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Bases de prova e planos de orientação Bases de prova São confeccionadas sobre os modelos obtidos das moldagens funcionais; Podem ser feitas com resina acrílica; Termo/auto/fotopolimerizável; Devem ser: • Rígidas; • Estáveis; • Retentivas; • Bem adaptadas ao rebordo residual; A confecção é feita com as resinas acrílicas auto ou fotopolimerizáveis aplicadas sobre os modelos manualmente; Finalidade: construção dos planos de orientação; Objetivo: orientar a montagem dos dentes dentro de um correto plano oclusal, respeitando as curvas de compensação presentes na dentição natural, harmonizando a estética. Planos de orientação Ou de “referência”; Devem ser confeccionados em cera 7 ou 9; São confeccionados com as lâminas de cera plastificadas e dobradas sobre si (“sanfonado”) – em uma placa e meia de cera, dobrando a placa de 1 em 1cm; A colocação dos planos de orientação sobre as bases de prova segue determinadas regras para que se diminua a quantidade de ajustes com o paciente; O plano de cera superior deve ser aquecido e remodelado para acompanhar o perímetro da base de prova, com uma angulação anterior de aproximadamente 75º em relação ao plano oclusal; O plano de cera superior deve ser posicionado à frente do rebordo residual cerca de 12mm da borda posterior da papila incisiva, pois a reabsorção do rebordo superior é de fora para dentro e este não deve ser considerado como indicativo para o posicionamento dos dentes artificiais; O plano de cera inferior deve ser aquecido e remodelado de acordo com o formato do rebordo e colocado com sua face superior paralela ao mesmo, respeitando a altura distal de 2/3 da papila piriforme. Individualização do plano de orientação superior Os ajustes no plano de orientação superior obedecem, em sua maior parte, a parâmetros estéticos; Objetivo principal: recuperar, através do contorno do plano de orientação, a sustentação dos tecidos do terço inferior da face; Parâmetros estéticos a serem recuperados: Suporte labial: • Através do reposicionamento correto dos músculos orbiculares; • Necessário espessamento da base da prótese para compensar perda óssea; • Contorno adequado do plano de cera para dar suporte à musculatura, facilitando a colocação dos dentes artificiais; • O suporte labial deve ser obtido de modo que os lábios acompanhem o perfil do paciente, que é determinado por 3 pontos: glabela, subnásio e mento: • Deve-se fazer acréscimos ou desgastes no plano de cera até conseguir projetar os lábios do paciente para frente ou para trás, até ficarem harmônicos com o perfil do paciente; . Glabela . Mento . Subnásio Altura incisal: • Trata-se da porção visível dos dentes com o lábio em repouso; • Padrão: plano de oclusão de 1 a 2mm abaixo da linha do lábio (em jovens); • 1mm abaixo do tubérculo do lábio (em meia-idade e idosos); Linha do sorriso: • Curva ascendente que acompanha a borda superior do lábio inferior; • Utilizando a régua de Fox no plano frontal: plano de cera deve ficar à linha bipupilar; • No plano lateral: plano oclusal paralelo ao plano de camper no plano sagital; • O plano de camper é uma linha imaginária que vai do trágus até a asa do nariz Corredor bucal: • Espaço existente entre a vestibular dos dentes posteriores e a mucosa interna da bochecha; • O plano de orientação superior deve ser contornado acompanhando o perímetro da base de prova (não a crista do rebordo); • Este espaço deve ser criado no plano de referência e visualizado quando o paciente sorrir: o corredor é essencial para criar um sorriso natural; Linha média: • Para conseguir um arranjo harmônico dos dentes anteriores com a face, os incisivos centrais superiores devem assumir uma posição central; • Outras – demarcação da linha da altura do sorriso: a distância entre a incisal do plano de orientação e a linha alta do sorriso determinará a altura do incisivo central; • A demarcação das linhas das comissuras labiais determina a posição dos caninos; • Essa posição coincide com o ponto de contato proximal das mesiais dos incisivos centrais superiores e é chamada de linha média; • Pode-se marcar a linha média com o lecron sobre os planos de orientação, verticalmente ao plano oclusal. Individualização