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Fármacos que atuam nos Distúrbios respiratórios Disciplina: FARMACOLOGIA aplicada a enfermagem Prof. DR Alexandre fonseca Objetivos das aula Sistema Respiratório Vias de Distribuição para o Pulmão Asma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC Rinite Alérgica Tosse RELEMBRANDO Controle voluntario Controle involuntário 3 RELEMBRANDO 4 RELEMBRANDO Pré-ganglionar Pós- ganglionar 5 RELEMBRANDO Fármacos Colinérgicos A farmacologia colinérgica trata das propriedades do neurotransmissor acetilcolina (ACh) 6 Receptores muscarínicos Receptores acoplados a proteína G Receptores nicotínicos Canais iônicos RELEMBRANDO Fármacos Adrenérgicos Atuam em receptores que são estimulados pela norepinefrina (noradrenalina) ou pela epinefrina (adrenalina). Receptor Tecido-alvo Mecanismo de ação Nicotínico Neurônios pós-ganglionares SNS Entrada de íons Na+ (ionotrópico) α e β adrenérgicos Todos os órgãos efetores do SNS Segundos mensageiros (inibição ou excitação) (metabotrópico) 7 RELEMBRANDO 8 Farmacologia pulmonar Fármacos que atuam no pulmão Efeito dos fármacos sobre vias respiratória Terapia para obstrução de vias respiratórias Asma, rinite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ... 9 SISTEMA RESPIRATÓRIO Nariz Cavidade Nasal Faringe Laringe Traqueia Brônquios Pulmões Sistema Respiratório Superior Sistema Respiratório Inferior 10 Vias de distribuição para o pulmão Via oral, parenteral e inalação Depende do fármaco e da doença respiratória 11 Via inalatória A inalação é o modo preferido de distribuição de muitos fármacos com um efeito direto sobre as vias respiratórias, particular mente para a asma e DPOC. Alguns medicamentos somente são distribuídos por essa via β2 agonistas e corticosteroides: reduzir os efeitos colaterais sistêmicos ATB paciente com sepse respiratória crônica (fibrose cística) Os pacientes devem ser instruídos para inalar de modo lento e profundo imediatamente antes e durante a atuação do inalador, para evitar a deposição do fármaco na mucosa laríngea, em vez da musculatura lisa dos brônquios 12 Via inalatória ASMA Doença inflamatória crônica das vias respiratórias caracterizada pela ativação de mastócitos, infiltração de eosinófilos e linfócitos T auxiliares 2 Broncoconstrição aguda causando encurtamento da respiração, tosse, tensão torácica, respiração ruidosa e rápida. 14 ASMA A ativação de mastócitos por *alergênios e estímulos físicos libera mediadores broncoconstritores, como a histamina, leucotrieno D4 e prostaglandina D2, que causam broncoconstricção. Broncoconstrição por contração de músculos lisos brônquicos, inflamação da parede brônquica e aumento na secreção de muco *Exposição a alérgenos, exercício, estresse e infecções respiratórias. 15 ASMA A inflamação crônica pode levar a mudanças estruturais nas vias respiratórias, como aumento do número e tamanho das células do músculo liso das vias respiratórias, vasos sanguíneos e células secretoras de muco. Uma miríade de células infl amatórias é recrutada e ativada nas vias respiratórias, onde liberam múltiplos mediadores infl amatórios, que também podem surgir de células estruturais. Esses mediadores levam à broncoconstrição, exsudação plasmática e edema, vasodilatação, hipersecreção de muco e ativação de nervos sensoriais. A infl amação crônica leva a alterações estruturais, incluindo fi brose subepitelial (espessamento da membrana basal), hipertrofi a do músculo liso das vias respiratórias e hiperplasia, angiogênese e hiperplasia de células secretoras de muco 16 ASMA 17 ASMA Geralmente começa no início da infância, pode desaparecer durante a adolescência e reaparecer na idade adulta Asma é essencialmente incurável Resposta terapêutica a broncodilatadores e corticosteroides. Gravidade da asma em geral não muda pacientes com asma leve raramente evoluem para asma grave e pacientes com asma grave geralmente a têm desde o início, embora alguns pacientes, par ticular mente com asma de início tardio, apresentem uma perda progressiva da função pulmonar como pacientes com DPOC 18 ASMA tratamento Diminuir a intensidade e a frequência dos sintomas e o grau de limitações que o paciente apresenta devido a esses sintomas. Medicação de “alívio rápido” para tratar os sintomas agudos. Controle de longo prazo objetiva reverter e prevenir a inflamação das vias aéreas 19 ASMA tratamento 20 ASMA tratamento β2-agonistas adrenérgicos Inalação relaxa os músculos das vias respiratórias Alivio rápido dos sintomas ou tratamento auxiliar dos sintomas A inalação dos β2-agonistas é o tratamento broncodilatador de escolha na asma porque eles são os broncodilatadores mais eficazes e têm efeitos colaterais mínimos quando utilizados corretamente 21 ASMA tratamento β2-agonistas adrenérgicos – Alivio Rápido Ação em 5-30 min, alivio de 4 a 6 horas Tratamento sintomático do broncoespasmo e dão alívio rápido na broncoconstrição aguda. Não tem efeito anti-inflamatório por isso não deve ser usados como terapêutica única em pacientes com asma crônica Indicado para pacientes com asma intermitente ou broncoespasmo induzido por exercício. 