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Competência e Litisconsórcio no Processo Civil

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TEORIA GERAL DO PROCESSO: COMPETÊNCIA 
 
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Petrúcio, possuidor de imóvel localizado em Belo Horizonte/MG, ajuizou 
ação de reintegração de posse em face de José, perante o juízo da comarca 
do Rio de Janeiro, que é o atual foro do domicílio do autor. Distribuído o 
feito para o juízo da 8ª Vara da comarca do Rio de Janeiro, este declarou, 
de ofício, a sua incompetência, remetendo os autos para ser redistribuído 
para uma das varas de Belo horizonte. Dada a situação hipotética, é correto 
afirmar: 
 
a) o juiz agiu incorretamente, uma vez que a incompetência territorial tem 
natureza relativa e, por isso, não pode ser declarada de ofício pelo juiz. 
b) o juiz agiu incorretamente, uma vez que o mesmo era, de fato, competente 
para apreciar a causa. 
c) o juiz agiu corretamente, uma vez que a ação possessória imobiliária deverá 
ser ajuizada perante o foro da situação da coisa, o qual tem competência 
absoluta. 
d) o juízo era absolutamente incompetente, mas a incompetência absoluta 
somente deverá ser declarada após provocação do réu. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Não obstante a hipótese verse acerca de 
competência territorial, fato é que a mesma tem, no caso, natureza absoluta. É 
que o artigo 47, § 2o, CPC aponta que “a ação possessória imobiliária será 
proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.” 
 . 
 
Bianca ajuizou ação de cobrança em face de Bartolomeu, sendo os autos 
distribuídos para a 2ª vara cível da comarca de João Pessoa/PB, foro do 
domicílio do réu. No curso da demanda o réu passou a residir em 
Maceió/Alagoas. Considerando a hipótese acima, é correto afirmar: 
 
a) com a mudança de domicílio do réu, a competência foi modificada para o juízo 
de Maceió, devendo os autos ser enviados para aquela comarca. 
b) o juízo de João Pessoa/PB continuará competente, uma vez que a 
competência foi fixada no momento de distribuição da petição inicial, sendo 
irrelevante a mudança de domicílio do réu. 
c) a competência poderá ser modificada, desde que ainda não tenha sido 
proferida a sentença. 
d) a competência somente será modificada se houver requerimento do réu, 
solicitando a remessa dos autos ao juízo do novo domicílio. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. Ela consagra o princípio da “perpetuatio 
jurisdictionis”, prevista no artigo 43, CPC. A competência será fixada no 
momento em que a petição inicial é registrada ou distribuída, sendo irrelevantes 
as alterações posteriores de fato ou de direito. Assim, a circunstância de 
mudança de endereço do réu é irrelevante, uma vez que a competência do juízo 
já havia sido fixada (e perpetuada) com a distribuição do feito para a 2ª vara cível 
de João Pessoa/PB. 
 
 
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LITISCONSÓRCIO 
 
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Pedro, que havia passado algum tempo ser ver o seu pai, Paulo, descobre 
que seu genitor contraiu matrimônio com sua ex-esposa, Carla. Após tomar 
ciência do fato, Pedro resolveu ajuizar demanda com o objetivo de obter a 
declaração de nulidade do casamento, ante o impedimento existente. 
Diante disso, requereu a citação de ambos na petição inicial. Assinale a 
modalidade de litisconsórcio verificada na hipótese acima. 
a) Litisconsórcio ativo necessário e unitário. 
b) Litisconsórcio passivo necessário e simples. 
c) Litisconsórcio ativo facultativo e simples. 
d) Litisconsórcio passivo necessário e unitário. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “d”. No caso em tela, o litisconsórcio é “passivo” 
(pluralidade de réus), “necessário” (de formação obrigatória, pois a validade do 
processo depende da citação de Paulo e Carla) e “unitário” (pois a decisão 
deverá ser a mesma para os réus, Paulo e Carla). 
 
 
Após sofrer danos em procedimento cirúrgico, Patrícia resolve ajuizar ação 
para obter reparação pelos danos materiais e morais em face da clínica 
“estética perfeita“ e do médico cirurgião, Dr. Valter Chagas. Instaurada a 
relação processual, no âmbito de processo físico, ambos os réus 
comparecem em juízo. A clínica está sendo representada pelo advogado 
Antônio e o médico está sendo representado pelo advogado Tadeu, sendo 
ambos os advogado integrantes da mesma sociedade de advogados. Dada 
a situação hipotética, é correto afirmar: 
a) todos os prazos serão contados em dobro para os réus. 
b) os prazos não serão contados em dobro, uma vez que ambos os advogados 
pertencem ao mesmo escritório de advocacia. 
c) apenas o prazo de contestação será contado em dobro. 
d) os prazos somente seriam contados em dobro se o processo tramitasse na 
modalidade eletrônica. 
 
Comentários: 
A alternativa correta está na letra “b”. Para que o prazo seja contado em dobro, 
é preciso que os litisconsortes sejam representados por diferentes advogados 
que pertençam a diferentes escritórios de advocacia (art. 229, CPC), o que não 
ocorreu no caso em tela. 
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SUJEITOS DO PROCESSO: PARTES E PROCURADORES 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Sobre as partes e procuradores assinale a alternativa incorreta: 
a) o juiz nomeará curador especial ao réu preso revel 
b) o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse 
sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação 
absoluta de bens. 
c) o espólio será representado em juízo pelo Ministério Público. 
d) Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu 
somente é indispensável nas hipóteses de composse. 
 
