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De que estão excluídas as pessoas com condição de pobreza pt4

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Sociologia da saúde e da doença 
Prof. Maria Lurdes Teixeira 
Aceda ao link Retratos de pobreza, veja com atenção o vídeo e responda às seguintes questões: 
1. De que estão excluídas estas pessoas? 
➢ Estão excluídas da sociedade, de 
todos os serviços essenciais (saúde, 
educação, justiça e segurança social), 
exclusão social e em contexto total de 
vulnerabilidade 
➢ Estão excluídos da vida social no seu 
todo. 
➢ Estão excluídos da vida social regular 
 
 
Estas pessoas maioritariamente delas estão excluídas dessa regularidade, dessa previsibilidade 
da vida quotidiana, que parecendo que não é um elemento fundamental para esta qualidade 
emocional, para o bem-estar das pessoas. 
Em concreto alguns aspetos que podemos mencionar que ilustram precisamente essa exclusão 
social dos serviços de saúde. Porquê dos serviços de saúde? 
 Na verdade, teoricamente não estão excluídos, porque o SNS é universal, é para todas as 
pessoas. Aqui a exclusão ocorre, porque estas pessoas não têm nem seque conhecimento de como 
aceder aos cuidados de saúde, provavelmente não tem também situação regularizada → temos 
aqui uma insuficiência de informação/de conhecimento sobre o funcionamento do SNS e isto cria 
obstáculos e efetivamente ao cuidado e muitas vezes a inexistência/ausência de cuidado. 
 Só à uma formal de contribuirmos para reduzir/diminuir esta exclusão dos serviços de saúde, 
que é levar os cuidados de saúde junto destas pessoas. → levar os cuidados a onde estas 
pessoas se encontram 
Serviços de educação – não quer dizer que as pessoas não tenham acesso à educação, mas pela 
sua condição de extrema vulnerabilidade e sem abrigo a maior parte deles não teve e não tem 
acesso a uma educação regular/educação formal. 
A educação é universal para todas as pessoas, mas efetivamente na prática isso nem sempre é 
assim, não dá resposta a estas necessidades, porque ela está desenhada/está estruturada para a 
normalidade. A sociedade funciona para um padrão de normatividade, este padrão abrange a 
maioria das pessoas, as pessoas que estão excluídas desse padrão tem dificuldade em aceder aos 
serviços basilares da vida social por isso é que encontram em absoluta exclusão social. 
São situações de vida de grande isolamento social, estão também excluídos das redes/relações 
sociais do dia-a-dia, das redes de amizade, das redes de colegas de trabalho e eventualmente 
também das redes de suporte familiar que muitas destas situações estão associadas a exclusão 
ou por autoexclusão, ou exclusão determinada pelas condições de vida das famílias. Portanto ali 
um isolamento social apesar de estarem no meio da rua. 
É o quotidiano social que tem alguma previsibilidade, 
que todos nós temos – hoje temos aulas, amanhã é 
fim de semana, temos uma família que nos ajuda a 
estruturar a nossa vida, temos um trabalho ou uma 
atividade de educação/ de formação – vida social 
regular; ter acesso às instituições e à satisfação das 
nossas unidades. 
As situações de sem-abrigos são mais visíveis nas grandes cidades, do que no interior/meio rural. 
Estes também excluídas do trabalho, será muito difícil o mercado de trabalho integrar pessoas 
nestas condições, por falta de formação, por falta de qualificação. Às vezes pode existir 
qualificação, mas esta condição de vida acaba por inibir o acesso/dificulta o acesso ao trabalho. 
E estão excluídas da aceitação em geral e da integração familiar, do grupo, de uma sociedade, de 
uma rotina, de uma vida social regular. 
O sem-abrigo é excluído máximo da exclusão social. 
Tem carência, tem pobreza absoluta e relativa e exclusão social 
Quando temos estas 3 vertentes em simultâneo (carência, pobreza e exclusão social), nos 
temos de facto as pessoas numa grande vulnerabilidade à saúde 
Estas pessoas (sem-abrigos) estão excluídas de tudo, da vida social, do acesso às instituições 
e também do acesso aos serviços essenciais em geral. 
2. Como poderá intervir enquanto enfermeiro? 4. Como prestar-lhes cuidados de 
saúde? 
➢ Levar os cuidados de saúde té junto 
destas pessoas 
➢ A intervenção da enfermagem pode 
passar sobretudo por duas grandes vertentes 
→ a nível das instituições de saúde e ao nível 
de projetos de parceria (estratégias 
precisamente para levar os cuidados de 
saúde junto das pessoas que estão sem-
abrigo → Portanto não ficar à espera que elas 
se desloquem até nós) 
Ao nível das instituições de saúde, colocamos aqui a área dos cuidados de saúde primários, com 
um agente fundamental para melhorar as doenças e efeitos. 
As pessoas podem ser sem-abrigos pelo modo de vida - é ela própria que decide ter essa forma de 
vida, a outra situação será da generalidade das pessoas – é a própria vida que leva a que as 
