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CUIDADOS-PALIATIVOS-EM-ONCOLOGIA-APOSTILA

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NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Coordenação Pedagógica – IBRA 
 
DISCIPLINA 
 
CUIDADOS PALIATIVOS 
EM ONCOLOGIA 
 
 
 
Sumário 
Manejo dos sintomas oncológicos em doença avançada ................................................... 4 
Cuidados com feridas oncológicas ........................................................................................ 27 
Emergências oncológicas ....................................................................................................... 32 
Alguns tipos de tumores e seus cuidados paliativos .......................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
Seja bem-vindo ao IBRA, queremos reafirmar os esforços do Instituto Brasil de 
Ensino - IBRA em oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se 
candidataram a esta especialização e procuramos referências atualizadas, embora 
saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. 
Salientamos que o material contido nas apostilas é bastante atualizado, e 
condizente com os protocolos da Saúde. Salientamos ainda que foram também 
consideradas a leitura e utilização de autores e livros considerados clássicos, que são 
sempre base para novas discussões e novas pesquisas. Também é fato que não há 
nenhuma pretensão de esgotar os assuntos, apenas lançar as discussões e deixar 
uma extensa bibliografia ao final de cada caderno da apostila que possibilitará novas 
pesquisas e esclarecimentos de dúvidas que poderão surgir. 
Este curso tem objetivos claros e específicos no sentido de capacitar mais e 
melhor o profissional da saúde para atuar no campo dos cuidados paliativos, prestando 
uma assistência holística a fim de levar conforto e qualidade de vida aos clientes 
portadores de doenças graves, no entanto, colocamo-nos à disposição para eventuais 
críticas e opiniões que certamente poderão aperfeiçoar mais e melhor os nossos 
trabalhos. 
Tratando-se de um curso semipresencial os alunos que ingressam nesta 
especialização podem escolher a melhor forma para estudar e se preparar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manejo dos sintomas oncológicos em doença avançada 
Controle da dor 
Todos os pacientes devem ser examinados e questionados quanto à presença de 
dor, a cada consulta. A intensidade da dor deve ser quantificada e o tipo de dor 
caracterizado sempre que possível. Reavaliações devem ser feitas sempre que uma 
nova dor aparecer, e rotineiramente em caso de dor persistente. A avaliação da dor deve 
incluir intensidade, características físicas, ritmo e fatores desencadeantes, bem como 
fatores de alívio. Para a compreensão do quadro é necessário esclarecer a intensidade, 
a localização, abrangência, fatores de piora e de alívio quando presentes, resposta aos 
tratamentos vigente e anteriores, impacto no desempenho de atividades cotidianas e 
efeito negativo no sono e movimentação. 
Manejo da dor em clientes oncológicos 
 
Fonte: w w w .hong.com.br 
No contexto do câncer, os objetivos do controle da dor incluem maior sensação de 
conforto e melhor capacidade de desempenho para funções cotidianas. É necessária 
uma abordagem abrangente, uma vez que a dor geralmente deve-se a múltiplos fatores 
e requer mais de uma intervenção. Episódios de dor aguda devem ser prontamente 
reavaliados, com ajuste das doses e investigação sobre outras causas adjacentes. 
 
 
Hospitalização para controle satisfatório do quadro de dor pode ser necessária. A dor 
persistente relacionada ao câncer requer tratamento com analgésicos regularmente 
administrados, e episódios de dor irruptiva requerem doses suplementares de 
medicação. 
Além de avaliar a intensidade da dor, é necessário determinar o mecanismo 
fisiopatológico subjacente (p. ex.: nociceptivo ou neuropático) para que sejam definidas 
as opções de tratamento mais adequadas. A dor intensa não controlada torna-se uma 
emergência médica e requer intervenção rápida. Emergências oncológicas, como fratura 
óssea ou iminência de fratura óssea em ossos que suportam peso, metástases 
neuroaxiais com ameaça de lesão neural, infecção e obstrução ou perfuração de 
vísceras causando dor abdominal aguda requerem atenção imediata. 
Decisões clinicas apropriadas requerem avaliação abrangente do quadro doloroso: 
localização, intensidade, frequência, características distintivas, fatores de piora e de 
alívio, experiências vividas como consequência da dor, tratamento atualmente utilizado 
e resposta a tratamentos anteriores. É importante avaliar a dor além da intensidade e 
entendê-la dentro de um determinado contexto. 
Uma vez definida a fisiopatologia subjacente, tratamento específico deve ser 
iniciado. Não é raro que pacientes oncológicos apresentem quadros de dor mista, em 
que estão presentes tanto o componente nociceptivo quanto o neuropático. Em 
situações de dor nociceptiva são utilizados agentes antiinflamatórios não esteroidais 
[AINEs] (p. ex.: diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno), adjuvantes (p. ex.: 
anticonvulsivantes, antidepressivos, anestésicos tópicos) associados a opioides fracos 
(p. ex.: codeína, tramadol) ou fortes (p. ex.: buprenorfina, hidromorfona, metadona, 
morfina, oxicodona), de acordo com a escada analgésica recomendada pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS). Para situações de dor neuropática, os 
anticonvulsivantes, antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos têm papel fundamental e 
são comumente utilizados. Os opioides também devem ser usados para tratamento de 
dor neuropática; sendo, portanto, considerados analgésicos de “amplo espectro”. 
Em situações de dor moderada (4 a 6, de acordo com a escala de classificação 
numérica de 0 a 10), normalmente são utilizados opioides mais fracos (p. ex.: codeína 
30-60 mg ou tramadol 50 mg a cada 4 ou 6 horas). 
Atenção especial deve ser dada a medicamentos em associação, pois devem ser 
monitorados possíveis eventos adversos provenientes dos diferentes princípios ativos. 
 
 
Nesse sentido, a agência americana de medicamentos (FDA – Food and Drug 
Administration), por meio de um comunicado publicado em 14/01/2014, recomenda aos 
profissionais de saúde que interrompam a prescrição e dispensação de medicamentos 
contendo paracetamol em combinação, em dose acima de 325mg. A ANVISA (Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária), por sua vez, recomenda aos profissionais de saúde 
que não prescrevam medicamentos que contenham paracetamol em doses acima de 
325mg concomitantemente com outros medicamentos que também apresentem 
paracetamol em suas composições. Além de recomendar atenção a dispensação 
desses medicamentos e notificação as suspeitas de reações adversas graves 
decorrentes do uso desses medicamentos (SNVS/Anvisa/Nuvig/GFARM nº 01, de 24 de 
janeiro de 2014). 
Recentemente a Associação Europeia de Cuidados Paliativos (EAPC) e o “National 
Opioide Use Guideline Group” (NOUGG) do Canadá recomendaram o uso de opioides 
fortes em baixa dose para o controle da dor moderada (p. ex.: morfina oral até 30mg/dia 
ou oxicodona oral até 20mg/dia). 
Com o advento da oxicodona de liberação controlada, é possível iniciar o 
tratamento de pacientes virgens de opioides com 10 mg a cada 12 horas e, 
posteriormente, aumentar a dose conforme necessário para o alívio da dor, com opioides 
de liberação imediata como resgate quando necessário. Consulte “Seleção de 
Analgésicos” para mais informações. 
Analgésicos adjuvantes devem ser utilizados (p. ex.: anticonvulsivantes, 
antidepressivos, ansiolíticos, AINEs) para proporcionar melhor alívio da dor, graças a 
seus diferentes mecanismos de ação. Se a dor for controlada de maneira satisfatória, 
deve-se reavaliar periodicamente o paciente e ajustar as medicações de acordo com o 
quadro álgico; caso o controle da dor não seja satisfatório, deve-se reavaliá-lo a cada 
30 minutos, seguir os protocolos de titulação de dose de opioides e considerara 
hospitalização quando justificável. 
Em caso de dor intensa (7-10 em uma escala de classificação numérica de 0 a 10), 
normalmente são utilizados opioides fortes juntamente com adjuvantes, AINEs, além de 
outras intervenções. O paciente deve ser reavaliado a cada 30 minutos, de acordo com 
os protocolos de titulação de dose de opioides, e pode ser necessária hospitalização 
para proporcionar um controle mais rápido da dor. 
Pacientes com dor intensa podem ser tratados com medicação oral ou intravenosa. 
 
