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UNESC Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena Mantidas pela Associação Educação de Rondônia NATHÁLIA REGINA MARQUE MORAES THAÍS OLIVEIRA RONCATTO 5ª TURMA DE BIOMEDICINA Relatório Final do Estágio Supervisionado Em Hematologia Clínica Docente Resp. Prof. Dra. Juliana Fontes Beltran Paschoal Vilhena/RO 2017 UNESC Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena Mantidas pela Associação Educação de Rondônia NATHÁLIA REGINA MARQUE MORAES THAÍS OLIVEIRA RONCATTO 5ª TURMA DE BIOMEDICINA Relatório Final do Estágio Supervisionado Em Hematologia Clínica Trabalho apresentado à disciplina de Hematologia Clínica da Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena/RO, como requisito obrigatório e parcial de avaliação, sob a responsabilidade da Professora Juliana Fontes Beltran Paschoal. Vilhena/RO Período do estágio: 24/07/2017 à 04/12/2017 NATHÁLIA REGINA MARQUES MORAES THAÍS OLIVEIRA RONCATTO 5ª TURMA DE BIOMEDICINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM HEMATOLOGIA CLÍNICA Nº DE PÁGINAS: 56 UNESC Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena Mantidas pela Associação Educação de Rondônia PROTOCOLO DA ENTREGA DE RELATÓRIO FINAL Data da Entrega: 04/12/2017 ___________________________ Nathália Regina Marques Moraes ___________________________ Thaís Oliveira Roncatto ______________________________________________ Docente Resp. Prof. Dra. Juliana Fontes Beltran Paschoal SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 2 HEMOGRAMA ......................................................................................................... 9 2.1 Objetivo .......................................................................................................... 10 2.2 COLETA SANGUÍNEA .................................................................................... 10 2.2.1 Material .................................................................................................... 10 2.2.2 Procedimento ........................................................................................... 11 2.3 ESFREGAÇO SANGUÍNEO .......................................................................... 11 2.3.1 Material ................................................................................................... 11 2.3.2 Procedimento ............................................................................................ 11 2.3.3 Ilustrações do esfregaço sanguíneo .......................................................... 13 2.3.4 Resultado .................................................................................................. 13 2.4 ERITROGRAMA .............................................................................................. 13 2.4.1 CONTAGEM DE ERITRÓCITOS NA CÂMARA DE NEUBAUER ............. 13 2.4.1.1 Material utilizado .................................................................................... 14 2.4.1.2 Procedimento ......................................................................................... 14 2.4.1.3 Resultado ............................................................................................... 15 2.4.2 DOSAGEM DE HEMOGLOBINA ................................................................. 22 2.4.2.1 Materiais ................................................................................................. 22 2.4.2.2 Procedimento ......................................................................................... 22 2.4.2.3 Resultado ............................................................................................... 23 2.4.3 HEMATÓCRITO ........................................................................................... 26 2.4.3.1 Material .................................................................................................. 26 2.4.3.2 Procedimento ......................................................................................... 26 2.4.3.3 Resultado ............................................................................................... 26 2.4.4 ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS ...................................................................... 27 2.4.5 CONTAGEM DE RETICULÓCITOS ............................................................. 29 2.4.5.1 Materias utilizados .................................................................................. 30 2.4.5.2 Procedimento: ........................................................................................ 30 2.5 LEUCOGRAMA .................................................................................................. 31 2.5.1 CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS NA CÂMARA DE NAEUBAUER ............................................................................................................................... 32 2.5.1.1 Material .................................................................................................. 32 2.5.1.2 Procedimento ......................................................................................... 33 2.5.1.3 Resultado ............................................................................................... 33 2.5.2 CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS.......................................... 36 2.5.2.1 Material .................................................................................................. 36 2.5.2.2 Procedimento ......................................................................................... 37 2.5.2.3 Resultado ............................................................................................... 37 2.6 PLAQUETOGRAMA ........................................................................................... 37 2.6.1 Material ..................................................................................................... 37 2.6.2 Procedimento ............................................................................................ 38 2.6.3 Resultado .................................................................................................. 38 3 COAGULOGRAMA ............................................................................................... 39 3.1 Tempo De sangramento (TS) ........................................................................ 39 3.1.1 Procedimento ............................................................................................ 40 3.2 Tempo de Ativação da Protrombina (TAP) .................................................. 40 3.2.1 Procedimento ............................................................................................ 40 3.3 Tempo de Tromboplastina Parcial (TTPA) ................................................... 41 3.3.1 Procedimento ............................................................................................ 41 4 VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) ............................................ 42 Materiais utilizados ............................................................................................. 42 Procedimentos ................................................................................................... 42 5 SEMINÁRIO ........................................................................................................... 