Comentários: 
A alternativa “incorreta” é a letra “C”. É que o espólio será representado em juízo 
pelo inventariante (art. 75, VII, CPC). A Alternativa “a” está correta, uma vez que 
o artigo 72, CPC dispõe que “o juiz nomeará curador especial ao incapaz, se não 
tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, 
enquanto durar a incapacidade, e ao réu preso revel, bem como ao réu revel 
citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.” A 
alternativa “b” também está correta, vez que o artigo 73, CPC, aponta que o 
cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse 
sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação 
absoluta de bens. 
Finalmente, a alternativa “d” está correta. É que, nos termos do artigo 73, § 2º, 
CPC, nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu 
somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos 
praticado. 
 
 
O condomínio porto caribe ajuizou ação de cobrança em face de Joaquim, 
postulando o pagamento das contribuições condominiais em atraso. No 
curso do processo, o juízo percebeu que o autor (condomínio) estava 
sendo representando pelo Sr. Everton, o qual se dizia síndico, sem, no 
entanto, juntar qualquer documento que provasse a regular representação 
processual. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
a) Constatada a irregularidade, o juiz deverá extinguir o processo sem resolução 
de mérito. 
b) dada a irregularidade de representação, o juiz julgará a causa em desfavor do 
condomínio. 
c) a irregularidade em questão não é obstáculo ao conhecimento do mérito, 
podendo o juízo determinar que o vício seja sanado após a prolação da 
sentença, em caso de procedência do pedido. 
d) Constatada a irregularidade de representação, o juiz suspenderá o processo 
e concederá ao condomínioum prazo razoável para que o vício seja sanado. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “d”. Havendo irregularidade de representação, o 
juiz deverá conceder prazo razoável à parte para sanar o vício (art. 76, CPC). 
Apenas se a providência não fosse tomada é que teríamos a extinção do 
processo sem resolução de mérito. 
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ATOS PROCESSUAIS: CLASSIFICAÇÃO; NEGÓCIO PROCESSUAL 
 
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João e Mateus são adversários em ação judicial ajuizada pelo primeiro 
em face do segundo. Após ser proferida sentença em audiência, as 
partes, na ocasião, regularmente assistidas por advogados, renunciaram 
expressamente ao direito de recorrer. Seis dias depois, ao verificar que 
trecho da sentença prejudicava o direito do seu cliente, o advogado de 
João apresentou recurso de apelação, pleiteando a reforma parcial da 
Sentença. Dada a situação narrada, assinale: 
 
a) o recurso não será conhecido, uma vez que, contra a referida sentença, 
caberia agravo de instrumento. 
b) o recurso não será conhecido, uma vez que, tendo havido renúncia ao 
direito de recorrer, o ato processual da parte produziu efeitos imediatos, 
operando-se fato impeditivo à sua interposição. 
c) o recurso será conhecido, uma vez que interposto dentro do prazo legal de 
15 dias. 
d) o recurso será conhecido, uma vez que o ato da parte (renúncia ao direito 
de recorrer) somente produz efeitos após o trânsito em julgado da decisão. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. É que as manifestações de vontade das 
partes produzem os seus efeitos de imediato, nos termos do artigo 200, CPC. 
Assim, tendo havido renúncia pela parte ao direito de recorrer, esta produziu 
os seus efeitos de imediato e, por consequência, constitui-se em fato 
impeditivo ao direito de recorrer. 
 
 
André e Pedro, maiores e capazes, devidamente representados por seus 
advogados, celebraram um contrato, no qual, dentre outras obrigações, 
havia a previsão de que, em caso de ação judicial, as intimações seriam 
feitas via aplicativo whatsapp. Um ano após a celebração do contrato, as 
partes tiveram uma desavença que levou André a ajuizar ação contra 
Pedro, a qual tramitou perante o Juízo da 10ª vara cível do Recife. 
Durante o trâmite processual o juízo determinou que as intimações 
fossem feitas através do aludido aplicativo. Proferida sentença de total 
procedência da demanda, o réu, Pedro, interpôs recurso de apelação, 
requerendo, dentre outros pleitos, a invalidação da sentença, sob o 
fundamento de nulidade da cláusula contratual que previa as intimações 
via aplicativo, vez que prejudicou em demasia o exercício da ampla 
defesa. Sobre os fatos, assinale a afirmativa correta. 
 
a) a sentença deverá ser invalidada, vez que a cláusula contratual era, de fato, 
abusiva e prejudicava a ampla defesa do réu. 
b) a clausula era abusiva, mas, como não foi arguida a nulidade pela parte no 
transcorrer do procedimento de primeiro grau, operou-se a preclusão. 
c) a sentença será válida, uma vez que, tratando-se de negócio realizado por 
partes capazes, eventual negócio processual que ajuste o procedimento às 
especificidades da causa deve ser respeitado. 
d) a cláusula era abusiva e, por isso, a nulidade poderá ser declarada em 
qualquer momento e grau de jurisdição, não estando sujeita à preclusão. 
 
Comentários: 
A alternativa correta está na letra “c”. Ela trata da chamada “negociação 
processual atípica”, prevista no artigo 190, CPC. O artigo em tela autoriza as 
partes a realizarem negócios, adaptando o procedimento às especificidades da 
causa. Como as partes eram maiores e capazes, podiam as mesmas, 
perfeitamente, realizar convenção para que as intimações fossem feitas pelo 
aplicativa Whatsapp. 
 
