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PUC Minas Virtual • 1 1. O conceito de sociedade empresária A. Pontos Importantes • Sociedade é o acordo de vontades entre duas ou mais partes que unem recursos e esforços em busca de uma finalidade econômica comum. • As sociedades são pessoas jurídicas de direito privado que adquirem a personalidade jurídica a partir da inscrição de seus atos no registro competente (junta comercial ou cartório). • Há uma sociedade que não tem jamais personalidade jurídica – a sociedade em conta de participação. A outra é a em comum (irregular ou de fato) que não possui personalidade jurídica porque e enquanto não for registrada. • Toda sociedade busca o lucro, por isso se afasta das associações e fundações que podem e devem ter lucros, mas jamais o repartirão. • Toda sociedade, salvo a exceção permanente (subsidiária integral – art. 251, da Lei 6404 de 1976 (Lei da S/A) e temporária (art., do CCB) tem no mínimo 02 sócios. • A sociedade é um negócio jurídico plurilateral. Ou seja, o “contrato” social não é um contrato, que tem natureza bilateral, mas sim um acordo aberto a adesão de mais de duas partes. Daí a sua plurilaterali- dade. • A “empresarialidade” decorre do exercício pela sociedade da atividade econômica organizada voltada para a produção ou circulação de bens ou serviços. • Excluem-se as sociedades prestadoras de serviços intelectuais, salvo se a atividade intelectual se tor- nar um elemento de empresa. Notas de Aula – Unidade 2 Daniella Bernucci Paulino PUC Minas Virtual • 2 Fonte: http://www.cdtsp.com.br/pj_sociedades.php As sociedades anônimas são sempre empresárias e as cooperativas sempre serão simples. Natureza corporativa (formada por duas ou mais pessoas) Natureza patrimonial Natureza corporativa (formada por duas ou mais pessoas) Visa Lucro Visa Lucro Não Visa Lucro Não Visa Lucro Não Visa Lucro Não Visa Lucro Natureza individual http://www.cdtsp.com.br/pj_sociedades.php PUC Minas Virtual • 3 Enfim: A sociedade empresária é um negocio jurídico plurilateral que resulta em uma pessoa jurídica com perso- nalidade própria, patrimônio e responsabilidade autônoma e capacidade jurídica. Tem finalidade lucrativa e desenvolve atividades econômicas organizadas para a produção ou circulação de bens ou serviços e se submete ao regime jurídico empresarial. B. Legislação Pertinente Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercí- cio de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profis- são constituir elemento de empresa. Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.825.htm#art44 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12441.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12441.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art967 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art45 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1150 PUC Minas Virtual • 4 2. Evolução histórica das sociedades A. Pontos Importantes A evolução histórica das sociedades se deu no sentido de se aumentar a separação entre sócio e socie- dade, ampliar a limitação da responsabilidade limitada dos sócios, fortalecer a regra da maioria em detri- mento da unanimidade. Cada sociedade surge em função de motivos e necessidades das classe dos comerciantes e, na atualida- de, dos empresários. O que diferencia um tipo do outro é a responsabilidade que se atribui aos seus sócios. Linha do Tempo: Fonte: Direito Empresarial esquematizado. PUC Minas Virtual • 5 Sobre a responsabilidade dos sócios é preciso trabalhar as ideias de que no direito empresarial, de cunho obrigacional e patrimonial, ser responsável significa responder com todo o seu patrimônio pelas obriga- ções assumidas. Logo, a sociedade, pessoa jurídica, com patrimônio próprio sempre responderá com todos os seus bens presentes e futuros pelas obrigações por ela assumidas em seu próprio nome. Já os sócios poderão ter ou não responsabilidade subsidiária. Essa pode ser solidária (com os demais sócios) ou individual. Mesmo nos casos em que o sócio não responde pelas obrigações da sociedade poderá esse ser respon- sabilizado em situações excepcionais determinadas pela lei (responsabilidade direta do sócio ou do admi- nistrador) ou pelo poder judiciário se se comprovar que houve má fé (fraude ou abuso) (teoria da descon- sideração da personalidade jurídica). Vejam que a lei trata nos casos de sociedades com responsabilidade limitada diferentemente os credores negociais dos não negociais (Fisco, INSS, Empregados). a) Responsabilidade principal (sociedade responde) versus responsabilidade subsidiaria (aso os bens sociais não sejam suficientes para saldar o passivo da sociedade, os credores poderão executar o res- tante das dívidas no patrimônio dos sócios). b) Responsabilidade solidária (o sócio responde pelo total da divida se exigido, mas depois tem ação de regresso contra os demais sócios que responderão cada um na proporção da sua cota) versus respon- sabilidade individual. c) Responsabilidade ordinária (diante de situações comuns e cotidianas) versus responsabilidade extra- ordinária (decorrente de previsão da lei ou de constatação e comprovação de fraude ou abuso). B. Legislação Pertinente Da Sociedade em Comum Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em orga- nização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. Da Sociedade em Conta de Participação Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida uni- camente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. Da Sociedade em Nome Coletivo PUC Minas Virtual • 6 Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si Da Sociedade em Comandita Simples Art. 1.045.Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. Da Sociedade Limitada Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Da Sociedade Anônima Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. Da Sociedade em Comandita por Ações Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas nor- mas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação. Veja os dados das Juntas Comerciais do Brasil, de janeiro a julho de 2015: Empresário individual Sociedade Limitada Sociedade Anônima Cooperativa EIRELI Outros MEI 12904 20812 230 62 5122 147 87177 14608 19525 159 50 6161 469 71568 20724 14592 193 56 9297 473 64386 16076 15616 201 69 7884 48 88261 16952 22392 200 56 8235 45 90056 0 18249 141 65 8994 78 93349 26121 18637 144 82 7483 63 100905 107385 129823 1268 440 53176 1323 595702 PUC Minas Virtual • 7 C. Leitura Complementar http://www.amprs.org.br/arquivos/revista_artigo/arquivo_1246468095.pdf. 3. A constituição da sociedade empresária limitada e S/A. A. Pontos Importantes A sociedade pode ser constituída por acordo verbal ou escrito. No caso dos tipos previstos como personi- ficados o contrato tem que ser escrito, podendo ser usada a forma particular, mais comum ou pública. Para constituir-se uma sociedade limitada deve-se elaborar um contrato social seguindo-se as regras do art. 997 e outros do Código Civil. As sociedades anônimas têm estatutos sociais e sua constituição se faz por assembleia geral ou por escri- tura publica. Ambos os documentos devem ser registrados nas Juntas Comerciais. 