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Endodontia - Material Complementar-1614007708

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ENDODONTIA
RESUMOS
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
http://sanarsaude.com
SUMÁRIO
Elementos de diagnósticos ...........................................................................................3
Anatomia interna dos dentes ........................................................................................5
Alterações pulpares ......................................................................................................9
Alterações perirradiculares agudas e crônicas ..............................................................12
Tratamento conservador da polpa .................................................................................15
Abertura coronária ........................................................................................................17
Preparo biomecânico dos canais radiculares ................................................................19
Preparo biomecânico dos canais radiculares ................................................................22
Substâncias químicas auxiliares ...................................................................................25
Medicação intracanal ...................................................................................................26
Obturação ....................................................................................................................28
Retratamento ...............................................................................................................30
Traumatismo dentário ..................................................................................................31
Aspectos radiográficos de interesse endodôntico .........................................................33
Tratamento de dentes com rizogênese incompleta........................................................34
Microbiologia endodôntica ...........................................................................................36
Referências ..................................................................................................................37
http://sanarsaude.com
3PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICOS
 d Anamnese
 d Exame clínico
 d Teste de sensibilidade pulpar
 d Exame por imagem 
Pode-se conceituar diagnóstico como sendo o conhecimento de um estado mórbido 
obtido por meio de uma minuciosa coleta de dados, procedimento este que se inicia com 
a anamnese detalhada, em que avalia a característica clínica da dor1,2.
O exame clínico inclui os dados objetivos colhidos pelo profissional, por meio de exa-
mes como palpação, percussão, inspeção e exploração. Existem dois tipos de exames de 
percussão: vertical, a qual na presença de sensibilidade sugere um quadro de inflamação 
na região do periápice. Na percussão horizontal, avalia-se o periodonto lateral, que, na 
presença de sensibilidade, sugere inflamação1.
Ainda no exame clínico, lança-se mão de sondagem periodontal, para verificar pre-
sença de bolsas periodontais. Avalia-se também a presença e/ou grau de mobilidade den-
tária, exame realizado com auxílio de dois instrumentais de cabo rígido, aplicando força 
sobre o dente em todas as direções1,2.
Os testes de sensibilidade pulpar são fundamentados na função da inervação, ou 
seja, sinalização de dano presente ou eminente e na resposta exagerada para indicar bai-
xo limiar de excitabilidade das fibras nervosas. O mais indicado é o teste térmico, sendo 
mais fiel ao diagnóstico. O teste de cavidade é realizado em caso de dúvidas nos testes 
anteriores, sendo mais preciso1. 
Os exames de imagem são considerados complementares, porém são rotineiros e 
fundamentais. A radiografia periapical avalia melhor a região do periápice e raiz, obtendo 
uma imagem panorâmica do dente, importante para o planejamento do tratamento endo-
dôntico. A radiografia interproximal é melhor para avaliação da coroa dental e o segmento 
cervical da raiz. Observa-se melhor a proximidade com a polpa dental. Quando se neces-
sita de exame mais detalhado, solicita-se a tomografia computadorizada2.
Em casos de fístula, faz-se o exame de fistulografia, em que é feito o mapeamento da 
fistula por meio de um cone de guta percha, em que direciona o cone para o dente origem 
da infecção2.
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4PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4548955/mod_resource/content/1/Aula%20colagem.pdf 
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-56852011000400019
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5PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
ANATOMIA INTERNA DOS DENTES
Uma das principais objeções dos endodontistas na realização do tratamento endo-
dôntico é o controle dos microrganismos e a anatomia interna, a qual está diretamente 
associada ao sucesso do tratamento, além das técnicas escolhidas para o preparo biome-
cânico dos sistemas de canais e posterior obturação2,3,4.
Características Gerais:
Coroa:
 d Câmara pulpar 
 d Teto 
 d Divertículos 
 d Paredes laterais 
 d Assoalho 
 d Entrada dos canais.
Raiz:
 d Terço cervical
 d Terço médio 
 d Terço apical.
Cavidade pulpar:
 d Canal principal 
 d Canal colateral 
 d Canal lateral 
 d Canal secundário
 d Canal acessório 
 d Intercanal 
 d Canal recorrente 
 d Delta apical 
 d Cavo-inter-radicular.
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6PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
Durante o tratamento endodôntico, não se pode menosprezar a importância do 
conhecimento da anatomia interna e das possíveis variações da morfologia dos canais 
radiculares. Exames complementares devem ser utilizados na identificação do número 
dos canais radiculares para servir como guia e orientar a instrumentação dos canais2,4. 
Algumas variações anatômicas como: Dens in dente, fusão, geminação, canal em 
forma de C, dilaceração, taurodontia, microdontia e macrodontia, são encontradas no dia 
a dia dos profissionais.
Sistema de Canais:
 d Canal principal: Canal mais calibroso, passa pelo longo eixo do dente (corno- 
forame).
 d Canal colateral ou bifurcado: Paralelo ao canal principal com menor calibre, pode 
chegar ao ápice.
 d Canal lateral ou adventício: canal principal até a superfície externa da raiz, no terço 
cervical ou médio.
 d Canal secundário: sai da porção apical do canal principal e termina na parte 
externa da raiz.
 d Canal acessório: deriva de um canal secundário, terminando na superfície externa 
da raiz (cemento apical).
 d Canal interconduto ou intercanal: comunicação entre o canal principal e o colateral, 
pouco calibroso, apenas em dentina. 
 d Canal recorrente: sai do canal principal, percorre em dentina e volta ao canal 
principal antes de chegar ao ápice5.
Incisivo Central Superior: comprimento médio de 22,6 mm, possui uma raiz e um 
canal.
