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Além da Ucrânia quais os Países que estão em conflito

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Além da Guerra na Ucrânia: 7 conflitos sangrentos que ocorrem hoje no 
mundo 
Daniel Gallas Da BBC News Brasil em Londres 
14 março 2022 
 
CRÉDITO,REUTERS 
Legenda da foto,Uma guerra que já dura 16 meses na Etiópia deixou 900 mil pessoas em situação de 
fome 
A guerra na Ucrânia vem causando uma mobilização internacional como poucas vezes se viu nas 
últimas décadas. 
Mesmo sem nenhum país ter enviado tropas, a Ucrânia vem recebendo apoio militar, ajuda humanitária e 
manifestações de aliança de diversas partes do mundo. 
Crianças sem comida no frio congelante: o drama na cidade sitiada de Mariupol 
Em questão de dias, os Estados Unidos e a Europa impuseram à Rússia um dos maiores pacotes de 
sanções internacionais já vistas contra outro país. 
Nesta semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenzky se tornou o primeiro líder mundial a discursar 
no Parlamento britânico - por videoconferência -, onde foi ovacionado, como tem ocorrido em quase 
todas as participações de autoridades da Ucrânia em foros internacionais. 
Estima-se que a guerra na Ucrânia, que ainda pode estar apenas no começo, já provocou centenas de 
mortes de civis e forçou 2 milhões de pessoas a fugirem de suas casas. 
A situação humanitária da Ucrânia é preocupante e tem sido alertada por diversas organizações 
internacionais. 
No entanto, quando comparada com outros conflitos que existem no mundo hoje, há mais mortes e 
sofrimento humano sendo causados em outras guerras que recebem menos atenção e ajuda internacional 
(confira mais abaixo nesta reportagem sete graves conflitos que recebem relativamente pouca atenção 
internacional). 
É o caso do conflito do Iêmen, que já dura pelo menos 11 anos. Os números são chocantes: mais de 233 
mil mortos e 2,3 milhões de crianças em desnutrição aguda. Falta água potável e atendimento médico à 
população. 
A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Iêmen como a pior situação humanitária do 
mundo. 
Também longe dos holofotes diplomáticos internacionais está uma guerra que começou em novembro de 
2020 na Etiópia entre o governo central e um partido político na região de Tigré. 
O conflito não tem sinais de que deve acabar em breve - e estima-se que mais de 9 milhões de etíopes 
precisam de algum tipo de ajuda humanitária. Há relatos de crimes de guerra, como chacina de civis e 
estupros em massa. 
Que diferença fazem na guerra as armas enviadas à Ucrânia? 
'Uns mais iguais que outros' 
A eclosão da guerra na Ucrânia levou pessoas envolvidas em outros conflitos a questionarem o porquê de 
tamanha diferença no tratamento internacional dado aos eventos. 
"Foi surpreendente em nosso continente perceber que nem todos os conflitos armados são tratados com a 
mesma falta de determinação que muitos dos combates na África recebem", escreveu o jornalista 
 
DISCIPLINA: UNIDADE: ATIVIDADE 
ENSINO 
FUNDAMENTAL II 
ANO: TURMA: DATA: ____/____/______ 
ESTUDANTE: 
 
 
 
PROFESSORA: 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60701620
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60724063
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60724063
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60676134
argelino-canadense Maher Mezahi ao comparar a repercussão do conflito da Ucrânia com outros na 
Etiópia e Camarões. 
"Sim, [nos conflitos africanos] há declarações de preocupação e enviados internacionais em missões, mas 
nenhuma cobertura 24 horas, nenhuma declaração televisionada ao vivo de líderes globais e nenhuma 
oferta entusiasmada de ajuda." 
"Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que outros." 
Para a presidente da ONG International Crisis Group, Comfort Ero, é preocupante que haja tanto 
sofrimento humano no mundo hoje e esse problema deveria estar no topo da agenda internacional. 
A família que escapou da guerra na Síria e vive agora em bunker na Ucrânia 
"É verdade que uma das preocupações em todo o mundo, e especialmente na África, é a percepção de que 
a rapidez da Europa e de seus aliados, especialmente os EUA, [em reagir à guerra na Ucrânia] sugere que 
um conflito na Europa seja levado mais a sério", disse Ero à BBC News Brasil. 
A entidade monitora conflitos em todo o mundo e criou no começo deste ano uma lista de dez conflitos 
internacionais que precisam receber atenção internacional. Entre os listados, estão Iêmen, Etiópia, Haiti e 
Mianmar. 
Mas mesmo a Crisis Group colocou a Ucrânia no topo da sua lista - entendendo que há riscos específicos 
na Ucrânia que fazem desse conflito uma ameaça à segurança global, mesmo que os números de mortos e 
pessoas em grave situação humanitária sejam menores do que em outras partes do mundo. 
"Para a Crisis Group, a guerra na Ucrânia não é mais importante porque está na Europa. Cada morte, cada 
vítima, cada pessoa deslocada durante a guerra é uma tragédia, não importa onde isso ocorra. Mas dito 
isto, eu acredito que a guerra da Ucrânia tem o potencial de ser o perigo imediato mais grave para a paz e 
a segurança internacionais, e é provavelmente a violação mais grave da soberania de outro país desde pelo 
menos o Iraque", diz a presidente da ONG. 
Confira abaixo sete conflitos que nem sempre aparecem com proeminência no noticiário, mas que têm 
provocado sofrimento humano em grande escala. 
1. Etiópia 
 
