Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CASO CLÍNICO Paciente, sexo masculino, 28 anos, com queixa de dor lombar iniciada há alguns anos com piora progressiva nos últimos 4 meses. Relata que a dor piora ao acordar e melhora com atividade física. Relata também rigidez em região lombar pela manhã. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Espondilite anquilosante. RESULTADO DOS EXAMES Tomografia Computadorizada de bacia: achados compatíveis com sacroileíte bilateral, com evidências de anquilose. HLA-B27: positivo INTRODUÇÃO As principais funções dos linfócitos T são erradicar infecções por microrganismos intracelulares e ativar outras células, como macrófagos e linfócitos B Os antígenos são capturados a partir de seu sítio de entrada e concentrados nos órgãos linfoides periféricos (secundários), ao longo dos quais as células T naive circulam constantemente Microrganismos e outros antígenos mais frequentemente entram no corpo através das superfícies revestidas por epitélio, na interface com o ambiente externo Como o sistema imune gera um amplo número de clones de linfócitos, cada um dos quais com especificidade diferente, há pouquíssimas células T e B naive específicas para um antígeno qualquer. Esse pequeno número tem de conseguir localizar o antígeno estranho O mecanismo que resolve esse problema é um sistema especializado para capturar um antígeno a partir de seu sítio de entrada ou produção e leva-lo para os órgãos linfoides ao longo dos quais as células T naive circulam. As células que capturam antígenos e os exibem aos linfócitos T são chamadas células apresentadoras de antígeno (APCs) Os linfócitos T reconhecem e respondem aos antígenos célula- associados e não aos antígenos solúveis livres de célula. A tarefa de exibir antígenos associados a uma célula do hospedeiro para serem reconhecidas por células TCD4+ e TCD8+ é realizada por proteínas especializadas chamadas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), as quais são expressas nas superfícies das células do hospedeiro As moléculas do MHC também exibem antígenos de diferentes compartimentos celulares a diferentes classes de células T, de forma a garantir que o tipo “correto” de célula T reconheça o tipo de microrganismo que a célula T melhor elimina As moléculas do MHC exercem papel decisivo na segregação dos antígenos internalizados oriundos do meio externo versus antígenos produzidos dentro das células, e os exibe a diferentes populações de células T PROPRIEDADES DOS ANTÍGENOS RECONHECIDOS PELOS LINFÓCITOS T A maioria dos linfócitos T reconhece apenas peptídeos curtos, enquanto as células B podem reconhecer peptídeos, proteínas dobradas intactas, ácidos nucleicos, carboidratos, lipídeos e pequenos compostos químicos Como resultado, as respostas imunes mediadas pelas células T em geral são induzidas por antígenos proteicos estranhos, enquanto as respostas imunes humorais são induzidas por antígenos proteicos e não proteicos Os receptores antigênicos das células TCD4+ e TCD8+ são específicos para os antígenos peptídicos exibidos pelas moléculas de MHC A função das moléculas do MHC é se ligar e exibir peptídeos para o reconhecimento pelas células TCD4+ e TCD8+. O reconhecimento do MHC também é requerido para a maturação destas células T, de forma a garantir que as células T maduras sejam restritas para reconhecimento apenas de moléculas do MHC ligadas a antígenos. As moléculas do MHC podem se ligar e exibir peptídeos, e não outros tipos de moléculas, sendo por isso que as células TCD4+ e TCD8+ reconhecem peptídeos Uma única célula T pode reconhecer um peptídeo específico exibido por apenas uma em meio a um amplo número de diferentes moléculas do MHC existentes. Esse fenômeno é chamado restrição do MHC. Há também duas classes de moléculas do MHC, chamadas de classe I e de classe II. As células TCD4+ reconhecem peptídeos exibidos pelo MHC de classe II, enquanto as células TCD8+ reconhecem peptídeos exibidos pelo MHC de classe I INTERAÇÃO MHC-PEPTÍDEO E TCR O