43 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 54 7 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 55 7 1 INTRODUÇÃO Hematologia é o ramo da biologia que estuda o sangue, particularmente, os elementos figurados do sangue como a hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Alémdisso, ela estuda, também, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos como medula óssea, baço e linfonodos (CARMO, 2012). Os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas têm sua origem, no adulto, nos ossos chatos que compreendem o órgão hematopoiético, sendo que este é um fenômeno (VERRASTRO, 2005). Portanto, além de estudar o estado de normalidade dos elementos sanguíneos e dos órgãos hematopoiéticos, estuda também as doenças a eles relacionadas como, por exemplo, a anemia e leucemias (CARMO, 2012). Segundo FIGHERA (2001), os distúrbios anêmicos são a principal alteração hematológica relatada em seres humanos, sendo considerada uma síndrome originada por várias causas, que na maioria das vezes é de origem secundária a alguma doença sistêmica e assim normalmente é avaliada pela diminuição de eritrócitos e/ou hemoglobina de um indivíduo. Os glóbulos vermelhos, conhecido também como hemácia e eritrócitos, são células do sangue, com formato bicôncavo, que junto com a hemoglobina tem a função de transporte de oxigênio para os tecidos. Em estados patológicos, muitas vezes a variação morfológica (tamanho, coloração, forma) dessas hemácias ou alguma alteração na síntese ou mutação na hemoglobina, podem ser de grande importância para definir um diagnóstico, principalmente de quadros de anemia (VERRASTRO, 2005). Outra patologia de grande importância é a leucemia. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da silva) a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente de origem desconhecida que tem como principal característica o acúmulo de células jovens ou maduras anormais na medula óssea que substituem as células sanguíneas normais dificultando o funcionamento das células do sangue. Desta forma, podem-se diagnosticar as doenças graves e mais simples, bem como sua evolução, realizando exames de rotina como o hemograma. O hemograma é um exame laboratorial de rotina para avaliar qualitativamente e quantitativamente os elementos figurados do sangue, que junto com os dados clínicos apresentados pelo paciente, permite diagnosticar alguns tipos de patologias 8 como anemias, leucemias e doenças autoimunes (GONÇALVES, 2006; REDAÇÃO CR, 2017). O exame é divido em 3 determinações como eritrograma que avalia todas as células da linhagem vermelhas, o leucograma da linhagem branca e plaquetograma que faz a análise da plaquetas. Portanto, o hemograma é de extrema importância, pois ele auxilia no diagnóstico de diversas patologias relacionado aos elementos presentes no sangue, ajudando assim, prevenir também doenças graves e mais simples, bem como sua evolução. Desta forma o objetivo deste relatório é expor os procedimentos práticos realizados no laboratório multidisciplinar da UNESC, na área de hematologia, para obter conhecimento e precisão nos procedimentos práticos para se ter um diagnóstico preciso e eficaz para auxiliar nas diversas patologias. 9 2 HEMOGRAMA O hemograma é um exame laboratorial de rotina para avaliar qualitativamente e quantitativamente os elementos figurados do sangue, que junto com os dados clínicos apresentados pelo paciente, permite diagnosticar alguns tipos de patologias como anemias, leucemias e doenças autoimunes (GONÇALVES, 2006; REDAÇÃO CR, 2017). O exame é divido em 3 determinações como eritrograma (série vermelha), leucograma (série branca) e plaquetograma (plaquetas). No eritrograma é a primeira etapa do hemograma, onde são analisadas as células da série vermelha (glóbulos vermelhos) incluindo: Contagem de eritrócitos (CE): Mede o número de hemácias em um volume de sangue; Dosagem da hemoglobina (Hb): Mede a quantidade de hemoglobina em um volume de sangue; Hematócrito (Ht): Mede o volume percentual de hemácias em um volume de sangue; Volume Corpuscular Médio (VCM): É o índice que ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia; Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): É o peso da hemoglobina na hemácia; Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): É a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. A segunda etapa é a realização do leucograma, no qual é analisado por meio dos seguintes índices: Contagem total de leucócitos (CTL): Mede o número de leucócitos de qualquer tipo em um volume de sangue; Contagem diferencial de leucócitos (CDL): Determina a proporção de cada tipo de leucócito como Neutrófilo, basófilo, eosinófilo, linfócitos e monócitos. A contagem diferencial de cada leucócito é emitida em % (ou valor relativo) e em 10³ /mm³ (ou valor absoluto). O valor absoluto tem melhor expressão diagnóstica em relação ao valor relativo. E a terceira etapa é o plaquetograma, onde as plaquetas são fragmentos de células responsáveis pela coagulação do sangue, desta forma o plaquetograma é analisado a quantitativamente e qualitativamente os níveis de plaquetas no sangue. 10 Na hematologia as análises são feitas no sangue total, colhido com anticoagulantes específico e não há separação do plasma e elementos figurados, ou seja, das células sanguíneas. Desta forma, o hemograma é de extrema importância, pois este abrange as análises quantitativas e qualitativas dos eritrócitos, leucócitos e plaquetas bem como seu tamanho, a forma celular, a coloração, as inclusões citoplasmáticas e nucleares, a presença de vacúolos, as atipias celulares, considerando que essas anormalidades são fundamentais para auxiliar o diagnóstico clínico associado a diversas patologias (RODRIGUES, 2014). 2.1 Objetivo O objetivo é realizar um hemograma completo, através das aulas práticas ministradas pela professora do estágio Supervisionado de Hematologia, bem como aprender identificar células sanguíneas, suas diferentes morfologias e em níveis alterados e normais e o que cada um pode indicar, sendo capaz de realizar um hemograma completo. 2.2 COLETA SANGUÍNEA A coleta sanguínea é de extrema importância, pois esta tem a finalidade de obter amostra de sangue para realizações de exames como o hemograma completo. Para a realização do hemograma a coleta de sangue é feita com sangue total utilizando o anticoagulante com EDTA, com a finalidade de não coagular o sangue e assim obter a amostra para analisar os elementos figurados do sangue. 2.2.1 Material Garrote; Algodão; Seringa descartável; Agulha descartável; Álcool 70%; Tudo para coleta de sangue com EDTA; Blood stop; EPI’s; 11 2.2.2 Procedimento - Primeiramente colocou-se os Equipamentos de Proteção Individual (EPI); - Preparou-se os materiais para a realização da coleta de sangue, como identificar o tubo com o nome do paciente, colocou-se a agulha na seringa sem retirar a capa protetora, pois esta só deve ser retirada no momento da punção, em seguida movimentou-se o êmbolo da seringa para retirar o ar; - Posteriormente colocou-se o garrote 5 cm acima do local da coleta e pediu para a paciente-acadêmica abrir e fechar as mãos e escolheu-se a veia para a realização da coleta; - Em seguida, realizou-se a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido com álcool 70% com movimento de cima para baixo; - Feito isto, retirou-se a capa protetora da agulha e realizou-se a punção de modo que o bisel da agulha fique voltado para cima; - Após o sangue ter fluido para dentro da seringa, soltou-se o garrote, removeu-se a agulha, colocou-se um algodão no local da coleta, realizando uma breve pressão no local e em seguida e transferiu-se 3 ml da amostra biológica para o tudo com EDTA, e depois homogeneizou-se para realizar o esfregaço sanguíneo e descartou-se a seringa e agulha no descarpack. 2.3 ESFREGAÇO SANGUÍNEO 2.3.1 Material Lâminas estéril; Lâmina extensora; Amostra biológica; Microscópio; Corantes hematológicos; Pipeta de pasteur; Lápis dermatográfico; 2.3.2 Procedimento - Primeiramente certificou-se de que a lâmina esteja limpa e seca, desengordurada. Caso não esteja, faz-se a limpeza da mesma com álcool, limpando-se com papel filtro; - Homogeneizou-se a amostra, retirou-se a tampa; 12 - Com auxílio de uma pipeta de pasteur, pipetou-se uma pequena gota de sangue sobre uma lâmina estéril, sendo que esta amostra deve ter aproximadamente 1 ou 2 cm de diâmetro do lado que for começar o esfregaço; - Tocou-se na gota de sangue com as costas da extensora em um ângulo de 30 a 45º, aguardou-se que o sangue se espalhe pelo bordo da extensora e então deslizou-se de modo suave e contínuo até a direção oposta (para frente), formando uma camada delgada e uniforme evitando falhas; - Posteriormente secou-se a lâmina em temperatura ambiente e identificou-se com lápis dermatográfico diretamente sobre a parte espessa do esfregaço; - Realizou-se o mesmo procedimento em mais 2 lâminas; - Em seguida, coraram-se as lâminas da seguinte forma: Submergiu a lâmina na solução 1 (triarilmetano), mantendo um movimento contínuo de cima para baixo durante 5 segundos( 5 imersos de 1 segundo cada) e deixou-se escorrer bem; submergiu a lâmina na solução 2 (xanteno), mantendo um movimento contínuo de cima para baixo durante 5 segundos( 5 imersos de 1 segundo cada) e deixou-se escorrer bem; submergiu as lâminas na solução 3 (tiazinas), mantendo um movimento contínuo de cima para baixo durante 5 segundos( 5 imersos de 1 segundo cada) e deixou-se escorrer bem; Em seguida lavou-se a lâmina com água deionizada recente, deixando secar ao ar na posição vertical e com o final da extensão voltado para cima. - Realizou-se o mesmo procedimento nas demais lâminas, mudando somente quantidade de vezes que a lâminas foram imersas nas soluções, sendo da seguinte forma: 2ª lâmina= 1ªsolução: 5x, 2ª solução: 4x, 3ª solução: 4x; 3ª lâmina= 1ªsolução: 5x, 2ª solução: 3x, 3ª solução: 3x; - Após a secagem das lâminas, as mesmas foram visualizadas ao microscópio na objetiva de 100x, colocando- se óleo de imersão para a realização das leituras. 