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COLÉGIO 24 DE MAIO - SÃO MIGUEL PAULISTA - UNIDADE 2 REBECA BRASILEIRO MARQUES PRONTO-SOCORRO Doenças atendidas no pronto-socorro. São Paulo 2020 Sumário ANGINA PECTÓRIS. ................................................................................................................. 3 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM). .......................................................................... 5 EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP). ................................................................................... 7 HEMORRAGIAS. ........................................................................................................................ 9 TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. ......................................................................................... 11 HEMORRAGIA DIGESTIVA. .................................................................................................. 13 CONVULSÃO E ATAQUE EPILÉTICO. ............................................................................... 15 DIABETES. ................................................................................................................................ 18 PARTO NORMAL E PARTO NATURAL. ............................................................................. 22 ANGINA PECTÓRIS. É uma dor torácica transitória ou uma sensação de pressão que ocorre quando o miocárdio não recebe oxigênio suficiente. As necessidades de oxigênio do coração são determinadas pelo grau de intensidade de seu esforço, isto é, pela rapidez e pela intensidade dos batimentos cardíacos. O esforço físico e as emoções aumentam o trabalho cardíaco e, consequentemente, aumentam a demanda de oxigênio do coração. Quando as artérias apresentam estreitamento ou obstrução de modo que o fluxo sanguíneo ao músculo não pode ser aumentado para suprir a maior demanda de oxigênio, pode ocorrer uma isquemia, acarretando dor. Além do tratamento dos fatores de risco (controle da pressão e diabetes, cessação do tabagismo), existem vários medicamentos capazes de aliviar os sintomas e até mesmo reduzir a chance de morte ou infarto nos pacientes com angina. Para alívio imediato, são utilizados os nitratos, medicamentos com efeito de dilatar os vasos do coração e usados pela via sublingual durante as crises de angina. Para impedir o aparecimento das crises, são comumente utilizados os betabloqueadores, remédios capazes de reduzir os batimentos cardíacos e poupar a energia do coração em situações de alta demanda, com isso diminuindo a isquemia. Em casos mais graves, podem ser feitas intervenções a fim de desobstruir as artérias entupidas. Uma delas é a angioplastia, procedimento no qual um balão dilata, pelo próprio cateterismo, o vaso com obstrução, sendo colocada uma armação de metal (stent) para manter o vaso aberto. Outra alternativa é a cirurgia de revascularização do miocárdio, em que enxertos (vasos retirados ou desviados do próprio paciente, como a veia safena) são usados para criar novos caminhos para o sangue chegar ao músculo cardíaco de maneira adequada, desviando da obstrução. Vale ressaltar que de nada adianta o procedimento se os fatores de risco não forem combatidos. Também não existe qualquer evidência científica de que esses procedimentos devam ser feitos rotineiramente em indivíduos assintomáticos, apenas pela presença da obstrução em si. Em todos os casos, independente do tratamento, o indivíduo portador de obstrução nas coronárias deve tomar indefinidamente o ácido acetilsalicílico (AAS – Aspirina), a fim de evitar formação de coágulos dentro das coronárias e assim prevenir a ocorrência de infarto do miocárdio. Cuidados de enfermagem: - Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados; - Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em cada episódio de dor torácica; - Fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto posterior; - Monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso; - Avisar o médico se a dor não diminuir; - Identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor; - Oferecer assistência de maneira calma e eficiente de modo a reconfortar o cliente até que o desconforto desapareça; - Prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família; - Ajudar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco; - Ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificações dos fatores de risco; - Providenciar orientação nutricional ao cliente/família; - Esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão ser tomados após a alta hospitalar; - Esclarecer o cliente acerca do plano terapêutico; - Explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença. Cuidados de enfermagem na administração do nitrato: - A nitroglicerina pode causar uma sensação de queimadura sob a língua quando dor forte; - Orientar o paciente a não deglutir a saliva até que o comprimido esteja totalmente diluído; - Para ação mais rápida, orientar o paciente a triturar o comprimido entre os dentes (conforme prescrição médica); - Orientar repouso até o desaparecimento dos sintomas; - Comunicar qualquer alteração ao médico. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM). É a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo, levando a diminuição da oxigenação das células do músculo cardíaco (miocárdio). Pode ocorrer em diversas partes do coração, depende de qual artéria foi obstruída. Em casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior dos vasos. O principal sintoma do Infarto é dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço direito. Esse desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de sensação de peso ou aperto sobre tórax. Esses sinais podem ser acompanhados de suor excessivo, palidez e alteração na frequência cardíaca. Em idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. A dor também pode ser no abdome, semelhante a dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo, mas é pouco frequente. Nos diabéticos e nos idosos, o infarto pode ser assintomático, sem sinais específicos. Além da avaliação clínica dos sintomas, são feitos exames de eletrocardiograma, ecocardiogama e cateterismo. O tratamento vai depender da gravidade do infarto. Após o ocorrido, os médicos vão agir para diminuir a lesão e evitar que o doente apresente complicações. Em geral, o atendimento é feito no pronto-socorro e as primeiras ações da equipe médica são: Conectar um monitor cardíaco ao paciente, para verificar a frequência dos batimentos cardíacos Oferecer oxigênio ao paciente, para que o coração não faça muito esforço após o infarto. Para diminuir as dores no peito, a pessoa receberá medicamentos que ajudam na redução deste sintoma. Dependendo da gravidade do infarto, o paciente passa pela angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio, que tem como objetivo direcionar as artérias a restaurar o fluxo do coração. Depois deste atendimento, deverá fazer uso de medicamentos que evitam um novo infarto. A medicação é indicada de acordo com cada caso e receitada pelo médico. Os medicamentos mais utilizados para o tratamento são (a menos que contraindicado): alteplase que é usado para o tratamentode coágulos sanguíneos; os anticoagulantes tem o objetivo de diminuir a tendência de coagulação do sangue sem evitar a coagulação completamente; betabloqueadores retardam a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial.; a estatina diminui a produção de colesterol ruim pelo fígado; inibidor da ECAR relaxa os vasos sanguíneos, reduz a pressão arterial e previne danos nos rins relacionadas ao diabetes. Cuidados de enfermagem: - Os cuidados de enfermagem ao paciente com infarto agudo do miocárdio no contexto ambiental estão direcionados às condições e influências externas como iluminação, sons e temperatura. A manutenção de um ambiente tranquilo faz parte dos cuidados necessários para o paciente com IAM, devendo ser também propiciado um ambiente terapêutico diminuindo ao máximo o stress nele presente; - Para assegurar uma intervenção precoce o enfermeiro deve realizar o diagnóstico e planejar as ações de enfermagem, acompanhar e avaliar a evolução do paciente. - O paciente infartado necessita ser observado continuamente devido possíveis complicações, sendo de imediato encaminhado para a UTI. O enfermeiro e sua equipe devem monitorizar o paciente, avaliar a frequência e o ritmo cardíacos continuamente para detectar precocemente o aparecimento de arritmias e comunicar imediatamente o aparecimento de sinais e sintomas ao médico de plantão; - Verificar sinais vitais de 2 em 2 horas (observando alterações nos mesmos, arritmias ou choque cardiogênico), o enfermeiro deve observar, anotar e registar, cada ação realizada, sendo responsável pela avaliação e tomada de decisões que melhorem as condições de saúde dos pacientes. Os sinais vitais são uma forma rápida e eficiente de monitorizarão da condição do cliente ou de identificação de problemas e de avaliação da resposta ao tratamento que está sendo realizado; - Oxigenoterapia (Constante, umidificado); - Controle hídrico rigoroso (evitar sobrecarga cardíaca); - Prestar cuidados de higiene no leito; - Administrar medicamentos prescritos; - Oferecer dieta leve, hipossódica e hipolipédica; - Cabe a equipe de enfermagem intervir e prestar uma assistência rápida e de qualidade, para minimizar os possíveis danos ao paciente, diminuindo o risco de sequelas ou óbitos ocasionados pelo infarto; - Evitar alimentos ricos em carboidratos e gorduras, bebidas alcoólicas, fumo e café; - Repouso relativo: nas 1º 8 -12 semanas, retomando gradativamente à vida normal; - Manter a tranquilidade emocional, equilíbrio entre sono, repouso e atividades física evitando excessos; - Orientar o paciente para a alta. EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP). É uma síndrome clínica em que ocorre acúmulo de fluido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões, podendo ser decorrente de causas diversas como a trombose atrial. O resultado do processo é caracterizado por hipoxemia, aumento no esforço respiratório, redução da complacência pulmonar e redução da relação ventilaçãoperfusão. Está relacionado, na maioria das vezes, a causas cardíacas. O EAP pode ser a primeira manifestação de doença prévia assintomática e que descompensa devido às alterações hemodinâmicas fisiológicas da gestação, incluindo o aumento do volume plasmático e débito cardíaco, além da redução da pressão coloidosmótica do plasma, muitas vezes agravada pela presença de anemia. Aproximadamente 1:1.000 gestações complicam com EAP que se associa ao aumento da morbimortalidade materna e fetal. Causas não cardíacas de EAP podem estar relacionadas a condições específicas da gravidez, como na pré-eclâmpsia/eclâmpsia, na terapia tocolítica e por hiper-hidratação. O principal sintoma é a dificuldade de respiração, causando incapacidade de permanecer deitado, mas também pode incluir: tosse com sangue (classicamente rosa e espumosa); suor excessivo (sudorese); muita