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2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5 2 A HISTÓRIA DA FITOTERAPIA ...................................................................... 6 3 O NUTRICIONISTA E A FITOTERAPIA .......................................................... 8 4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A FITOTERAPIA ................................................ 9 5 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA ............. 10 6 LEGISLAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO BRASIL ........................................ 11 7 RESOLUÇÕES RELEVANTES ...................................................................... 13 8 POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS (PNPMF) ................................................................................................................... 15 9 FITOTERAPIA CLÍNICA E A PRESCRIÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS ..................................................................................................... 18 10 NORMAS PARA PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS PELO NUTRICIONISTA ...................................................................................................... 19 11 RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA (RDC) N° 225, DE 11 DE ABRIL DE 2018 .................................................................................................................... 21 12 MODELOS DE PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS: TINTURAS, CÁPSULAS, GÉIS E POMADAS COM DERIVADOS VEGETAIS ........................... 22 13 TINTURAS ...................................................................................................... 24 13.1 TINTURA DE Achillea millefolium L. ......................................................... 24 13.2 TINTURA DE Allium sativum L. ................................................................ 25 13.3 TINTURA DE Achyrocline satureioides (Lam.) DC. .................................. 26 13.4 TINTURA DE Aloysia polystachya (Griseb.) Moldenke ............................ 27 13.5 TINTURA DE Arctium lappa L. ................................................................. 28 13.6 TINTURA DE Baccharis trimera (Less.) DC. ............................................ 29 13.7 TINTURA DE Calendula officinalis L. ....................................................... 30 13.8 TINTURA DE Crataegus monogyna Jacq. ............................................... 32 13.9 TINTURA DE Curcuma longa L. ............................................................... 33 13.10 TINTURA DE Cynara scolymus L. ............................................................ 34 13.11 TINTURA DE Echinacea angustifolia DC. ................................................ 35 13.12 TINTURA DE Equisetum arvense L. ........................................................ 36 13.13 TINTURA DE Eucalyptus globulus Labill. ................................................. 38 13.14 TINTURA DE Foeniculum vulgare Mill. .................................................... 39 13.15 TINTURA DE Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos ........... 40 13.16 TINTURA DE Hypericum perforatum L. .................................................... 41 3 13.17 TINTURA DE Lavandula angustifolia Mill. ................................................ 43 13.18 TINTURA DE Leonurus cardiaca L. .......................................................... 44 13.19 TINTURA DE Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson ............... 45 13.20 TINTURA DE Lippia sidoides Cham. ........................................................ 46 13.21 TINTURA DE Melissa officinalis L. ........................................................... 47 13.22 TINTURA DE Mentha x piperita L. ............................................................ 49 13.23 TINTURA DE Mikania glomerata Spreng. ................................................ 50 13.24 TINTURA DE Passiflora alata Curtis ........................................................ 51 13.25 TINTURA DE Passiflora incarnata L. ........................................................ 52 13.26 TINTURA DE Phyllanthus niruri L............................................................. 53 13.27 TINTURA DE Plantago major L. ............................................................... 54 13.28 TINTURA DE Plectranthus barbatus Andrews ......................................... 55 13.29 TINTURA DE Punica granatum L. ............................................................ 56 13.30 TINTURA DE Salvia officinalis L. .............................................................. 57 13.31 TINTURA DE Sambucus nigra L. ............................................................. 58 13.32 TINTURA DE Serenoa repens (W. Bartram) Small .................................. 59 13.33 TINTURA DE Tanacetum parthenium (L.) Sch.Bip. .................................. 61 13.34 TINTURA DE Taraxacum officinale F.H. Wigg. ........................................ 62 13.35 TINTURA DE Valeriana officinalis L. ........................................................ 64 13.36 TINTURA DE Vitex agnus-castus L. ......................................................... 65 13.37 TINTURA DE Zea mays L. ....................................................................... 67 13.38 TINTURA DE Zingiber officinale Roscoe .................................................. 68 14 CÁPSULAS COM DERIVADOS VEGETAIS ................................................. 69 14.1 CÁPSULA COM Actaea racemosa L. ....................................................... 69 14.2 CÁPSULA COM Aesculus hippocastanum L. ........................................... 71 14.3 CÁPSULA COM Allium sativum L. ........................................................... 72 14.4 CÁPSULA COM Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt & R.M. Sm. ............. 74 14.5 CÁPSULA COM Crataegus monogyna Jacq. ........................................... 75 14.6 CÁPSULA COM Curcuma longa L. .......................................................... 76 14.7 CÁPSULA COM Cynara scolymus L ........................................................ 78 14.8 CÁPSULA COM Echinacea purpurea (L.) Moench .................................. 79 14.9 CÁPSULA COM Equisetum arvense L. .................................................... 80 14.10 CÁPSULA COM Eucalyptus globulus Labill. ............................................ 82 14.11 CÁPSULA COM Frangula purshiana (DC.) A. Gray ................................. 84 14.12 CÁPSULA COM Glycine max (L.) Merr. ................................................... 86 14.13 CÁPSULA COM Glycyrrhiza glabra L. ...................................................... 88 14.14 CÁPSULA COM Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. ............... 89 14.15 CÁPSULA COM Hypericum perforatum L. ............................................... 91 14.16 CÁPSULA COM Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek ............................... 93 14.17 CÁPSULA COM Mentha x piperita L. ....................................................... 94 14.18 CÁPSULA COM Peumus boldus Molina, Monimiaceae. .......................... 96 4 14.19 CÁPSULA COM Salix ............................................................................... 97 14.20 CÁPSULA COM Serenoa repens (W. Bartram) Small .............................. 99 14.21 CÁPSULA COM Silybum marianum (L.) Gaertn..................................... 100 14.22 CÁPSULA COM Tanacetum parthenium (L.) Sch.Bip. ........................... 101 14.23 CÁPSULA COM Taraxacum officinale F. H. Wigg. ................................. 103 14.24 CÁPSULA COM Trifolium pratense L. .................................................... 105 14.25 CÁPSULA COM Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.) DC..... 106 14.26 CÁPSULA COM Vaccinium macrocarpon Aiton ..................................... 