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Exame Físico Geral ou Ectoscopia

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Conceito e Definição 
• A ectoscopia é definida como análise geral do 
paciente 
• A ectoscopia de aspectos - como a alteração de 
peso - começa nos primeiros momentos do contato, 
mas algumas observações acerca da aparência se 
consolidam quando é iniciado o exame físico. 
• Exame físico: inclui avaliação do estado geral, 
avaliação de hidratação, antropometria, avaliação do 
estado nutricional, desenvolvimento físico/biotipo ou 
tipo morfológico, fácies, atitude e decúbito preferido 
no leito, mucosas e marcha. 
Sinais vitais: 
• Pressão Arterial 
• Saturação (oxímetro) 
• Frequência respiratória (FR) 
• Frequência Cardíaca (FC) 
• Temperatura 
Avaliação do estado geral: 
• É uma avaliação geral com base no conjunto de 
dados exibidos pelo paciente e interpretados de 
acordo com a experiencia de cada um 
• Seria a definição da primeira impressão ao entrar em 
contato com o paciente 
• Classificada como: 
BEG: BOM ESTADO GERAL 
Paciente bem, que chegou ao hospital andando 
normalmente, sem problema aparente 
REG: REGULAR ESTADO GERAL 
Paciente já apresentando alguns sinais e alterações da 
doença, mas sem comprometimento muito grave 
MEG: MAU ESTADO GERAL 
Paciente já consumido pela doença, totalmente 
irreconhecível em relação ao que era quando estava 
saudável. Geralmente chega ao hospital por meio de 
SAMU, ambulância etc. 
Avaliação do estado de hidratação: 
HIDRATAÇÃO NORMAL: 
• Pele possuindo boa elasticidade 
• Leve grau de umidade 
• Mucosas úmidas (olho brilhante e língua brilhante) 
• Não há alterações oculares nem perda abrupta de 
peso 
• Em crianças as fontanelas são planas e normotensas 
e peso em curva ascendente. A criança se apresenta 
alegre e comunicativa 
DESIDRATAÇÃO: 
Caracterizada por fatores como: 
• Sede 
• Diminuição abrupta de peso 
• Pele seca (elasticidade diminuída) 
• Mucosas secas (olho e língua não brilhosos) 
• Olhos afundados (enoftalmia) 
• Paciente hipotônico (tônus muscular baixo) 
Avaliação do estado NUTRICIONAL: 
Processo dinâmico feito por meio de comparações entre 
os dados obtidos no paciente e os padrões de referência. 
Para avaliar sobrepeso e obesidade é indicado o IMC, 
porém é importante ressaltar que ele não mede apenas 
a massa gorda, mas também a massa magra então não 
é um cálculo específico. 
DESENVOLVIMENTO físico/BIOTIPO: 
BREVELÍNEO: 
Pescoço curto e grosso; tórax alargado e volumoso; 
membros curtos em relação ao tronco, musculatura 
desenvolvida e panículo adiposo espesso; tendencia para 
baixa estatura; ângulo de charpy maior que 90º 
MEDIOLÍNEO: 
Exame Físico Geral (Ectoscopia) 
Ham-III: prática 
 
Equilíbrio entre membros e tronco; desenvolvimento 
harmônico da musculatura e do panículo adiposo; ângulo 
de charpy em torno de 90º 
LONGILÍNEO: 
Pescoço largo e delgado, tórax afilado e chato, membros 
alongados; musculatura delgada e panículo adiposo pouco 
desenvolvido; ângulo de charpy menor que 90º 
 
Avaliação antropométrica: 
ALTURA/ESTATURA: 
Diz respeito ao crescimento linear 
Medição é realizada em posição ortostática para adultos 
e em decúbito dorsal para bebês 
Avalia-se o peso, IMC, circunferências, perímetro cefálico 
TIPOS DE Fácies: 
É o conjunto de dados exibidos na face do paciente 
As fácies podem ser classificadas como: 
Atípicas: fácies normais, sem presença de patologia 
Típicas: fácies típicas de alguma doença, apresentando 
características específicas da patologia 
Alguns tipos de fácies comumente encontradas: 
FÁCIES HIPOCRÁTICA: 
Olhos fundos, parados e inexpressivos chamam logo a 
atenção do examinador. O nariz afila-se, e os lábios se 
tornam adelgaçados. “Batimentos das asas do nariz” 
também costumam ser observados. Quase sempre o 
rosto está coberto de suor. Palidez cutânea e uma 
discreta cianose labial completam a fácies hipocrática. 
Esse tipo de fácies indica doença grave e nos estados 
agônicos das afecções que evoluem de modo lento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES RENAL: 
O elemento característico é o edema que predomina ao 
redor dos olhos. Completa o quadro a palidez cutânea. É 
observada nas doenças renais, particularmente na 
síndrome nefrótica e na glomerulonefrite aguda 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES LEONINA: 
As alterações que a compõem são produzidas pelas 
lesões da hanseníase. A pele, além de espessa, é sede 
de grande número de lepromas de tamanhos variados e 
confluentes, em maior número na fronte. Os supercílios 
caem, o nariz se espessa e se alarga. Os lábios tornam-
se mais grossos e proeminentes. As bochechas e o 
mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. A 
barba escasseia ou desaparece. Essas alterações em 
conjunto conferem ao rosto do paciente um aspecto de 
cara de leão, origem de sua denominação 
 