 
Tanto pacientes virgens de opioides quanto pacientes experientes/ tolerantes podem 
receber analgésicos opioides orais ou intravenosos, quando clinicamente justificável. 
 A necessidade de reavaliar continuamente o paciente após cada nova dose é uma 
ação inerente ao tratamento da dor. A satisfação do paciente com o alívio obtido e a 
ocorrência de eventos adversos devem ser sistematicamente reavaliados. 
Com relação aos opioides de longa duração, estão atualmente aprovados no Brasil 
cinco analgésicos: tramadol, oxicodona, morfina, fentanil e buprenorfina (buprenorfina 
está aprovada no país para o tratamento de dor moderada a intensa). Buprenorfina e 
fentanil estão disponíveis em formulações transdérmicas, sendo que a buprenorfina 
pode ser iniciada em pacientes virgens de opioides e o fentanil apenas em pacientes 
experimentados; enquanto tramadol, oxicodona e morfina são, em geral, usados como 
formulações orais. Tramadol e morfina também são amplamente utilizados nas 
formulações injetáveis. 
Deve-se dar sempre preferência ao tratamento mais simples e menos invasivo. De 
modo geral, medicações orais são preferíveis a formulações transdérmicas e 
parenterais. Qualquer que seja o opioide selecionado, é sempre necessário 
administração regular do medicamento, 24 horas por dia, para que sejam atingidos 
níveis plasmáticos adequados. 
Ao iniciar o tratamento, deve-se dar preferência a medicações de liberação 
imediata para titulação e posteriormente passar para medicações de longa duração, com 
doses suplementares de medicação de liberação imediata, quando ocorrerem episódios 
irruptivos de dor. O uso de medicações adjuvantes frequentemente é necessário para 
melhor controle da dor. A atenção cuidadosa às comorbidades e interações 
farmacológicas costuma prevenir eventos adversos subsequentes e interações doença-
medicamento ou medicamento-medicamento. 
 Novas formulações de opioides fortes de liberação imediata para titulação em 
pacientes tolerantes ou virgens de opioide estão em análise pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária. No entanto, como mencionado anteriormente, é possível utilizar 
opioides de longa ação para titulação tanto em pacientes virgens quanto tolerantes a 
opioides. 
O sucesso do tratamento da dor relacionada ao câncer requer não apenas que os 
pacientes e seus familiares tenham ciência dos medicamentos prescritos, mas que 
compreendam os objetivos do tratamento, a necessidade de aderência ao tratamento e 
 
 
de uma boa comunicação com a equipe de saúde. Este processo exige profissionais que 
esclareçam e desfaçam os mitos sobre dependência e medo de eventos adversos 
tóxicos. Os profissionais de saúde devem reavaliar os pacientes continuamente, devem 
estar disponíveis e acessíveis para atender chamadas e responder perguntas e 
desenvolver programas de tratamento que sejam simples e fáceis de seguir. Os eventos 
adversos devem ser tratados de maneira proativa, sempre que possível (p. ex.: iniciar 
laxativos sempre que prescrever opioides). A utilização de tratamentos não 
farmacológicos (p. ex.: acompanhamento psicológico, fisioterapia, entre outros) deve ser 
sempre considerada pelos profissionais de saúde. 
 
Náuseas e vômitos 
O tratamento de suporte clínico é fundamental no combate ao câncer. Muito do 
estigma relacionado às neoplasias malignas deve-se aos efeitos colaterais do 
tratamento, principalmente as náuseas e os vômitos incontroláveis. O manejo adequado 
desses sintomas possibilita melhora na qualidade de vida e maior aderência ao 
tratamento oncológico. 
Ao longo do tempo, diversas medicações foram desenvolvidas para prevenir 
náusea e vômito relacionados à quimioterapia. As três principais classes de drogas 
usadas para tal objetivo são os glicocorticoides, os antagonistas dos receptores de 5-
hidroxitriptamina (5-HT3) e os antagonistas dos receptores de neurocinina 1 (NK-1). 
Uma vez que essas medicações não são isentas de efeitos colaterais e muitas 
delas possuem custo elevado, faz-se necessário o uso racional e fundamentado nas 
melhores evidências científicas. Em 1997, foi proposta uma estratificação do potencial 
emetogênico dos agentes quimioterápicos de maneira isolada ou de suas combinações. 
Mais recentemente, em 2011, Grunberg et al. atualizaram a classificação e dividiram os 
quimioterápicos em alto, moderado, baixo ou mínimo potencial emetogênico. A partir 
dessa proposta, foram desenvolvidas recomendações para padronização do uso de 
antieméticos de maneira profilática. 
O controle de náusea e vômito depende de diversos fatores, com destaque para a 
doença de base (envolvimento do trato gastrintestinal), as classes de agentes 
quimioterápicos e a predisposição individual de cada paciente. A fim de otimizar o 
manejo desse efeito colateral, muito se investiga a respeito dos mecanismos 
 
 
desencadeadores, do potencial emetogênico de cada agente neoplásico e da melhor 
estratégia para a prevenção da êmese. 
Para isso, as sociedades mundiais de oncologia e de cuidados paliativos 
desenharam diretrizes para indicar o regime antiemético mais apropriado para cada 
agente antineoplásico isoladamente ou em associação e, assim, facilitar o manejo de 
paciente oncológico, baseando-se nas melhores evidências científicas. 
 
Fadiga 
 
Dentre os sintomas cardiovasculares, a fadiga é uma manifestação clínica comum 
e muito prevalente no paciente com câncer, e a sua caracterização e seus mecanismos 
ainda desafiam os profissionais de saúde. A fadiga associada ao câncer é uma 
experiência subjetiva caracterizada pelo cansaço que não alivia com o sono ou repouso 
e é considerada um preditor de diminuição da satisfação pessoal e qualidade de vida. 
O sintoma fadiga varia em duração e intensidade reduz em diferentes graus a 
habilidade do paciente em desenvolver atividades diárias e diminui a capacidade 
funcional de pacientes com câncer. A fadiga pode afetar 80-99% dos pacientes com 
câncer tratados com quimioterapia e/ou radioterapia4 e persistir por meses a anos. 
A natureza multifatorial da fadiga relacionada ao câncer é um ponto crucial a ser 
considerado pelos profissionais que lidam com o paciente oncológico. As principais 
causas da fadiga estão associadas aos efeitos do câncer e do seu tratamento sobre o 
sistema nervoso central. 
A literatura científica define a fadiga como “uma sensação subjetiva de cansaço 
físico ou exaustão desproporcional ao nível de atividade”. Ainda, “a fadiga pode se 
manifestar como dificuldade ou incapacidade de iniciar uma atividade (percepção de 
fraqueza generalizada); redução da capacidade em manter uma atividade (cansaço 
fácil); e dificuldade de concentração, problemas de memória e estabilidade emocional 
(fadiga mental)”. 
Estudiosos concluíram que os exercícios são os únicos fatores com fortes 
evidências no controle da fadiga durante e após o tratamento de tumores de mama, 
próstata e diversos outros tumores sólidos. Schwartz et al apontaram a eficácia de 
exercícios terapêuticos na melhora da fadiga e da qualidade de vida dos pacientes, com 
diminuição dos efeitos adversos das terapias contra o câncer. 
 
 
Um treinamento aeróbico realizado durante 4 meses por mulheres com 
hipertensão, doença cardiovascular e câncer de mama em tratamento resultou na 
redução da pressão sistólica e diastólica e da frequência cardíaca de repouso. Já uma 
revisão sistemática envolvendo 4.826participantes com câncer mostrou uma melhora 
na qualidade de vida e na capacidade funcional durante e após um programa de 
treinamento com exercícios. 
A maioria dos pacientes com fadiga se beneficiará de um tratamento não 
farmacológico. Uma revisão de 77 trabalhos randomizados controlados envolvendo 
tratamentos não farmacológicos para FRC mostrará benefícios obtidos com as seguintes 
medidas: terapia cognitivo-comportamental, exercícios, hipnose, relaxamento e 
psicoeducação para fadiga. 
Muitos pacientes que apresentam Fadiga Relacionada ao Câncer (FRC) se 
beneficiarão de alguma intervenção psicológica e uma variedade de mo- dalidades tem 
sido estudada nas mais diversas populações. 
Intervenções como terapias de grupo, aconselhamento individual, redução de 
estresse com treinamentos que proporcionem relaxamento, terapia formal cognitiva-
comportamental, educação para o manejo da fadiga e terapias de suporte têm mostrado 
resultados promissores. 
 
Distúrbios do sono 
Dificuldade para dormir apresenta-se como um problema frequente em pacientes 
com câncer, que pode estar relacionado diretamente com a patologia, com as 
consequências dos tratamentos realizados ou com o estresse emocional ocasionado 
por estes. 
Benefícios foram encontrados em terapias de higiene do sono que nada mais são 
que orientações que buscam introduzir diferentes hábitos antes de dormir na vida das 
pacientes que se relacionam com a melhora da capacidade funcional em realizar 
atividades diárias, parâmetros de qualidade do sono e melhora da fadiga em trabalhos 
clínicos randomizados controlados. No entanto, um importante estudo randomizado com 
219 pacientes com câncer de mama não mostrou qualquer beneficio da terapia 
individualizada de melhora da qualidade do sono em relação aos controles quando se 
avaliou a FRC nestas pacientes. Desta forma, está claro que intervenções 
comportamentais melhoram qualidade do sono, porém o impacto destas terapias no 
 
 
tratamento da FRC não está claro até o momento. 
 