Incisivo Lateral Superior: comprimento médio de 22 mm. Na maioria dos casos, apre-
senta uma raiz e um canal, podendo haver variações.
Canino Superior: comprimento médio de 25 mm. Possui uma raiz e um canal.
1º Pré-Molar Superior: comprimento médio de 21 mm. Na maioria dos casos, apre-
senta uma raiz, mas pode haver variações para duas ou três raízes. Em boa parte das oca-
siões, apresentam dois canais, podendo haver variações para um ou três canais.
2º Pré-Molar Superior: comprimento médio de 21 mm. Na maioria dos casos, apre-
sentam uma raiz, podendo variar até duas raízes. Em boa parte dos casos, apresentam um 
canal, mas pode haver variação para dois ou três canais. 
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7PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
1º Molar Superior: comprimento médio P - 21 mm; MV/DV - 19 mm. Possui três raí-
zes e, na maioria dos casos, apresentam quatro canais, podendo variar para três.
2º Molar Superior: comprimento médio: P - 21 mm; MV/DV - 19 mm. Possui três raí-
zes e três canais, podendo variar para quatro canais. 
Incisivo Central Inferior: comprimento médio de 21 mm, possui uma raiz e, na maioria 
dos casos, um canal, podendo haver variações (2 canais).
Incisivo Lateral Inferior: comprimento médio de 22,3 mm, possui uma raiz e, na maio-ria dos casos, um canal, podendo haver variações (2 canais).
Canino Inferior: comprimento médio de 25 mm, possui uma raiz e um canal, podendo 
haver variações (2 canais).
1º Pré-Molar Inferior: comprimento médio de 21 mm. Na maioria dos casos, apresen-
tam uma raiz, podendo variar até duas raízes. Em boa parte das ocasiões, apresentam um 
canal, mas pode haver variação para dois ou três canais. 
2º Pré-Molar Inferior: comprimento médio de 21 mm. Na maioria dos casos, apresen-
tam uma raiz, podendo variar até duas raízes. Em muitas ocasiões, apresentam um canal, 
mas pode haver variação para dois ou três canais. 
1º Molar Inferior: comprimento médio de 21 mm. Possui duas raízes, podendo variar 
para três raízes. Apresenta três canais, podendo variar para dois ou quatro canais.
2º Molar Inferior: comprimento médio de 21 mm, possui duas raízes, podendo variar 
para três raízes. Apresenta três canais, podendo variar para dois ou quatro canais. 
Os canais radiculares possuem quatro classificações, devido ao seu diâmetro e raio 
de curvatura.
 d Classe I: canal amplo, reto ou com leve curvatura.
 d Classe II: canal atresiado e com curvatura moderada.
http://sanarsaude.com
8PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d Classe III: canal atresiado e com curvatura acentuada. 
 d Classe IV: dentes com dupla curvatura ou com dilaceração radicular.
https://www.academia.edu/31637848/Topografia_e_anatomia_da_cavidade_pulpar_ANATOMIA_DENTAL_INTERNA
DICAS:
 d O segundo molar é o dente de maior prevalência em canais em forma de C;
 d O canal secundário é confundível com o canal lateral;
 d O canal secundário sai da região do terço apical e se abre no periodonto;
 d A parede lingual ou palatina dos dentes anteriores é o teto da cavidade pulpar;
 d A divisão biológica da porção radicular é: canal dentinário e canal cementário;
 d A cavidade pulpar é dividida em: porção coronária (teto, corno e assoalho) e porção 
radicular;
 d A cavidade pulpar em jovens é mais ampla; 
 d A cavidade pulpar em idoso é mais atrésica, apresentando a câmara pulpar mais 
próxima do assoalho;
 d O interconduto liga o canal principal ao canal recorrente.
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https://www.academia.edu/31637848/Topografia_e_anatomia_da_cavidade_pulpar_ANATOMIA_DENTAL_INTERNA
9PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
ALTERAÇÕES PULPARES
As formas de agressões físicas (mecânica ou térmica) e química são: 
 d Química: sobre obturação, materiais restauradores, ataque ácido da dentina e/ou 
polpa.
 d Mecânica: preparo cavitário, sobre instrumentação, sobre obturação.
 d Térmica: preparo cavitário.
 d Biológicas. 
https://www.endodontiaavancada.com/diagnostico-clinico-pulpar-e-periapical-parte-i/
A dor é o sintoma mais encontrado durante a anamnese para descrever a queixa 
principal2.
Características Clínicas da Dor:
 d Natureza: provocada, espontânea.
 d Localização: localizada, difusa, reflexa.
 d Frequência com que ocorre.
 d Qualidade: pulsátil, intermitente ou contínua.
 d Intensidade: leve, moderada ou forte.
Aspecto da polpa normal: assintomática, teste de sensibilidade positivo e teste de 
percussão e palpação negativos2.
Classificação: inflamatória e degenerativa. 
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10PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
Patologias Pulpares:
Pulpite reversível: 
 d Dor provocada, de curta duração, presente somente quando um estímulo está em 
contato com o dente e não ocorre espontaneamente.
 d Dor provocada nos testes de sensibilidade e somente durante sua realização.
 d Quando acessada, polpa sangrenta ao toque.
 d Sangramento abundante e vermelho-claro.
 d Resistente ao corte com estrutura e consistência preservada.
 d Radiograficamente observa-se o periodonto normal.
