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Relatório Final_Bruna Sandrelle_PIVIC_2019

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UMA CASA PARA ENVELHECER: Avaliação da qualidade espacial de 
residências para pessoas idosas. 
Bruna Sandrelle Correia Lopes1; Miriam de Farias Panet2 
 
RESUMO 
O Cidade madura é um programa de habitação de interesse social, proposto pelo 
governo do Estado da Paraíba através da lei Nº 11.260/2018, que destina às pessoas 
idosas, moradia digna, equipamentos de apoio, convivência e lazer. O presente artigo 
tem como objetivo avaliar a capacidade do espaço de facilitar a adaptação das 
pessoas idosas ao novo ambiente residencial, a partir da observação de sua ocupação 
espacial e da interação pessoa-ambiente. Para tanto, utilizou-se dos métodos e 
técnicas da Avaliação pós-ocupação (APO) no levantamento de dados em campo. A 
partir dos resultados obtidos foi possível sugerir a relação do tipo de ocupação com a 
sensação de pertencimento, como também, a possibilidade de adequação do 
mobiliário próprio dos moradores, que alguns ambientes oferecem. De modo geral, 
entende-se que há satisfação por parte dos moradores, apesar de compreender que 
algumas questões poderiam ser repensadas, para melhorar a qualidade de vida 
dessas pessoas. 
Palavras chaves: pessoas idosas; residencial; avaliação Pós-Ocupação. 
ABSTRACT 
Cidade Madura is a social housing programme estabilished by the state of Paraíba 
through state legislation no. 11.260/2018 and it is designed to provide housing, 
socialization, leisure and support equipment for older people. The main purpose of this 
article is to evaluate how this new residential environment facilitates adaptation for the 
elderly based on the observation of how they occupy and interact with the space. To 
collect data in field, Post Occupancy Evaluation (POE) methods and techniques were 
used. After analyzing the obtained results it was possible to suggest the correlation 
between the type of occupancy held by the residents and the sense of belonging to 
new spaces, also the possibility of rearrengement of their previous owned furniture 
 
1 Graduanda em Arquitetura e Urbanismo, UAEC, UFCG, Campina Grande - PB, e-mail: 
brunasandrellecl@gmail.com 
2 Doutora em Arquitetura e Urbanismo pelo PPGAU/UFRN, professora Adjunta d do curso de 
Arquitetura e Urbanismo, UAEC/UFCG, Campina Grande - PB, e-mail: panetmiriam@ufcg.edu.br 
 
provided by some settings. Overall, there is a feeling of satisfaction among the 
residents, despite noticing several design issues that could have been better thought 
of. 
Keywords: Elderly people; residential; Post Occupancy Evaluation. 
 
1. INTRODUÇÃO 
No passado, quando as famílias eram maiores, os mais velhos assumiam a condição 
de conselheiros e viviam em suas próprias casas cercados por familiares. Na 
atualidade, as condições dessa população, principalmente nos centros urbanos, estão 
muito mudadas. Primeiro, a pessoa idosa vive mais e, por essa razão, está propensa 
a passar mais tempo que o esperado aos cuidados de familiares. Esses, por sua vez, 
já não dispõem de tanto tempo para tais cuidados. As mulheres, que tradicionalmente 
eram as cuidadoras, entram cada vez mais cedo no mercado de trabalho e conquistam 
rapidamente sua independência (PERLINI ET AL., 2007). Nessa realidade restam 
apenas duas opções para a pessoa idosa: mudar para instituições que ofereçam 
cuidados especiais e segurança ou permanecer sozinha em sua própria casa. 
Apesar de muitos não terem escolha, mudar para uma instituição asilar significa 
perder a independência e a autonomia. Deixar o lar para morar em uma instituição é 
descrito, pela gerontologia, como um sentimento de perda e arrependimento seguido 
muitas vezes por um quadro clínico de depressão (GROGER, 1995, APUD 
TOMASINI; ALVES, 2007). Para essas pessoas, os estabelecimentos raramente são 
vistos com bons olhos, pois representam a ruptura do convívio social e o abandono 
do lar – entende-se aqui como o abandono não apenas à casa, mas ao convívio com 
a vizinhança, à autonomia nas atividades da vida diária e aos hábitos pessoais. 
Por esta razão, o caráter único de assistência social atribuído aos asilos tem 
sido questionado. Com o aumento da população de pessoas idosas faz-se necessário 
mais que apenas abrigar, mas oferecer também assistência à saúde. Assim, a 
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia sugeriu o termo Instituições de Longa 
Permanência para Idosos – ILPI – com o intuito de expressar as novas funções dessas 
instituições. Por essa ótica, “entende-se ILPI como uma residência coletiva, que 
atende tanto idosos independentes, em situação de carência de renda e/ou de família, 
 