Perda de apetite 
Certos tipos de câncer, como de ovário, pâncreas e estômago, geralmente 
podem causar perda de apetite, por afetarem o metabolismo. A perda de peso 
relacionada ao câncer pode ser grave porque a pessoa também perde massa 
muscular. A perda de apetite também ocorre em 80% a 90% das pessoas com câncer 
avançado. As razões para a perda de apetite incluem: 
 Alterações no metabolismo. 
 Saciedade precoce. 
 Outros sintomas de câncer, por exemplo, dor. 
 Quimioterapia. 
 Imunoterapia. 
 Sedativos. 
Além disso, o tratamento radioterápico ou cirúrgico dos órgãos gastrintestinais, 
como estômago ou intestino, também podem causar perda de apetite. 
Os efeitos colaterais relacionados à quimioterapia e radioterapia que podem causar 
perda de apetite incluem: 
 Náuseas e vômitos. 
 Úlceras e dor na boca. 
 Boca seca. 
 Dificuldade para deglutir. 
 Dificuldade para mastigar. 
 Alterações no paladar e olfato. 
 Dor. 
 Fadiga. 
 Depressão 
O primeiro passo no tratamento da perda de apetite é tratar a causa subjacente. O 
tratamento de feridas na boca, boca seca, dor ou depressão ajudam a melhorar o apetite. 
 
 
O tratamento adicional para perda de apetite associada à perda de peso pode 
incluir medicamentos estimulantes do apetite, suplementos nutricionais e alimentação 
por sonda. 
Embora o cliente possa não sentir vontade de comer, é importante lembrar que 
uma alimentação adequada e a manutenção do peso saudável são fundamentais para 
sua recuperação. Comer bem ajuda a lidar melhor, física e emocionalmente, com os 
efeitos colaterais do tratamento. Algumas dicas úteis para a manutenção da nutrição 
adequada, quando o apetite é ruim: 
 
Fonte: static.vix.com 
 Fazer de cinco a seis pequenas refeições por dia. 
 Se houver momentos do dia em que a apetite é maior, deve-se aproveitar para 
alimentar-se, sem restrições. 
 Consumir petiscos nutricionais, ricos em calorias e proteínas. 
 Manter os alimentos preferidos à mão para beliscar. 
 Introduzir calorias e proteínas aos alimentos adicionando molhos, manteiga, 
queijo, pasta de amendoim, creme e nozes. 
 Beber líquidos entre as refeições e não durante as refeições. 
 Escolher bebidas nutritivas, como milk-shakes. 
 Pedir aos familiares e amigos para preparar os alimentos quando o cliente estiver 
cansado. 
 
 
 Procurar fazer as refeições em ambientes agradáveis e em companhia dos 
familiares ou amigos. 
 Comer alimentos frios ou em temperatura ambiente para diminuir o odor e reduzir 
o paladar. 
 Se houver perda de paladar, adicionar temperos e condimentos aos alimentos 
para torná-los mais atrativos. 
 Perguntar ao médico como aliviar os sintomas gastrointestinais, como náuseas, 
vômitos e constipação. 
 Fazer exercícios leves, como caminhadas curtas, cerca de uma hora antes das 
refeições para estimular o apetite. 
Mucosite 
A mucosite é uma inflamação da parte interna da boca e da garganta que pode 
levar a úlceras dolorosas e feridas nessas regiões. Ocorre em até 40% das pessoas que 
recebem quimioterapia. 
Entre as causas, destacam-se: Alguns tipos de quimioterapia, queda do sistema 
imunológico, pela quimioterapia, radioterapia da região da cabeça e pescoço, 
transplante de medula óssea. 
A melhor maneira de manejar a mucosite é evitar que ela inicie ou tratá-la 
precocemente. A crioterapia oral, que consiste na sucção de lascas de gelo antes e 
durante cada quimioterapia, pode reduzir a ocorrência da mucosite. O tratamento da 
mucosite é feito com anestésicos locais ou analgésicos. 
Recomendações a serem seguidas durante o tratamento do câncer: 
 Escovar os dentes com pasta contendo flúor. 
 Passar fio dental suavemente. 
 Fazer gargarejos com bicarbonato de sódio. 
 Remover a dentadura. 
 Escolher alimentos que exijam pouca ou nenhuma mastigação. 
 Evitar alimentos ácidos, picantes, salgados e secos. 
 
 
As pessoas em tratamento radioterápico na região da cabeça e pescoço devem 
consultar um dentista antes do início do tratamento para saber como preservar os 
dentes e prevenir a infecção. 
Plaquetopenia e hemorragias 
 
Fonte: w w w .nursing.com.br 
A plaquetopenia ou trombocitopenia é um nível excepcionalmente baixo de 
plaquetas no sangue. As plaquetas, também chamadas trombócitos são células 
sanguíneas que bloqueiam a hemorragia obstruindo os vasos sanguíneos danificados e 
que ajudam na coagulação do sangue. Pessoas com baixos níveis de plaquetas 
sangram e apresentam manchas rochas com facilidade. 
As plaquetas e os glóbulos vermelhos e brancos são produzidos na medula óssea, 
tecido esponjoso encontrado no interior dos ossos grandes. Alguns tipos de 
quimioterapia podem danificar a medula de forma que ela deixe de produzir a quantidade 
necessária de plaquetas. A trombocitopenia causada pela quimioterapia é geralmente 
temporária. Outros medicamentos também podem reduzir o número de plaquetas, além 
disso, o corpo de uma pessoa pode produzir anticorpos contra as plaquetas, reduzindo 
o número de plaquetas. A radioterapia sozinha não causa trombocitopenia, a menos que 
 
 
seja dada uma alta dose de radiação na região pélvica, e o paciente esteja recebendo 
quimioterapia, ao mesmo tempo, ou se o câncer disseminou para os ossos. 
A trombocitopenia, também, pode ocorrer quando as células de câncer, como 
leucemia ou linfoma, diminuem o número de células normais da medula. Apesar de raro, 
a trombocitopenia pode ocorrer quando outros tipos de câncer, como próstata ou mama, 
disseminam-se para a medula. E, embora menos frequente o câncer do baço também 
pode causar trombocitopenia. 
Pessoas com trombocitopenia podem: 
 Apresentar sangramentos de forma inesperada. 
 Apresentar manchas vermelhas ou roxas sob a pele. 
 Ter sangramento pelo nariz ou gengivas. 
 Sentir-se mais pesada que o habitual no período menstrual. 
 Evacuar com sangue. 
 Vomitar sangue. Ter dor de cabeça. 
 Sentir vertigem. 
 Ter dor nas articulações ou músculos. 
 Sentir fraqueza. 
Na maioria das vezes, esses sintomas só ocorrem quando o nível de plaquetas 
está muito baixo. Muitos pacientes não sabem que têm trombocitopenia até que seja 
diagnosticado no exame de sangue. Em caso de apresentar qualquer sintoma da 
trombocitopenia avise o médico imediatamente. 
A trombocitopenia é diagnosticada na contagem de plaquetas de uma amostra de 
sangue. As pessoas com câncer ou em tratamento de câncer realizam exames de 
sangue em intervalos regulares, para avaliar a trombocitopenia e outras complicações. 
As pessoas que apresentam queda de plaquetas durante o tratamento 
quimioterápico podem ter necessidade de uma diminuição da dose ou um intervalo maior 
entre os ciclos de quimioterapia. Devido ao risco de sangramento, a cirurgia é 
geralmente retardada até que a contagem de plaquetas esteja num nível normal. 
Devido ao risco de hemorragia, as pessoas com nível baixo de plaquetas podem 
receber transfusões de plaquetas. No entanto, as transfusões de plaquetas só duram 
 
 
cerca de três dias, e alguns pacientes podem necessitar transfusões múltiplas. Além 
disso, pacientes em tratamento quimioterápico podem receber granulokine para prevenir 
trombocitopenia grave. 
O médico pode fazer algumas recomendações ao cliente, se o nível das plaquetas 
estiver baixo, para evitar problemas: 
 Não beber álcool ou tomar qualquer outro medicamento, alguns medicamentos 
podem piorar a hemorragia. 
 Usar escova de dente macia e não usar fio dental. 
 Assoar o nariz delicadamente com um lenço macio. 
 Ter cuidado ao manusear tesouras, facas, agulhas ou ferramentas. 
 Fazer a barba com barbeador elétrico. 
 Evitar contato com esportes e atividades que possam causar ferimentos. 
 Escovar os dentes com uma escova macia sem realizar movimentos muito 
bruscos que possam provocar alguma lesão nas gengivas, bochechas ou língua. 
 Ao assoar o nariz não soprar com muita força para evitar o rompimento de um 
vaso e ocasionar um sangramento. 
 Tomar muito cuidado ao manipular objetos cortantes com tesouras, facas, assim 
como objetos com ponta. Ao fazer a barba prefira máquina elétrica ao invés de 
navalha ou lâminas. 
 Usar sapatos ou um tipo de calçado que proteja seus pés. 
 Em caso de sofrer um corte, acidentalmente, não se alarmar, pressionar o local 
firmemente por um período de tempo razoável para parar o sangramento, no caso 
do sangramento persistir procure assistência médica. 
 Não utilize fio dental para a limpeza dos dentes. 
 Não realize atividades físicas ou esportes que possam lhe expor a alguma lesão. 
 Não use roupa apertada. 
 Converse com seu médico antes de tomar qualquer medicamento, suplemento 
alimentar, vitaminas ou chás, apenas ele poderá orientar sobre o que pode ou 
não tomar. 
 Lembre-se que o médico irá solicitar exames de sangue de controle, e no caso 
das plaquetas estarem baixas é possível que seja indicada uma transfusão de 
plaquetas ou que se postergue por um tempo o tratamento quimioterápico. 
 