Pulpite Irreversível:
 d Dor prolongada.
 d Dor espontânea não aliviada com o uso de analgésicos comuns.
 d Dor provocada nos testes de sensibilidade, e que se prolonga por períodos variáveis 
de segundos até horas.
 d A dor pode ser localizada ou difusa.
 d Intermitente ou contínua, moderada ou severa.
 d Quando acessada, apresenta sangramento discreto ou ausente.
 d Sangramento tendendo à cor vermelha escura ou muito clara.
 d Não oferece resistência ao corte com instrumento.
 d Radiograficamente, observa-se o periodonto normal ou levemente espessado 
com lâmina dura intacta.
Necrose pulpar:
É acometida pelas alterações morfológicas que acompanham a morte celular do 
tecido. Geralmente é assintomática, porém o paciente apresenta quadro prévio de dor. O 
tratamento da necrose pulpar se dá pela remoção de todo o tecido necrosado e infectado, 
medicação intracanal e obturação dos sistemas de canais2.
DICAS:
 d Abscesso apical não responde aos testes de sensibilidade, apresenta polpa 
necrosada;
 d Pulpite reversível crônica: tratamento pulpotomia;
 d Sinais clínicos de necrose pulpar: cárie extensa ou dente escurecido;
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11PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d Origem degenerativa: calcificações pulpares, e reabsorção interna;
 d Pulpite irreversível sintomática: polpa em desintegração.
https://www.slideshare.net/euclidespaiva5/03-diagnstico-das-inflamaes-pulpares-e-periapicais
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12PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
ALTERAÇÕES PERIRRADICULARES 
AGUDAS E CRÔNICAS
As lesões perirradiculares são consideradas doenças de interesse dos endodontistas. 
É de extrema importância os conhecimentos das patologias pulpares, os mecanismos das 
doenças perirradiculares, a prevenção e as propostas terapêuticas2.
Essas patologias são de origem inflamatória e de etiologia microbiana. A lesão pe-
rirradicular geralmente é constituída pela reabsorção óssea, na qual o osso recua para a 
região infectada e é substituído pelo tecido inflamado2.
Patologias perirradiculares:
Periodontite Apical Aguda ou Sintomática:
 d Dor intensa, contínua, localizada e pulsátil.
 d Teste de percussão positivo.
 d Exame radiográfico com espessamento do ligamento periodontal.
 d Dente apresenta mobilidade.
 d Exsudato inflamatório.
Periodontite Apical Crônica ou Assintomática:
 d Assintomático.
 d Necrose pulpar.
 d Resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar.
 d Aspecto radiográfico: área radiográfica circunscrita.
Granuloma:
 d Inflamação crônica.
 d 1 – 5 mm de diâmetro. 
 d Presença de fibroblastos.
 d É a patologia mais comumente encontrada.
Cistos Perirradiculares
 d Correspondem a 42% das lesões periapicais.
 d Sempre se originam de um granuloma.
 d Cavidade que contém material fluido ou semissólido.
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13PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d Cavidade patológica revestida por epitélio. 
 d Oriundos dos restos epiteliais de malassez.
 d Resultado de infecção endodôntica de longa duração.
Abscesso Perirradicular Agudo ou sem Fístula:
 d Drenagem via canal.
 d Fase em evolução ou intraóssea.
 d Fase evoluída. 
 d Fase mais difícil de manejo.
 d Aumento do espaço periodontal apical.
 d O processo agudo não dura mais do que 96 horas.
 d Presença de exsudato purulento.
 d Dor espontânea, pulsátil e localizada.
 d Apresenta ou não tumefação intra ou extraoral.
 d Células inflamatórias (neutrófilos).
Abscesso Perirradicular Crônico ou com Fístula:
 d Presença de fístula.
 d Alteração de cor.
 d Resposta negativa ao teste de sensibilidade. 
 d Área radiolúcida difusa. 
 d Resposta negativa aos testes de percussão e palpação.
 d Polpa necrosada.
 d Rastreamento da fístula. 
 d Origem inflamatória.
 d Conhecido como periodontite apical supurativa. 
Abscesso Fênix 
 d Longa duração. 
 d Pode ou não ter ponto de flutuação.
 d Pode acontecer devido a canais que foram tratados de forma insatisfatória.
 d Lesão grande. 
 d Acesso e drenagem.
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14PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
DICAS:
 d Todo cisto é decorrente de um granuloma;
 d As alterações inflamatórias crônicas são: abscesso dentoalveolar crônico, 
granuloma periapical e cisto periapical.
 d O diagnóstico de cisto e granuloma é dado por meio da biópsia; não se pode 
diagnosticar com radiografia;
 d Os cistostêm origem dos restos epiteliais de malassez; 
 d As alterações inflamatórias agudas são: periodontite apical aguda, abscesso 
dentoalveolar agudo, que é dividido em 4 fases: inicial, em evolução, evoluído e fênix;
 d O diagnóstico diferencial do abscesso fênix é a imagem radiográfica bem 
circunscrita da lesão;
 d Tudo que é crônico é assintomático;
 d No abscesso evoluído o edema é amolecido;
 d No abscesso em evolução o edema é firme;
 d No abscesso inicial a secreção purulenta encontra-se na região do ligamento 
periodontal;
 d A sensação de dente crescido é causada pela presença de exsudato ceroso no 
ligamento periodontal. 
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15PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
TRATAMENTO CONSERVADOR DA POLPA
A polpa dental está dividida em duas partes, sendo elas coronária e radicular. É um 
tecido frouxo vascularizado, constituído de células progenitoras, odontoblastos, fibro-
blastos, células mesenquimais indiferenciadas, células de defesa, substância fundamen-
tal amorfa, glicosaminoglicanos, ácido hialurônico, sulfato de condroitina, nervos: Fibras 
Delta A e Fibras C6.