peptídeo precisa interagir com o MHC e com o receptor, a partir de regiões distintas O resíduo polimórfico do MHC interage, também, com o receptor da célula T, que é muito específico CAPTURA DO ANTÍGENO E AS FUNÇÕES DAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO Uma etapa decisiva na indução de uma resposta de célula T consiste na apresentação do antígeno aos linfócitos T feita por outras células, as quais foram denominadas células apresentadoras de antígenos O termo APC continua sendo usado como referência a células especializadas que exibem antígenos a linfócitos TCD4+. Todas as células nucleadas podem exibir antígenos peptídicos aos linfócitos TCD8+, porém nem todas são chamadas APCs PROPRIEDADES GERAIS DAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO (APCs) Diferentes tipos celulares atuam como células apresentadoras de antígeno para ativar células T naive ou células T efetoras previamente diferenciadas As células dendríticas (DCs) são as APCs mais efetivas para ativação de células T naive e, portanto, para iniciar as respostas de células T Os macrófagos e linfócitos B também atuam como APCs, todavia principalmente para as células T auxiliares CD4+ previamente ativadas, em vez de células T naive DCs, macrófagos e linfócitos B expressam moléculas do MHC classe II e outras moléculas envolvidas na estimulação de células T, sendo, portanto, capazes de ativar linfócitos TCD4+ As células apresentadoras de antígeno exibem complexos peptídeo-MHC para serem reconhecidas pelas células T e também fornecem estímulos adicionais que são requeridos para respostas integrais de células T. O antígeno é o principal sinal, e esses estímulos extras às vezes são chamados de segundos sinais As moléculas ligadas à membrana das APCs que atuam junto com os antígenos para estimular células T são chamadas coestimuladores. As APCs também secretam citocinas que exercem papéis decisivos na diferenciação das células T naive em células efetoras A função de apresentação de antígeno das APCs é intensificada pela exposição aos produtos microbianos DCs e macrófagos expressam receptores do tipo Toll e outros sensores microbianos, e respondem aumentando a expressão de moléculas do MHC e coestimuladores, de forma a melhorarem a eficiência da apresentação antigênica, e ativando as APCs a produzirem citocinas que ajudam a estimular as respostas de células T As células apresentadoras de antígeno que apresentam antígeno para células T também recebem sinais de volta desses linfócitos, os quais intensificam a função de apresentação antigênica das APCs A combinação das células TCD4+ com as APCs resulta em habilidade aumentada de processar e apresentar antígenos, expressão aumentada de coestimuladores e secreção de citocinas que ativam células T. Essa interação bidirecional entre as APCs exibindo o antígeno e os linfócitos T reconhecendo o antígeno atua como uma alça de feedback positivo que tem papel importante na maximização da resposta imune PAPEL DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS NA CAPTURA E EXIBIÇÃO DO ANTÍGENO Microrganismos e antígenos proteicos que entram através dos epitélios são concentrados nos linfonodos, enquanto os antígenos transportados pelo sangue são capturados principalmente no baço. As DCs são as células mais capacitadas para capturar, transportar e apresentar antígenos para células T. As rotas comuns pelas quais os antígenos estranhos (p. ex.: microrganismos) entram em um hospedeiro são a pele e os epitélios dos sistemas gastrintestinal e respiratório. Em adição, os antígenos microbianos podem ser produzidos em qualquer tecido que tenha sido colonizado ou infectado por um microrganismo. As DCs clássicas estão presentes na maioria dos epitélioslocalizados na interface com o ambiente externo, como a pele e os tratos gastrintestinal e respiratório, bem como nos tecidos, e são enriquecidas nos órgãos linfoides Alguns antígenos são transportados na linfa pelas APCs (primariamente, DCs), as quais os capturam e entram nos vasos