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Resumo de Farmacologia 2 P3

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Resumo de Farmacologia II – P3
Aula 1 – FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E NEUROLÉPTICOS – FÁBIO
· Ansiolíticos e Neurolépticos:
· São também denominados de tranquilizantes maiores e menores.
· São fármacos utilizados com o objetivo de diminuir a agitação e a hiperatividade.
· Aplicabilidade clínica: medicação pré-anestésica e contenção química.
· Contexto histórico:
· Vão agir sobre quatro diferentes vias da Dopamina no cérebro:
· Via nigroestriada;
· Via túbero-hipofisial;
· Via mesocortical;
· Via mesolímbica.
· Divididos em:
· Tranquilizantes maiores - neurolépticos, psicolépticos e antipsicóticos:
· Ação:
· Alteram a neurotransmissão dopaminérgica.
· Antagonistas dopaminérgicos (D2).
· Bloqueio do receptor pós-sináptico.
· Atuam também em receptores dopaminérgicos pré-sinápticos.
· De forma secundária pelo bloqueio de receptores noradrenérgicos e serotoninérgicos.
· Quatro grupos no total, mas são dois os grupos principais em MV:
· Fenotiazínicos (acepromazina, clorpromazina, levomepromazina);
· Butirofenonas (haloperidol, droperidol);
· Farmacocinética desses grupos:
· São absorvidos pelo trato gastrointestinal e por via parenteral
· Distribuem-se pelos tecidos, principalmente fígado, pulmões e encéfalo;
· Sofrem biotransformação (oxidação, hidroxilação, conjugação);
· São eliminados pela urina e fezes.
· Efeitos:
· Ações no Sistema Nervoso Central:
· No sistema mesocortical – atividade antipsicótica;
· No sistema tuberoinfundibular – hipersecreção de prolactina;
· Estado de indiferença aos estímulos exteriores;
· Sem efeito hipnótico;
· Sem perda da consciência;
· Potencialização do efeito de hipnóticos, anestésicos gerais, opióides e analgésicos anti-inflamatórios;
· Diminuição do limiar convulsivo, ou seja, aumenta as chances de convulsão.
· Efeito Antiemético.
· Ações no Sistema Cardiovascular:
· Ação direta sobre vasos sanguíneos e coração.
· Ação indireta sobre SNC e reflexos autonômicos
· Hipotensão, taquicardia reflexa, vasodilatação periférica, hipotermia.
· Efeitos colaterais:
· No Sistema Cardiovascular:
· Hipotensão com taquicardia reflexa;
· Contraindicações: animais desidratados, em choque, hipovolêmicos e epilépticos;
· Uso da acepromazina em equinos (relaxamento do músculo retrator do pênis).
· Usos clínicos:
· Pré-anestésico;
· Potencialização de analgesia (neuroleptoanalgesia);
· Antieméticos.
· Tranquilizantes menores – Ansiolíticos, calmantes, pscicoharmonizantes e estabilizadores emocionais:
· São classificados em 4 grupos:
· Propanodiólicos;
· Beta bloqueadores adrenérgicos;
· Benzodiazepínicos (diazepam e midazolam);
· Buspirona.
· Em MV são usados principalmente os benzodiazepínicos e mais recentemente a buspirona.
· Vão atuar sobre o Sistema Gabaérgico:
· GABA é sintetizado a partir do glutamato;
· Provocam a inibição da atividade neuronal;
· Existem dois tipos de receptores gabaérgicos:
· GABA A (o mais utilizado pelos fármacos) e GABA B.
· Farmacodinâmica:
· GABA A (ionotrópico): acoplados a canais de cloro, cuja abertura reduz a excitabilidade da membrana neuronal.
· Receptor GABA A possui 5 sítios de ligação distintos:
· GABA;
· Benzodiazepínico;
· Barbitúricos;
· Esteróides;
· Picrotoxina.
· GABA B (metabotrópico): responsáveis por inibição pré-sináptica.
· A abertura dos canais de potássio gera hiperpolarização, potencial inibitório pós-sináptico (PIPS).
· Farmacocinética - Benzodiazepínicos:
· São prontamente absorvidos pelo trato gastrintestinal.
· Ampla distribuição, atravessam a barreira hematoencefálica.
· Biotransformação hepática no sistema microssomal.
· Eliminação pela urina e metabólitos conjugados pelo ácido glicurônico.
· São 4 os efeitos principais dos benzodiazepínicos:
· Miorrelaxante;
· Ansiolítico;
· Hipnótico;
· Anticonvulsivante.
· Reversão de efeito benzodiazepínico:
· Antagonista: Flumazenil
· Para casos de administração excessiva de benzodiazepínicos.
· Na intoxicação por benzodiazepinicos ocorre sonolência profunda.
· É difícil ocorrer depressão de centros bulbares.
· Buspirona (tranquilizante menor):
· É indicada para cães e gatos;
· Tratamento de desordens comportamentais;
· Medos crônicos, ansiedade, fobias, comportamento agressivo e estereotipado.
· Mecanismo de ação:
· Ação agonista de receptores 5-HT 1A;
· Potencializa a ligação dos benzodiazepínicos com o seu receptor;
· Farmacocinética:
· É absorvida por via oral;
· Sofre efeito de primeira passagem hepática;
· Forma vários metabólitos ativos;
· Efeitos adversos:
· Bradicardia, distúrbios gastrintestinais;
· Uso na Medicina Veterinária:
· Principalmente para felinos com comportamento de marcação de território e quadros de agressividade.
· Em cães pode ser usado para controle da ansiedade e agressividade.
· Buspirona x Benzodiazepínico:
· Possui ausência de efeito sedativo;
· Maior margem de segurança;
· Requer maior tempo de uso para se verificar os efeitos benéficos.
· Agonistas Alfa2 adrenérgicos (tranquilizantes maiores):
· São os agonistas de receptores α2 adrenérgicos.
· Causam sedação, sono, incapacidade de reação, relaxamento muscular de ação central e analgésica.
· Fármacos:
· Xilazina;
· Detomidina;
· Medetomidina;
· Romifidina;
· Dexmedetomidina.
· Localização:
· Pré-sináptico: SNC;
· Pós-sináptico: músculo liso vascular periférico e no SNC;
· Efeitos:
· Inibição da liberação de noradrenalina e acetilcolina;
· Relaxamento do músculo liso vascular;
· Inibição simpática.
· Mecanismo de Ação:
· Atuam em receptores α2 adrenérgicos pré-sinápticos;
· Impedem a liberação do neurotransmissor por inibir o influxo de cálcio.
· Farmacocinética:
· Após administração parenteral são rapidamente distribuídos por todos os tecidos principalmente o SNC.
· Biotransformação ocorre no Sistema Nervoso Central.
· Ruminantes são mais sensíveis à molécula, portanto recomenda-se uso de doses reduzidas.
· Eliminação se dá por via renal.
· Efeitos esperados:
· Efeitos no Sistema Nervoso Central:
· Sedação, hipnose, analgesia, relaxamento muscular, ataxia, depressão do centro vasomotor (funções circulatórias) e aumento do tono vagal (regulação emocional, comunicação, interação e manejo do estresse).
· Efeitos no Sistema Cardiovascular:
· Hipotensão, bradicardia, aumento transitório da pressão arterial;
· Efeitos no Sistema Respiratório:
· Redução da frequência respiratória e relaxamento musculatura lisa;
· Analgesia /Modulação da dor (dor visceral).
· Outros efeitos periféricos:
· Diminuição da secreção do hormônio antidiurético, consequente aumento da diurese;
· Diminuição na secreção de insulina, consequente hiperglicemia;
· Hipomotilidade.
· Reversão de efeito:
· Antagonistas: Atipamezole e Ioimbina.
· Administração em excesso dos α2 adrenérgicos;
· Na ocorrência de complicações após a administração destes.
· Usos clínicos:
· Contenção de animais;
· Promoção de analgesia;
· Miorrelaxamento de ação central;
· Pré anestésicos;
· Neuroleptoanalgesia.
