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Desenvolvimento Sustntável Apostila

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Desenvolvimento 
Sustentável 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Rosi Garcias 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
2 Desenvolvimento Sustentável 
2011 
 
A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa deslocar-se, 
mover-se. Motivação é a força, o impulso que nos move e direciona a um 
comportamento de busca à satisfação de uma determinada necessidade. O 
comportamento humano sempre é motivado. Quando se relaciona a motivação com o 
trabalho trata-se de um estado psicológico de disposição ou vontade de atingir uma 
meta ou realizar uma tarefa. 
Uma pessoa está motivada para o trabalho quando apresenta disposição favorável 
para realizá-lo. 
O conhecimento dos fatores que motivam o homem no trabalho torna-se essencial já 
que o desempenho dos trabalhadores depende da motivação. 
 
 
“A dimensão emocional de nossas vidas está vinculada aos relacionamentos 
com os outros, e através deles se manifesta. Esta atividade não exige tempo, 
mas requer treinamento.” 
Stephen Covey 
 
“A base de toda a sustentabilidade é o desenvolvimento humano que deve 
contemplar um melhor relacionamento do homem com os semelhantes e a 
Natureza.” 
Nagib Anderáos Neto 
http://pensador.uol.com.br/autor/Nagib_Anderaos_Neto/
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
3 Desenvolvimento Sustentável 
Histórico do conceito de desenvolvimento sustentável 
 
 
 O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
O conceito de desenvolvimento sustentável, segundo a declaração da Conferência da 
ONU sobre o Meio Ambiente e desenvolvimento do Rio de Janeiro, em 1992, d iz que “o 
direito ao desenvolvimento deve ser exercido de tal forma que responda eqüitativamente 
às necessidades de desenvolvimento e ambientais das gerações presentes e futuras”. 
Este conceito permeou os diversos setores sociais na maioria dos países, agências 
internacionais, governos e organizações não-governamentais. Isto fez com que fossem 
realizados, desde sua concepção como conceito até nossos dias, várias reuniões ou 
conferências de ordem mundial, para tratar os assuntos e propor novas políticas de 
crescimento econômico em níveis mundiais. 
Nosso Futuro Comum 
Em 1987, a publicação do relatório final da Comissão Mundial do Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (conhecido como Relatório Brundtland), intitulado “Nosso Futuro 
Comum”, chamou a atenção do mundo sobre a necessidade urgente de encontrar 
formas de desenvolvimento econômico que se sustentaram, sem a redução dramática 
dos recursos naturais nem com danos ao meio ambiente. Esse informe marcou sua 
importância ao definir o conceito de desenvolvimento sustentável e seus três princípios 
essenciais: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e eqüidade social. Para 
cumprir estas condições, seriam indispensáveis mudanças tecnológicas e sociais. Este 
relatório foi definitivo na decisão da Assembléia Geral das Nações Unidas, para 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
4 Desenvolvimento Sustentável 
convocar a Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, dada a necessidade 
de redefinir o conceito de desenvolvimento, para que o desenvolvimento sócio-
econômico fosse incluído e assim a deterioração do meio ambiente fosse detida. Esta 
nova definição poderia surgir somente com uma aliança entre os países desenvolvidos 
e em desenvolvimento. 
Conferência da Terra 
É a Conferência das Nações Unidas sobre 
o Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(CNUMAD), conhecida como Conferência 
da Terra, celebrada no Rio de Janeiro, 
Brasil, em 1992. Os objetivos fundamentais 
da Conferência eram conseguir um 
equilíbrio justo entre as necessidades 
econômicas, sociais e ambientais das 
gerações presentes e futuras e firmar as 
bases para uma associação mundial entre 
os países desenvolvidos e em 
desenvolvimento, assim como entre os 
governos e os setores da sociedade civil, 
enfocadas na compreensão das 
necessidades e os interesses comuns. 
Então, 172 governos, incluindo 108 chefes de Estado e de Governo, aprovaram três 
acordos que deveriam erigir a Agenda 21, a Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente 
e o Desenvolvimento, que define os direitos e as obrigações dos estados sobre os 
princípios básicos do meio ambiente e desenvolvimento. A Agenda 21 inclui as 
seguintes idéias: 
“Os Estados têm o direito soberano de aproveitar seus próprios recursos, mas não 
podem causar danos ao meio ambiente de outros estados”; “a eliminação da pobreza e 
a redução das disparidades nos níveis de vida de todo o mundo são indispensáveis para 
o desenvolvimento sustentável” e “a plena participação da mulher é imprescindível para 
o desenvolvimento sustentável ser alcançado”. Incluiu-se a Declaração dos Princípios 
Relativos às Florestas, que consiste nas diretrizes para a ordenação mais sustentável 
das florestas no mundo. Foram assinados dois documentos com força jurídica 
obrigatória: a Conferência Marco sobre as Mudanças Climáticas (Kyoto, Japão) e o 
Convênio sobre a Diversidade Biológica. Ao mesmo tempo, iniciaram-se negociações 
com o objetivo de se chegar a uma Convenção de Luta contra a Desertificação, que 
entrou em vigor em 1996. 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
5 Desenvolvimento Sustentável 
 
Rio + 10 
A Comissão sobre o Desenvolvimento Sustentável 
das Nações Unidas (CDS) organizou para dez anos 
depois da Conferência do Rio a Conferência Mundial 
sobre Desenvolvimento Sustentável 2002 em 
Johannesburgo, África do Sul. Essa conferência 
reuniu chefes de Estado e de Governo, organizações não-governamentais e 
empresários, que revisaram e avaliaram o progresso do estabelecimento da Agenda 21, 
um plano de ação mundial para promover o desenvolvimento sustentável a uma escala 
local, nacional, regional e internacional. A meta geral da Conferência foi revigorar o 
compromisso mundial a fim de um desenvolvimento sustentável e a cooperação Norte-
Sul, além de elevar a solidariedade internacional para a execução acelerada da Agenda 
21. Um dos êxitos desta reunião foi o estabelecimento da necessidade de se criarem 
metas regionais e nacionais para o uso da energia renovável. 
Acordou-se que para 2008 será realizado um encontro internacional para o manejo de 
produtos químicos, como os agrotóxicos, sua classificação e etiquetagem. Ainda se 
estabelece que até 2020 os governos produzirão e utilizarão produtos químicos de tal 
forma que não afetem a saúde humana. 
Os líderes do mundo aprovaram a iniciativa sobre o desenvolvimento sustentável na 
África, apoiando regenerar a agricultura e a pesca, assim como implementar as 
estratégias sobre segurança alimentar a partir de 2005. Para inverter a tendência atual 
de perda da biodiversidade para 2010, criou-se um convênio entre o Grupo de Países 
Megadiversos Afins, formado por Bolívia, Brasil, China, Costa Rica, Colômbia, Equador, 
Filipinas, Índia, Indonésia, Quênia, México, Malásia, Peru, África do Sul y Venezuela. 
Tais países acordaram uma agenda para o desenvolvimento sustentável, a conservação 
e o uso da diversidade biológica, incluindo os recursos genéticos e a proteção ao 
conhecimento tradicional. 
Estabeleceu-se a iniciativa para deter as práticas de pesca destrutiva e o 
estabelecimento de áreas marinhas protegidas e redes para o ano de 2010. Assim, os 
Estados insulares reduzirão e prevenirão o desperdício e a contaminação realizando, 
antes de 2004, iniciativas enfocadas na implementação do Programa de Ação Mundial 
para a proteção do meio marinho, frente às atividades realizadas na terra, na água e 
nas zonas costeiras. 
Reconheceu-se a necessidade de considerar a ética e a diversidade cultural na 
implementação da Agenda 21. Também foi destacada a necessidade de desenvolver 
políticas para melhorar o bem-estar cultural, econômico e físico dos povos indígenas. 
Arelação homem-natureza 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
6 Desenvolvimento Sustentável 
O homem é o único animal que consegue 
transformar a natureza a seu favor, e quanto mais 
ele se desenvolve, mais essa relação se estreita. 
Esse convívio deve ser equilibrado para que não 
haja o esgotamento das fontes de matéria-prima. 
É preciso entender que o homem faz parte da 
natureza, uma vez que destrói a natureza, ele está 
destruindo a si mesmo. 
Assim, é que para muitos filósofos, em particular 
para Marx, se manifesta a essência do princípio 
fundamental da relação Homem e Natureza. 
Mas se por um lado, a relação Homem e Natureza é intrínseca ao meio ambiente, por 
outro lado, ao tratar da questão ambiental, é necessário cautela, porque é comum fugir 
da verdadeira raiz do problema. Não adianta parar de explorar uma matéria-prima para 
que se explore outra, é preciso que a exploração de uma matéria-prima tenha 
planejamento com o objetivo da sobrevivência do próprio homem, sem que prejudique 
ou interrompa a cadeia ambiental. 
Observamos isso na pesquisa realizada em 2006 pela organização WWF (Worldwide 
Fund for Nature) em Pequim sendo analisadas duas variáveis, o IDH (Índice de 
Desenvolvimento Humano estabelecido pela ONU) e o “rastro ecológico” ou “pegada 
ambiental” (questionário que faz relação com seus hábitos e o que isso causa de 
impacto no ambiente). Conseguindo fazer assim uma análise de qual é a relação entre 
o desenvolvimento de um país e a destruição que isso provoca no ambiente. Tentando 
enxergar se um país que está em crescimento, se desenvolvendo, consegue fazer essa 
caminhada em uma velocidade que o meio ambiente possa se reproduzir. 
A pesquisa mostra que os países onde o IDH é alto a “pegada ambiental” é alta também, 
ou seja, conforme o país se desenvolve mais ele destrói o ambiente. Ou então como na 
África onde o IDH é baixo, o consumo enérgico acompanha sendo baixo, mesmo sem 
uma grande destruição do meio ambiente a população daquela região não tem as 
condições mínimas necessárias para sobreviver. 
Entretanto nessa pesquisa Cuba se mostrou uma exceção à regra. Não porque tem o 
maior IDH ou a menor “pegada ambiental”, mas sim porque há o desenvolvimento social 
sem grandes destruição do Meio Ambiente devido ao baixo consumo energético Cuba 
é o único país do mundo com desenvolvimento sustentável, diz a pesquisa. 
Em um país em desenvolvimento como o Brasil paramos para refletir ao ver esses 
dados: como vamos resistir a destruição que nós mesmo estamos causando em nosso 
planeta? É preciso refletir qual a diferença entre Cuba e os outros países. Não adianta 
desenvolver, crescer, gerar riqueza e destruir nossa casa. 
 Ao contrário da sociedade capitalista que busca o lucro máximo induzindo as pessoas 
ao consumismo, o objetivo na sociedade Socialista Cubana não é o alcance do lucro 
máximo e sim a socialização da produção para que todos igualmente vivam e se 
desenvolvam, sendo assim o único país do mundo com desenvolvimento sustentável. 
O meio ambiente torna-se um problema 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
7 Desenvolvimento Sustentável 
 