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ATOS PROCESSUAIS: CITAÇÃO 
 
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Felipe propôs demanda em face de Luiz, Gustavo e Júlia, devedores 
solidários. Determinada a expedição de mandado citatório, o oficial de 
justiça dirigiu-se para cumprir a diligência citatória. Porém, o mesmo 
percebeu que Luiz estava assistindo ato de culto religioso; Gustavo estava 
de luto, em virtude da morte de sua mãe há 10 (dez) dias; e Júlia estava 
doente, internada em estado grave. Considerando a situação em tela, NÃO 
se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: 
a) de Luiz, apenas. 
b) de Luiz e Gustavo. 
c) de Luiz e Júlia. 
d) de Gustavo e Júlia. 
 
Comentários: 
A alternativa correta está na letra “c”. O artigo 244, CPC apresenta as hipóteses 
em que NÃO se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito. 
Gustavo era o único que poderia ser citado, uma vez que o período de “luto” que 
impede a realização de citação é de apenas 7 (sete) dias e não 10 (dez) dias. 
 
 
A citação será feita por oficial de justiça nas hipóteses abaixo, exceto: 
a) nas ações de indenização por danos morais. 
b) quando o citando for incapaz. 
c) quando o citando for pessoa jurídica de direito público. 
d) nas ações de estado. 
 
Comentários: 
Todas as hipóteses acima representam demandas onde a citação será feita 
através de oficial de justiça (art. 247, CPC), exceto a contida na letra “a”. 
 
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FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO 
 
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Em razão da realização de obras no imóvel de Pedro, a residência de 
Milena, sua vizinha, acabou sofrendo rachaduras, originando danos no 
montante de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Milena ingressou com ação 
judicial em face de Pedro, a fim de que este realizasse os reparos 
necessários em sua residência. Citado o réu, este apresentou a 
contestação. Contudo, antes do saneamento do processo, diante do mal 
estar que vivenciou, Milena consultou seu advogado a respeito da 
possibilidade de adicionar, no mesmo processo, pedido de condenação em 
danos morais. Dada a situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É possível o aditamento, uma vez que, até o saneamento do processo, é 
permitido alterar ou aditar o pedido sem o consentimento do réu. 
B) Não é possível o aditamento, uma vez que o réu foi citado e apresentou 
contestação. 
C) É possível o aditamento, uma vez que, até o saneamento do processo, é 
permitido aditar ou alterar o pedido, desde que com o consentimento do réu. 
D) É possível o aditamento, porquanto, até o trânsito em julgado, é permitido 
alterar ou aditar o pedido, desde que o réu consinta. 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. A alteração do pedido (aditamento) é tratada 
no artigo 329, CPC. Nele, o legislador aponta que após a citação será possível 
a alteração do pedido, desde que haja a concordância do réu. Entretanto não 
será admitida a alteração após o saneamento do processo, ainda que com o 
consentimento do réu. 
 
Cristiano, cirurgião dentista, ajuizou ação de cobrança em face do seu 
cliente, Adilson, em virtude do inadimplemento de dívida oriunda da 
prestação de serviços odontológicos. Contudo, antes mesmo da citação do 
réu, Cristiano comunica ao juízo seu desinteresse no prosseguimento do 
processo, uma vez que necessita viajar para concluir e apresentar tese de 
doutorado no exterior, alertando que, em futuro próximo, poderá ajuizar 
nova demanda. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
A) o caso em tela trata de típica hipótese de renúncia ao direito, caso em que 
ocorrerá a coisa julgada material. 
B) Tendo em vista que a causaversa sobre direito indisponível, impossível será 
a desistência da ação. 
C) A desistência somente produzirá efeitos, extinguindo o processo, se houver o 
prévio consentimento do réu. 
D) Diante da desistência unilateral do autor da ação, ocorrerá a extinção do 
processo sem resolução de mérito. 
 
Comentários: 
A questão trata do instituto da desistência, prevista no artigo 485, VIII, CPC, que 
é causa de extinção do processo SEM resolução de mérito. Perceba que 
Cristiano não tinha interesse no prosseguimento do feito, mas não descartou a 
possibilidade de ajuizar novamente a demanda quando retornasse de viagem. 
Tal circunstância serve, inclusive, para distinguir a desistência da “renúncia ao 
direito”, prevista no artigo 487,III, “c”, CPC e que constitui causa de extinção do 
processo COM resolução de mérito. 
 
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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
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Luiz ajuizou ação de cobrança em face da empresa ABC LTDA, sendo a 
mesma julgada totalmente procedente. Na fase de cumprimento de 
sentença o autor descobre que João e Gustavo, sócios da empresa, têm 
adotado medidas com vistas ao deslocamento de bens para o patrimônio 
pessoal dos mesmos. Assinale a alternativa que indica a medida a ser 
adotada por Luiz com vistas a requerer a responsabilização de João e 
Gustavo no caso em tela: 
A) incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
B) Denunciação à lide. 
C) Chamamento ao processo. 
D) Nomeação à autoria. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. A desconsideração da personalidade jurídica é 
modalidade de intervenção de terceiros prevista nos artigos 133 a 137, CPC. 
Será utilizada quando houver abuso de personalidade, caracterizada pelo desvio 
de finalidade ou confusão patrimonial. Tais pressupostos estão previstos na lei 
material (art. 50, Código Civil e art. 28 da Lei 8.078/90, por exemplo). 
 