13 2.3.3 Ilustrações do esfregaço sanguíneo Figura 1: http://www.biomedicinaemacao.com.br/2015/08/esfregaco-sanguineo-hematologia-dia5.html Figura 2: http://www.biomedicinaemacao.com.br/2015/08/esfregaco-sanguineo-hematologia-dia5.html 2.3.4 Resultado No esfregaço sanguíneo houve a presença de células da linhagem branca (leucócitos), onde visualizou-se vários neutrófilos e linfócitos. Identificou-se também células da linhagem vermelha (eritrócitos) de forma que estes eritrócitos mostrou-se alterações em sua morfologia como a presença de poiquilocitose no qual houve alterações na estrutura da membrana da hemácia e esferócitos em que as hemácias de forma esféricas que perderam uma porção da membrana. 2.4 ERITROGRAMA São analisadas as células da série vermelha (glóbulos vermelhos). 2.4.1 CONTAGEM DE ERITRÓCITOS NA CÂMARA DE NEUBAUER Os métodos para contagem global dos eritrócitos consistem geralmente em diluir o sangue total com EDTA, em proporção conhecida, com um líquido diluidor chamado Hayen, permitindo a conservação das células em estudo com objetivo de realizar a contagem global das hemácias na câmara de Neubauer permitindo 14 verificar a quantidade de hemácias em um microlitro (milímetro cúbico) de sangue total, pois níveis baixos de hemácias podem ser indicativos de anemia e níveis elevados podem ser indicativos de policitemia (excesso de hemácia no sangue aumentado a viscosidade do sangue e impedindo do mesmo passar pelas veias). 2.4.1.1 Material utilizado Pipeta automática 0-1000 µl; Pipeta automática 0-100 µl; Ponteiras; Tubo; Líquido de Hayen; Câmara de Neubauer; Lamínula; Sangue total com EDTA; 2.4.1.2 Procedimento -Homogeneizou-se bem a amostra de sangue (contendo anticoagulante EDTA); -Com auxílio de uma pipeta automática de (0-1000 µl) pipetou-se 3980 µl da solução de Hayen em um tubo de ensaio; -Em seguida diluiu-se 20 µL de sangue total no tubo contendo 3980 µ o diluidor Hayen; -Homogeneizou-se a solução final; -Com auxílio de uma pipeta automática preencheu-se a câmara de Neubauer contendo lamínula evitando excesso de líquido e bolhas de ar sob a lamínula aderida firmemente à câmara; -Posteriormente focalizou-se com objetiva de 10x e em seguida passou-se para a objetiva de 40x para realizar a contagem dos eritrócitos; -Escolheu-se 5 campos da área reticulada central da câmara de Neubauer e realizou-se a contagem das hemácias; -Posteriormente somou-se o resultado dos 5 quadrantes e multiplicou por 10.000 para a obtenção do resultado por µL (mm3 ). 15 OBS: No segundo procedimento foi realizada a diluição da solução preparada de modo que não apresentasse um aglomerado de hemácias, facilitando a contagem das mesmas, com isso a diluição foi realizada da seguinte forma: 50x5=250 - Pipetou-se 50 µl da solução preparada em um tubo de ensaio; - Em seguida, diluiu-se 200 µl de água destilada no tubo contendo a solução preparada; - Posteriormente pipetou-se a diluição em uma câmara de Neubauer para a realização da contagem das hemácias. 2.4.1.3 Resultado Valor de referência: Homens 4,6 a 6,5 milhões/mm³; Mulheres: 3,9 a 5,6 milhões/mm³ Resultados da Acadêmica Nathália Moraes DATA DO PROCEDIMENTO CONTAGEM RESULTADO VALOR DE REFERÊNCIA 07/08/2017 1º quadrante: 114 2º quadrante: 155 3º quadrante: 155 4º quadrante: 134 5º quadrante: 134 692 x 10.000= 6.920 000 milhões/ mm³ Paciente: mulher Resultado: Elevado com 6,92 milhões/ mm³, Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 14/08/2017 1º quadrante: 15 2º quadrante: 14 3º quadrante: 26 4º quadrante: 14 5º quadrante: 15 84 x Paciente: mulher Resultado: Elevado com 4,2 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 16 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 420 x 10.000= 4.200 000 milhões/ mm³. 21/08/2017 1º quadrante: 12 2º quadrante: 16 3º quadrante: 12 4º quadrante: 13 5º quadrante: 15 68 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 340 x 10.000= 3.400 000 milhões/ mm³. Paciente: mulher Resultado: Baixo com 3,4 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 28/08/2017 1º quadrante: 20 2º quadrante: 18 3º quadrante: 20 4º quadrante: 25 5º quadrante: 22 105 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 525 x 10.000= 5.250.000 milhões/ mm³. Paciente: mulher Resultado: Normal com 5,2 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 04/09/2017 1º quadrante: 13 2º quadrante: 15 3º quadrante: 12 Paciente: mulher Resultado: Baixo com 3,1 milhões/ Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 17 4º quadrante: 10 5º quadrante: 12 62 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 310 x 10.000= 3.100.000 milhões/ mm³. mm³. 04/09/2017 1º quadrante: 17 2º quadrante: 22 3º quadrante: 20 4º quadrante: 23 5º quadrante: 24 106 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 530 x 10.000= 5.300.000 milhões/ mm³. Paciente: Homem Resultado: Normal com 5,3 milhões/ mm³. Homem:4,5- 6,5 milhões/mm³ 04/09/2017 1º quadrante: 22 2º quadrante: 10 3º quadrante: 19 4º quadrante: 13 5º quadrante: 21 85 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 425 x Paciente: Mulher Resultado: Normal com 4,2 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 18 10.000= 4.250.000 milhões/ mm³ 02/10/2017 1º quadrante:14 2º quadrante: 21 3º quadrante: 19 4º quadrante: 26 5º quadrante: 20 100 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 500 x 10.000= 5.000.000 milhões/ mm³ Paciente: Homem Resultado: Comparado ao resultado da professora, o paciente apresenta-se com o nível de hemácia Normal, com 5,0 milhões/ mm³. Homem: 4,5- 6,5 milhões/mm³. Resultado da professora: 4,9 milhões/mm³ 30/10/2017 1º quadrante: 14 2º quadrante: 21 3º quadrante: 19 4º quadrante: 26 5º quadrante: 20 100 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 500 x 10.000= 5.000.000 milhões/ mm³ Paciente: Amostra 4 Resultado: Comparado ao resultado da professora, o paciente apresenta-se com o nível de hemácia alto, com 5,050 milhões/ mm³. Resultado da professora:4,7 milhões/mm³ 19 Resultados da Acadêmica Thaís Roncatto DATA DO PROCEDIMENTO CONTAGEM RESULTADO VALOR DE REFERÊNCIA 07/08/2017 1º quadrante: 119 2º quadrante: 125 3º quadrante: 93 4º quadrante: 99 5º quadrante: 96 532 x 10.000= 5.320 000 milhões/ mm³ Paciente: mulher Resultado: normal com 5,32 milhões/ mm³, Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 14/08/2017 1º quadrante: 24 2º quadrante: 17 3º quadrante: 23 4º quadrante: 34 5º quadrante: 16 114 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 570 x 10.000= 5.700 000 milhões/ mm³. Paciente: mulher Resultado: Elevado com 5,7 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 21/08/2017 1º quadrante: 07 2º quadrante: 20 3º quadrante: 17 4º quadrante: 12 5º quadrante: 18 78 x 5 (quantidade de vezes diluída a Paciente: mulher Resultado: normal com 3,9 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 20 amostra) = 390 x 10.000= 3.900 000 milhões/ mm³. 28/08/2017 1º quadrante: 20 2º quadrante: 16 3º quadrante: 22 4º quadrante: 23 5º quadrante: 20 101 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 505 x 10.000= 5.050.000 milhões/ mm³. Paciente: mulher Resultado: Normal com 5,0 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 