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HOSPITALAR (1)

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ESTUDO DIRIGIDO PARA V1
1. A inserção do psicólogo nos serviços públicos de saúde ocorreu no final da década de 1970. Explique sobre o contexto sócio-político e econômico da época.
 A inserção do psicólogo nos serviços públicos de saúde ocorreu no final da década de 1970, com a finalidade de construir modelos alternativos ao hospital psiquiátrico, com vistas à redução de custos e maior eficácia dos atendimentos, por meio da formação de grupos multiprofissionais, conforme atestam Carvalho e Yamamoto (2002). Esses autores citam ainda dois fatos que contribuíram para a presença de psicólogos, no setor de saúde: primeiro, a redução do mercado de atendimento psicológico privado, em decorrência da crise econômica pela qual o país estava sendo afetado, e, segundo, a crítica à Psicologia clínica tradicional, por não apresentar significado social, a qual motivou o surgimento de práticas alternativas socialmente mais relevantes.
2. No Brasil, existem as terminologias Psicologia da Saúde e Psicologia Hospitalar. Explique sobre cada uma delas.
Psicologia Hospitalar é o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital.
A Psicologia da Saúde é a área da Psicologia que estuda o comportamento humano no contexto da saúde e da doença, buscando compreender o papel das variáveis psicológicas sobre a manutenção da saúde, o desenvolvimento de doenças e comportamentos associados à doença.
3. A Psicologia Hospitalar surgiu como uma colcha de retalhos da Psicologia Clínica com outras áreas da psicologia. No entanto, a atuação do psicólogo hospitalar tem suas especificidades. Qual o objetivo da psicologia hospitalar?
A Psicologia da Saúde tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença.
4. Trace um paralelo entre discurso médico e psicológico na cena hospitalar.
DISCURSO MÉDICO: Linguagem objetiva; O médico conversa com o paciente, comunica-lhe um diagnóstico ou recomenda- lhe uma prescrição e sente que já fez o seu trabalho; “eu já falei”. Mas e o que o paciente escutou? (ex. pesquisa em sala de espera)
DISCURSO PSICOLÓGICO: O discurso psi escuta os ditos e os não ditos do paciente; os atos falhos, os sonhos, os chistes; o que o paciente pensa, sente, deseja, teme
5. Explique a diferença entre doença e adoecimento.
DOENÇA: Alteração corporal; Se estabelece a partir do discurso médico. É ele que a constitui e a enuncia, sem qualquer participação do sujeito. A doença é compartilhada com os outros animais.
ADOECIMENTO: Alteração corporal vivenciada pelo sujeito. O adoecimento se instaura a partir das vivências do sujeito em relação à sua doença (negação, angústia, depressão). Envolve a consciência da própria existência e também da morte. É uma vivência humana.
6. Diante do adoecimento, o sujeito reage de diversas formas, de acordo com os recursos que tem. Segundo Simonetti, quais as formas de enfrentamento diante do adoecimento?
O adoecimento remete o indivíduo a um estado de desamparo tanto biológico quanto existencial. O sujeito nunca está preparado para o encontro com o adoecimento; ele chega como uma inesperada rasteira da vida.
7. O trabalho em equipe é uma prática crescente no atendimento à saúde. As equipes se caracterizam pelo modo de interação presente na relação entre os profissionais que pode ser interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar. Explique cada uma delas.
É multidisciplinar quando existem vários profissionais atendendo o mesmo paciente de maneira independente, sem permuta de saberes ou práticas.
É interdisciplinar quando alguns especialistas discutem entre si a situação de um paciente sobre aspectos comuns a mais de uma especialidade, com troca de informações dentro de áreas de interseção, o que permite a construção de novos saberes.
É transdisciplinar quando as ações são definidas e planejadas em conjunto. É a transgressão das fronteiras entre as disciplinas Articula diferentes competências e especificidades, fortalece o diálogo entre diferentes domínios do saber.
8. Uma das características da equipe interdisciplinar é a interconsulta. No que consiste a interconsulta psicológica?
Os principais aspectos da interconsulta dizem respeito a desenvolver uma colaboração contínua com os médicos, melhorar a qualidade do tratamento e modificar os caminhos da assistência. O interconsultor tem também como função auxiliar no entendimento das reações da família, da equipe e do paciente
9. Uma das características da equipe transdisciplinar é o Projeto Terapêutico Singular (PTS). No que consiste o PTS?
Definir hipóteses diagnósticas: avaliação orgânica, psicológica e social que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário.