ansiedade; tonteira; palidez; inchaço nas pernas; dedos e lábios azulados (cianose); pressão arterial elevada. A administração de oxigênio é o primeiro passo no tratamento de edema pulmonar. Receberá oxigênio ou com uma máscara ou com uma cânula nasal – um tubo de plástico, flexível, com duas aberturas para introduzir oxigênio em cada uma das narinas. Isto deverá aliviar alguns dos sintomas. Por vezes, será necessário utilizar um ventilador. Dependendo da condição e da causa do edema pulmonar, poderá também tomar um ou mais dos seguintes medicamentos: aminofilina; acetilcisteína, brometo de ipratópio, bromidrato de fenoterol, betametasona, dobutamina e/ou ipratópio. Cuidados de enfermagem: - Administrar oxigénio para evitar e prevenir hipóxia e dispneia; - Aspirar secreções se necessário para manter as vias aéreas permeáveis; - Promover diminuição do retorno venoso sentando o doente à beira da cama com as pernas pendentes; - Posicionar em Fowler alto; - Administrar diuréticos para promover a diurese imediata; - Sondar o paciente para controlar débito urinário; - Vigiar sinais de hipovolemia; - Avaliar o potássio sérico; - Administrar bronco dilatador; - Avaliar sinais vitais (SSVV); - Viabilizar acesso venoso; - Auxiliar na intubação oro traqueal, caso seja necessário e aspiração; - Administrar medicamentos conforme prescrição médica; - Manter carro de urgência próximo ao leito do paciente; - Observar diurese e oferecer material para drenagem urinária após administração do diurético; - Fornecer apoio psicológico. HEMORRAGIAS. É a perda súbita de sangue, originada pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos. Tipos e causas: Arterial: o sangue está jorrando de uma artéria. O sangramento é vermelho vivo, em jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. A perda de sangue é rápida e abundante. Venosa: O sangue está saindo de uma veia. O sangramento é uniforme e de cor escura. Capilar: O sangue está escoando de uma rede de capilares. A cor é vermelha, normalmente menos viva que o sangue arterial e o fluxo é lento. Sinais e sintomas: quando a hemorragia é externa nota-se facilmente a sua presença pela exteriorização de sangue. Sua quantidade e intensidade depende do tipo de vaso afetado, e se é uma região do corpo com muitos vasos. Por exemplo, cortes no couro cabeludo causam mais sangramento, mesmo sendo pequenos, pois é uma região muito vascularizada. Quando é interna, pode ser mais difícil de identificar, porém os sinais que indicam a presença de uma hemorragia deste tipo são: palidez e cansaço; pulso rápido e fraco; respiração acelerada; muita sede; queda da pressão; náuseas ou vômitos com sangue; confusão mental ou desmaios; muita dor do abdômen, que fica endurecido. Uma das formas de hemorragia interna mais frequente é a cerebral, que leva ao surgimento de um AVC hemorrágico. Hemorragias internas. Hemorragias externas. Cuidados de enfermagem: Na hemorragia interna: - Deitar o paciente, afrouxando suas roupas; - Manter o paciente aquecido; - Colocar na posição de trendelemburg, para manter a circulação dos órgãos vitais, exceto na hemorragia craniana; - Não administrar nada pela via oral; - Avisar ao médico, para possível hemotransfusão; - Controlar sinais vitais. Na hemorragia externa: - Manter o paciente no leito, evitando que o mesmo veja o sangue; - Fazer compressão com gases; - Fazer compressão das artérias; - Aquecer o paciente; - Controlar sinais vitais; - Se o sangramento foi na boca ou nariz, realizar a aspiração e lateralizar a cabeça. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO. Também conhecido como lesão intracraniana, ocorre quando uma força externa causa um ferimento traumático no cérebro. TCE pode ser classificado com base na severidade, mecanismo (ferimento fechado ou que penetra o crânio), ou outras características (como, por exemplo, ocorrência em um local específico ou em uma área ampla). Lesão na cabeça geralmente refere-se a TCE, mas é uma categoriamais ampla, podendo englobar danos a estruturas que não o cérebro, como o couro cabeludo e o crânio. TCE é uma das principais causas de morte e de invalidez no mundo, especialmente em crianças e jovens adultos. Os homens sofrem lesões cerebrais traumáticas com mais frequência do que as mulheres. As causas incluem quedas, acidentes e violência. O trauma cerebral pode ocorrer como consequência de um impacto localizado sobre a cabeça, por uma súbita aceleração/desaceleração dentro do crânio, ou por uma combinação complexa de ambos o movimento e o impacto súbito. Além dos danos causados no momento da lesão, trauma cerebral causa lesão secundária, uma diversidade de eventos que ocorrem nos minutos e dias após a lesão. Esses processos, que incluem alterações no fluxo sanguíneo cerebral e a pressão intracraniana, contribuem substancialmente para os danos da lesão inicial. TCE pode causar uma série de efeitos físicos, cognitivos, sociais, emocionais e comportamentais, e o resultado pode variar de recuperação completa para deficiência permanente ou morte. Os sintomas podem ser imediatos ou tardios e incluem confusão mental, visão turva e dificuldade de concentração. Os bebês ficam irritados e choram persistentemente. Outros sinais e sintomas são: dor de cabeça (persistente); na cognição (amnésia, confusão mental, dificuldade de concentração, dificuldade em pensar e compreender, incapacidade de reconhecer coisas comuns ou perda de memória recente); no corpo (desmaio, distúrbio do equilíbrio ou tontura); no aparelho gastrointestinal (náusea ou vômito); também