quanto aqueles com dificuldades para o desempenho das atividades diárias, que 
necessitem de cuidados prolongados” (CAMARANO; KANSO, 2010). 
O conceito de ILPI tem passado por reformas a partir da organização de equipes 
multidisciplinares como médicos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos, 
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Contudo, infelizmente, essas “inovações” 
ainda acontecem de forma muito tímida (TOMASINI; ALVES, 2007), como poderemos 
conferir a seguir. 
Os estabelecimentos de moradia assistida, por exemplo, criados por Wilson 
(2000) baseiam-se na composição de três modelos: (a) residencial model, para o 
componente residencial; (b) hotel model, para uma abordagem hospitaleira dos 
serviços e (c) model consumer, para os cuidados de saúde. Esses estabelecimentos 
possuem atributos de uma residência particular, como espaços privados e mobiliários 
de propriedade do idoso. A moradia assistida seria a composição de ambientes 
residenciais, hoteleiros e de saúde. “Com a moradia assistida, como ficou conhecido 
o conceito de Wilson, a meta era que ninguém se sentisse institucionalizado” 
(GAWANDE, 2015). 
Na Paraíba, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras, Guarabira, 
Sousa e Patos, foi desenvolvido pelo governo estadual, o Programa Cidade Madura, 
com um conceito muito semelhante aos estabelecimentos de moradia 
assistida. Segundo a Companhia Estadual de Habitação Popular – CEHAP - o 
programa Cidade Madura é um projeto pioneiro no Brasil. Trata-se de um condomínio 
residencial planejado para atender às necessidades das pessoas idosas. O projeto, 
semelhante entre as cinco cidades, conta com 40 unidades habitacionais. Cada 
unidade possui os seguintes cômodos: terraço, sala integrada estar/jantar, quarto, 
banheiro, cozinha e área de serviço. Nas áreas comuns, pelo projeto arquitetônico, é 
previsto uma praça com espaço para horta comunitária; uma pista de caminhada; um 
centro de vivência; uma unidade de saúde composta por: um consultório médico e 
odontológico, uma sala de curativos, enfermaria e sala de repouso para plantonista. 
Partindo do princípio de que o processo de projeto não deveria ser linear (projeto> 
construção> ocupação> uso, operação, manutenção), mas cíclico 
(projeto>construção> ocupação> uso, operação, manutenção> avaliação pós-
ocupação> projeto...), onde a avaliação de todo o processo e sua retroalimentação 
 
possa contribuir com os "avanços teórico-conceituais" (ORNSTEIN, WALBE, 2017), 
busca-se avaliar o projeto do condomínio residencial Cidade Madura, destinado 
exclusivamente para pessoas idosas, do ponto de vista da relação pessoa-ambiente, 
de forma a entender como se dá a adaptação do indivíduo à estas instalações, uma 
vez que, o mesmo projeto arquitetônico, com algumas alterações devido às 
particularidades dos terrenos, é repetido em diversas cidades do estado da Paraíba. 
Assim, considerando que os novos moradores são oriundos de vidas anteriores 
distintas, com seu próprios hábitos e anseios, pretende-se avaliar a capacidade do 
espaço construído de facilitar a adaptação das pessoas idosas ao novo ambiente 
residencial a partir da observação da ocupação física do espaço e da interação 
pessoa-ambiente, na casas do condomínio residencial Cidade Madura, localizado em 
Campina Grande/PB. 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
A pesquisadesenvolveu-se ao longo de três etapas principais: (i) pesquisa 
bibliográfica, acerca do tema, e desenvolvimento da metodologia de levantamento de 
dados; (ii) estudo observacional: coleta de dados em campo a partir dos seguintes 
métodos e técnicas de Avaliação Pós-ocupação – APO: (a) entrevista estruturada, (b) 
formulário de observação (c) levantamento físico dos espaços e (d) metodologia Q; 
(iii) tabulação dos dados e análise dos resultados. A seguir tem-se a apresentação 
dos métodos de coleta e análise de dados. 
Na entrevista estruturada, “as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas, e 
se realizam de acordo com um formulário elaborado, efetuado de preferência com 
pessoas selecionadas de acordo com um plano.’’ (LAKATOS e MARCONI, 2003, 
p.195). O formulário aplicado com os moradores do Cidade Madura, para a entrevista 
estruturada, foi dividido em 6 temas principais (quadro 1), totalizando 36 questões, 
sendo 33 fechadas, de múltipla escolha, e 3 questões abertas, gravadas em áudio 
para posterior transcrição. 
Do universo existente de 40 casas, 25 compõem o tamanho amostral. Este número 
reduzido de participantes ocorreu pela ausência dos moradores em suas casas, ou 
por optarem pelo direito de não participar. Em alguns poucos casos, o entrevistado 
tinha idade inferior a 60 anos, tratando-se, portanto, do cônjuge do idoso, e por causa 
da idade os dados não foram computados. 
 
