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Anatomia do sistema nervoso SNC Generalidades: • Funcionalmente, os neurônios classificam-se em: _NEURÔNIO SENSITIVO ou AFERENTE – responsável por conduzir a informação ao Sistema Nervoso Central (SNC) sobre as modificações ocorridas no meio externo; nas extremidades destes neurônios existe uma modificação chamada de RECEPTOR, capaz de transformar qualquer estímulo em um potencial elétrico e a mensagem é transmitida sob forma codificada. _NEURÔNIO MOTOR ou EFERENTE – responsável por conduzir o impulso ao órgão efetor que, nos mamíferos, é um músculo ou uma glandula Generalidades: • O mecanismo estímulo-resposta é conhecido como ARCO-REFLEXO, que se classifica na seguinte forma: _ARCO REFLEXO SIMPLES ou MONOSSINÁPTICO – é composto pelo RECEPTOR, NEURÔNIO SENSITIVO, SINAPSE, NEURÔNIO MOTOR e EFETOR. _ARCO REFLEXO COMPOSTO ou POLISSINÁPTICO – é composto pelo RECEPTOR, NEURÔNIO SENSITIVO, SINAPSE, INTERNEURÔNIO, SINAPSE, NEURÔNIO MOTOR e EFETOR. CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA Sistema Nervoso Central - SNC • Encéfalo • Cérebro • Cerebelo • Tronco Encefálico • Mesencéfalo • Ponte • Bulbo • Medula Espinhal • Sistema Nervoso Periférico – SNP • Nervos Espinhais e Cranianos • Gânglios • Terminações nervosas Classificação funcional: _Sistema Nervoso Somático ou da Vida de relação • Aferente ou Sensitivo • Eferente ou Motor _Sistema Nervoso Autônomo (Sinônimos: Sistema Nervoso Visceral, ou da Vida vegetativa) • Aferente ou Sensitivo • Eferente ou Motor • Simpático • Parassimpático • ENCÉFALO • CÉREBRO • O cérebro compreende os HEMISFÉRIOS CEREBRAIS e o DIENCÉFALO. Os hemisférios cerebrais são duas estruturas semi-ovóides que formam a maior parte do encéfalo. • São incompletamente separados pela FISSURA LONGITUDINAL DO CÉREBRO, cujo assoalho é formado por largas faixas de fibras comissuriais (formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano e tem direção diametralmente opostas), o CORPO CALOSO, que representa o principal meio de união entre os dois hemisférios • Emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura branca rostral, está o FÓRNIX, feixe complexo de fibras que une o hipocampo ao corpo mamilar. • Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se uma delgada lâmina de tecido nervoso, o SEPTO PELÚCIDO, que separa os dois VENTRÍCULOS LATERAIS (as duas cavidades dos hemisférios cerebrais). • Os hemisférios cerebrais apresentam um complicado arranjo de elevação (GIROS) e depressões (SULCOS) que se alternam. Estas flexuras são necessárias para manter a relação entre o volume do encéfalo e a área cortical. Cérebro • LOBO FRONTRAL – área motora somática voluntária, sensibilidade geral, dor, tato, pressão, calor, propriocepção, centro da palavra falada; • LOBO PARIETAL – área da gustação; • LOBO OCCIPITAL – área da visão; • LOBO TEMPORAL – área auditiva; • LOBO OLFATÓRIO* – área do olfato. Cérebro • Estruturalmente, cada hemisfério cerebral possui uma camada superficial de substância cinzenta, o CÓRTEX CEREBRAL, que reveste um centro de substância branca, o CENTRO BRANCO MEDULAR. • No interior deste centro, observam-se massas de substância cinzenta, os NÚCLEOS DA BASE do cérebro, que são: CLAUSTRUM, CORPO AMIGDALÓIDE, NÚCLEO CAUDADO e NÚCLEO LENTIFORME. Medula espinhal • A medula espinhal é uma massa cilindróide, situada dentro do canal vertebral, que se limita cranialmente com o bulbo e caudalmente termina em níveis diferentes de acordo com a espécie: SUÍNO – L5 a L6; RUMINANTES – L6; EQUINO – S2; GATO – L6 a S3; CÃO – L7. • Estruturalmente, a medula espinhal apresenta no centro a substância cinzenta envolvida pela substância branca. • A substância cinzenta em cortes transversais da medula se apresenta em forma de asas de borboleta ou de H, onde observamos as seguintes partes: COLUNA DORSAL, COLUNA VENTRAL, COLUNA LATERAL (apenas na região torácico-lombar) e SUBSTÂNCIA CINZENTA INTERMÉDIA CENTRAL. • Essencialmente, a substância cinzenta é formada por