Na segunda metade do século XX, 
com a intensificação do 
crescimento econômico mundial, 
os problemas ambientais se 
agravaram e começaram a 
aparecer com maior visibilidade. 
Em 1962, Rachel Carson publicou 
o livro Silent Spring (Primavera 
Silenciosa), que teve enorme 
repercussão na opinião pública e 
que expunha os perigos de um 
inseticida, o DDT. 
Os agricultores se opuseram à autora energicamente, afirmando que, sem inseticidas, 
o rendimento das colheitas diminuiria 90%. Como resposta, a autora defendeu o 
emprego de controles biológicos, que consistem na utilização de fungos, bactérias e 
insetos para combater os parasitas que se nutrem das plantas. Anos mais tarde, os 
cientistas descobriram concentrações da substância nos pingüins e ursos polares do 
Ártico, e em baleias da Groenlândia, que estavam muito distantes das zonas agrícolas 
onde o pesticida tinha sido utilizado. 
No ano de 1968, três encontros foram fundamentais para delinear uma estratégia para 
o enfrentamento dos problemas ambientas na década de 70 e seguintes: 
1. Em abril de 1968, em Roma, Itália, nasceu o Clube de Roma, uma organização 
informal composta de cientistas, educadores, industriais e funcionários públicos de dez 
países, cuja finalidade seria chamar a atenção dos que são responsáveis por decisões 
de alto alcance, e do público do mundo inteiro, para aquele novo modo de entender e, 
assim, promover novas iniciativas e planos de ação. 
2. A Assembléia das Nações Unidas, decide pela realização, em 1972, na cidade de 
Estocolmo, na Suécia, de uma Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano. 
3. A UNESCO promove em Paris, no mês de setembro de 1978, uma conferência sobre 
a conservação e o uso racional dos recursos da biosfera que estabelece as bases para 
o lançamento, em 1971, do Programa Homem e a Biosfera (MAB). 
 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
8 Desenvolvimento Sustentável 
A década de 70 
Como conseqüência da 
criação do programa, a partir de 
1976, foi criada ao redor do 
mundo uma rede mundial de 
áreas protegidas denominadas 
Reservas da Biosfera. O Brasil 
possui seis reservas em seu 
território: a Mata Atlântica, o 
cinturão verde de São Paulo, o 
Cerrado, o Pantanal, a Caatinga 
e a Amazônia Central. 
O Clube de Roma, por 
sua vez, empregando fórmulas matemáticas e computadores para determinar o futuro 
ecológico do planeta, previu um desastre a médio prazo. E o que foi descoberto foi 
publicado num relatório chamado Limites do Crescimento, publicado em 1972. O 
relatório expunha claramente: 
“Se se mantiverem as atuais tendências de crescimento da população mundial, 
industrialização, contaminação ambiental, produção de alimentos e esgotamento dos 
recursos, este planeta alcançará os limites de seu crescimento no curso dos próximos 
cem anos. O resultado mais provável será um súbito e incontrolável declínio tanto da 
população como da capacidade industrial”. 
Ao mesmo temo que apontava o problema, o documento indicava um caminho 
a percorrer baseado na busca... 
“de um resultado modelo que represente um sistema mundial que seja: 1. 
Sustentável, sem colapso inesperado e incontrolável; 2. Capaz de satisfazer aos 
requisitos materiais básicos de todos os seus habitantes”. 
Como previsto e em função da crescente preocupação com o problema 
ambiental, a ONU realiza em 1972, na capital da Suécia, Estocolmo, a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que teve como resultado uma 
Declaração e um Plano de Ação para o Meio Ambiente Humano que contém 109 
recomendações. 
Os países desenvolvidos compareceram com propostas de limitação do 
desenvolvimento econômico para os países subdesenvolvidos, justificadas em função 
da necessidade de preservar os recursos naturais existentes. 
Os países do Terceiro Mundo adotaram uma postura defensiva, argumentando 
que a questão ambiental encobriria na verdade uma ação das “grandes potências para 
conter a expansão do parque industrial dos países em vias de desenvolvimento”. 
Outro importante resultado do evento foi a criação do Programa das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA), encarregado de monitorar o avanço dos 
problemas ambientais no mundo. 
 
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Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
9 Desenvolvimento Sustentável 
 
A década de 80 
No ano de 1983, Assembléia 
Geral da ONU criou a Comissão 
Mundial sobre o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento (CMMAD), com o 
objetivo de examinar as relações 
entre meio ambiente e o 
desenvolvimento e apresentar 
propostas viáveis, tais como: 
•Propor estratégias ambientais que 
viabilizem o desenvolvimento 
sustentável por volta do ano 2000 em 
diante; 
•Recomendar formas de cooperação na área ambiental entre os países em 
desenvolvimento e entre os países em estágios diferentes de desenvolvimento 
econômico e social que os levem a atingir objetivos comuns, consideradas as 
interrelações de pessoas, recursos, meio ambiente e desenvolvimento; 
• Encontrar meios e maneiras para que a comunidade internacional possa lidar 
mais eficientemente com as preocupações ambientais; 
• Contribuir com a definição de noções comuns relativas a questões ambientais 
de longo prazo e os esforços necessários para tratar com êxito os problemas da 
proteção e da melhoria do meio ambiente, uma agenda de longo prazo a ser 
posta em prática nos próximos decênios. 
O informe Brundtland, da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento 
(CMMAD), denominado “Nosso Futuro Comum”, divulgado em 1987, vincula 
estreitamente economia e ecologia e estabelece com muita precisão o eixo em torno do 
qual se deve discutir o desenvolvimento, formalizando o conceito de desenvolvimento 
sustentável. Ele foi referência e base importante para os debates que aconteceram na 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), 
realizada no Rio de Janeiro em 1992, onde se popularizou o conceito de 
desenvolvimento sustentável, tornando as questões ambientais e de desenvolvimento 
indissoluvelmente ligadas. 
 