CRÉDITO,REUTERS 
Legenda da foto,Conflito na Etiópia dura mais de um ano e causa enorme sofrimento 
Uma guerra que já dura 16 meses na Etiópia deixou 900 mil pessoas em situação de fome, segundo 
estimativa do governo americano. Rebeldes que lutam no país dizem que mais de 9 milhões de etíopes 
necessitam de algum tipo de ajuda alimentar. 
O conflito desencadeado em novembro de 2020 é um dos mais brutais no mundo atualmente, com relatos 
de assassinato de civis e estupros em massa, segundo a Anistia Internacional. 
A base é uma disputa entre diferentes grupos étnicos que tentam conviver há quase 30 anos. Desde 1994, 
a Etiópia tem um sistema de governo federativo às vezes chamado de federalismo étnico, em que cada 
uma das dez regiões do país é controlada por diferentes grupos étnicos. 
Uma delas é a região do Tigré, controlada por um partido político chamado de Frente de Libertação do 
Povo de Tigré - que é formado por pessoas desse grupo étnico. A Frente liderava uma coalizão de quatro 
partidos que governava a Etiópia desde 1991. 
Sob esta coalizão, a Etiópia tornou-se mais próspera e estável, apesar de crescentes preocupações com 
direitos humanos e o nível de democracia. Esse descontentamento se transformou em protesto, levando a 
uma remodelação do governo em que o político Abiy Ahmed se tornou primeiro-ministro. 
Abiy liberalizou a política, criou um novo partido (o Partido da Prosperidade) e removeu os principais 
líderes do governo acusados de corrupção e repressão. 
Abiy encerrou uma longa disputa territorial com a vizinha Eritreia e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 
2019 - sendo aclamado internamente. 
No entanto, os políticos de Tigré viam as reformas de Abiy como uma tentativa de centralizar o poder e 
destruir o sistema federativo da Etiópia. 
Em 2020, o Tigré realizou eleições locais que foram consideradas ilegais por Abiy. Em novembro 
daquele ano, o conflito eclodiu. 
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60645323
https://www.crisisgroup.org/global/10-conflicts-watch-2022
https://www.crisisgroup.org/global/10-conflicts-watch-2022
Soldados da Eritreia aliados do governo etíope também estão lutando em Tigré. Ambos os lados do 
conflito foram acusados de atrocidades. Por ora, não há sinais de que o conflito possa chegar a um fim, já 
que não há sequer negociações em andamento. 
2. Iêmen 
 