Aula 2 – ANTICONVULSIVANTES E ANTIDEPRESSIVOS – FÁBIO
· Aplicações:
· Controle de convulsões induzidas por diferentes causas;
· Ex. Neoplasias, problemas nutricionais, infecções, epilepsia.
· Difícil seleção do fármaco em função da falta de precisão na classificação dos diferentes tipos;
· Em humanos: Fármacos utilizados para tratamento do pequeno mal epilético (crise de ausência) podem não ser tão eficazes no tratamento do grande mal (generalizadas).
· Convulsão:
· Qualquer descarga elétrica anormal ocorrida no cérebro. É associada, geralmente, a um padrão motor (movimentos convulsivos).
· Crise de ausência: é uma forma de epilepsia => a pessoa interrompe o seu raciocínio de repente e retorna a ele momentos depois sem notar o que aconteceu.
· O eletroencefalograma (ECG) mede a atividade coletiva dos neurônios, juntamente com a sua sincronização:
· Alta Frequência: há muita onda de altura (amplitude) baixa. Representa um estado desorganizado do cérebro, característico de momento em que o organismo está acordado e se concentrando em várias coisas ao mesmo tempo – Baixa sincronização.
· Alta Amplitude: há menos ondas, mas elas possuemuma altura mais alta. Representa um estado onde os neurônios pulsam de maneira sincronizada. Estágio 4 do sono não-REM – Alta sincronização.
· Se as duas grandezas estiverem altas, veremos várias ondas de altura (amplitude) grande e estará caracterizado um Estado Convulsivo. 
· Causas de convulsões:
· Causas Extracranianas:
· Externamente ao corpo => agentes tóxicos: chumbo, organofosforados.
· Internamente ao corpo => hipoglicemia, doença hepática.
· Causas Intracranianas:
· Doenças progressivas => inflamação: meningoencefalite, neoplasias, problemas nutricionais (deficiência de tiamina), infecções (peritonite infecciosa felina, criptococose, cinomose), distúrbios anômalos (hidrocefalia), traumatismo, doenças vasculares;
· Doenças não progressivas => epilepsia verdadeira: hereditária, adquirida ou idiopática.
· Classificação das crises convulsivas:
· Crises generalizadas brandas:
· Epilepsia idiopática em Poodles;
· Distúrbios metabólicos e tóxicos;
· Alterações motoras em todos os membros, musculatura da cabeça e pescoço, sem perda de consciência;
· Aura => locais para se abrigar ou proprietário;
· Variam de 1 a 10 minutos;
· Exaustão e vômitos.
· Crises generalizadas graves:
· Epilepsia idiopática ou verdadeira na maioria das raças e de cães e gatos;
· Distúrbios metabólicos e tóxicos;
· Crises tônico-clônicas (Grande mal);
· Perda da Consciência;
· Sialorréia abundante, contrações mandibulares seguidas de contrações dos membros e face, vocalização;
· Variam de 30 a 90 segundos;
· Fase pós-ictal: alguns minutos a uma hora: exaustão, desorientação, sonolência ou hiperatividade, sede, fome.
· Convulsão parcial:
· Focal – apenas uma região do cérebro:
· Lobo frontal ou temporal ou occipital ou parietal.
· Lesão traumática, infecção, neoplasia
· Convulsão parcial do lobo frontal ou focal motora: contrações do lado oposto do lobo frontal afetado, a cabeça pode desviar-se para o local da descarga
· Convulsão parcial do lobo temporal ou psicomotora:
· Comportamento anormal com desorientação, confusão mental ou agressividade
· Convulsão psíquica ou de lobo temporal ou occipital: alterações comportamentais => alucinações (caçar moscas) Schnauzers e King Charles Spaniels.
· Convulsão do lobo parietal ou automutilação: automutilação, eletroencefalograma anormal, responsivos à terapia anticonvulsivante.
· Convulsão do sistema límbico ou hipotalâmica: vômitos e diarreia crônica, espículas nos traçados eletroencefalográficos e melhora com anticonvulsivantes.
· Aplicações clínicas:
· Objetivo: erradicar toda atividade convulsiva => raramente alcançado;
· Reduzir a gravidade, frequência e a duração das convulsões para um patamar aceitável;
· Tratamento imediato de curta duração => estado epilético, convulsões múltiplas, toxicidades;
· Tratamento crônico => tratamento da epilepsia com maior frequência de convulsões 1 a cada 4 a 6 semanas;
· Contraindicados para convulsões de origem extracranianas;
· Em caso de doenças intracranianas progressivas => tratamento da causa Primária.
· Fármacos Anticonvulsivantes:
· Eficácia terapêutica dependente tanto de fatores farmacodinâmicos quanto farmacocinéticos;
· A meia-vida varia consideravelmente entre as espécies;
· Poucos fármacos usados em humanos são adequados para o uso em cães e gatos por exemplo;
· Ausência de muitos estudos farmacocinéticos especialmente em gatos;
· A convulsão pode ocorrer devido a uma estimulação excessiva ou falta de inibição do SNC:
· Inibidores da estimulação:
· Bloqueadores de glutamato – estimulante geral do SNC;
· Bloqueadores de canais de sódio – inibe o Potencial de Ação;
· Bloqueadores de canais de cálcio tipo T – inibe a liberação de neurotransmissores excitatórios.
· Estimuladores da inibição:
· Agonistas de receptores GABA (mais usados em MV).
· Fenobarbital:
· Seguro, eficaz e barato;
· Tratamento crônico de convulsões;
· Amplo espectro;
· Eficaz em 60-80 % dos casos;
· Suprime a atividade convulsiva em doses subhipnóticas;
· Aumenta o limiar convulsivo;
· Diminui a propagação da descarga;
· Mecanismo de ação:
· Aumento da afinidade do GABA A pelo receptor com maior tempo de abertura do canal de Cl-;
· Só desempenha sua função na presença de GABA – baixo perigo de intoxicação;
· GABA A presente em 90% das sinapses gabaérgicas do SNC;
· Interação com receptores de glutamato reduzindo a excitabilidade neuronal;
· Inibição de canais de Ca2+ dependentes de voltagem;
· Ligação ao sítio da picrotoxina nos canais de cloreto;
· Estimulam a via enzimática P450 – biometabolização hepática.
· Farmacocinética:
· Rapidamente absorvido pela via oral;
· Biodisponibilidade alta (86 a 96 %);
· Pico de concentração plasmática em 4-6 h;
· Menor solubilidade lipídica que outros barbituratos;
· Após injeção IV, concentração terapêuticas em 15 a 20 min;
· Biotransformação hepática, 25 % excretados inalterados na urina;
· Meia-vida 30 a 90 h em cães e 3 a 83 h em gatos;
· Steady state em 18 dias;
· Concentrações séricas desejadas em cães de 15-45 μg/mL e gatos 10-30 μg/mL.
· Efeitos adversos:
· Sedação, Ataxia;
· Poliúria => inibição do Hormônio antidiurético;
· Polifagia, ganho de peso => supressão do centro da saciedade no hipotálamo;
· Tolerância a estes efeitos após 2-4 semanas de tratamento;
· Sedação mais grave em gatos;
· Hiperatividade em cães => aumentar a dose;
· Baixa hepatotoxicidade em cães e gatos => monitorar;
· Indução enzimática hepática.
· Interações medicamentosas:
· Indução P450, interação com digoxina, glicocorticóides, fenilbutazona;
· Fármacos que inibem as enzimas microssomais hepáticas (cimetidina);
· Prejudica a absorção da griseofulvina (antifúngico).
· Primidona:
· Derivado barbitúrico;
· Sem vantagens sobre o fenobarbital;
· Maior incidência de efeitos comportamentais adversos em cães;
· Maior potencial de hepatotoxicidade;
· Possível uso em casos refratários (sem comprovação).
· Brometo:
· Primeiro anticonvulsivante e o único até 1912;
· Inicialmente usado em associação com fenobarbital para tratar epilepsias refratárias;
· Utilizado em pacientes com disfunção hepática ou convulsões moderadas;
· Indicado para proprietários não cooperativos => meia-vida longa;
· Mecanismo de ação:
· Não completamente entendido;
· Possível hiperpolarização da membrana por competição com o Cl-.