é comum (momento temporário de lucidez, sangramento ou visão embaçada). Traumatismo Cranioencefálico por Projétil de Arma de Fogo Leia mais: https://clini cadralexandrecru zeiro.webnode.co m.br/news/neurot raumatologia- traumatismo- cranioencefalico- por-projetil-de- arma-de-fogo1/ https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/neurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=https%3A%2F%2Fclinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br%2Fnews%2Fneurotraumatologia-traumatismo-cranioencefalico-por-projetil-de-arma-de-fogo1%2F Cuidados de enfermagem: - O atendimento inicial em vítimas de TCE, feita pelo enfermeiro consiste em realizar avaliação primária, de acordo com o protocolo; - O enfermeiro deve garantir permeabilidade das vias aéreas estabilização da coluna cervical. Manter a coluna cervical imobilizada com colar cervical pré-fabricado, no momento de manter uma via aérea pérvia, pois toda vítima de trauma até que se consiga provar o contrário, é uma portadora de lesão de coluna cervical, visto que esta pode desalinhar uma fatura, sem repercussão neurológica, acarretando dano grave da medula espinhal e posterior tetraplegia (ausência de força motora em membros superiores e membros inferiores) ou paraplegia (perda de controle e sensibilidade dos membros inferiores); - Oferecer oxigênio para uma ventilação adequada; - Monitorar circulação e avaliar precocemente a Escala de Coma de Glasgow (ECG); - Em sequência realizar avaliação secundária avaliando da reação pupilar, aferição de sinais vitais; - Exame físico da cabeça e coluna, e repetição seriada da ECG; - Avaliar a circulação da vítima de TCE é outro cuidado que o enfermeiro deve estar atento. O controle de hemorragias, a prevenção e tratamento de choque são cruciais no atendimento da vítima que sofreu um TCE. O enfermeiro deve observar e quantificar a presença visível de sangramento externo, facilitando dessa forma a conduta certa a ser tomada. A presença de pulso rápido e fraco em vítima de trauma fechado sugere hemorragia para espaço pleural, peritônio, retroperitônio, ou em tecidos moles adjacentes a fraturas de ossos longos com risco de vida. Já um pulso lento e forte pode resultar de hipertensão intracraniana; - É fundamental que o enfermeiro verifique os sinais vitais, embora a alteração no nível de consciência seja a indicação neurológica mais sensível da deterioração da condição do paciente. São eles: temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial. Os sinais vitais devem ser monitorados a intervalos de aproximadamente 10 minutos, avaliando dessa forma o estado intracraniano; - Monitorar o equilíbrio hidroeletrolítico. Para quantificação da volemia, é necessário que se mantenha um acesso calibroso, realizando balanço hídrico a cada hora. O comprometimento cerebral pode produzir disfunções metabólicas e hormonais, devido a isso, estudos seriados dos eletrólitos, da osmolaridade sanguínea e urinários devem ser realizados, pois o TCE pode ser acompanhado por distúrbios da regulação do sódio; - Cabe ao enfermeiro, avaliar do paciente de forma holística devendo enfatizar também a procura de lesões secundárias ao trauma, ou seja, aquelas que decorrem após um período de tempo de ocorrido o trauma craniano. As lesões secundárias estão altamente associadas, e quando não diagnosticadas e tratadas inicialmente, levam a altos níveis de morbidade e mortalidade. HEMORRAGIA DIGESTIVA. É caracterizadapor um sangramento em algum local do sistema digestivo. Ela pode ser classificada como hemorragia digestiva alta quando os locais do sangramento são acima do ângulo de Treitz (Esôfago, o estômago e o duodeno) ou hemorragia digestiva baixa, quando o sangramento ocorre abaixo do ângulo de Treitz (intestino delgado, grosso ou reto). Algumas das possíveis causas da hemorragia digestiva são: Hemorragia digestiva alta: úlcera gástrica; úlcera duodenal; varizes esôfago-gástricas; câncer no esôfago, estômago ou duodeno; perfuração do esôfago, estômago ou duodeno. Hemorragia digestiva baixa: hemorroida; fissura anal; pólipo intestinal; doença de Crohn; diverticulose; câncer no intestino; perfuração do intestino; endometriose intestinal. Os sinais e sintomas da hemorragia digestiva alta podem ser: vômito com sangue ou coágulos de sangue (hematemese); sangue nas fezes: fezes pretas, pegajosas e muito malcheirosas (melena); Já os sinais e sintomas da hemorragia digestiva baixa podem ser: sangue nas fezes: fezes pretas, pegajosas e muito malcheirosas (melena); sangue vermelho vivo nas fezes (enterorragia). E quando se trata de uma hemorragia grave pode ocorrer os seguintes sintomas: tontura; suor frio; desmaio. Cuidados de enfermagem: - Reposição intravenosa de líquidos através de cateter de grosso calibre. Soluções cristalóides ou colóides de grande quantidade. Inclusão de dextrose e tiamina (se alcoólatra); - Providenciar amostra sanguínea: tipagem, reação cruzada, estudo da coagulação; - Notificar banco de sangue quanto à necessidade de: concentrado de hemácia, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas; - Identificar rapidamente sinais clínicos de choque hemorrágico: taquicardia, taquipnéia, depleção mínima 40%, pulsos finos, volume sanguíneo circulante, hipotensão, pele fria e pegajosa, obnubilação mental. Sinais clínicos mais sutis: Piloereção; -Instalação de cateter intra-arterial para fornecer dados mais confiáveis da PA; - Baixa perfuração tissular durante o choque requer reposição volêmica mais agressiva; - Baixo débito cardíaco, o CO2 expirado está