 
Marcos, credor da sociedade Campos LTDA, toma conhecimento que os 
sócios da aludia empresa vêm adotando manobras de desvio patrimonial, 
com vistas a sonegar o pagamento das dívidas. Assim, resolveu o mesmo 
ajuizar ação de cobrança de dívida e já requerer, na petição inicial, a 
desconsideração da personalidade jurídica. Dada a situação hipotética, é 
correto afirmar: 
 
a) não será possível a apreciação do pedido de desconsideração da 
personalidade jurídica, uma vez que o mesmo deve ser formulado em incidente 
processual específico. 
b) o pedido de desconsideração poderá ser apreciado, uma vez que pode ser 
requerido na própria petição inicial, caso em que os sócios serão citados. 
c) o juiz poderá apreciar o pedido de desconsideração da personalidade, desde 
que o autor venha sanar o vício e requerer a instauração em incidente específico. 
d) o pedido de desconsideração da personalidade jurídica poderá ser 
processado, desde que o juiz suspenda o curso do processo. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. A desconsideração da personalidade jurídica é 
modalidade de intervenção de terceiros prevista nos artigos 133 a 137, CPC. Ela 
pode ser instaurada através de “incidente processual” (quando requerida no 
curso do processo) ou requerida na própria petição inicial, caso em que a 
instauração do incidente será dispensada (art. 134, § 2o, CPC) e a causa não 
será suspensa. 
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TUTELAS DE URGÊNCIA 
 
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Marta sofre de neoplasia maligna e necessita realizar cirurgia de urgência 
indicada por médico que acompanha o seu tratamento. Entretanto, o plano 
de saúde, “Saúde e vida”, nega a autorização do procedimento. Dadas as 
circunstâncias, Marta procura um (a) advogado(a), que afirma que a ação a 
ser ajuizada terá como pedido a condenação a uma obrigação de fazer 
(autorização para a realização da cirurgia) com pedido de tutela antecipada 
para sua efetivação imediata. Considerando que a urgência é 
contemporânea ao ajuizamento da ação e Marta ainda não dispõe de toda 
documentação que deseja juntar aos autos, assinale a alternativa correta: 
a) Marta deverá aguardar até que tenha a posse de todos os documentos para 
ajuizar a demanda, vez que é na petição inicial o momento oportuno para a 
juntada documental. 
b) o caso trata de hipótese de pedido de tutela cautelar e não de tutela 
antecipada. 
c) sendo a urgência contemporânea à propositura da ação, a tutela antecipada 
poderá ser requerida em caráter antecedente, com a possibilidade de posterior 
aditamento à petição inicial e consequente juntada de documentos. 
d) Somente a tutela cautelar, e não a antecipada, pode ser requerida em caráter 
antecedente. Assim, Maria deverá aguardar até estar de posse de toda 
documentação necessária à prova do seu direito. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Sendo a urgência contemporânea ao 
ajuizamento da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela 
antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do 
direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do 
processo (art. 303, CPC). Assim, a parte autora poderá, após o deferimento da 
medida antecipatória, efetuar o aditamento da petição inicial, com a 
complementação da argumentação e juntada de novos documentos. 
 
 
Dada a impossibilidade de vida em comum, Joana ajuíza ação de divórcio 
litigioso em face de Pedro. No curso da demanda, Pedro, inconformado 
com a separação, tenta dilapidar os três bens que o casal possui, 
anunciando a venda dos mesmos. Dada a situação hipotética, é correto 
afirmar: 
a) Joana poderá apresentar pedido de medida cautelar, requerendo o sequestro 
dos bens do casal, como medida de assegurar o seu direito. 
b) Joana deverá apresentar pedido de tutela antecipada, requerendo a 
propriedade dos bens do casal. 
c) Joana poderá apresentar pedido de medida cautelar de sequestro, em caráter 
incidental, o qual será processado em autos apartados. 
d) Dada a situação de urgência, Joana deverá apresentar pedido de medida 
cautelar de arresto. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. O sequestro é medida cautelar utilizada, dentre 
outras hipóteses, quando, em meio a uma ação de divórcio ou separação, um 
dos cônjuges estiver dilapidando os bens do casal. Ressalte-se que NÃO se 
trata, aqui, de “tutela antecipada”, uma vez que a medida NÃO tem caráter 
satisfativo, ou seja, não visa “antecipar” o resultado do processo (que, no caso, 
é o “divórcio”), mas tão somente caráter “assecuratório” (assegurar uma futura 
partilha de bens). 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
PROCESSO DE CONHECIMENTO: PROCEDIMENTO COMUM 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
Renata celebra contrato de empréstimo com o banco “ABC”. Um ano após 
a celebração da avença, Renata decide ajuizar ação com pedido de revisão 
contratual, sob a alegação de abusividade de um das taxas cobradas na 
relação contratual. Considerando que a causa dispensa a fase instrutória e 
que a legalidade da taxa é reconhecida em súmula editada pelo Superior 
Tribunal de Justiça, é correto afirmar: 
a) o juiz deverá extinguir o processo sem resolução de mérito. 
b) o juiz julgará liminarmente improcedente o pedido, extinguindo o processo 
com resolução de mérito. 
c) o juiz poderá julgar liminarmente improcedente o pedido, desde que, antes, 
conceda oportunidade para que o réu apresente contestação. 
d) o juizsomente julgará o pedido após a regular instrução probatória, sob pena 
de ferir os princípios do contraditório e ampla defesa. 
 