4. A sociedade limitada A. Pontos Importantes 1) É o tipo mais usado no Brasil em razão da sua simplicidade de constituição e administração. Serve tanto para a pequena como para média empresa. 2) É regida pelo Código Civil. 3) Não omissão do contrato aplica-se a sociedade limitada as regras da sociedade simples. 4) O contrato social deve ter no mínimo as seguintes cláusulas: I. nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II. denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III. capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV. a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V. as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI. as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; http://www.amprs.org.br/arquivos/revista_artigo/arquivo_1246468095.pdf PUC Minas Virtual • 8 VII. a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII. a responsabilidade dos sócios. 5) O capital social é dividido em quotas iguais ou diferentes e representa a contribuição dos sócios para a constituição da sociedade. Pode ser formado por dinheiro, outros bens suscetíveis de avaliação econômi- ca e, até mesmo por créditos. Através dele se mensura a participação do sócio na sociedade. Cada sócio deve subscrever uma parte do capital e fica obrigado a integralizá-lo. Os sócios têm o dever de subscrição (aquisição da cota) e integralização (pagar por essas respectivas quotas). Fonte: direito empresarial esquematizado. 6) A administração é feita por pessoas naturais que podem ou não ser sócias. Eleito o administrador ele terá poderes de gestão e representação da pessoa jurídica. Deve agir de acordo com a lei e o contrato social, usando a prudência e diligencia própria de um gestor. O administrador não se responsabiliza pelos atos praticados em nome da pessoa jurídica, salvo se agiu com excesso de poderes, de forma ultra vires (além do objeto social) ou desrespeitou a lei e ou o contrato social. Fonte: direito empresarial esquematizado. 6) Deliberações sociais Em geral a sociedade, na figura de seu administrador, não precisa reunir os sócios para tomar decisões. A lei estabelece, contudo, algumas situações nas quais essa reunião é obrigatória. No caso das limitadas a reunião pode ser simplificada conforme o numero de sócios ou concordância unanime de todos. PUC Minas Virtual • 9 As deliberações dos sócios serão tomadas em reunião ou em assembleia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. A deliberação em assembleia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez. Dispensam-se as formalidades de convocação quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. A reunião ou a assembleia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas. Fonte: direito empresarial esquematizado. PUC Minas Virtual • 10 5) A cessão de quotas a terceiros pode ser livre, condicionada ou vetada. Se não houver previsão do con- trato segue-se a regra do art. 1057, CCB, que estabelece que a cessão é livre a outro sócio e depende da inexistência de oposição de mais de um quarto do capital social. O contrato, por sua vez pode prever tanto a liberdade ampla quanto a vedação, passando pela hipótese de cessão condicionada a aprovação de outros ou mesmo a oferta de preferencia a outros sócios. É essa cláusula, ou sua ausência, que tornam a sociedade limitada de pessoas ou de capital. 6) O Conselho Fiscal é previsto como órgão facultativo. 7) O sócio pode ser excluído em várias situações. a) por sua conduta incompatível com a sociedade (falta grave e não integralizar o capital social). b) se for declarado falido ou incapaz. c) se o credor do sócio liquidar a suta cota. A exclusão por descumprimento de deveres pode ser de pleno direito ou judicial. Fonte: direito empresarial esquematizado. B. Legislação Pertinente Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social. Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. [...] § 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art997 PUC Minas Virtual • 11 Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social. Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes. Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindoo primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Art. 1.063. O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução. Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os necessá- rios poderes. Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembléia anual prevista no art. 1.078. Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: I - a aprovação das contas da administração; II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; III - a destituição dos administradores; IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; V - a modificação do contrato social; VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; VIII - o pedido de concordata. Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. § 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1003 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1004 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1078 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1010 PUC Minas Virtual • 12 § 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3o do art. 1.152, quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. § 3o A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas. Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o capital aumentado, com a correspondente modificação do contrato. Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato: I - depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis; II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade. Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empre- sa, em virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contra- to social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa. Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião ou assembléia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa. Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por qualquer das causas previstas no art. 1.044. I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a socie- dade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado; II - o consenso unânime dos sócios; III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicial- mente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obriga- ções, ou, ainda, por incapacidade superveniente. Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art. 1.026. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1152 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1030 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1044 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1004 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art1026
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