 
A coagulação normal do sangue é um processo complexo, onde as células 
sanguíneas e as diferentes proteínas do sangue juntas cicatrizam os vasos sanguíneos 
danificados e controlam o sangramento. As coagulopatias ocorrem quando os fatores 
de coagulação se perdem ou estão danificados, ou quando o número ou função das 
plaquetas está debilitado. As coagulopatias incluem distúrbios de coagulação e 
hemorragia. Nas hemorragias, o sangue não coagula rápido o suficiente, resultando em 
um sangramento contínuo ou excessivo. Nos distúrbios de coagulação, o sangue 
coagula muito rápido e pode resultar na formação de coágulos nas veias ou artérias. 
Algumas coagulopatias são herdadas, enquanto outras se desenvolvem devido a 
alguma doença ou tratamento com determinados medicamentos. As causas das 
hemorragias incluem: 
 Doença hereditária, como a hemofilia. 
 Deficiência de vitamina K. 
 Câncer no fígado. 
 Metástases no fígado (da mama, cólon e pâncreas). 
 Outras doenças hepáticas, como hepatite e cirrose hepática. 
 Uso de antibióticos anticoagulantes a longo tempo. 
 Inibidores da angiogênese. 
 Trombocitopenia (nível baixo de plaquetas). 
 Anemia. 
 Outras doenças não relacionadas ao câncer 
Pessoas com distúrbios hemorrágicos podem apresentar sintomas como: 
 Feridas com sangramento excessivo. 
 Contusão inesperada. 
 Petéquias (pequenas manchas vermelhas ou roxas sob a pele). 
 Períodos menstruais mais longos que os habituais. 
 Vômitos com sangue. 
 Fezes com sangue ou urina avermelhada. 
 Tontura, dor de cabeça ou alteração na visão. 
 Dor nas articulações. 
 Sangramento gengival. 
 
 
O sintoma mais comum das coagulopatias é a trombose, que pode ocorrer em 
veias superficiais, profundas ou em artérias. A trombose superficial não é perigosa, mas 
pode causar varizes. A trombose venosa profunda pode ser fatal se pedaços do coágulo 
se deslocarem até os pulmões (embolia pulmonar). A trombose profunda é a mais 
comum nas pernas, e os sintomas incluem dor, vermelhidão e inchaço. Os sintomas da 
embolia pulmonar incluem dor no peito e falta de ar. A trombose arterial é extremamente 
perigosa, podendo causar ataque cardíaco, derrame ou danos de órgãos. 
O tratamento das hemorragias e distúrbios da coagulação depende da causa, e 
quando possível incluem: 
 Reposição de vitamina K. 
 Medicamentos anticoagulantes. 
 Produtos para a coagulação ou de agentes de coagulação. 
 Transfusões de sangue, plasma ou plaquetas. 
Delírio 
Delírio é um problema bastante comum em pessoas com câncer avançado, 
ocorrendo em 15% a 30% dos pacientes internados e em até 85% das pessoas nas 
últimas semanas de vida. O delírio pode ser estressante para os pacientes e familiares, 
podendo inclusive interferir com outros sintomas em tratamento, incluindo o tratamento 
da dor. 
É importante esclarecer a diferença entre delírio e demência, pois apresentam 
sinais comuns. Os pacientes com delírio tornam-se agitados e podem ter perda da 
consciência ao longo do tempo. A demência desenvolve-se de forma gradual e seus 
efeitos sobre a memória e a consciência são permanentes. 
Existem três tipos de delírio: hipoativo (pessoa permanece a maior parte do tempo 
dormindo ou fechada em si mesma), hiperativo (pessoa agitada, apresentando delírios 
ou alucinações) e misto (pessoa alterna entre os dois tipos). Cerca de dois terços dos 
delírios são hipoativos ou mistos. 
Os sintomas de delírio incluem: 
 Depressão. 
 Alucinações. 
 
 
 Agitação, ansiedade, distúrbios do sono, irritabilidade. 
 Alteração do nível de consciência. 
 Tempo de atenção curto. 
 Problemas da memória. 
 Pensamento e fala desorganizada. 
 Desorientação. 
 Inversão do dia pela noite. 
 Dificuldade na escrita ou para encontrar palavras. 
 Mudanças de personalidade. 
O diagnóstico do delírio é essencialmente clínico e não existem testes ou exames 
complementares específicos, pode ser muito útil a realização de testes para verificação 
da habilidade motora, da memória e do nível de atenção. 
Identificar a causa do delírio é importante para a definição do tratamento. A causa 
imediata do delírio é a presença de um tumor cerebral ou metástase no cérebro. Outras 
causas incluem: 
 Medicamentos, como analgésicos e quimioterápicos. 
 Retirada da medicação. 
 Desequilíbrio de líquidos e minerais. 
 Insuficiência de órgãos. 
 Infecção. 
 Outros distúrbios cerebrais. 
 Falta de oxigênio no sangue. 
O objetivo principal do manejo do delírio é manter o paciente confortável e seguro. 
Algumas dicas que podem ajudar: 
 Proporcionar um ambiente tranquilizador para o paciente, como um quarto 
silencioso, bem iluminado, com pessoas e objetos próximos. 
 Converse com o médico ou enfermeira em caso de alucinações e comportamento 
agitado do paciente. Um profissionalde saúde pode fornecer informações úteis 
sobre como gerenciar esses sintomas e a evolução esperada do delírio do 
paciente. 
 
 
Em alguns casos, antipsicóticos e outros medicamentos podem ajudar o paciente, 
entretanto, estas drogas podem ter efeitos colaterais significativos. 
Infecção 
Os pacientes com câncer tratados com quimioterapia são mais propensos a 
contrair infecções nas atividades cotidianas ou nos próprios locais de tratamento. 
Se a quantidade de leucócitos, presentes no sangue, não for suficiente ocorre a 
chamada leucopenia e o corpo se torna incapaz de lutar contra uma infecção. Alguns 
glóbulos brancos, os neutrófilos, são capazes de destruir bactérias nocivas, entretanto 
um baixo nível de neutrófilos, a chamada neutropenia, pode aumentar o risco de 
infecções bacterianas. Portanto, em caso de febre, deve-se fazer contato com o médico, 
para que ele possa o orientar sobre o que fazer. 
O tratamento do câncer pode interferir no funcionamento do sistema imunológico 
de várias maneiras: 
 Pelo fato do sistema imunológico estar ocupado lutando contra o câncer, e deixar 
de se proteger contra possíveis infecções. 
 Falta de sono, estresse, má alimentação, e outros efeitos colaterais do tratamento 
de câncer enfraquecerem o sistema imunológico. 
 A quimioterapia pode induzir a medula óssea e outras partes do sistema 
imunológico a um mau funcionamento, reduzindo a produção de glóbulos 
brancos. 
 A radioterapia também pode afetar a medula óssea, especialmente se a radiação 
atingir áreas extensas do corpo, como região pélvica, pernas, tórax ou abdome. 
 Os cânceres que afetam diretamente a medula óssea ou se disseminam para o 
osso podem comprimir as células da medula óssea, diminuindo a produção dos 
glóbulos brancos. 
As infecções podem iniciar-se em qualquer lugar, mas os mais comuns são na 
boca, pele, pulmões, trato urinário, reto e áreas genitais. Converse com seu médico se 
apresentar qualquer sinal de infecção: 
 Febre. 
 Calafrios ou sudorese. 
 
 
 Dor de garganta ou úlceras na boca. 
 Dor abdominal. 
 Dor ou ardor ao urinar. 
 Diarreia ou feridas ao redor do ânus. 
 Tosse ou falta de ar. 
 Vermelhidão, inchaço ou dor, particularmente em torno de um corte ou ferida. 
 Corrimento anormal ou coceira vaginal. 
Durante a quimioterapia, a febre pode ser o único sinal de uma infecção. E uma 
infecção durante a quimioterapia pode, muitas vezes, ser fatal. 
Deve-se medir a temperatura sempre que o cliente apresentar aumento na 
temperatura, corado, resfriado ou não se sentir bem. Se a temperatura for igual ou maior 
do que 38°C durante mais de uma hora, ou, ainda se a temperatura for de 38,3°C ou 
mais por qualquer período de tempo, deve-se entrar em contato imediatamente com o 
médico. 
Se uma pessoa apresentar neutropenia ou contagem de leucócitos total baixa, o 
médico pode prescrever medicamentos para forçar o organismo a produzir mais 
neutrófilos ou outros tipos de glóbulos brancos, e reduzir assim o risco de infecção. 
No caso de ocorrer uma infecção, o paciente será tratado com antibióticos ou 
medicamentos antifúngicos dependendo do tipo de infecção. Em caso de neutropenia e 
febre, o paciente deverá ser hospitalizado para receber antibióticos por via intravenosa. 
Os pacientes com alto risco para o desenvolvimento de uma infecção, com neutropenia, 
quimioterapia ou radioterapia, podem ser tratados profilaticamente com antibióticos ou 
antifúngicos. 
Além das instruções recebidas pelo médico, as infecções podem ser prevenidas 
da seguinte forma: 
 Repousar e manter uma dieta balanceada. 
 Evitar lugares aglomerados e o contato com pessoas doentes. 
 Não compartilhar copos de bebidas, utensílios e itens pessoais, como escovas 
de dente. 
 Lavar as mãos frequentemente, especialmente após usar o banheiro e antes de 
comer. 
 