 10. Profissional de saúde lida diariamente com a doença, a dor e a morte dos pacientes. Diante desse cenário, algumas posturas profissionais são adotadas. Entre essa postura encontra-se a calosidade profissional. Explique sobre essa postura.
Postura em que o profissional da saúde, depois de anos de prática com o doente e a doença, adquire uma indiferença total para a dor do paciente, uma calosidade que o impede de ser tocado pelo sofrimento do paciente. O paciente é tratado pelo profissional de saúde apenas como um simples sintoma num total desprezo pela sua dor. 
11. O psicólogo hospitalar atua com o paciente, a família e a equipe de saúde. Cite algumas intervenções possíveis com cada um desses atores no cenário hospitalar.
INTERVENÇÃO COM O PACIENTE: Levar o paciente a conhecer suas potencialidades, perceber as relações com suas atitudes e suas próprias experiências, sua própria experiência, sua doença e suas reações no seu contexto de vida;
INTERVENÇÃO COM A FAMÍLIA :Auxiliar a família conscientizando-a da real situação do doente e da necessidade de tratamento ou hospitalização. Podem ser feitos esclarecimentos utilizando explicações verbais, cartazes, desenhos, gráficos, etc. Fazer entrevistas com os pais/companheiros/ acompanhantes no ato de internação, para obter dados referentes ao paciente, suas relações familiares e sociais. Realizar apoio psicológico individual aos familiares, propiciando um espaço de escuta para que eles possam falar sobre a doença de seus membros, as fantasias sobre a morte, a evolução da doença, expressando seus sentimentos. 
 INTERVENÇÃO COM A EQUIPE:
12. Entre as atuações possíveis do psicólogo hospitalar está a entrevista psicológica. Qual o foco dessa entrevista no contexto hospitalar?
No contexto hospitalar o foco da entrevista é nos sintomas do sujeito e nos fatos mais significativos na sua vida que possam estar relacionados ao seu estado de saúde procurando sempre basear-se na história de vida em geral, na história clínica e na doença atual.
13. Explique os princípios bióticos que norteiam a atuação do profissional no âmbito da saúde.
1 - AUTONOMIA: Se refere à capacidade que a pessoa possui para decidir sobre aquilo que julga ser o melhor para si mesma
2- BENEFICÊNCIA: O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem).
3 - NÃO-MALEFICÊNCIA:Proíbe infligir dano deliberado e estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou agravos à saúde do paciente (ação que não faz o mal).
4 - JUSTIÇA:Estabelece como condição fundamental a equidade: obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido.
14. Diante da recusa de uma paciente de um tratamento vital, qual o papel do psicólogo nessa situação?
A recusa do paciente por procedimentos clínicos vitais, mobiliza sentimentos de revolta, raiva, indignação e desaprovação. Os profissionais da saúde se deparam com a própria finitude, que remete à angústia de castração. A recusa do tratamento também se aproxima da morte da própria equipe ao suscitar-lhe o sentimento de impotênciadiante do inominável e inacessíve. O profissional deve ter uma postura de desprendimento em relação aos próprios valores, crenças e preconceitos, e total abstinência em relação aos desejos e expectativas de impor ao outro sua própria perspectiva.
15. Quais as dificuldades encontradas pela família diante da internação hospitalar de um ente querido?
No contexto familiar, o adoecimento emerge como uma ruptura brusca no cotidiano, gerando sentimentos de desproteção, desagregação, incerteza, medo, perda da privacidade por conta da hospitalização, além de estresse, sensação de perda de controle, medo da morte do ente querido e mudanças temporárias de papéis. 
16. Entre as atuações possíveis do psicólogo hospitalar está a preparação para exames, procedimentos e cirurgias. Como o psicólogo pode preparar o paciente para essas intervenções
Nesses casos são utilizadas estratégias de intervenção em crise. Uma crise, quando instalada, pode afetar a saúde mental, mas se bem resolvida, pode ser uma oportunidade de amadurecimento e desenvolvimento pessoal. Dessa forma, as intervenções em situações de crise emergem como um ingrediente essencial para o tratamento da situação traumática no processo de recuperação das pessoas envolvidas nesses eventos.

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