· Farmacocinética:
· Absorção por via oral;
· Pico de absorção após 1,5 h;
· Não sofre metabolismo hepático;
· Não afeta as enzimas hepáticas;
· Meia-vida em cães 24,9 dias em gatos 12 dias;
· Steady state em 3 a 4 meses em cães e 2 meses em gatos;
· Eliminação lenta com alta taxa de reabsorção renal.
· Efeitos adversos:
· Intoxicação => polifagia, êmese, anorexia, constipação, prurido, dor muscular, sedação e fraqueza dos membros posteriores;
· Asma (podendo ser fatal) em felinos;
· Ataxia e sedação maior frequência em cães;
· Interações medicamentosas:
· Alimentos à base de cloreto, diuréticos de alça, suplementos alimentares.
· Benzodiazepínicos:
· Diazepam: tratamento de primeira escolha para o tratamento do estado epilético;
· Limitações no uso crônico => metabolismo de primeira passagem, desenvolvimento rápido e tolerância e meia-vida relativamente curta;
· O Diazepam aumenta a frequência de abertura do canal de Cl-, os barbitúricos aumentam o tempo de abertura.
· Clonazepam: mais potente e maior duração => indução enzimática;
· Associação com fenobarbital para pacientes refratários.
· Fenitoína:
· Limitado uso em cães ou gatos => meia-vida curta;
· Toxicidade em felinos, mas existem poucos estudos;
· Mecanismo de ação:
· Bloqueio de canais de sódio dependentes de voltagem.
· Carbamazepina:
· Faltam estudos clínicos apropriados de sua eficácia em cães e gatos;
· Mecanismo de ação semelhante à fenitoína.
· Outros anticonvulsivantes:
· Ácido valpróico;
· Felbamato;
· Gabapentina;
· Zonisamida.
· Fármacos antidepressivos:
· Aplicações na medicina veterinária:
· Programas de modificação de comportamento;
· Gatos: protocolo de tratamento de distúrbios ligados à ansiedade;
· Comportamento de marcação;
· Agressividade entre gatos;· Agressividade causada pelo medo;
· Autolimpeza e/ou lambedura nos transtornos obsessivos compulsivos;
· Cães: agressividade de dominância;
· Agressividade causada pelo medo;
· Ansiedade de separação;
· Transtornos obsessivos-compulsivos;
· Medos e fobias.
· Fármacos antidepressivos:
· Antidepressivos tricíclicos;
· Aminas terciárias amitriptilina, clomipramina, doxepina, imipramina;
· Aminas secundária: desipramina, nortriptilina.
· Mecanismo de ação:
· Bloqueio da recaptação de noradrenalina e serotonina;
· Possuem atividade antagonista muscarínica, alfa-adrenérgica e anti-histamínica.
· Farmacocinética:
· Rapidamente absorvidos pela via oral;
· Alta ligação à proteínas plasmáticas (90 a 95 %);
· Biotransformação hepática.
· Efeitos adversos:
· Letargia ou sedação de curta duração, alterações de apetite, vômitos moderados;
· Doses altas => efeitos colaterais anticolinérgicos;
· Sedação (efeito anti-histamínico);
· Boca seca;
· Constipação;
· Taquicardia;
· Ataxia;
· Redução da produção de lágrima;
· Midríase.
· Inibidores seletivos da recaptação de Serotonina:
· Menos efeitos colaterais;
· Fluoxetina, Fluvoxamina, Paroxetina, Sertralina, Citalopram.
· Farmacocinética:
· Boa absorção por via oral;
· Metabolização hepática.
· Efeitos adversos:
· Sedação branda;
· Redução temporária do apetite;
· Aumento da ansiedade;
· Redução da motivação sexual;
· Enjoos, letargia, perda de peso, tremores e agitação em humanos.
· Inibidores da MAO:
· Selegilina – Inibidor reversível da MAO B (que degrada Dopamina);
· Aplicações:
· Gatos idosos apresentando ansiedade e distúrbios dos ciclos de sono e vigília e vocalização excessiva associada ao envelhecimento;
· Transtornos de ansiedade generalizada, lambedura compulsiva e diversos tipos de agressividade;
· Síndrome da disfunção cognitiva em cães idosos.
· Efeitos adversos:
· Comportamentos estereotipados com doses excessivas;
· Efeitos gastrointestinais: vômitos e diarreia;
· Redução da libido;
· Hiperatividade ou inquietação;
· Tremores;
· Prurido, hipersalivação, anorexia, audição reduzida, cansaço;
· Interação com opióides – não bem esclarecido podendo ser fatal.
Aula 3 – ANESTÉSICOS – FÁBIO
· História da anestesia cirúrgica:
· Abolição da dor: derivados do ópio, bebidas alcoólicas, maconha, haxixe etc.
· Cirurgia => contenção física;
· Início do século XIX - Horace Wells: propriedades analgésicas do óxido nitroso;
· Willian Morton (1846) => Éter;
· James Simpson (1846) => clorofórmio => dor do parto;
· 1853 – John Snow - Sétimo filho da rainha Vitória;
· Anestésicos inalatórios => inflamáveis, explosivos, alta mortalidade;
· 1855 – Wood: Invenção da agulha hipodérmica;
· 1872 – Oré: Hidrato de Cloral em humanos;
· 1875 – Humbert: Utilização na medicina veterinária;
· Década de 50: Halotano;
· Década de 60: Quetamina – sem depressão cardiorrespiratória e analgesia;
· Década de 70: Metomidato e etomidato;
· Década de 80: Propofol.
· Anestesia:
· Características:
· Hipnose;
· Analgesia;
· Ausência de respostas reflexas autonômicas frente ao estímulo nociceptivo;
· Relaxamento muscular.
· Mecanismo de ação dos fármacos anestésicos:
· “Substâncias diversas”;
· Diferentes mecanismos.
· Solubilidade lipídica:
· Overton e Meyer – Relação entre a potência anestésica e a solubilidade lipídica:
· 1937 – “A narcose começa quando qualquer substância indiferente quimicamente tenha alcançado determinada concentração molar nos lipídeos da célula”.
· Não é bem assim. Existem outros fatores que interferem.
· Potência anestésica:
· CAM = Concentração alveolar mínima;
· “ Quantidade necessária para abolir a resposta cirúrgica em 50 % dos indivíduos”.
· Locais anatômicos:
· Áreas do SNC mais sensíveis aos Anestésicos Gerais;
· Inconsciência e analgesia: formação reticular mesencefálica, núcleos talâmicos sensitivos e córtex cerebral;
· Amnésia: hipocampo e córtex cerebral;
· Perda de reflexos: medula espinhal.
· Efeitos nos canais iônicos:
· Receptores GABA A - Maioria (exceção quetamina):
· Voláteis => interface subunidade α e β
· Intravenosos => subunidade β
· Canais de K+ com domínio de dois poros;
· Anestésicos inalatórios;
· Receptores NMDA:
· Quetamina, óxido nitroso, xenônio;
· Bloqueiam o poro do receptor de glutamato, impedindo a ligação;
· Outros tipos: glicina, nicotínicos, 5-HT, canais de K+, canais de Na+.
· Anestésicos intravenosos:
· Barbitúricos:
· Características gerais:
· Potente ação hipnótica;
· Baixa ação analgésica;
· Depressão respiratória;
· Podem induzir arritmias – sensibilização às catecolaminas;
· Redução do débito cardíaco.
· Diferentemente dos benzodiazepínicos, não depende da presença do GABA.
· Pode causar overdose => usado em suicídios e homicídios.
· Tiopental:
· Ultracurta duração;
· Altíssima lipossolubilidade;
· Rápida indução e recuperação;
· Redistribuição:
· Cérebro, coração rins, etc => indução;
· Músculos estriados e pele => recuperação;
· Tecido adiposo => ressaca.
· Utilizado apenas para indução;
· Injeção acidental fora da veia (substância alcalina), necrose tecidual;
· Age no GABA A aumentando o tempo de abertura do canal de Cl-.
