o autor sustenta que o desejo 
não vem de uma carência fundamental, mas ao contrário, a carência é um 
resultado do desejo. Dessa forma o desejo de ter um filho não teria uma 
explicação única, também podendo ser considerado de outros pontos de vista 
que permitiriam o reconhecimento da alteridade do/a filho/a. Ademais, usar a 
inveja fálica e o conceito de filho-falo como explicação única pode levar alguns 
 
 
analistas a superinterpretar a inveja fálica nas mulheres ao comparar feminidade 
com histeria. 
Segundo Freud (1917/1996), citado por Leo Dian (2020, p. 10), “Freud 
destaca que mesmo que a sexualidade infantil não tenha as mesmas funções 
que a sexualidade adulta, não quer dizer que ela não exista. Muito pelo contrário, 
é através dela que determina-se a organização sexual na adultez. Ele descreve 
pulsões parciais anárquicas pré-genitais, que eventualmente estará subordinada 
à primazia genital e à sujeição à função reprodutiva.” Ou seja, é de suma 
importância que seja desenvolvida a sexualidade na infância, para que o 
indivíduo no futuro possa ter uma vida sexual plena. 
É necessário compreender que a infância é uma preparação para a vida 
adulta e um mal desenvolvimento psicossexual pode prejudicar o indivíduo no 
futuro. Segundo Freud (1905), através da pratica clínica foi possível perceber 
que há variações no desenvolvimento sexual, o ambiente, pode não ter 
contribuído para que o individuo vivenciasse um fato importante para seu 
desenvolvimento, no entanto, ele aconselha que até esses feitos que podem ser 
considerados acidentes, sejam considerados processos cooperativos e não 
exclusivos. 
Um cenário no qual pode ocorrer um mal desenvolvimento é o abandono 
ou a falta de um lar para a criança se desenvolver. Podemos chegar a uma 
conclusão de que se torna bem difícil a continuidade de tal avanço, relacionando 
isso a falta de estrutura afetiva familiar. E é o que defende Klautau & Salem 
(2009), afirmando que a criança deve ser protegida de imprevisibilidades do 
ambiente além do tolerável por ela, ou seja, a criança deve ter o direito a 
condições mínimas que propiciem a interferência ativa e criativa sobre o meio, 
para que assim possa se desenvolver. 
Outro cenário que exemplifica uma interferência do desenvolvimento 
psicossexual é o descrito por Winnicott (1988), citado por Leo Dian (2020, p. 23), 
“Winnicott, ao trabalhar com crianças que foram separadas de suas famílias 
dentro do contexto da Segunda Guerra Mundial, percebeu as estratégias que 
estas empreendiam para defender-se da imprevisibilidade e recuperar a 
familiaridade na relação com o ambiente, por exemplo, no recurso às tendências 
antissociais, no excesso de agressividade ou mesmo na hipertrofia da vida 
mental.” Por conta de terem sido separadas de suas famílias e, portanto, 
 
 
privadas de sua plena condição de desenvolvimento, as crianças estavam 
apresentando tais sintomas como uma forma de auto defesa. 
Depois de pontuar sobre os malefícios e danos ao indivíduo por não ter 
se desenvolvido corretamente durante a infância, torna-se possível mensurar a 
importância, não só o Complexo de Édipo, mas também da evolução da 
sexualidade desde a primeira infância até a maturidade, havendo até a 
possibilidade de adquirir traumas e psicopatologias. Os estudos de Freud e de 
diversos outros autores e pesquisadores foram de grande valia e contribuíram 
grandemente no assunto. Quebraram paradigmas para que hoje pudéssemos 
compreender como funciona o desenvolvimento psicossexual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. CONCLUSÃO 
 
O que nos faz mudar a visão sobre o tema é a afirmação de Freud, no 
qual ele cita que a sexualidade não é algo restrito somente aos órgãos genitais, 
tem um significado mais abrangente. Com isso, concluímos o processo do 
desenvolvimento se inicia logo na infância, e, a possibilidade de haver um mal 
desenvolvimento por parte do indivíduo, podendo prejudica-lo futuramente, nos 
mostra a função que o Complexo de Édipo exerce no desenvolvimento humano. 
Portanto, foi possível compreender a importância da criação dessa teoria, 
tendo em vista que ela nos ajuda a entender sobre o desenvolvimento 
psicossexual humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. BIBLIOGRAFIA 
 
LACAN, J. O seminário, livro XVII: o avesso da psicanálise. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 1992. 
 