 
 FÁCIES ADENOIDIANA: 
Os elementos fundamentais são o nariz pequeno e 
afilado e a boca sempre entreaberta. Aparece nos 
indivíduos com hipertrofia das adenoides, as quais 
dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os 
orifícios posteriores das fossas nasais 
 
FÁCIES PARKINSONIANA: 
A cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece 
imóvel nesta posição. O olhar fixo, os supercílios elevados 
e a fronte enrugada conferem ao paciente uma 
expressão de espanto. A fisionomia é impassível e 
costuma-se dizer que esses pacientes se parecem com 
uma figura de máscara. Chama a atenção, também, a 
falta de expressividade facial. A fácies parkinsoniana é 
observada na síndrome ou na doença de Parkinson; 
 
FÁCIES BASEDOWIANA: 
Seu traço mais característico reside nos olhos e no olhar. 
Os olhos são salientes (exoftalmia) e brilhantes, 
destacando-se sobremaneira no rosto magro. A 
expressão fisionômica indica vivacidade. Contudo, às 
vezes, tem um aspecto de espanto e ansiedade. Outro 
elemento que salienta as características da fácies 
basedowiana é o bócio. Indica hipertireoidismo; 
 
 
 
 
 
FÁCIES MIXEDEMATOSA: 
É constituída por um rosto arredondado, nariz e lábios 
grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus 
sulcos. As pálpebras tornam-se infiltradas e enrugadas. Os 
supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. 
Além dessas características morfológicas, destaca-se 
uma expressão fisionômica indicativa de desânimo e 
 
apatia. Esse tipo de fácies aparece no hipotireoidismo ou 
mixedema; 
 
 FÁCIES ACROMEGÁLICA: 
Caracteriza-se pela saliência das arcadas supraorbitárias, 
proeminência das maçãs do rosto e maior 
desenvolvimento do maxilar inferior, além do aumento do 
tamanho do nariz, lábios e orelhas. Nesse conjunto de 
estruturas hipertrofiadas, os olhos parecem pequenos 
 
FÁCIES CUSHINGOIDE OU DE LUA CHEIA: 
Como a própria denominação revela, chama a atenção 
de imediato o arredondamento do rosto, com atenuação 
dos traços faciais. Secundariamente, deve ser assinalado 
o aparecimento de acne. Este tipo de fácies é observado 
nos casos de síndrome de Cushing por hiperfunção do 
córtex suprarrenal. Pode ocorrer também nos pacientes 
que fazem uso prolongado de corticosteroides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES MONGOLOIDE: 
Está na fenda palpebral seu elemento característico, uma 
prega cutânea (epicentro) que torna os olhos oblíquos, 
bem distantes um do outro, lembrando o tipo de olhos 
dos chineses. Acessoriamente, nota-se um rosto 
redondo, boca quase sempre entreaberta e uma 
expressão fisionômica de pouca inteligência ou mesmo 
de completa idiotia. É observada no mongolismo, 
trissomia do par 21 ou síndrome de Down 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES DE DEPRESSÃO: 
As principais características estão na expressividade do 
rosto. Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em 
 
um ponto distante. Muitas vezes o olhar permanece 
voltado para o chão. O sulco nasolabial se acentua e o 
canto da boca se rebaixa. O conjunto fisionômico denota 
indiferença, tristeza e sofrimento emocional. É observada 
nos transtornos depressivosFÁCIES ESCLERODÉRMICA: 
Denominada também fácies de múmia, justamente 
porque sua característica fundamental é a imobilidade 
facial. Isso se deve às alterações da pele, que se torna 
apergaminhada, endurecida e aderente aos planos 
profundos, com repuxamento dos lábios, afinamento do 
nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é 
inexpressiva, parada e imutável. 
 
FÁCIES MIASTÊNICA OU FÁCIES DE 
HUTCHINSON: 
Caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o 
paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre na 
miastenia grave e em outras miopatias que 
comprometem os músculos da pálpebra superior 
 
Grau de consciência: 
CONSCIENTE: paciente consciente em relação a tempo-
espaço 
OBNUBILAÇÃO: quando o nível de consciência é pouco 
comprometido, permanecendo o paciente em estado de 
alerta ainda que algo diminuído 
SONOLÊNCIA: o paciente é facilmente despertado, 
responde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta a 
dormir 
CONFUSÃO MENTAL: configura-se por perda de atenção, 
o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há 
uma percepção temporoespacial normal 
TORPOR OU ESTUPOR: quando a alteração de 
consciência for mais pronunciada, mas o paciente ainda é 
capaz de ser despertado por estímulos mais fortes e tem 
movimentos espontâneos 
COMA: quando o paciente não for despertado por estímulos 
fortes e não tiver movimentos espontâneos. 
 