A pulpotomia é uma terapia pulpar vital, tendo como definição um procedimento que 
resulta na remoção da porção coronária da polpa dentária afetada ou infectada, indicada 
em casos de pulpite reversível, principalmente em dentes decíduos. Esta consiste na apli-
cação de um material sobre a polpa radicular, de modo a promover a cura ou fixar a porção 
coronária desta, preservando assim a vitalidade do tecido pulpar apical7.
Biopulpectomia: 
 d Manutenção da cadeia asséptica.
 d Preservação da vitalidade do coto pulpar usando substâncias biocompatíveis.
Defesa da polpa: 
 d Esclerose dentinária: oblitera os túbulos dentinários.
 d Formação de dentina terciária: acontece próximo ao agente agressor.
 d Atrofia dos odontoblastos: “Foge” da ação do agente agressor.
 d Reações imunoinflamatórias. 
 d Exposição pulpar. 
Em casos de processos inflamatórios reversíveis ou exposição pulpar acidental, te-
mos algumas opções de tratamento: capeamento direto, curetagem pulpar e pulpotomia. 
Os materiais protetores usados são: hidróxido de cálcio, mais usado nas práticas clínicas, 
cimentos biocerâmicos, óxido de zinco e eugenol - usado quando não é necessária a for-
mação de barreira de tecido mineralizado, ou até mesmo o cimento de ionômero de vidro.
DICAS: 
 d O hidróxido de cálcio apresenta pH alcalino em torno de 12,5, ajudando no processo 
de calcificação e no processo antimicrobiano;
 d O MTA é indutor de calcificação;
 d A curetagem pulpar depende do tamanho da exposição, menor do que 1 mm;
 d Em casos de rizogênese incompleta, a polpa radicular deve ser mantida para 
formação do fechamento do ápice;
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16PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d Em casos de exposição pulpar acidental, até 48 horas depois, pode ser realizado 
um tratamento conservador;
 d É obtido sucesso no tratamento quando se verificam alguns fatores como: 
ausência de sintomatologia dolorosa, resposta positiva aos testes de sensibilidade 
pulpar, maturação apical, formação de ponte de dentina. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/43947673/tratamento-conservador-da-polpa-dental
https://saberodonto.blogspot.com/2017/12/pulpotomia.html
http://sanarsaude.com
https://saberodonto.blogspot.com/2017/12/pulpotomia.html
17PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
ABERTURA CORONÁRIA
O acesso coronário e a exploração detalhada do interior do dente são fatores primor-
diais para o êxito do tratamento. Para instrumentar devidamente e obturar um canal radi-
cular, faz-se necessário que o preparo intracoronário esteja correto em tamanho, forma e 
inclinação2. 
Etapas Operatórias:
 d Ponto de eleição.
 d Direção de trepanação.
 d Forma de contorno.
 d Remoção do teto.
 d Forma de conveniência/desgaste compensatório.
DICAS:
 d Os incisivos centrais superiores têm alta incidência de raiz com curvatura para a 
vestibular; 
 d O incisivo lateral superior tem tendência para curvatura distal do terço apical de 
sua raiz;
 d Nos casos de pré-molares com duas raízes diferenciadas, a raiz vestibular 
normalmente é maior do que a raiz palatina;
 d O primeiro molar superior é o mais volumoso dos molares superiores; ele é 
tetracuspídico e trirradicular;
 d A remoção do teto da câmara pulpar deve ser realizada com movimentos de 
varredura (de dentro para fora);
 d Nos dentes anteriores, a remoção do ombro palatino deve ser feita com brocas de 
ponta inativa;
 d A abertura coronária correta deve incluir todos os cornos pulpares;
 d O assoalho da câmara pulpar não pode ser desgastado;
 d O isolamento absoluto é obrigatório na realização do tratamento endodôntico.
É escolhido um ponto de eleição e o acesso é feito com broca esférica de alta rotação. 
Nos incisivos e caninos superiores fica na face palatina 1 a 2 mm abaixo do cíngulo; nos 
inferiores, 1 a 2 mm acima do cíngulo. A penetração inicial é feita exatamente no centro 
da face lingual; nos pré-molares e molares, fica na face oclusal próximo à fossa central2.
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18PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
FORMAS DE CONTORNO:
 d Incisivos: triangular com base voltada para incisal.
 d Canino: é oval com o longo eixo no sentido inciso-cervical.
 d Pré-Molar Superior: a forma de contorno deve ser ovoide com maior diâmetro no 
sentido vestíbulo-lingual.
 d Molar Superior: triangular, de base voltada para vestibular.
 d Molar Inferior: trapezoidal, de base maior voltada para mesial.
O resultado deve ser uma câmara pulpar totalmente visível, com os pequenos orifí-
cios dos canais bem nítidos.
https://br.pinterest.com/pin/426293920976085118/?autologin=true
 https://www.odontoup.com.br/protocolo-de-abertura-coronaria
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19PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
PREPARO BIOMECÂNICO DOS 
CANAIS RADICULARES 
INSTRUMENTOS E LIMAS
Os instrumentos endodônticos são metálicos (Ni-Ti) ou de aço inoxidável. São do 
tipo manual ou mecânico, classificados de acordo com a sua flexibilidade, guia de pe-
netração e secção transversal cortantes e são utilizados na instrumentação dos canais 
radiculares2.
As limas endodônticas são fabricadas nas formas de torção ou usinagem2.
Características das limas:
 d Aço inoxidável ou liga de carbono. 
 d Coloração do cabo. 
 d Parte ativa com 16 mm.
 d Tamanho 18, 21, 25, 28 e 31 mm. 
 d Classificação em séries.
https://pt.slideshare.net/endoblog/instrumental-endodontico-blog
Constituição das limas manuais:
 d Cabo. 
 d Haste metálica. 
 d Intermediário. 
