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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA - FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ÍSIS OHANA FOGEL E CARNEIRO PCC – Prática como Componente Curricular Educação Inclusiva Petrópolis, 09 de Abril de 2022. 1. INTRODUÇÃO O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A escola para todos, se constrói. No entanto, só se concretiza se os intervenientes envolvidos neste processo, em particular os professores, se sintam capazes de responder adequadamente ao desafio que a diferença representa. É necessário querer fazer e acreditar que é possível construir uma escola e, obviamente, uma sociedade, onde todos têm um lugar. No que diz respeito à atitude para a inclusão, significa que a escola além de proporcionar aos alunos um espaço comum, tem que proporcionar também oportunidades, para que façam aprendizagens significativas. O que só é possível se aceitarmos que a diferença não é necessariamente impeditiva de aprendizagem e que todos aprendemos com os outros. A escola inclusiva provaca mudanças relativamente à atitude com que a perspectivamos, que pode determinar o sucesso ou o insucesso dos alunos. A prática pedagógica que a escola deve desenvolver, deve ter a colaboração de todos os colaboradores que intervêm no espaço. Principalemente devido quando as situações são mais complexas, pois devem implementar projetos de modo a garantir uma resposta a mais adequada possível aos alunos que carecem dela. A inclusão é muito mais do que compartilhar o mesmo espaço físico, embora se aceite facilmente que a escola é um lugar que proporciona interação de aprendizagens significativas a todos os seus alunos, não é fácil gerencia-las, principalmente quando alguns têm problemáticas complexas, ou quando os recursos são insuficientes e quando a própria sociedade está ainda longe de ser inclusiva. Com isso, as escolas que deveriam ser, apenas, salas de recursos, se tornam recursos particularmente úteis para “albergar” indiferenciadamente aqueles que por qualquer razão, se desviam da norma. De acordo com a série “Saberes e práticas da inclusão”, publicado pelo Ministério da Educação: O que se afigura de maneira mais expressiva ao se pensar na viabilidade do modelo de escola inclusiva para todo o país no momento é a situação dos recursos humanos, especificamente dos professores das classes regulares, que precisam ser efetivamente capacitados para transformar sua prática educativa. A formação e a capacitação docente impõem-se como meta principal a ser alcançada na concretização do sistema educacional que inclua a todos, verdadeiramente (BRASIL, 2003, p. 24). 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Promova campanhas de inclusão escolar O esclarecimento e a comunicação efetiva são as melhores formas de combater eventuais impactos negativos no processo de inclusão. É natural que alguns alunos possam ter dificuldades em lidar com outras crianças e jovens portadores de deficiência, especialmente se não estão acostumados com esse tipo de socialização. Por isso, as campanhas de inclusão são essenciais para a erradicação do preconceito e o estímulo à integração mútua. Ciclos de debates, palestras e visitas a instituições assistenciais são algumas das formas de os estudantes compreenderem a realidade dos portadores de deficiência e se sentirem receptivos às novas amizades. 2.2. Conheça as necessidades de cada aluno É importante a integração de uma equipe multidisciplinar para o acompanhamento e diagnóstico de cada aluno portador de deficiência. Essa é a principal forma de a escola conhecer as necessidades individuais e proporcionar um trabalho efetivo que complemente (ou suplemente) um ambiente especializado no atendimento. Além disso, é tão importante quanto o diálogo com a família deve ser permanente, a fim de que seja possível intercambiar as experiências e informações acerca desses alunos. Trata-se de um trabalho ininterrupto e totalmente flexível, de acordo com as conquistas e desafios a vencer. 2.3. Projeto de Planejamento Educativo Planejamento Educativo Nome do Projeto: Inclusão Social na Escola Nesta exposição será abordada a importância do respeito às diferenças na escola, com a intencionalidade de se construir uma escola mais inclusiva. O aluno poderá refletir sobre os aspectos fisiológicos, psicológicos e Tema a ser trabalhado: sociais que interferem no processo da inclusão de pessoas com necessidades especiais. Período em que o projeto será trabalhado A atividade terá duração de aproximadamente 03 (três) aulas. Séries ou anos que serão contemplados pelo projeto: 7º ano do Ensino Fundamental Objetivos do projeto: Objetivo de verificar a política de inclusão e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino. Objetivo geral: Discutir sobre as mudanças necessárias na escola para que a inclusão se estabeleça efetivamente; Objetivos específicos: Reconhecer que toda pessoa tem direito à educação, independentemente de gênero, etnia, deficiência, idade, classe social ou qualquer outra condição. Justificativa do projeto: Este material foi elaborado como requisito de avaliação final da oficina "Apoio ao uso dos recursos de portais educacionais na prática pedagógica”. Metodologia Estratégica As estratégias utilizadas serão o uso da TV