· Compostos Imidazólicos:
· Etomidato:
· Poucos efeitos cardiovasculares;
· Rápida metabolização (menos ressaca);
· Farmacocinética:
· 75 % de ligação a proteínas plasmáticas -rápida indução e recuperação-redistribuição, hidrólise por enzimas microssomais hepáticas e esterases plasmáticas
· Mecanismo de ação:
· Interação com o receptor GABA A, possivelmente aumentando o número de receptores disponíveis
· Efeitos indesejáveis:
· Dor à injeção, mioclonias, excitação e vômitos frequentes.
· Mímica de vômito, associação com midazolam e metoclopramida
· Supressão adrenocortical.
· Alquil-fenois:
· Propofol:
· Fármaco mais utilizado para indução;
· Indução rápida e recuperação rápida;
· Metabolização hepática => hidroxilação seguida de glicuronidação e sulfatação (menos ressaca);
· Pode ser administrado em infusão contínua para manutenção;
· Mecanismo de ação:
· Potencialização da ação do GABA e indução da corrente de Cloreto.
· Efeitos:
· Baixa analgesia;
· Relaxamento muscular moderado;
· Depressão respiratória;
· Hipotensão sistêmica;
· Bradicardia;
· Síndrome da infusão de Propofol 1 a cada 300: grave acidose metabólica, necrose da musculatura esquelética, hipercalemia, hepatomegalia, falência renal, arritmia, colapso cardiovascular.
· Derivados da Fenciclidina:
· Mecanismo de ação:
· Bloqueio da recaptação de monoaminas, bloqueio do receptor NMDA, agonistas de receptores opióides – aumento da atividade motora por causa do aumento da concentração cerebral de Serotonina e Dopamina;
· Ação anestésica depende do córtex funcional;
· Perda sensorial e analgesia sem perda da consciência;
· Depressão talâmica e centros da dor, pouca depressão do sistema reticular mesencefálico e ativação de áreas subcorticais e hipocampo;
· Efeitos:
· Ausência de relaxamento muscular;
· Sialorreia;
· Taquicardia;
· Analgesia sistema muscular esquelético;
· Delírios e alucinações;
· Pode induzir depressão respiratória;
· Aumento da pressão arterial e taquicardia, pressão intracraniana.
· Quetamina:
· Indução rápida- 10 a 15 min (via intramuscular ou subcutânea);
· Ação rápida- redistribuição;
· Biotransformação hepática;
· Midazolam:
· Benzodiazepínico;
· Menor risco de depressão respiratória e cardiovascular;
· Endoscopia;
· Neuroleptoanalgesia:
· Droperidol (antagonista dopaminérgico) + fentanil.
· Anestésicos Inalatórios:
· São os agentes anestésicos usados para a manutenção anestésica;
· Medidas farmacológicas de anestésicos inalatórios:
· Coeficiente de partição sangue : gás;
· Coeficiente de partição óleo : gás;
· Concentração alveolar mínima (CAM);
· Dose;
· Influência a velocidade de indução e recuperação;
· Relacionado a potência do anestésico;
· Determina a potência;
· Determinada como um múltiplo da CAM.
· O coeficiente de partição sangue:gás (Cs/g): inversamente proporcional a velocidade de indução e recuperação:
· Alto (Cs/g) = lenta indução e recuperação;
· Baixo (Cs/g) = rápida indução e recuperação;· Um coeficiente de partição alto implica numa indução mais lenta. O anestésico terá mais dificuldade de deixar o sangue e atingir o tecido.
· (Cs/g) vs. tempo de indução: O Coeficiente de partição óleo:gás (Co/g) é diretamente proporcional a potência:
· Alto (Co/g) = maior potência;
· Baixo (Co/g) = menor potência.
· Concentração Alveolar Mínima (CAM):
· Concentração mínima necessária de um anestésico geral inalatório abolir a resposta a incisão cirúrgica em 50% dos indivíduos.
· Reflete a concentração alveolar do anestésico;
· Quanto menor a CAM maior é a potência do anestésico.
· Coeficiente de partição sangue:gás:
· Indução e recuperação:
· Sevofluorano = 0,69
· Desfluorano = 0,42
· Halotano = 2,5
· Coeficiente de partição óleo:gás
· Um coeficiente de óleo:gás alto implica numa maior potência. Alta lipossolubilidade => absorção, mas rápida/requer uma menor quantidade de fármaco.
· Potência, tempo de recuperação;
· Efeito da concentração – óxido nitroso;
· Efeito de segundo gás;
· Hipóxia de difusão;
· Fatores que influenciam a captação, distribuição e eliminação:
· Ventilação pulmonar => depressão respiratória
· Débito cardíaco
· Halotano:
· Farmacocinética: 60 a 80 % eliminados inalterados nas primeiras 2 horas;
· Biotransformação: Citocromo P450 – hepatotóxico;
· Relaxamento pronunciado do útero- limitações obstétricas;
· Enfluorano:
· 80 % recuperados inalterados;
· 2 a 5 % biotransformados no fígado;
· Coeficientes de partição sangue:gás e óleo:gás mais baixos que o halotano;
· Pró-convulsivante (pacientes epilépticos);
· Isofluorano:
· Baixa biotransformação hepática, ausência de toxicidade renal e hepática;
· Mais comumente utilizado;
· Potente vasodilatador coronariano, pode exacerbar a isquemia em pacientes com doença coronariana;
· Desfluorano:
· Menor solubilidade no sangue e na gordura- efeitos mais rápidos
· Não é consideravelmente metabolizado
· Irritação do trato respiratório => tosse, broncoespasmo.
· Sevofluorano:
· Rápida eliminação dos metabólitos (íon fluoreto) – baixa toxicidade hepática ou renal;
· Efeitos gerais:
· Sistema nervoso Central:
· Redução do metabolismo cerebral (isofluorano > halotano)
· Aumento do fluxo sanguíneo cerebral => vasodilatação => aumento da pressão intracraniana (halotano > isofluorano)
· Sistema cardiovascular:
· Diminuição da pressão arterial => vasodilatação, queda do débito cardíaco, diminuição do tônus do sistema nervoso simpático;
· Efeitos mais acentuados com halotano e enfluorano;
· Sensibilização do miocárdio aos efeitos das catecolaminas Arritmias – maiores efeitos com halotano.
· Sistema respiratório:
· Depressão respiratória;
· Depressão da atividade dos quimiorreceptores.
· Sistema neuromuscular:
· Relaxamento da musculatura esquelética por mecanismos centrais e periféricos.
Aula 4 – MODELOS ANIMAIS PARA AVALIAÇÃO DE FÁRMACOS – FÁBIO
· Modelo animal ideal:
· Fenótipo semelhante;
· Causa comum;
· Fisiopatologia semelhante;
· Resposta semelhante ao tratamento;
· Agudo;
· Baixa variabilidade.
· Tipos de validade dos modelos animais:
· Validade Preditiva: mesmas respostas farmacológicas;
· Validade de Construção: similaridade na fisiopatogenia;
· Validade Etiológica: mesma etiologia;
· Validade de Face (fenomenológica): sintomas similares.
· Tipos de modelo animal:
· Modelos etológicos => Estresse social crônico;
· Modelos farmacológicos => Reversão dos efeitos da Reserpina;
· Modelos genéticos => “Flinders sensitivy line”.
· Existem diferentes linhagens de animais produzidas em laboratório e cada uma delas apresenta uma característica que a torna interessante para um experimento específico. Várias delas são testadas para determinação dos efeitos do fármaco e também dos efeitos adversos.
· Fatores que influenciam a experimentação animal:
· Condições do animal;
· Ambientação;
· Ambiente;
· Pesquisador;
· Automação x Observação Direta: pode produzir resultados diferentes devido à subjetividade do observador contra a objetividade de um outro método.
· Ética na experimentação animal:
· “International guiding principles for biomedical research involving animals” (CIOMS) – Genebra, 1985.
· Espécie e qualidade apropriada e em um número mínimo para obter resultados válidos cientificamente.
· Evitar ou minimizar o desconforto, estresse e dor intensa nos animais.