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20PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d 18, 21, 25, 28 e 31 tolerância de ± 0,5 mm. 
 d Parte ativa (16 mm).
 d Guia de penetração. 
 d Ângulo de transição.
Dinâmica dos instrumentos manuais:
 d Limagem. 
 d Alargamento.
 d Rotação alternada.
http://arturpaiva.blogspot.com/
Propriedades ideais das limas: 
 d Capacidade de resistência à torção. 
 d Flexibilidade. 
 d Corte. 
 d Dureza.
A endodontia automatizada  proporciona redução do tempo clínico de tratamento, 
além de trazer recursos que melhoram a qualidade e o resultado final do tratamento, al-
cançando um melhor acabamento no preparo dos canais radiculares, obtendo um maior 
alargamento e conicidade deste. A técnica é realizada a partir de motores elétricos com 
total controle de velocidade e torque.
Dentre os sistemas automatizados:
Não existe um sistema perfeito, cada um possui suas vantagens e desvantagens 
quando comparados com os seus concorrentes.
Entender como o sistema funciona, e dominar o seu uso, irá proporcionar um trata-
mento eficaz e seguro, tanto para o paciente como para o profissional. 
http://sanarsaude.com
21PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
https://cliniconceito.com.br/endodontia/
DICAS:
 d Instrumento de patência: último instrumento utilizado em todo o comprimento do 
canal radicular.
 d Instrumentação apical: é o alargamento do segmento apical do canal radicular. 
 d Nenhumatécnica de instrumentação promove a limpeza e desinfecção total do 
canal.
 d O cateterismo é a fase inicial de conhecimento da anatomia interna dos canais 
radiculares com o avanço de um instrumento endodôntico.
 d São considerados instrumentos críticos.
 d As limas são fabricadas por: usinagem e torção.
 d 1ª série: limas 15-40.
 d 2ª série: limas 45-80.
 d 3ª série: 90-140.
 d Série especial: limas 06/08/10.
 d Limas flexofile: são mais flexíveis e de sessão triangular.
http://sanarsaude.com
22PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
PREPARO BIOMECÂNICO DOS 
CANAIS RADICULARES 
PRINCÍPIOS E TÉCNICAS
 d Limpeza dos canais: ação mecânica com os instrumentos; 
 d Ação física: fluxo e refluxo da substância irrigadora;
 d Ação química: solução irrigadora.
 d Modelagem: ação mecânica dos instrumentos. Tem como um dos objetivos obter 
um canal cirúrgico.
Os principais objetivos do preparo químico-mecânico são a limpeza dos canais, a 
ampliação e a modelagem do canal radicular2.
As técnicas de instrumentar ou preparar os canais radiculares sofreram muitas alte-
rações nas últimas décadas. As técnicas atuais possibilitam um preparo mais racional dos 
canais radiculares, diminuindo a incidência de erros, facilitando a limpeza e desinfecção, 
propiciando maior índice de sucesso.
O tratamento endodôntico depende, fundamentalmente, do preparo (limpeza e es-
cultura-modelagem) do sistema de canais radiculares e de sua obturação, para prevenir o 
desenvolvimento das periapicopatias2.
O sucesso do tratamento endodôntico é consequência de uma sequência de 
procedimentos bem realizados.
Biopulpectomia:
 d Remoção da polpa coronária e radicular; 
 d Prevenir o escurecimento da coroa dental;
 d Ratificar o máximo possível as curvaturas dos canais radiculares;
 d Preparar o batente ou assentamento apical;
 d Alargar e alisar as paredes dos canais dentinários;
 d Remoção de restos pulpares e raspas de dentina;
 d Manter a patência.
Necropulpectomia:
 d Neutralizar os produtos tóxicos dos canais radiculares;
 d Remoção dos restos necróticos e dentina infectada; 
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 d Iniciar combate à infecção;
 d Manter a patência; 
 d Preparar o batente ou assentamento apical;
 d Alargar e alisar as paredes dos canais dentinários.
Etapas:
 d Localização das entradas;
 d Cateterismo;
 d Preparo do terço cervical e médio;
 d Odontometria;
 d Preparo do terço apical.
Técnicas de Instrumentação: 
 d Escalonada;
 d Coroa-Ápice;
 d Técnica Escalonada com Recuo Progressivo;
 d Técnica de Oregon (Crown Down);
 d Técnica de Schilder;
 d Técnica de Oklahoma (Roane);
 d Técnica de Buchanan;
 d Técnica Long Beach (Simon);
 d Técnica Movimento Oscilatórios (de Deus);
 d Técnica MRA (Siqueira Jr.).
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https://pt.slideshare.net/camillabringel/preparo-biomecnico
 
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25PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS AUXILIARES
As substâncias químicas auxiliares têm o objetivo de promover a dissolução de te-
cidos orgânicos vivos ou necrosados e a eliminação ou máxima redução de microrga-
nismos. São usadas durante a instrumentação dos canais radiculares, desempenhando 
ações químicas e físicas. Também são usadas após a instrumentação para remoção da 
smear layer2.
Requisitos
 d Baixar tensão superficial;
 d Ser pouco viscosa; 
 d Capacidade de solvência;
 d Atividade antimicrobiana;
 d Atividade quelante;
 d Lubrificante;
 d Suspensão de detritos;
 d Biocompatibilidade.
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS EMPREGADAS NOS CANAIS RADICULARES:
 d Hipoclorito de sódio;
 d Clorexidina;
 d EDTA (quelante);
 d Detergentes;
 d Associações.
Objetivos da irrigação-aspiração
 d Remoção de detritos;
 d Redução do número de microrganismos.