04/09/2017 1º quadrante: 16 2º quadrante: 19 3º quadrante: 10 4º quadrante: 13 5º quadrante: 11 69 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 345 x 10.000= 3.450.000 milhões/ mm³. Paciente: mulher Resultado: Baixo com 3,4 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 04/09/2017 1º quadrante: 11 2º quadrante: 11 3º quadrante: 19 4º quadrante: 15 5º quadrante: 09 Paciente: Homem Resultado: baixo com 3,25milhões/ mm³. Homem:4,5- 6,5 milhões/mm³ 21 65 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) =325x 10.000= 3.250.000 milhões/ mm³. 04/09/2017 1º quadrante: 12 2º quadrante: 11 3º quadrante: 20 4º quadrante: 19 5º quadrante: 06 68 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 340 x 10.000= 3.400.000 milhões/ mm³ Paciente: Mulher Resultado: baixo com 3,4 milhões/ mm³. Mulher: 3,9 - 5,6 milhões/ mm³ 02/10/2017 1º quadrante: 20 2º quadrante: 21 3º quadrante: 23 4º quadrante: 19 5º quadrante: 14 97 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 485 x 10.000= 4.850.000 milhões/ mm³ Paciente: Homem Resultado: Comparado ao resultado da professora, o paciente apresenta-se com o nível de hemácia Normal, com 4,8 milhões/ mm³. Homem: 4,5- 6,5 milhões/mm³. Resultado da professora: 4,9 milhões/mm³ 30/10/2017 1º quadrante: 31 2º quadrante: 20 Paciente: Amostra 4 Resultado da professora:4,7 22 3º quadrante: 25 4º quadrante: 16 5º quadrante: 15 75 x 5 (quantidade de vezes diluída a amostra) = 375 x 10.000= 3.750.000 milhões/ mm³ Resultado: Comparado ao resultado da professora, o paciente apresenta-se com o nível de hemácia baixo, com 3,7 milhões/ mm³. milhões/mm³ 2.4.2 DOSAGEM DE HEMOGLOBINA A dosagem de hemoglobina consiste em utilizar a solução de Drabikin em 2 tubos um contendo sangue total com EDTA e outro o padrão da hemoglobina, que posteriormente é colocado em um espectrofotômetro em 540nm com a finalidade de medir a absorbância do padrão e da amostra. A dosagem de hemoglobina apresenta um significado clínico na avaliação das séries vermelhas, policitemia e anemia, sendo que valores abaixo de hemoglobina podem ser indicativos de anemia, uma vez que o corpo não está recebendo oxigênio suficiente para o corpo. 2.4.2.1 Materiais Tubo de ensaio; Espectrofotômetro manual; Cubetas; Reagente de Drabikin; Solução padrão da hemoglobina; Pipeta automática 0-1000 µl; Pipeta automática 0-100 µl; Ponteiras; Estante; 2.4.2.2 Procedimento - Primeiramente calibrou-se o espectrofotômetro em y=540nm; 23 - Posteriormente preparou-se em um tubo de ensaio 4980µl de branco, no qual contêm somente o reagente de Drabikin; - Em seguida, pipetou-se 4980µl de reagente de Drabikin em 20µl do reagente padrão da hemoglobina; - Pipetou-se também 4980µl de reagente de Drabikin em 20µl de sangue com EDTA; -Após a preparação das soluções, realizou-se a leitura das mesmas no espectrofotômetro de modo que colocou-se primeiramente a solução branco zerando no espectrofotômetro, em seguida a solução padrão/Drabikin e Sangue/Drabikin; -Em seguida realizou-se o cálculo para medir a absorbância do padrão e da amostra para assim obter o valor da hemoglobina. 2.4.2.3 Resultado Valor de Referência: Homem: 12,80 – 17,80 g/dl Mulher: 11,00 – 16,10 g/dl Resultado das Acadêmicas que fizeram este exame em dupla: Nathália Moraes e Thaís Roncatto DATA DO PROCEDIMENTO CÁLCULO RESULTADO VALOR DE REFERÊNCIA 07/08/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,120 g/dl Abs. Da amostra= 0,048 g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,120 = 96,66 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 96,66 x 0,048 = 4,63 g/dl Paciente: Mulher Resultado: Baixo com 4,63 g/dl, considerando que este resultado abaixo do normal pode ser devido algum erro na execução do procedimento. Mulher: 11,00 à 16,10 g/dl 14/08/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,308 g/dl Paciente: Mulher Resultado: Normal Mulher: 11,00 à 16,10 24 Abs. Da amostra= 0,401 g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,308 37,66 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 37,66 x 0,401 = 15,10 g/dl com 15,10 g/dl. g/dl 21/08/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,269 g/dl Abs. Da amostra= 0,275 g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,269 =43,12 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 43,12 x 0,275 = 11,85 g/dl Paciente: Mulher Resultado: Normal com 11,85 g/dl. Mulher: 11,00 à 16,10 g/dl 28/08/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,231 g/dl Abs. Da amostra= 0,305 g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,231 50,21 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 50,21 x 0,305 = 15,31 g/dl Paciente: Mulher Resultado: Normal com 15,31 g/dl. Mulher: 11,00 à 16,10 g/dl 04/09/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,430 g/dl Abs. Da amostra= 0,499 g/dl Paciente: Mulher Resultado: Normal com 13,45 g/dl. Mulher: 11,00 à 16,10 g/dl 25 Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,430 26,97 g/dlTotal da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 26,97 x 0,499 = 13,45 g/dl 04/09/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,430 g/dl Abs. Da amostra= 0,468g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,430 26,97 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 26,97 x 0,468 = 12,62 g/dl Paciente: Homem Resultado: Normal com 12,62 g/dl. Homem: 12,80 à 17,80 g/dl 04/09/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,430 g/dl Abs. Da amostra= 0,438 g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,430 26,97 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 26,97 x 0,438 = 11,81 g/dl Paciente: Mulher Resultado: Normal com 11,81 g/dl. Mulher: 11,00 à 16,10 g/dl 02/10/2017 Valor da [ ] padrão= 11,6 g/dl Abs. do padrão = 0,268 g/dl Abs. Da amostra= 0,321 g/dl Valor [ ] padrão =11,6 = Abs.Do padrão 0,268 Paciente: Homem Resultado: Normal com 13,29 g/dl. Homem: 12,80 à 17,80 g/dl 26 43,28 g/dl Total da abs. Do padrão x Abs. Da amostra = 43,28 x 0,321 = 13,89 g/dl 2.4.3 HEMATÓCRITO O hematócrito é um exame, no qual o método baseia-se no preenchimento de um microcapilar com sangue, onde o mesmo é centrifugado para avaliar a percentagem de eritrócitos em um volume total de sangue, ajudando a identificar e diagnosticar alguns problemas como a anemia. O hematócrito baixo pode indicar a presença de anemia ou sangramento, já o hematócrito alto pode indicar a presença de desidratação. 2.4.3.1 Material Amostra de sangue total com EDTA; Microcapilar; Microcentrífuga; Bico de Bunsen; Tabela de Hematócrito; 2.4.3.2 Procedimento -Acendeu-se o bico de Bunsen; -Introduziu-se o microcapilar no tubo de sangue total com EDTA; - Preencheu-se o microcapilar com sangue; -Fechou-se um lado do capilar utilizando as chamas do bico de Bunsen; -Em seguida, colocou-se o microcapilar na Microcentrífuga, e centrifugou-se por 5 minutos a 12000 rpm e realizou-se a leitura na tabela. 2.4.3.3 Resultado Valor de referência: Homem: 39 a 53% Mulher: 35 a 47% 27 Resultado Das Acadêmicas que fizeram este exame em dupla: Nathália e Thaís Data do Procedimento Resultado Valor de Referência 21/08/2017 Paciente: Mulher Resultado: 39%, normal Mulher: 35 a 47% 02/10/2017 Paciente: Homem Resultado: 40%, Normal Homem: 39 a 53% 2.4.4 ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS Os índices Hematimétricos são parâmetros de avaliação das hemácias no que diz respeito ao tamanho, forma, e características físicas e distribuição da hemoglobina nestas células. São de extrema importância, pois juntamente com a contagem das hemácias, são utilizados para classificar os tipos de anemias. Estes índices Hematimétricos são classificados em VCM (Volume Corpuscular Média), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média), CHCM (Concentração de hemoglobina Corpuscular média) e seus resultados são obtidos através de cálculos. O VCM (Volume Corpuscular Média) mede o tamanho das hemácias e são classificadas como Microcíticas (hemácias estão menor que o normal), macrocítica (se estão maiores do que o normal) e Normocítica (as hemácias apresentam o tamanho normal). Quando há variação, ou seja, são observadas hemácias macrocíticas e microcíticas, o quadro é chamado de anisocitose. Para o