22 ASMA tratamento β2-agonistas adrenérgicos – Alivio Rápido Salbutamol e o levossalbutamol. Efeitos adversos: taquicardia, hiperglicemia, hipopotassemia, hipomagnesemia e tremores musculares. São minimizados quando os fármacos são administrados por inalação. 23 ASMA tratamento β2-agonistas adrenérgicos – Longo Prazo Salmeterol e formoterol Broncodilatação pelo menos 12 horas Monoterapia não é indicada, associação com medicamento para controle da asma Efeitos adversos: taquicardia, hiperglicemia, hipopotassemia , hipomagnesemia e tremores musculares 24 RELEMBRANDO 25 ASMA tratamento EFEITOS COLATERAIS 26 ASMA tratamento Salbutamol e o levossalbutamol/ Salmeterol e formoterol O desenvolvimento de β2-agonistas é baseado em substituições na estrutura de catecolaminas da norepinefrina e epinefrina (Capítulo 12). O anel catecol consiste em grupos hidroxila nas posições 3 e 4 do anel de benzeno (Figura 36-4). A norepinefrina difere da epinefrina apenas no grupo amina terminal; em geral, uma maior modifi cação nesse local confere seletividade do receptor β. Uma nova substituição do terminal amina resultou em seletividade do receptor β2, como no salbutamol (albuterol) e terbutalina 27 ASMA tratamento Corticosteroides Controle de longo prazo em pacientes com algum grau de asma persistente Produz efeito anti-inflamatório direto nas vias aéreas São considerados terapia de primeira linha em todos os pacientes, exceto aqueles com doença mais branda. 28 ASMA tratamento Corticosteroides Inalação não afeta diretamente o musculo liso das vias Diminui a cascata respiratória Reverte o edema de mucosa Diminui a permeabilidade dos capilares Inibe a liberação de leucotrienos. 29 ASMA tratamento 30 ASMA tratamento Corticosteroides Inalação Oral/sistêmico Os pacientes com agravamento da asma (estado asmático) podem precisar de metilprednisolona por via intravenosa (IV) ou prednisona por via oral para diminuir a inflamação das vias aéreas Os pacientes com agravamento da asma (estado asmático) podem precisar de metilprednisolona por via intravenosa (IV) ou prednisona por via oral para diminuir a inflamação das vias aéreas 31 ASMA tratamento Corticosteroides 32 ASMA tratamento Fármacos alternativos Fármacos uteis em paciente com asma mal controlada no tratamento convencional ou efeitos adversos. Devem ser utilizados juntos com os corticosteroides 33 ASMA tratamento Modificadores de Leucotrienos Leucotrieno é um potente atraidor químico de neutrófilos e eosinófilos Via oral Inibem o efeito broncoconstritor 34 ASMA tratamento Modificadores de Leucotrienos Efeitos adversos: Disfunção hepática ( casos raros) – controledas enzimas hepaticas Síndrome de Churg-Strauss síndrome de Churg-Strauss é uma vasculite muito rara que pode afetar o coração, nervos periféricos e rins e está associada ao aumento de eosinófi los circulantes e asma 35 ASMA tratamento Cromolina Anti inflamatorio inibe a desgranulação e a liberação de histamina dos mastócitos Asma leve e persistente Nebulização Dose 3 a 4 x ao dia Os efeitos adversos são mínimos e incluem tosse, irritação e gosto desagradável. 36 ASMA tratamento Teofilina Broncodilatador Asma crônica Anti- inflamatoria Dosagens excessivas podem causar convulsões ou arritmias potencialmente fatais 37 ASMA tratamento Teofilina Broncodilatador Asma crônica Anti- inflamatoria Uso oral Dosagens excessivas podem causar convulsões ou arritmias potencialmente fatais 38 ASMA tratamento Omalizumabe Anticorpo monoclonal derivado de DNA recombinante que se liga seletivamente à imunoglobulina E (IgE) humana Diminui a ligação do IgE ao seu receptor na superfície dos mastócitos e basófilos Limita a liberação de mediadores da resposta alérgica Asma persistente moderada ou grave Elevado custo Via subcutânea Efeitos adversos incluem reação anafilática grave (rara), artralgias e urticária 39 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA -DPOC Obstrução crônica e irreversível do fluxo aéreo Inflamação com predominância de neutrófilos , macrófagos e linfócitos T citotóxicos Fibrose e enfisema (destruição das paredes do parênquima) Sintomas: tosse, produção excessiva de muco, compressão torácica, falta de ar, dificuldade de dormir e fadiga 40 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA -DPOC Ainda que os sintomas sejam similares aos da asma, a característica irreversível da obstrução ao fluxo de ar da DPOC é uma das diferenças mais significativas entre as doenças. 