linfáticos, enquanto outros antígenos entram nos linfáticos na forma livre de células. As células dendríticas residentes nos epitélios e tecidos capturam antígenos proteicos. As DCs usam esses receptores para capturar e endocitar microrganismos ou proteínas microbianas e, então, processam as proteínas ingeridas em peptídeos capazes de se ligar a moléculas do MHC. Além da endocitose mediada por receptor e da fagocitose, as DCs podem ingerir antígenos por pinocitose, um processo que não envolve receptores de reconhecimento específico, mas que serve para internalizar quaisquer moléculas que possam estar na fase fluida nas vizinhanças das DCs. Simultaneamente, porém de modo independente da apresentação de antígeno, as células dendríticas são ativadas pelos produtos microbianos e amadurecem em APCs potentes que transportam antígenos capturados até os linfonodos drenantes As DCs são ativadas por esses sinais e por citocinas, como o fator de necrose tumoral (TNF), produzidas em resposta aos microrganismos. As DCs ativadas perdem sua adesividade pelos epitélios ou tecidos e começam a expressar um receptor de quimiocina Essas quimiocinas atraem as DCs que contêm antígenos microbianos para dentro dos linfáticos drenantes e, por fim, para dentro das zonas de célula T dos linfonodos regionais. A colocalização das DCs ativadas contendo antígeno e das células T naive maximiza a probabilidade de células T com receptores para o antígeno encontrarem esse antígeno A ativação também converte as células dendríticas do estado de células cuja função primária é capturar antígeno para o estado de células capazes de apresentar antígenos para células T naive e ativar os linfócitos. Na ausência de infecção ou inflamação, as DCs clássicas capturam antígenos nos tecidos, mas não produzem altos níveis de citocinas e coestimuladores requeridos para induzir respostas imunes efetivas. A função dessas DCs pode ser apresentar autoantígenos para células T autorreativas e, dessa forma, causar inativação ou morte das células T ou gerar células T reguladoras. Esses mecanismos são importantes para a manutenção da autotolerância e prevenção da autoimunidade As DCs residentes nos linfonodos e no baço podem capturar antígenos transportados pela linfa e pelo sangue, respectivamente, e também podem ser direcionadas para a maturação por produtos microbianos Uma vez dentro dos condutos, os antígenos de baixo peso molecular podem ser extraídos pelas DCs cujos processos se interdigitam por entre asFRCs. Outros antígenos presentes no seio subcapsular são captados pelos macrófagos que os transportam para dentro dos folículos e os apresentam às células B residentes. As células B no linfonodo também podem reconhecer e internalizar antígenos solúveis As superfícies das mucosas dos sistemas gastrintestinal e respiratório, além de serem drenadas por capilares linfáticos, contêm coleções especializadas de tecido linfoide secundário que pode amostrar diretamente os conteúdos luminais desses órgãos para detectar a presença de material antigênico. Dentre esses órgãos linfoides de mucosa, os mais bem caracterizados são as placas de Peyer do íleo e as tonsilas faríngeas As APCs presentes no baço monitoram a corrente sanguínea para detectar quaisquer antígenos que alcancem a circulação. Esses antígenos podem chegar ao sangue diretamente a partir dos tecidos, ou através da linfa oriunda do ducto torácico. Várias propriedades das DCs as tornam as APCs mais eficientes para iniciar respostas primárias de células T: I: As DCs estão estrategicamente localizadas em sítios de entrada comuns de microrganismos e antígenos estranhos nos epitélios II: As DCs expressam receptores que as capacitam a capturar e responder aos microrganismos III: As DCs migram a partir dos epitélios e tecidos via linfáticos, preferencialmente para dentro das zonas de células T nos linfonodos, e os linfócitos T naive também circulam pelas mesmas regiões dos linfonodos IV: DCs maduras expressam altos níveis de complexos peptídeo-MHC, coestimuladores e