· Lei 11794 de 8 de outubro de 2008: “Regulamenta o inciso VII do § 1º do art.225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei no 6.638, de 8 de maio de 1979; e dá outras providências”.
· Art. 4º: Fica criado o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal – CONCEA.
· Art. 8º: É condição indispensável para o credenciamento das instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais a constituição prévia de Comissões de Ética no Uso de Animais – CEUAs.
· Atividades testadas e tipos de testes:
· Atividade exploratória:
· Teste do campo aberto:
· Número de quadrados percorridos;
· Número de levantamentos;
· Número de episódios de autolimpeza;
· Tempo total de autolimpeza;
· Tempo de inatividade;
· Número de bolos fecais.
· Placa perfurada;
· Teste da roda giratória;
· Teste da chaminé.
· Atividade hipno-sedativa:
· Teste de indução de sono por barbitúrico.
· Atividade ansiolítica:
· Teste do labirinto em cruz elevado:
· % de entradas e tempo nos braços abertos;
· Número de entradas nos braços fechados;
· Tempo na plataforma central;
· Número de levantamentos;
· Número de estiramentos;
· Número de imersões de cabeça;
· Número de bolos fecais.
· Teste de esconder esferas:
· Número de esferas escondidas em 30 minutos;
· Teste da caixa claro-escuro:
· Número de cruzamentos entre as áreas;
· Tempo despendido em cada compartimento;
· Latência para o primeiro cruzamento;
· Atividade ansiolítica.
· Atividade antidepressiva:
· Teste da natação forçada:
· Tempo de imobilidade;
· Latência para imobilidade;
· Climbing;
· Swimming.
· Teste de suspensão pela cauda:
· Tempo de imobilidade;
· Latência para imobilidade;
· Estresse crônico moderado;
· Estresse crônico social.
· Atividade antipsicótica:
· Teste da catalepsia;
· Estereotipia induzida por apomorfina.
· Esquiva ativa:
· Comportamento de esquiva (perdido sob efeito de neurolépticos);
· Comportamento de fuga.
· Antagonistas NMDA (Fenciclidina, quetamina).
· Atividade anticonvulsivante:
· Teste de convulsões induzidas por pentilenotetrazol (crises de ausência);
· Avaliação por 20 min;
· Latência para a primeira convulsão;
· Duração das crises;
· Número de mortes.
· Teste de convulsões induzidas por Eletrochoque (crises de tônico-clônicas generalizadas):
· Choque auricular 0,5 mA/ frequência 150 pulsos/s – duração 0,5 s.
· Número de animais que apresentam convulsões tônicas;
· Tempo de flexão e extensão das patas;
· Número de mortes.
· Modelo do abrasamento (Kidling):
· Tratamento diverso com estímulos subconvulsivante por 15 dias (PTZ, eletrochoque). Epilepsia do lobo temporal, ausência.
· 0 = Nenhum comportamento convulsivo;
· 1 = Abalos mioclônicos;
· 2 = Crises clônicas sem perda do reflexo de endireitamento;
· 3 = Crises clônicas com perda do reflexo postural;
· 4 = Extensão tônica das patas posteriores;
· 5 = Extensão tônica com morte;
· Modelos para avaliação de drogas que alteram o processo Aprendizado-Memória:
· Teste de Reconhecimento de Objetos:
· Uma menor exploração dos objetos novos pode estar relacionado a um déficit de memória/aprendizado.
· Labirinto Aquático:
· Tempo/ trajetória para encontrar a plataforma;
· Tempo/ trajetória no quadrante onde está a plataforma.
· Labirinto de Barnes.
· Doenças neurodegenerativas:
· Doença de Alzheimer:
· Indução de hiperexpressão de APP em Camundongo Tg2576:
· Aumento cortical e hipocampal de β-amiloide a partir dos 5 meses de idade.
· Aumento de β-amiloides a partir de 13 meses de idade.
· Doença de Parkinson:
· Método da 6-OHDA:
· Administração unilateral de 6-OHDA;
· Administração de fármacos antiparkinsonianos.
Aula 5 – MEDIADORES INFLAMATÓRIOS (CONTINUAÇÃO DA P2) – FRED
· Antipiréticos e analgésicos:· Derivado do p-acetoaminofenol: Paracetamol;
· Derivado pirazolônico: Dipirona.
· Importância:
· Diferente dos AINEs, os fármacos acima não inibem a agregação plaquetária.
· Mecanismo de ação:
· Não se sabe como os analgésicos inibem a COX-1 e a COX-2 sem causar os efeitos dos anti-inflamatórios.
· O Paracetamol depende da ativação de primeira passagem hepática (P450) onde é convertido a p-aminofenol. Essa substância vai até o SNC onde é conjugado se tornando 4-araquidonoilfenolamina (AM404). Esse composto não atua diretamente nos receptores canabinóides, mas através de uma ação indireta, leva ao aumento da concentração de canabinóides endógenos e à diminuição da entrada de Anandamida que levaria à ativação de nociceptores.
· Atua principalmente sobre o receptor canabinóide CB-1 provocando analgesia, antipirese/hipotermia.
· AIEs – Anti-inflamatórios esteroidais:
· Possuem todas as capacidades dos AINEs além da imunossupressão que esses últimos não possuem;
· Mecanismo de ação:
· Atuam em nível nuclear, controlando a expressão de genes e a produção de mediadores (citocinas);
· Estímulos antigênicos causam lesão tecidual e a liberação de citocinas como as IL-1, TNF-alfa etc. Essas citocinas ativam a Fosfolipase A2 desencadeando a cascata do ácido araquidônico que dará origem a fatores inflamatórios. Os AIEs atuarão sobre a produção/liberação dessas citocinas.
· Além disso, os AIEs induzem às células a produzir Lipocortina, uma substância que inibe a Fosfolipase A2, provocando uma inibição maior ainda.
· Os AIEs podem inibir a COX direta ou indiretamente.
· Existem dois receptores para glicocorticoides, um é um monômero e o outro é um dímero. Os efeitos vão variar de acordo com o receptor estimulado.
· O tratamento prolongado com glicorticoides pode causar inibição do eixo H-H-Adrenal por meio de um feedback negativo – atrofia do córtex da adrenal onde são produzidos os glicocorticoides endógenos.
· Métodos experimentais para a avaliação de fármacos analgésicos e anti-inflamatórios:
· Só se utilizam machos – menor variação que nas fêmeas, que são influenciadas pelo ciclo hormonal.
· Teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético (é um teste de triagem => não indica o mecanismo => só mostra que houve a anti-nocicepção):
· Veículo: meio onde está a droga;
· N = 5;
· São usadas doses diferentes para avaliação do efeito;
· Grupo controle: se utiliza um fármaco com eficiência comprovada contra o efeito testado como a Indometacina ou a Dexametasona.
· Em t = -60 minutos é administrada a solução contendo a droga a ser testada;
· Em t = 0 a solução de ácido acético é administrada na cavidade peritoneal, causando dor;
· Se o animal sentir dor, ele se contorcerá e o número de contorções será contado pela próxima meia-hora.
· Quanto menos contorções, melhor será a ação do fármaco.
· Teste da Formalina:
· Em t = -60 a droga a ser testada é administrada no animal;
· Em t = 0 o formaldeído é administrado, causando a dor neurogênica;
· Em t = 5 minutos, os mediadores da dor neurogênica acabam e o animal fica sem dor;
· Em t= 15 minutos, os mediadores da dor inflamatória já foram produzidos e causam uma nova sensação de dor.
· A droga testada age sobre o tempo entre a dor neurogênica e a síntese de mediadores inflamatórios que causarão a dor inflamatória. Quanto melhor for o fármaco, maior será o tempo de formação desses mediadores (Delta T na figura), já que a função deles (dos fármacos) é inibir a inflamação.
· Dor neurogênica: causada por mediadores já formados – CGRP, substância P etc.
· Dor inflamatória: causada por mediadores produzidos pós-estímulo nociceptivo – Bradicinina, Prostaglandinas etc – alvo do teste.