FREUD, S. Inibição, sintoma e angústia (1926). Edição Standard Brasileira. Rio 
de Janeiro: Imago, 1976. V. XX. 
FREUD, Sigmund. Além do princípio de prazer [1920]. In:______. Edição 
standard brasileira das obras psicológicas completas. Rio de Janeiro: Imago, 
1996. v.XVIII. 
FREUD, Sigmund. Conferências introdutórias sobre psicanálise [1917]. 
In:______. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Rio de 
Janeiro: Imago, 1996. v.XVII. 
FREUD, Sigmund. Fantasias histéricas e sua relação com a 
bissexualidade [1908]. In: ______. Edição standard brasileira das obras 
psicológicas completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v.XVII. 
FREUD, Sigmund. Inibições, sintomas e ansiedade [1926]. In: 
______. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Rio de 
Janeiro: Imago, 1996. v.XVII. 
FREUD, Sigmund. (1905). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: 
Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, v. 7, 
1969. 
 
LACAN, J. Le Malentendu. Séminaire Dissolution. (10/06/80). ORNICAR? 22/23. 
Paris: Navarin, 1981, p. 7. 
LEO DIAN, Ana Claudia. Os efeitos das falhas ambientais no desenvolvimento 
psicossexual: Um olhar psicanalítico, Atibaia, p. 6-28, 2020. 
 
 
 
 
KLAUTAU, Perla; SALEM, Pedro. Dependência e construção da confiança: A 
clínica psicanalítica nos limites da interpretação. Nat. hum., São Paulo, v. 11, n. 
2, p. 33-54, fev. 2009. Disponível 
em:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1517- 
24302009000200002&lng=pt&nrm=iso. 
 
Rogers, Carl R.(1980). Um Jeito de Ser. São Paulo. EPU. 1983. 
 
Roger Carl & Kinget, G, Marian , Psicoterapia e Relacões Humanas, Belo 
Horizonte, Lnterlivros, 1977 
 
SOLER, Colette. Trauma e fantasia. Stylus, Rio de Janeiro, Associação Fóruns 
do Campo Lacaniano, n.9, p.45-59, 2004. 
 
https://www.scielo.br/pdf/pusp/v17n2/v17n2a07.pdf 
https://febrapsi.org/wp-content/uploads/2017/02/fase-falica--silvia-maia-
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https://www.psicanaliseclinica.com/conceito-complexo-de-edipo/ 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000400005 
 
https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/57961725/artigo15.pdf?154444374
1=&response-content-
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https://febrapsi.org/wp-content/uploads/2017/02/fase-falica--silvia-maia-bracco.pdf
https://www.psicanaliseclinica.com/conceito-complexo-de-edipo/
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000400005
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2014000400005
	1. INTRODUÇÃO
	1.1 O QUE É O COMPLEXO DE ÉDIPO?
	1.2 A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO FREUD E ROGERS
	2. DESENVOLVIMENTO
	2.1 ÉDIPO E O SEU IMPACTO NA SOCIEDADE.
	2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DO COMPLEXO DE ÉDIPO
	2.3 NOVA PERSPECTIVA PARA O COMPLEXO DE ÉDIPO
	2.4 O COMPLEXO DE ÉDIPO E A POLARIDADE MASCULINO-FEMININO
	3. CONCLUSÃO
	4. BIBLIOGRAFIA

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