limitado pela baixa perfuração pulmonar, requer reposição volêmica para melhorar a perfuração pulmonar; - Restabelecimento correto da volemia; - Monitorização das pressões enchimento das câmaras cardíacas direita e esquerda; - Realizar SNG Resfriamento intragástrico – lavagem gástrica se prescrito; - Controlar rigorosamente as infusões; - Monitorização dos gazes sanguíneos; - Administração adequada de O2; - Controle de PA; - Auxiliar durante a endoscopia digestiva alta – esclerose endoscópica; - Administrar medicação IV – vassopressina, somatostina atentando para os efeitos colaterais sob prescrição médica; - Realizar cuidados com balão de Sengstaken – Blackmore como: - Manter bem fixada na narina do paciente; - Controlar volume e aspecto do débito; - Monitorar a pressão dos balões com manômetro, não deixando baixar a pressão; - Trocar fixação, quando necessária; - Avaliação neurológica e manter o cliente em jejum absoluto. CONVULSÃO E ATAQUE EPILÉTICO. A convulsão acontece por causa de uma falha na condução elétrica no cérebro, levando à maior atividade elétrica em algum ponto suscetível deste, o que provoca os sintomas da crise convulsiva (abalos musculares, perda da consciência, salivação, e em alguns casos perda esfincteriana – diurese e evacuação espontânea durante as crises). Esses sintomas podem ser seguidos de uma crise, em que a pessoa pode: perder a consciência, seguida por confusão; ter espasmos musculares incontroláveis; babar ou espumar pela boca; cair; ficar com um gosto estranho na boca; cerrar os dentes; morder a língua, que pode sangrar; ter movimentos oculares rápidos e súbitos; fazer ruídos estranhos, como grunhidos; perder o controle da função da bexiga ou intestino; mudar de humor repentinamente. O tipo mais comum e conhecido de convulsões é a crise convulsiva generalizada, onde o indivíduo desmaia, e começa a ter abalos generalizados, sem nenhuma consciência, geralmente revirando os olhos e com hipersalivação acompanhando o quadro. Este tipo de crise, tecnicamente chamado de crise convulsiva generalizada-tônico-clônica, é o caso mais urgente e grave que pode acontecer no manejo das convulsões, uma vez que deve ser prontamente atendido, para evitar lesões cerebrais futuras. Existem entretanto, outros tipos de crises convulsivas, como as crises de ausência – onde o indivíduo apenas perde a consciência e fica com o olhar parado por segundos, voltando ao normal em seguida; as crises parciais complexas, como explica o próprio nome, são mais heterogêneas, e podem dar sintomas mais diferentes, como movimentos da boca, virada da cabeça, mistura de vários movimentos estranhos, sempre com alguma perda da consciência, mas sem desmaio completo, como ocorre nas crises generalizadas. Por fim existem ainda as crises parciais simples, onde o indivíduo acometido apresenta apenas sintomas focais sem nenhuma perda da consciência, como estar num momento conversando e de repente ter um abalo involuntário no braço e perna, incontrolável, ritmado, sabendo descrever tudo o que aconteceu depois disso. Para crises de início focal e as crises tônico-clônicas de início generalizado, os anticonvulsivantes mais recentes (clobazam, clonazepam, felbamato, lacosamida, lamotrigina, levetiracetam, oxcarbazepina, pregabalina, tiagabina, topiramato e zonisamida) não são mais eficazes do que os fármacos consagrados. Entretanto, os fármacos mais recentes tendem a ter menos efeitos adversos e serem mais bem tolerados. Espasmos epilépticos (anteriormente, infantis), crises atônicas e crises mioclônicas são difíceis de tratar. O valproato ou vigabatrina é preferido, seguido pelo clonazepam. Para espasmos epilépticos, corticoides por 8 a 10 semanas costumam ser eficazes. O regime ideal apresenta controvérsias. Podem ser utilizadas 20 a 60 unidades de ACTH IM, 1 vez/dia. Uma dieta cetogênica (com nível muito alto de gordura que induz à cetose) pode ajudar, mas sua manutenção é difícil. Para a epilepsia mioclônica juvenil, recomenda-se o tratamento por toda a vida. Carbamazepina, oxcarbazepina ou gabapentina podem exacerbar as crises. Pode-se usar lamotrigina como monoterapia de 2ª linha ou terapia adjuntiva para a epilepsia mioclônica juvenil; no entanto, esse fármaco pode agravar as crises mioclônicas em alguns pacientes com epilepsia mioclônica juvenil. Anticonvulsivantes não são recomendados para convulsões febris, a não ser que a criança tenha uma crise epiléptica subsequente, na ausência de enfermidade febril. No passado, muitos médicos administravam fenobarbital e outros anticonvulsivantes para crianças com crises febris complicadas a fim de impedir o desenvolvimento de convulsões afebris, mas esse tratamento não parece eficaz e o uso prolongado de fenobarbital compromete a capacidade de aprendizagem. Para crises associadas à abstinência alcoólica, não são recomendados fármacos. Em vez disso, o tratamento da síndrome de abstinência tende a evitar as crises. O tratamento costuma ser feito com benzodiazepínicos. Os fármacos de escolha variam de acordo com o tipo de crise. Anticonvulsivantes de amplo espectro (eficazes para crises de início focal e vários tipos de crises generalizadas) são: lamotrigina; levetiracetam; topiramato; valproato; zonisamida. Cuidados de enfermagem (pós-crise convulsiva): - Observar se a via aérea se encontra desobstruída; - Remover prótese dentária ou outro objeto que possa ser considerado de risco para obstrução da via aérea, tendo o cuidado de jamais colocar os dedos na boca do paciente, pois, em caso de nova crise, ele poderá