Fatores que influenciam a irrigação-aspiração:
 d Anatomia do canal radicular;
 d Propriedades físicas da solução irrigante;
 d Diâmetro das agulhas irrigadoras;
 d Técnica de preparo do canal radicular;
 d Agitação mecânica da solução química. 
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26PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
MEDICAÇÃO INTRACANAL
A preocupação com a descoberta de soluções eficazes e práticas para o controle 
de infecções orgânicas dos canais radiculares e dos tecidos periapicais não é recente. 
A medicação intracanal, ou curativo de demora, tem como função básica na endodontia 
combater microrganismos, desempenhado pelo preparo químico-mecânico, modulando a 
reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular, ocupando fisicamente 
o espaço do canal, exercendo efeito terapêutico, favorecendo o processo de reparação2,10.
Objetivos: 
 d Eliminar microrganismos;
 d Atuar como barreira física;
 d Reduzir a inflamação perirradicular;
 d Controle do exsudato;
 d Solubilização da matéria orgânica;
 d Controle de reabsorção radicular; 
 d Estimula a reparação de tecidos mineralizados. 
A contaminação ou reinfecção dos canais radiculares ameaçam o sucesso do trata-
mento endodôntico10.
https://pt.slideshare.net/AndrMilioliMartins/resumo-de-endodontia-medi-
cao-intracanal-hidrxido-de-clcio-otosporin-tricresol-e-mais
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27PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
Existem vários tipos de medicações que podem ser utilizadas, mas o hidróxido de 
cálcio é a substância mais empregada atualmente.
São elas: hidróxido de cálcio, paramonoclorofenol canforado, tricresol formalina, 
otosporin.
É importante salientar que o hidróxido de cálcio possui duas atividades principais 
quando utilizado como medicação intracanal: ação antimicrobiana obtida pela elevação 
do pH (alcalinização) do meio e indução da mineralização tecidual por meio da ativação 
enzimática10.
DICAS:
 d A potencialização das infecções do canal radicular e da região periapical ocorre 
comumente em virtude do predomínio de bactérias anaeróbias.
 d O sucesso do tratamento está diretamente relacionado à limpeza e diminuição 
dos organismos patogênicos.
 d A principal indicação para a utilização da medicação intracanal está ligada ao 
potencial de virulência da microbiota patogênica.
 d As propriedades do hidróxido de cálcio derivam de sua dissociação iônica em íons 
de cálcio e íons hidroxila.
 d A ação dos medicamentos intracanal estará condicionada ao veículo utilizado 
(aquoso, viscoso ou oleoso); concentração; tensão superficial no canal radicular e a 
duração entre as sessões durante a terapia endodôntica.
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cao-intracanal-hidrxido-de-clcio-otosporin-tricresol-e-mais
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28PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
OBTURAÇÃO 
O processo de obturação dos canais deve ser iniciado após o completo preparo dos 
canais. Tem o objetivo de eliminar os espaços vazios que podem servir de nichos para a 
proliferação de microrganismos, mantendo a manutenção biológica. Consiste no preen-
chimento da porção modelada do canal com materiais inertes ou antissépticos que pro-
movam um selamento tridimensional1. 
Os materiais utilizados são os cones de prata ou cones de guta percha, que é um 
material emborrachado, radiopaco e tem formato de cone, divididos em dois tipos: calibra-
dos ou padronizados e os auxiliares, e o cimento endodôntico1. Um canal completamente 
obturado, lateral e apicalmente, quaisquer microrganismos remanescentes no interior do 
canal não serão capazes de sobreviver por longo período de tempo.
DICAS: 
 d Sobreobturação: extravasamento de cimento obturador ou guta percha 
termoplastificada.
 d Sobre-extensão: extravasamento de cone principal de guta percha ou cone de 
prata.
 d A cimentação é fundamental para a saúde periapical.
 d A técnica da condensação lateral é a maisutilizada.
 d A técnica de obturação termoplastificada é mais rápida, porém é mais difícil de 
retratar.
 d O mais importante não é o que se coloca no canal, mas o que se tira dele.
 d Os cimentos endodônticos têm que possuir bom escoamento.
Vantagens e Desvantagens dos materiais obturadores:
 d Cone de prata: tem como vantagens: flexíveis, resistentes à fratura, fácil inserção, 
boa radiopacidade, fácil esterilização; como desvantagens: não se moldam às 
paredes dos canais, incapacidade de selamento, difícil remoção, corrosão aos fluidos 
orgânicos e custos.
 d Cone de Guta Percha: tem como vantagens: biocompatibilidade, plasticidade, 
radiopacidade, facilidade de remoção, não altera a cor do dente, insolúvel à água. E 
como desvantagens: pouca rigidez, oxidação degradativa (quebradiços), perdem a 
plasticidade com o tempo, deslocada facilmente pela pressão, difícil esterilização1.
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29PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
Técnicas de Obturação:
 d Condensação lateral;
 d Condensação vertical (Schilder);
 d Compactação termodinâmica (McSpadden);
 d Termoplastificação;
 d Associações.
Cimento endodôntico: tem que ser radiopaco, ter bom escoamento, ser fácil de inser-
ção, não manchar as estruturas dentárias, ser impermeável ao canal, promover o selamen-
to tridimensional, apresentar biocompatibilidade, ter atividade antimicrobiana. 
Obturação dos 
canais radiculares
Técnica da condensação 
lateral
• Simplicidade
• Baixo custo
• Ótima qualidade final
https://pt.slideshare.net/alinymsa/obturaco-de-canais
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https://pt.slideshare.net/alinymsa/obturaco-de-canais
30PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
RETRATAMENTO
Nos casos de insucesso, identificados por meio de exames clínicos e radiográficos, 
geralmente é constatada uma forte associação entre a qualidade técnica do tratamento 
endodôntico e a prevalência de periodontite apical2.