107 14.27 CÁPSULA COM Vitex agnus-castus L. ..................................................109 15 GEIS ............................................................................................................. 110 15.1 GEL DE Aloe vera (L.) Burman f. ........................................................... 110 15.2 GEL DE Arnica montana L. .................................................................... 111 15.3 GEL DE Caesalpinia ferrea Mart. ........................................................... 112 15.4 GEL DE Calendula officinalis L............................................................... 113 15.5 GEL DE Lippia sidoides Cham. .............................................................. 113 16 POMADAS ................................................................................................... 114 16.1 POMADA DE Aloe vera (L.) Burman f. ................................................... 114 16.2 POMADA DE Arnica montana L. ............................................................ 115 16.3 POMADA DE Copaifera langsdorffii Desf. .............................................. 116 16.4 POMADA DE Cordia verbenacea DC. .................................................... 117 16.5 POMADA DE Symphytum officinale L. ................................................... 118 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 119 5 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 6 2 A HISTÓRIA DA FITOTERAPIA Fonte: img-21.ccm2.net/ O uso de plantas para tratamento de enfermidades já se fazia presente nas primeiras civilizações. Entretanto, somente a partir de relatos por escrito é que se pode traçar a história do uso das ervas (BRASIL, 2019). Um dos marcos históricos importantes sobre a utilização de plantas medicinais no mundo foi a Declaração de Alma Ata em 1978, onde foi reconhecido o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos com finalidade profilática, curativa e paliativa. Desde então a OMS passou a reconhecer as plantas medicinais e a Fitoterapia (IBIAPINA, 2014). No final da década de 1980 estimava-se que 80% dos habitantes de países em desenvolvimento dependiam da medicina popular para suprir suas necessidades básicas de saúde, e que 85% dos medicamentos produzidos pela medicina tradicional e popular envolviam o uso de extratos de plantas e ervas, portanto remédios produzidos com produtos da natureza próxima de onde residem esses habitantes. Estes números mostram a relevância das práticas integrativas a partir das culturas tradicionais bem como a importância do uso das plantas medicinais e fitoterápicos como forma de cuidado e atenção à saúde básica. Mostram também a eficácia desse tipo de tratamento médico bem como a importância da biodiversidade local para a saúde humana através da utilização dos métodos científicos que comprovam a 7 eficácia das plantas medicinais e fitoterápicos reforçando o seu uso nos cuidados com a saúde (CASTRO & FIGUEIREDO, 2019). A palavra Fitoterapia tem origem grega e resulta da combinação dos termos Phito = plantas e Therapia = tratamento e, de acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, seu significado é “Tratamento de doença mediante o uso de plantas”. É o estudo das plantas medicinais e suas aplicações nos tratamentos de morbidades, seja na prevenção, alívio ou cura das doenças (PEREIRA, 2019). A utilização de produtos que a natureza oferece como recurso terapêutico é tão antiga quanto a civilização humana e, por um longo tempo, produtos derivados de minerais, vegetais e animais constituíram o arsenal terapêutico (BRASIL, 2012). A história do uso de plantas medicinais, vem desde dos tempos remotos, evidenciado que elas fazem parte da evolução humana e foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos. Afirmando-se que o hábito de recorrer às virtudes curativas de certos vegetais se trata de uma das primeiras manifestações do antiquíssimo esforço do homem para compreender e utilizar a natureza para a cura das suas doenças e sofrimentos .O aproveitamento da natureza para desfecho fitoterápico é antigo, assim como a civilização humana, e há muito tempo os produtos de origem mineral, vegetal e animal foram essenciais para a área da saúde. De modo histórico as plantas medicinais valiosas como fitoterápicos e na descoberta de novos fármacos, encontrada no reino vegetal a maior contribuição para o medicamento (SACRAMENTO et al, 2019). No Brasil, a história da utilização de plantas, no tratamento de doenças, apresenta influências da cultura africana, indígena e europeia. A contribuição dos escravos africanos com a tradição do uso de plantas medicinais, em nosso país, se deu por meio das plantas que trouxeram consigo, que eram utilizadas em rituais religiosos e também por suas propriedades farmacológicas, empiricamente descobertas (Flor & Barbosa, 2015). Os índios que aqui viviam, dispostos em inúmeras tribos, utilizavam grande quantidade de plantas medicinais e, por intermédio dos pajés, este conhecimento das ervas locais e seus usos foi transmitido e aprimorado de geração em geração. Os primeiros europeus que chegaram ao Brasil depararam-se com estes conhecimentos, que foram absorvidos por aqueles que passaram a viver no país e a sentir a necessidade de viver do que a natureza lhes 8 tinha a oferecer, e também pelo contato com os índios que passaram a auxiliá-los como "guias". Tais fatos fizeram com que os europeus ampliassem seu contato com a flora medicinal brasileira e a utilizassem para satisfazer suas necessidades alimentares e medicamentosas (MINEIRO, 2015). 3 O NUTRICIONISTA E A FITOTERAPIA Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com A ementa da Resolução nº 556, de 2015 do Conselho Federal de Nutrição (CFN) regulamenta que a prescrição de plantas medicinais e chás medicinais é permitida a todos os nutricionistas, ainda que sem título de especialista e a prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética, é permitida ao nutricionista desde que seja portador do título de especialista em Fitoterapia (BRASIL, 2015). Ao agregar a fitoterapia a sua prática profissional, ainda que recomendada por organismos internacionais e regulamentada pelo Ministério da Saúde, o Nutricionista assume passar por um novo momento de qualificação, para que os objetivos de segurança e eficácia propostos pela Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos sejam alcançados. Essas condições são fundamentais quando se trata 9 de prática que tem base teórica própria, e reconhecidos efeitos adversos e interação com outras plantas, medicamentos e alimentos (SANTOS et al, 2019). O nutricionista poderá utilizar a fitoterapiacomo coadjuvante nas terapias relacionadas ao seu campo de conhecimento específico. É importante ressaltar que o CFN não exige dos profissionais especialização para prescrever plantas medicinais, somente orienta que a atualização deve ser constante. O nutricionista deverá sempre enfatizar a importância de uma alimentação saudável, mesmo identificando a necessidade da prescrição de plantas medicinais. O foco do nutricionista tem que estar no alimento e manutenção da saúde (OLIVEIRA et al, 2017). . Os fitoterápicos prescritos devem ser exclusivamente para consumo via oral e possuir indicações de uso relacionadas com o campo de atuação do nutricionista. Além destes aspectos técnicos, o nutricionista deve também observar os aspectos legais que regulamentam a notificação e o registro de plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos, observando sempre as restrições de prescrição e comercialização destes produtos (BRASIL, 2018). 4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A FITOTERAPIA Fonte: biovip.pt/media/ Atualmente, a fitoterapia é parte importante de diversos estudos na área da saúde, vindo a considerar a utilização desta medicina alternativa como uma excelente possibilidade terapêutica para a população. No entanto, esta requer seriedade em seu uso e indicação, pois apesar de ser um método terapêutico natural, também apresenta contra indicações, efeitos colaterais, dosagens ideais e formas de uso específicas. 