morder, devido ao enrijecimento do maxilar inferior; - Instalar um oxímetro; - Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio, se necessário e permitido pela rotina; - Medirsinais vitais, principalmente Tax; - Manter uma via de acesso venoso heparinizada, ou conforme rotina; - Colocar o paciente em local tranquilo, mas no qual possa ser observado em tempo integral; - Manter as grades laterais do leito elevadas; - Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar rigorosamente os procedimentos prescritos. Epilepsia é um sintoma que ocorre quando, por algum motivo, o cérebro não está bem e um grupamento de células cerebrais se comporta de maneira hiperexcitável, o que pode gerar manifestações clínicas, ou seja, as crises epiléticas. Epilepsia é a predisposição permanente do cérebro para gerar crises epilépticas, sendo, portanto, a convulsão um sintoma da epilepsia. A epilepsia ocorre principalmente em crianças, mas pode afetar todas as idades. As causas mais frequentes no adulto são: traumatismo craniano, acidentes vasculares cerebrais (AVC), tumores, malformações vasculares, doenças metabólicas, doenças infecciosas cerebrais ou doenças cardíacas. Na criança, as causas mais comuns são fatores ou doenças genéticas, problemas de oxigenação cerebral ocorridos durante a gestação ou parto, malformações cerebrais, infecções / meningites, e por último as tão conhecidas convulsões febris (decorrentes de febre alta em crianças menores). A epilepsia é um sintoma comum a várias doenças. Na verdade, é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam certa condição e não tem causa específica. São várias as causas que podem levar à recorrência das crises. O Tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Os medicamentos mais utilizados são: fenobarbital; fenitoína; valproato; carbamazepina; lamotrigina; vigabatrina; topiramato; benzodiazepínicos; oxcarbazepina. Cuidados de enfermagem: - Os cuidados dos profissionais de enfermagem perante os pacientes portadores de epilepsia devem englobar tanto conhecimentos científicos relacionado à patologia, como o olhar do indivíduo como um todo, demonstrando o manejo adequado para o paciente, principalmente em casos de crises epilépticas, como ajudar a proteger o paciente contra lesões, aspiração e obstrução das vias aéreas durante a ocorrência de crises. - Para alterar o quadro atual, discriminatório e estigmatizado da epilepsia, é importante a educação da população, e em particular, dos profissionais da área da saúde devido ao efeito multiplicador de conhecimentos e atitudes gerados pelas suas ações. - O olhar da enfermagem, a informação, a orientação, a identificação dos tipos de aura e as precauções que devem ser tomadas frente às crises convulsivas representam fatores indispensáveis os quais o paciente epilético tem o direito de receber e a equipe de saúde a obrigação de oferecer enquanto cuidadores. - Em todas as situações, o enfermeiro deve atuar esclarecendo as dúvidas, mostrando-se compreensivo nas fases de descoberta da doença até a sua aceitação e adequação da melhor forma de tratamento. O uso correto das medicações anticonvulsivantes implica num fator indispensável para o sucesso do tratamento, uma vez que poderá melhorar a sua qualidade de vida. - Os pacientes com epilepsia devem ser estimulados a praticar o seu autocuidado, dentro das suas particularidades, assim como praticar exercícios físicos que não envolvam riscos desnecessários e cultivar hábitos de vida saudáveis. DIABETES. O pâncreas é o principal órgão no controle da glicemia, a taxa de açúcar no sangue. Ele é responsável pela produção de insulina, hormônio que lubrifica a "parede" da célula, para que ela absorva os carboidratos em forma de energia. Diabetes é uma condição clínica de defeitos de secreção e/ou ação de insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras se insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Há duas formas atuais para classificação do diabetes. A classificação etiológica é definida de acordo com os defeitos ou processos específicos; e a classificação em estágios de desenvolvimento, incluindo estágios pré-clínicos e clínicos, este último incluindo estágios avançados em que a insulina é necessária para controle ou sobrevivência. Geralmente, não há sintomas. Quando ocorrem, os sintomas incluem sede ou micção em excesso, fadiga, perda ou ganho de peso e visão turva. Diabete tipo 1 (diabetes insulinodependente): O termo tipo1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. O diabetes tipo 1 ocorre porque o organismo não consegue produzir insulina, um hormônio que é necessário para controlar a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. Normalmente, a insulina é produzida pelo pâncreas para levar a glicose da corrente sanguínea para dentro das células, onde ela é quebrada para produzir energia. Nos portadores de diabetes, isto não ocorre. A causa exata do diabetes tipo 1 não está completamente entendida, contudo, na maior parte dos casos acredita- se que se trata de um problema auto-imune. Isto quer dizer que o sistema imunológico identifica uma substância natural do organismo como sendo nociva, passando a atacá-la. No caso do diabetes tipo 1, acredita-se que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, destruindo ou danificando o suficiente a ponto de parar a produção de insulina. Não se sabe exatamente o que desencadeia esse ataque imunológico, mas é possível que esteja relacionado com uma infecção viral. Também parece haver uma causa genética para a reação auto-imune