neuróglia, corpos de neurônios e fibras nervosas amielínicas. • A substância branca basicamente é constituída de fibras nervosas mielínicas que sobem e descem na medula espinhal, estas fibras agrupam-se em feixes que constituem os TRACTOS e FASCÍCULOS (fascículos são tractos mais compactos) , e estes, por sua vez, juntam-se para formar os FUNÍCULOS. Principais particularidades do SNC • ENCÉFALO • CÉREBRO • Hemisférios cerebrais • Lobo frontal • Lobo parietal • Lobo temporal • Lobo occipital • Giros e sulcos dos lobos • Corpo caloso • Fórnix • Septo pelúcido • Ventrículos laterais • Forame interventricular • Hipocampo • Bulbos olfatórios • Tractos olfatórios • Substância branca • Substância cinzenta ou córtex cerebral • Fissura longitudinal • Fissura transversal • ENCÉFALO • DIENCÉFALO • Tálamo • Corpo geniculado lateral • Corpo geniculado medial • Epitálamo • Hipotálamo • Túber cinéreo • Corpo mamilar • III ventrículo • Quiasma óptico • Tractos ópticos • Lobos piriformes • ENCÉFALO • CEREBELO • Verme do cerebelo • Hemisférios cerebelares • Córtex do cerebelo • Substância branca • Pedúnculos cerebelares • ENCÉFALO • TRONCO ENCEFÁLICO • Bulbo ou medula oblonga • Fissura mediana caudal • Pirâmides • Corpos trapezóides • Ponte • Mesencéfalo • Pedúnculos cerebrais ou do mesencéfalo • Fossa interpeduncular • Aqueduto do mesencéfalo • Colículos rostrais • Colículos caudais • IV ventrículo • Plexo coróide • MEDULA ESPINHAL • Segmento cervical • Segmento torácico • Segmento lombar • Segmento sacral • Intumescência cervical • Intumescência lombar • Cone medular • Cauda equina • MENINGES • Duramáter encefálica • Foice do cérebro • Tenda do cerebelo • Diafragma da sela túrsica • Duramáter espinhal • Aracnóide • Piamáter • Espaço epidural • Espaço subdural • Espaço subaracnóideo SNP • NERVOS • NERVOS CRANIANOS • São nervos que fazem conexão com o encéfalo, principalmente com a superfície ventral do tronco encefálico. • São 12 pares de nervos que emergem pelos forames do crânio e são designados por algarismos romanos e por nomes específicos, distribuídos em ordem crescente, num trajeto rostro-caudal. • Os nervos cranianos diferem dos espinhais quanto a forma e componentes funcionais de suas fibras. • Quanto à forma, os nervos cranianos não apresentam raízes como os espinhais. • E quanto à natureza funcional das fibras, existem NERVOS CRANIANOS MISTOS, SENSITIVOS e MOTORES. • A origem real dos nervos cranianos está localizada nos núcleos da base do encéfalo e nos núcleos do tronco encefálico. ORIGEM APARENTE, TIPO E DISTRIBUIÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS NERVO TIPO DAS FIBRAS ORIGEM APARENTE DISTRIBUIÇÃO I – Olfatório Sensitivo Bulbo olfatório Porção olfatória da mucosa nasal e órgão vomeronasal II – Óptico Sensitivo Quiasma óptico Retina III – Oculomotor Motor Pedúnculo cerebral Mm. do olho IV – Troclear Motor Entre o pedúnculo rostral e o colículo caudal M. oblíquo dorsal do olho V – Trigêmeo Misto Parte lateral da ponte Sensitiva: meninges, pálpebras, bulbo ocular, extremo caudal do nariz, solo e paredes lateral da boca. Motora: Mm. da mastigação. VI – Abducente Motor Sulco piramidal do bulbo M. reto lateral do olho e M. retrator do olho VII – Facial Misto Corpo trapezóide Sensitiva: 2/3 rostral da língua, gl. lacrimal, gl. salivares. (parassimpático) Motora: Mm. da expressão facial. VIII – Vestíbulo-coclear Sensitivo Corpo trapezóide Componentes vestibulares e coclear do labirinto IX – Glossofaríngeo Misto Sulco lateral do bulbo Sensitiva: 1/3 caudal da língua. Motora: Mm. da faringe e laringe, gl. salivar parótida (parassimpático) X – Vago Misto Sulco lateral do bulbo Sensitiva: faringe, laringe, traquéia e esôfago. Motora: Mm. da faringe e laringe, vísceras do pescoço, tórax e abdômen. XI – Acessório Motor Sulco lateral do bulbo Mm. esternocefálico, cleidocefálico e trapézio XII – Hipoglosso Motor Sulco intermédio do bulboMm. da língua SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • O SNA divide-se em SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO. • O S.N. Simpático é formado pelos corpos de neurônios situados na coluna lateral da substância cinzenta da parte tóraco-lombar (T1 a L2) da medula espinhal (no cão vai de C8 a L5). • O S.N. Parassimpático é formado pelos corpos de neurônios situados na base do encéfalo (III, VII, IX e X) e numa curta porção da medula espinhal ao nível sacral (S1, S2 e S3). • Portanto, o fluxo parassimpático é CRÂNIO-SACRAL. • Na base do encéfalo, os corpos de neurônios estão agrupados nos núcleos dos seguintes nervos cranianos: • III – OCULOMOTOR – age no músculo esfíncter da pupila; • VII – FACIAL – age sobre as glândulas lacrimais e salivares; • IX – GLOSSOFARÍNGEO – age sobre as glândulas salivares; • X – VAGO – age sobre as vísceras do pescoço, torácicas e abdominais Sistema Cardiovascular • O Aparelho Circulatório é um sistema fechado que não se comunica com o exterior, constituído por tubos que carreiam os humores. • Os tubos são denominados de VASOS e os humores SANGUE e LINFA. • No circuito de vasos que carreiam o sangue há um órgão central chamado de CORAÇÃO. ➢ DIVISÃO: • APARELHO CARDIOVASCULAR – É formado por vasos condutores de sangue (ARTÉRIAS, VEIAS e CAPILARES) e pelo coração. • SISTEMA LINFÁTICO – Compreende os vasos que conduzem a linfa (VASOS, CAPILARES e TRONCOS LINFÁTICOS), linfonodos, tonsilas, baço e timo. CORAÇÃO – LOCALIZAÇÃO • O coração está localizado assimetricamente na cavidade torácica, ocupando o mediastino médio e deslocado, em grande parte, à esquerda do plano mediano. • A base é dorsal e o ápice dirige-se ventralmente. Nos bovinos, equinos e suínos, o coração situa-se entre a terceira e quinta ou sexta costelas, e nos carnívoros entre a terceira e a sétima. • Os grandes vasos da base são: ARTÉRIA AORTA, TRONCO PULMONAR, VEIA CAVA CRANIAL, VEIA CAVA CAUDAL e VEIAS PULMONARES. • CORAÇÃO – SUPRIMENTO SANGUÍNEO DO CORAÇÃO • ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA – Tem origem no seio aórtico esquerdo, passando entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar, logo em seguida, divide-se em um ramo interventricular esquerdo (paraconal), que acompanha o sulco de mesmo nome, em direção ventral para o ápice do coração. – O tronco continua como um ramo circunflexo, que acompanha o sulco coronário. – Nos carnívoros e ruminantes, o ramo circunflexo segue no sulco coronário e desce pelo sulco subsinuoso, dando origem a outro ramo, o ramo interventricular direito ou subsinuoso. – Equídeos e suínos não possuem este ramo. • ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA – Origina-se no seio aórtico direito, passa entre a aurícula direita e o tronco pulmonar e segue o sulco coronário. – Nos equídeos e suínos, o tronco continua e desce pelo sulco interventricular direito e origina um ramo interventricular direito ou subsinuoso. – Nos carnívoros e ruminantes não existe este ramo da artéria coronária direita. ARTÉRIAS CONCEITO • São tubos cilíndricos que conduzem o sangue do coração para os tecidos, ou seja, são vasos de condução centrífuga. CALIBRE • GRANDE CALIBRE – São artérias elásticas. Exemplos: artéria aorta, tronco pulmonar, tronco braquiocefálico. • MÉDIO CALIBRE – São artérias distribuidoras.Exemplos: artéria axilar, artéria braquial. • PEQUENO CALIBRE – São chamadas arteríolas. Exemplo: artéria laríngea. • VEIAS – CONCEITO • São condutos irregularmente cilíndricos que conduzem o sangue dos tecidos para o coração, ou seja, são vasos de condução centrípeta. • As veias são responsáveis pela drenagem dos tecidos. – CALIBRE • As veias geralmente apresentam maior calibre do que as artérias e classificam-se também em grande, médio e pequeno calibres (vênulas). • CIRCULAÇÃO PULMONAR ou PEQUENA CIRCULAÇÃO – Tem início no ventrículo direito que recebe o sangue não oxigenado do átrio direito e bombeia para o tronco pulmonar. – Este logo se divide em artérias pulmonares direita e esquerda, que penetra cada uma num pulmão correspondente e conduzem o sangue até as artérias