10 Quando bem utilizada e administrada por profissionais aptos, essa terapia alternativa pode proporcionar consideráveis benefícios, já que o olhar destes sobre o paciente é sempre de forma integral, observando aspectos físicos, emocionais, sociais, levando em consideração esse conjunto como um todo. Quando a necessidade é levantada e, a partir dela, avalia-se a origem daquela alteração, buscando o reequilíbrio deste organismo, cuidando da causa e não somente do sintoma (VITORINO et al, 2020). Inegavelmente, os fitoterápicos têm um papel importante como terapia alternativa; contudo, a ideia básica na indicação desses na medicina humana não é substituir medicamentos já registrados e comercializados com eficácia comprovada, mas aumentar a opção terapêutica, ofertando para a população medicamentos equivalentes, com o mesmo padrão de eficácia e segurança (VITORINO et al, 2020). A regulamentação da prescrição fitoterápica por profissionais nutricionistas se deu através da Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) 402/077, cujo texto não especifica qualquer tipo de especialização como condição para essa prática, limitando-se a recomendar devida capacitação para os que optarem pela utilização dos produtos que são objeto da resolução. Torna-se relevante ressaltar aqui que o CFN, com base nessas considerações, editou a Resolução CFN 525/2013, que revogou a anteriormente vigente e estabeleceu novas regras para a prática da fitoterapia pelo nutricionista (BRASIL, 2013). 5 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA Fonte: notícias.uol.com.br 11 No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) incorporou os princípios da Reforma Sanitária, levando o SUS a adotar a designação de Atenção Básica à Saúde (ABS), para enfatizar a reorientação do modelo assistencial, a partir de um sistema universal e integrado de atenção à saúde (MATTA & MOROSINI, 2015). A utilização de plantas medicinais e da fitoterapia na atenção primária à saúde vem com a finalidade de aumentar os recursos terapêuticos, resgatar saberes populares, preservar a biodiversidade, fomentar a agroecologia ambiental, popular e permanente. Além da necessidade de ampliação das opções terapêuticas do Sistema Único de Saúde (ANTÔNIO et al., 2014) ao se pensar em fitoterápicos e plantas medicinais como nova proposta terapêutica pode-se, quem sabe reduzir a dependência tecnológica, estimular o uso sustentável da biodiversidade brasileira, a valorização e preservação dos conhecimentos tradicionais e o uso racional e adequado desses produtos, através do desenvolvimento de ações baseadas nas diretrizes do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e ações locais voltadas para as práticas integrativas e aos medicamentos da biodiversidade (MACEDO, 2016). Os fitoterápicos são também importantes para a saúde por se constituírem uma alternativa à carência de acesso a medicamentos alopáticos, sendo incorporados aos vários Programas de Fitoterapia como opção terapêutica eficaz e de baixo custo (BRASIL, 2017). 6 LEGISLAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO BRASIL Os medicamentos fitoterápicos, assim como todos os medicamentos, são caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. A eficácia e a segurança devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e clínicos (BRASIL, 2010). 12 Fonte: metropoles.com No Brasil, o órgão central responsável pela regulamentação de plantas medicinais e seus derivados é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), autarquia do Ministério da Saúde que tem como papel a proteção e promoção da saúde humana garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e participando da construção de seu acesso universal (BALBINO, 2010). A regulamentação de fitoterápicos no país remonta dos anos 80, a Portaria nº 212 de 11 de setembro de 1981 no item 2.4.3, definiu o estudo de plantas medicinais como uma das prioridades de investigação clínica. Em 1982 o MS lançou o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos, a fim de obter o desenvolvimento de uma terapêutica alternativa e complementar. E mais atual como vimos anteriormente em 2006, foram criadas a PNPIC e a PNPMF (MACEDO, 2016). No que diz respeito ao controle na produção e distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos a normatização do MS ocorre por meio das resoluções elaboradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Atualmente a principal regulamentação sobre plantas medicinais e fitoterápicos é a Resolução nº 26 de 2014 que revogou as Resoluções nº 14/2010 e nº 10/2010 (BRASIL, 2014). 13 7 RESOLUÇÕES RELEVANTES Fonte: conselhodesaude.rj.gov.br A produção, prescrição e distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos é regulada pela ANVISA, sendo assim, algumas legislações devem ser observadas e compreendidas a fim de atender as normas sanitárias e garantir a qualidade dos serviços ofertados no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos (MACEDO,2016). A RDC nº 26 de 13 de maio de 2014 dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos, o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos, abrange os produtos industrializados que se enquadram como medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos e estabelece os requisitos mínimos para registro e renovação de registro e notificação desses produtos e assuntos relacionados (BRASIL, 2014). Outras resoluções publicadas pela ANVISA relacionam-se com a produção e distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos, como a RDC nº 67 de 08 de outubro de 2007, que dispõe sobre as boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácia (BRASIL, 2007), e a RDC nº 87 de 21 de novembro de 2008 que altera a RDC nº 67/2007,(BRASIL, 2008) que apresenta atualização em relação ao controle de qualidade de matérias primas vegetais e ainda sobre a prescrição de medicamentos manipulados. Vale ainda citar aqui a resolução RDC nº 17 de 16 de abril de 2010, que estabelece os requisitos 14 mínimos a serem seguidos na fabricação de medicamentos para padronizar a verificação do cumprimento das Boas Práticasde Fabricação de Medicamentos (BPF) de uso humano durante as inspeções sanitárias nos artigos de 591 a 607 que apresenta as boas práticas de fabricação de medicamentos fitoterápicos (BRASIL, 2010). As Resoluções CFN 525/2013 e CFN 556/2015 regulamentam a prática da Fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe autoridade para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais e chás medicinais, medicamentos, produtos tradicionais e preparações magistrais de fitoterápicos como complemento da prescrição dietoterápica, a depender das seguintes condições que serão citadas a seguir: I - A prescrição de plantas medicinais e chás medicinais é permitida a todos os nutricionistas, ainda que sem título de especialista; II - A prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética, é permitida ao nutricionista desde que seja portador do título de especialista em Fitoterapia; III - Para a outorga do título de especialista em Fitoterapia, a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) adotará regulamentação própria, a ser amplamente divulgada aos interessados, prevendo os critérios que serão utilizados para essa titulação; IV - Não se aplicará o disposto no item III aos nutricionistas que, até a data de publicação da Resolução CFN 556/2015, estejam matriculados ou tenham obtido certificado de conclusão de cursos de pós-graduação Lato Sensu, com ênfase na área de fitoterapia relacionada à nutrição; V – Aos nutricionistas não inclusos no item IV, será permitido, depois de registrarem o certificado de conclusão de curso de pós-graduação Lato Sensu, o exercício das competências previstas no item II (BRASIL, 2015). Por fim, ressalta-se que para a prescrição de fitoterápicos e de preparações magistrais, o nutricionista deverá seguir as normas estabelecidas nas Resoluções CFN 525/2013 e CFN 556/2015, que tratam sobre essa temática. A prescrição desses produtos exige pleno conhecimento do assunto, cabendo ao nutricionista 15 responsabilidade ética, civil e criminal quanto aos efeitos da sua prescrição na saúde do indivíduo, considerando as reações adversas que podem ocorrer, efeitos colaterais e interação com outras plantas, medicamentos e alimentos assim como os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos (BRASIL, 2015). 