do plano de orientação inferior Os ajustes inferiores estão essencialmente relacionados ao restabelecimento da posição da mandíbula; Parâmetros a serem recuperados: Dimensão vertical: • Altura do terço inferior da face ou a relação espacial da mandíbula em relação à maxila no plano vertical; • Nesta altura, inclui-se o espaço entre os dentes quando a mandíbula está em repouso, o espaço funcional livre (EFL), que é de 3mm; • A dimensão vertical de oclusão (DVO) é a altura do terço inferior quando os dentes estão em oclusão; • A dimensão vertical de repouso (DVR) é a altura do terço inferior quando os dentes não estão em oclusão; • DVO + EFL = DVR DVR – DVO = EFL EFL – DVR = DVO. Métodos de determinação da DVO Método métrico: • Com o compasso de Willis, registra-se a distância do canto externo do olho até a comissura labial, diminuindo 3 ou 4mm (EFL), estabelece a altura, na qual o plano de orientação inferior deverá ser ajustado para se chegar a DVO, posição na qual a reabilitação será realizada; • Willis definiu que a distância do canto externo do olho até a comissura labial seria igual à distância do ponto subnasal ao gnático (base do nariz à base do mento); _____ _ _ _ _ _ Método fisiológico: • Registra-se a altura do terço inferior da face com a mandíbula em repouso, utilizando compasso de Willis ou compasso comum; • Diminui 3 ou 4mm do EFL e chega à DVO por acréscimo ou subtração de cera no plano de orientação inferior; • O paciente deve ser desencostado da cadeira e posicionado de forma que mantenha sua postura por si próprio; • Nesta posição, a mandíbula tende a assumir sua posição de repouso. Pode pedir ao paciente para que ele faça movimentos de deglutição da própria saliva, para verificar se a mandíbula volta sempre para a mesma posição; Método estético: • Baseia-se na reconstituição facial para a determinação da DVO; • Ponto básico para essa reconstituição: obtenção da harmonia do terço inferior da face com as demais partes do rosto; Método fonético: • Solicita ao paciente que pronuncie as palavras com sons sibilantes, como “Mississipi” e “sessenta e seis”, enquanto se observa o movimento da mandíbula; • Apesar da eficiência do método, só é particularmente útil para conferir a DVO no final de tudo, quando os dentes artificiais já estiverem fixados sobre as bases de prova. Retornando ao outro parâmetro a ser recuperado Relação cêntrica (RC); • Posição mais posterior da mandíbula em relação à maxila no plano horizontal, independente dos contatos dentários; • Côndilos na posição mais anteriorizada na cavidade glenóide, contra a vertente posterior da eminência articular; • A posição mandibular determinada pelo maior número de contatos dentários é chamada de máxima intercuspidação habitual (MIH); • Quando a MIH acontece em RC, diz-se que o paciente possui oclusão em relação cêntrica (RC). Métodos de obtenção da relação cêntrica O importante é não forçar a posição; A posição mais posterior da mandíbula deve ser guiada com o “consentimento” da musculatura; Métodos de manipulação: • Tentativa de levar a mandíbula para posição mais retraída com o auxílio de uma ou das duas mãos do operador; • Deve-se ter o cuidado para manter a base de prova inferior apoiada sobre o rebordo para não comprometer a precisão do registro (manipula a mandíbula com uma mão e com a outra mantém a estabilidade da base de prova); Métodos fisiológicos:• Funcionam melhor quando aplicados em associação com outros métodos, como os de manipulação; • Técnicas: pode pedir para o paciente colocar a ponta da língua no palato, direcionando o fechamento da mandíbula durante a manipulação; • Pode pedir para o paciente deglutir saliva, levando a mandíbula à posição que assume durante a deglutição; Métodos mecânicos: • Utilizam dispositivos como o “jig de Lucia” ou tiras de Long, funcionando como um ponto de apoio na região anterior da mandíbula, impedindo os contatos dentários posteriores, levando a mandíbula para posição retruída; Métodos gráficos: • Exigem do uso de dispositivos especiais para determinar as trajetórias dos movimentos mandibulares; • Esses dispositivos são chamados de registradores e podem ser intra ou extra-orais.
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