O sucesso do tratamento depende da realização adequada das etapas, correto diag-
nóstico, seleção do caso, planejamento, controle de infecção, obediência aos princípios, 
materiais e técnicas, restauração adequada e proservação.
Fatores etiológicos: causas microbianas (infecção intra e extrarradicular) e não mi-
crobianas (reação do corpo estranho, cristais de colesterol e trauma oclusal).
Após o acesso, removemos a obturação do canal, realizamos o preparo químico-me-
cânico em toda a sua extensão, empregando como solução química o hipoclorito de sódio 
(água sanitária). A remoção da smear layer é realizada com o uso associado do EDTA e 
hipoclorito de sódio, após o preparo do canal2.
DICAS:
 d A reparação da lesão perirradicular está relacionada com a qualidade do preparo 
químico-mecânico e da obturação do canal radicular;
 d O sucesso do tratamento endodôntico reside na eliminação, ou máxima redução 
possível, de irritantes no interior de canais radiculares;
 d Proservação é o controle clínico e radiográfico realizado após o tratamento 
endodôntico;
 d O fracasso do retratamento endodôntico certamente é resultante da permanência 
de uma infecção instalada na região apical do canal radicular;
 d O aspecto radiográfico da obturação é fundamental.
Características do insucesso: sintomatologia dolorosa, tecidos moles com aparência 
anormal, exame radiográfico demonstrando comprometimento da integridade da lâmina 
dura ou de lesão periapical. 
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31PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
TRAUMATISMO DENTÁRIO
Incidência
História e Exame clínico
 d Exame Neurológico: fala, olhar, náuseas, cefaleia.
 d Exame externo: ATM, abertura de boca, edema de face.
 d Exame de tecido mole: lábio, língua, bochecha, gengiva.
 d Exame do tecido duro: mandíbula, maxila, osso alveolar, dentes.
Teste térmico
 d Exame radiográfico: radiografias periapical, oclusal, panorâmica e TC cone beam.
 d Os pacientes mais acometidos são jovens de 8 a 12 anos, principalmente os 
meninos. Os dentes mais acometidos são os incisivos centrais superiores, atingindo 
80% das injúrias.
Classificação dos Traumatismos Dentais:
 d Coronárias: esmalte, esmalte/dentina, esmalte/dentina/polpa.
 d Coronorradicular: essas fraturas são primeiramente tratadas do ponto de vista 
periodontal para assegurar que seja possível uma margem para a restauração.
 d Radiculares: surpreendentemente, um grande número de polpas em dentes com 
fratura radicular sobrevive a uma injúria traumática. Na verdade, em quase todos os 
casos o segmento apical permanece vital. Se o segmento coronário perde a vitalidade, 
ele deve ser tratado como um dente permanente jovem necrosado. O segmento apical 
vital não deve ser tratado2.
 d FATOR TEMPO: até as primeiras 48 horas após a injúria traumática, a reação inicial 
da polpa é proliferativa com não mais que 2 mm de profundidade de inflamação 
pulpar. Depois de 48 horas, as chances de contaminação bacteriana direta da polpa 
aumentam à medida que a zona de inflamação progride apicalmente21. Assim, com 
o passar do tempo, a chance de sucesso de manutenção de uma polpa saudável 
diminui2.
DICAS
 d Uma injúria periodontal irá comprometer o suprimento nutricional da polpa;
 d Na avulsão, o tempo de permanência fora do alvéolo é muito importante. Os 
primeiros 60 minutos são fundamentais para o sucesso do tratamento;
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32PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d Gengiva avermelhada e sangrante sugere trauma em tecido ósseo; 
 d Luxação: concussão, subluxação, luxação lateral, luxação extrusiva e luxação 
intrusiva;
 d O tratamento de uma polpa saudável tem demonstrado ser um requisito desejado 
para o sucesso do tratamento;
 d O Selamento Antibacteriano é o fator mais crítico para um tratamento bem-
sucedido;
 d O hidróxido de cálcio tem sido tradicionalmente o curativo comumente usado para 
o tratamento da polpa vital;
 d A principal desvantagem do hidróxido de cálcio é que ele não veda a superfície 
fraturada.
http://www.dayseurias.com.br/news/?p=177
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33PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DE 
INTERESSE ENDODÔNTICO
 d Importância;
 d Tipos de exames;
 d Indicações;
 d Técnicas.
 y Radiografia Extrabucal: Panorâmica – Visão geral
 y Radiografias Intrabucal: oclusal, periapical, interproximal ou bite wing.
A importância do exame radiográfico como método auxiliar de diagnóstico foi esta-
belecida desde sua descoberta.
As radiografias oclusais são indicadas para extensão e localização de processos 
patológicos como cistos, tumores e corpos estranhos.
As radiografias interproximais são indicadas para diagnósticos sugestivos de cárie, 
pulpotomia, abertura coronária (calcificação), reabsorções, lesão de furca e acompanha-
mento de lesões endoperiodontais.
As radiografias periapicais são indicadas para o reconhecimento da anatomia dental, 
diagnóstico de lesões, tratamento endodôntico (odontometria, instrumentação, seleção 
do cone e obturação), proservação.