 
 Tomar banho diariamente e usar loção para impedir o ressecamento e a 
descamação da pele. 
 Manusear com cuidados objetos pontiagudos, como tesouras ou facas, e usar 
barbeador elétrico, para evitar cortes. 
 Evitar o consumo de alimentos crus, como carnes, mariscos, ovos, e lavar 
cuidadosamente as frutas e vegetais crus. 
 Evitar o contato com resíduos de animais domésticos. 
 Usar luvas para jardinagem e trabalhos domésticos, especialmente durante a 
limpeza. 
 Escovar dentes e gengivas com uma escova macia. 
Anemia 
A anemia é caracterizada pelo nível baixo dos glóbulos vermelhos (hemácias). Os 
glóbulos vermelhos contêm a hemoglobina, proteína que distribui o oxigênio no 
organismo. Se o nível dos glóbulos vermelhos estiver muito abaixo do limite inferior 
aceitável, partes do corpo não recebem oxigênio suficiente e passam a não funcionar 
corretamente. A maioria das pessoas com anemia sente-se cansadas ou fracas. A 
anemia é um sintoma comum em pacientes em tratamento quimioterápico. 
O hormônio eritropoético produzido nos rins, alerta o corpo quando a medula óssea 
deve produzir mais hemácias. Desse modo, qualquer dano no rim ou na medula levará 
à anemia, por exemplo: 
 Alguns quimioterápicos podem causar dano à medula óssea, prejudicando sua 
capacidade de produzir glóbulos vermelhos. 
 Os cânceres que afetam diretamente a medula óssea ou que provocam 
metástase óssea podem comprimir as células normais da medula óssea, 
incluindo os glóbulos vermelhos. 
 O tratamento quimioterápico com cisplatina e carboplatina podem prejudicar os 
rins, diminuindo a produção do hormônio eritropoético. 
 O tratamento radioterápico em grandes regiões do corpo, como região pélvica, 
pernas, ou abdome pode causar danos na medula óssea. 
 
 
 Náuseas, vômitos e perda de apetite podem levar à falta de nutrientes 
necessários para produção dos glóbulos vermelhos, como ferro, vitamina B12 e 
ácido fólico. 
 Sangramento, em consequência da cirurgia, ou um tumor causando hemorragia 
interna pode levar à anemia se a perda das hemácias for maior que a capacidade 
de reposição. 
 A resposta do sistema imunológico às células cancerosas pode causar anemia, 
neste caso, denominada anemia de doença crônica. 
Pessoas com anemia pode apresentar: 
 Fadiga. 
 Fraqueza muscular. 
 Aumento do batimento cardíaco. 
 Dificuldade em respirar ou falta de ar. 
 Tonturas ou desmaio. 
 Palidez. 
 Dor de cabeça. 
 Dificuldade de concentração. 
 Insônia. 
 Dificuldade em manter-se aquecido. 
 Sangramento. 
A anemia é diagnosticada pelo exame de sangue. Durante o tratamento 
quimioterápico é solicitado regularmente a realização de exames de sangue, com o 
intuito de verificar o nível dos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Em algumas 
circunstâncias, pode ser necessária uma transfusão sanguínea. 
Além disso, o médico pode receitar medicamentos ou suplementos para uma 
rápida recuperação. Portanto, siga uma dieta balanceada selecionando alimentos que 
contenham todas as calorias e proteínas que seu organismo necessita. É importante 
conversar com o médico, enfermeira ou nutricionista para uma orientação adequada 
sobre a dieta que possa proporcionar maior benefício. 
 
 
 
Dicas 
 Descanso, faz-se necessário dormir 8 horas por noite e durante o dia veja a 
possibilidade de deitar e descansar 1 ou 2 vezes pelo menos durante 30 a 60 
minutos. 
 Limitar as atividades, procurar realizar apenas as atividades realmente importantes. 
 Faz-se necessário ajudar o cliente em suas atividades diárias, familiares e amigos 
podem ajudar cuidando de seus filhos pequenos, fazer compras no supermercado, 
podem fazer-lhe companhia às consultas agendadas ou podem realizar alguma 
tarefa que requer esforço. 
 Seguir uma dieta balanceada selecionando alimentos que contenham todas as 
calorias e proteínas que seu organismo necessita traz grandes benefícios. É 
importante conversar com o médico, enfermeira ou nutricionista para uma orientação 
adequada sobre a dieta que possa proporcionar maior benefício. Durante o tratamento quimioterápico será médico solicitado a realização de exames 
de sangue com o intuito de saber como está o nível dos glóbulos vermelhos, brancos 
e plaquetas. Em algumas circunstâncias, quando a contagem de glóbulos vermelhos 
está muito baixa, alguns pacientes necessitam fazer transfusão sanguínea. Além 
disso, o médico pode receitar medicamentos ou suplementos para uma rápida 
recuperação. 
Dispneia 
Dispneia ou falta de ar é uma condição vivida por 20% a 90% dos pacientes com câncer 
avançado, e seus sintomas incluem: 
 Respiração desconfortável. 
 Falta de ar leve, moderada ou intensa. 
 Dificuldade para inspirar conseguir ar suficiente. 
 Sensação de sufocamento, afogamento ou asfixia. 
A dispneia pode ser causada pelo próprio tumor ou outras condições clínicas 
relacionadas ao câncer. As causas da dispneia e podem incluir: 
 Obstrução das vias aéreas. 
 
 
 Ansiedade. 
 Broncoespasmo. 
 Hipoxemia. 
 Acúmulo de líquido ao redor do coração ou pulmão. 
 Pneumonia. 
 Inflamação do pulmão. 
 Anemia. 
 Estresse. 
Para diagnosticar a dispneia, o médico revisará seu histórico clínico, avaliará os 
sintomas atuais e pesquisará outras condições clínicas que possam ser os causadores 
dos sintomas. 
O tratamento da dispneia começa com o tratamento da causa subjacente, ou seja, 
do tumor. Algumas recomendações para ajudar no alívio dos sintomas da dispneia: 
 Suplemento de oxigênio. 
 Uso de medicamentos opióides. 
 Uso de medicamentos contra ansiedade. 
 Respirar ar limpo e fresco 
 Manter-se em espaço aberto, incluindo janelas. 
 Manter a cabeça elevada. 
 Praticar técnicas de relaxamento. 
Depressão 
A depressão pode ser comum em pessoas com câncer, mas não é frequentemente 
diagnosticada. No entanto, isto não significa que todas as pessoas com câncer tenham 
depressão. 
Os dois sintomas mais comuns da depressão são humor deprimido e perda de 
interesse nas atividades normais. Outros sintomas da depressão incluem: 
 Insônia ou outros distúrbios do sono. 
 Variação no peso. 
 Alteração no apetite. 
 Fadiga e perda de energia. 
 
 
 Sentimentos de irritabilidade ou agitação. 
 Sentimentos de inutilidade ou culpa. 
 Sentimentos de desespero ou desamparo. 
 Pensamentos de autoagressão ou suicídio. 
 Preocupação com a morte. 
 Dificuldade de concentração. 
 Retrocesso social. 
 Crises de choro. 
 Sentir-se devagar. 
Geralmente, se uma pessoa apresenta humor deprimido ou perda de interesse em 
atividades que antes apreciava, e pelo menos quatro dos sintomas mencionados acima 
mais de duas vezes na semana, recomenda-se que converse com o médico sobre a 
possibilidade de realizar um tratamento. 
Podem aumentar a probabilidade de um paciente apresentar depressão: 
 Histórico de depressão antes do diagnóstico de câncer. 
 Histórico de alcoolismo ou abuso de drogas. 
 Aumento da debilidade física ou desconforto causado pelo câncer. 
 Dor fora de controle. 
 Medicação. 
 Câncer avançado. 
 Desequilíbrios de cálcio, sódio, potássio ou vitamina B12. 
 Outros problemas nutricionais. 
 Dificuldades neurológicas. 
 Hipertireoidismo ou hipotireoidismo. 
Os médicos podem realizar uma série de exames para diagnosticar a depressão, 
entre eles, perguntas sobre comportamento, sentimentos e pensamentos. 
Quase todos os tipos de depressão são tratáveis. O tratamento para a depressão 
ajuda o paciente com câncer a gerir a doença e, muitas vezes envolve o tratamento 
psicológico com medicação antidepressiva. O foco do tratamento psicológico é aumento 
do enfrentamento e das habilidades para resolver problemas. Os métodos mais comuns 
incluem a psicoterapia individual e a terapia cognitiva comportamental. Além disso, 
grupos de apoio ao paciente com câncer podem ser úteis para algumas pessoas com 
câncer que apresentem depressão. 
 
