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UNIDADE 6 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO Profª Roberta Siqueira Direito Empresarial II ATENÇÃO: Este material é meramente informativo e não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante no seu Plano de Ensino. São necessários estudos complementares. Mera orientação e roteiro para estudos. 1 6.1 NOÇÕES GERAIS ¢ Arts. 1.039 a 1.044, CC. ¢ Segue subsidiariamente as normas da sociedade simples (art. 1.040). São sociedade de pessoas que constituem-se por um contrato social. ¢ É a sociedade mais simples, por isso ela é considerada o protótipo das sociedades empresariais em geral. ¢ Se não estiver expressa a opção por um determinado tipo societário, estamos diante de uma sociedade em nome coletivo – Princípio do tipo social mais simples ou princípio da prevalência da igualitariedade social. 2 ¢ Todos os sócios têm responsabilidade subsidiária, solidária e ilimitada pelas obrigações sociais, sem que haja exceção (art. 1.039). � SUBSIDIÁRIA – os sócios só assumem responsabilidade após o exaurimento do patrimônio da sociedade (art. 1.024); � SOLIDÁRIA – não sendo suficiente o patrimônio social, cada sócio responde perante os credores pela dívida inteira e depois se volta contra os demais sócios. � ILIMITADA – não importa o valor das quotas sociais, cada sócio responde com todo o seu patrimônio pelas obrigações. ¢ Pode haver limitação da responsabilidade entre os sócios, mas não perante terceiros (art. 1.039, § único). 3 ¢ SÓCIOS: só podem ser sócios pessoas físicas, não podendo fazer parte pessoas jurídicas. ¢ O capital social está dividido em quotas. ¢ NOME EMPRESARIAL: firma (art. 1.157, CC) ou razão social. ¢ ADMINISTRAÇÃO: administrada por sócios, jamais por terceiros estranhos, sendo o uso da firma privativo dos que detêm os poderes (art. 1.042). 4 ¢ Não se admite participação de incapazes. � O art. 974, §3º deve ser compatibilizado com a proteção ao patrimônio dos incapazes, assim, eles não podem fazer parte de sociedades ilimitadas. ¢ Regras da dissolução são as mesmas das sociedades simples, dispostas nos arts. 1.033 (dissolução de pleno direito). 5 ¢ PENHORA DE QUOTAS em regra, os credores particulares de sócio não podem, antes de sua dissolução, pretender a liquidação das quotas do devedor para pagamento dos débitos (art. 1.043, caput). � Atenção: nesse particular as sociedades em nome coletivo se diferem das sociedades simples. ¢ Entretanto, os credores dos sócios poderão pedir liquidação de quotas, antes da dissolução da sociedade (parágrafo único do art. 1.043), se: � A sociedade tiver sido prorrogada tacitamente; � Após prorrogação expressa, for acolhida judicialmente oposição do credor. 6 Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente. Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social. 7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor. Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando: I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório. Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da falência. 8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado; II - o consenso unânime dos sócios; III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 9
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