Comentário: 
 
A alternativa correta é a letra “b”. A questão trata de típica hipótese de 
sentença de improcedência liminar, prevista no artigo 332, I, CPC. Como o 
pedido contido na petição inicial contraria entendimento sumulado e a causa 
dispensa a fase instrutória, o juiz poderá proferir sentença de total 
improcedência, independente da citação do réu. 
 
 
 
Arlete ajuíza ação de indenização em face de Antônio, esclarecendo, na 
petição inicial, que tem interesse na realização da audiência de 
conciliação. O réu (Antônio), foi citado para a audiência de conciliação 
com 30 dias de antecedência. Após consultar o seu advogado acerca do 
objetivo da aludida audiência, Antônio aponta que não comparecerá à 
mesma, uma vez que o pedido formulado por Arlete é absurdo e está 
totalmente “fora da realidade”. Dada a situação narrada e considerando 
o disposto no CPC/2015 acerca da audiência de conciliação e mediação, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) Antônio deveria ter sido citado para a audiência com, pelo menos, 40 
(quarenta) dias de antecedência. 
b) a audiência não será realizada, uma vez que Antônio não tem interesse em 
participar. 
c) ainda que a causa verse sobre direito indisponível, a audiência é de realização 
obrigatória. 
d) Antônio deve ser informado que o seu não comparecimento é considerado ato 
atentatório à dignidade da justiça, sob pena de multa. 
 
Comentário: 
 
A alternativa correta é a letra “d”. A audiência de conciliação está prevista no 
artigo 334, CPC e é de realização obrigatória, salvo duas hipóteses: 1) a ação 
versar sobre direito indisponível; 2) ambas as partes manifestarem o 
desinteresse na sua realização. Ressalte-se que o réu deverá ser citado com 
a antecedência mínima de 20 (vinte) dias e o não comparecimento 
injustificado de qualquer das partes importará em ato atentatório ao exercício 
da jurisdição, punido com multa (art. 334, § 8o, CPC). 
 
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AÇÃO RESCISÓRIA 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Wallace acabou de ajuizar ação rescisória com o objetivo de desconstituir 
sentença de mérito transitada em julgado, sob o argumento de que 
descobrira que a mesma havia sido proferida por juízo impedido. 
Distribuído o feito no tribunal, o relator da ação determinou que Wallace 
procedesse com um depósito prévio equivalente a 5% (cinco por cento) do 
valor da causa. Considerando que o autor não cumpriu com a providência 
determinada pelo relator, é correto afirmar: 
a) a petição inicial será indeferida e o processo extinto sem resolução de mérito. 
b) o relator deverá levar o caso para ser apreciado pelo colegiado quando, só 
então, se decidirá pela extinção do processo sem resolução de mérito. 
c) o processo seguirá normalmente, haja vista que o exercício do direito de ação 
não está condicionado ao depósito de qualquer valor. 
d) o relator deverá julgar, monocraticamente, a improcedência do pedido da ação 
rescisória. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. Nos termos do artigo 968, II, CPC, a petição 
inicial da ação rescisória deverá conter a prova do depósito prévio de 5% (cinco 
por cento) do valor da causa, o qual será revertido em proveito da parte contrária 
acaso a ação seja julgada, por unanimidade de votos, inadmissível ou 
improcedente. Caso aludido depósito não seja efetuado, a petição será 
indeferida, consoante dispõe o artigo 968, § 3o, CPC. 
 
Marcos foi condenado, nos autos da ação de cobrança, a pagar a Vitalino 
a importância de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Após o trânsito em 
julgado da decisão, Marcos descobre a existência de documento novo 
capaz de, por si só, lhe assegurar pronunciamento favorável na causa. 
Dada a narrativa acima, indique a medida judicial adequada a ser utilizada 
por Marcos para se eximir do pagamento previsto na condenação: 
a) interpor recurso de apelação em face da sentença. 
b) ajuizar ação rescisória. 
c) Marcos poderá ajuizar nova ação de cobrança, para que, agora na qualidade 
de autor, possa conseguir a condenação de Vitalino. 
d) considerando que já houve o trânsito em julgado, Marcos deverá cumprir com 
o pagamento previsto na condenação. 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. A questão trata de um típica hipótese de 
ação rescisória, fundada no artigo 966, VII, CPC (obtiver o autor, posteriormente 
ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde 
fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável). 
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PARTES E PROCURADORES: RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR 
DANO PROCESSUAL 
 
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1. No curso de processo judicial em que figura como réu, Paulo suscita a 
instauração de incidente de falsidade de documento que contém a sua 
assinatura e que fora juntado por seu adversário, Jorge. Considerando que 
Paulo tem plena consciência de que o documento é verdadeiro e que foi 
por ele assinado, assinale a alternativa correta: 
a) verificado que Paulo ocasionou incidente infundado, o juiz não poderá 
condená-lo por litigância de má-fé, uma vez que é faculdade da parte exercer a 
sua defesa por todos os meios colocados à sua disposição. 
b) caso seja verificada a má-fé de Paulo, o mesmo poderá ser condenado ao 
pagamento de multa, não sendo, porém, admissível a sua condenação a 
indenizar eventual prejuízo da parte adversária, por ausência de disposição 
legal. 
c) caso seja verificada a litigância de má-fé de Paulo, o juiz poderá condená-lo 
ao pagamento de multa bem como de indenização por eventual prejuízo causado 
ao seu adversário. 
d) verificada a má-fé de Paulo, o mesmo poderá ser condenado apenas pelos 
prejuízos causados ao seu adversário, não sendo cabível aplicação de multa. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. A questão trata de um típica hipótese de 
litigância de má-fé, fundada no artigo 80, VIII, CPC (provocar incidente 
manifestamente infundado). Ressalte-se que, de ofício ou a requerimento, o juiz 
condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por 
cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários 
advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
 
