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Gabarito_Português_Módulo19_9ano

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PRATICANDO O APRENDIZADO
1 Leia a seguir exemplos de construções textuais marca-
das pela informalidade cotidiana. Reescreva as senten-
ças de acordo com o registro formal da língua.
a) Maior corre-corre no meu trampo hoje, mas firmão.
Muita correria no meu trabalho hoje, mas tudo bem.
b) Maria, larga de ser mamadeira e arruma um trampo.
Maria, deixe de ser acomodada e arrume um emprego.
c) Tô zarpando fora da festa.
Estou indo embora da festa.
d) Tô indo resolver as tretas da minha mina.
Estou indo resolver os problemas de minha namorada.
2 Com uma das opções entre parênteses, complete a 
frase com a palavra que melhor se adapta ao contex-
to de informalidade.
a) Partiu encontrar os amigos na festa 
hoje? (vamos/partiu)
b) Hoje eu quero ir ao barraco de Pe-
dro. (condomínio/barraco)
c) Nossa, mãe! Ontem eu me meti em 
cada problema! (me meti/tive)
d) Meus parças devem chegar mais 
cedo hoje. (parças/amigos)
e) Meus tios perguntaram se a galera fará home-
nagem aos acidentados. (turma/galera)
Leia o texto 1 para responder às questões 3 a 5.
Texto 1
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e 
correspondem a sistemas e subsistemas adequados às ne-
cessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua 
fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de va-
lores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das ca-
racterísticas das suas diversas modalidades [...]. A língua 
padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas va-
riedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque 
atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de 
uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função 
coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna 
uma ponderável força contrária à variação.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís Lindley. Nova gramática do português 
contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 4-5. 
3 De acordo com o texto, explique o motivo pelo qual 
a língua padrão é a variedade mais prestigiada de um 
idioma.
A língua que segue a norma-padrão alcança maior valor por ser vista 
como o ideal linguístico de uma comunidade.
4 Com base no estudo deste módulo e na leitura do tex-
to anterior, responda: Qual é o impacto social gerado 
quando se considera a norma -padrão como única va-
riedade correta da língua?
O preconceito linguístico torna-se uma realidade nociva que segrega 
os falantes.
5 Qual é o registro do texto apresentado: formal ou infor-
mal? Ele segue a norma-padrão? Justifique sua resposta.
O texto tem registro formal e é construído em total acordo com as 
regras gramaticais, ou seja, com a variedade de prestígio, seguindo a 
norma-padrão.
Leia o texto 2 para responder às questões 6 a 8.
Texto 2
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6 Levando em consideração o texto do anúncio no carri-
nho, responda: O texto segue a norma-padrão? Justifi-
que sua resposta.
Não. O texto apresenta desvios da norma-padrão: fazida seria feita;
em vez de pida, seria peça; a palavra tapioca não leva acento gráfico;
em lugar de quebra queicho, seria quebra-queixo. 
7 Quanto ao processo comunicativo, esse texto cumpre 
sua função? O que ele transmite?
Sim. O texto anuncia a venda de quebra-queixo e tapiocas feitas
na hora.
8 Reescreva o anúncio de acordo com a realidade comu-
nicativa que você vive.
Resposta pessoal. Sugestão: Tapioca feita na hora. Quem não pediu
peça./Tapioca feita na hora e quebra-queixo.
APLICANDO O CONHECIMENTO
Conheça mais um poema de Oswald de Andrade. 
Baseie -se nele para resolver as questões 1 a 5.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
ANDRADE, Oswald de. Pronominais. 
In: Obras completas 7 – Poesias reunidas. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 1971. p. 125.
1 O poeta sai em defesa de uma nova perspectiva de 
língua. Em que consiste sua defesa?
Ele defende uma língua de caráter popular.
2 Nesse texto, o poeta vale-se de um desvio da norma-
-padrão para reafirmar a defesa de um novo modo de 
se expressar. Qual seria o desvio presente no texto?
A posição do pronome oblíquo, que foi alterada no último verso.
3 Em relação à posição do pronome oblíquo nas frases, 
nota-se uma diferença entre o que é prescrito pela 
norma -padrão e o uso popular. Explique essa afirmação.
Pela norma-padrão, o pronome oblíquo não pode iniciar frases; 
assim, o normativo é o que ocorre no primeiro verso do poema, em 
que o pronome me aparece depois do verbo. Já o uso popular é o 
que ocorre no último verso, em que o pronome é colocado no início 
da frase, desobedecendo às regras gramaticais.
4 Considerando-se a oposição norma-padrão 3 uso popular, 
no poema em questão, o poeta opta por uma das formas 
de manifestação linguística. Qual delas ele privilegia?
Ele privilegia a manifestação popular.
5 Para defender a manifestação que ele privilegia, o eu 
lírico utiliza uma palavra em particular, que diferencia 
a gramática do falante, ressaltando aquela que tem sua 
preferência. Qual seria o termo que marca a sua defesa? 
Classifique-o.
O termo bom para se referir ao “bom negro” e ao “bom branco”. 
Trata-se de um adjetivo.