lobares, estas subdividem-se em arteríolas que levam o sangue aos capilares pulmonares. – Após circular pelo leito capilar dos pulmões, o sangue entra nas vênulas, que levam o sangue oxigenado até as veias pulmonares e estas conduzem o sangue ao átrio esquerdo e deste para o ventrículo esquerdo. • CIRCULAÇÃO SISTÊMICAou GRANDE CIRCULAÇÃO – Começa no ventrículo esquerdo que bombeia o sangue rico em O2, para a artéria aorta, daí para as artérias menores até atingir a extensa rede capilar de todo o corpo. – Ocorrem então as trocas e o sangue retorna através das vênulas para as veias sistêmicas, que conduzirão o sangue rico em CO2 até as veias cavas cranial e caudal, as quais desembocarão no átrio direito. • O sangue encontrado fora dos vasos é denominado EDEMA; • No sistema venoso, a linfa desemboca na veia subclávia direita e esquerda; • Os líquidos corpóreos no organismo animal são encontrados na forma de sangue e linfa. Aparelho respiratório • Essencialmente, o aparelho respiratório é responsável pela absorção de oxigênio e eliminação de gás carbônico. • Os principais órgãos são os PULMÕES, nos quais acontecem as trocas gasosas entre o ar inspirado e a corrente sanguínea • Os demais órgãos do aparelho respiratório são auxiliares e dão passagem ao ar. Divisão • PARTE CONDUTORA • Compreende os órgãos tubulares que conduzem o ar inspirado até os pulmões e destes, conduzem o ar expirado para o meio externo. • Os órgãos são: NARIZ, FARINGE, LARINGE, TRAQUÉIA, BRÔNQUIOS e BRONQUÍOLOS. • PARTE RESPIRATÓRIA • Constituída pelos órgãos responsáveis pelas trocas gasosas, são eles: PULMÕES, BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS, DUCTOS ALVEOLARES, SACOS ALVEOLARES e ALVÉOLOS PULMONARES. Nariz • É a primeira parte condutora do ar e atua como uma estrutura condicionadora do ar, filtrando-o, aquecendo-o e umedecendo-o. • O estudo do nariz compreende o NARIZ EXTERNO, a CAVIDADE NASAL e os SEIOS PARANASAIS. Narinas • cada uma percorre uma região estreita para desembocar na sua respectiva cavidade nasal. • O tegumento ao redor das narinas é modificado, sem pêlos (exceto nos equídeos) e rico em glândulas sebáceas e sudoríparas). • Esta região é chamada de plano NASAL (carnívoros e pequenos ruminantes), NASOLABIAL (bovinos) ou ROSTRAL (suínos). • O plano nasal pode ser dividido por um sulco mediano, o SULCO FILTRO. • Nos equídeos, a narina é dividida numa parte ventral, chamada de “NARINA VERDADEIRA”, que desemboca na cavidade nasal, e uma dorsal, a “NARINA FALSA”, que se dirige a um divertículo (DIVERTÍCULO CUTÂNEO DO VESTÍBULO DO NARIZ), e ocupa a INCISURA NASOINCISIVA. Cavidade nasal • Grande parte de cada metade da cavidade nasal é ocupada pelas CONCHAS NASAIS, as quais são constituídas pelos OSSOS TURBINADOS revestidos por mucosa. • As conchas são VENTRAL, DORSAL e ETMOIDAIS. • Nos ruminantes, existe uma concha média, situada rostral às conchas etmoidais e entre as partes caudais das conchas dorsal e ventral. • As projeções das conchas nasais produzem CINCO MEATOS: _MEATO DORSAL _MEATO MÉDIO _MEATO VENTRAL _MEATOS ETMOIDAIS _MEATO COMUM • O meato comum mais o meato ventral, são as vias de escolha para a passagem de sonda. • A cavidade nasal é revestida por uma mucosa muito vascularizada, particularmente na porção rostral do septo nasal, que frequentemente é sede de hemorragias nasais (epistaxe). • Na parte caudal, a mucosa da cavidade nasal contém as terminações nervosas sensitivas do nervo olfatório (I). • SEIOS PARANASAIS: _Seio maxilar; _Seio frontal; _Seio esfenoidal; _Seio palatino; _Seio lacrimal. A) Seio frontal; B) Seio maxilar • VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO NARIZ • Artérias: maxilar, esfenopalatino, palatina maior e infraorbitária. • As veias satélites. • Nervos: maxilar, infraorbitário e olfatório (I) NASOFARINGE • Nos equídeos, existe um divertículo, a BOLSA GUTURAL, situada dorsal à nasofaringee ventral à base do crânio e ao atlas. • A bolsa gutural é formada pelo escape do revestimento mucoso da tuba