 
Como a dor fora de controle está relacionada à depressão, é importante que os 
pacientes procurem ajuda para o controle da dor e outros sintomas, como fadiga. 
O médico pode recomendar antidepressivos. A maioria dos antidepressivos trata a 
depressão, alterando a química do cérebro, que pode ser a causa da depressão. Se 
você e seu médico decidirem que a medicação é o próximo passo, tenha em mente: 
 Diferentes tipos de antidepressivos apresentam efeitos colaterais diferentes, 
incluindo sexuais, náusea, insônia, boca seca, ou problemas cardíacos. Outros podem 
melhorar a ansiedade ou ter um efeito mais rápido. No entanto, os efeitos colaterais, 
geralmente, podem ser administrados com ajuste da doses ou trocando o medicamento. 
 Muitas pessoas com câncer tomam muitos medicamentos diferentes, que podem 
interagir e interferir na eficácia de outro, causando danos. Informe sempre ao médico 
sobre todos os medicamentos que estiver usando, incluindo as terapias medicinais. 
 Embora quase 15% a 25% dos pacientes com câncer apresentem depressão, 
apenas 2% são tratados com antidepressivos. 
 
Cuidados com feridas oncológicas 
A abordagem da ferida oncológica pelo profissional da saúde pode seguir duas 
linhas de ação. A primeira é a abordagem da lesão oncológica como um ente clínico 
isolado, que exige, por suas características e seu prognóstico ímpares, uma série de 
condutas e protocolos bem definidos. Essas condutas frequentemente diferem das 
ações preconizadas para todos os outros tipos de ferida. E elas devem estar bastante 
claras para todos os profissionais diretamente envolvidos no tratamento das lesões, de 
modo que os mesmos ofereçam cuidados que deem respostas prontas, efetivas e que 
atendam às necessidades do doente. 
A segunda linha de ação é aquela que satisfaz mais plenamente os princípios 
gerais dos Cuidados Paliativos. Não se trata da abordagem focada na ferida oncológica, 
mas na pessoa portadora da lesão. E essa abordagem compreende as dimensões física, 
psicológica, social e espiritual. 
Entre outros estados associados à presença da ferida oncológica, a pessoa 
portadora geralmente apresenta: sensação de mutilação, rejeição de si mesma, perda 
da autonomia e da autoestima, medo, tendência à automutilação, déficit de autocuidado, 
 
 
perda da esperança, diminuição da libido por fatores sistêmicos e por déficit de 
informação. 
A ferida determina discriminação e rejeição social desde o âmbito familiar até as 
atividades produtivas (humilhação, pena, medo, nojo, desagrado). Os pacientes sentem-
se “podres por dentro”, o que os afasta das outras pessoas para não se exporem a 
comentários desagradáveis, ou temendo rejeição. 
O aparecimento da ferida oncológica também tem repercussões no âmbito familiar. 
É importante ao profissional da saúde considerar que, no câncer, em seu curso 
avançado, normalmente ocorre a transferência dos cuidados para a família. Esse 
aumento da sobrecarga tem consequências físicas, psíquicas, sociais e econômicas 
para cada familiar. Geralmente a atividade profissional do cuidador fica em segundo 
plano, levando ao desemprego e à desestruturação financeira da família. 
Realizar os curativos em domicílio é considerado uma das principais dificuldades 
encontradas pelos cuidadores. 
Depois de analisar esses diferentes aspectos, inserindo paciente, família e 
sociedade, profissionais, instituições e serviços num funcionamento dinâmico, eficaz e 
justo, é possível vislumbrar uma resolubilidade maior ao problema da ferida oncológica. 
As feridas oncológicas são formadas pela infiltração das células malignas do tumor 
nas estruturas da pele. Ocorre quebra da integridade do tegumento em decorrência da 
proliferação celular descontrolada que o processo de oncogênese induz, levando à 
formação de uma ferida evolutivamente exofítica. 
Podem ocorrer por extensão do tumor primário, ou, ainda, por uma metástase; 
implantação acidental de células na pele durante um procedimento cirúrgico ou 
diagnóstico; ou invasão de linfonodos próximos ao tumorprimário. 
O termo “ferida oncológica” não é consensual na literatura. Encontram-se ainda 
outros nomes, como lesões tumorais, úlceras neoplásicas, feridas malignas e lesões 
neoplásicas. 
 
 
 
Fonte: bvsms.saude.gov.br 
As principais características e sintomas locais da ferida são: 
• progressão rápida e inviabilidade de cicatrização; 
• hemorragias; 
• odor fétido; 
• exsudato abundante; 
• alto risco para infecção; 
• alto risco para miíase; 
• presença de necrose tecidual; 
• dor; 
• prurido; 
• agressão do tecido saudável perilesional. 
 
Condutas 
Alguns tratamentos não-específicos são sugeridos para o controle das feridas 
oncológicas: 
• radioterapia: destrói células tumorais; diminui o tamanho da lesão, o exsudato e 
o sangramento; 
• quimioterapia: reduz o tumor e melhora a dor; 
• hormonioterapia: diminui a maior parte dos sintomas, quando indicada; 
• laser: reduz a dor e a necrose tissular. 
No entanto a terapia tópica específica é a que traz melhores resultados no manejo 
da úlcera neoplásica. 
A ferida oncológica é uma entidade clínica dinâmica e, por esse motivo, exige 
avaliação diária e preparo adequado da equipe para identificar os sinais presentes ou 
 
 
potenciais de complicação. O paciente, a família e os cuidadores devem ser treinados a 
identificar essas situações e reportá-las aos profissionais da saúde. 
A conduta terapêutica deve ser ajustada às características da lesão, obedecendo 
aos princípios de cuidados com feridas. A meta principal dessas condutas deixa de ser 
a cicatrização – que é improvável – e passa a focar: a) o conforto do paciente com 
relação à ferida; b) a prevenção e o controle dos sintomas locais. 
 
Complicações relacionadas às feridas oncológicas e condutas a serem tomadas 
Hemorragias 
Estão relacionadas com o crescimento da rede neovascular na região do tumor, 
associada muitas vezes à presença de tecido friável, o que favorece o rompimento de 
vasos. Os sangramentos podem ser espontâneos ou causados por atividades e 
procedimentos, como ações de vida diária (banho, cuidados pessoais, movimentação 
no leito, deambulação), movimentos bruscos, radioterapia local, compressão mecânica, 
traumatismos, utilização ou retirada dos curativos de forma inadequada, abrasão 
durante a técnica de curativo ou a realização de desbridamento. 
Os principais sítios de sangramento são: 
• feridas cutâneas (notadamente lesões de cabeça e pescoço); 
• cavidade oral, 
• útero/vagina; 
• sangramentos gástricos. 
 
Prevenção 
 Manter o meio úmido, evitando a aderência de gazes ao sítio ou à superfície e às 
bordas da lesão. Para isso pode-se utilizar gaze embebida em soro fisiológico ou 
gaze com petrolato. Contraindica-se o uso de óleos essenciais, como, por 
exemplo, os triglicérides de cadeia média (TCM), devido à sua propriedade de 
estimular a neoangiogênese; 
 Retirar coberturas de curativo cuidadosamente. Na ausência de sangramento 
ativo, inspecioná-las buscando sinais de sangramentos anteriores; 
 Evitar a abrasão do leito da ferida, quando potencialmente sangrante, durante o 
procedimento de curativo; 
 
 
 Na medida do possível, manter o local da ferida livre de compressões mecânicas; 
 Restringir os desbridamentos àqueles casos em que o benefício ao paciente seja 
maior que o risco de hemorragia, e apenas quando houver recursos disponíveis 
para controlá-la. 
 
Tratamento 
 Avaliar intensidade, origem e causa do sangramento; 
 Aplicar pressão diretamente sobre os vasos sangrantes com o amparo de gazes 
ou compressas; 
 A aplicação tópica de soro fisiológico gelado realiza hemostasia, principalmente 
em pequenos sangramentos; 
 Considerar a aplicação tópica de adrenalina, pela sua ação vasoconstritora; 
 Aplicar gel de alginato de cálcio com carboximetilcelulose na lesão, com gazes 
estéreis, ou placa de alginato de cálcio. Depois da aplicação, o curativo com 
alginato de cálcio deve ser mantido no local por no mínimo 24 horas, a não ser 
que haja necessidade de outra intervenção no local. Deve-se evitar o contato do 
alginato de cálcio com as bordas da lesão, devido ao risco de maceração da pele 
íntegra; 
 Avaliar a possibilidade de iniciar antifibrinolítico sistêmico, intervenção cirúrgica, 
sutura, cauterização ou radioterapia hemostática em casos de sangramento 
intenso; 
 Em hemorragias grandes ou frequentes, considerar a coleta de exames 
laboratoriais com vistas a hemotransfusões. 
Em caso de sangramento de lesões intravaginais: 
 Realizar irrigação intravaginal com soro fisiológico gelado. Utilizar sonda de 
nelaton no lubrificada com lidocaína gel e introduzida com cuidado para não 
aumentar o sangramento; 
 Em caso de refratariedade à irrigação vaginal com soro gelado, utilizar duas 
ampolas de adrenalina diluídas em um frasco de 250 ml de soro fisiológico gelado 
e realizar irrigação vaginal com essa solução; 
 Considerar a possibilidade de tratamento antifibrinolítico sistêmico. 
 