8 POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS (PNPMF) Fonte: ibes.med.br A criação de uma política de âmbito nacional para o uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos foi resultado de uma luta que remonta à época anterior à criação do SUS, em que diversos atores, como pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e usuários tiveram papel fundamental (BRASIL, 2006). A implementação da Fitoterapia no SUS representa, além da incorporação de mais uma terapêutica ao arsenal de possibilidades de tratamento à disposição dos profissionais de saúde, o resgate de uma prática milenar, onde se imbricam o conhecimento científico e o conhecimento popular e seus diferentes entendimentos sobre o adoecimento e as formas de tratá-lo. Pelo fato de o uso da Fitoterapia se embasar nesses dois tipos de conhecimento, aparentemente divergentes, resultam entendimentos diferentes sobro seu uso (FIGUEREDO, 2014). 16 A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi criada em 2006, pelo Decreto nº 5.813. As diretrizes da política foram detalhadas como ações no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – Portaria Interministerial nº 2.960/2008 –, assinada por 10 ministérios: Casa Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cultura; Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Integração Nacional; Meio Ambiente e Saúde. O objetivo da Política e do Programa é “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”. O objetivo geral da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é: Garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional. Os objetivos específicos é: Ampliar as opções terapêuticas aos usuários, com garantia de acesso a plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e qualidade, na perspectiva da integralidade da atenção à saúde, considerando o conhecimento tradicional sobre plantas medicinais. Construir o marco regulatório para produção, distribuição e uso de plantas medicinais e fitoterápicos a partir dos modelos e experiências existentes no Brasil e em outros países. Promover pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e inovações em plantas medicinais e fitoterápicos, nas diversas fases da cadeia produtiva. Promover o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de plantas medicinais e fitoterápicos e o fortalecimento da indústria farmacêutica nacional neste campo. Promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios decorrentes do acesso aos recursos genéticos de plantas medicinais e ao conhecimento tradicional associado. As diretrizes são: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5813.htm http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/pri2960_09_12_2008.html 17 1. Regulamentar o cultivo, o manejo sustentável, a produção, a distribuição e o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, considerando as experiências da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização. 2. Promover a formação técnico-científica e capacitação no setor de plantas medicinais e fitoterápicos. 3. Incentivar a formação e a capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação em plantas medicinais e fitoterápicos. 4. Estabelecer estratégias de comunicação para divulgação do setor plantas medicinais e fitoterápicos. 5. Fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com base na biodiversidade brasileira, abrangendo espécies vegetais nativas e exóticas adaptadas, priorizando as necessidades epidemiológicas da população. 6. Promover a interação entre o setor público e a iniciativa privada, universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais na área de plantas medicinais e desenvolvimento de fitoterápicos. 7. Apoiar a implantação de plataformas tecnológicas piloto para o desenvolvimento integrado de cultivo de plantas medicinais e produção de fitoterápicos. 8. Incentivar a incorporação racional de novas tecnologias no processo de produção de plantas medicinais e fitoterápicos. 9. Garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso a plantas medicinais e fitoterápicos. 10. Promover e reconhecer as práticas populares de uso de plantas medicinais e remédios caseiros. 11. Promover a adoção de boas práticas de cultivo e manipulação de plantas medicinais e de manipulação e produção de fitoterápicos, segundo legislação específica. 12. Promover o uso sustentável da biodiversidade e a repartição dos benefícios derivados do uso dos conhecimentos tradicionais associados e do patrimônio genético. 18 13. Promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos das plantas medicinais, insumos e fitoterápicos. 14. Estimular a produção de fitoterápicos em escala industrial. 15. Estabelecer uma política intersetorial para o desenvolvimento socioeconômico na área de plantas medicinais e fitoterápicos. 16. Incrementar as exportações de fitoterápicose insumos relacionados, priorizando aqueles de maior valor agregado. 17. Estabelecer mecanismos de incentivo para a inserção da cadeia produtiva de fitoterápicos no processo de fortalecimento da indústria farmacêutica nacional (BRASIL, 2008). 9 FITOTERAPIA CLÍNICA E A PRESCRIÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Fonte: brancoeverde.com.br A prescrição medicamentosa no Brasil é atribuída a profissionais legalmente habilitados para tal função. De acordo com a história, o médico é o profissional habilitado para o diagnóstico e prescrição de medicamentos na medicina humana, os médicos veterinários na medicina veterinária e os cirurgiões dentistas para o uso odontológico. Contudo, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas podem realizar prescrição e/ou indicação de medicamento respeitando a legislação vigente e estando 19 regularmente inscritos nos respectivos conselhos profissionais. No contexto dos profissionais habilitados a prescrever, somente os cirurgiões dentistas, farmacêuticos e nutricionistas possuem legislação específica para reconhecer e regulamentar a prescrição de fitoterápicos (MACEDO, 2016). Para o farmacêutico a prescrição é regulamentada pela resolução nº 546 de 21 de julho de 2011, sendo uma legislação específica, da mesma forma ocorre na nutrição, onde a resolução 525/2013 regulamenta a prática da fitoterapia na nutrição. A enfermagem é outra profissão que pode prescrever dentro das normas do exercício profissional (Lei nº 7.498/1986), com a revogação da resolução 272/2002 os enfermeiros podem prescrever desde que façam parte da equipe multiprofissional dos programas de saúde e dentro de protocolos pré-estabelecidos (Portaria 648/GM/2006 - Política Nacional de Atenção Básica). A fisioterapia também não possui legislação específica na área da fitoterapia, desta forma sua atuação nesta área fica sujeita ao regulamento de atuação do profissional deliberado pelo Conselho de Classe e no SUS ao previsto nos protocolos dos programas de saúde (MACEDO, 2016). 