A década de 90 e o início do século XXI 
 
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Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
10 Desenvolvimento Sustentável 
O final do século XX foi um período de intensos 
debates, atividades, fóruns e encontros que 
resultaram em um consenso mundial dos 
perigos que corria o planeta caso se mantivesse 
o modelo de crescimento insustentável até 
então em vigor. 
A CNUMAD concluiu que o meio 
ambiente e o desenvolvimento são duas faces 
da mesma moeda com nome próprio, 
desenvolvimento sustentável, o qual não se 
constitui num problema técnico, mas social e 
político. 
Como produtos desse encontro foram assinados cinco documentos que 
direcionariam as discussões sobre o meio ambiente nos anos subsequentes, quais 
sejam: 
• Agenda 21; 
• Convênio sobre a Diversidade Biológica (CDB); 
• Convênio sobre as mudanças climáticas; 
• Princípios para Gestão Sustentável das Florestas; 
• Declaração do Rio de Janeiro sobre meio ambiente e desenvolvimento. 
Além desses importantes documentos assinados, houve a criação da Comissão 
sobre o 
Desenvolvimento Sustentável (CDS) em dezembro de 1992, para assegurar a 
implementação das ações propostas da Rio 92. Em dezembro de 2000, a Assembléia 
Geral das Nações Unidas resolveu que a CDS serviria de órgão central organizador da 
Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+10, que 
ocorreria em Johannesburgo, em setembro de 2002, e que teria como objetivo avaliar a 
situação do meio ambiente global em função das medidas adotadas na CNUMAD-92. 
Os participantes da Cúpula Mundial sobre o 
Desenvolvimento Sustentável (CMDS) 
reconheceram que não foram alcançados os 
objetivos fixados na Cúpula do Rio e reiteraram 
que os três pilares inseparáveis de um 
desenvolvimento sustentável continuavam 
sendo a proteção do meio ambiente, o 
desenvolvimento social e o desenvolvimento 
econômico. De modo geral, os compromissos 
assumidos foram muito vagos e sem prazos 
para alcançar os objetivos socioeconômicos e 
ambientais colocados. 
Com o avanço da conscientização ecológica nos países do Norte nas décadas de 
70 e 80, desenvolveram-se tecnologias que possibilitaram melhor controle da emissão 
de poluentes, maior economia energética e substituição de alguns recursos naturais 
escassos. A pressão da opinião pública e das agências ambientais fez com que 
 
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Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
11 Desenvolvimento Sustentável 
determinadas indústrias transferissem suas plantas industriais, seus processos 
produtivos e, muitas vezes, a comercialização de produtos que não satisfaziam às novas 
exigências para os países em desenvolvimento. 
Ao constatarem que os problemas ambientais eram fundamentalmente globais, os 
países do Norte tentaram fazer crer que as responsabilidades deveriam ser globalmente 
distribuídas. 
Esta crescente preocupação dos países industrializados transformou seu 
relacionamento com os países em desenvolvimento numa espécie de “imperialismo 
benevolente”, que passa a exigir ações voltadas ao meio ambiente, vinculando sua 
efetiva realização com os empréstimos das agências de financiamento. 
A problemática ambiental pós-guerra fria 
 
No período de “euforia” que se seguiu ao final da Guerra Fria, 
o ciclo de conferências mundiais e encontros de cúpula 
convocados pelas Nações Unidas foram idealizados como 
ocasiões para uma discussão realmente global sobre os 
grandes temas da humanidade: oportunidades para os 
governos tomarem decisões de “princípio”, que não poderiam 
ser tomadas em um âmbito apenas nacional, que evocariam 
padrões para o comportamento internacional e para se 
contemplar as necessidades em longo prazo da humanidade. 
Certamente, logo ficaria claro que as grandes conferências 
internacionais nem sempre seriam totalmente aproveitadas. 
Assim, com o objetivo de definir estratégias que permitissem 
interromper e reverter os efeitos da degradação ambiental e, 
ao mesmo tempo promover o desenvolvimento sustentável, a 
Assembléia Geral das Nações Unidas convocou, em 1989, pela resolução 44/228, a 
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), 
que viria a ser realizada no Rio de Janeiro, em 1992 (Rio-92). 
Com a aproximação da Rio-92, promoveram-se, no âmbito do Comitê Preparatório da 
Conferência (Prepcom), discussões técnicas e políticas sobre os documentos a serem 
assinados, o que foi uma inovação dos procedimentos de conferências internacionais 
deste tipo ao permitir grande debate político e um intercâmbio de ideias entre as 
delegações oficiais e os representantes de vários setores da sociedade civil 
transnacional, assim como a participação de cientistas independentes. A Rio-92 
mostrou que o questionamento do modelo vigente de desenvolvimento passou a fazer 
parte destacada da discussão geopolítica nacional e internacional. Seus principais 
resultados foram a adoção de documentos tais como a Agenda 21, a Declaração do Rio, 
Declaração de Princípios sobre Florestas, além da Convenção sobre Diversidade 
Biológica e a Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas, objeto do presente 
ensaio. 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
12 Desenvolvimento Sustentável 
O regime internacional de 
mudanças climáticas, foi 
estabelecido voluntariamente 
pelos Estados para prover 
certo grau de ordem, 
previsibilidade e cooperação 
nesse campo. As formulações 
sobre regimes internacionais 
assumem tipicamente que a 
governança global2 não pode 
ser explicada nem pelo poder 
dos grandes Estados, nem pela 
ação de organizações 
internacionais, unicamente. 
Assim, por exemplo, o 
Secretariado da Convenção do 
Clima, e as Conferências das Partes (COPs) são integrantes do regime climático, mas 
não são idênticos a ele. 
Regimes internacionais podem ser definidos como “conjuntos de princípios implícitos ou 
explícitos, normas, regras, e procedimentos de tomada de decisão em torno das quais 
as expectativas dos atores convergem, em determinada área das relações 
internacionais. Quando pensamos em um dado regime, na diferença que ele faz na ação 
coletiva global, devemos considerar se ele é efetivo, se atingiu seus objetivos definidos 
ou ajudou os participantes, etc. 
A primeira parte da definição de regime - os “princípios”- corresponde à sua razão de 
ser, a sua estrutura normativa, a qual não é, em si mesma, sujeita a negociação direta, 
uma vez estabelecida. Assim, por exemplo, o regime do clima consolida as questões 
sobreas mudanças climáticas e essas questões estruturam as respostas que a 
Conferência das Partes pode prover. 
Os negociadores oficiais do clima podem divergir, digamos, em como expressar o 
“princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas” nas regras, mas eles 
não o desafiam. A segunda parte da definição de um regime é a sua forma instrumental, 
suas regras e procedimentos de tomada de decisão, os quais são as principais fontes 
de mudança em um dado regime internacional. Note-se que o regime de mudanças 
climáticas é “maior” do que os instrumentos jurídicos associados a ele, englobando os 
próprios atores estatais, empresariais e sociais, assim como suas preferências e 
escolhas. 
 
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Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
13 Desenvolvimento Sustentável 
Essa abordagem teórica é uma tentativa de descrever a complexidade das forças que 
agem no campo das mudanças climáticas, pois os Estados são soberanos, mas não 
são livres para fazerem o que lhes aprouver, quando aceitam regras internacionais 
coletivamente acordadas. 
Nesse sentido, o regime de 
mudanças climáticas restringe, de 
certa forma, o direito dos Estados: 
mesmo não havendo uma instância 
de coerção, a própria identidade de 
interesses, e a pressão exercida 
pelos outros Estados, ONGs e 
organismos internacionais exercem 
um estímulo para que as normas 
sejam cumpridas. 
O regime do clima tornou-se mais complexo a partir da adoção de um protocolo no 
âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - 
UNFCCC4, o qual foi assinado em dezembro de 1997, em Quioto, no Japão. O 
Protocolo de Quioto é um acordo internacional vinculante sobre a redução das emissões 
de gases de efeito estufa (dióxido de carbono – CO2, gás metano – CH4, óxido nitroso 
– N2O, hexafluoreto de enxofre – SF6, hidrofluorcarbonos – HFC e perfluorcarbonos – 
PFC). 
O Protocolo impõe aos países industrializados (elencados no Anexo I da Convenção), 
responsáveis por 70% das emissões, uma redução média dos níveis das emissões de 
gases de efeito estufa de 5,2% em relação a 1990, no horizonte temporal de 2008 a 
2012. Os objetivos estabelecidos para cada país variam entre a estabilização das 
emissões pela Rússia e a redução de emissões que giram em torno de 8% para os 
países europeus, 7% para os Estados Unidos e 6% para o Japão. Os países menos 
desenvolvidos ou em desenvolvimento (como o Brasil, a Índia ou a China) não estão, 
pelo menos até agora, sujeitos a nenhum tipo de compromisso (salvo aqueles comuns 
a todas as partes) e não estão, portanto, obrigados a reduzir suas emissões de gases 
de efeito estufa. 
 