que possivelmente desencadeia a doença. Por isso, pessoas que têm familiares com diabetes tipo 1 têm maior chance de desenvolver a doença. Raramente o diabetes tipo 1 pode ser desencadeado por uma doença do pâncreas chamada pancreatite (inflamação do pâncreas) que também pode causar danos severos às células produtoras de insulina. Os sinais e sintomas incluem sede excessiva, micção frequente, fome, cansaço e visão turva. Diabete tipo 2 (diabetes não insulinodependente): O termo tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de insulina. A administração de insulina nesses casos, quando efetuada, não visa a evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose é rara; quando presente, o quadro é acompanhado de infecção ou estresse muito grave. No diabetes tipo 2, ou o organismo não produz quantidades suficientes de insulina, ou as células do organismo não reagem adequadamente à insulina. Também é possível desenvolver a doença como resultado de ambos os mecanismos. A causa exata do diabetes tipo 2 também não está completamente entendida, contudo, existem muitos fatores (ambientais e comportamentais) que aumentam as chances de desenvolver a doença. Na maior parte dos casos, acredita-se que o diabetes tipo 2 esteja relacionado com excesso de gordura corporal. Nas pessoas que estão acima do peso ou obesas, as células do organismo respondem menos à ação da insulina. Isto explica porque 80% das pessoas que desenvolvem diabetes tipo 2 estão acima do peso (ou obesas) e não praticam exercício físico. Os sinais e sintomas incluem aumento da sede, micção frequente, fome, cansaço, visão turva e má cicatrização de feridas. Em alguns casos, pode não haver sintomas. Paciente tomando insulina regular. Pé diabético com má cicatrização de ferida. Diabetes gestacional: É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidadevariada, geralmente se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em grande parte dos casos. Seu diagnóstico é controverso. A OMS recomenda detectá-lo com os mesmos procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez, considerando como diabetes gestacional os valores referidos fora da gravidez como indicativos de diabetes ou de tolerância à glicose diminuída. É causada pela inibição da ação de insulina pelos hormônios secretados pela placenta. Sua etiologia ainda não está esclarecida; em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, detectado no rastreamento pré-natal. Na maioria dos casos, não há nenhum sintoma. Um exame de glicemia durante a gestação é usado para o diagnóstico. Cuidados de enfermagem: - Cuidados com a aplicação de insulina: os locais para aplicação são nas regiões deltoide, glútea, face ântero-extrema da coxa, parede abdominal e peri-umbilical; deve-se variar o local da aplicação e registrar os locais ou utilizar todos os possíveis; em uma mesma área use aproximadamente uma distância de 2 a 3cm; - Cuidados com a pele: evitar infecções ou fricção vigorosa, incentivar o uso de loções hidratantes na pele; evitar queimaduras, ferimentos e frio excessivo; tratar ferimentos com soluções assépticas imediatamente; e dar atenção especial quanto à higiene pessoal; - Cuidados com a higiene oral: avaliar diariamente a mucosa oral; instruir o paciente a relatar a queimação oral, dor, áreas de rubor; lesões abertas nos lábios, dor ao deglutir; realizar a higiene oral após as refeições; incentivar a consulta regular ao dentista; estimular o uso de escovas de cerdas macias; aplicar lubrificante labial; orientar a restrição de álcool e fumo; - Cuidados com os pés: higienizar diariamente, enxugar cuidadosamente entre os dedos; cortar e limparas unhas; incentivar o uso de sapatos macios e instruir o paciente a não andar descalço; estimular a circulação com massagens; - Outros cuidados: fornecer instruções por escrito sobre o cuidado com os pés e programas de exercício; auxiliar para garantir que as roupas estejam adequadamente ajustadas; encorajar a ingestão adequada de proteínas e calorias; encorajar a participação nos programas de exercícios planejados. A DIFERENÇA DE INSULINA REGULAR E NPH: A insulina regular é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação. Já a insulina NPH é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas. PARTO NORMAL E PARTO NATURAL. O parto natural é aquele em que o médico ou a enfermeira obstetra simplesmente acompanha o parto. É o parto normal sem intervenções, como anestesias, episiotomia [corte cirúrgico feito no períneo] e indução. O tempo da mãe e do bebê são respeitados e a mulher tem liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo lhe pede. A recuperação é rápida. Para realização do parto de forma normal ou tradicional, são utilizados de maneira rotineira alguns procedimentos como: corte vaginal, colocação do soro na veia, raspagem dos pelos, lavagem intestinal, suspensão da alimentação, repouso na cama hospitalar, proibição da presença de um acompanhante, entre outras ações. O sinal que melhor indica o momento do parto é o começo das contrações. No entanto, existem alguns outros sintomas que podem alertar sua aproximação. Sensação de que o bebê está mais para baixo: ao preparar-se para o canal do parto, o bebê desce e pressiona o púbis. Isto pode ocorrer semanas ou momentos antes do parto; Aumento das secreções vaginais: pode ser transparente, rosado ou com rastros de sangue. É a perda do tampão mucoso, que pode ocorrer alguns dias ou horas antes do parto; Rompimento da bolsa: é a descarga do fluxo aquoso da vagina, um líquido quente que corre pelas