41 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA -DPOC Sintomas são similares aos da asma, a característica irreversível da obstrução ao fluxo de ar da DPOC é uma das diferenças mais significativas entre as doenças. Broncodilatadores são a base dos tratamentos Resistente a corticosteroides 42 DPOC TRATAMENTO Broncodilatadores β2-agonistas adrenérgicos Anticolinérgicos (ipratrópio e tiotrópio) Aumentam o fluxo aéreo, aliviam os sintomas e diminuem a taxa de exacerbações 43 DPOC TRATAMENTO 44 DPOC TRATAMENTO β2-agonistas adrenérgicos Inalação relaxa os músculos das vias respiratórias Alivio rápido dos sintomas ou tratamento auxiliar dos sintomas 45 DPOC TRATAMENTO 46 DPOC TRATAMENTO Anticolinérgicos Antagonistas competitivos da ligação de ACh a receptores colinérgicos muscarínicos, Bloqueiam os efeitos de ACh endógena em receptores muscarínicos, incluindo o efeito constritor direto sobre o músculo liso brônquico mediado através da 47 RELEMBRANDO Fármacos Colinérgicos A farmacologia colinérgica trata das propriedades do neurotransmissor acetilcolina (ACh) 48 Receptores muscarínicos Receptores acoplados a proteína G Receptores nicotínicos Canais iônicos RELEMBRANDO 49 DPOC TRATAMENTO Anticolinérgicos Sua eficácia prevista decorre do papel desempenhado pelo sistema nervoso parassimpático na regulação do tônus broncomotor 50 DPOC TRATAMENTO Corticosteroides Acrescimento de corticosteroide associado ao um broncodilatador pode melhorar sintomas, a função pulmonar e a qualidade de vida. Seu uso está associado ao aumento do risco de pneumonia Orais não são recomendados para tratamento de longa duração 51 DPOC TRATAMENTO 52 DPOC TRATAMENTO Roflumilaste Inibidor da fosfodiesterase-4 Uso oral Diminuir as exacerbações em pacientes com bronquite crônica grave Reduz a inflamação Efeito adversos: náuseas, êmese, diarreia e cefaleia 53 Rinite alérgica Inflamação das membranas mucosas do nariz Espirros, prurido nasal e ocular, rinorreia aquosa, congestão nasal e, algumas vezes, tosse. Inalação de um alérgeno (como pó, pólen ou pelos de animais) Mastócitos liberam mediadores como histamina que promove espasmo bronquiolar, espessamento da mucosa por edema e infiltração celular 54 Rinite alérgica 55 Rinite alérgica - TRATAMENTO Anti-histamínicos (bloqueadores do receptor H1) São mais eficazes na prevenção dos sintomas do que no tratamento após o aparecimento dos sintomas Anti-histamínicos de primeira geração difenidramina e clorfeniramina não são preferidos por efeitos adversos de sedação Anti-histamínicos de segunda geração fexofenadina, loratadina, desloratadina, cetirizina e azelastina intranasal são mais bem tolerados 56 Rinite alérgica - TRATAMENTO Corticosteroides Corticosteroides intranasais, como beclometasona, budesonida, fluticasona, ciclesonida, mometasona e triancinolona Medicamento mais eficazes A absorção sistêmica é mínima, e os efeitos adversos do tratamento intranasal dos corticosteroides é localizado. Irritação e sangramento nasal, dor de garganta e raramente candidíase 57 Rinite alérgica - TRATAMENTO Agonistas α-adrenérgicos Curta ação Descongestionante nasal Fenilefrina Contraem as arteríolas dilatadas na mucosa nasal e reduzem a resistência das vias aéreas. Aerossol, esses fármacos apresentam um início de ação rápido e poucos efeitos sistêmicos. 58 Rinite alérgica - TRATAMENTO Agonistas α-adrenérgicos Formulações intranasais de agonistas α-adrenérgicos não devem ser usadas por mais de 3 dias, pelo risco de congestão nasal de rebote (rinite medicamentosa). Não é utilizada no tratamento de rinite alérgica de longa duração 59 TOSSE Mecanismo de defesa Resfriado, sinusite, doença respiratória, infecção bacteriana Antes de combater a tosse, é importante identificar suas causas para assegurar que o tratamento antitussivo é apropriado. 60 TOSSE OPIOIDES Codeína: diminui a sensibilidade ao centro da tosse no SNC e diminui a secreção da mucosa. Efeitos adversos comuns: constipação, disforia e fadiga Dextrometorfano: é um derivado sintético da morfina que não tem efeito analgésico em dosagens antitussivas Expectorante Guaifenesina: associação de ambos POTENCIAL DE VICIAL 61 TOSSE BENZONATATO Suprime o reflexo da tosse por ação periférica Anestesia os receptores de estiramento localizados nas passagens respiratórias, nos pulmões e na pleura. Efeitos adversos localizados podem ser particularmente problemáticos se as cápsulas são rompidas ou mascadas e o fármaco entra em contato direto com a mucosa oral. POTENCIAL DE VICIAL 62 obrigadO
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