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7 A resposta do rapaz que assiste à televisão é que produz 
o humor da tirinha. Explique essa afirmação. 
O humor decorre da resposta do rapaz, que não entende a pergunta
como “Está tudo bem?” e nega estar assistindo a um filme; ele diz 
que está assistindo a um jogo de futebol, pois entende que a palavra
firme foi empregada no lugar de filme, representando a substituição
de fonemas própria das variantes interioranas do Sul e Sudeste do Brasil.
8 Como se sabe, em tirinhas, a linguagem verbal e a não 
verbal dialogam para criar um contexto. Explique de que 
maneira o aspecto não verbal estabelece uma relação 
com o modo de falar dos personagens.
A caracterização dos personagens, que usam chapéu de palha, e
o mato na boca do personagem que está em pé representam o
estereótipo caipira. A linguagem verbal confirma tal estereótipo, já
que a reprodução escrita é uma tentativa de reafirmar a ideia de que
são personagens ditos caipiras.
Leia a charge abaixo e responda às questões 6 a 8.
6 Na charge, qual é o sentido da palavra firme? Explique 
sua resposta.
A palavra firme pode significar bem, tranquilo, como uma forma dialetal 
para a pergunta “Está tudo bem?”, e é com esse sentido que a 
palavra é empregada no texto. 
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DESENVOLVENDO HABILIDADES
O texto a seguir é um trecho de Macunaíma, o herói 
sem nenhum caráter (1928), do escritor modernista Mário 
de Andrade. A certa altura da obra, o personagem principal, 
Macunaíma, nascido negro, passa por uma transformação 
em águas mágicas, que mudam a cor de sua pele, passan-
do a ser branco. Seus dois irmãos, que o acompanhavam, 
também sofrem transformações. Leia o texto e responda 
às questões a seguir.
[...] Mas a água era encantada porque aquele buraco na 
lapa era marca do pezão do Sumé, do tempo em que andava 
pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira. Quan-
do o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos 
azuizinhos, água lavara o pretume dele. E ninguém não se-
ria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos 
Tapanhumas.
Nem bem Jiguê percebeu o milagre, se atirou na marca do 
pezão do Sumé. Porém a água já estava muito suja da negrura 
do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando 
água pra todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze 
novo. Macunaíma teve dó e consolou:— Olhe, mano Jiguê, branco você ficou não, porém pretu-
me foi-se e antes fanhoso que sem nariz.
Maanape então é que foi se lavar, mas Jiguê esborrifara toda 
a água encantada pra fora da cova. Tinha só um bocado lá no 
fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das 
mãos. Por isso ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas. 
Só que as palmas das mãos e dos pés dele são vermelhas por te-
rem se limpado na água santa. Macunaíma teve dó e consolou:
— Não se avexe, mano Maanape, não se avexe não, mais 
sofreu nosso tio Judas.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem 
nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989. p. 30.
1 O autor faz uso recorrente de marcas de oralidade em 
seu texto. Trata-se de uma maneira de despertar o olhar 
dos leitores para outras formas de escrever, diferentes 
da norma-padrão. Assinale a opção em que a transcri-
ção de passagens do texto está marcada pela oralidade:
a) quando o herói saiu do banho/Macunaíma teve dó 
e consolou.
b) ninguém não seria capaz mais de indicar/atirando 
água pra todos os lados.
c) as palmas das mãos e dos pés dele são tão vermelhas 
por terem se limpado na água santa.
d) Maanape é que então foi se lavar.
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2 Tendo em vista o discurso marcado pela oralidade, po-
de-se inferir que:
a) a obra de Mário de Andrade se apresenta como uma 
afronta ao tradicionalismo da língua.
b) Macunaíma valoriza a linguagem ligada ao período 
clássico da literatura.
c) o autor se opõe a uma linguagem moderna literária.
d) a obra recria a linguagem erudita, exaltando-a.
3 Como é possível observar no fragmento, Macunaíma 
era negro, indígena e torna-se branco no final. Seu 
irmão Maanape continua negro, mas com as palmas 
das mãos e dos pés vermelhas. Outro irmão, Jiguê, fica 
moreno. Assim, a obra faz alusão à história da formação 
nacional brasileira, pois:
a) demonstra a relação branco e índio na colonização 
do país.
b) exibe a relação branco e escravo com a chegada do 
navio negreiro.
c) explora miscigenação brasileira por meio da tríade: 
portugueses, índios e negros.
d) ressalta a catequização como forma de construção 
racial do Brasil.
4 O autor de Macunaíma faz uso de marcas de oralidade 
na escrita da narrativa ao mesmo tempo que propõe 
uma visão sobre a própria formação do Brasil. Sobre 
isso, é possível afirmar que a obra:
a) propõe que a língua brasileira é formada por erros 
de português.
b) reflete que o português do Brasil é diferente do 
português de Portugal porque aqui as pessoas es-
tudam menos.
c) ressalta que só fala o português brasileiro quem não 
estuda.
d) ressalta a pluralidade da cultura brasileira e a define 
como uma soma de diversas origens. 
ANOTAÇÕES
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