 
O papel das organizações não-governamentais 
 
A partir da institucionalização de regimes internacionais ambientais, tem-se verificado 
uma multiplicação dos instrumentos jurídicos que se destinam à regular aspectos 
específicos da agenda ambiental ou das questões sobre o desenvolvimento. No entanto, 
existe um consenso de que os diversos tratados, conferências e instituições demandam 
uma abordagem mais coerente e integrada, além de mecanismos que venham a 
harmonizar suas metas e formas de implementação, favorecendo ainda, a participação 
articulada dos Estados Partes, sociedade civil e setor empresarial nesse processo que 
convencionou-se chamar de “governança ambiental internacional”. 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Professora Rosi Garcias 
Apostila de DS 
14 Desenvolvimento Sustentável 
Entre os marcos da governança 
ambiental, pode-se citar a Conferência 
sobre Meio Ambiente Humano 
(Estocolmo-72), a Estocolmo + 10 
(Nairóbi-82), a criação da Comissão de 
Desenvolvimento Sustentável (1983), a 
Conferência sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (Rio-92), a Rio + 5 
(1997) e, proximamente, a Cúpula 
Mundial sobre Desenvolvimento 
Sustentável (Joanesburgo-2002). Ademais, como agentes da governança ambiental 
internacional, tem-se, no âmbito das Nações Unidas, a Assembléia Geral e o ECOSOC, 
os quais podem decidir sobre temas ambientais; o Programa das Nações Unidas para 
o Meio Ambiente (PNUMA), cujo mandato engloba a promoção e cooperação 
internacional no campo do meio ambiente, assim como a avaliação da situação 
ambiental no planeta e propostas de políticas; a Comissão de Desenvolvimento 
Sustentável, que tem, entre suas atribuições, o monitoramento da implementação da 
Agenda 21 e o recebimento de informações providas pelos governos; Comissões 
Regionais, as quais têm apoiado programas e projetos ambientais em suas jurisdições; 
e outras agências especializadas que mantêm interface com o tema, como o Centro das 
Nações Unidas para Assentamentos Humanos (Habitat), o Programa das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para 
Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização Mundial de Saúde (OMS), a 
Organização Mundial de Meteorologia (OMM), etc. Além disso, ainda na esfera 
intergovernamental, deve-se mencionar as diversas estruturas e foros multilaterais 
concebidos visando-se à questão ambiental, presentes, por exemplo, nos sistemas 
europeu, interamericano e africano. 
Completando esse quadro, é fundamental o papel desempenhado por incontáveis redes 
que se desenvolvem em torno de assuntos ambientais, articulando-se em diversos 
níveis e integrando atores governamentais e sociais, além da participação do major 
groups (definidos na Seção III da Agenda 21), grupos relevantes da sociedade civil, que 
constituem o substrato e as “bases” da estrutura de governança que se pretende 
fortalecer. 
Como mencionado, inúmeros tratados internacionais, tanto em nível regional como 
global, têm sido adotados, cada qual com sua própria estrutura institucional, que pode 
prever secretariados, mecanismos de financiamento, solução de controvérsias ou 
formas de cumprimento. Entre os principais documentos internacionais estão a 
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e Protocolo de 
Quioto, a Convenção sobre Diversidade Biológica, Convenção de Combate a 
Desertificação, Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de 
Ozônio e Convenção da Basiléia sobre Movimentação Transfronteiriça de Resíduos 
Perigosos. Contudo, devido ao aumento do número de atores, aos diversos interesses 
a serem acomodados e à visão “compartimentalizada”, a governança ambiental pode 
vir a ser comprometida, a menos que se encontrem maneiras adequadas para 
 
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Apostila de DS 
15 Desenvolvimento Sustentável 
“conectar” os instrumentos internacionais, uma vez que todos convergem para o mesmo 
objetivo final, qual seja, a promoção do desenvolvimento sustentável. 
Como requisitos para a consecução da governança ambiental estão a necessidade de 
se incorporar internamente os compromissos acordados no plano internacional, de 
modo que esses tenham reflexo nas legislações e políticas nacionais, e a busca de 
transparência e inclusão nos processos decisórios, promovendo, assim, a participação 
da sociedade civil e do setor empresarial. Resta claro que a construção da governança 
ambiental será feita a partir das disposições individuais e escolhas ambientalmente 
corretas, passando pela ação dos grupos, responsabilidade corporativa e políticas 
internas consistentes, até os arranjos jurídicos e políticos firmados no ordenamento 
internacional, todos esses níveis, sendo 
permeados por questões tão diversas 
como o combate à pobreza, consumo e 
produção sustentáveis, proteção dos 
ecossistemas, mitigação das mudanças 
climáticas, etc. 
Tal empreendimento representaria um 
esforço de se superar o paradigma 
cartesiano newtoniano, uma das maiores 
diretrizes da civilização ocidental, que 
levou à concepção do universo como um 
sistema mecânico, onde a visão do “todo” 
é relegada e tudo é analisado como se constituído de peças separadas. A concepção 
“sistêmica” que se preocupacom os princípios básicos de organização das partes no 
seu conjunto, considerando sua inter-relação e interdependência, revela-se um 
instrumento mais apropriado para a compreensão da complexa realidade internacional 
da contemporaneidade. O componente mecanicista de todo esse pensamento foi 
decisivo para que se operassem as múltiplas cisões nas mais diversificadas áreas do 
saber conduzindo-nos à visão fragmentária do mundo e, como conseqüência, a 
degradação ambiental. Com o intuito de tudo compreender, o homem fragmentou o real, 
passando a estudar as suas partes isoladas e perdendo a dimensão do “todo”. 
 
“A concepção sistêmica tem como base a inter-relação e interdependência de todos os 
fenômenos. Assim, a compreensão do todo é diferente da mera soma das partes. Para a 
compreensão desse “todo”- no nosso caso, o fenômeno internacional - é necessário não 
dissecá-lo em elementos isolados através de uma visão mecanicista. Capra, na sua obra “O 
Ponto de Mutação”, sintetiza com grande habilidade tais idéias, ao afirmar: “a concepção 
sistêmica vê o mundo em termos de relações de integração. Os sistemas são totalidades 
integradas, cujas propriedades não podem ser reduzidas às de unidades menores. Em vez 
de se concentrar nos elementos ou substâncias básicas, a abordagem sistêmica enfatiza 
princípios básicos de organização. (...).” 
 
Dissecando-se um sistema, ou seja, isolando-se seus elementos física ou teoricamente, 
é inevitável que ocorra uma ruptura nas propriedades sistêmicas. As partes individuais 
do sistema funcionam isoladamente de forma diversa da que funcionariam na sua 
 
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16 Desenvolvimento Sustentável 
relação com o todo. A descrição reducionista das partes não permite a visão da 
organização e da redistribuição das subestruturas que, interagindo-se, forma o todo. As 
formas dos sistemas são estruturas flexíveis, em constante reorganização de acordo 
com os novos desafios. A eficiência de um sistema pode ser medida através da sua 
capacidade de renovar e reciclar constantemente seus elementos, mantendo, porém, a 
estrutura do seu conjunto. Não é por outra razão que os problemas decorrentes das 
mudanças climáticas serão resolvidos mais facilmente a partir de uma perspectiva 
integrada, que contemple todas as disciplinas científicos, as múltiplas facetas do 
problema e que envolva não apenas os atores diplomáticos, mas os diversos agentes e 
stakeholders, considerando que esta é uma preocupação comum da humanidade. 
O desenvolvimento sustentável como novo paradigma 
 
A Comissão Brundtland e o conceito de 
sustentabilidade 
Foi o relatório produzido pela Comissão 
Brundtland (Nosso Futuro Comum) que 
apresentou pela primeira vez uma definição 
mais elaborada do conceito de 
“Desenvolvimento Sustentável”. 
Procura estabelecer uma relação 
harmônica do homem com a natureza, como 
centro de um processo de desenvolvimento que deve satisfazer às necessidades e às 
aspirações humanas. 
O relatório define as premissas do que seria o Desenvolvimento Sustentável, o 
qual contém dois conceitos-chave: primeiro, o conceito de “necessidades”, 
particularmente aquelas que são essenciais à sobrevivência dos pobres e que devem 
ser prioridade na agenda de todos os países; segundo, o de que o estágio atingido pela 
tecnologia e pela organização social impõe limitações ao meio ambiente, que o 
impedem conseqüentemente de atender às necessidades presentes e futuras. 
Os principais objetivos das políticas ambientais e desenvolvimentistas, são: 
a) Retomar o crescimento; 
b) Alterar a qualidade do desenvolvimento; 
c) Atender às necessidades essenciais e emprego, alimentação, energia, água e 
saneamento; 
d) Manter um nível populacional sustentável; 
e) Conservar e melhorar a base de recursos; 
f) Reorientar a tecnologia e administrar o risco; 
g) Incluir o meio ambiente e a economia no processo de tomada de decisões. 
 