resultado do VCM realizou-se um cálculo: VCM= Hematócrito x 10 Hemácias Valor de referência: 80-90 µ³(fl) O HCM (Hemoglobina Corpuscular Média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias, bem como a coloração da hemácia por conta da hemoglobina em seu interior, e são classificados como Normocrômico (A coloração da hemácia esta normal), Hipercrômico se os valores CHM estiverem acima do normal, em que as hemácias apresentam uma cor mais escura, e Hipocrômico se os valores do HCM estiverem abaixo do normal, às hemácias apresentam uma coloração mais clara. O cálculo é realizado da seguinte forma: HCM= Hemoglobina x10 Hemácia 28 Valor de Referência: 27- 34 pg O CHCM (Concentração de hemoglobina Corpuscular média) avalia a concentração média da hemoglobina contida na hemácia em 100 ml de sangue, ou seja, estima à média, em porcentagem, de quanto o eritrócito está preenchida pela hemoglobina. Assim, considera-se que o eritrócito tenha um espaço de 100% e o CHCM representa o quanto destes 100% está ocupado por hemoglobina. O cálculo é realizado da seguinte forma: CHCM= Hemoglobina x100 Hematócrito Valor de Referência: 31,5-36 % 2.4.4.1 Resultado Resultado das Acadêmicas fizeram este exame em dupla: Nathália e Thaís Roncatto Data do Procedimento Cálculo Resultado Valor de referência 21/08/2017 Hematócrito= 39% Hemácias= 3,4 milhões/ mm³ VCM= Hematócrito x 10 Hemácias VCM= 39 x 10= 34 11,47 x10= 114,7 µ³ Paciente: Mulher Resultado: 114,7 µ³ Elevado 80-90 µ³(fl) Hemoglobina=11,85g/dl Hemácia= 3,4 milhões/ mm³ HCM= Hemoglobina x10 Hemácia HCM= 11,85 x 10 3,4 HCM= 3,48x10= 37,85pg Paciente: Mulher Resultado: 37,85pg Elevado 27- 34 pg Hemoglobina= 11,85g/dl Hematócrito= 39% CHCM= Hemoglobina x100 Hematócrito CHCM= 11,85 x 100 39 CHCM= 0,303x100= 30,38% Paciente: Mulher Resultado:30,38% Baixo 31,5-36 % 29 2.4.5 CONTAGEM DE RETICULÓCITOS Os reticulócitos compreendem eritrócitos imaturos no estágio final de diferenciação celular, ou seja, eles são os precursores dos eritrócitos presentes no sangue periférico, contudo, a análise dos reticulócitos é utilizada para esclarecer a situação proliferativa da medula óssea, no qual verifica se a medula óssea está liberando reticulócitos na corrente sanguínea antes de maturar. Essas informações são relevantes no diagnóstico de quadros de anemia, no acompanhamento de tratamentos, incluindo de transplantes, podendo ser utilizado também no acompanhamento das mais diversas doenças e/ou traumas físicos que possam afetar a produção de células da linhagem eritróide na medula óssea (ERB, 1865; NASCIMENTO, 2005). Em condições fisiológicas, os reticulócitos são encontrados no sangue periférico em quantidades que variam entre 0,8 % e 2,5 % (WINTROBE, 1998; GIGLIO; KALIKS, 2007; BAIN; DACIE; LEWIS, 2012; NAOUM, 2013). Contudo, nas anemias, os estímulos à proliferação que ocorrem, podem induzir a liberação acelerada de reticulócitos para a corrente sanguínea. Dessa forma, quando reticulócitos estão elevados no sangue periférico de portadores de anemia indicam que ela se encontra em um estado hiperploriferativo, em a medula óssea está sendo estimulada a liberar reticulócitos na corrente sanguínea, temos como exemplos as anemias hemolíticas, que por um algum fator as hemácias sofrem hemólise, com isso a medula óssea começa liberar reticulócitos na corrente sanguínea pra suprir a falta das hemácias que sofreram hemólise. Inversamente, ocorre, quando a contagens de reticulócitos estiverem diminuídas em indivíduos anêmicos evidenciando um estado de hipoproliferação medular, pode-se citar como exemplo a anemia ferropênica, a anemia aplásica e a anemia de doença crônica (GIGLIO; KALIKS, 2007; PIERRE, 2002). A contagem de reticulócitos baseia-se na técnica no qual a coloração de reticulócitos se faz misturando 100 µl de sangue com 100 µl de azul cresil brilhante a 1%, incubando a 37ºC por 15 a 30 minutos. Após o período de incubação, se faz o esfregaço e procede para a análise microscópica com a objetiva de 100x utilizando óleo de imersão, realizando as análises qualitativas e quantitativas dos mesmos. A avaliação qualitativa permite que se tenha noção da presença normal, elevada ou diminuída dessas células, bem como de sua morfologia. 30 2.4.5.1 Materias utilizados Tubo de ensaio Oléo de imersão .Banho- maria à 37ºc Lâminade microscopia Azul Cresil brilhante Pipeta automática Ponteiras cronômetro 2.4.5.2 Procedimento: - Com auxílio de uma pipeta automática, pipetou-se 100 µl de azul cresil brilhante em um tubo; - Pipetou-se 100 µl de sangue total com EDTA, limpando o excesso na ponteira com papel absorvente, e transferiu-se para o tubo contendo a solução de azul cresil; - Homogeneizou-se delicadamente; - Incubou-se em banho-maria 37ºc por 15 minutos cronometrados; - Retirou-se os tubos do banho-maria homogeneizou-se - Colocou-se uma gota da amostra sobre lâmina e confeccionou-se o esfregaço; - Esperou-se a secagem; - Em um microscópico óptico foi realizada a leitura na objetiva de 100x utilizando o óleo de imersão; - Contar em 5 quadrantes distintos; - Quantificou-se o número de hemácias por campo, para realizar o cálculo: 1000 eritrócitos -------------- nº de reticulócitos 100 ------------------------ X A contagem de reticulócitos geralmente é avaliada percentualmente em relação aos eritrócitos. Desta forma os reticulócitos são hemácias imaturas, e o objetivo deste teste é auxiliar na distinção entre anemias hipoproliferativas e hiperproliferativas, e na avaliação de perda sanguínea, resposta da medula óssea à anemia. 31 2.5 LEUCOGRAMA No leucograma são analisadas as células da série branca (glóbulos brancos). Este exame indica o número de neutrófilos, bastonete ou segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos presentes no sangue. É através do leucograma que podemos analisar as células responsáveis pela defesa do organismo e, portanto, podemos avaliar a capacidade de resposta destas células frente a diferentes situações. O leucograma é composto pela contagem total e diferencial de leucócitos e pela avaliação morfológica dos mesmos no esfregaço sanguíneo. Existem tipos de leucócitos diferentes e cada um deles exerce uma função específica, sendo eles: Os neutrófilos estão presentes em cerca de 65% a 60% dos leucócitos presentes no sangue e tem a função de fazer fagocitose, e participa da defesa do nosso organismo contra bactérias e fungos. Os neutrófilos são classificados como segmentado que são neutrófilos maduros já os neutrófilos jovens são chamados de bastonetes. Quando os valores de neutrófilos estão aumentados (neutrofilia), geralmente indica infeção bacteriana ou fúngica e quando os valores do mesmo apresentam-se abaixo do normal (neutropenia) como, por exemplo, podem ser devidos alguns tipos de anemias, doenças autoimunes. Alguns termos são utilizados em relação a quantidades de neutrófilos bastonetes em relação aos segmentados, como, quando há um Desvio à esquerda quer dizer há um aumento da proporção de neutrófilos bastonetes em relação aos neutrófilos segmentados acompanhado ou não do aparecimento de metamielócitos ou mielócitos em circulação, geralmente presente nas reações infecciosas, porém, o desvio a direita quer dizer que ocorre o aumento da presença de neutrófilos polissegmentados (seis ou mais lobos) sendo muito encontrados como, por exemplo, na anemia megaloblástica. Os linfócitos são células que atuam na resposta imune, sendo responsável pela produção de anticorpos que atuam contra infecções e células cancerosas. Podem ser classificado em linfocitose, quando há o aumento do número de linfócitos no sangue, por exemplo, devido algumas infecções por vírus, leucemia. Linfopenia, quando há diminuição do número de linfócitos, ocorre em decorrência de algumas doenças como a proliferativa. 