pessoas tenham acesso a condições - à um conjunto de fatores a nível social e também ausência 
das estruturas sociais – falta de eficácia das estruturas sociais que leva as pessoas a uma exclusão 
absoluta social de carência. 
Portanto, aqui as instituições de saúde podem e devem criar projetos de saúde na comunidade. 
Saúde diretamente prestada, onde estas pessoas se encontram. 
Levar a saúde junto destes grupos de grande vulnerabilidade – isto pode ser feito ao nível das USF, 
UCC, USP, porque são aquelas organizações que trabalham mais próximas da comunidade. Não 
quer dizer que não possam ser projetos a nível hospitalar, mas os cuidados hospitalares por 
definição são mais voltados para o utente que se desloca ao hospital. 
Esses projetos na saúde comunitária são passados por diagnóstico social (as suas necessidades); 
vigilância (acompanhamento ao longo tempo); rastreios (fundamentais para a saúde); prevenção e 
educação para a saúde (pois tem falta de informação); relação de confiança com os sem-abrigos 
(nunca devemos impor a nossa presença, mas procurar uma relação de confiança → normalmente 
não se consegue no primeiro dia, mas consegue-se com o tempo) 
Devemos procurar projetos multidisciplinares, em particular que tenha a medicina, que podem ser 
desenvolvidos com parceria, ex IPSS (instituições particulares de segurança social) que tem 
precisamente muito destes apoios no terreno. Esses apoios tem esta ausência, tem esta lacuna ao 
nível da presença de cuidados → a maior parte deles não tem cuidados de saúde incorporados. 
As câmaras também podem e devem ser parceiras, pois são responsáveis pela população da sua 
área geográfica. 
E as instituições de voluntariado que também temos várias em Portugal, que fazem um papel muito 
meritório, mas que são maioritariamente noutras áreas de apoio e não na saúde. 
OU SEJA, a pobreza e exclusão social são um grande fator de desigualdade em saúde, pelas 
condições próprias de vida das pessoas das pessoas que estão nesta situação, mas também 
porque em termos de respostas sociais os cuidados de saúde continuam ausentes, mas não 
integram a generalidade das tipologias de resposta nesta área. 
3. A que doenças estão expostos? 
Na verdade, à uma vulnerabilidade a todos tipo de patologias e podemos destacar dessas as de 
foro psicológico e psiquiátrico 
a saúde mental é incompatível com esta 
condição de vida, ou porque jã existe 
esta doença mental antes de estarem 
nesta forma de vida, ou vem obtendo à 
gravar-se. 
 Enfermagem - apoio psicológico e 
intervenção psiquiátrica seria o 
fundamental. 
Elas ou já existem ou pré-existem nesta 
situação ou agravam com esta situação 
ou são uma consequência desta situação → aqui devemos fazer planos específicos para intervir 
para tratar estas pessoas. 
Depois temos problemas de desequilíbrio nutricionais, alimentação desequilibrada que leva a 
subnutrição sobretudo ao desequilíbrio nutricional e a exposição de algumas patologias 
infetocontagiosas 
O que está a ser feito que as câmaras municipais têm alguns projetos de intervenção, 
nomeadamente quando estamos em situações mais extremas (ex: covid) que as pessoas estão 
mais vulneráveis às doenças infetocontagiosas.Cumprir regras básicas de proteção anticovid. 
Tivemos a elencar um conjunto de fatores de nível sociocultural que 
se reproduzem e se refletem na saúde, gerando desigualdades em 
saúde 
Síntese global desta abordagem: 
• As sociedades são simétricas 
• Existem desigualdades na sociedade – algumas mais acentuadas, outras menos 
• Estas desigualdades sociais refletem-se/reproduzem-se nas desigualdades em saúde, ou seja, 
quem se encontra numa condição de desigualdade social, tende haver essa desigualdade 
reproduzida na saúde 
o Na prática – quem é + desfavorecido socialmente tende a ter pior saúde, estão + expostas 
a um conjunto de doenças → isto vai retraduzir-se numa ↓ da EMV 
• Desigualdades sociais – tem haver com diferenças - diferenças de rendimento, diferenças de 
escolaridade, diferenças de recursos → assimetrias – uns tem mais que outros 
o Ex. tenho mais escolaridade do que a pessoa analfabética – isto é uma desigualdade 
social 
• Desigualdades em Saúde – diferenças na doença e na saúde e em particular na EMV 
o Ex. eu tenho mais escolaridade do que a pessoa analfabética, ela reflete-se na saúde, 
porque eu tenho mais informação, mais literacia em saúde, mais conhecimento de como 
funciona o SNS, eu tenho mais poder para comunicar e tenho mais recursos para 
comunicar e para descrever a minha sintomatologia, eu estou mais atenta aos sintomas 
da doença e eu intervenho mais precocemente – isto traduz-se numa espectativa de vida 
superior, num maior controlo da doença e também numa melhor saúde. 
Nada disto é terminisco – são tendência sociais 
• Dentro dos indicadores sociais, nós referimos 4 
o Género 
o Escolaridade 
o Etnicidade 
o Pobreza

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