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● Expressão gênica: decodificação do conteúdo de um gene até seu produto final através de transcrições e traduções (transformação do genótipo em fenótipo). ● Diferenciação celular: variação da expressão gênica entre as células de acordo com sua função. o Totipotência: capacidade de se diferenciar e desenvolver novas estruturas. o Pluripotência: célula ainda possui capacidade de diferenciação, porém está pré-determinada a determinado tipo celular (alguns genes foram silenciados). Ex.: células tronco. ❖ Transcitoma (material genético transcrito) e proteoma (proteínas sintetizadas) são responsáveis pela diferenciação celular. Todas as células possuem o mesmo genoma. ❖ A complexidade de um organismo não está relacionada ao número de genes, mas sim ao número de padrões de expressão gênica. ● Morfogênese: processo coordenado de regulação sequencial da expressão gênica (ocorre em todas as fases da vida). o Cascatas de expressão gênica regulam a “passagem” entre diversas fases da vida ⇒ COMO OCORRE A REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA? ● Genes estruturais: participam do metabolismo ou biossíntese (possuem papel estrutural). ● Genes reguladores: interagem com estruturas e regulam a transcrição gênica ou tradução do RNA. ❖ Genes Homeobox = codifica homeodomínio que se liga a elementos responsivos no DNA e regulam transcrição e tradução. ❖ Genes HOX = codificam fatores de transcrição (proteínas HOXA, HOXB, HOXC e HOXD). o Regulam genes estruturais do embrião (sentido ântero-posterior). ❖ Níveis de controle: espacial (expressão difere de acordo com o tipo celular, como bainha de mielina e miosina) temporal (gene só é expresso em determinado período, como proteínas do embrião ou de determinada fase do ciclo celular) e ambiental (em resposta a choques térmicos, poluentes). o Exemplo em nível temporal: produção de diferentes tipos de hemoglobina. ⇒ NÍVEIS DE CONTROLE DA EXPRESSÃO GÊNICA: 1. Ativação da cromatina (acessibilidade ao DNA). 2. Controle no nível de transcrição. 3. Controle de processamento do mRna (splicing, cauda poli A, capeamento). 4. Transporte de RNA 5. Controle de tradução 6. Controle pós-traducional. ● EPIGENÉTICA: estudo das mudanças produzidas na expressão gênica que correm sem alteração na sequência de bases de DNA. ● Plasticidade fenotípica: capacidade de adaptação dos organismos a diversas condições ambientais. Ativação da cromatina: A compactação do DNA é feita pelas proteínas histonas. A cromatina apresenta-se de duas formas: o Eucromatina: cromatina menos condensada, ou seja, com DNA acessível para transcrição. o Heterocromatina: cromatina mais condensada, DNA menos acessível para transcrição. 1. Nas histonas: forma código de histonas. a) Acetilação das lisinas: com a acetilação, as lisinas de positivas tornam-se neutras. Dessa forma, ocorre o enfraquecimento da interação eletrostática entre esse aminoácido e o DNA (carga negativa). ● DIMINUI A COMPACTAÇÃO DA CROMATINA. b) Metilação: depende da histona e do aminoácido. ● H3 na lisina 9 = facilita metilação do DNA e silenciamento gênico. ● H3 lisina 4 = abre cromatina e facilita transcrição c) Fosforilação da serina ou treonina: aumenta carga dos aminoácidos, diminuindo interação com DNA. 2. No DNA: a) Metilação das ilhas CGp: Ocorre metilação do carbono 5 da citosina (ocorre principalmente na região promotora). Proteínas de ligação as ilhas DIFICULTAM A INTERAÇÃO DOS FATORES GERAIS DE TRANSCRIÇÃO com a região promotora. ● Metilação promovida pelas enzimas metiltransferase. ● Metil proveniente do ácido fólico (fator epigenético). ● Também pode ocorrer desatilação das lisinas. Gene ativo: acetilação das histonas e Dna NÃO metilado. Gene inativo: desacetilação