auditiva, através de uma fenda ventral entre as cartilagens de sustentação. • Sua função é desconhecida, embora recentemente alguns pesquisadores tenham sugerido seu envolvimento na regulação da pressão na artéria carótida interna. • A bolsa pode ser inspecionada ou drenada pelos óstios faríngeos da tuba auditiva ou por meio de cirurgia aberta. • O acesso cirúrgico mais favorável é fornecido pelo “Triângulo de Viborg”, limitado pela borda caudal da mandíbula, pelo tendão do músculo esternocefálico e pela veia linguofacial. Laringe • ESQUELETO CARTILAGINOSO • As cartilagens da laringe estão descritas na tabela abaixo: • As cartilagens se articulam formando articulações específicas que são: CRICOTIREÓIDEA (sinovial em todas as espécies, exceto nos bovinos, que é fibrosa), CRICOARITENÓIDEA (sinovial), CORNOARITENÓIDEA (cartilaginosa), ARICUNEIFORME (cartilaginosa, presente apenas no cão), EPICUNEIFORME (cartilaginosa, presente apenas nos equídeos). CARTILAGEM FORMA CONSTITUIÇÃO NÚMERO ESPÉCIE Cricóidea Anel Hialina Ímpar Todas Tireóidea Escudo Hialina Ímpar Todas Epiglótica Folha Elástica Ímpar Todas Aritenóidea Piramidal Hialina Par Todas Corniculada Cornos Hialina Par Ausente nos gatos Cuneiforme Cunha Hialina Par Equídeos e caninos TRAQUÉIA • TRAJETO E PRINCIPAIS RELAÇÕES DA TRAQUÉIA • Para fins descritivos, a traquéia é dividida em duas partes, cervical e torácica. • A traquéia tem início logo após a cartilagem cricóidea, desce pelo pescoço numa posição mediana. • Segue mediana e dorsalmente na cavidade torácica, exceto próximo a sua bifurcação, onde é deslocada um pouco à direita pelo arco aórtico. • A traquéia se bifurca dorsal à base do coração ao nível da 5ª vértebra torácica, em brônquios principais direito e esquerdo. • Nos ruminantes e suínos, a parte torácica da traquéia emite um brônquio (brônquio traqueal) para ventilar o lobo cranial do pulmão direito, ao nível do 3º par de costelas. • A parte cervical da traquéia se relaciona dorsalmente com o esôfago, na sua metade cranial, e com os músculos longos do pescoço, na sua metade caudal; ventralmente, se relaciona com os músculos esternotireo-hióideos; e lateralmente, se relaciona com os músculos esternocefálicos, com o esôfago à esquerda, na metade caudal e com a bainha carotídea (artéria carótida comum, nervo vago, veia jugular interna e ducto traqueal linfático). • A parte torácica da traquéia se relaciona dorsalmente com os músculos longos do pescoço e com o esôfago; ventralmente, com a veia cava cranial e suas tributárias, e com o tronco bicarotídeo; e lateralmente, se relaciona com os vasos e nervos do mediatisno cranial e médio. PULMÕES • ANATOMIA GERAL • Os lobos pulmonares são os seguintes: • EQUÍDEOS • Pulmão direito: lobo cranial, lobo acessório e lobo caudal. • Pulmão esquerdo: lobo cranial e lobo caudal. • RUMINANTES • Pulmão direito: lobo cranial (parte cranial e parte caudal), lobo médio, lobo acessório e lobo caudal. • Pulmão esquerdo: lobo cranial (parte cranial e parte caudal) e lobo caudal. • SUÍNOS E CARNÍVOROS • Pulmão direito: lobo cranial, lobo médio, lobo acessório e lobo caudal. • Pulmão esquerdo: lobo cranial (parte cranial e parte caudal) e lobo caudal. SISTEMA URINÁRIO • INTRODUÇÃO • O Sistema Urinário é formado por um conjunto de órgãos, responsáveis pela manutenção do meio interno, através do equilíbrio hídrico e eletrolítico. • Os órgãos que formam o Sistema Urinário são: RINS, URETERES, BEXIGA (vesícula urinária) e URETRA. RINS • Os rins são órgãos pares, que têm como principal função a manutenção do meio interno, através da filtração do plasma sanguíneo. • Nos carnívoros e pequenos ruminantes, os rins são em forma de feijão; os suínos também possuem rins em forma de feijão, porém muito achatados; nos equídeos, os rins são cordiformes (em forma de copa do baralho); e, nos bovinos, os rins são cheios de fissuras e lobos. • Nos bovinos, diz-se que o rim é MULTIPIRAMIDAL, MULTIPAPILAR e EXTERNAMENTE SULCADO. • No suíno, apenas os ápices, isto é, as papilas