Buscar

Estimulantes do Sistema Nervoso Central (veterinária)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estimulantes do Sistema Nervoso Central 
• São substâncias químicas capazes de estimular a atividade de diferentes áreas cerebrais, 
aumentando a atividade física e psíquica e modificando os padrões habituais de comportamento sob 
controle central. 
• Agem dentro de limites estreitos de dosagem ou desencadeiam um tipo específico de ação, 
provocando efeitos graves que restringem seu emprego como medicamento. 
• São uteis em alguns tratamentos de emergência em que a respiração está deprimida. 
• Apresentam margem de segurança relativamente pequenas, podendo induzir convulsões. 
• Os psicotrópicos são substância que têm tropismo pelo SNC, modificando as “funções mentais”. 
Classificação 
• Estimulantes corticais 
o São a anfetamina e seus respectivos derivados e as metilxantinas e seus derivados. 
o Causam em diferentes graus, alterações comportamentais; podem levar a excitação e 
euforia, diminuir a sensação de fadiga e aumentar a atividade motora. 
• Estimulantes bulbares 
o Ações estimulantes no centro respiratório e, em segunda instância, no centro vasomotor, 
causando exagerada excitabilidade reflexa e, em doses maiores, convulsões. 
o Aumentam a ventilação pulmonar. 
o São o doxapram, a niquetamida, a picrotoxina e o pentilenotetrazol. 
• Estimulantes medulares 
o Estimulam de forma preponderante a medula espinhal. 
o O principal representante é a estricnina. 
Estimulantes Corticais 
• Anfetamina e derivados 
o Não tem indicação terapêutica em Veterinária. 
o Em humanos é empregado no tratamento da obesidade e como drogas de abuso. 
o São simpatomiméticos de ação indireta 
o Produzem efeitos por liberar catecolaminas da terminação nervosa pré-sináptica. 
o Interagem com receptores de catecolaminas e têm uma pequena ação inibitória sobre a 
MAO. 
o São potentes estimulantes do SNC. 
o Quando usados como droga de abuso, causam dependência física e psíquica. 
o A retirada abrupta no tratamento prolongado causa depressão. 
o O uso continuado causa psicose anfetamínica. 
• Metilxantinas e derivados 
o Derivadas da xantina são: cafeína, teofilina e teobromina. 
o São rapidamente absorvidas no organismo, após administração oral, parenteral e retal. 
o Existem evidências de que são antagonistas competitivos dos receptores da adenosina. 
o Na musculatura esquelética, as metilxantinas aumentam o trabalho muscular. 
o Metilxantinas são importantes na terapêutica devido aos seus efeitos estimulantes do SNC, 
do miocárdio, da musculatura lisa e como agentes diuréticos. 
o Todas as xantinas são estimulantes do SNC, mas com intensidade variável. 
o CAFEÍNA 
▪ Estimula diretamente os centros respiratórios deprimidos. 
▪ Ações assemelham-se às dos agonistas β-adrenérgicos e, de forma parcial, atua 
como antagonista de receptores da adenosina. 
▪ Aumenta a excitabilidade do córtex sensorial (estado de alerta), aumento da 
capacidade de realizar trabalho muscular e redução da fadiga. 
▪ Em altas doses aumenta a atividade motora. 
▪ Também promove diurese, estimulação do músculo cardíaco e relaxamento de 
músculos lisos. 
▪ Apresenta margem de segurança ampla. entretanto em doses excessivas pode 
causar convulsões epileptiformes ou tônicas. 
o TEOFILINA 
▪ Age estimulando o SNC por antagonizar os efeitos inibidores pré-sinápticos da 
adenosina. 
▪ É importante no tratamento de certas síndromes edematosas, e como promove 
broncodilatação, pode ser utilizada no tratamento antiasmático. 
▪ A espécie equina é a mais sensível aos efeitos, apresentando agitação, tremores, 
hiperestesia, sudorese, polipnéia e taquicardia. 
o AMINOFILINA 
▪ É o sal etilenodiamínico da teofilina. 
▪ Inibe a fosfodiesterase e aumenta o AMPc. 
▪ Apresenta ação curta, mas potente. 
▪ Produz vasodilatação coronária e estimula a diurese, além de ser potente inibidor da 
sedação e depressão causadas pelo diazepam. 
▪ Promove a estimulação da lipólise e, no tecido ósseo, inibe a reabsorção óssea de 
cálcio. 
▪ É utilizada nas afecções laríngeas em cavalos; na insuficiência cardíaca, associada a 
glicosídeos cardíacos, no tratamento pós-anestésico e cirúrgico do pneumotórax em 
cães; na prevenção ou alívio do espasmo brônquico durante emergências 
anestésicas; para o tratamento de asma brônquica em gatos. 
▪ Pode ocasionalmente induzir reações alérgicas. 
o Doxofilina 
▪ Derivado da teofilina. 
▪ Novo broncodilatador isento dos efeitos colaterais extrapulmonares dos 
antagonistas da adenosina. 
▪ Não apresenta efeitos cardíacos importantes quando comparado a teofilina. 
▪ Utilizado em doença pulmonar obstrutiva crônica. 