citocinas, todos necessários à ativação dos linfócitos T naive OBS: Na pele, elas são chamadas de células de Langerhans FUNÇÃO DE OUTRAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO Nas respostas imunes celulares, os macrófagos apresentam os antígenos de microrganismos fagocitados para células T efetoras que respondem ativando os macrófagos para que destruam os microrganismos ingeridos. Esse processo é central à imunidade mediada por células As células T CD4 + reconhecem antígenos microbianos apresentados pelos macrófagos e fornecem sinais que intensificam as atividades microbicidas destes macrófagos. Nas respostas imunes humorais, os linfócitos B internalizam antígenos proteicos, a partir da endocitose, e apresentam peptídeos derivados destas proteínas às células T auxiliares. Essa função de apresentação de antígenos das células B é essencial à produção de anticorpo dependente de célula T auxiliar OBS: Outros tipos celulares que expressam moléculas do MHC de classe II e podem apresentar antígenos para as células T incluem as células endoteliais e algumas células epiteliais, a exemplo das tímicas. As células endoteliais vasculares podem apresentar antígenos a células T sanguíneas que aderem às paredes vasculares, e esse processo pode contribuir para o recrutamento e ativação de células T efetoras em reações imunes mediadas por células. MHC É um conjunto de genes altamente polimórficos (que variam) que expressam proteínas que se alojam na superfície celular GENES DA RESPOSTA IMUNE Foi descoberto que os genes do MHC tinham importância fundamental para todas as respostas imunes a antígenos proteicos Os genes relevantes foram chamados genes de resposta imune (Ir) e estavam todos localizados no MHC. Hoje, sabe-se que os genes Ir na verdade são os genes de MHC codificadores das moléculas do MHC, que diferem quanto à habilidade de se ligar e exibir peptídeos derivados de vários antígenos proteicos. As linhagens responsivas, que podem montar respostas imunes a um antígeno polipeptídico particular, herdam alelos de MHC cujos produtos se ligam a peptídeos derivados desses antígenos e formam complexos peptídeo-MHC que podem ser reconhecidos pelas células T auxiliares. Essas células T, então, ajudam as células B a produzirem anticorpos. As linhagens não responsivas expressam moléculas do MHC incapazes de se ligar a peptídeos derivados do antígeno polipeptídico e, portanto, são linhagens incapazes de gerar células T auxiliares ou anticorpos específicos para o antígeno O FENÔMENO DA RESTRIÇÃO DO MHC As células T devem ser específicas não somente para o antígeno, como também para as moléculas do MHC, e o reconhecimento antigênico pela célula T é restrito pelas moléculas do MHC que a célula T “enxerga”. Estudos subsequentes estabeleceram que o reconhecimento de antígenos por CTLs CD8 + é restrito por moléculas do MHC de classe I, enquanto as respostas dos linfócitos T CD4 + aos antígenos são restritas por moléculas do MHC de classe II. GENES DO MHC O locus do MHC contém dois tipos de genes de MHC polimórficos: os genes de MHC de classe I e de classe II, que codificam dois grupos de proteínas estruturalmente distintas, porém homólogas; e outros genes não polimórficos, cujos produtos estão envolvidos na apresentação de antígenos.. Os polimorfismos se referem às variações em um geneentre os indivíduos de uma população não consanguínea. As moléculas do MHC de classes I e II polimórficas são aquelas com função de exibir antígenos peptídicos para o reconhecimento pelas células T CD8 + e CD4 + , respectivamente. As moléculas não polimórficas codificadas no MHC não apresentam peptídeos para reconhecimento pela célula T Os genes do MHC são expressos de modo codominante em cada indivíduo. Dito de outro modo, para determinado gene do MHC, cada indivíduo expressa os alelos herdados de ambos os pais. Para o indivíduo, isso maximiza o número de moléculas do MHC disponíveis para se ligarem a peptídeos para apresentação às células T. LOCI DOS GENES DO MHC Existem três