10 NORMAS PARA PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS PELO NUTRICIONISTA Fonte: nutricaoesteticabrasil.com.br 20 Na nutrição, a Resolução 525/2013 do Conselho Federal de Nutricionistas regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da prescrição dietética e, dá outras providências (BRASIL, 2015). Segundo as informações contidas no Art. 2º desta resolução, o nutricionista poderá adotar a fitoterapia para complementar a sua prescrição dietética somente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso relacionadas com o seu campo de atuação e estejam embasadas em estudos científicos ou em uso tradicional reconhecido (BRASIL, 2015). A competência para a prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais é atribuída ao nutricionista sem especialização, enquanto a competência para prescrição de fitoterápicos e de preparações magistrais é atribuída exclusivamente ao nutricionista portador de título de especialista ou certificado de especialização nessa área. A legislação atual estabelece que a prescrição de plantas medicinais ou drogas vegetais deverá ser legível, conter o nome do paciente, data da prescrição e identificação completa do profissional prescritor (nome e número do CRN, assinatura, carimbo, endereço e forma de contato) e conter todas as seguintes especificações quanto ao produto prescrito: I - nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular; II - parte da planta utilizada; III - forma de utilização e modo de preparo; IV - posologia e modo de usar; V - tempo de uso. Para prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais, deve-se considerar que estas devem ser preparadas unicamente por decocção, maceração ou infusão, conforme indicação, não admitindo-se que sejam prescritas sob forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, xarope, spray ou qualquer outra forma farmacêutica, nem utilizadas quando submetidas a outros meios de extração, tais como extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, nem como fitoterápicos ou em preparações magistrais. A prescrição de preparações magistrais e de fitoterápicos deverá ser feita 21 exclusivamente a partir de matérias-primas derivadas de drogas vegetais, não sendo permitido o uso de substâncias ativas isoladas, mesmo as de origem vegetal, ou das mesmas associadas a vitaminas, minerais, aminoácidos ou quaisquer outros componentes. Partes de vegetais quando utilizadas para o preparo de bebidas alimentícias, sob a forma de infusão ou decocção, sem finalidades fármaco- terapêutica, são definidas como alimento e não constituem objeto de discussão desta Resolução (BRASIL, 2015). 11 RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA (RDC) N° 225, DE 11 DE ABRIL DE 2018 Fonte: farmajunior.com.br A partir de agora será discutido sobre a RDC n° 225, de 11 de abril de 2018 que dispõe sobre a aprovação do 1º Suplemento do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, em sua 1ª edição. Trata-se de um material de domínio público que objetiva trazer informações atualizadas a respeito da fitoterapia, tendo como característica importante o respaldo científico. A seguir, são apresentadas as informações contidas na resolução (BRASI, 2018) A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da Lei nº 9.782, 22 de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado em reunião realizada em 6 de março de 2018, e eu, Diretor- Presidente (Jarbas Barbosa da Silva Jr.), determino a sua publicação. Art. 1°: Fica aprovado o 1º Suplemento do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição. Art. 2º: Este Suplemento compreende as seguintes atualizações ao texto do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1º edição: I - inclusão dos seguintes capítulos: a. Cápsulas com derivados vegetais. II - alteração da redação dos seguintes capítulos: a. Generalidades; e b. Tinturas. Art. 3º: A publicação do 1º Suplemento do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição se dará por meio eletrônico, no Portal da ANVISA. Art. 4º: Esta Resolução entrará em vigor em cento e oitenta (180) dias, contados a partir da data da publicação do arquivo digital com os textos técnicos no sítio eletrônico da ANVISA, em conformidade com o art. 3º desta Resolução (BRASIL, 2018). 12 MODELOS DE PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS: TINTURAS, CÁPSULAS, GÉIS E POMADAS COM DERIVADOS VEGETAIS A tintura é uma forma de preparação em que se extrai os princípios ativos das plantas medicinais, utilizando-se álcool. A tintura pode ser preparada com plantas frescas ou secas, previamente picadas ou maceradas. O procedimento para o preparo de tintura é o mesmo para qualquer parte da planta: raízes, caules, flores ou folhas. Normalmente utiliza-se preferencialmente o álcool de cereais. Não é recomendada a administração de tinturas a menores de 18 anos, alcoolistas e diabéticos, em função do teor etílico na formulação. Pelo mesmo motivo, 23 recomenda-se evitar operar equipamentos e máquinas ou dirigir, após a ingestão do fitoterápico nessa forma farmacêutica. Fonte: guiadafarmácia.com.br Grande parte dos medicamentos e suplementos usados no dia a dia vem em forma de cápsulas. O que a maioria das pessoas não sabe é que existe mais de uma variedade e que ao tomar algumas delas o indivíduo está ingerindo, além da substância medicamentosa, outros elementos comocorantes artificias, amido, glúten, lactose, aditivos e conservantes. Dessa forma, as mesmas não são indicadas à pacientes com algumas restrições e intolerâncias alimentares, bem como religiosas. Uma saída mais segura e saudável são as cápsulas vegetais. Elas mascaram de maneira eficaz o odor e sabor residual dos fármacos, não possui derivados animais e evitam que a ação da umidade influencie na estabilidade física e química da fórmula final. A seguir, alguns modelos de prescrição de tinturas e fitoterápicos em cápsulas vegetais serão exemplificados. 24 13 TINTURAS 13.1 TINTURA DE Achillea millefolium L. Fonte: amazon.com Nomenclatura popular: Mil-folhas e mil-em-rama Fórmula: Parte aérea 20 g Álcool etílico 45% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação ou a plantas da família Asteraceae. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do produto um médico deve ser consultado. Reações de hipersensibilidade na pele de frequência não conhecida foram relatadas com o uso do produto. Não usar em pessoas com úlceras gastroduodenais ou com obstrução das vias biliares. Não usar com anticoagulantes e anti-hipertensivos. Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos, flatulência, inflamação, como colerético e antiespasmódico. 25 Modo de usar: Uso oral. Tomar 5 mL da tintura, três vezes ao dia, entre as refeições ou tomar 2 a 4 mL, diluídos em meio copo com água, três a quatro vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.2 TINTURA DE Allium sativum L. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: alho Fórmula: Componentes Quantidade Bulbilho pulverizado 20 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL. Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. O consumo de alho pode aumentar o risco hemorrágico durante e após cirurgias. Suspender o uso sete dias antes de cirurgias. O uso concomitante com medicamentos antiagregantes plaquetários, tais como ácido acetilsalicílico e varfarina, pode aumentar o tempo de 26 sangramento. A ingestão de A. sativum e seus derivados em jejum pode ocasionalmente causar pirose, náusea, vômitos e diarreia. O odor de alho exalado pela pele e pela respiração pode ser perceptível. O uso concomitante com medicamentos antirretrovirais tais como saquinavir, pode levar a falhas na terapia antirretroviral e possível resistência a esses fármacos. A coadministração com atorvastatina pode aumentar a meia vida desse medicamento devido a inibição da CYP3A4. O consumo de A. sativum pode potencializar o efeito diurético da hidroclorotiazida. O aumento da biodisponibilidade de alguns fármacos anti- hipertensivos, como o captopril, pode ocorrer. Pode diminuir a efetividade da clorzoxazona por induzir o seu metabolismo. Indicações: Auxiliar nos sintomas associados a infecções das vias aéreas superiores com presença de secreção. Modo de usar: Uso oral. Tomar 10 mL da tintura, diluídos em 75 mL de água, duas vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.3 TINTURA DE Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Fonte: tuasaude.com Nomenclatura popular: Macela Fórmula: Componentes Quantidade Inflorescência rasurada 10 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL 27 Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação ou a plantas da família Asteracea. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico, um médico deve ser consultado. Pode, em casos raros, provocar vertigem, cefaleia, dermatite, alergia ocular e fotodermatite. Pessoas hipoglicêmicas devem pedir orientação aos prescritores antes do uso. Pode potencializar o efeito de insulina, barbitúricos e outros sedativos. Indicações: Auxiliar no tratamento sintomático de processos inflamatórios das vias aéreas superiores e distúrbios gastrintestinais. Modo de usar: Uso oral. Tomar 3 a 9 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.4 TINTURA DE Aloysia polystachya (Griseb.) Moldenke Fonte: darwin.edu.ar Nomenclatura popular: Aloisia 28 Fórmula: Componentes quantidade folha 10 g álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Pode prejudicar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Considerando que o óleo essencial de A. polystachya contém mais de 70% de carvona) e que essa substância apresenta ação ansiolítica, não é recomendado o uso de tintura de A. polystachya a pessoas que façam uso de medicamento com ação ansiolítica, pois pode potencializar esse efeito. Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos, espasmos e na redução da sensação de plenitude gástrica. Como ansiolítico leve. Modo de usar: Uso oral. Tomar de 3 a 9 mL da tintura, diluídos em 75 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.5 TINTURA DE Arctium lappa L. Fonte: Pixabay.com 29 Nomenclatura popular: Bardana. Fórmula: Componentes Quantidade Raiz rasurada 10 g Álcool etílico 45% q.s.p. 100 mL Componentes Quantidade Raiz rasurada 20 g Álcool etílico 25% q.s.p. 100 mL. Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem ou persistirem por mais de duas semanasdurante o uso do fitoterápico, ou se ocorrer febre, disúria, espasmos ou sangue na urina, um médico deve ser consultado. Deve- se garantir a ingestão de quantidade adequada de água durante o tratamento. Choque anafilático já foi relatado com o uso do fitoterápico, entretanto, sua frequência é desconhecida. O uso concomitante com insulina pode requerer ajuste de dose da última. Indicações: Auxilia no aumento do fluxo urinário nos distúrbios urinários leves, como auxiliar na inapetência temporária. Modo de usar: Uso oral. Tomar 8 a 12 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.6 TINTURA DE Baccharis trimera (Less.) DC. Nomenclatura popular: Carqueja Fórmula: Componentes Quantidade Caule alado rasurado 10 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL. Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. 30 Fonte: Pixabay.com Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação ou a plantas da família Asteraceae. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. O uso deve ser restrito no máximo, a duas semanas. Pode interagir com medicamentos hipoglicemiantes, sendo necessário ajustar a dose desses últimos. Deve ter o uso interrompido duas semanas antes de cirurgias. Indicações: Auxilia no alívio dos sintomas dispépticos. Modo de usar: Uso oral. Tomar 3 a 9 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, duas vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.7 TINTURA DE Calendula officinalis L. Nomenclatura popular: Calêndula Fórmula: Componentes Quantidade Flores rasuradas 20 g Álcool etílico 70 a 90% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. 31 Fonte: Pixabay.com Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação ou a plantas da família Asteraceae. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem ou persistirem por mais de uma semana durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Se sinais de infecção cutânea forem observados, um médico deve ser consultado. Pode ocorrer sensibilização dérmica de frequência desconhecida. Se ocorrerem qualquer outro evento adverso não mencionado, um médico deve ser consultado. Em raros casos, pode causar dermatite de contato. Indicações: Auxiliar no tratamento sintomático de afecções inflamatórias leves da pele, boca e garganta. Modo de usar: Uso externo. Para aplicação na pele: Diluir 1:3 em água e aplicar no local indicado por meio de compressa de duas a quatro vezes ao dia. Remover a compressa após 30 a 60 minutos. Na cavidade bucal, administrar por bochechos e gargarejos 2 ml da tintura em 100 mL de água de duas a quatro vezes ao dia (BRASIL, 2018). 32 13.8 TINTURA DE Crataegus monogyna Jacq.; Crataegus rhipidophylla Gand. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Cratego Fórmula: Componentes Quantidade Sumidade florida 22-28 g Álcool etílico 35% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Em caso de edema de membros inferiores, dor precordial com irradiação para membros superiores, abdômen superior ou região cervical, ou dificuldade respiratória (dispneia), um médico deverá ser consultado imediatamente. Pode potencializar os efeitos de medicamentos e espécies vegetais cardiotônicas e glicosídeos cardioativos. Indicações: Auxiliar no tratamento de sintomas decorrentes da ansiedade cardíaca temporária, como palpitações provocadas por estresse e desconforto precordial, desde que afecções graves tenham sido excluídas por um médico. Modo de usar: Uso oral. Tomar 1 a 1,5 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 33 13.9 TINTURA DE Curcuma longa L. Fonte: oparana.com.br NOMENCLATURA POPULAR: Cúrcuma Fórmula: Rizoma 10 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em mulheres tentando engravidar, gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Não usar em pessoas com cálculos biliares, obstrução dos ductos biliares e úlceras gastroduodenais. Deve ser evitada a exposição solar excessiva quando do uso do produto. Não deve ser usado em altas doses junto com medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários. Leves sintomas de boca seca, flatulência e irritação gástrica podem ocorrer, entretanto, a frequência não é conhecida. Se outras reações adversas surgirem, um profissional de saúde deve ser consultado. A coadministração com paracetamol pode aumentar a toxicidade desse último, devido a indução de CYP1A2. 34 Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos (tais como sensação de plenitude, flatulência e digestão lenta) como colagogo e colerético. Auxiliar em afecções inflamatórias. Modo de usar: Uso oral. Como antidispéptico: tomar 0,5 a 1 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia. Como anti-inflamatório: tomar 1 a 3 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.10 TINTURA DE Cynara scolymus L. Fonte: uol.com.br Nomenclatura popular: Alcachofra Fórmula: Componentes Quantidade Folha 20 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação e a plantas da família Asteraceae. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve35 ser consultado. Não usar em pessoas com cálculos biliares e obstrução dos ductos biliares. Não usar em caso de tratamento com anticoagulantes. Em casos raros podem ocorrer distúrbios gastrintestinais, incluindo diarreia, náuseas e pirose. O uso concomitante com diuréticos em presença de hipertensão arterial ou cardiopatias deve ser realizado sob estrita supervisão médica, dada a possibilidade de haver descompensação da pressão arterial, ou, se a eliminação de potássio é considerável, uma potencialização de drogas cardiotônicas. A ocorrência de hipersensibilidade foi relatada para C. scolymus, sendo atribuída à presença de lactonas sesquiterpênicas como a cinaropicrina. Pode reduzir a eficácia de medicamentos que interferem na coagulação sanguínea, como ácido acetilsalicílico e anticoagulantes cumarínicos (ex. varfarina). Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos, como antiflatulento e diurético, auxiliar na prevenção da aterosclerose. Auxiliar no tratamento de dislipidemia mista leve a moderada e como colagogo. Modo de usar: Uso oral. Primeiro Suplemento do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição 37 Tomar de 2,0 a 5,0 mL da tintura, diluídos em 75 mL de água, uma a três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.11 TINTURA DE Echinacea angustifolia DC. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Equinácea 36 Fórmula: Componentes Quantidade Raiz pulverizada 20 g Álcool etílico 45% 100 mL Orientações para o preparo Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação e a espécies da família Asteraceae. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Se houver agravamento ou persistência dos sintomas por mais de três dias ou se ocorrer febre alta durante a utilização do medicamento, um médico deverá ser consultado. Não recomendado em casos de doenças sistêmicas progressivas como tuberculose, colagenoses, esclerose múltipla, infecção por HIV/AIDS e outras doenças autoimunes. Há um possível risco de reações anafiláticas em pessoas atópicas, que devem, previamente, consultar o seu médico antes de usar equinácea). Pode compensar ou minimizar o efeito de drogas imunossupressoras, tais como ciclosporina e corticoides. Não deve ser usada concomitantemente com medicamentos reconhecidamente hepatotóxicos, tais como esteroides anabólicos, amiodarona, metotrexato e cetoconazol: Indicações: Auxiliar no tratamento sintomático do resfriado comum. Modo de usar: Uso oral. Tomar 1 a 2 mL, diluídos em 50 mL de água, duas a três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.12 TINTURA DE Equisetum arvense L. Nomenclatura popular: Cavalinha Fórmula: Componentes Quantidade Parte aérea pulverizada 20 a 25 g Álcool etílico 31,5% 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. 37 Fonte: bomjardimnoticia.com.br Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Não é recomendado em condições nas quais a ingestão de líquidos deva ser reduzida (por exemplo, doença cardíaca ou renal severas ou obstrução do trato urinário). Deve-se garantir que a ingestão de líquidos seja satisfatória. Se ocorrer febre, disúria, dor espasmódica ou hematúria durante a utilização do fitoterápico, um médico deverá ser consultado. Em excesso pode provocar carência de vitamina B1 (tiamina). Não deve ser feito uso prolongado devido ao alto conteúdo de sílica inorgânica presente e a atividade tiaminase da espécie pode causar deficiência de tiamina. Pode haver interação com digitalis e glicosídeos cardioativos, devido à perda de potássio associada ao efeito diurético. Realizar teste de detecção para observação de adulteração com a espécie E. palustre, ou presença de alcaloides palustrínicos na matéria-prima vegetal e seus derivados. O fitoterápico só deverá ser liberado para consumo quando negativo para os testes acima descritos. Indicações: Auxiliar em distúrbios urinários leves e como diurético suave nos casos de retenção hídrica e edema: 38 Modo de usar: Uso oral. Tomar 0,7 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.13 TINTURA DE Eucalyptus globulus Labill. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Eucalipto Fórmula: Folha pulverizada 20 g Álcool etílico 68-80% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Em caso de dispneia, febre ou tosse com presença de secreção purulenta, ou se os sintomas persistirem por mais de três dias durante a utilização do fitoterápico, um médico deverá ser consultado. Crianças com menos de 30 meses podem apresentar laringoespasmo devido à presença de cineol no fitoterápico. Em casos de ingestão excessiva, podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreia. É contraindicado em pessoas com hipotensão 39 arterial, devido ao efeito hipotensivo quando usado em altas doses; em pessoas com inflamação descamativa aguda do rim devido a irritação causada pelo eucaliptol. Indicações: Auxiliar no tratamento sintomático da tosse produtiva associada ao resfriado comum. Modo de usar: Uso oral. Tomar 2,5 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, uma a quatro vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.14 TINTURA DE Foeniculum vulgare Mill. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Funcho Fórmula: Componentes Quantidade Fruto 10 g Álcool etílico 35-40% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Extrair o fruto triturado por percolação. Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação ou a plantas da família Apiaceae. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os 40 sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Não usar em pessoas com síndromes associadas ao hiperestrogenismo. Doses acima das recomendadas não devem ser utilizadas porlongos períodos de tempo. Em casos raros podem aparecer reações alérgicas cutâneas e respiratórias, tais como dermatite de contato, asma e rinoconjuntivite. Elevada concentração de cumarinas na tintura pode provocar o aparecimento de vesículas, edema ou hiperpigmentação cutânea. Pode reduzir o efeito de medicamentos anticoncepcionais. É contraindicado o uso prolongado, a não ser com estrito acompanhamento médico, e para pessoas com refluxo. Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos, antiespasmódico e antiflatulento. Modo de usar: Uso oral. Tomar 1 a 3 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, uma a três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.15 TINTURA DE Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Ipê-roxo Fórmula: Entrecasca moída 20 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. 41 Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Utilizar em tratamentos curtos e não utilizar em doentes cardíacos, renais e hepáticos e com outras doenças crônicas. Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes. Não deve ser usado concomitantemente a medicamentos anticoagulantes. Pode minimizar o efeito de medicamentos imunossupressores. Indicações: Auxiliar no tratamento de afecções inflamatórias da pele e mucosas. Modo de usar: Uso oral. Tomar 2,5 a 5,0 mL, diluído em 50 mL de água, uma a três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.16 TINTURA DE Hypericum perforatum L. NOMENCLATURA POPULAR: Hipérico e erva-de-são-joão Fórmula 1: Componentes Quantidade Parte aérea 10 g Álcool etílico 45 a 50% q.s.p. 100 mL 42 Fórmula 2: Componentes Quantidade Parte aérea 20 g Álcool etílico 50% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação e a hiperforina e hipericina. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico, um médico deve ser consultado. Pessoas sensíveis podem apresentar irritação gastrintestinal, fadiga, agitação, reações alérgicas desencadeadas pelo aumento da sensibilidade da pele à luz solar ou aos raios ultravioletas. Queimaduras intensificadas pela exposição ao sol podem ocorrer em pessoas com pele clara. Em caso de superdosagem, o usuário deve ser protegido da luz solar e outras fontes de luz UV durante uma a duas semanas. Se os sintomas persistirem por mais de seis semanas a partir do início da utilização do fitoterápico, um médico deverá ser consultado. Pessoas que fazem uso de outros medicamentos devem consultar um médico antes de tomar medicamentos contendo hipérico. As reações adversas gastrintestinais podem ser minimizadas ao administrar o fitoterápico após as refeições. Caso ocorram reações adversas distintas das que já foram mencionadas acima, um médico deverá ser consultado. Durante o tratamento o usuário deve evitar a exposição a raios UV. Não usar em episódios de depressão grave bem como concomitantemente com ciclosporina, anticoagulantes cumarínicos, anticoncepcionais orais, teofilina, digoxina, indinavir e possivelmente outros inibidores de protease e transcriptase reversa, pois foi observada interação medicamentosa entre preparaçães à base de H. perforatum e os fármacos anteriormente citados, prejudicando os efeitos desses. Isso ocorre devido à capacidade do hipérico de aumentar a eliminação de outros fármacos. Não é recomendada a utilização desse