DICAS:
 d A técnica mais utilizada é a do ângulo horizontal (técnica de Clark), pois visualiza 
melhor as estruturas mais posteriores nos movimentos de mesialização e distalização 
do feixe de raios X.
 d Tudo que se localiza na lingual ou palatina se desloca com a variação da angulação 
horizontal.
 d Nos casos de suspeita de 2 canais nos pré-molares, deve-se mesializar a 
angulação.
 d Nos molares superiores e inferiores com 4 canais deve-se distalizar.
 d A técnica de triangular de rastreamento é utilizada para localizar iatrogenias, 
curvatura, degrau, reabsorção e instrumento fraturado.
 d As radiografias devem ser avaliadas como um todo, principalmente as periapicais.
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34PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
TRATAMENTO DE DENTES COM 
RIZOGÊNESE INCOMPLETA
Dentes com ápice aberto são dentes permanentes que não chegaram ao estágio 10 
de Nolla, formação apical completa, apresentando rizogênese incompleta2.
Histologicamente, observa-se apenas presença de cemento e dentina.
APICIGÊNESE: complementação radicular fisiológica em dentes com polpa viva (bai-
nha de Hertwing). Permite o desenvolvimentoradicular fisiológico2.
APICIFICAÇÃO: completo fechamento do forame apical por tecido mineralizado, por 
indução2.
Fatores Etiológicos:
 d Cárie
 d Traumatismo
Materiais utilizados: MTA, hidróxido de cálcio, óxido de zinco e eugenol.
DICAS:
 d Exame clínico e radiográfico minucioso;
 d Quando as lesões pulpares não se estenderem até a porção radicular, pode-se 
conseguir a complementação apical, utilizando o tratamento conservador da polpa 
dentária;
 d Embora a necrose pulpar possa deter o desenvolvimento apical radicular, é 
importante ressaltar que o ápice deve ser visto como um tecido dinâmico, capaz de 
crescer, desenvolver-se e reparar-se;
 d Sempre que for diagnosticada a vitalidade pulpar, um tratamento endodôntico 
conservador é o indicado, evitando-se intervenções no canal radicular;
 d Nos casos de rizogênese incompleta de dentes com necrose pulpar e infectados, 
com ou sem reação perirradicular, a reparação e a complementação da raiz estão na 
dependência do combate à infecção, desde que nunca seja observada a deposição 
cementária em um caso ainda infectado;
 d Recomenda-se o primeiro exame 30 dias após a colocação da pasta de hidróxido 
de cálcio no interior do canal radicular, seguido de controles trimestrais;
 d Embora, em alguns casos, a apicificação possa ocorrer em 6 meses, é normal o 
processo de fechamento apical demorar 18 meses ou mais;
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35PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
 d O canal radicular geralmente permanece amplo, com a forma de bacamarte, o que 
pode tornar a obturação um procedimento técnico difícil;
 d Revascularização pulpar é um conjunto de procedimentos de base biológica 
destinado a substituir fisiologicamente estruturas dentárias danificadas, incluindo 
dentina e estruturas radiculares, assim como células do complexo dentinopulpar;
 d A regeneração pulpar em dentes necrosados e infectados tem sido considerada 
impossível. Contudo, se for possível criar um meio, como descrito no caso de avulsão, 
a regeneração poderá ocorrer.
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36PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
MICROBIOLOGIA ENDODÔNTICA
As infecções endodônticas apresentam fatores de natureza química e física, poden-
do induzir alterações patológicas na polpa e nos tecidos perirradiculares. Elas são geral-
mente transitórias2. 
Microrganismos e seus produtos, quando da extrusão de detritos contaminados pelo 
forame apical, do desequilíbrio da microbiota endodôntica, ou mesmo da elevação do po-
tencial de oxirredução dentro do canal radicular, podem ser responsáveis por agudizações 
deflagradas pela intervenção endodôntica, também conhecidas como flare-ups2.
Vias de infecção da polpa: túbulos dentinários, exposição pulpar, doença periodontal.
Próximo ao esmalte, a quantidade e o diâmetro dos túbulos dentinários é menor, difi-
cultando a propagação das bactérias. Já, próximo à polpa, a quantidade e o diâmetro dos 
túbulos é maior, aumentando o risco de infecção devido aos produtos bacterianos.
A resistência do hospedeiro depende da virulência dos microrganismos e do número 
de bactérias, sendo inversamente proporcional.
Tipos de infecções endodônticas: infecções intrarradicular primária e secundária, in-
fecções intrarradiculares persistentes e infecções extrarradiculares.
DICAS: 
 d As bactérias têm um papel fundamental na etiopatogenia das alterações 
periapicais;
 d Nos túbulos dentinários, encontram-se as bactérias que estão alojadas no canal 
radicular;
 d Infecção intrarradicular secundária/persistente: Enterococcus faecalis, resiste à 
medicação intracanal.
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37PRODUTO ÚNICO - ENDODONTIA
REFERÊNCIAS:
1. Santos KSA, Veloso OLL, Temóteo LM, Brito LNS. Concordância diagnóstica em Endodontia 
em clínicas odontológicas. RGO, v.59, n.3, Jul./Set. 2011.
2. Lopes HP, Siqueira JF. Endodontia: biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.
3. JBE, v.4, n.12, p.78-81, jan./mar. 2003.
4. Nora MB, Souza MCA, Goyatá FR, Rodrigues CRT, Miguel GAM, Chagas MA, et al. Variações 
anatômicas internas em dentes submetidos ao tratamento endodôntico: caso clínico. Rev. 
flum. odontol. 2010.
5. Pécora JD, Savioli RN, Vansan LP. Cirurgia de acesso endodôntico. Copyright. 2004.
6. Estrela C. Endodontia – Princípios Biológicos e Mecânicos 1ª Edição, 1999 pág. 03.
7. Costa Sl. Pulpotomia e pulpectomia em dentes decíduos.Universidade de Lisboa. Faculdade 
de Medicina Dentária, 2011.
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	REFERÊNCIAS:

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