ATITUDE/Decúbito preferido no leito: 
 
Definida como a posição adotada pelo paciente que lhe 
traz mais comodidade em relação à patologia. 
Ex: pacientes com pericardite geralmente preferem 
manter-se em posição genupeitoral para aliviar a dor 
Algumas posições voluntárias mais conhecidas são: 
ORTOSTÁTICO: em pé 
GENUPEITORAL: apoio simultâneo do peito e joelhos 
ao mesmo tempo no plano horizontal, peito fica mais 
baixo que o tronco 
 
CÓCORAS: agachado 
 
PARKINSONIANA: olhar para cima e costas curvadas 
 
Já as posições involuntárias são denominadas como: 
 
ORTÓTONO: 
A atitude em que todo o tronco e os membros estão 
rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para 
um dos lados. 
OPISTÓTONO: 
É a atitude decorrente de contratura da musculatura 
lombar, sendo observada nos casos de tétano 
e meningite. O corpo passa a se apoiar na cabeça e nos 
calcanhares, emborcando-se como um arco. 
EMPROSTÓTONO: 
É observado no tétano, na meningite e na raiva, sendo o 
contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente 
forma uma concavidade voltada para diante. 
PLEUROSTÓTONO: 
Observado no tétano, na meningite e na raiva. O corpo se 
curva lateralmente. 
POSIÇÃO EM GATILHO: 
Na irritação meníngea, é mais comum em crianças e 
caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das 
pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com 
concavidade para diante. 
TORCICOLO E MÃO PÊNDULA DA PARALISIA 
RADIAL: 
Atitudes involuntárias, mas restritas a determinados 
segmentos do corpo 
POSTURA do paciente/posição em pé: 
BOA POSTURA: 
• Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante 
• Peito erguido, fazendo adiantar ao máximo essa parte 
do corpo 
• Abdome inferior achatado ou levemente retraído 
• Curvas posteriores nos limites normais 
 POSTURA SOFRÍVEL: 
• Cabeça levemente inclinada para diante 
• Peito achatado 
• Abdome algo protruso, passando a ser a parte mais 
saliente do corpo 
• Curvas posteriores exageradas 
 
MÁ POSTURA: 
• Cabeça acentuadamente inclinada para diante 
• Peito deprimido 
• Abdome saliente e relaxado 
• Curvas posteriores exageradas. 
Fala e linguagem 
DISFONIA OU AFONIA: 
É uma alteração do timbre da voz causada por alguma 
alteração no órgão fonador. A voz pode tornar-se rouca, 
fanhosa ou bitonal; 
DISLALIA: 
É o termo usado para designar alterações menores da 
fala, comuns em crianças, como a troca de letra (“tasa” 
por “casa”). 
 Uma forma especial é a disritmolalia, que compreende 
distúrbios no ritmo da fala, incluindo a gagueira e a 
taquilalia; 
DISARTRIA: 
Decorre de alterações nos músculos da fonação, 
incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), 
hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e 
lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia 
pseudobulbar); 
DISFASIA: 
Aparece com total normalidade do órgão fonador e dos 
músculos da fonação e depende de um distúrbio na 
elaboração cortical da fala. Há diversos graus de disfasia, 
desde mínimas alterações até perda total da fala. 
MARCHAS: 
Deve-se solicitar ao paciente que caminhe certa distância, 
com olhos abertos e fechados 
A marcha normal pode sofrer variações 
Algumas marchas decorrentes de patologias são 
denominadas como: ceifante, claudicante, parkinsoniana, 
anserina, cerebelar, tabética, de pequenos passos, 
vestibular, escarvante, tesoura 
 
 
OBS: Valores de temperatura 
Valores normais 
Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 
a 36,5°C. 
Temperatura bucal: 36 a 37,4°C. 
Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C maior 
que a axilar. 
FEBRE 
→ Febre leve ou febrícula: até 37,5°C 
→ Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C 
→ Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C. 
Hipotermia: temperatura corporal abaixo de 35,5°C na 
região axilar ou de 36°C no reto. 
• Pode ser induzida artificialmente quando se vai 
submeter o paciente a determinados tipos de 
cirurgia ou pode ser consequente a congelamento 
acidental, choque, síncope, doenças consuntivas, 
hemorragias graves e súbitas, coma diabético e nos 
estágios terminais de muitas doenças. 
 
OBS: Valores de FC e FR 
FREQUÊNCIA CARDÍACA: 
FC normal: 60 a 100bpm 
FC abaixo do normal: bradicardia 
FC acima do normal: taquicardia 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
FR normal: 12 a 20 rpm 
FR abaixo do normal: bradipneia 
FR acima do normal: taquipneia 
FR diminuída ao deitar-se: ortopneia 
FR dificultada: dispneia 
 
Referências: 
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de 
Janeiro. Guanabara, 2019

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