32 Os eosinófilos são os responsáveis pelos mecanismos da alergia, por matar parasitas e destruir células cancerosas. Quando há o aumento do número de eosinófilos significa que o paciente apresenta eosinófilo, no qual é encontrado muito em reações alérgicas, infecções parasitárias, etc. Desta forma, eosinopenia, é a classificação dada quando o número de eosinófilos é menor que normal, porém raramente é notado, pois o limite inferior é muito baixo. Os monócitos são as células de defesa que se transformam em macrófagos, no qual são responsáveis por fagocitar microrganismos invasores como bactérias, vírus. A monocitose é quando há o aumento do números de monócitos, podendo ocorrer por uma condição reativa a infecções virais, ou devido a neoplasias. Já a monocitopenia pode ser observada quando o número de monócitos é menor que o normal. Os basófilos São células de defesa que são ativadas em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada está associada também em evitar formação de coágulos e permitir a fácil migração de leucócitos. Basofilia é o aumento do número de basófilos e basopenia é a diminuição do número de basófilo. Sendo assim, de forma geral, quando os valores de leucócitos estão aumentados chamamos de leucocitose e quando os mesmos estão diminuídos denominamos de leucopenia, isso irá depender da causa dessas alterações. Vale ressaltar que é importante que seja o médico a correlacione o resultado do leucograma com a história clínica do indivíduo, para chegar ao diagnóstico da doença e adequar o tratamento, caso necessário. 2.5.1 CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS NA CÂMARA DE NAEUBAUER A contagem global de leucócitos é um exame no qual é realizada contagem total dos leucócitos em um volume de sangue. O sangue é diluído com um líquido chamado de Turk que cause a hemólise das hemácias, mas que não tenha efeito sobre os leucócitos, e depois são pipetados em uma câmara de Neubauer para ser visualizado ao microscópio. 2.5.1.1 Material Tubo de ensaio; Amostra de sangue total com EDTA; 33 Micropipetas de 1000 µl; Ponteiras; Líquido de Turk; Câmara de Neubauer; 2.5.1.2 Procedimento - Preparou-se os materiais para realização da prática; -Homogeneizou-se a amostra de sangue com EDTA; -Pipetou-se 380µl de líquido de Turk em um tubo de ensaio; -Em seguida, diluiu-se 20µl de sangue total com a solução diluidora; -Misturou-se suavemente a amostra diluída; -Pipetou-se uma amostra desta solução e preencheu a câmara de neubauer, evitando o excesso de líquido e formação de bolhas; -Deixou-se sedimentar por 3 minutos -Contou-se todos os quadrados dos 4 quadrantes laterais da câmara de neubauer. - Após a contagem realizar o cálculo: Nº de leucócitos contados x 50 2.5.1.3 Resultado Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ Leucocitose =Aumento do nº de leucócito; Leucopenia= Diminuição do nº de leucócitos; Resultado da Acadêmica Nathália Data do Procedimento Contagem global dos leucócitos Resultado Valor de referência 02/10/2017 1º quadrante: 27 2º quadrante: 44 3º quadrante: 29 4º quadrante: 35 135x50= = 6.750 mm³ Paciente: homem Resultado: 6.750 mm³, Normal Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ 09/10/2017 1º quadrante: 29 2º quadrante: 32 3º quadrante: 26 Paciente: Amostra 3, mulher Resultado: 6.300 mm³, Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ 34 4º quadrante: 39 126x50= = 6.300 mm³ Normal 16/10/2017 1º quadrante: 26 2º quadrante: 25 3º quadrante: 15 4º quadrante: 25 91x50= = 4.550 mm³ Paciente: mulher Resultado: 4.550 mm³, Em relação ao resultado obtido pela professora com 4.600mm³, a contagem está correta, porém levando em consideração ao valor de referência este resultado apresenta-se abaixo do valor de referência. Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ Resultado obtido pela professora: 4.600 mm³ 30/10/2017 1º quadrante: 24 2º quadrante: 18 3º quadrante: 34 4º quadrante: 28 104x50= = 5.200 mm³ Paciente: mulher Resultado: 5.200 mm³, Em relação ao resultado obtido pela professora com 5.200mm³, a contagem está correta, porém levando em consideração ao valor de referência este resultado apresenta-se normal. Valor de Referência: 5.000-10.000mm³ Resultado obtido pela professora: 5.200 mm³ Resultado da Acadêmica Thaís Data do Procedimento Contagem global dos leucócitos Resultado Valor de referência 02/10/2017 1º quadrante: 48 2º quadrante: 32 3º quadrante: 18 4º quadrante: 59 Paciente: homem Resultado: 7.850 mm³, Normal Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ 35 157x50= = 7.850 mm³ 09/10/2017 1º quadrante: 31 2º quadrante: 28 3º quadrante: 29 4º quadrante: 36 124x50= = 6.200 mm³ Paciente: Amostra 3, mulher Resultado: 6.000 mm³, Normal Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ 16/10/2017 1º quadrante: 24 2º quadrante: 20 3º quadrante: 19 4º quadrante: 29 92x50= = 4.600 mm³ Paciente: mulher Resultado: 4.600 mm³, Em relação ao resultado obtido pela professora com 4.600mm³, a contagem está correta, porém levando em consideração ao valor de referência este resultado apresenta-se abaixo do valor de referência. Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ Resultado obtido pela professora: 4.600 mm³ 30/10/2017 1º quadrante: 23 2º quadrante: 29 3º quadrante: 24 4º quadrante: 27 103x50= = 5.150 mm³ Paciente: mulher Resultado: 5.150 mm³, Em relação ao resultado obtido pela professora com 5.200mm³, a contagem está correta, porém levando em consideração ao valor de referência este resultado apresenta-se normal. Valor de Referência: 5.000-10.000 mm³ Resultado obtido pela professora: 5.200 mm³ 36 2.5.2 CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS A contagem diferencial de leucócitos é a contagem de 100 leucócitos em esfregaço sanguíneo corado com o kit panótico, diferenciando-os segundo suas variedades morfológicas. É utilizado óleo de imersão e contados na objetiva de 100x. O resultado é expresso em número relativo (%) e absoluto (/mm3). Forma Leucocitária Relativa: Determina a relação percentual entre as distintas variedades de leucócitos. Exemplo: se temos 100 leucócitos, destes, 60 são neutrófilos, então os neutrófilos representam 60% do total de leucócitos. Calculo: 100 Leucócitos ----- 100% 60 Neutrófilos ------ X X= 60 % Forma Leucocitária Absoluta Baseando-se no resultado da contagem global dos leucócitos na câmara de neubauer e os valores percentuais encontrados na contagem diferencial, calcula-se o valor absoluto de cada tipo de leucócito. Sendo assim, a forma Leucocitária Absoluta fornece o número de cada tipo de leucócito por microlitro de sangue. Exemplo: de 8.000 leucócitos, 4.800 são neutrófilos, é a quantidade absoluta de cada tipo de leucócito. Calculo: 8.000 Leucócitos ----- 100% X Neutrófilos ------ 60 % X= 4.800 Neutrófilos Desta forma, a contagem diferencial dos leucócitos é de extrema importância, pois necessita-se de bastante atenção, obtendo uma análise criteriosa do esfregaço sanguíneo, desde a preparação até a contagem, que podem fornecer informações importantes para um diagnóstico clínico. 2.5.2.1 Material Lâminas estéril; Lâmina extensora; 37 Amostra biológica; Microscópio; Corantes hematológicos (kit panótico); Pipeta de pasteur; Lápis dermatográfico; 2.5.2.2 Procedimento Foi realizado um esfregaço sanguíneo, corado com o kit panótico, em que se utilizou óleo de imersão e contados na objetiva de 100x. 2.5.2.3 Resultado Não foi possível realizar a contagem. 2.6 PLAQUETOGRAMA Plaquetograma é um exame de contagem de plaquetas no sangue. As plaquetas são um dos elementos que fazem parte do sangue e têm um papel muito importante no processo de coagulação. Assim, a alteração dos níveis pode ter consequências graves na nossa saúde. As consequências de um nível alterado de plaquetas podem ser quando o nível de plaquetas está reduzido (trombocitopenia), isso pode levar a uma hemorragia interna, pois o processo de coagulação é afetado, um exemplo é a anemia aplásica. Quando está mais elevado (trombocitose), pode acontecer o contrário, ocorre à formação de coágulos, que podem desencadear uma trombose, um enfarte ou um AVC. 2.6.1 Material Amostra de sangue; Lamínula; Câmera de Neubauer; Micropipeta; Oxalato de amônio 1%; Tubos de ensaio; Microscópio; 38 2.6.2 Procedimento -Primeiramente realizou a preparação do oxalato de cálcio fazendo uma diluição de 1:100: Concentração inicial: 4% Fazer solução de 100ml C1 x V1 = C2 x V2 4% x V1= 1% x 100ml V1= 100 4 V1= 25ml de oxalato de amônio para 75ml (100ml-25) de água. - Após a diluição do oxalato de amônio, preparou-se a amostra para contagem de plaquetas; -Homogeneizou-se a amostra de sangue com EDTA; -Em um tudo de ensaio, dilui-se 20 µl