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17 Desenvolvimento Sustentável 
Embora seja um conceito amplamente utilizado, não existe uma única visão do 
que seja o desenvolvimento sustentável. Para alguns, alcançar o desenvolvimento 
sustentável é obter o crescimento econômico contínuo através de um manejo mais 
racional dos recursos naturais e da utilização de tecnologias mais eficientes e menos 
poluentes. Para outros, o desenvolvimento sustentável é antes de tudo um projeto social 
e político destinado a erradicar a pobreza, elevar a qualidade de vida e satisfazer às 
necessidades básicas da humanidade que oferece os princípios e orientações para o 
desenvolvimento harmônico da sociedade, considerando a apropriação e a 
transformação sustentável dos recursos ambientais. 
A passagem de um modelo de desenvolvimento predatório a um sustentável que 
mantenha a harmonia com a natureza tem múltiplas implicações. Implica modificar 
nossa visão e relação com a natureza: esta não é somente uma fonte de matérias-
primas, mas também é o ambiente necessário para a existência humana. Envolve um 
manejo racional dos recursos naturais e também modificar a organização produtiva e 
social que produz e reproduz a desigualdade e a pobreza, assim como as práticas 
produtivas predatórias e a criação de novas relações sociais, cujo eixo já não será a 
ânsia de lucro, mas o bem-estar humano. 
Fica claro que o conceito dá margem a interpretações que de modo geral baseiam-se 
num desequilíbrio entre os três eixos fundamentais do conceito de sustentabilidade, que 
são: o crescimento econômico, a preservação ambiental e a eqüidade social. O 
predomínio de qualquer desses eixos desvirtua o conceito e torna-se manifestação de 
interesse de grupos, isolados do contexto mais geral, que é o interesse da humanidade 
como um todo. 
A responsabilidade empresarial e a legislação ambiental 
Resolução CONAMA Nº 258/99 
Conforme a Resolução nº 258/99, de 26.08.1999, 
o Conselho Nacional do Meio Ambiente – 
CONAMA determina que as empresas que 
fabricam ou importam pneumáticos ficam 
obrigadas a dar destinação final ambientalmente 
adequadas aos pneus inservíveis existente no 
território nacional. 
Considerando que pneus inservíveis, são pneus 
que não tenham mais nenhuma condições de uso 
veicular ou para reaproveitamento dos mesmos, 
tais como recapagem, recauchutagem e 
remoldagem. O CONAMA considera que os 
pneumáticos inservíveis, que não tenham uma destinação ambientalmente correta, 
representam um grande risco para o meio ambiente e conseqüentemente para a 
sociedade. 
Conforme o artigo 11ºdisposto na resolução 258/99, os distribuidores, os 
revendedores e os consumidores finais de pneus em acordo com os fabricantes, 
importadores e o poder público, deverão colaborar na articulação de processos, onde 
deverão criar planos de coletas dos pneumáticos inservíveis. 
 
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18 Desenvolvimento Sustentável 
As empresas revendedoras de pneumáticos possuem uma obrigação de 
compartilhamento na destinação ambiental dos pneus vendidos com as empresas 
fabricantes dos mesmos, dando um destino final seja para a reciclagem ou para o 
reaproveitamento dos mesmos para a fabricação de novos pneus. 
Esta resolução faz com que as empresas revendedoras possuam praticamente a 
mesma responsabilidade do que das fabricantes de pneus, claro que não com a 
mesma obrigatoriedade mas sim com a responsabilidade ambiental e social. 
A partir do mês de janeiro de 2005, as empresas fabricantes e importadoras de 
pneus, deverão recolher e dar destinação final para 5 pneus inservíveis a cada 4 
novos pneus colocados no mercado. 
As empresas fabricantes de pneumáticos deverão anualmente comprovar junto ao 
IBAMA a destinação final, de forma ambientalmente corretas e das quantidades dos 
pneus inservíveis. 
As sanções para o não cumprimentodesta resolução estão estabelecidas pela lei 
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamentadas pelo Decreto no. 3.179, de 21 de 
setembro de 1999. 
CERTIFICAÇÕES E NORMATIVAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO 
AMBIENTAL 
Conceito de Normas ISSO 
A ISO é uma organização mundial para normatização (Int ernacional Organization for 
Standardization) localizada em Genebra na Suíça, foi fundada em 1947. 
A finalidade da ISO é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que 
traduzam o consenso dos diferentes países do mundo de forma a facilitar o comércio 
internacional. A ISO tem cento e dezenove (119) países membros. A Associação 
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT é o representante brasileiro. Sendo que ela 
trabalha com cento e oitenta (180) comitês técnicos (TC) e centenas de sub-comitês 
e grupos de trabalho. 
Norma ISO 14000 de sistema de gestão ambiental 
Conforme Oliveira (2005), a ISO 14000 é uma série de padrões, internacionalmente 
reconhecidos, por estruturar o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) de uma 
organização e o gerenciamento do desempenho ambiental. As empresas ao 
implantar um SGA devem investir tempo para o planejamento, já que as atividades 
não são simples. As atividades são de uma complexidade onde a administração da 
organização precisa envolver todos em seu processo. 
Segundo o mesmo autor, a ISO 14000 teve início na conferência das Nações Unidas, 
realizada em Estocolmo (Suécia), no ano de 1972, mas somente teve relevância e 
passou a ser tratada com maior importância a partir da Conferência das Nações 
Unidas realizada no Rio de Janeiro em 1992. 
A ISO 14000 tirou a sua base na publicação pela Bristish Standard Institutionda 
norma BS-7750, uma norma sobre gerenciamento ambiental. 
Ainda, segundo Oliveira (2005), a ISO 14000 tem como uma das prioridades a 
proteção dos empregados, através do cumprimento de toda a legislação e 
regulamentos. A comunicação entre os stakeholders é de essencial importância para 
a administração, estabelecendo metas e objetivos, onde implanta uma visão do 
ambiente como uma forma sistemática, melhorando, portanto a sua performance. 
 
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19 Desenvolvimento Sustentável 
Conforme Oliveira (2005), as normas ISO 14000 foram desenvolvidas pelo comitê 
técnico TC-207 da ISO, este comitê é formado por representantes dos países 
membros. O comitê técnico teve como base na elaboração das normas ISO 14000 à 
experiência adquirida na elaboração das normas ISO 9000. No Brasil, elas foram 
desenvolvidas e traduzidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 
O impacto da ISO 14000 nos negócios 
A conscientização com os aspectos ambientais da sociedade onde a empresa está 
inserida, faz com que as organizações que implantam a ISO em suas administrações, 
tenham uma vantagem competitiva em relação aos demais concorrentes, pois o 
consumidor enxergará essa organização não somente uma prestadora de serviços 
comum, mas sim como uma empresa que está interagindo com o interesse da 
sociedade. Se o consumidor pode escolher entre duas empresas com preço e 
qualidade similar, certamente ele dará prioridade a empresa que tem com o meio 
ambiente uma relação não danosa. 
Com uma visão voltada para o futuro, os legisladores estão criando leis mais rígidas, 
imputando sanções aos infratores, obrigando as empresas a encarar com seriedade 
e responsabilidade a variável ambiental em sua estratégia operacional. 
As seguradoras já passam a avaliar os riscos de acidentes ambientais na estipulação 
de prêmios de seguros. 
Conforme Oliveira (2005), a ISO 14000 permite a empresa demonstrar para seus 
consumidores que tem uma preocupação com o meio ambiente. A normatização é 
de cunho voluntário, sendo desta forma o mercado o grande exigente para a sua 
utilização. 
A certificação ISO 14000 tem validade por 3 (três) anos. Após esse prazo deverá 
passar por novas avaliações. A cada 6 (seis) meses, o sistema é auditado para que 
se verifique a continuidade dos requisitos da norma. O descumprimento pela empresa 
dos requisitos normativos acarretara na não revalidação da certificação. 
Em função disso, Oliveira (2005) descreve os principais objetivos para que as 
empresas estejam implantando sistemas de gerenciamento ambiental, sendo eles: 
1. Redução de riscos com multas, indenizações, etc.; 
2. Melhoria da imagem da empresa em relação a performance ambiental; 
3. Melhoria da imagem da empresa quanto ao cumprimento da legislação 
ambiental; 
4. Prevenção da poluição; 
5. Redução dos custos com a disposição de efluentes através do seu 
tratamento; 
6. Redução dos custos com seguro; 
7. Melhoria do sistema de gerenciamento da empresa. 
 Certificação ISO 14001 de Sistema de Gestão Ambiental 
http://ads.us.e-planning.net/ei/3/29e9/cfa010f10016a577?rnd=0.5788391738588954&pb=7c0ff5538b36eac6&fi=0cf39838e4ef7e67&kw=brasil
 