 
Quadro 1- Temas do formulário aplicados com os moradores 
TEMA OBJETIVO 
Caracterização do público-alvo Investigar aspectos socioeconômicos dos entrevistados. 
Localização Investigar a inserção do condomínio na cidade. 
Relações interpessoais Investigar a relação de comunidade entre os moradores. 
 Unidade habitacional Investigar aspectos qualitativos e quantitativos sobre o espaço físico da 
residência e a relação pessoa ambiente. 
Assistência Investigar a relação da administração do condomínio com os 
condôminos. 
Moradia anterior Investigar a relação dos idosos com a residência anteriores. 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
O formulário de observação foi desenvolvido como método de observação 
sistemática, onde o ‘’observador sabe o que procura e o que carece de importância 
em determinada situação;’’ (LAKATOS e MARCONI, 2003, p.193). Nele foram 
investigados a relação pessoa-ambiente e vínculo com a casa, analisando assim, a 
existência de elementos religiosos, fotografias ou coleções de objetos, além de 
conferir possíveis intervenções na edificação e vestígios comportamentais. 
O levantamento físico dos espaços ocorreu durante as entrevistas e preenchimento 
dos formulários, e contou com o auxílio da planta impressa da unidade habitacional 
para elaboração de croquis dos arranjos internos das residências, desenhando os 
móveis em suas respectivas posições e proporções. Os desenhos foram, 
posteriormente, digitalizados no Software AutoCAD (2019) para facilitar a análise de 
áreas e dimensionamentos. 
A metodologia Q foi criada na década de 30 do século passado, pelo inglês William 
Stepheson, físico e psicólogo interessado em encontrar recursos para estudar a 
subjetividade de alguns objetos de estudo presentes em diferentes áreas e contextos, 
incluindo os contextos pessoal e vivencial. Esta metodologia foi posteriormente 
desenvolvida nos EUA por Steven Brown, com um aperfeiçoamento significativo no 
que diz respeito à investigação empírica nas áreas das ciências sociais e humana. 
(Watts & Stenner, 2005a, 2005b). 
Na metodologia Q, é selecionada uma série de frases sobre um determinado assunto 
a fim de compreender alguma pergunta específica, atitudes, crenças, etc. 
Posteriormente, é definido um grupo, público alvo, que classificará essas frases entre 
dois extremos: os números negativos representam questões irrelevantes, o zero 
representa a neutralidade, e os números positivos as questões relevantes, 
preenchendo assim um tabuleiro, como mostra a figura 1. 
 
Figura 1 – Tabuleiro usado como instrumento na metodologia Q. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
A quantidade de pessoas participantes não precisa ser, necessariamente, muito 
grande, mas é ideal que haja uma grande quantidade de frases, pois a metodologia 
Q, objetiva investigar a saturação das opções para aquele determinado assunto. Para 
a pesquisa no Cidade Madura, foram selecionadas 25 frases (Quadro 2) para a 
aplicação do método. 
Quadro 2 – Frases usadas na metodologia Q. 
TEMAS FRASES 
 
UNIDADE 
HABITACIONAL 
1. A casa é nova; 
2. O banheiro tem barras de apoio; 
3. O tamanho da casa facilita a faxina; 
4. Posso organizar os móveis como eu quiser; 
5. O tamanho da casa é para no máximo duas pessoas; 
 
 
SUBJETIVAS 
6. Essa casa me lembra minha antiga casa; 
7. É possível criar pássaros aqui; 
8. Temos o nosso próprio jardim e quintal; 
9. Aqui não é um asilo; 
10. O acompanhante só pode ser o marido ou a esposa; 
 