2. Tadeu foi condenado em processo judicial por litigar de má-fé. Todavia, 
o magistrado optou por não aplicar-lhe multa, uma vez que o valor da causa 
era irrisório. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
a) o magistrado agiu incorretamente, uma vez que o valor da multa poderia ser 
fixado em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. 
b) não caberia a fixação de multa, mas apenas a condenação em indenização 
de eventuais prejuízos causados ao adversário de Tadeu. 
c) o magistrado agiu incorretamente, uma vez que o valor da multa é invariável 
e independe do valor da causa. 
d) a multa por litigância de má-fé somente poderia ter sido fixada mediante 
requerimento da parte. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. Havendo litigância de má-fé, o juiz 
condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por 
cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários 
advocatícios e com todas as despesas que efetuou (art. 81, CPC). Quando o 
valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 
(dez) vezes o valor do salário-mínimo (Art.81, § 2º, CPC). 
 
 
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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: O CHAMAMENTO AO PROCESSO 
 
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1. Mateus foi demandado em ação de cobrança por ter sido fiador de sua 
sogra, Francisca. Considerando que Mateus pretende trazer Francisca para 
o processo, com o objetivo de exigir dela a dívida por inteiro acaso venha 
a ser condenado e pague a dívida, assinale a providência judicial a ser 
adotada pelo mesmo: 
a) denunciação da lide 
b) chamamento ao processo 
c) nomeação à autoria 
d) oposição 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “B”. Segundo os termos do artigo 130, I, CPC, 
caberá o chamamento ao processo do afiançado quando o fiador for réu. 
Ressalte-se que sentença de procedência valerá como título executivo em favor 
do réu (fiador) que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do 
devedor principal. 
 
2. Marcos, Patrícia e Júlia são fiadores em dada relação jurídica. Carlos, 
credor, ajuizou ação de cobrança em face de Júlia, tendo em vista o 
inadimplemento da obrigação. Dada a situação hipotética, é correto 
afirmar: 
a) caso pague a dívida, Júlia poderá exigir dos demais fiadores, no mesmo 
processo, a quota na proporção que lhes tocar, desde que proceda com o 
chamamento ao processo. 
b) Júlia não poderá proceder com o chamamento ao processo dos demais 
fiadores, uma vez que a dívida poderá ser cobrada de qualquer deles. 
c) a sentença que condenar Júlia ao pagamento da dívida servirá de título 
executivo para que a mesma, através de ação autônoma, possa exigir dos 
demais fiadores a sua respectiva quota. 
d) Júlia poderá alegar a ilegitimidade de parte, uma vez que a dívida somente 
poderia ter sido cobrada conjuntamente dos fiadores. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “a”. Tendo havido chamamento ao processo, 
a sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que 
satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, 
ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar (art. 
132, CPC). 
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MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
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1. Considerando a presença de interesse de incapaz em dada demanda 
judicial, o magistrado determinou a intimação do representante do 
Ministério Público para acompanhar o feito na condição de fiscal da ordem 
jurídica. É certo afirmar que, no processo em questão, o membro do 
ministério público: 
a) poderá produzir provas, mas não poderá recorrer. 
b) terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do 
processo. 
c) terá prazo em dobro para manifestar-se nos autos, exceto para recorrer. 
d) terá prazo em dobro para manifestar-se nos autos, desde que o processo seja 
eletrônico. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. Nos casos de intervenção como fiscal da 
ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá vista dos autos depois das partes, 
sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá produzir provas, 
requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. Ademais, o Ministério 
Público gozará de prazos em dobro para suas manifestações, nos termos do 
artigo 180, CPC. 
 
2. André impetrou mandado de segurança para impugnar ato de autoridade 
pública que feriu direito líquido e certo seu. Após prestadas as informações 
pela autoridade coatora, o juiz determinou que o membro do ministério 
público emitisse opinativo no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, a teor 
do disposto na lei do mandado de segurança (Lei 12.016/09). O membro do 
MP que atuava no caso solicitou ao magistrado que o prazo fosse contado 
de forma dobrada, uma vez que o Código de Processo Civil lhe garante a 
prerrogativa de contagem dobrada para todas as suas manifestações. Dada 
a situação hipotética, assinale a alternativa correta: 
a) o membro do MP está correto, de modo que o magistrado deverá lhe conceder 
o prazo em dobro. 
b) o membro do MP está correto, mas o magistrado poderá restringir a dobra de 
prazo acaso haja urgência a ser tratada no processo. 
c) o membro do MP está errado, uma vez que não se aplica a prerrogativa de 
prazo dobrado quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para 
o MP. 
d) o membro do MP está errado, pois o ministério público não tem prerrogativa 
de prazo dobrado para sua manifestação, independente da espécie de processo 
e procedimento. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Não se aplica o benefício da contagem em 
dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o 
Ministério Público (art. 180, § 2º, CPC). Assim, tendo sido fixado prazo específico 
para o MP pela Lei do mandado de segurança, não haverá que se aplicar o prazo 
em dobro. 
. 
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TUTELA DE EVIDÊNCIA 
 