CRÉDITO,EPA 
Legenda da foto,ONU diz que situação no Iêmen é o pior desastre humanitário atual 
A ONU diz que a guerra no Iêmen resultou em níveis chocantes de sofrimento e causou o pior desastre 
humanitário do mundo. 
O conflito já produziu 233 mil mortes, incluindo 131 mil por causas indiretas,como falta de alimentos, 
serviços de saúde e infraestrutura. Mais de 10 mil crianças morreram como consequência direta dos 
combates. 
Quatro milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas e mais de 20,7 milhões (71% da 
população do país) precisam de alguma forma de assistência humanitária ou proteção para sua 
sobrevivência. 
Segundo a ONU, 5 milhões de iemenitas estão à beira da fome e quase 50 mil já estão passando por 
condições semelhantes à fome. Estima-se que 2,3 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de 
desnutrição aguda, incluindo 400 mil que correm o risco de morrer sem tratamento, segundo a ONU. 
Com apenas metade das 3,5 mil instalações médicas do país em pleno funcionamento e 20% dos distritos 
sem médicos, quase 20 milhões de pessoas não têm acesso a cuidados de saúde adequados. Uma em cada 
duas pessoas também não tem acesso a água potável. 
O conflito tem suas raízes no fracasso de um processo político que deveria trazer estabilidade ao Iêmen 
após a Revolução Iemenita de 2011 - que foi parte da Primavera Árabe - que forçou o presidente 
autoritário de longa data, Ali Abdullah Saleh, a entregar o poder a seu vice, Abdrabbuh Mansour Hadi. 
Como presidente, Hadi lutou contra diversos problemas, incluindo ataques de jihadistas, um movimento 
separatista no sul, a lealdade contínua do pessoal de segurança a Saleh, além de corrupção, desemprego e 
insegurança alimentar. 
O movimento Houthi - conhecido formalmente como Ansar Allah (Partidários de Deus) - aproveitou-se 
da fraqueza do novo presidente. 
Os houthis, que defendem a minoria muçulmana xiita Zaidi do Iêmen e combateram uma série de 
rebeliões contra Saleh durante a década anterior, tomaram o controle de sua região central do norte da 
província de Saada no início de 2014 e começaram a avançar para o sul. Desiludidos com o governo, 
muitos iemenitas comuns - incluindo sunitas - os apoiaram e no final de 2014 os rebeldes começaram a 
tomar a capital, Sanaa. 
O que acontece no Iêmen pode exacerbar muito as tensões regionais. Também preocupa o Ocidente por 
causa da ameaça de ataques - como da Al-Qaeda ou de afiliadas do Estado Islâmico - que emanam do país 
à medida que se torna mais instável. 
Os houthis e as forças de segurança leais a Saleh - que supostamente apoiaram seus antigos inimigos em 
uma tentativa de recuperar o poder - tentaram assumir o controle de todo o país, forçando Hadi a fugir 
para o exterior em março de 2015. 
Outros países da região - as potências regionais rivais Irã e Arábia Saudita - se envolveram no conflito. 
Alarmados com a ascensão de um grupo que eles acreditavam ser apoiado militarmente pelo poder 
regional xiita e rival Irã, Arábia Saudita e outros oito Estados árabes majoritariamente sunitas começaram 
uma campanha aérea com o objetivo de derrotar os houthis, acabar com a influência iraniana no Iêmen e 
restaurar o governo de Hadi.A coalizão recebeu apoio logístico e de inteligência dos EUA, Reino Unido e 
França.Analistas esperavam que a guerra durasse poucas semanas, mas ela já se arrasta há oito anos, e nos 
últimos anos houve um escalonamento da violência. 
 
 
 
 
 
 
3. Mianmar 
 
CRÉDITO,EPA 
Legenda da foto,Protestos em Mianmar atingiram o ponto de uma guerra civil, para alguns analistas 
Mianmar é outra região que enfrenta tensões políticas e étnicas há anos - e muitos analistas dizem que o 
país vive uma guerra civil. A violência lá aumentou nos últimos meses. 
Os militares do Tatmadaw (Exército) deram um golpe em Mianmar e assumiram o controle do país em 1º 
de fevereiro de 2021, após uma eleição geral vencida por ampla margem pelo partido da líder Aung San 
Suu Kyi (NLD). 
Ativistas da oposição formaram uma campanha incitando a desobediência civil, com greves e protestos 
em massa contra o golpe. Os militares usaram violência para dispersar os movimentos. E a desobediência 
civil aumentou, atingindo o ponto de uma guerra civil de verdade. 
Milícias locais que se autodenominam Forças de Defesa do Povo atacaram comboios militares e 
assassinaram autoridades. 
O comandante-chefe militar Min Aung Hlaing assumiu o poder. Ele recebeu condenação e sanções 
internacionais por seu suposto papel nos ataques dos militares às minorias étnicas. Os militares prometem 
que realizarão uma eleição "livre e justa" assim que o estado de emergência em Mianmar terminar. 
A ONG humanitária International Rescue Committee estima que os conflitos que se espalharam por todo 
o país desde que os militares tomaram o poder já deslocaram 220 mil pessoas em 2021. 
Segundo a entidade, mais de 14 milhões de pessoas (mais de 25% da população do país) precisam de 
algum tipo de ajuda humanitária. Acredita-se que mais de 10 mil pessoas morreram desde fevereiro do 
ano passado. 
 