 
CONDOMÍNIO 
11. Existem espaços de lazer: redário, horta, academia, centro de vivência; 
12. Os espaços de lazer são administrados pelo condomínio; 
13. Aqui tem segurança 24 horas; 
14. Existem regras de convivência; 
15. Cada profissional de saúde vem 1 vez na semana; 
16. Aqui não tem atendimento médico; 
17. Aqui eu não pago aluguel, só uma taxa de R$50,00 
 
ENTORNO 
18. O horário de visita é até 22 horas; 
19. Tem um ponto de ônibus na frente do condomínio; 
20. Posso entrar e sair do condomínio a hora que eu quiser; 
21. O condomínio fica distante do centro da cidade; 
 
RELAÇÕES 
INTERPESSOAIS 
22. Existem atividades coletivas; 
23. O centro de vivência é um ponto de encontro; 
24. Aqui só podem morar idosos, não existem pessoas de outras idades; 
25. Posso contar com a ajuda dos meus vizinhos. 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
A análise dos dados foi organizada em três categorias temáticas: (i) dados 
socioeconômicos: análise gráfica da frequência relativa dos dados dos participantes, 
tais como: sexo, idade, renda familiar, estado civil, tempo de moradia, escolaridade, 
ocupação e origem; (ii) solução espacial: análise das soluções espaciais dos 
ambientes, como dimensionamento mínimo desejável, organização espacial do 
mobiliário, áreas obstruídas, disposição de fluxos e padrões e/ou preferências nas 
 
configurações espaciais. Essa análise foi feita através do cruzamento dos dados 
obtidos no levantamento físico com as informações encontradas no código de obras 
da cidade de Campina Grande e das recomendações de Boueri (2014), além do uso 
do método Klein, considerando os problemas funcionais e econômicos das 
habitações (FOLZ, 2008). (iii) relação pessoa-ambiente: cruzamento dos dados das 
variáveis. 
O método Klein foi desenvolvido por Alexander Klein (1980), “no propósito de 
estabelecer uma possibilidade de julgamento preciso e científico’’ (MINDLIN, 
Henrique, 1938, p.40), avaliando os problemas funcionais e econômicos das 
habitações (FOLZ, 2008). Segundo MINDLIN (1938), esse método comporta uma 
investigação preliminar e exame gráfico. Na investigação preliminar, é possível 
observar dados numéricos, como áreas e relação entre estas, que geram coeficientes 
como por exemplo o efeito de habitação (relação entre o somatório das áreas da sala 
e dormitórios e área coberta), além disso são avaliadas características higiênicas, 
técnicas e estéticas da habitação, gerando uma ‘’nota/valor’’, que avalia a qualidade 
do projeto. Já o exame gráfico que investiga de forma minuciosa as características 
primárias de um projeto, são determinados ‘’I – Pela sua eficiência na comunicação 
das peças (organização dos percursos); II – Pela concentração de áreas livres; III – 
Pelas semelhanças geométricas e ligações dos vários elementos da planta; IV – pelo 
fracionamento das áreas de paredes e diminuição do espaço’’ (MINDLIN, Henrique, 
1938, p.41). 
O presente trabalho fará uso da análise gráfica, quanto a organização dos percursos 
e concentração de áreas livres, nospermitindo conferir que “a garantia da qualidade 
habitacional depende da organização do ambiente interno, sendo relevante considerar 
as dimensões da unidade, a distribuição das funções nas plantas, as circulações, a 
disposição do mobiliário, os espaços para atividades, bem como a relação que a 
organização desses espaços desenvolve com seus usuários”(MACEDO, 2018). 
A análise por concentração de áreas livres estuda como o arranjo da mobília resulta 
no favorecimento ou prejuízo de um projeto, uma vez que a alocação da configuração 
interna resulta em áreas não ocupadas que podem estar concentradas, possibilitando 
boas áreas de passagens, ou fragmentadas, ou até mesmo inacessíveis, ‘’áreas 
mortas’’. Segundo Roméro e Ornstein (2013), há um índice inversamente proporcional 
ás áreas livres, cujo estudo favoreceria a análise da funcionalidade de um projeto, 
 