de sangue em (2000 µl) de oxalato de amônio 1% (diluição 1:1000); -Em seguida, homogeneizou-se a amostra diluída por 5 minutos; -Posteriormente pipetou-se esta diluição em uma câmara de neubauer contendo lamínula; -Colocou-se esta câmara de repouso por 10 minutos em uma placa de petri contendo algodão umedecido com água destilada; -Realizou-se a contagem nos 5 quadrantes centrais da câmara de neubauer, no mesmo lugar que se conta as hemácias; -Após a contagem , realizou-se o seguinte cálculo: Nº de plaquetas contadas x 5 x1000 2.6.3 Resultado Resultado da Acadêmica Nathália Data do Procedimento Contagem Resultado Valor de Referência 23/10/2017 1º quadrante: 09 2º quadrante: 11 3º quadrante: 10 4º quadrante: 09 5º quadrante: 07 46 46x 5x1000= Paciente: mulher Resultado: 230.000 mm³ Em relação ao resultado obtido pela professora com 227.000mm³, a contagem está correta, porém levando em 140.000 a 400.000 mm³ Resultado obtido pela professora: 227.000mm³ 39 230.000 mm³ consideração ao valor de referência este resultado apresenta-se normal. Resultado da Acadêmica Thaís Data do Procedimento Contagem Resultado Valor de Referência 23/10/2017 1º quadrante: 09 2º quadrante: 12 3º quadrante: 07 4º quadrante: 11 5º quadrante: 08 49 49x 5x1000= 235.000 mm³ Paciente: mulher Resultado: 235.000 mm³ Em relação ao resultado obtido pela professora com 227.000mm³, a contagem está alta, porém levando em consideração ao valor de referência este resultado apresenta-se normal. 140.000 a 400.000 mm³ Resultado obtido pela professora: 227.000mm³ 3 COAGULOGRAMA O coagulograma, também chamado de prova de coagulação, é um conjunto de exames usado para avaliar se a coagulação do paciente está ou não dentro dos parâmetros normais e se o tempo de coagulação é ou não ideal. Ele é capaz de diagnosticar uma vasta série de complicações hemorrágicas, além disso, eles são de grande importância, principalmente no pré-operatório de cirurgias de médio e grande porte em paciente que apresentam histórico de sangramentos repentinos ou de doenças que alteram a coagulação. Os exames compreendidos nesse teste são tempo de sangramento (TS), tempo de ativação da protrombina (TAP), tempo de tromboplastina parcial (KPTT ou TTPA), (ABC MED, 2017). 3.1 Tempo De sangramento (TS) O Tempo de Sangramento avalia a capacidade de se processar a hemostasia após o vaso ter sido lesado, no qual depende da função plaquetária e da integridade funcional do vaso, ou seja, avalia a qualidade das plaquetas para formação do tampão plaquetário. O método é realizado através de uma incisão, medindo-se a 40 seguir o tempo decorrido até que cessar o sangramento, intervindo apenas os fatores plaquetária e vascular(GAMA, 2011).3.1.1 Procedimento - Realizar a assepsia de uma lanceta do lóbulo da orelha, (pode-se usar também a polpa digital) com algodão embebido em álcool, deixar secar; - com auxílio de uma lanceta específica, fazer uma incisão local, com cerca de 2 mm de profundidade e disparar o cronômetro; - A cada 30 segundos, recolher a gota de sangue em papel de filtro, até que a última gota deixe apenas um sinal no papel; - Anotar o tempo decorrido entre a primeira e a última gota recolhida. - O valor normal é de 1 a 3 minutos. Contudo, o tempo de sangramento é um teste indicativo plaquetária e as alterações da integridade vascular. 3.2 Tempo de Ativação da Protrombina (TAP) O tempo de protrombina ou Tempo de Protrombina ativada é um exame de sangue que avalia a capacidade do sangue para coagular, isto é, o tempo necessário para estancar uma hemorragia. Este teste avalia a via extrínseca e a via comum, ou seja, os fatores VII, X, V, II e o fibrinogênio, além disso, o tempo de protrombina estará aumentado em casos de deficiência de fibrinogênio e de qualquer um dos fatores mencionados anteriormente, em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, nas doenças hepáticas e deficiência de vitamina K, pois os fatores II, VII e X são dependentes desta vitamina (BIOMEDICINA PADRÃO, 2012). 3.2.1 Procedimento - Em um tubo previamente mantido a 37 ºC, pipetar 0,1 ml de tromboplastina e 0,1 ml de plasma (a tromboplastina é ativada, mantendo-se à 37 ºC por 5 minutos); - Homogeneizar delicadamente, deixando por cerca de 20 segundos no banho Maria a 37ºC; - Adicionar 0,1 ml de CaCl2, disparando simultaneamente o cronômetro; - Deixar em repouso cerca de 8 segundos e a seguir iniciar a observação do desenvolvimento da rede de fibrina. 41 Tempo de protrombina alto Este resultado indica que, se acontecer um corte, o sangramento irá demorar mais tempo para parar, sendo que algumas das causas mais comuns incluem:Uso de anticoagulantes; Alteração da microbiota intestinal; Alimentação pouco equilibrada; Doenças no fígado; Deficiência de vitamina K; Tempo de protrombina baixo Já quando valor de protrombina é mais baixo significa que a coagulação acontece muito rápido. Assim, embora os sangramentos sejam mais raros e parem rapidamente, há maior risco de formação de coágulos que podem levar a infarto ou AVC. Contudo, no Tempo de Protrombina, o reagente tissular utilizado no teste não contêm os fatores V, VII e X, que devem ser fornecidos pelo plasma do paciente, juntamente com a protrombina e o fibrinogênio. Assim, a deficiência ou ausência de qualquer um desses fatores, resulta um prolongamento do tempo de protrombina. 3.3 Tempo de Tromboplastina Parcial (TTPA) O Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) auxilia na avaliação da via intrínseca e via comum que envolvem os fatores de coagulação I, II, V, VIII, IX, X, XI e XII, é usado também para monitorar a terapia com heparina. O TTPA envolve a medição da quantidade de tempo que leva para um coágulo se formar em uma amostra de plasma que recebeu adição de cálcio e de tromboplastina parcial. Neste exame produtos químicos são adicionados para padronizar e acelerar o teste. O tempo médio para coagulação apenas com a tromboplastina parcial (TTPA) é de 60- 90 segundos. Quando as substâncias químicas são adicionadas (TTPA) o tempo diminui para 25-39 segundos (GAMA, 2011). 3.3.1 Procedimento -Em um tubo de ensaio, previamente aquecido a 37ºC, pipetar 1ml de cafalina; - Incubar a 37ºC por 1 minuto; - A seguir, adicionar 0,1 ml de caolin; - Após 2 minutos recalcificar com 0,1 de CaCl2 e disparar o cronômetro; - Marcar o tempo de formação de fibrina; 42 - Colocar 0,1 ml de plasma a um tubo mantido previamente a 37 ºC incubado por 1 minuto; - adicionar 0,2 ml da mistura cefalina-caolin e incubar por 3 minutos; - Adicionar 0,1 ml de CaCl2 M/40 e disparar o cronômetro; - Marcar o tempo de formação da fibrina; Desta forma, o TTPA é uma prova sensível para avaliar alterações no processo de coagulação, pois o alongamento do TTPA é indicativo de alteração nos fatores V, VII, IX, X, II e I ou anticoagulantes circulantes ou quando ocorre comprometimento da via final comum (X, V, II e I). 4 VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) A velocidade de hemossedimentação é um teste de laboratório simples e de baixo custo utilizado como marcador de resposta inflamatória. O exame consiste na medida da altura da camada de hemácias de uma amostra de sangue venoso anticoagulado que se sedimenta em um tubo de vidro graduado num determinado período de tempo. Ainda hoje, a VHS vem sendo utilizada com frequência na prática clínica como marcador inespecífico de doenças. Porém, vários fatores podem afetar o resultado da VHS, produzindo tanto resultados falso-positivos como falso- negativos, levando à dificuldades diagnósticas ou a investigações subsequentes caras e desnecessárias. Ainda assim, esse pode ser um exame útil, quando bem indicado (FRAZÃO, 2017). Materiais utilizados Pipeta de VHS Suporte de VHS Amostra sanguínea com EDTA Procedimentos Homogeneizar a amostra de sangue com EDTA; A pipeta graduada é preenchida com sangue até a marca zero; A pipeta é fixada na posição vertical em um suporte próprio; A leitura devera ser feita após 1 hora, com isso as células sedimentaram e o soro ficara suspenso. 43 Os resultados expressos em mm, o nível do soro é parte que deve ser realizado a leitura. O normal é até 60 mm, já 80 mm fica muito sedimentada, ou seja, alterada está com processo inflamatório. 