Estimulantes Bulbares 
• Utilizados pelas ações no centro respiratório, produzindo o despertar do paciente após um ato 
cirúrgico. 
• Doxapram 
o Tem ação estimulante sobre quimiorreceptores das regiões carotídea e aórtica e também 
pode estimular o centro respiratório bulbar. 
o Seus efeitos estimulantes ocorrem após circulação completa do agente no organismo. 
o Tem curto período de ação no SNC quando administrado por via intravenosa. 
o É usado por IV na reversão da depressão respiratória central causada por agentes 
depressores do SNC 
o Antagoniza os efeitos da xilazina, acepromazina e barbitúricos de curta duração em cães. 
o Pode causar náuseas, tosse e agitação. 
o Potencializa a toxicidade hepática do acetaminofen. 
• Niquetamida 
o Derivado sintético da piridina. 
o Estimula a atividade quimiorreceptora nos corpos carotídeo e aórtico, estimulando de forma 
reflexa os centros respiratórios vasomotor e vagal. 
o Promove estimulação respiratória curta (seguida de depressão do SNC) e aumento da 
pressão arterial por ação no tronco cerebral. 
o Em grandes doses promove convulsões. 
o Tem efeito circulatório caracterizado por aumento da pressão arterial, precedido por uma 
breve diminuição. 
o É utilizada para estimular a respiração em casos de depressão excessiva do SNC. 
• Pentilenotetrazol 
o Não tem importância terapêutica em Veterinária. 
o Empregado nos estudos para avaliação de medicamentos ansiolíticos, como controle 
positivo; também é utilizado em estudos experimentais para triagem de fármacos 
anticonvulsivantes. 
o Talvez tenha ação estimulando os receptores GABAérgicos, inibindo seus efeitos. 
o É um potente estimulante do SNC e pode causar convulsões caracterizadas por movimentos 
clônicos assincrônicos generalizados. 
Estimulante Medular 
• O único representante é a estricnina, não empregada em Veterinária pela sua alta toxicidade. 
• Estricnina 
o Age de forma indireta, inibindo seletivamente a neurotransmissão inibitória. 
o É um bloqueador de receptores da glicina, provocando hiperpolarização dos motoneurônios 
e inibindo as células de Renshaw, responsáveis pela condução seletiva de impulsos 
excitatórios açternados para músculos antagônicos. 
o Em doses altas é um potente inibidor da liberação do GABA. 
o Provoca convulsões tônicas e simétricas em todos os músculos esqueléticos. 
o A morte pode ocorrer em consequência de paralisia medular ou por asfixia. 
Agentes Psicotrópicos 
• Não tem uso terapêutico em Veterinária, porém, os animais de companhia podem ser expostos a 
estas substâncias. 
Álcool Etílico 
• Produz efeitos euforizantes ou desinibidores no início da ingestão. 
• O uso prolongado leva à tolerância farmacocinética e à tolerância farmacodinâmica. 
• Pode ocorre tolerância cruzada com outras substâncias de ação central, como os anestésicos gerais. 
• Provoca dependência física e a sua retirada abrupta causa uma síndrome de abstinência 
característica, que se inicia por tremores acompanhados de náuseas, sudorese e ansiedade. 
• Podem ocorrer hiper-reflexia, vômitos, cólicas e alucinações visuais. 
Nicotina e Tabaco 
• Efeito farmacológico Intoxicação acidental 
o Taquicardia, Hipertensão, Midríase, Fasciculações, Fraqueza muscular. 
Ópio e Derivados 
• São capazes de induzir dependência física. 
• Um grau apreciável de tolerância em relação aos efeitos depressoresrespiratórios, sedativos, 
analgésicos, eméticos e euforizantes. 
• A retirada abrupta leva a uma severa síndrome de abstinência, cujos sinais iniciais se expressam por 
lacrimejamento, rinorréia e sudorese, seguidos por agitação, inquietação, alto nível de ansiedade, 
anorexia e, na fase final, piloereção, náuseas, vômitos, cólicas, fraqueza, contrações musculares 
súbitas e sudorese excessiva. 
• Pode ou não haver colapso cardiovascular. 
Canabinóides (Maconha) 
• Existem receptores para canabinóides no SNC. 
• Produz sedação, redução da agressividade, perda da motivação para executar tarefas e alucinações. 
Cocaína 
• Bloqueia o mecanismo de recaptura das catecolaminas (noradrenalina e dopamina), que causa 
excitação do SNC no início e, em seguida, depressão. 
• Atinge o SNC e produz estimulação cortical levando ao estado de euforia e bem-estar; redução da 
fadiga e aumento da capacidade de trabalho. 
LSD (Ácido Lisérgico) e derivados 
• Agonista de receptores serotoninérgicos centrais. 
• São capazes de produzir alucinações, ilusões, idéias paranoides, alterações de humor e pensamento 
similares a estados psicóticos. 
Catnip (Nepeta cataria) 
• Seu emprego é indicado em animais que ficam sozinhos por muito tempo ou apresentam sinais de 
depressão. 
• Apresenta efeitos psicotrópicos. 
• Suas folhas ou seu extrato, quando inalados, produzem sintomas similares aos da maconha e do LSD, 
ocorrendo alucinações visuais e auditivas.

Continue navegando