· Teste de atividade anti-edematogênica:
· Em t = -60 min a droga a ser testada é administrada no animal;
· Em t = 0 são administrados óleo de cróton (substância que causa edema) na orelha direita do animal e acetona na orelha esquerda (controle);
· Após 5 horas o animal é eutanaziado e as suas orelhas são cortadas e pesadas. A diferença entre o peso das duas vai indicar a eficiência do fármaco.
· Teste de atividade anti-inflamatória:
· Substâncias que inibem a migração de leucócitos.
· Pleurisia induzida por Carragenina:
· Em t = -60 a droga a ser testada é administrada;
· Em t = 0 a Carragenina é administrada na cavidade torácica;
· Após 4 horas o animal é eutanaziado, faz-se uma lavagem pleural com coleta do lavado para a contagem dos leucócitos ao microscópio.
· Testes de analgesia central:
· Tail-flick:
· Completar
Aula 6 – FÁRMACOS QUE INFLUENCIAM A FUNÇÃO GASTRINTESTINAL – FRED
· Secreção ácida gástrica:
· Ou se diminui o volume dessa secreção ou se neutraliza o que é secretado;
· Na figura: Bomba de prótons (H+/K+ ATPase) (B) mais o carreador simporte K+ e Cl- (C) e um antiporte Cl-/HCO3- (A): 
· A Acetilcolina se liga ao receptor M1 ou M3 (PTN Gq) e estimula a atividade da bomba de prótons;
· A Gastrina se liga ao receptor CCK (PTN Gq), aumentando o cálcio intracelular, o que estimula a bomba.
· A Gastrina tem origem nas células G presentes no ID;
· O Etanol estimula a liberação de gastrina e diminui a proteção do muco sobre a mucosa estomacal.
· A Histamina atua sobre o receptor H2 (PTN Gs) e estimula (muito) a bomba de prótons. A Histamina vem da Célula Enterocromafim (CES) que é estimulada pela Gastrina (a Gastrina possui uma ação direta e uma indireta). A Acetilcolina também estimula a CES a liberar Histamina.
· Na célula produtora de muco, temos a ação da Acetilcolina (M1) e das prostaglandinas PGE2 e PGI2 que se ligam aos receptores EP2 e IP2 além de agirem inibindo a bomba de prótons na célula parietal (receptor Gi).
· A PGE2 e a PGI2 são originadas pela COX 1 – constitutiva.
· A Somatostatina inibe a célula G e a CES ao perceber uma elevada acidez no ID. É produzida pela célula D.
· Mecanismos físico-químicos:
· Utilizam-se substâncias que neutralizem o suco gástrico.
· Todas causam “rebote ácido”;
· Substâncias:
· NaHCO3;
· Mg (OH)2;
· Ca (OH)2;
· Al (OH)3 – melhor opção.
· Mecanismo de ação – NaHCO3:
· A formação de CO2 no estômago vai distender a parede do órgão, provocando a liberação de mais gastrina – falsa sensação de enchimento.
· Rebote ácido: o uso de bases vai aumentar o pH no intestino e a célula D (que produz Somatostatina) não vai agir inibindo a célula G e a CES que vão passar a atuar sobre a bomba de prótons estimulando-a sem serem moduladas pela Somatostatina. Haverá uma superestimulação da bomba e uma queda excessiva do pH.
· Se muito NaHCO3 for usado, poderá haver alcalose por reabsorção do excesso de bicarbonato presente no intestino.
· O Mg (OH)2 reage no estômago formando o sal MgCl2. Esse composto vai para o intestino e reage com 2 NaHCO3 formando MgCO3 que é hidrofílico, atrairá agua para a luz intestinal e terá efeito laxativo – laxante por osmose.
· O Ca (OH)2 reage com 2 HCl produzindo CaCl2 no estômago. No intestino vai produzir CaCO3, um sal que tende a se depositar no tubo digestório tornando o bolo fecal mais consistente o que pode levar à constipação.
· Pode ser usado para controlar o efeito laxativo do Mg (OH)2 se usado concomitantemente.
· Sucralfato: promovem uma cicatrização da úlcera estomacal devido à propriedade adstringente do íon Al+3.É usada para aumentar a densidade da barreira de muco no estômago.
· Interação droga x receptor:
· Bloqueadores muscarínicos:
· Bloqueiam a ação da Acetilcolina; não deve ser usado pois o efeito na bomba de prótons é contornado pela Gastrina e também inibe a produção de muco (que é estimulada pela Ach).
· Exemplo: Atropina.
· Bloqueadores H2 (receptor de histamina):
· Poucos efeitos colaterais devido à baixa distribuição desses receptores pelo organismo.
· Exemplos: Cimetidina, Ranitidina, Tamotidina.
· Agonistas EP2/IP2:
· “Protetores de mucosas”;
· Possuem elevado potencial abortivo – venda proibida no Brasil;
· Exemplo: Misoprostol.
· Inativadores da bomba de prótons (H+/K+ ATPase):
· Se ligam de maneira irreversível à bomba.
· O uso excessivo pode comprometer a funçãogástrica digestória e o controle de microrganismos.
· Dependem de ativação hepática e por isso devem ser tomados um tempo (30 min) antes das refeições.
· Exemplos: Omeprazol e Pantoprazol.
· A secreção gástrica é medida pelo acúmulo de 4-aminopirina. Quanto menor a secreção, maior o acúmulo dessa base fraca – Ação do Omeprazol.
· Os inibidores da bomba produzem um resultado melhor do que os antagonistas H2 no aumento do pH em casos de úlcera, refluxo ou na eliminação de Helicobacter pylori.
· Betazol:
· Agonista dos receptores de histamina;
· Estimula a liberação de suco gástrico.
· Agentes procinéticos - motilidade:
· Antagonistas de receptores de Dopamina:
· Metoclopramida (D2 e 5-HT)
· Domperidona (D2)
· Bromoprida (D2)
· Mecanismo: a ação dopaminérgica age no TGI modulando a sua atividade. Ao inibirmos a modulação, a motilidade aumenta.
· Agentes antisecretores e supressores da motilidade:
· Loperamida: agonistas de receptores opióides Mi (reduz motilidade) e Sigma (inibe a secreção);
· Bultibrometo de escopolamina: Buscopan;
· Dimeticona: Luftal, Flatex – surfactante/antiflatulento.
· Laxantes:
· Osmóticos:
· Hidróxido de Magnésio => MgCO3;
· Sulfato e Fosfato de Na: podem causar uma alta de sódio na corrente sanguínea – caíram em desuso;
· Citrato de Mg.
· Mecanismo de ação:
· Produzem um sal com propriedades hidrofílicas na luz intestinal. O acúmulo de água distende a parede intestinal e age como um estímulo à eliminação do bolo fecal.
· Manitol: diurético – atrai água onde quer que esteja. Se for administrado via enteral produzirá esse efeito acumulador de água no intestino. Causa perda de água – desidratação.
· De contato (irritantes): são ou produzem substâncias irritantes à mucosa intestinal.
· Derivados do Difenilmetano:
· Fenoftaleína;
· Bracodil.
· Antracênicos:
· Emodina;
· Ácido Crisofânico;
· Istizin.
· Óleo de Rícino:
· Pouco palatável;
· Depende da ação de lipases intestinais.
· Vai liberar glicerol e ácido ricinoleico que é a substância irritante. O óleo de rícino que escapou da ação das lipases e o glicerol formado vão produzir uma ação laxativa do tipo lubrificante – ação dupla.
· Os laxantes irritantes não podem causar esse efeito sobre a mucosa gástrica pois acarretaria em vômito. São tomados em cápsulas ou dependem da atividade intestinal para serem liberadas/formadas.
· Lubrificantes:
· Óleos minerais/vegetais;
· Docusato de Na;
· Os minerais não são digeridos e acabam se depositando na mucosa, permitindo uma maior incorporação de água e lipídeos ao bolo fecal o que melhora o seu trânsito pelo TGI.
Como você se sente agora.
· Eméticos e Antieméticos:
· O ideal é que seja feita uma lavagem gástrica e não que o vômito seja induzido.