genitais. Isto pode ocorrer várias horas antes das dores do parto. Parto natural realizado na água. Parto normal/tradicional. Cuidados de enfermagem: Admissão do paciente: - A paciente é acolhida pela equipe de enfermagem, orientando-a sobre o setor e a presença dos acompanhantes, conforme Protocolo de Acompanhantes da instituição; - O banho de aspersão é oferecido à paciente que recebe orientações sobre como proceder com a vestimenta (camisola e touca) e a seguir é direcionada ao leito; - O enfermeiro realiza a anamnese da paciente. No primeiro estágio do parto são necessárias algumas intervenções de enfermagem específicas relacionadas a esta fase do parto: - Estabelecer uma relação com a parturiente seus familiares; - Informar a parturiente e seus familiares a progressão do trabalho de parto; - Fornecer líquidos leves conforme prescrição médica; - Explicar todos os procedimentos durante o trabalho de parto; - Monitorar os sinais vitais maternos: Temperatura a cada 6 horas, exceto no caso de hipertermia ou no rompimento das membranas, que exigem a verificação a cada 2 horas e sempre que necessário. Verificação de pulso e respiração de acordo com a rotina do setor. Pressão Arterial a cada 6 horas, exceto no caso de hipertensão ou hipotensão, ou quando a parturiente receber medicamento que interfira na estabilidade hemodinâmica. Nestes casos o intervalo de verificação será definido pela equipe do setor; - Monitorar os batimentos cardiofetais; - Oferecer os métodos não farmacológicos de alívio da dor de acordo com a aceitação da parturiente: deambulação, massagens, movimentos facilitadores do trabalho de parto, banho de aspersão, bola suíça, respiração consciente, aromaterapia, escalda pés; - Estimular a parturiente a uma atitude ativa com movimentação e exercícios livres durante o trabalho de parto, parto e nascimento, favorecendo as posições verticais e uso de métodos não invasivos para alívio da dor; - Estimular as técnicas de conforto; - Ajudar a parturiente a mudar de posição; - Orientar a paciente a caminhar, agachar, ficar semi-sentada, manter-se em decúbito lateral, auxiliar no banho de aspersão; - Rever e ensinar técnicas de respiração adequadas; - Administrar medicações prescritas, caso necessário; - Observar sinais e sintomas após a administração das medicações; - Auxiliar na analgesia, quando indicado; - Incentivar o esvaziamento da bexiga. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SEGUNDO ESTÁGIO: O segundo estágio (período expulsivo) inicia-se com a dilatação máxima e termina com a expulsão do feto. Nessa fase ocorrem os puxos maternos. Nesta fase são necessárias as seguintes intervenções de enfermagem: - Informar a parturiente e seus familiares sobre a progressão do trabalho de parto; - Preparar a mesa de parto usando técnica asséptica; - Preparar a Unidade de Calor Radiante (UCR) e os materiais para receber o RN; - Auxiliar o profissional a se paramentar; - Auxiliar a parturiente no posicionamento adequado; - Higienizar a área perineal; - Monitorar os sinais vitais maternos; - Auxiliar a puxar suas pernas para trás, de modo que seus joelhos fiquem fletidos; - Fornecer incentivo positivo e frequente; - Incentivar a respiração eficaz; - Levantar grades laterais; - Registrar o procedimento no livro de parto transpélvico do setor; - Incentivar o aleitamento materno na primeira hora de vida. A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento precoce, pois está associado à menor mortalidade neonatal, ao maior período de amamentação, à melhor interação mãe-bebê e ao menor risco de hemorragia materna; - Identificar o recém-nascidocom pulseira e/ou tornozeleira, registrando o nome da mãe, prontuário data, hora do nascimento e sexo. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TERCEIRO ESTÁGIO: Na 3ª fase do processo de parturição ocorre a separação e a expulsão da placenta. Este estágio constitui-se em período de grande risco materno e exige do profissional manter a vigilância dos sinais clínicos, em função da possível ocorrência de hemorragias no pós-parto, uma das grandes causas de mortalidade materna. A incidência de casos de hemorragia pós- parto e de retenção placentária ou de restos placentários aumenta na presença de fatores predisponentes. Mesmo em gestações de baixo risco e partos normais durante o 1º e 2º estágios coexiste a possibilidade de ocorrer hemorragia severa e/ou retenção placentária. Assim, a forma a assistência prestada durante o 3º estágio poderá influenciar diretamente sobre a incidência dos casos de hemorragia e na perda sanguínea decorrida desse evento. Para isto, algumas medidas devem ser tomadas: - Observar sangramento. A perda de mais de 500 ml de sangue pode representar risco de choque hipovolêmico; - Realizar a coleta do sangue do cordão para obter amostra de sangue a fim de realizar análise bioquímica e hematológica. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO QUARTO ESTÁGIO DO PARTO: - A hemorragia pós-parto (HPP) é a causa mais comum de mortalidade materna quando computadas as mortes em todo o mundo, sendo responsável por 25% dessa taxa e contribuindo para a mortalidade e para a elevação dos custos no atendimento perinatal; - A observação deve ser redobrada nesta fase, por tratar-se do período em que, com mais frequência, ocorrem hemorragias pós-parto, principalmente por atonia ou hipotonia uterina. É também momento adequado para promoção de ações que possibilitem o vínculo mãe/bebê, evitando-se a separação desnecessária.
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