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20 Desenvolvimento Sustentável 
A ISO 14001 é o principal documento das normas 
padrões ISO 14000, e foi elaborada após a série ISO 
9000. Sendo especifico para os elementos mínimos 
de um SGA efetivo. 
A ISO 14001 é uma norma de gerenciamento 
organizacional, não é uma norma de certificação de 
qualidade de produtos. 
Conforme Oliveira (2005), a norma ISO 14001 "é um 
processo de gerenciamento das atividades da 
companhia que têm impacto no ambiente". 
Além destes conceitos, Oliveira (2005), cita algumas 
características importantes da ISO 14001: 
o Ela é compreensiva: todos os stakeholders participam na proteção do 
meio ambiente (os clientes, os funcionários, os acionistas, os fornecedores 
e a sociedade). São utilizados processos para identificar todos os impactos 
ambientais. Toda e qualquer tipo de empresa poderá utilizar a norma ISO 
14001, tanto organizações industriais, como organizações prestadoras de 
serviços, de qualquer porte ou ramo de atividade. 
o Ela é pró-ativa: seu foco é na ação e no pensamento pró-ativo, não 
reagindo a políticas e comandos estabelecidos anteriormente. 
o Ela é uma norma de sistema: em um único sistema de gestão, ela reforça 
o melhoramento da proteção ambiental. 
Contudo a ISO 14001 necessita que as organizações possam desenvolver uma política 
ambiental com um compromisso para as necessidades, prevenção de poluição, e 
melhoria continua; conduzir um plano que identifica aspectos ambientais de uma 
operação e as exigências legais, fixa objetivos e metas consistentes com política e 
estabelece um programa de gerenciamento ambiental; implementar e operacionalizar 
um programa que inclua uma estrutura e responsabilidades definida, treinamento, 
comunicação, documentação, controle operacional, e preparação para atendimento a 
emergências; confira as ações corretivas incluindo o monitoramento, a correção, a ação 
preventiva e a auditoria; e faça uma revisão do gerenciamento. 
Para que uma empresa seja certificada pela ISO 14001 é necessário passar um 
processo de cinco etapas que inclui a solicitação do registro; revisão da documentação 
do SGA; uma revisão preliminar no local; uma auditoria de certificação e a determinação 
da certificação atual. Esta certificação é um processo contínuo no ato da certificação 
inicial e que tem sua continuidade com auditorias que irá avaliar a empresa com uma 
determinada periodicidade, para certificar se todas as conformidades estão de acordo 
com os padrões da ISO 14001. 
Contudo Oliveira (2005), afirma que a certificação pela ISO 14001 leva as empresas a 
ter certos benefícios, seus principais benefícios internos e externos são: 
 
Internos: 
1. Melhoria na eficiência das operações com maior retorno nos investimentos; 
 
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21 Desenvolvimento Sustentável 
2. Disciplina organizacional; 
3. Reconhecimento e flexibilidade nalegislação; 
4. Proteção dos investimentos no SGA; 
Externos: 
1. Satisfação das necessidades contratuais; 
2. Expansão de mercados e da base de clientes; 
3. Maior competitividade; 
4. Melhora da imagem para clientes, fiscalização, funcionários, investidores, 
comunidade local. 
O sistema de gerenciamento ambiental previsto pela norma contém os seguintes 
elementos: 
• Uma política ambiental suportada pela alta administração; 
• Identificação dos aspectos ambientais e dos impactos significativos; 
• Identificação de requisitos legais e outros requisitos; 
• Estabelecimento de objetivos e metas que suportem a política ambiental; 
• Um programa de gerenciamento ambiental; 
• Definição de papéis, responsabilidades e autoridade; 
• Treinamento e conhecimento dos procedimentos; 
• Processo de comunicação do sistema de gerenciamento ambiental com todas as 
partes interessadas; 
• Procedimentos de controle operacional; 
• Procedimentos para emergências; 
• Procedimentos para monitorar e medir as operações que tem um significativo 
impacto ambiental; 
• Procedimentos para corrigir não conformidade; 
• Procedimentos para gerenciamento dos registros; 
• Programa de auditorias e ação corretiva; 
• Procedimentos de revisão do sistema pela alta administração. 
 
Norma AA 1000 de Responsabilidade Social 
Kraemer (2005), afirma que as empresas de 
hoje são agentes transformadores que 
exercem grande influência sobre os 
colaboradores, os parceiros, a sociedade e 
o meio ambiente. Diante disto, procuram 
melhorias para o engrandecimento desses 
setores, com posturas éticas, transparência 
em seus serviços, responsabilidade social. 
Os empresários, neste novo papel, tornam-
se cada vez mais aptos a compreender e 
participar das mudanças estruturais na 
relação de forças nas áreas ambiental e social. 
 
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22 Desenvolvimento Sustentável 
Tendo em vista estes anseios organizacionais, a AA 1000 foi desenvolvida pelo Instituto 
de Responsabilidade Social e Ética – ISEA, foi criada para assistir organizações na 
definição de objetivos e metas, na medição do progresso em relação a estas metas, na 
auditoria e relato da performance e no estabelecimento de mecanismos de feedback, 
compreendem princípios e normas de processo. 
Os estágios das normas de processo são: 
• Planejamento; 
• Responsabilidade; 
• Auditoria e relato; 
• Integração de sistemas; 
• Comprometimento dos stakeholders. 
 
Segundo o mesmo autor, as normas de processo da AA1000 associam a definição e a 
integração de sistemas dos valores da organização com o desenvolvimento das metas 
de desempenho e com a avaliação e comunicação do desempenho organizacional. Por 
este processo, focalizado no comprometimento da organização para os stakeholders, a 
AA1000 vincula as questões sociais e éticas à gestão estratégica e às operações da 
organização. 
Não é um padrão certificável e sim um instrumento verificável de mudança 
organizacional, derivado da melhoria contínua, e de aprendizagem e inovação para 
servir de modelo do processo de elaboração; proporcionar mais qualidade a outros 
padrões específicos e complemento a outras iniciativas. 
Norma de Responsabilidade Social - NBR 16001/2004 
Em 30 de dezembro de 2004 foi criada 
pela ABNT a NBR 16001:2004, uma 
norma de Responsabilidade Social que 
envolve todo o sistema de gestão 
organizacional, servindo de referência 
para as empresas brasileiras que 
queiram implantar, de forma sistêmica, 
um conjunto de técnicas de gestão da 
responsabilidade social. 
A NBR 16001:2004 foi desenvolvida 
para saciar os anseios dos empresários 
brasileiros, em seus estudos na área de 
Responsabilidade Social é pioneira, 
pois é a única que poderá certificar as organizações que iram implantá-la. 
Conforme Ohnuma (2005), a NBR ISO 9001:2000 (Qualidade), a NBR ISO 14001:1996 
(Meio Ambiente) e a SA 8000:2001 (Responsabilidade Social), são de inteira 
compatibilidade com a estrutura da NBR 16001:2004 (política, objetivos, planejamento, 
medição, análise e melhoria contínua). Portanto, todas as organizações que estejam 
implantando algum tipo de "sistema de gestão", baseado nas séries de normas 
 