das histonas e Dna metilado HERANÇA EPIGENÉTICA: 1. Inativação do cromossomo X: formação do Corpúsculo de Barr para compensação de dose gênica ocorre com silenciamento gênico (efeito epigenético). ● Ativação é permanente, desfeita somente na gametogênese. ● Depende do gene Xist pesente no centro de inativação = RNA transcrito recobre cromossomo e promove desacetilção de lisina e metilação do DNA. ● X ativo transcreve RNA Tsix = antisenso do xist. 2. Em cromossomos autossomos: distingue expressão de genes maternos ou partenos através de imprinting genômico, sendo uma forma epigenética de marcação alélica parental que leva ao silenciamento de genes maternos ou paternos. -imprinting por metilação são redefinidos a cada geração. a. Síndrome de Beckwith-Wiedmann: falha na metilação do gene materno IGF2 (codifica hormônio do crescimento) = duas cópias ativas do gene. b. Síndrome de Prader Will: causada por deleção na região 15 q do cromossomo paterno (normalmente não sofre imprinting) OU dissomia uniparental do cromossomo materno – ausência cr15 paterno (ambos alelos silenciados) OU mutação de imprinting (alelo paterno marcado) OU reorganização cromossômica (perda da região 15q) c. Síndrome de Algeman: causada por deleção do gene materno OU mutação de imprinting OU dissomia uniparental paterna OU inativação dos dois genes Controle de transcrição: Controle ocorre através da regulação dos fatores gerais de transcrição (trans atuantes). ● Fatores gerais de transcrição: responsáveis pelo posicionamento correto da RNA-polimerase no promotor (regulador cis atuante); ajudam na separação das fitas de DNA para início da transcrição; liberam RNA-polimerase do promotor quando transcrição se inicia. 1. Elementos acentuadores/reforçadores (enhancers) cis-atuantes: proteínas reguladoras se ligam a sequência reforçadora e fazem com que o DNA entre o promotor e tal sequência se dobre, aproximando essas regiões = aumenta o nível de transcrição basal. 2. Elementos silenciadores (cis-atuantes): localizados anteriormente ao promotor, bloqueia a expressão de genes em tecidos nos quais sua expressão não é requerida. 3. Elementos insuladores (cis-atuantes): bloqueiam a ação de acentuadores e silenciadores. Controle pós-transcricional: 1. Splicing alternativo/emenda alternativa de éxons: combinação diferencial de exons para compor mRNA final. ● Um mesmo pré-mRNA pode dar origem a duas ou mais formas alternativas de mRNA, que darão origem a diferentes proteínas. 2. Desadelinação (remoção da cauda poliA) e remoção do capacete levam a degradação do mRNA. 3. MicroRNA: clivagem do mRNA, inibição da tradução, degradação do mRNA, silenciamento de sua transcrição (Rnas de interferência/RITS alteram a conformação da cromatina). Controle traducional: proteínas que respondem aos sinais de controle da tradução inibem ou permitem a tradução. Ex.: baixa concentração de ferro = proteína IRE se liga ao elemento de resposta ao ferro na alça do RNA e impede transcrição de ferritina (proteína intracelular que liga ao ferro). Herança epigenética trasngeracional: ● Herança genética = alteração na sequência de DNA ● Herança epignética = alteração da cromatina em células somáticas. ● Herança trangeracional: A marcação epigenética permanece em células germinativas e é passada para a próxima geração o Transmissão trasngeracional de variação fenotípica. Deve ser observada na quarta geração no caso de fêmeas. ❖ No desenvolvimento das células gaméticas ocorre a desmetilação de alguns genes. Entretanto, nos genes imprintados (silenciados em monoalelismo) não são desmetilados. ❖ Modificações epigenéticas nas células germinativas são promovidas por microRNAs. ● Marcas vão se esgotando ao longo do tempo.
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