renais, se encontram separados, o rim então é classificado como: UNIPIRAMIDAL, MULTIPAPILAR e LISO EXTERNAMENTE. • Carnívoros, pequenos ruminantes e equideos:Nestas espécies, os rins são classificados como: UNIPIRAMIDAIS, UNIPAPILARES e EXTERNAMENTE LISOS. RINS ANATOMIA _LOCALIZAÇÃO • A tabela abaixo demonstra a relação topográfica dos rins em relação às costelas e vértebras lombares, isto é, a esqueletopia: • Os bovinos não tem PELVE RENAL; • Todas as espécies tem CÁLICES RENAIS. URETERES • A parede da pelve renal e do ureter possui uma TÚNICA ADVENTÍCIA EXTERNA, uma MUSCULAR MÉDIA e uma MUCOSA INTERNA. RETROPERITONIAL AORTA ABDOMINAL URETER ESQUERDO VEIA CAVA ABDOMINAL GORDURA PERIRENAL BEXIGA • A bexiga é um órgão de armazenamento temporário da urina. • Quando dilatada a bexiga, torna-se piriforme, apresentando um VÉRTICE cranial, um CORPO intermediário e um COLO caudal. • Vazia, também apresenta estas mesmas partes, porém menos definidas. APARELHO REPRODUTOR FEMININO • INTRODUÇÃO • O aparelho reprodutor feminino é composto por um conjunto de órgãos responsáveis por quatro funções básicas: produção de gametas femininos, produção de hormônios, cópula e acolhimento e desenvolvimento do zigoto. • Os órgãos são: OVÁRIOS, TUBAS UTERINAS, ÚTERO, VAGINA e VULVA. _OVÁRIOS • São órgãos parenquimatosos (sólidos) pares com funções endócrinas e exócrinas. • A função endócrina está relacionada com a produção de hormônios (estrógenos e progesterona) e a exócrina, com a produção de gametas, os óvulos. Útero • O útero é parte dilatada do aparelho reprodutor feminino, responsável pelo desenvolvimento do zigoto – embrião – feto. • Ele estabelece um meio de troca fisiológica entre a circulação sanguínea do concepto e a materna. • O novo ser é protegido e nutrido até que esteja pronto para ser expelido para o mundo exterior. • ANATOMIA • FORMA • O útero dos animais domésticos é dividido em CORNOS, CORPO e CÉRVIX ou COLO. • A forma dos cornos varia entre as espécies: em ruminantes, são enrolados ventrocaudalmente; em equídeos, são retos, curtos e divergentes; nos carnívoros, são longos, retos e divergentes; e nos suínos, são flexuosos e longos, semelhantes ás alças do jejuno. • O corpo é a porção intermediária entre os cornos e o colo ou cérvix. • Em todas as espécies é um segmento curto (os equídeos são os que possuem o corpo mais longo) e reto. • ANATOMIA • LOCALIZAÇÃO • Em todas as espécies domésticas, o útero se encontra suspenso no teto do abdome por uma prega de peritônio, o MESOMÉTRIO ou LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO. • Os cornos dos carnívoros se encontram junto ao teto do abdome, com os ápices caudal aos ovários; nos ruminantes, as pontas dos cornos estão voltadas para a entrada da cavidade pélvica, assim como nas porcas, e nos equídeos, as pontas dos cornos se encontram junto ao teto do abdome, praticamente ventral as asas dos ossos ilíacos. • O colo, em todas as espécies, fica logo ventral ao início do reto. VAGINA • A vagina é o órgão da cópula da fêmea, ela acolhe o pênis durante a cópula. ANATOMIA • FORMA • A vagina é uma bainha músculo-membranosa dividida em duas partes: • VAGINA PROPRIAMENTE DITA, parte que estende do útero até o óstio uretral externo; • E VESTÍBULO DA VAGINA, parte que vai do óstio uretral externo até a RIMA DA VULVA (abertura externa). • LOCALIZAÇÃO • A vagina se localiza na cavidade pélvica, ventral ao reto e dorsal a bexiga e a uretra. VULVA • A Vulva é o órgão reprodutor externo das fêmeas, é formada por dois LÁBIOS (direito e esquerdo), que se unem em COMISSURAS (dorsal e ventral). • A abertura observada entre os lábios é chamada de RIMA DA VULVA. • Na comissura ventral se encontra o CLITÓRIS, o homólogo do pênis. APARELHO REPRODUTORMASCULINO • INTRODUÇÃO • O aparelho reprodutor masculino é composto por um conjunto de órgãos responsáveis por três funções básicas: produção de gametas masculinos, produção de hormônios e cópula. • Os órgãos são: TESTÍCULOS, EPIDÍDIMOS, DUCTOS DEFERENTES, GLÂNDULAS