5 SEMINÁRIO No decorrer dos semestres foram realizadas algumas apresentações dos acadêmicos com algumas patologias de grande importância para o conhecimento do aluno de forma geral. Desta forma, os temas que foram abordados foram: - Anemia Ferropênica; - Anemia de Doença Crônica; - Anemia Falciforme; - Anemia Hemolítica; - Anemia Megaloblástica; - Anemia Sideroblástica; - Anemia Aplástica; - Leucemia Mielóide Aguda; - Leucemia Mielóide Crônica; - Leucemia Linfóide Aguda; - leucemia Linfóide Crônica; - Talassemia; Contudo, a dupla Nathália Moraes e Thaís Roncatto apresentaram o Tema Talassemia. Talassemia Estrutura da Hemoglobina O É uma molécula tetramérica composta por 2 cadeias globínicas do tipo α e 2 cadeias do tipo β; O Cada cadeia se liga a um grupo proteico heme; O Contendo um átomo de ferro central no estado reduzido que se liga de forma reversível à molécula de O² transportando dos pulmões para os tecidos. 44 As cadeias polipeptídicas do tipo α e do tipo β são codificadas por genes distintos localizados em 2 agrupamentos gênicos(clusters) presente em cromossomos diferentes; Sob o ponto de vista genético, os genes alfa e beta envolvidos nas sínteses de globinas alfa e beta, respectivamente, as fazem de formas equilibradas, que, enfim, resultam nas Hb normais HbA, HbA2 e Fetal. 45 O que é Talassemia ? O Foi descrita em 1925 por T. B. Colley e P. Lee em pacientes descendentes de imigrantes italianos; O A palavra Talassemia vem de tálassos, palavra grega que significa "mar", então, literalmente, Talassemia significa “anemia do mar". O O termo ANEMIA MEDITERRÂNEA é também usado para descrever Talassemia. O São alterações genéticas e hematológicas, decorrente de uma redução ou ausência de síntese de uma ou mais cadeias de globina α ou β acarretando desequilíbrio nas quantidades relativas das cadeias polipeptídica; O Por causa disto, os glóbulos vermelhos são menores e contém menos hemoglobina que o normal. O Resulta hemácias microcíticas e hipocrômicas e danos aos eritrócitos; O Não é contagiosa e não é causada por deficiência na dieta, carência de vitaminas ou sais minerais. O Ocorre tanto em homensquanto em mulheres e crianças; Tipos de Talassemia O Talassemia α (alfa); O Talassemia β (Beta); 46 Talassemia α (alfa); Possui 4 genes: α α / α α ; É hereditária; O controle genético que rege a produção de cadeia alfa se localiza no cromossomo 16; As cadeias α são compartilhadas tanto pelas Hb do adulto (adulto(Hb A, Hb A²) quanto Fetal (Hb F); A talassemia α consiste em deleções que removem 1, 2, 3 ou 4 genes que codificam a cadeia α; A produção deficiente da cadeia α é refletida em ambas fases do desenvolvimento; (no adulto e no feto); A gravidade clínica e hematológica é diretamente proporcional ao número de genes de globina deletados; 47 Fisiopatologia Talassemia α O A anemia da formas mais severas no adultos é resultante da menor sobrevida das hemácias na circulação e da reduzida quantidade de hemoglobina, originando microcitose e hipocromia; O As Hb Bart’s e Hb H apresentam afinidade com O² tornando dificultando sua liberação para os tecidos e células causando anóxia tecidual; O Presença de células microcíticas e hipocrômicas 48 O Apresenta alterações ósseas e Hepatoesplenomegalia, anemia hemolítica na doença Hb H; O Precipitados de Hb H intra-eritrocitária após corada com azul de cresil brilhante a 1%; O Na Hidropsia Fetal ocorre grande aumento do baço e do fígado, e morte com poucas horas após o nascimento. Talassemia β (Beta); O Estão localizados no braço curto do cromossomo 11 e Apresenta 2 genes β; O βº Talassemia onde não há síntese da globina; Bloqueio do gene total; O β+ Talassemia onde há alguma taxa de síntese de globina, bloqueio do gene parcial; O Ocorre falha na síntese de cadeia do tipo β, resultando um excesso de cadeias do tipo α; O O excesso de globina alfa ocasiona a formação dos corpos de inclusão( corpos de heinz) com lise das células eritrocitárias intramedular( eritropoese ineficaz) 49 50 Fisiopatologia Talassemia β (Beta) O Apresenta corpos de inclusão(Heinz); O Bloqueio da síntese de DNA; O Eritropoiese ineficaz; O Aumento da absorção do ferro; O Precipitação de globinas alfa livres causando lesões nas membranas de eritrócitos Talassemia β menor(heterozigoto) O Microcitose, pontilhado basófilo, hemácia em alvo; O Pontilhado Basófilo 51 Talassemia β maior(homozigota) O Há presença de eritoblastos; O Apresenta icterícia e hepatoesplenomegalia que se tornam evidente na primeira infância; O Ossos frontais, maxilares e mandíbulas proeminentes dão uma aparência mongolóide causada pela intensa hiperplasia eritróide medular em resposta ao processo hemolítico. 52 Diagnóstico das talassemias O Para estabelecer o diagnóstico, é importante levantar a história clinica e obter informações sobre a origem étnica do paciente. O Hemograma; O Eletroforese de hemoglobina quantitativa e qualitativa, são importantes para determinar o tipo da doença O Teste genético molecular:-análise de mutação específica e Sequenciamento genético; O Extração de DNA Prevenção Ainda não se conhece a cura para a talassemia, mas há opções de tratamento que tornam possível controlar a doença. Infelizmente, não existem medidas preventivas contra as mutações que interferem na produção de hemoglobina. O aconselhamento genético para os portadores dos genes alterados da talassemia é a única forma de os pais estimarem o risco de gerar um filho com a doença. Quanto mais cedo for detectado o problema e iniciado o tratamento, maiores serão as chances de a criança com talassemia major chegar à vida adulta. Aconselhamento genético Um casal em que ambos são portadores de da talassemia tem, em cada gestação, um risco de 25% de ter uma criança afetada, 50% de ser portadora e 25% de não ser afetadoé de 50%, por isso deve-se procurar aconselhamento genético para um esclarecimento mais pormenorizado. 53 Tratamento Para a alfa-talassemia silenciosa ou talassemia minor, beta talassemia menor, não requerem tratamento específico.Em certas circunstâncias (na gravidez, por exemplo), a suplementação com acido fólico pode trazer benefícios para os portadores da doença. O tratamento específico, porém, é necessário para outras formas da doença da talassemia alfa pode incluir transfusões ocasionais de glóbulos vermelhos, quelação de ferro, e outras medidas de suporte. A talassemia beta menor não demanda tratamento específico. Em certas circunstâncias (na gravidez, por exemplo), a suplementação com acido fólico pode trazer benefícios para os portadores da doença. A talassemia beta intermediária pode requerer a indicação de transfusões de sangue com a finalidade de aumentar a oferta de glóbulos vermelhos. Talassemia beta maior necessita de transfusões de sangue regulares e de medicamentos para retirar o excesso de ferro que se acumula em determinados órgãos. O transplante de medula óssea também pode constituir uma solução terapêutica nesses casos. Relação entre talassemia e anemia falciforme 54 6 CONCLUSÃO As aulas práticas de hematologia são de grande importância, pois é necessário ter muita atenção e precaução, usando adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPI’s) devido o manuseio com amostras de sangue. Os procedimentos dos testes devem ser realizados cuidadosamente, analisando cada passo e observando possíveis interferentes como sangue hemolisado, má homogeneização, presença de coágulos, agregação plaquetária, entre outros, os quais podem vir a levar alteração no resultado do exame, assim faz- se necessário a padronização da execução dos métodos para um resultado mais seguro e confiável. Com isso, o papel do Biomédico no setor é de realizar e acompanhar a correta realização dos exames, a interpretação dos resultados para liberação do laudo e garantia do controle de qualidade. 55 7 REFERÊNCIAS ABCMED: Exames e Procedimentos, Coagulograma: como é o exame?,2017. Disponível:<http://www.abc.med.br/p/exameseprocedimentos/1299808/coagulogram a+como+e+o+exame.htm>. BAIN, Barbara J.; DACIE, John V.; LEWIS, S. Mitchell. Dacie and Lewis: practical haematology. 11th. ed. [London]: Elsevier, 2012 xi, 653 p. BIOMEDICINA EM AÇÃO. Esfregaço sanguíneo, 2015. 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