sendo este o índice de obstrução (I.O)3 por cômodo, correspondendo ao percentual 
de área ocupada por mobiliário e equipamentos em relação à área para utilização dos 
mesmos e para circulação, isto é, área útil.4 
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
3.1 Caracterização do Residencial Cidade Madura 
O residencial Cidade Madura é resultado de um Programa Habitacional estabelecido 
pelo Estado da Paraíba através da lei Nº 11.260/2018, cujo intuito é viabilizar o acesso 
da pessoa idosa à moradia digna e equipamentos para convivência social e lazer, 
estando o programa sob responsabilidade da Secretaria de Estado do 
Desenvolvimento Humano (SEDH) e da Companhia Estadual de Habitação Popular 
(CEHAP). Foram implantados pelo programa quatro residenciais em municípios 
diferentes no estado da Paraíba: João Pessoa (2014), Campina Grande (2015), 
Cajazeiras (2016), Guarabira (2017), Sousa (2018) e Patos (2018). 
É destinado para pessoas com mais de sessenta anos de idade, com capacidade: 
para sustentar-se financeiramente, com renda mínima de 25% do salário mínimo; e 
para autocuidado, sendo definido pelo programa como a aptidão para atender às 
próprias necessidades no que diz respeito à manutenção da saúde como higiene, 
nutrição, lazer, etc. Segundo o regimento do programa, cada residente tem direito a 
morar com apenas um acompanhante, sendo este seu cônjuge ou companheiro. 
O condomínio analisado está implantado na cidade de Campina Grande – PB (Figura 
2), em área periférica, no bairro do Ligeiro, a cerca de 10km de distância do centro 
principal da cidade, com acesso pela rua José de Sousa Cavalcanti. O entorno é 
caracterizado pela presença de terrenos vazios, uso predominantemente residencial, 
pouca oferta de equipamentos e serviços e poucas conexões com a malha urbana 
(DE AZEVÊDO, 2019), sendo a principal pela BR 104. Nessas condições, a maioria 
dos residentes do condomínio são obrigados a deslocar-se para o centro, com 
frequência, a fim de realizar atividades cotidianas como ir ao banco, padaria ou 
mercado. 
 
3 O índice igual a 1,0, representaria obstrução completa do ambiente, logo, quanto mais próximo de 1,0, maior 
será a obstrução do ambiente. 
4 Constitui-se na área marcada pelo perímetro interno dos ambientes, desconsiderando paredes. 
 
Figura 2 - Diagrama com inserção do Cidade Madura em Campina Grande 
 
Fonte: modificado de SEPLAN (2011). 
São oferecidas 40 unidades habitacionais, e de acordo com a diretriz proposta pelos 
autores do projeto, as unidades convergem para a área comum (Figura 03), devendo 
funcionar como lugar de encontro, caminhada, lazer e exercícios físicos, a partir da 
implantação de equipamentos como: praça, academia ao ar livre, redário, horta 
comunitária, Centro de Vivência e Núcleo de Saúde (Figura 3). Os residentes devem 
pagar Taxa mensal de Manutenção do Condomínio (TMC) no valor de R$: 50,00, 
referente aos gastos com os equipamentos de uso comum. 
Figura 3 - Zoneamento do condomínio Cidade Madura. 
 
Fonte: modificado de CEHAP (2012). 
 
Figura 4 – Quadra, unidade habitacional, núcleo de saúde, horta e academia ao ar livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: AZEVEDO, V. (2019) 
 
Figura 5 – Centro de vivência e redário. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria Própria. 
3.2 Caracterização da Unidade Habitacional - Cidade Madura 
As unidades habitacionais são geminadas, em alvenaria de tijolos cerâmicos, com 
telhado em duas águas com telha canal cerâmica. Possuem área total de 54m² cada, 
e contam com: terraço, sala integrada estar/jantar, quarto, cozinha, área de serviço e 
banheiro. Todas as unidades possuem jardim frontal e lateral, além de quintal, sendo 
o cultivo e cuidado dos mesmos a cargo dos moradores. Não é permitido aos 
residentes alterar de qualquer maneira as fachadas ou estruturas físicas das unidades 
habitacionais, cabendo reparos menores, como trocas de lâmpadas, consertos de 
torneiras, fechaduras, sifões, etc, aos próprios moradores e a manutenção estrutural 
 
das unidades e área comum a cargo da CEHAP por meio de pagamento de Taxa de 
Arrendamento Social (TAS). 
A figura 6 e a tabela 1, apresentam a proposta de layout do projeto original e o 
detalhamento de dimensões, fluxos, áreas úteis e índices de obstrução, 
respectivamente. 
Figura 6 – Plantas baixas da proposta original. 
 