· Forçar o vômito pode expor novamente as mucosas esofágica e oral à substância que se deseja eliminar. Pode ocorrer falsa via
· O vômito depende de uma alta estimulação do sistema nervoso.
· Eméticos:
· Locais – irritam a mucosa gástrica:
· Tártaro emético;
· Alcaloides de Ipeca;
· Sulfato de Cobre/Zinco;
· Mecanismo de ação:
· A presença dessas substâncias vai liberar Serotonina a partir da célula enterocromafim que irá estimular aferências vagais.
· A Zona Quimiorreceptora do Gatilho (ZGQ) será ativada pelo nervo Vago ou pela presença de substâncias tóxicas no sangue. Ao ser ativada, ela vai produzir a ação do vômito pelo centro do vômito.
· Centrais:
· Apomorfina (D1): estimula os receptores de Dopamina presentes na zona quimiorreceptora do gatilho.
· Estímulos ao vômito:
· Sensoriais ou emocionais:
· Aferentes sensitivos e vias do SNC => centros superiores => centro do vômito.
· Cinetose (vômito por movimento):
· Labirinto => núcleos vestibulares => zona quimiorreceptora do gatilho (ZGQ) => centro do vômito.
· Toxinas:
· Via sangue => ZGQ;
· Liberação de agentes eméticos nas aferências vagais => NTS => centro do vômito.
· Estímulos na faringe ou estômago:
· Aferências vagais => NTS => centro do vômito.
--------Ver as ações dos antagonistas sobre cada via de estímulo na figura --------
· Antieméticos:
· Antidopaminérgicos: Clopromazina, Haloperidol, Prometazina, Droperidol, Metoclopramida;
· Anti-H1: Meclizina, Ciclizina, Dimenidrinato;
· Anti-5-HT: Ondasetrona, Metoclopramida;
· Antimuscarínicos: Hioscina, Escopolamina;
· Anti NK1: Aprepitanto;
· Agonista CB1: Dronabiol e Nabilona;
· Adstringentes: Sais de alumínio, ácido Tânico;
· Adsorventes: Carvão ativado, Pectina e Caolim.
Aula 6 – FARMACOLOGIA RESPIRATÓRIA – JOYCE/BRUNO
· Introdução:
· Asma:
· A asma é uma doença complexa caracterizada pela inflamação das vias respiratórias, levando a uma hiperresponsividade e ocasionando a broncoconstrição sintomática.
· Fármacos utilizados na asma:
· Broncodilatadores:
· Fase imediata
· Anti inflamatórios:
· Inibem ou previnem os componentes inflamatórios de ambas as fases
· Glicocorticoides: antagonistas de cisteinil-leucotrienos, Inibidores de FLAP, Inibidores da 5-lipoxigenase e cromoglicato.
· Broncodilatadores:
· Os principais fármacos usados como broncodilatadores são: agonistas β2-adrenérgicos, Metilxantinas e antagonistas muscarínicos;
· Através de sua ação sobre os receptores do sistema nervoso autônomo;
· Ativação simpática: mediada primariamente pelos receptores β2-adrenérgicos (broncodilatação);
· Ativação parassimpática: Mediada por receptores muscarínicos de acetilcolina (broncoconstrição).
· Agonistas Beta2:
· Agentes de ação curta (3-5 horas):
· Salbutamol;
· Fenoterol (Berotec®);
· Terbutalina;
· Agentes de ação mais longa (8-12 horas):
· Salmeterol;
· Formoterol.
· Mecanismo de ação:
· Efeitos adversos dos agonistas Beta 2:
· Tremores;
· Taquicardia;
· Tolerância – Dessensibilização pela ação da Beta-arrestina;
· Broncodilatadores;
· Contra-indicação:
· Antagonistas Beta não seletivo = Propranolol;
· Antagonista seletivo Beta 1= Atenolol.
· Metilxantinas:
· Exemplos: Teofilina, Aminofilina.
· Efeitos adversos:
· Insônia; Nervosismo; Cardiovasculares (arritmias); Gastrintestinais; Diuréticos; Convulsões.
· Mecanismo de ação:
· A Teofilina age sobre a fosfodiesterase, impedindo que a enzima degrade o AMPc em AMP. Assim há um prolongamento da sinalização causada pela molécula e consequentemente o efeito por ela sinalizado – Broncodilatação.
· Não há estímulo do sinalizador beta como nos Beta 2 agonistas => sem dessensibilização.
· Antagonistas de receptores muscarínicos:
· Exemplos: Brometo de Ipratrópio e Tiotrópio;
· Via receptor M3 - Antagonizam os efeitos da Ach (Broncoconstrição);
· Provocam broncodilatação, inibem o aumento da secreção de muco e podem aumentar a depuração broncociliar das secreções brônquicas.
· Fármacos que atuam na inflamação:
· Antagonistas dos receptores de cisteinil leucotrienos (CYsLT1):
· Inibem a asma induzida por exercício e diminuem respostas precoces e tardia a alérgenos inalatórios;
· Administrados por via oral em combinação com corticosteroide inalatório;
· Efeitos adversos: Cefaleia e distúrbios gastrointestinais;
· Exemplos: Montelucaste e Zafirlucaste.
· Mecanismo de ação:
· Impedem que as substâncias com ação broncoconstritora (LTC4, LTD4 e LTE4) produzidos pela enzima 5-lipoxigenase se liguem aos seus receptores nas vias respiratórias e produzam o efeito indesejado.
· Inibidores da 5-lipoxigenase:
· Zileuton é o fármaco mais promissor estudado em humanos;
· Dose diária de 800mg diminui os broncoespasmos induzido por ar frio e seco;
· Produzem resposta imediata;
· Efeitos adversos: Cefaleia e distúrbios gastrointestinais.
· Mecanismo de ação:
· Glicocorticoides:
· Regulam vários processos fisiológicos e é a terapia anti-inflamatória mais efetiva para doenças inflamatórias crônicas, como a asma;
· Suprimem a inflamação através de vários mecanismos celulares e moleculares. Seus efeitos sobre as células inflamatórias incluem: indução de apoptose, inibição de citocinas e inibição da migração.
· Formas:
· Sprays:
· Beclometasona;
· Budesonida;
· Fluticasona;
· Mometasona;
· Ciclesonida.
· Para momentos de crise:
· Oral:
· Prednisona;
· Prednisolona.
· Injetável.
· Mecanismode ação:
· Efeitos adversos:
· São incomuns os efeitos indesejados pela via inalatória, mas podem aparecer;
· Candidíase orofaríngea (Linfócitos T);
Irritação na garganta;
· Voz rouca;
· Doses altas – Supressão da adrenal;
· Síndrome de Cushing (oral).
· Cromoglicato:
· Inibem a resposta alérgica imediata a um estímulo antigênico, porém não alivia a resposta alérgica uma vez desencadeada;
· Diminuem a atividade dos mastócitos, eosinófilos, neutrófilos, monócitos, macrófagos e linfócitos impedindo a liberação de seus mediadores inflamatórios;
· O mecanismo de ação ainda não foi elucidado, mas pode envolver a inibição do transporte de íons cloreto, afetando a regulação do cálcio, impedindo a liberação de mediadores dos grânulos intracelulares.
· Exemplos: Cromoglicato dissódico e Nedocromil.
· Anti-IgE:
· Administrado por via subcutânea: a cada 2 a 4 semanas;
· Efeito específico sobre a ligação de IgE aos Mastócitos e seu efeito de degranulação;
· Reduz as doses necessárias de glicocorticoides e seus efeitos adversos;
· Alto custo.
· Mecanismo de ação:
· Antitussígenos:
· Tosse: reflexo protetor que retira material estranho e secreções dos brônquios e bronquíolos.
· Causada por:
· Inflamação do trato respiratório;
· Asma não diagnosticada;
· Refluxo crônico com aspiração;
· Neoplasias.
· Antitussígenos de ação central:
· Codeína (metilmorfina):
· Opióide fraco;
· Menor potencial para causar dependência;
· Supressor moderado da tosse;
· Diminui as secreções nos bronquíolos, o que espessa o escarro, e inibi a atividade ciliar.