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23 Desenvolvimento Sustentável 
relacionadas anteriormente, tendem a ter maior facilidade para implantar e implementar 
os requisitos da NBR 16001:2004. 
Segundo o mesmo autor, as organizações para que possam implantar a NBR 
16001:2004 deverá em sua política e em seus objetivos atender aos requisitos legais e 
promover o desenvolvimento humano e social, o bem estar da comunidade, a cidadania 
e o desenvolvimento sustentável, de forma transparente com a sociedade onde está 
inserida e tendo sempre consideração com os grupos de interesses – todas as pessoas 
ou grupos que tenham interesse ou que possam ser prejudicadas ou afetas pelas ações 
de uma organização. 
A NBR 16001: 2004 tem seu foco nas "pessoas"; a preocupação baseia-se no ser 
humano, nas pessoas, na sociedade, é o investimento na qualidade de vida das pessoas 
e não mais apenas nos procedimentos organizacionais e em seus produtos. Hoje o 
grande interesse da sociedade é sobre o retorno social que as organizações tendem a 
devolver para a elas. 
Essa visão gera uma atenção maior para todos os colaboradores organizacionais, são 
eles que buscam sempre a melhoria operacional de uma empresa, os processos tendem 
a ficar cada vez mais humanos e com maior envolvimento da sociedade com as 
organizações. A sociedade busca este reconhecimento com as empresas, e as 
empresas buscam uma maior integração com a comunidade. 
Em outras palavras, Ohnuma (2005), afirma que as 
organizações devem buscar sempre melhorias na qualidade 
de suas relações sociais e humanas, considerando os 
princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, das 
Organizações das Nações Unidas, (1948); as Convenções da 
Organização Internacional do Trabalho; as Metas de 
Desenvolvimento do Milênio (2000), o Estatuto da Criança e 
do Adolescente, entre outros documentos que serviram como 
referência para a NBR 16001:2004. 
Para que as empresas possam estar em conformidade com a NBR 16001:2004, vale a 
pena ressaltar os compromissos e responsabilidades que a organização deverá estar 
abordando em sua gestão: 
• O compromisso com o desenvolvimento profissional, fazendo dos seus 
funcionários colaboradores em potencial; 
1. A discriminação durante a contratação de pessoal; 
2. Aplicando práticas leais de concorrência; 
3. Obedecendo aos direitos dos trabalhadores; 
4. A promoção da diversidade; 
5. A implantação de um sistema de gestão de resíduos; 
6. A inclusão social, entre outros aspectos. 
7. 
Estes compromissos se caracterizam na base mínima de Responsabilidade Social que 
uma empresa deve implantar em sua gestão organizacional. 
 
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24 Desenvolvimento Sustentável 
Conforme menciona a referida norma, o atendimento aos requisitos da NBR 
16001:2004, não significa que a empresa é socialmente responsável, mas que tem 
implantado um sistema da gestão de responsabilidade social. 
As empresas e a cultura ambiental interna 
A cultura pode ser expressa pelo 
conjunto de costumes, comportamentos 
e normas presentes num grupo. É a 
interação entre os indivíduos. De acordo 
com Ullmann (1991:309), “dessa 
interação nascem aspectos novos, o 
que leva ao progresso, ao 
aperfeiçoamento, e até a mudanças.” 
Pettigrew(apud Tomei e Braunstein, 
1993) entende cultura como um 
conjunto de significados pertencentes a 
um grupo que a molda de forma 
dinâmica. 
Todo indivíduo pertencente a uma 
empresa também desempenha papel na 
sociedade, na família, na religião e entre 
amigos. De certa forma, isso o caracterizará em alguns aspectos, poiso meio em que 
está inserido é foco de mudanças constantes, e estas refletirão na empresa. Pode 
ocorrer uma mudança na cultura organizacional quando são inseridos novos indivíduos 
ou quando a própria interação entre o grupo responde as transformações sociais. 
Entretanto, a mudança cultural pode ser estratégica, provocada pelos líderes 
organizacionais. É um processo gradativo e lento, principalmente quando se trata de 
estruturar valores (Tomei e Braunstein, 1993). 
Os artefatos culturais São os instrumentos materiais utilizados para direcionar a cultura 
organizacional, dando estimulação sensorial para executar atividades culturalmente 
expressas. Têm por objetivo disseminar a cultura dentro da organização. Classificam-
se em ritos, cerimônias, estórias e mitos, heróis, tabus, normas e símbolos. Sahlins 
(1979) afirma que estas são as forças materiais usadas para determinar a cultura. 
Os membros da organização assimilam a cultura vigente quando a entendem, e a 
internalizam. Damanpour et all (1989) salientam que os artefatos culturais são 
importantes, principalmente, num processo de inovação da cultura. Estruturam a cultura 
indiretamente, através de jornais de circulação interna, festas e comemorações, rituais 
e cerimônias, prêmios e cartazes, etc. 
As implantações de novos paradigmas ambientais podem estar gerando mudanças nos 
valores, crenças, costumes e comportamentos dos integrantes das organizações. A 
preservação ambiental nunca foi fator primordial de interesse dos meios de produção, 
pois a política organizacional geralmente desconsiderava os prejuízos que poderiam ser 
causados ao meio ambiente. No entanto, os crescentes prejuízos ecológicos que vêm 
ocorrendo no planeta tendem a pôr em risco a sobrevivência. Este panorama coloca as 
organizações industriais como as principais causadoras do desequilíbrio ambiental, em 
virtude das substâncias químicas jogadas nos rios, ou lançadas no ar através de 
chaminés. Mazon (1992) afirma que a publicação de regulamentos referentes a 
problemas ambientais possibilita a incorporação de novos padrões culturais pela 
população. Outra forma de disseminar a “nova cultura ambiental” é através do controle 
 
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da produção, tendo como objetivo o controle das substâncias químicas jogadas no rio, 
dos desmatamentos, bem como das queimadas. 
A visão tecnológica voltada para a prevenção da poluição exige desenvolvimento do 
conhecimento, técnicas e materiais adequados. É praticamente fundamental a formação 
de indivíduos capacitados, desenvolvedores de novos processos, procedimentos que 
visualizem os benefícios e as vantagens adquiridos dessa nova postura. (Geiser, apud 
Mazon, 1992). A reciclagem é uma destas alternativas, possibilita a reutilização de 
materiais e produtos, e tem trazido uma grande economia de recursos para as 
empresas. Donaire (1995) afirma que a reciclagem pode ocorrer pelo reaproveitamento 
dos resíduos no processo de produção ou pela venda dos mesmos para outras 
empresas. Outra forma é o desenvolvimento de novos processos produtivos utilizando-
se resíduos e tecnologias limpas ao ambiente. 
As preocupações com o meio ambiente tiveram ênfase a partir de uma exigência dos 
consumidores referente ao conteúdo e a forma como os produtos são feitos, rejeitando 
qualquer agressividade ao meio ambiente. Entidades como o Greenpeace e o Partido 
Verde influenciaram a posição dos consumidores frente a preservação ambiental. 
O Partido Verde, movimento ecológico de caráter 
social fundado por Fernando Gabeira em 1979, 
não tem por objetivo a obtenção do poder, mas 
age como transformador da cultura política, o 
processo consiste na conscientização ambiental 
da população de nível cultural médio e alto. O 
movimento de defesa da Amazônia difundiu-se 
através da divulgação acirrada promovida por 
intermédio do Partido Verde, promovendo uma 
mentalidade mais inclinada à defesa ambiental no 
público em geral. (Pádua, 1987). 
Desta forma, preservação ambiental passou a ser 
um meio de atingir o mercado. Além de englobar a função produtiva, diz respeito, 
principalmente a função administrativa. Para Wood Jr (1995:194) “o processo de 
mudança cultural planejada poderia ser mais bem denominado de interiorização e 
agilização de macro tendências ambiental.” Esta assertiva sugere que o ambiente atua 
como condicionante para a mudança cultural e conseqüente aceitabilidade das 
mudanças. Deal e Kennedy (1988) delimitam alguns elementos culturais mais propícios 
para a implementação de mudanças. Entre eles os artefatos concretos da cultura, como 
os ritos, rituais e cerimônias, as lendas, os heróis, os mitos, os símbolos, servem como 
formas de se inculcar novos valores e, principalmente, mudanças. 
Segundo Fleury (1995) o processo de aprendizagem na organização implica em 
modificações decorrentes da incorporação da cultura vigente, e também na 
compreensão das mesmas. A cultura organizacional designa um conjunto de valores, 
comportamentos, símbolos, formas de comunicação, ritos, rituais, mitos, estórias que 
constroem a identidade organizacional. 
 DADOS OBTIDOS 
Preservações Ambientais 
A preservação ambiental determina a preocupação com a destruição ecológica, tendo 
como objetivo a não agressão ao ecossistema. Conforme Donaire (1995), a preservação 
ambiental reflete atitudes e medidas utilizadas por uma empresa, que objetivam a 
 
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proteção e conservação do meio ambiente, partindo do princípio da seleção da matéria 
prima, passando pelo desenvolvimento de novos processos e produtos, e culminando 
com o reaproveitamento da energia e a reciclagem de resíduos do processo produtivo. 
A constatação destas atitudes e medidas nas 
empresas da região, foi identificada pela ocorrência 
de políticas e técnicas relacionadas com existência, 
tratamento, reutilização e diminuição de resíduos 
industriais, bem como a racionalização do processo 
envolvendo conservação, utilização e 
racionalização de energia. Verificou-se através dos 
questionários, que 52% das empresas pesquisadas 
mencionam questões referentes à preservação 
ambiental já na integração do novato na empresa. 
Este percentual aumenta a partir do momento em 
que o empregado é efetivado após o período de 
experiência. Após este prazo, o empregado é 
treinado para execução de suas atividades, e neste treinamento 76% das empresas 
pesquisadas inserem conceitos relacionados à preservação ambiental. 
Ao longo da vida profissional de seus empregados as empresas podem continuar a 
reforçar os conceitos de preservação ambiental. Esta acertiva foi constatada em 60% 
das empresas, que ministram seminários, palestras, cursos ou reuniões referentes ao 
meio ambiente e formas de diminuir a agressão à natureza. 
Constatou-se que as novas tendências de preservação ambiental estão sendo 
incorporadas pelas empresas de uma forma lenta, mas gradativa. Do total das empresas 
pesquisadas, 12% (doze por cento) preocupam-se com as normas de preservação 
ambiental devido as exigências do mercado externo, principalmente Europeu, Asiático 
e Americano. 
 