 
 
Odor fétido 
É considerado o sintoma mais castigador das feridas oncológicas em decorrência 
da sensação de enojamento imputada ao paciente. Ocorre devido à colonização 
bacteriana, principalmente de anaeróbias, no sítio da ferida. As principais causas são a 
presença de necrose, exsudato abundante associado a curativos de baixa absorção, 
oclusão dos vasos sanguíneos locais e a consequente redução de oxigênio. 
Emergências oncológicas 
Síndrome da veia cava superior 
A veia cava superior, que drena para o átrio direito do coração, pode ser 
comprimida quando um tumor cresce dentro do tórax. Os tipos de câncer que podem 
causar a síndrome são o de pulmão e o linfoma Não-Hodgkin, além das metástases. Às 
vezes, um tumor que inicialmente se desenvolveu fora da veia cava superior pode invadi -
la causando uma obstrução. Como a veia cava superior situa-se perto de uma série de 
gânglios linfáticos, qualquer tipo de câncer que se dissemina para os linfonodos, 
aumentando seu tamanho, também pode causar a síndrome. Os gânglios linfáticos 
aumentados comprimem a veia, retardando o fluxo do sangue e resultando no bloqueio 
total da veia. Uma causa menos comum da síndrome é a trombose na veia causada por 
um cateter intravenoso. 
Os sintomas da síndrome, normalmente, se desenvolvem lentamente e incluem 
dificuldade para respirar ou falta de ar, tosse e inchaço da face, pescoço, tronco, braços 
e dor no peito. 
Em casos graves, a pele pode ficar escura (azulada) devido à cianose. A síndrome 
da veia cava superior pode evoluir rapidamente bloqueando completamente a traqueia 
o que necessita de ações imediatas. Comumente, se o bloqueio se desenvolve 
lentamente, outras veias podem ajudar a circular o sangue, com isso os sintomas podem 
tornar-se menos intensos. 
Os sinais da síndrome da veia cava superior podem ser vistos numa radiografia de 
tórax, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. No entanto, estes 
exames não diagnosticam a síndrome. Se os sintomas forem leves, a traqueia não é 
bloqueada, e há um fluxo sanguíneo bom pelas veias colaterais do tórax, assim o início 
do tratamento pode aguardar até que se tenha um diagnóstico claro. Na maioria dos 
 
 
casos, a síndrome da veia cava é manejada com o tratamento do próprio câncer. Outros 
tratamentos, a curto prazo, para reduzir os sintomas incluem a elevação da cabeça do 
paciente, administração de corticosteroides para reduzir o inchaço ou utilização de 
diuréticos para eliminar o excesso de líquido do corpo. Menos frequentemente, a 
síndrome da veia cava pode ser tratada com dissolução do coágulo, colocação de stent 
ou cirurgia. 
Como a síndrome da veia cava pode causar problemas respiratórios graves, é 
considerada uma emergência. Embora a síndrome seja grave e seus sintomas 
assustadores, a mesma pode ser tratada com sucesso na maioria dos pacientes. 
A síndrome da veia cava superior pode ser fatalem crianças. A traqueia da criança 
é menor e mais frágil que no adulto, podendo rapidamente inchar ou ser contraída, 
levando a problemas respiratórios. Os sintomas mais comuns da síndrome em crianças 
são semelhantes aos dos adultos e podem incluir tosse, rouquidão, dificuldade 
respiratória e dor torácica. Felizmente, a síndrome da veia cava superior é rara em 
crianças. 
 
Compressão medular 
A compressão medular aguda é uma complicação de potencial devastador, que 
pode ser causada por diferentes etiologias de doenças que envolvem a coluna vertebral 
e estreitam o canal espinal, em particular as neoplasias metastáticas, e podem causar 
perda neurológica irreversível. 
 
Neoplasias mais comuns: 
Próstata 
Mama Pulmão Linfomas 
Mieloma múltiplo 
Tumores medulares 
Carcinoma renal 
 
Tipos de dor: 
1. Dor localizada: geralmente é o primeiro sintoma: constante, localizada no dorso, 
sem piora com movimento, sem alívio ao deitar, causada por estiramento periosteal; 
 
 
2. Dor espinhal axial: dor que piora com os movimentos e melhora com repouso, 
causada por instabilidade, colapso vertebral e/ou deformidade espinhal; 
3. Dor radicular: constante, piora com movimentos, segue distribuição radicular, 
associada a paresias e alterações de sensibilidade, causada por compressão radicular; 
Paresia com síndrome de 1⁰ ou 2⁰ neurônio motor. 
Disautonomias (ex. incontinência urinária ou fecal): ocorre em quadros mais tardios, 
marcador de mau prognóstico. 
 
Tratamento: 
1. Repouso absoluto no leito até excluir instabilidade; 
2. Tratamento de suporte: analgesia, evitar constipação, prevenção de TEV; 
3. Corticoides: 
 Dexametasona 4 mg 6/6 h (pode fazer 20 mg em bolus como dose de ataque); 
 Uso de altas doses (dexametasona 96 mg/dia) não está indicada; 
 Objetivo: aumentar taxa e deambulação e contribui para analgesia. 
 
Apesar de ser prática comum, há pouca evidência a respeito da função da dose de 
ataque. 
 Sempre associar protetor gástrico e monitorar glicemia se uso de corticoide em 
altas doses. 
1. A decisão do tratamento oncológico específico deve ser tomada em conjunto com 
oncologista, cirurgião de coluna (ortopedista ou neurocirurgião) e radioterapeuta. 
2. Cirurgia de descompressão seguida de radioterapia (é o tratamento de escolha, 
mas nem todos pacientes serão elegíveis) ou 
3. Radioterapia exclusiva (para pacientes não candidatos à cirurgia e com tumores 
radiossensíveis) ou Tratamento sistêmico (quimioterapia, hormonioterapia, 
imunoterapia) ou 
4. Cuidado paliativo exclusivo. 
Tratamento sistêmico raramente tem papel na SCM aguda, por respostas serem 
mais tardias e imprevisíveis. Discutir tratamento sistêmico em bases individuais com 
Oncologia Clínica após estabilização do quadro. 
Fatores associados à melhor resposta da radioterapia: bom status neurológico 
 
 
prévio, velocidade de instalação do déficit motor > 14 dias. 
 Fatores associados à maior sobrevida: função motora preservada antes do 
tratamento, tumores radiossensíveis (pequenas células, linfomas, mieloma 
múltiplo, germinativos), ausência de metástases viscerais, sítio único de 
compressão, velocidade de instalação dos sintomas. 
 
Hipercalcemia 
Hipercalcemia é o nível elevado de cálcio no sangue. A hipercalcemia pode ser 
fatal e é a mais comum desordem metabólica associada ao câncer, ocorrendo de 10% 
a 20% dos pacientes com câncer. Enquanto a maioria do cálcio no corpo é armazenada 
nos ossos, cerca de 1% do cálcio do corpo circula na corrente sanguínea. O cálcio é 
importante para muitas funções corporais, incluindo a formação óssea, contrações 
musculares e nervosas e função do cérebro. 
O nível de cálcio no sangue é controlado por muitos fatores, incluindo o hormônio 
da paratireóide, suas causas são: 
 Cânceres que afetam diretamente o osso ou metástase nos ossos causam 
ruptura do osso, causando a liberação do excesso de cálcio no sangue. 
 Alguns cânceres afetam a capacidade dos rins na remoção do excesso de cálcio 
no sangue. 
 A desidratação causada por náuseas e vômitos, torna difícil para os rins a 
remoção adequada do cálcio no sangue. 
 Falta de atividade física pode causar ruptura do osso, liberando cálcio no sangue. 
Os tipos de câncer que podem causar hipercalcemia incluem câncer de mama, de 
pulmão, mieloma múltiplo, linfoma, leucemia, renal, cabeça e pescoço e gastrointestinal. 
Os sintomas de hipercalcemia geralmente se desenvolvem lentamente e podem 
ser muito semelhantes aos sintomas do câncer e seus tratamentos. Pacientes com 
hipercalcemia podem apresentar sintomas como: 
 Perda de apetite, náuseas e vômitos. 
 Constipação e dor abdominal. 
 Micção frequente. 
 Fadiga, fraqueza e dor muscular. 
 
 
 Alterações do estado mental, incluindo confusão, desorientação e dificuldade 
para pensar. 
 Dor de cabeça. 
 Depressão. 
A hipercalcemia grave pode estar associada a pedras nos rins, batimento cardíaco 
irregular, ou ataque cardíaco. Os efeitos potencialmente graves de hipercalcemia 
incluem perda da consciência e coma. 
A hipercalcemia é diagnosticada pelo exame de sangue. Pacientes com 
hipercalcemia moderada ou grave podem ser tratados de várias maneiras: 
 Tratamento do câncer primário. 
 Reposição de líquidos. 
 Administração de medicamentos para evitar a ruptura do osso. 
 Realização de diálise em pacientes com insuficiência renal. 
Alguns tipos de tumores e seus cuidados paliativos 
Câncer de pulmão 
Pessoas com câncer de pulmão muitas vezes se beneficiam de alguns 
procedimentos para ajudar com problemas provocados pelo câncer. Por exemplo, os 
pacientes com câncer de pulmão avançado podem apresentar falta de ar. Isso pode 
ser provocado por uma série de fatores, incluindo derrame pleural ou obstrução de 
uma via aérea por um tumor. Embora o tratamento com químio ou outros 
medicamentos possa ajudar, outros tratamentos também podem ser necessários. 
 