· Efeitos Adversos:
· Menos propício a causar dependência;
· Sonolência, tonturas, náuseas, vômitos, constipação e boca seca.
· Folcodina e Dextrometorfano:
· Opióide sem efeito analgésico - menos efeitos adversos que a codeína.
· Morfina:
· Usada para cuidado paliativo em casos de câncer associado com tosse angustiante.
· Ação periférica:
· Dropropizina e Levodropropizina:
· Substância que reduzem a sensibilidade das fibras C e possuem ação anti-histamínica.
· Mucolíticos:
· São drogas que fragmentam o muco e causam a lise das mucofibrilas, o que define a sua indicação nos casos em que há hipersecreção com aumento da viscosidade.
· A diminuição da viscosidade facilita a eliminação do muco e desobstrui as vias aéreas.
· Acetil-cisteína:
· Prováveis mecanismos de ação:
· Ruptura das ligações dissulfeto das mucoproteínas;
· Ação na melhora do transporte mucociliar;
· Diminuição da aderência das secreções;
· Alteração proteásica e antibacteriana;
· Vias de administração:
· Inalação;
· Oral;
· Parenteral;
· Efeitos adversos:
· Tosse irritativa, broncoespasmo.
· Expectorantes:
· Reduzem a viscosidade e/ou aumentam o conteúdo líquido (Fluidez) da secreção.
· Guaifenesina:
· Eficácia discutível apesar de uso comum
· Promove a secreção da mucosa das vias aéreas ou facilita sua expulsão, fluidificando o muco, tornando-o mais viscoso ajudando, desta forma, na eliminação do mesmo em tosses produtivas.
· Efeitos colaterais:
· Náuseas, vômitos, diarreia, erupção cutânea, dor de estômago, dor de cabeça, sonolência e vertigem.
· Descongestionantes:
· Diante de um resfriado ou de um quadro alérgico, os cornetos (estruturas esponjosas responsáveis pelo aquecimento e umidificação do ar que respiramos) – ficam inchados, dificultando a passagem do ar.
· O efeito é passageiro e causa um efeito reverso para compensar a diminuição da entrada do ar no organismo causada pela constrição das vias aéreas durante o tempo de efeito do remédio:
· Fenilefrina, Nafazolina, Metoxamina:
· Agonista α1 seletivo (Relaxamento).
· Efedrina:
· Simpatomimético de ação mista (Direta e indireta).
· Exemplos: Afrin e Neosoro.
Estudo Dirigido Farmacologia 2 – P3
Fármacos que influenciam a secreção ácida gástrica:
1. Explique o mecanismo de ação de três tipos de bases utilizadas como antiácidos.
2. Comente sobre o rebote ácido causado pelo uso de antiácidos.
3. Como o hidróxido de magnésio pode ter efeito laxante?
4. “Dentre as abordagens terapêuticas indicadas para a redução da acidez gástrica, está o uso de bloqueadores colinérgicos muscarínicos”. Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Explique.
5. Explique o mecanismo de ação de inibidores da bomba H+/K+ ATPase, dando exemplos de fármacos dessa classe.
6. Como antagonistas competitivos de receptores H2 são capazes de reduzir a secreção ácida gástrica? Dê exemplos de fármacos dessa classe.
7. Existe alguma peculiaridade no momento mais indicado para a administração de omeprazol? Comente.
8. Por que a comercialização de misoprostol (citotec) foi proibida? Comente sobre seu mecanismo de ação.
Fármacos antieméticos, laxantes e antidiarreicos:
1. Comente sobre o mecanismo reflexo do vômito.2. Explique os mecanismos de ação de três tipos de antieméticos, dando exemplos de fármacos.
2. Comente sobre possíveis indicações para uso de antieméticos.
3. Dê um exemplo de fármaco que, concomitantemente, tenha ação antiemética e procinética.
4. Comente sobre os mecanismos de ação de dois tipos de laxantes, citando possíveis efeitos adversos.
5. Explique o mecanismo de ação da Loperamida (Imosec).
Fármacos de ação no SNC:
1. Qual o mecanismo de ação dos benzodiazepínicos? Cite três possíveis indicações para o uso de fármacos dessa classe.
2. “Benzodiazepínicos são fármacos capazes de abrir canais de cloreto, independentemente do GABA, promovendo hiperpolarização celular”. Essa afirmativa está correta? Explique.
3. Sobre benzodiazepínicos, classifique as afirmativas a seguir como verdadeiras ou falsas, corrigindo as falsas:
a. ( ) São bem absorvidos pelo trato gastrointestinal.
b. ( ) São perigosos para pacientes epiléticos, pois reduzem o limiar convulsivo.
c. ( ) São fármacos hidrofílicos que não atravessam a barreira hematoencefálica.
d. ( ) Atravessam a barreira placentária.
e. ( ) A administração intramuscular é a mais indicada.
f. ( ) Alguns fármacos dessa classe formam metabólitos ativos.
g. ( ) A Naloxona é usada como antídoto, em casos de superdosagens.
4. A buspirona é um fármaco utilizado para o tratamento de transtornos de ansiedade generalizados. Explique seu mecanismo de ação.
5. Quais são os dois grandes grupos de fármacos neurolépticos? Dê exemplos de ambos.
6. Qual é o principal mecanismo de ação dos neurolépticos?
7. Comente sobre o uso de Fenobarbital no controle de pacientes epiléticos. Qual é o seu mecanismo de ação? Cite possíveis efeitos adversos.
8. Comente uma possível interação medicamentosa indesejada de barbitúricos com outra classe de fármacos.
9. “Em um paciente com disfunção hepática, o uso de Brometo é mais indicado como fármaco anticonvulsivante”. A afirmativa é correta? Explique.
10. Qual é o fármaco de escolha para o tratamento do estado epilético (convulsões agudas)?
11. Qual é a principal indicação para o uso de inibidores seletivos da receptação de serotonina? Dê exemplos de fármacos dessa classe, citando possíveis efeitos adversos.
12. Idem para inibidores da MAO.
Farmacologia respiratória:
1. Justifique a eficácia de agonistas β-adrenérgicos no tratamento de asma. Dê exemplos de fármacos dessa classe e cite os efeitos adversos.
2. Explique o mecanismo de ação das metilxantinas.
3. Qual é principal efeito adverso causado pela falta de seletividade de antagonistas muscarínicos (por exemplo, Ipratrópio) no tratamento da asma?4. Qual é a diferença entre os mecanismos de ação de antagonistas do receptor cisteinil-leucotrienos e de inibidores da síntese de leucotrienos?
4. Os glicocorticoides são os anti-inflamatórios mais usados no tratamento de asma. Por que razão eles devem ser inalatórios? Dê exemplos.
5. Por que o uso de AINEs é contraindicado em casos de asma?
6. Explique o mecanismo de ação dos glicocorticoides. Quais são os efeitos adversos?
7. Como deve ser feita a interrupção do tratamento com glicocorticoides? Por quê?
8. Explique a diferença entre fármacos mucolíticos e expectorantes, citando exemplos.
9. Explique o efeito rebote causado pelo uso de fenilefrina como descongestionante nasal.
Anestésicos gerais:
1. O que se entendepor concentração alveolar mínima, no que se refere aos anestésicos gerais?
2. Qual é a importância do coeficiente sangue-gás?
3. Qual é o mecanismo de ação da maioria dos anestésicos gerais?
4. Comente sobre os mecanismos de ação da Quetamina e do xenônio, respectivamente.
5. Qual é a relação entre o coeficiente óleo-gás e a potência dos anestésicos gerais inalatórios?
Métodos experimentais:
1. Descreva o teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético.
2. Explique as fases de dor verificadas no teste da formalina.
3. “No teste do edema de orelha induzido por óleo de cróton, a redução do edema nem sempre é indicativa de efeito anti-inflamatório do fármaco em teste”. Comente sobre essa afirmativa.
4. Cite e explique dois métodos experimentais utilizados para avaliar a eficácia de fármacos de ação no SNC.

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