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1. Findo o contrato de depósito entre Álvaro e Joaquim, este último negou-
se em devolver o bem custodiado. Assim, Álvaro resolve ajuizar ação 
fundada em prova documental adequada do contrato de depósito, 
requerendo a devolução do bem. Dada a situação hipotética, é correto 
afirmar: 
a) não é possível determinar a entrega provisória do bem ao autor sem a oitiva 
do réu, sob pena de ferir o direito ao contraditório. 
b) a entrega provisória do bem estará condicionada à prova da urgência. 
c) o juiz poderá determinar, liminarmente, a ordem de entrega do objeto 
custodiado. 
d) a entrega do bem somente poderá ser feita ao final, após o trânsito em julgado 
da decisão. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Trata-se de hipótese de tutela de 
evidência, prevista no artigo 311, do CPC. Aponta a lei: “Art. 311. A tutela da 
evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...); III - se tratar de 
pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, 
sob cominação de multa;(...)”. A letra “a” está errada, uma vez que o deferimento 
de tutela de evidência na referida hipótese NÃO depende de prévia oitiva do réu, 
de modo que poderá ser deferida liminarmente (art. 311, parágrafo único). Já a 
letra “b” está incorreta, uma vez que o deferimento de tutela de “evidência” NÃO 
depende de urgência. 
 
2. Aroldo acaba de ajuizar ação de revisão contratual em face de “Alfa 
financeira”, sob o fundamento de que a taxa de abertura de crédito cobrada 
no contrato seria abusiva. Conclusos os autos, o magistrado percebeu que 
as alegações de fato já estavam provadas por documentos e havia tese 
firmada em julgamento de casos repetitivos no sentido de que a taxa tinha, 
de fato, natureza abusiva. Dada a situação hipotética, é correto afirmar: 
a) o juiz poderá conceder a tutela de evidência, desde que o réu seja 
previamente ouvido. 
b) o juiz poderá conceder a tutela de evidência, desde que fique demonstrado o 
perigo de dano. 
c) o juiz poderá conceder a tutela de evidência, independentemente da 
demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
d) não há possibilidade de concessão de medida provisória antes da ouvida do 
réu, sob pena de lesão ao princípio do contraditório. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. Trata-se de hipótese de tutela de 
evidência, prevista no artigo 311, do CPC. Aponta a lei: “Art. 311. A tutela da 
evidência seráconcedida, independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...); II - as alegações de 
fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada 
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;(...)”. A letra “a” 
está errada, uma vez que o deferimento de tutela de evidência na referida 
hipótese NÃO depende de prévia oitiva do réu, de modo que poderá ser deferida 
liminarmente (art. 311, parágrafo único). Já a letra “b” está incorreta, uma vez 
que o deferimento de tutela de “evidência” NÃO depende de urgência. 
 
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RESPOSTA DO RÉU 
 
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1. Antônio Marcos ajuizou ação indenizatória em face de Francisco 
alegando prejuízos em virtude da destruição de parte da plantação de suas 
terras por animais pertencentes ao réu e que teriam ultrapassado o cercado 
que separa os imóveis. Regularmente citado, Francisco procura um 
advogado e esclarece que, na verdade, ele é funcionário (caseiro) da 
propriedade, a qual pertence a Agenor, seu empregador. Dada a situação 
hipotética, é correto afirmar: 
a) o réu poderá efetuar o chamamento ao processo, trazendo o seu empregador 
para a relação processual. 
b) o réu poderá alegar a sua ilegitimidade através de petição específica, a ser 
apresentada no prazo da contestação. 
c) incumbe a réu Francisco, ao alegar sua ilegitimidade na preliminar de 
contestação, indicar quem deva ser o sujeito passivo do processo, sob pena de 
arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos 
decorrentes da falta de indicação. 
d) Na condição de caseiro, Francisco é responsável pelos prejuízos causados, 
de modo que não pode alegar a sua ilegitimidade. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “c”. A questão trata de típica hipótese de 
“nomeação à autoria”. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar 
o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, 
sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos 
prejuízos decorrentes da falta de indicação (art. 339, CPC). 
 
2. Após colisão de veículos, Raimundo resolve ajuizar ação indenizatória 
em face de Tiago. Regularmente citado, Tiago disse ao seu advogado que, 
na verdade, Raimundo foi o causador do acidente, uma vez que conduziu 
o veículo sem respeitar o semáforo que estava no “vermelho”. 
Considerando que Tiago deseja obter a reparação dos prejuízos que alega 
ter, assinale a alternativa correta: 
a) Tiago poderá pedir a reparação, desde que o faça apenas através de ação 
própria. 
b) Tiago poderá, na contestação, propor reconvenção para manifestar a sua 
pretensão indenizatória. 
c) Tiago poderá apresentar reconvenção, desde que o faça em peça autônoma, 
a ser processada em autos apartados. 
d) Caso Raimundo queira desistir da ação ajuizada, eventual reconvenção 
apresentada por Tiago será extinta, uma vez que o acessório segue o principal. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a letra “b”. A questão trata de típica hipótese de 
“reconvenção”. É que, na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para 
manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento 
da defesa (art. 343, CPC). Conforme o disposto no aludido artigo, a reconvenção 
deverá ser apresentada na própria contestação e não em peça autônoma. 
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RECURSOS (ASPECTOS GERAIS) 
 
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Quanto aos recursos, é incorreto afirmar que: 
a) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e 
pelo Ministério Público, salvo quando atuar como fiscal da ordem jurídica. 
b) O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, 
a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o 
Ministério Público são intimados da decisão. 
c) O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição 
do recurso. 
d) contra os despachos não cabe recurso. 
 