A gestão ambiental nas organizações 
Os problemas ambientais em nível mundial começam a se tornar preocupantes. Como 
exemplos significativos, destacam-se o aumento de temperatura da Terra, a destruição 
da camada de ozônio, o esgotamento acelerado dos recursos naturais, etc. Todos estes 
problemas levam à busca de um novo modelo de crescimento econômico que considere 
mais a preservação do meio ambiente. 
Está claro que a solução para todos estes problemas deve ocorrer em vários níveis: 
Indivíduo: que deve tomar posturas que respeitem mais o meio ambiente a fim de limitar 
o consumo e economizar recursos naturais. 
Empresas: que devemfuncionar reduzindo ao máximo seu impacto ambiental negativo. 
Poder Público: cuja função primordial é regulamentar o modelo final de funcionamento 
que respeite o meio ambiente. 
 
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27 Desenvolvimento Sustentável 
 
Desta forma, as empresas não podem ignorar sua 
obrigações ambientais: a pressão dos consumidores 
e as imposições normativas, obrigam-nas a conceber 
produtos e sistemas de produção e distribuição que 
minimizem os impactos ambientais negativos. 
Até poucos anos atrás, as empresas consideravam 
estas questões como uma imposição dos sistemas 
de proteção ambiental, que implicavam aumento de 
custos.Mas hoje, os aspectos ambientais começam a 
ser considerados como fatores competitivos, que 
podem conceder à empresa uma vantagem no 
mercado. 
 
De fato, uma política ambiental bem concebida pode 
ajudar a reduzir custos, assim como gerar benefícios 
marginais pela comercialização dos resíduos, além 
de conduzir a segmentos de mercado especialmente rentáveis. 
 
A cada dia fica mais óbvio que, para uma atividade empresarial ser mais eficiente, faz-
se necessária a introdução de critérios ambientais no processo produtivo, e é por este 
motivo que o projeto de uma correta gestão ambiental na emprese desempenha um 
papel fundamental. 
 
Uma das ferramentas ideais para fazer com que as empresas priorizem as políticas de 
prevenção, ao invés das de correção, são os Sistemas Voluntários de Gestão Ambiental. 
 
Definitivamente, pode-se afirmar que os custos ambientais das atividades industriais 
não são contabilizados. Não obstante, deve-se ter uma idéia clara de que, apesar de 
significar em curto prazo um custo para as empresas investir na proteção e na garantia 
de qualidade de vida, com toda segurança, este custo será infinitamente inferior ao valor 
da qualidade de vida e do bem-estar da humanidade. 
 
Medidas de Proteção Ambiental 
 
As atividades industriais podem interferir no meio 
ambiente através de diversas maneiras em seus 
processos como produção (utilização de 
matérias primas, energia e água e conseqüente 
emissão atmosféricas, efluentes, geração de 
resíduos sólidos, ruído e vibração), distribuição, 
comercialização, etc. 
Inúmeras medidas de proteção buscam 
minimizar os impactos produzidos pelos 
processos produtivos das empresas. No 
entanto, essas medidas visam o tratamento do 
resíduo após sua geração (medidas de caráter corretivo), onerando assim o processo 
produtivo devido o custo elevado da implantação de sistemas de tratamentos. Por isso, 
 
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deve-se buscar formas que viabilizem a otimização desses processos. 
 
A correta gestão das variáveis ambientais é o que permite essa otimização. Por isso, 
as empresas necessitam trabalhar atuando nos seguintes pontos: 
• Redução do consumo de energia; 
• Gestão correta de resíduos; 
• edução do consumo de matérias-primas; 
• Redução do consumo de água; 
• Gestão correta das águas residuárias e efluentes líquidos; 
• Gestão dos ruídos; 
• Gestão de emissões atmosféricas; 
• Análise de ciclo de vida de produtos (ACV); 
• Cumprimento da legislação ambiental. 
 
Para colocar em prática um Sistema de Gestão Ambiental faz-se necessário: 
• Elaborar uma política ambiental. 
• Fixar objetivos e metas. 
• Elaborar um plano de atuação em meio ambiente. 
• 
Política Ambiental 
 
O primeiro passo que uma empresa deve tomar para a implantação de um Sistema de 
Gestão Ambiental, é a implantação de uma política ambiental. 
 
Essa política ambiental pode ser definida como uma declaração de objetivos, elaborada 
pela própria empresa, que exponha o compromisso adotado para melhorar sua atuação 
em relação ao meio ambiente. Essa declaração deve ser de conhecimento público. 
 
Ética e desenvolvimento social 
A conduta ética pressupõe um agente consciente, é 
dizer, que saiba distinguir a diferença entre bem e mal, 
certo e errado, permitido e proibido, reprovável e não 
reprovável, virtude e vício. Deter a capacidade de 
realizar essa diferenciação é deter o que se designa 
"consciência moral" que permite aos seres humanos 
adequar, ao menos de maneira hipotética, suas ações 
e sentimentos de acordo com os valores socialmente 
aceitáveis dentro de um grupo. Nesse sentido, 
consciência e responsabilidade são condições 
indissociáveis de uma vida ética e características 
essenciais da figura de um governante apto a exercer 
o comando de uma nação com responsabilidade e 
compromisso. 
O cenário ideal para as relações fundadas na ética e que, de fato, possibilitarão a 
realização do processo de desenvolvimento na melhor acepção da palavra é sem 
sombra de dúvida o ambiente democrático. Adentra-se aqui à complexa e delicada 
questão sobre a necessidade ou não de que se tenha uma democracia para que se 
 
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tenha desenvolvimento. É uma polêmica que engendra debates acalorados e muitas 
vezes sem respostas definitivas. 
No início do pós-guerra, costumava-se alegar que os países em desenvolvimento não 
poderiam nutrir expectativas quanto a manutenção das dispendiosas instituições 
democráticas. Passados os anos, a visão que, de certa forma, prevalece hoje é de que 
a democracia ajuda o desenvolvimento econômico e por isso deve ser impulsionada nos 
países em desenvolvimento. Há quem diga também que a democracia é mais um 
resultado do que propriamente um precondição ao desenvolvimento. 
Uma precondição ou um resultado, o fato é que a democracia oferece as peças 
fundamentais para o desenvolvimento das liberdades individuais e conseqüentemente 
das potencialidades de homens e mulheres. Assim, tomaremos como situação 
desejável aquela representada pelo Estado Democrático de Direito, não obstante seus 
inúmeros defeitos e incompletudes. Essa posição é plenamente justificável, se 
considerarmos que o Brasil nas suas relações internacionais defende tal 
posicionamento. Nas palavras de Marco Antônio Diniz Brandão, "O Brasil acredita que 
o reconhecimento da interrelação entre democracia, desenvolvimento e direitos 
humanos tem como decorrência lógica a necessidade da cooperação internacional9". 
O caminho em direção ao desenvolvimento sustentável consiste essencialmente nas 
escolhas a serem realizadas pelos governantes de cada estado. Nesse sentido, é 
necessária uma correspondência efetiva entre aquilo que se encontra escrita nas bases 
e do Estudo Democrático, isso é, na Carta Maior, a realidade circundante. Não se pode 
propor aquilo que não se pode fazer. Os compromissos assumidos e dispostos, 
especialmente na constituição, não deveriam ser tomados como meros ideais ou 
aspirações fatalmente inalcançáveis, mas como propostas de ação efetiva, 
O desenvolvimento somente é possível se há 
habilidade. Assim, é de se observar que as 
democracias, conquanto maculadas por 
inúmeros defeitos, ainda se apresentam como 
os ambientes mais propício as a realização do 
ideal de desenvolvimento e uma análise 
histórica da cronologia do desenvolvimento 
aponta igualmente nesse sentido. 
 
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