4. Haiti 
 
Legenda da foto,Autoridades estão perdendo o controle do Haiti, segundo alguns especialistas 
O Haiti vive uma nova espiral de violência desde julho de 2021, quando o então presidente do país 
Jovenel Moïse foi brutalmente assassinado.Moïse, de 53 anos, foi baleado 12 vezes na testa e no torso. 
Seu olho esquerdo foi arrancado e os ossos do braço e do tornozelo foram quebrados. A primeira-dama, 
Martine Moïse, também foi baleada, mas sobreviveu. 
A polícia haitiana alega que um grupo de mercenários principalmente estrangeiros - 26 colombianos e 
dois haitianos americanos - compôs o grupo que executou o assassinato. 
Enquanto as investigações prosseguem, o país mergulhou em nova onda de violência. 
Ariel Henry, que havia sido nomeado por Moïse como novo primeiro-ministro, assumiu interinamente o 
país, mas ele vem sendo contestado por diversos grupos. Existe um acordo entre facções para que Henry 
permaneça no poder até a realização de eleições neste ano, que ainda não foram marcadas. 
Algumas gangues têm exigido que Henry renuncie, e o premiê escapou de um atentado contra sua vida 
em janeiro. As gangues vêm espalhando violência pelo país e são financiadas em parte pelo sequestro de 
estrangeiros, que se tornou um problema sério para as autoridades. No ano passado, mais de 800 pessoas 
foram sequestradas por gangues no Haiti. 
Para piorar a situação, o Haiti sofreu um terremoto em agosto, um mês após o assassinato de Moïse, 
matando mais de 2 mil pessoas, agravando ainda mais a situação humanitária da população. 
O Haiti também virou manchete internacional por conta do grande fluxo de imigrantes ilegais que 
tentaram cruzar para os EUA em outubro do ano passado. 
Grupos internacionais alertam que a instabilidade do governo e a escalada de violência - somados a 
problemas econômicos e desastres naturais - podem fazer com que a disputa entre gangues no Haiti se 
transforme em um conflito armado. 
 
 
 
5. Síria 
 
CRÉDITO,REUTERS 
Legenda da foto,Cidades no norte da Síria, como Tadef (foto), ainda são palco de batalhas 
Protestos inicialmente pacíficos contra o presidente Bashar al-Assad da Síria em 2011 se transformaram 
em uma guerra civil de grande escala, que já dura mais de uma década. 
O conflito deixou mais de 380 mil mortos, arrasou cidades e envolveu outros países estrangeiros. Mais de 
200 mil pessoas estão desaparecidas - presume-se que morreram. 
Em março de 2011, manifestações pró-democracia eclodiram na cidade de Deraa, no sul, inspiradas pela 
Primavera Árabe. Quando o governo sírio usou força letal para esmagar a dissidência, protestos exigindo 
a renúncia do presidente eclodiram em todo o país. 
 