genes de MHC de classe I, chamados HLA-A, HLA-B e HLA-C, os quais codificam três tipos de moléculas do MHC de classe I com os mesmos nomes. Existem três loci genéticos de HLA classe II, chamados HLA-DP, HLA-DQ e HLA-DR. Os locis DP, DQ e DR em cada cromossomo contêm genes separados designados A e B, que codificam as cadeias α e β, respectivamente. OBS: Dentro de DP, há uma sequência de nucleotídeos que codifica uma proteína. Caso um desses nucleotídeos seja modificado, há o polimorfismo em DP, que também pode existir em DR e em DQ EXPRESSÃO DE MOLÉCULAS DO MHC Como as moléculas do MHC são necessárias para a apresentação dos antígenos aos linfócitos T, a expressão dessas proteínas em uma célula determina se antígenos estranhos (p. ex.: microbianos) presentes nessa célula serão reconhecidos pelas células T As moléculas de classe I são expressas em praticamente todas as células nucleadas, enquanto as moléculas de classe II são expressas apenas em células dendríticas, linfócitos B, macrófagos, células epiteliais tímicas e em outros poucos tipos celulares A expressão de moléculas do MHC é aumentada pelas citocinas produzidas durante as respostas imunes inata e adaptativa. Embora as moléculas de classe I sejam constitutivamente expressas em células nucleadas, sua expressão é aumentada pelos interferons do tipo I, IFN-α e IFN-β A expressão de moléculas de classe II é regulada por citocinas e outros sinais em diferentes células A expressão de moléculas de classe II aumenta em respostas a sinais oriundos dos receptores do tipo Toll em resposta a componentes microbianos, promovendo, assim, a exibição de antígenos microbianos: ligação entre as imunidades inata e adaptativa. Os linfócitos B expressam constitutivamente moléculas de classe II e podem aumentar essa expressão em resposta ao reconhecimento antigênico e às citocinas produzidas pelas células T auxiliares, intensificando assim a apresentação antigênica para as células auxiliares. O IFN-γ pode ainda aumentar a expressão de moléculas do MHC em células endoteliais vasculares e outros tipos celulares não imunes A taxa de transcrição é o principal determinante dos níveis de síntese e expressão de moléculas do MHC na superfície celular. Vários fatores de transcrição podem ser montados e se ligarem a uma proteína chamada ativador de transcrição de classe II (CIITA), que é membro da família de receptores do tipo NOD. O complexo inteiro, então, liga-se ao promotor de classe II e promove a transcrição eficiente do gene Mutações em CIITA ou em fatores de transcrição associados foram identificadas como causa de doenças de imunodeficiência humana associadas à expressão defeituosa de moléculas do MHC. Dentre esses distúrbios, o mais bem estudado é a síndrome do linfócito nu PROPRIEDADES GERAIS DAS MOLÉCULAS DO MHC Todas as moléculas do MHC compartilham certas características estruturais essenciais ao seu papel na exibição do peptídeo e no reconhecimento do antígeno pelos linfócitos T. I: Cada molécula de MHC tem uma única fenda de ligação peptídeo, mas pode se ligar a diversos peptídeos diferentes II: Complexos peptídeo-MHC são estáveis e possuem meias-vidas longas que variam de horas a dias III: É reduzido o número de peptídeo- MHC que é capaz de ativar os LT MOLÉCULAS DO MHC DE CLASSE II Os segmentos aminoterminais α1 e β1 das cadeias de classe II interagem para formar a fenda de ligação ao peptídeo, a qual é estruturalmente similar à fenda das moléculas de classe I. Ambos os domínios, α2 e β2, das moléculas de classe II, contribuem para uma concavidade que acomoda uma protrusão da proteína CD4, permitindo assim que a ligação ocorra A molécula de MHC de classe II totalmente montada é um trímero, consistindo em uma cadeia α, uma cadeia β e um peptídeo antigênico ligado. A expressão estável da molécula de classe II nas superfícies celulares requer a presença de todos os três componentes do complexo OBS: O MHC I somente é completo com cadeia alfa, onde se dá a interação com o antígeno, e com cadeia beta
Compartilhar