Comentários: A alternativa incorreta é a letra “a”. O ministério Público tem 
legitimidade para recorrer tanto nos processos em que é parte quanto naqueles 
em que atua como fiscal da ordem jurídica (art. 996, CPC). As alternativas “b”, 
“c” e “d” estão corretas, na conformidade, respectivamente, dos artigos 1.003, 
caput, 1.003,§ 6º e artigo 1.001 do CPC. 
 
Acerca dos recursos, assinale a opção correta: 
a) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e 
pelo Ministério Público, exceto quando funcionar como fiscal da ordem jurídica. 
b) o recorrente poderá, a qualquer tempo, desistir do recurso, desde que haja 
anuência do recorrido. 
c) o recolhimento do porte de remessa e de retorno, no processo em autos 
eletrônicos, será comprovado no momento do protocolo do recurso. 
d) o recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o 
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, 
na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena 
de deserção. 
 
Comentários: A alternativa correta é a letra “d”. O recorrente que não 
comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, 
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu 
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (art. 
1.007, § 4º CPC). A letra “a” está errada, pois o Ministério Público tem 
legitimidade para recorrer tanto nos processos em que é parte quanto naqueles 
em que atua como fiscal da ordem jurídica (art. 996, CPC). A alternativa “b”, está 
errada, tendo em vista que a desistência do recurso independe de anuência do 
requerido (art. 998, CPC). A alternativa “c” está errada, pois não há recolhimento 
do porte de remessa e de retorno em autos eletrônicos. 
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APELAÇÃO 
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(FGV - Exame de Ordem) Mariana propôs ação com pedido condenatório 
contra Carla, julgado improcedente, o que a levou a interpor recurso de 
apelação ao Tribunal de Justiça, objetivando a reforma da decisão. Após a 
apresentação de contrarrazões por Carla, o juízo de primeira instância 
entendeu que o recurso não deveria ser conhecido, por ser intempestivo, 
tendo sido certificado o trânsito em julgado. 
Intimada dessa decisão mediante Diário Oficial e tendo sido constatada a 
existência de um feriado no curso do prazo recursal, não levado em 
consideração pelo juízo de primeira instância, Mariana deverá 
 
A) interpor Agravo de Instrumento ao Tribunal de Justiça, objetivando reverter o 
juízo de admissibilidade realizado em primeiro grau. 
B) ajuizar Reclamação ao Tribunal de Justiça, sob o fundamento de usurpação 
de competência quanto ao juízo de admissibilidade realizado em primeiro grau. 
C) interpor Agravo Interno para o Tribunal de Justiça, objetivando reverter o juízo 
de admissibilidade realizado em primeiro grau. 
D) interpor nova Apelação ao Tribunal de Justiça reiterando as razões de mérito 
já apresentadas, postulando, em preliminar de apelação, a reforma da decisão 
interlocutória, que versou sobre o juízo de admissibilidade. 
Questão 57 
Comentários: Apesar do recurso de Apelação ser interposto perante o juízo de 
primeiro grau, o juízo de admissibilidade hoje é feito pelo tribunal, de acordo com 
o disposto no artigo 1.010, § 3o, CPC. Assim, considerando que, no caso em tela, 
houve usurpação de competência, cabível será a apresentaçãodo instrumento 
da Reclamação como forma de preservar a competência do tribunal, tudo nos 
termos do artigo 998, I, CPC. 
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AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
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Em um processo físico que observa o rito comum, o juiz profere decisão 
interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em 
questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano 
grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu 
prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de interposição 
contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do 
pedido de reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos 
advogados que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com 
todas as peças obrigatórias que irão formar o instrumento do agravo. 
Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos 
autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do 
comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos 
que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. 
Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da 
consequência processual decorrente. 
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera 
faculdade do agravante. 
b) Não será admitido o agravo de instrumento. 
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, 
o exercício do juízo de retratação pelo magistrado. 
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato 
processual manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser 
sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito. 
 
Comentário: Contra as decisões interlocutórias previstas no artigo 1.015, CPC, 
caberá agravo de instrumento. De acordo com o disposto no artigo 1.018, caput 
e § 2o do CPC, o agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos 
autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do 
comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que 
instruíram o recurso. O descumprimento de tal exigência, desde que arguido e 
provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. 
 
 
 
José Almeida, advogado na cidade de Brasilândia, MS, pretende interpor 
agravo de instrumento contra uma decisão proferida pelo juízo da 5ª Vara 
Cível desta cidade: 
a) O recurso será intempestivo se for interposto antes do início da contagem do 
prazo. 
b) É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo 
em autos eletrônicos. 
c) O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, apenas se 
distintos ou opostos os seus interesses. 
d) Não há mais peças obrigatórias no recurso de agravo de instrumento. 
 
Comentário: A resposta é encontrada na letra “b”, ou seja, não há 
necessidade de recolhimento do porto de remessa e de retorno em autos 
eletrônicos (art. 1.007, §3º, CPC). A alternativa “A” está errada, pois o ato 
processual é considerado tempestivo se realizado antes do início do prazo (art. 
218, § 4º, CPC).

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