A violência aumentou rapidamente e o país mergulhou na guerra civil. Centenas de grupos rebeldes 
surgiram e não demorou muito para que o conflito se tornasse mais do que apenas uma batalha entre 
sírios a favor ou contra Assad. Potências estrangeiras - como Rússia, EUA, Reino Unido e França - 
começaram a tomar partido, enviando dinheiro, armas e combatentes, e à medida que o caos piorava, 
organizações jihadistas extremistas com seus próprios objetivos, como o grupo extremista 
autodenominadoEstado Islâmico (EI) e a Al-Qaeda, também se envolveram. 
O conflito é um dos mais sangrentos do planeta dos últimos anos. Mais de 2 milhões de pessoas sofreram 
algum tipo de ferimento. Mais da metade da população do país antes da guerra (que era de 22 milhões) 
tiveram de deixar suas casas. Muitos estão dentro do país ainda, mas Líbano, Jordânia e Turquia 
receberam grande parte dos refugiados. 
A guerra diminuiu em intensidade, já que Assad conseguiu dominar boa parte do país. Mas ainda há 
resistência em diversas partes da Síria, e observadores internacionais acreditam que o conflito não está 
perto do fim - o que deve provocar ainda mais mortes e problemas humanitários nos próximos anos. 
6. Militantes islâmicos na África 
ÉDITO,EPA 
Legenda da foto, 
Cabo Delgado, em Moçambique, é um dos focos de violência na África 
Após a derrocada do EI em 2017 no Oriente Médio, grupos de militantes islâmicos se voltaram cada vez 
mais para a África, onde governos fragilizados nem sempre conseguem combater a sua influência. 
Grupos jihajistas tentam dominar diversas regiões de diferentes países — como Mali, Niger, Burkina 
Faso, Somália, Congo e Moçambique. 
Em Moçambique, acredita-se que uma milícia na região de Cabo Delgado tenha ligações com o grupo do 
EI. 
Cabo Delgado possui ricas reservas de gás natural offshore que estão sendo exploradas em colaboração 
com empresas multinacionais de energia. Mas altos níveis de pobreza e disputas sobre acesso à terra e 
empregos fazem com que muitos decidam se juntar às milícias islâmicas. 
Os ataques de grupos militantes aumentaram significativamente no ano passado. 
Grupos de direitos humanos dizem que houve extensa destruição em todo o norte de Moçambique pelos 
militantes, com relatos de assassinatos, decapitações e sequestros. Em um incidente, 50 pessoas foram 
decapitadas em um campo de futebol em um fim de semana. 
Diante da crescente insurgência, o governo moçambicano convidou conselheiros militares dos EUA para 
que soldados americanos treinem as forças locais. 
No ano passado, o governo de Moçambique aceitou receber tropas de Ruanda e da Comunidade de 
Desenvolvimento da África Austral (SADC), um bloco regional. Essas forças reverteram os ganhos dos 
insurgentes, embora os militantes pareçam estar se reagrupando. 
Há temores de que esse conflito possa ser prolongado, gerando inúmeras mortes e problemas 
humanitários. 
7. Afeganistão 
O Afeganistão já foi um dos conflitos mais noticiados do mundo, após os ataques de 11 de setembro de 
2001 nos EUA. 
O governo americano invadiu o país alegando que o Talebã esteve por trás dos atentados. Após duas 
décadas de intensos combates e milhares de mortes, o Talebã voltou ao poder em agosto de 2021. 
O nível de violência caiu bastante no país, mas ONGs alertam agora que o país enfrentará possivelmente 
uma das mais graves crises humanitárias que já se viu por causa das sanções e isolamento impostos por 
grande parte do mundo. 
Mas afinal de contas, o que é que a ONU faz? 
A ONU é uma organização internacional responsável por mediar conflitos entre países, disseminar a 
cultura de paz entre as nações, defender o respeito aos direitos humanos e promover o desenvolvimento 
sustentável e econômico dos países e a cooperação entre eles. Por esses motivos é que a ONU está 
presente em praticamente todos os assuntos que envolvem relações internacionais :) O órgão é regido por 
uma série de propósitos e princípios voltados à paz e ao desenvolvimento cultural, econômico, 
humanitário e social das nações. 
Onde fica a ONU? 
A principal (e primeira) estrutura da ONU fica sediada em Nova Iorque (EUA), porém existem outras 
sedes espalhadas pelo mundo, em países como Áustria (Viena), Quênia (Nairóbi) e Suíça (Genebra). 
Além disso, o órgão possui escritórios espalhados na maior parte dos países existentes, variando de 
acordo com as demandas apresentadas pelas próprias nações à Organização. 
Países que compõem a ONU 
Atualmente a ONU conta com 193 países membros, dos quais 51 são fundadores da Organização, dentre 
eles o Brasil. Os países podem ser suspensos ou expulsos caso violem continuamente os princípios 
contidos na Carta da ONU. 
 
ONU no Brasil 
No Brasil, a ONU possui escritórios em pelo menos três estados (Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) e no 
Distrito Federal, e é representada por 26 agências. 
Você sabia...? 
A ONU é um órgão totalmente apartidário, sem ideologia política ou crença religiosa; 
A organização também trabalha em prol da igualdade de gênero e possui um órgão voltado para o 
desenvolvimento de políticas públicas e garantia dos direitos humanos das mulheres e das meninas, 
o ONU Mulheres; 
São usadas seis línguas oficiais nos documentos e comunicações da ONU: inglês, espanhol, mandarim, 
árabe, russo e francês; 
O Brasil é sempre o primeiro país a falar nas Assembleias Gerais da ONU. A tradição começou na 
segunda edição e não há um motivo específico para isso, mas há quem diga que se deve ao fato do país se 
manter neutro e pacífico nas discussões; 
Você também pode ajudar a ONU a construir cidades mais sustentáveis, basta responder a Consulta 
Cidades Sustentáveis. 
 
 
http://www.onumulheres.org.br/

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