GENITAIS ACESSÓRIAS e PÊNIS. TESTICULOS • São órgãos parenquimatosos (sólidos), pares, com funções endócrinas e exócrinas. • A função endócrina está relacionada com a produção do hormônio testosterona, e a função exócrina, com a produção de gametas, os espermatozóides. ANATOMIA • FORMA • São ovóides em ruminantes e suínos e ligeiramente arredondados em carnívoros e equídeos. • Muito grandes em pequenos ruminantes e relativamente pequenos em gatos. • Cada testículo está envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a TÚNICA ALBUGÍNEA, muito aderida ao parênquima. • Este, por sua vez, é flexível, amarelado ou acastanhado, e consiste de TÚBULOS SEMINÍFEROS e CÉLULAS INTERSTICIAIS. DUCTOS DEFERENTES • Os ductos deferentes são tubos que começam na cauda do epidídimo e são responsáveis por conduzir os espermatozóides durante a ejaculação. • No início, são ondulados, mas gradativamente se tornam retos. • Seguem medial ao epidídimo e em direção dorsal para se juntar aos componentes do funículo espermático. • Após passar pelo anel inguinal, cada ducto deferente se separa dos outros constituintes do funículo espermático e se dirige caudomedialmente, passando ventral ao ureter antes de chegar à superfície dorsal da bexiga. • Depois, penetra na próstata, antes de acabar entrando no teto na uretra pélvica e se abrir no colículo seminal. • Em todas as espécies domésticas, exceto em suínos, a parte subterminal que se localiza dorsal à bexiga apresenta uma dilatação fusiforme, a AMPOLA DO DUCTO DEFERENTE ou GLÂNDULA AMPULAR. GLÂNDULAS GENITAIS ACESSÓRIAS • GLÂNDULAS VESICULARES (Vesícula Seminal) • São pares e estão presentes em todas as espécies, exceto nos carnívoros. • PRÓSTATA • É ímpar, está presente em todas as espécies, possui uma parte compacta e outra difusa, que é dispersa pela parede da uretra pélvica. • GLÂNDULAS BULBOURETRAIS (Glândula de Cowper) • São pares e encontradas em todas as espécies, exceto no cão. PÊNIS • O pênis é o órgão da cópula no macho, que deposita o sêmen no interior das vias reprodutoras da fêmea. • ESTRUTURA • O corpo cavernoso de ruminantes e suínos possui pequenos espaços sanguíneos, de forma que, pouco sangue precisa ser injetado no momento da ereção. • Nestas espécies, o pênis é fibroelástico e o aumento de tamanho durante a ereção se deve ao estiramento do S peniano. • Nos carnívoros e equídeos (principalmente nesses), o corpo cavernoso apresenta grandes espaços sanguíneos, de maneira que, precisa de muito sangue durante a ereção. • Nestas espécies, o pênis é musculocavernoso e há um aumento significativo no comprimento e no diâmetro do pênis na ereção. • Certos músculos estão associados ao pênis: _músculo retrator do pênis _músculo isquiocavernoso _músculo bulboesponjoso SISTEMA DIGESTÓRIO • O órgão vomeronasal faz uma avaliação olfatória do líquido da boca e também é responsável pelo REFLEXO DE FLEHMEN, movimento de elevação do lábio superior e narinas, realizado pelo macho quando sente o odor da fêmea no cio, bastante observado em equinos. LÍNGUA • É um órgão músculo-membranoso, situado no assoalho da boca, com funções múltiplas: coleta de alimentos sólidos e líquidos; auxilia na mastigação, separando os alimentos; auxilia na deglutição, impulsionando o alimento caudalmente; e é o órgão da gustação. • Pode ser dividida em: RAIZ, CORPO e ÁPICE. • A raiz está presa ao osso basióide e corresponde ao terço caudal da língua. • O corpo também é fixo e apoiado sobre os músculos milo-hioideos. • O ápice é a ponte rostral da língua, o qual é fixado por uma pequena prega mediana da mucosa, o FRÊNULO DA LÍNGUA. • A superfície dorsal da língua apresenta uma mucosa rica em PAPILAS MECÂNICAS: FILIFORMES, CÔNICAS e LENTICULARES; • e GUSTATIVAS: FUNGIFORMES, FOLIADAS (suínos e equinos) e VALADAS. ➢ DENTES • os dentes dos mamíferos são divididos em: INCISIVOS, CANINOS, PRÉ-MOLARES e MOLARES. • Anatomicamente, cada dente é dividido em: COROA, RAIZ e COLO. • Estruturalmente, os dentes são constituídos por: ESMALTE, DENTINA, CEMENTO