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Coleta, transporte e processamento de amostras e pele e mucosas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
CAMPUS REALEZA 
CURSO DE MEDICINA VETERINARIA 
 
 
 
FALCÃO SODRÉ BLACK 
 
 
 
TRABALHO VI: 
COLETA, PROCESSAMENTO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS DE PELE E 
MUCOSAS 
 
 
 
 
 
 
REALEZA 
2021 
FALCÃO SODRÉ BLACK 
 
 
 
 
TRABALHO VI: 
COLETA, PROCESSAMENTO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS DE PELE E 
MUCOSAS 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para 
obtenção de nota, do CCR de 
Doenças Infecciosas dos Animais 
Domésticos do curso de Medicina 
Veterinária da Universidade 
Federal da Fronteira Sul. 
 
 
Orientador(a): Prof..ª Dr.ª Susana Regina de Mello Schlemper 
 
 
 
 
 
 
 
REALEZA 
2021 
COLETA, PROCESSAMENTO E TRANSPORTE DE AMOSTRAS DE PELE E 
MUCOSAS 
 
As causas das enfermidades que afetam a pele são muito variadas, estas podem 
ser de origens parasitarias, bacterianas, fúngicas, virais, neoplásicas, nutricionais, toxicas, 
físicas, congênitas e genéticas. Devido ao fato de a pele estar exposta a vários fatores 
externos, como contaminação e efeito do sol, que modificam o aspecto e a evolução da 
lesão, o diagnostico acaba sendo mais complexo de se obter. O diagnostico então deve se 
basear em informações clinicas, epidemiológicas e laboratoriais, este sempre deve ter um 
caráter diferencial. 
Os materiais de eleição usados para diagnostico são fragmentos de epitélio e de 
mucosas e exsudato (liquido vesicular) provenientes de lesões linguais, bucais, podais ou 
de úbere. Para a pesquisa direta de agentes em possíveis animais portadores do vírus da 
febre aftosa deve se utilizar material esofágico-faríngeo. 
Para se fazer coleta de amostras de líquido e tecido epitelial vesical, o liquido, 
deve ser colhido das vesículas integras com o auxilio de seringa e agulha estéril, já para 
os fragmentos de tecido epitelial vesicular, devem ser colhidos com tesoura ou bisturi e 
pinça estéril, sempre incluindo as bordas das lesões. Já para a colheita de amostras de 
úbere ou no espaço interdigital, deve se sempre higienizar a região de coleta com água 
limpa para remoção de sujeiras, evitando usar qualquer tipo de sabão ou antisséptico. 
Para realização de coleta de exsudato de mucosas, deve ser utilizado um swab 
estéril, friccionando energicamente o local. Após deve ser colocado o swab em um tubo 
de ensaio esterilizado com meio conservante apropriado para o transporte da amostra. 
Quando a amostra é um raspado de pele, deve ser colhida na periferia das áreas 
lesionadas utilizando uma lâmina de bisturi, fazendo um raspado profundo ao ponde de 
sangrar o ferimento e que permita a obtenção de um ‘’papa’’ de material de pele, sangue 
e pelos da região com cerca de 1g. A amostra deve ser colocada em coletor universal. 
Para biópsia de pele e mucosa a coleta deve ser feita de preferencia na área de 
transição da lesão, onde deve ser feito a tricotomia e antissepsia previa, após é inserido o 
“punch”, que deve ser girado e em seguida retirar o fragmento, ou pode ser feito com 
auxilio de pinça e tesoura para cortar o mesmo. Após a extração do fragmento, este deve 
ser submergido em um fragmento em meio Eagle ou em solução salina e outro em formol 
a 10%. 
Para se realizar a coleta do liquido esofágico-faríngeo (LEF), os animais sujeitos 
a coleta devem estar em jejum prévio de 12 horas, e uma hora antes da coleta administrar 
água para eliminar eventuais restos alimentares. Os coletores para as amostras devem ser 
previamente esterilizados (copo Probang). Na coleta, deve se introduzir o copo sobre a 
língua do animal, pressionando levemente na glote para que seja engolido, assim se 
realiza o raspado da mucosa esofágica-faríngea, sempre fazendo movimentos suaves, 
após deve-se retirar o copo com cuidado para não derramar o liquido. O material então 
deve ser transferido para um frasco de boca larga e adicionar uma quantidade igual de 
meio Earle 2X, fechar o frasco e agitar em seguida, e por fim fazer a desinfecção externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.SELECIONE 10 (DEZ) DOENÇAS INFECCIOSAS EM QUE AMOSTRAS DE 
PELE E/OU MUCOSAS CONSISTEM NO MATERIAL DE ELEIÇÃO PARA 
SEU DIAGNÓSTICO E CITE AS ESPÉCIES ACOMETIDAS. 
1.1 Febre Aftosa 
Acomete bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Nessa doença, para pesquisa 
direta de agente utiliza-se material esofágico-faríngeo. 
1.2 Varíola/Vaccinia (arthopoxvirus) 
Acomete bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equinos. 
1.3 Pseudovaríola 
Acomete apenas bovinos. 
1.4 Língua Azul 
Acomete bovinos, ovinos e caprinos. 
 
 
1.5 Estomatite Vesicular 
 
Acomete bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equinos. 
1.6 Diarreia Viral Bovina 
Acomete apenas bovinos. 
1.7 Exantema Vesicular do Suíno 
Acomete apenas suínos. 
1.8 Rinotraqueite Infecciosa Bovina/Vulvo Vaginite Postular Infecciosa 
Acomete apenas bovinos. 
1.9 Ectima Contagioso 
Acomete apenas ovinos e caprinos. 
 
1.10 Doença Vesicular do Suíno 
Acomete apenas suínos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CASTRO, AGM et al. Manual veterinário de colheita e envio de amostras. Rio de 
Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde, p. 48-63, 2010. Disponível em: 
https://iris.paho.org/handle/10665.2/33893 Acesso em: 05 ago. 2021.

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