Tratamento do Derrame Pleural 
Às vezes o líquido pleural pode acumular-se entre o tórax e os pulmões. Isso é 
chamado derrame pleural. Podendo comprimir os pulmões e provocar problemas 
respiratórios. 
 
Toracentese 
Este procedimento é utilizado em casos de derrame pleural. Se utilizada uma 
agulha estéril para retirar uma amostra do líquido pleural para realizar um exame no 
laboratório de patologia. O derrame pleural também pode ser causado por outras 
 
 
doenças, como insuficiência cardíaca ou infecções. 
 
Pleurodese 
Neste procedimento é realizado um pequeno corte na pele da parede torácica, para 
inserção de um dreno que permitirá a retirada do líquido pleural. Após este procedimento 
um talco ou um medicamento (doxiciclina ou um quimioterápico) é inserido lentamente 
na cavidade torácica, para evitar a formação de líquido novamente dentro da cavidade 
pleural. Esse dreno é geralmente deixado no local por alguns dias para drenar qualquer 
líquido que possa se acumular. 
 
 Colocação de Cateter 
Esta é outra maneira para controlar o acúmulo de líquido. Uma extremidade do 
cateter é colocada na caixa torácica através de uma pequena incisão na pele, e a outra 
extremidade é deixada fora do corpo. Esse procedimento é feito em consultório ou 
hospital. Uma vez no lugar, o cateter pode ser ligado a um frasco especial a vácuo ou 
outro dispositivo para permitir que o fluido seja drenado. 
 
Tratamento do Derrame Pericárdico 
O câncer de pulmão pode, às vezes, se disseminar para a área ao redor do 
coração. Isso pode levar ao acúmulo de líquido em volta do coração, no pericárdio o que 
se denomina derrame pericárdico. O líquido pode pressionar o coração, afetando seu 
funcionamento. 
 
Pericardiocentese 
Neste procedimento, o líquido é drenado com uma agulha colocada no 
pericárdio. Isso geralmente é feito usando um ecocardiograma para guiar a agulha. 
 
Janela Pericárdica 
Este procedimento pode ser realizado para evitar a formação do líquido. Durante 
a cirurgia,o pericárdio é removido permitindo que o líquido seja drenado. 
 
 
 
 
 
Tratamento para Desobstrução das Vias Aéreas 
 
Se o câncer está crescendo em uma via aérea, ele pode obstruir a mesma e 
causar complicações, como pneumonia ou falta de ar. O tratamento pode aliviar o 
bloqueio das vias aéreas. 
 
Terapia Fotodinâmica 
A terapia fotodinâmica pode ser utilizada para tratar o câncer de pulmão em 
estágios iniciais, em casos que ainda a lesão está localizada mais externamente e 
quando outros tratamentos não estão indicados. Esta técnica também pode ser usada 
para ajudar a abrir vias aéreas obstruídas por tumores, permitindo que o paciente 
possa respirar melhor.
 
Nesta técnica, um medicamento ativado pela luz, é injetada na veia do paciente, 
como o objetivo de captar células cancerosas. Após alguns dias, o fármaco se 
acumula nas células cancerosas, um broncoscópio é inserido até o local, sob 
anestesia local ou geral. Uma luz laser especial colocada na extremidade do 
broncoscópio é dirigida ao tumor, ativando a droga que destrói as células 
cancerígenas. Estas células mortas são removidas durante a broncoscopia.
 
A terapia fotodinâmica pode causar inflamação na via aérea por alguns dias, 
provocando falta de ar, tosse com sangue ou muco espesso. 
 
Laserterapia 
Os lasers podem, eventualmente, serem utilizados para tratar câncer de pulmão 
muito pequenos localizados nas vias aéreas. Também podem ser usados para ajudar 
a abrir as vias aéreas obstruídas por tumores maiores, ajudando o paciente a respirar 
melhor.

Este tratamento é realizado com o paciente anestesiado. O laser é colocado 
na extremidade de um broncoscópio, que é inserido pela garganta até um local 
próximo ao tumor. Quando posicionado, o médico aponta o laser na direção do tumor 
destruindo-o. 
 
Colocação do Stent 
Tumores de pulmão que se desenvolveram em uma via aérea podem, às vezes, 
provocar dificuldades respiratórias ou outros problemas. Para ajudar a manter a 
 
 
abertura das vias aéreas, um stent pode ser colocado na via aérea. Os stents são 
tubos rígidos de silicone ou de metal que são inseridos nas vias aéreas com o auxílio 
de um broncoscópio. 
 
Câncer de mama 
O objetivo dos cuidados paliativos para o câncer de mama avançado é aliviar ou 
evitar sintomas como dor, fadiga, ansiedade ou depressão. O tratamento paliativo incide 
sobre o controle dos sintomas, em vez do controle da doença. 
Os cuidados paliativos oferecem tratamento, como parte de uma abordagem global 
para pacientes e familiares, com foco em suas necessidades físicas, emocionais e 
espirituais. 
Embora o câncer de mama metastático não tenha cura, pode ser tratado. O 
tratamento com quimioterapia ou hormonioterapia pode controlar o crescimento do 
tumor e aumentar a sobrevida. Para alguns pacientes, o período de tratamento ativo do 
câncer pode durar vários anos. Os cuidados paliativos são uma parte vital do tratamento. 
Em algum momento, no entanto, a quimioterapia ou a hormonioterapia já não 
mostram benefício ou melhoram a qualidade de vida. Conversar com o médico sobre o 
prognóstico e os riscos potenciais do tratamento continuado, quando não se espera 
outro benefício, pode ajudar a tomar decisões sobre o rumo do tratamento. Neste 
momento, o paciente pode optar por interromper o tratamento ativo para o câncer. Os 
cuidados paliativos, por tanto, se tornam o foco principal, ao invés de apenas uma parte, 
do tratamento. Compreender o papel dos cuidados paliativos ajuda a fazer escolhas 
adequadas. 
Os cuidados paliativos são frequentemente administrados em casa, onde o 
paciente está geralmente mais confortável. 
Em alguns casos, por exemplo, quando a doença pode estar causando problemas 
que precisam ser gerenciados por vários profissionais de saúde, uma opção é a 
internação em um hospice. Os hospices já estão disponíveis em algumas cidades. 
Hospice é uma filosofia de cuidados que visa devolver um senso de controle aos 
pacientes na fase final de uma doença terminal, como o câncer de mama metastático. 
Os cuidados paliativos fornecem serviços de suporte aos pacientes e familiares. 
Como o hospice humaniza os cuidados, ele pode preservar a qualidade de vida e 
permitir que uma pessoa morra de forma mais confortável e com o máximo de dignidade 
 
 
possível. Os cuidados paliativos não pretendem encurtar ou prolongar a vida, mas sim 
aumentar a qualidade do tempo restante, tanto quanto possível. 
No hospice o foco está em viver a vida, de forma que o paciente esteja bem neste 
momento tão difícil. 
Na maioria das vezes, um familiar se torna o principal cuidador, com orientação e 
apoio de profissionais de saúde. A equipe de cuidados paliativos inclui: 
 Médico. 
 Enfermeira. 
 Assistente Social. 
 Capelão. 
 Psicólogo. 
 
Os cuidados paliativos podem ser iniciados quando um paciente: 
 Tem uma expectativa de vida de seis meses ou menos. 
 Decide interromper o tratamento para a doença optando por receber apenas os 
cuidados paliativos. 
Apesar da estimativa de sobrevida ser requerida no momento da internação em 
um hospice, não existe um limite de tempo para que o paciente receba os cuidados 
paliativos. Os pacientes internados no hospice podem viver mais de seis meses e os 
cuidados paliativos não são interrompidos. 
Embora o tratamento para o câncer seja interrompido quando se iniciam os 
cuidados paliativos, tratamentos para melhorar a qualidade de vida e aliviar os sintomas 
continuam. Esse cuidado inclui: 
 Controle da dor, náuseas e outros sintomas. 
 Tratamento para as condições clínicas do paciente não relacionados ao câncer. 
 Apoio emocional. 
 Ajuda com preocupações práticas, como questões financeiras. 
 Aconselhamento espiritual. 
 Alívio para os cuidadores. 
 
 
A internação em um hospice é útil a qualquer momento. Quanto mais precoce a 
internação mais tempo a equipe de cuidados paliativos tem para conhecer o paciente e 
sua família para que eles possam dar o melhor atendimento possível. Um estudo 
mostrou que iniciar os cuidados paliativos mais cedo pode melhorar a sobrevida de 
pacientes com câncer. 
As discussões sobre os cuidados no fim da vida são muito difíceis. Por mais 
complicada que possa ser conversar com familiares e profissionais de saúde sobre 
questões de fim de vida, estas discussões garantem que os desejos pessoais dos 
pacientes sejam realizados. Com a participação e orientação dos pacientes, os cuidados 
paliativos podem tornar a fase posterior ao tratamento do câncer o mais confortável 
possível não só para o paciente, como também para seus familiares. 
 
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