Multimídia, apresentação de vídeos e trechos de filmes, e o uso do texto relacionado ao tema: Saberes e práticas da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. Após a leitura do texto, os alunos assistirão ao trecho do filme Simples como amar - Deficiência intelectual/superproteção, disponível na página da TV Multimídia, a fim de iniciar discussões sobre a necessidade de estimular a independência e a autonomia de pessoas que apresentam alguma deficiência para além de sentimentos como pena e superproteção, apostando na http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/escola_inclusivas.pdf http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/escola_inclusivas.pdf http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12553 http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12553 capacidade de superação delas. Os alunos serão divididos em equipes para debaterem a seguintes questões: • Sobre o que aborda o filme? • Como a mãe vê a deficiência da filha? Na sequência, os alunos assistirão ao vídeo Crianças com necessidades especiais , que fala da importância e dos benefícios da convivência com crianças portadoras de necessidades especiais. Sobre esse vídeo, os questionamentos propostos para os grupos serão: • O que vocês acham que é necessário para que a escola seja acessível a todos? • Qual sua proposta para a construção de uma escola mais inclusiva? Por fim, assistirão ao vídeo Onde você guarda o seu racismo, a partir do qual farão um paralelo entre os conteúdos desse vídeo com o do anterior, entendendo que a inclusão social engloba vários fatores. Avaliação das atividades realizadas: A avaliação será realizada em todos os momentos por meio da participação nas discussões, na apresentação de trabalhos e nas atividades desenvolvidas durante a aula. O professor deve observar se o aluno compreendeu a importância de se respeitar as diferenças existentes entre as pessoas, abolindo qualquer tipo de segregação ou discriminação, promovendo a valorização da diversidade cultural e a superação da desigualdade etnico-racial. Referências:BARRETO, Ângela Maria R. F. A educação infantil no contexto das políticas públicas. Revista Brasileira de Educação, Brasília, n. 24, p. 53 a 65, dez. 2003. CARVALHO, Rosita Edler. Integração e inclusão: do que estamos falando? In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Salto para o futuro: tendências atuais. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 1999. (Texto distribuído em Seminário sobre inclusão, Seed, Curitiba-PR, 1999) http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12859 http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12859 http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12997 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitas vezes esses alunos deficientes são deixados a margem pelo simples fato do preconceito existente em nossa sociedade, a partir do momento que começou a ser instalado o processo de inclusão, essa realidade vem se modificando a passos lentos, é claro. Mas muito ainda pode ser feito no sentido de envolver todos por um só objetivo, a igualdade de direito e bem coletivo. A maneira de avaliar o desenvolvimento dos alunos precisa se modificar para torna-se coerente com as demais inovações propostas. A avaliação coerente com uma educação inclusiva acompanha o percurso e o desenvolvimento, a evolução das competências de cada educando. Portanto, os tipos de avaliação vigente com o intuito apenas de classificação, devem ser reestudados e melhorados, para garantir uma forma mais adequada de avaliar aos alunos com alguma deficiência. Avaliar é buscar dados para compreender o processo de aprendizagem e aperfeiçoar a prática pedagógica. A avaliação deve ser dinâmica, contínua, observando o processo de aprendizagem dos alunos, dificuldades e progressos. A escola precisa modernizar-se no sentido de melhorar sua estrutura e sua organização para tornarem-se realmente inclusiva. Os educadores e gestores precisam de cursos de capacitação para melhorar seus conhecimentos em relação à Educação Inclusiva, ou seja, buscar o verdadeiro sentido de uma educação para todos. Portanto, a Educação Inclusiva deve deixar de ser apenas em sonho distante e torna-se uma realidade precisa, que se enfrente a luta e se criem mecanismos para assegurar aos portadores de necessidades especiais os seus direitos a cidadania, contribuindo para aceitação destes no âmbito escolar, com planejamento consciente e responsável de sua inclusão. Então, a luta deve seguir com o foco, pela concretização dos direitos de cidadania tanto para os deficientes, quanto para a população em geral. 4. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. 2. ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. (Série Saberes e práticas de inclusão). CARVALHO, Rosita Edler. Integração e inclusão: do que estamos falando? In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Salto para o futuro: tendências atuais. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 1999. (Texto distribuído em Seminário sobre inclusão, Seed, Curitiba-PR, 1999). http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/escola_inclusivas.pdf http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/escola_inclusivas.pdf
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