fitoterápico com tetraciclina, clorpromazina ou ainda em associação com outros antidepressivos e até duas semanas após o término do tratamento com IMAO. O início 43 do efeito deve ser esperado dentro de quatro semanas de tratamento. A planta deve ser coletada para produzir o fitoterápico apenas na época da floração. Indicações: Auxiliar nos sintomas da fadiga mental temporária. Modo de usar: Uso oral. Fórmula 1: tomar 2 a 4 ml da tintura três vezes ao dia. Fórmula 2: tomar 1 a 1,5 ml da tintura três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.17 TINTURA DE Lavandula angustifolia Mill. Fonte: tuasaude.com Nomenclatura popular: Alfazema Fórmula: Flor 20 g Álcool etílico 50 a 60% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Pode prejudicar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Pode causar sonolência. Pode causar 44 cefaleia, constipação intestinal, dermatite de contato, confusão mental e hematúria em doses elevadas ou em pessoas hipersensíveis. Pode irritar a mucosa gástrica, devido a presença de linalol, nas pessoas com gastrite e úlcera gastroduodenal e causar náuseas e vômitos. Alguns constituintes da planta são incompatíveis com sais de ferro e iodo. Não deve ser utilizado concomitantemente com depressores do Sistema Nervoso Central (SNC), como álcool etílico, benzodiazepínicos e narcóticos. Usar com cautela em pessoas com úlcera gastroduodenal, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, hepatopatia, epilepsia e doença de Parkinson. Indicações: Auxiliar no tratamento dos sintomas de exaustão, fadiga mental e insônia. Modo de usar: Uso oral. Tomar 2 a 4 mL da tintura, diluído em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.18 TINTURA DE Leonurus cardiaca L. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Agripalma Fórmula: Parte aérea florida 20 g Álcool etílico 45% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou 45 selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Não recomendável para pessoas com hipersensibilidade aos alcaloides (estaquidrina, betonicina e leonurina), iridoides (leonurídeo), diterpenos (leocardina) e flavonoides (glicosídeos de apigenina, canferol e quercetina). Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Pode comprometera capacidade de conduzir veículos automotores e operar máquinas. Não recomendável para pessoas que fazem uso de glicosídeos cardíacos e depressores do Sistema Nervoso Central. Possui efeito antagônico a estimulantes analépicos. Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas de ansiedade cardíaca, tais como palpitação e desconforto precordial, desde que condições mais graves tenham sido excluídas por um médico. Modo de usar: Uso oral. Tomar de 2 a 6 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.19 TINTURA DE Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Chá-de-tabuleiro e erva-cidreira-brasileira Fórmula: Folha e flor trituradas 10 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL 46 Orientações para o preparo: Os dados clínicos foram obtidos com quimiotipo geranial/carvenona, que deve ser utilizado nas formulações. Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, o qual deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Pode potencializar o efeito de medicamentos sedativos. O uso concomitante com paracetamol pode aumentar a toxicidade desse fármaco, pelo uso da mesma via metabólica. Não recomendado para pessoas com hipotensão arterial pois pode agravar o quadro. Doses mais elevadas podem provocar irritação da mucosa gástrica, devendo ser evitado em casos de gastrite e úlcera gastroduodenal. Indicações: Auxiliar na prevenção da migrânea (enxaqueca) e como analgésico. Modo de usar: Uso oral. Tomar de 3 a 6 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, duas vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.20 TINTURA DE Lippia sidoides Cham. Nomenclatura popular: Alecrim-pimenta Fórmula: Folha 20 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40 oC por 48 horas. Macerar 20 g da planta seca e triturada com quantidade suficiente de álcool etílico 70%, durante sete dias e seguir a técnica de preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. 47 Fonte: Pixabay.com Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Não ingerir o fitoterápico após o bochecho e gargarejo. A aplicação tópica pode provocar ardência e alterações no paladar. Indicações: Auxiliar nas afecções inflamatórias, como antisséptico da cavidade oral e nas afecções da pele. Modo de usar: Uso externo. Após higienização, aplicar 10 mL da tintura no local indicado, diluídos em 75 mL de água, com auxílio de algodão, três vezes ao dia. Fazer bochechos ou gargarejos com 10 mL da tintura, diluídos em 75 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.21 TINTURA DE Melissa officinalis L. Nomenclatura popular: Melissa Fórmula: Componentes Quantidade Folha 20 g Álcool etílico 45 a 53% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que 48 deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Fonte: revistagloborural.globo.com Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico um médico deve ser consultado. Pode prejudicar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Não deve ser utilizado por pessoas com hipotireoidismo, devido a uma ação antitireoidiana. Uso não recomendado em pessoas com úlcera gastroduodenal, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, hepatopatia, epilepsia e doença de Parkinson. É contraindicado em pessoas com glaucoma e hiperplasia benigna de próstata. Pode aumentar o efeito hipnótico do pentobarbital e hexobarbital. Indicações: Auxiliar no tratamento sintomático da ansiedade leve e insônia leve; como auxiliar no alívio de sintomas gastrintestinais leves, incluindo distensão e flatulência. Modo de usar: Uso oral. Tomar 2 a 6 mL da tintura, diluídas em 50 mL de água, de uma a três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 49 13.22 TINTURA DE Mentha x piperita L. Fonte: sustentavelnapratica.net Nomenclatura popular: Hortelã-pimenta Fórmula 1: Componentes Quantidade Folha 20 g Álcool etílico a 45% q.s.p. 100 mL Fórmula 2: Componentes Quantidade Folha 20 g Álcool etílico a 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Não usar em pessoas com litíase urinária ou biliar. Não usar concomitantemente com sinvastatina e felodipino. Pessoas com refluxo gastroesofágico podem ter os sintomas agravados com o uso da preparação. Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas, ou piorarem após o início do tratamento, um médico deverá ser consultado. Indicações: Auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos e como antiflatulento. 50 Modo de usar: Uso oral. Tomar 2 a 3 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.23 TINTURA DE Mikania glomerata Spreng. Fonte: Pixabay.com Nomenclatura popular: Guaco Fórmula: Componentes Quantidade Folha 10 g Álcool etílico 70% q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo: Seguir as técnicas de secagem do material vegetal e preparo de tintura descrita em Informações Gerais em Generalidades. Embalagem e armazenamento: Acondicionar em frasco de vidro âmbar, que deve garantir proteção contra contaminações, efeitos da luz e umidade, com lacre ou selo de segurança que garanta a inviolabilidade do produto. Advertências: Uso adulto. Não usar em pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação. Não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação. Se os sintomas piorarem durante o uso do fitoterápico, um médico deve ser consultado. Não utilizar concomitantemente com anti-inflamatórios não esteroidais. A utilização pode interferir na coagulação sanguínea. Doses acima das recomendadas podem provocar vômitos e diarreia. Indicações: Auxiliar no tratamento sintomático de afecções respiratórias com tosse produtiva. 51 Modo de usar: Uso oral. Tomar 1,0 a 3, 0 mL, diluído em 50 mL de água, três vezes ao dia (BRASIL, 2018). 13.24 TINTURA DE Passiflora alata Curtis