e POLPA DENTÁRIA. • VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA BOCA • Artérias – maxilar, facial, infraorbitária, mentoniana, lingual e alveolar-mandibular. • Veias – são todas satélites. • Nervos – maxilar, infraorbitário, mentoniano, facial (VII), hipoglosso (XII), bucal e glossofaríngeo (IX). • VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA FARINGE • A principal artéria da faringe é a carótida externa e a principal veia é a linguofacial. • A faringe é inervada pelo nervo glossofaríngeo (IX) e nervo vago (X). ESÔFAGO • TRAJETO E RELAÇÕES • O esôfago começa dorsal à cartilagem cricóidea da laringe, segue dorsal à traquéia no início e depois inclina-se para a esquerda (mais ou menos ao nível da 4ª vértebra cervical), reassume uma posição mediana e dorsal à traquéia antes ou logo após entrar na cavidade torácica. • No interior desta, segue no mediastino, passa sobre a bifurcação da traquéia e coração, deslocando-se à direita do arco aórtico (mais ou menos ao nível da 3ª vértebra torácica). • Em seguida, atravessa o diafragma pelo hiato esofágico, chega à cavidade abdominal e prossegue por um curto percurso sobre a borda dorsal do fígado e, por fim, se une ao cárdia do estômago. • Durante todo o trajeto cervical, o esôfago é acompanhado pela bainha carotídea esquerda, composta pela artéria carótida comum, o nervo vago e a veia jugular interna. • VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO ESÔFAGO • Artérias – carótida comum, bronco-esofágica e gástrica. • Veias – jugular externa, jugular interna, bronco-esofágica e gástrica. • Nervos – glossofaríngeo (IX), vago (X) e simpáticos. TOPOGRAFIA DA CAVIDADE ABDOMINAL Hipocondríaca direita Hipocondríaca esquerda xifóidea Abdominal Lateral esquerda umbilical Abdominal Lateral direita Flanco esquerdo Flanco direito Inguinal direita Púbica Inguinal esquerda REGIÕES ABDOMINAL CRANIAL, MÉDIA E CAUDAL ESTÔMAGO • REGIÕES DO ESTÔMAGO: _Cárdia; fundo do estômago; corpo do estômago; piloro. • ESTÔMAGO UNICAVITÁRIO • VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO UNICATÁRIO • As artérias são as gástricas direita e esquerda e as veias são satélites e conduzem o sangue para a veia porta. • A inervação é realizada pelos nervos simpáticos originados do gânglio celíaco e pelo nervo vago (X). • ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO • O estômago pluricavitário está presente nos ruminantes e é composto por quatro câmaras: RÚMEN, RETÍCULO, OMASO e ABOMASO. • VASCULARIZAÇÃO • A vascularização do estômago pluricavitário apresenta um padrão semelhante ao do estômago unicavitário, porém apresenta alguns ramos ruminais e reticulares específicos. • A inervação é realizada pelos troncos vagais dorsal e ventral e pelos nervos simpáticos originados do plexo celíaco. INTESTINO INTESTINO DELGADO • O ceco de suínos e equídeos possui saculações, os HAUSTROS, e faixas longitudinais, as TÊNIAS. INTESTINO GROSSO _CÓLON • Nos equídeos, o cólon ascendente é muito grande e dividido nas seguintes partes:CÓLON VENTRAL DIREITO, FLEXURA ESTERNAL, COLÓN VENTRAL ESQUERDO, FLEXURA PÉLVICA, CÓLON DORSAL ESQUERDO, FLEXURA DIAFRAGMÁTICA e CÓLON DORSAL DIREITO. • Nos suínos, o giro centrípeto apresenta haustros e tênias, como também grande parte do cólon ascendente do equídeo. VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO INTESTINO • O suprimento sanguíneo do trato intestinal é fornecido principalmente pelas artérias mesentéricas cranial e caudal, mas a parte inicial do duodeno é irrigada pelo ramo hepático da artéria celíaca e a parte caudal do reto, por ramos retais da artéria pudenda interna. • A maioria das veias que drenam o intestino são satélites, com exceção da veia pudendainterna, todas as outras veias drenam na veia porta. • A inervação do intestino é realizada pelo nervo vago e nervos simpáticos, que formam os PLEXOS CELÍACO e MESENTÉRICO. • O reto é inervado pelo nervo pudendo. FÍGADO FÍGADO Estômago e intestinos
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