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ANÁLISE INSTRUMENTAL PRINCÍPIOS DE ANÁLISE INSTRUMENTAL INTRODUÇÃO • Química Analítica: estuda métodos de determinação da composição química e quantificação de amostras de materiais. • Química Analítica Instrumental: utiliza equipamentos para quantificar e/ou identificar a estrutura da matéria. MÉTODOS INSTRUMENTAIS INSTRUMENTOS DE ANÁLISE • Instrumento analítico: converte um sinal que não é detectável e compreendido pelo analista numa forma compreensível. • Componentes da instrumentação analítica: - Gerador de sinal - Transdutor ou detector - Processador de sinal - Sistema de leitura GERADOR DE SINAL • Espécie que produz um sinal; • Indica a presença do analito; • Em alguns casos é uma espécie gerada na presença do analito. Ex: Medidor de pH: espécie geradora de sinal são os íons H+ presentes em solução. DETECTOR • É um dispositivo que converte um tipo de energia (sinal) em outro. • Este dispositivo recebe um sinal proveniente da presença do analito no meio e o transforma em outro sinal no qual o equipamento registrará, transformando-o em uma forma possível de ser mensurado e analisado. Ex: Em um espectrofotômetro, uma fotocélula converte luz em corrente elétrica. PROCESSADOR DE SINAL • Modifica o sinal produzido no detector para torná-lo mais adequado para operação de leitura. • A amplificação é a modificação mais comum. Ex: Em um espectrofotômetro a amplificação do sinal é feita por um dispositivo conhecido como fotomultiplicadora. REGISTRADOR DE SINAL • Este dispositivo, também conhecido como sistema de leitura, tem a função de registrar o sinal amplificado pelo processador transformando-o em um sinal compreensível ao operador. Ex: Mostrador analógico ou digital, monitor de vídeo, impressora, dentre outros. CRITÉRIOS PARA SELECIONAR UM MÉTODO ANALÍTICO Quantas amostras estão disponíveis? Qual é a concentração do analito? Quais os componentes na amostra causarão interferências? Quais são as propriedades físicas e químicas da amostra? Quantas amostras devem ser analisadas? Velocidade de análise; Qualificação do pessoal para efetuar a análise; Custo e disponibilidade de equipamentos; Custo por amostra. Qual é precisão e a exatidão que se exige? FIGURAS DE MÉRITO • Características das quais dependem o bom desempenho de uma técnica instrumental: - Qualidade das medidas instrumentais; - Confiabilidade estatística dos cálculos. • Ambas características são conseguidas com o estabelecimento dos limites destes parâmetros por meio da estimativa das figuras de mérito. FIGURAS DE MÉRITO • As figuras de mérito são os indicadores quantitativos do escopo e do bom desempenho das técnicas. • Figuras de Mérito: -Seletividade; -Ajuste da curva analítica e determinação da sua faixa de linearidade; -Sensibilidade do método: representada pelos limites de detecção (LD) e quantificação (LQ); -Precisão; -Exatidão. PRECISÃO • Indica o grau de concordância de um conjunto de dados analíticos obtidos numa mesma condição experimental. • A variação da precisão em um método está associada aos erros aleatórios em uma análise. • Este erro é inerente ao próprio processo de medida pois ocorre devido a causas externas à metodologia que são difíceis de serem controladas, como: variações das condições ambientais, fatores relacionados com o próprio observador sujeito à flutuações, como por exemplo o erro de paralaxe. EXATIDÃO • Está relacionada com a proximidade do valor medido em relação ao valor verdadeiro da grandeza. • A variação da exatidão está relacionada aos erros sistemáticos (determinados) de um método analítico. Esses erros se repetem continuamente durante a realização das medidas. • Os erros sistemáticos são causados por fontes identificáveis, e, em princípio, podem ser eliminados ou compensados, como: uma balança que não esteja calibrada sempre indicará valores próximos de massas medidas mas que estão distantes do valor verdadeiro. PRECISÃO X EXATIDÃO SELETIVIDADE • Refere-se a capacidade de um método analítico de distinguir o sinal gerado pelo analito (espécie de interesse) das outras espécies contidas na amostra. • Solução: utilização de agente mascarante ou retirada da espécie interferente do meio. SENSIBILIDADE • A sensibilidade é a capacidade de um instrumento ou método analítico de discriminar pequenas variações na concentração do analito. • A sensibilidade de um método é definida: - Limites de detecção (LD) - Limite de quantificação (LQ). LIMITE DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO • O LD é a menor concentração da espécie de interesse que pode ser detectada pela técnica instrumental (equipamento). • O LQ é a menor concentração que pode ser quantificada dentro dos limites de precisão e exatidão da metodologia proposta durante as operações de rotina do laboratório, em condições usuais. FAIXA DE LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA • A linearidade de um método expressa a faixa na qual o sinal analítico é linearmente proporcional à sua concentração. • A equação matemática que descreve esta dependência é conhecida como curva analítica ou curva de calibração. • O ajuste de qualquer equação matemática é feito pelo método dos quadrados mínimos. Determinação da concentração de KMnO4 em uma amostra - Preparo de soluções de concentrações conhecidas de KMnO4; - Medida do sinal analítico de soluções de concentrações conhecidas de KMnO4; - Elaboração de um tabela relacionando os dados obtidos; - Elaboração de um gráfico relacionando o sinal analítico e a concentração das soluções; - Traçar a linha de tendência que melhor se adequa aos pontos; - Obter a equação matemática referente à reta; - Medir o sinal analítico referente à amostra; - Interpolar o valor na reta ou utilizar a equação da reta para determinar a concentração do analito na amostra. FAIXA DE LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA Determinação da concentração de KMnO4 em uma amostra FAIXA DE LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA Determinar a concentração de uma amostra desconhecida cujo valor de absorbância é 0,657. O valor de 3069,6 corresponde ao coeficiente angular da reta que corresponde ao valor de absortividade molar desta metodologia. FAIXA DE LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA ANÁLISE E REJEIÇÃO DE RESULTADOS Quais resultados devem ser rejeitados em uma análise? Análise deve ser baseada no TESTE Q* Ex: Uma análise de latão, envolvendo dez determinações, resultou nos seguintes valores percentuais de cobre: • Cu (% m/v): 15,45; 15,51; 15,52; 15,53; 15,68; 15,52; 15,56; 15,53; 15,54; 15,56. Determinar quais resultados requerem rejeição para Q90% e Q95%. *número de medidas inferior a 10. a) Colocar os valores obtidos em ordem crescente; b) Determinar a diferença existente entre o maior e menor valor da série (faixa); c) Determinar a diferença entre o menor valor da série e o resultado mais próximo (em módulo); d) Dividir a diferença do item c) (em módulo) pela faixa, obtendo um valor Q. e) Se Q > Qtab (obtido da tabela 3), o menor valor é rejeitado. f) Se o menor valor for rejeitado, determinar a faixa para os valores restantes e testar o maior valor da série. g) Repetir o processo até que o menor e maior valores sejam aceitos. h) Se o menor valor for aceito, então o maior valor é testado e o processo é repetido até que o maior e menor valores sejam aceitos. ANÁLISE E REJEIÇÃO DE RESULTADOS ANÁLISE E REJEIÇÃO DE RESULTADOS
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