Fonte: adaptado de CEHAP (2012). 
A partir da planta baixa pode-se observar a disposição de mobiliários mínimos 
em cada ambiente, e curiosamente cama de solteiro no dormitório, mesmo com o 
regimento do programa, permitindo ao residente o direito de morar com um 
acompanhante, sendo este seu cônjuge ou companheiro. Mesmo não dispondo do 
mobiliário adequado para um casal, que ocuparia mais espaço, o quarto ainda é o 
ambiente com maior índice de obstrução. 
Tabela 1 – Dados físicos da unidade habitacional com o índice de obstrução de cada ambiente. 
 Largura 
(m) 
Comprimento 
(m) 
Área Útil* 
(m²) 
Área Ocupada por 
mobiliário (m²) 
Índice de 
Obstrução** 
Terraço 2,60 2,95 7,66 0,00 0,00 
Sala 3,85 3,45 13,45 2,97 0,22 
Quarto 2,80 2,50 7,15 2,74 0,38 
WC 2,15 2,50 5,52 0,97 0,17 
Cozinha 2,60 1,80 4,84 1,57 0,32 
Área de Serv. 1,35 2,50 3,55 0,68 0,19 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
* Para a área útil de cada ambiente, está contabilizado o valor de uma soleira, referente ao respectivo ambiente. 
** Índice de Obstrução (IO): calculado a partir da razão entre a área ocupada pelo mobiliário e a área útil da 
unidade, onde o índice (1.00) representa a ocupação máxima da unidade. 
 
De acordo com o Código de Obras (2013) de Campina Grande, a área mínima exigida 
para um dormitório, seria de 9,00m², um pouco acima da área existente (7,15m²). 
Segundo recomendações ergonômicas de BOUERI (2014), para um dormitório de 
casal, a área existente estaria no intervalo de 9-6m² e, portanto, considerado 
‘’precário’’ no caso aqui estudado (Tabela 2). 
Tabela 2 – Recomendações das áreas úteis por ambiente
Fonte: Boueri, 2014. 
De acordo com o Código de Obras (2013) de Campina grande, a cozinha está abaixo 
do recomendado, a saber, 6,00m², enquanto a área de serviço, obedece e está acima 
do mínimo exigido, de 1,50m². Para Boueri (2014), a cozinha configura-se com área 
precária, e a área de serviço não oferece o mínimo necessário, de 4,00m² (Tabela 2). 
A sala e o banheiro são os únicos ambientes que estão dentro da área mínima exigida 
pelo Código de Obras e, segundo Boueri (2014), apresentam classificação satisfatória 
e boa, respectivamente (Tabela 2). 
3.3 Dados Socioeconômicos 
A partir da análise dos dados obtidos durante a pesquisa de campo apresenta-se uma 
síntese do perfil dos moradores, majoritariamente feminino, correspondendo a 60%, e 
com estado civil bastante variado, com maioria de viúvas - 36%, e minoria de casadas, 
(16%). As Figura 7 e 8 mostram uma boa expectativa de vida entre 71 e 80 anos5, 
para cerca de 52% dos participantes, e uma população majoritariamente (96%) classe 
E – até 2 salários mínimos (IBGE, 2010). Além disso, a maioria é aposentada,e os 
residentes do Condomínio a mais de 2 anos, compõem 80% dos entrevistados. 
 
5 Todos os idosos entrevistados, obedecem ao parágrafo I da lei n° 11.260 de 30 de dezembro de 
2018, e, portanto, possuem independência para realizar autocuidado diário. 
 
Figura 7 – Gráfico dos resultados socioeconômicos dos participantes. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
Figura 8 - Gráfico dos resultados socioeconômicos dos participantes. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
3.4 Solução Espacial 
Considerando o objetivo da pesquisa, fez-se necessário um estudo acerca do espaço 
físico das casas, a fim de avaliar a capacidade do ambiente de facilitar a adaptação 
dos moradores, além de identificar possíveis padrões de preferência na ocupação 
espacial das residências. 
Ao realizar o levantando físico e redesenho técnico das casas foi possível analisar a 
configuração espacial dos ambientes, a disposição dos mobiliários e os percentuais 
de áreas livres e obstruídas (I.O). Das 25 unidades habitacionais estudadas foram 
selecionadas 6 para serem apresentadas e comentadas no presente artigo. A seleção 
de tais unidades considerou a média das máximas, a média das médias e a média 
das mínimas dos valores do I.O., para casas com cama de solteiro e com cama de 
casal. Assim, na tabela 3, a seguir, estão apresentadas as casas com os valores de 
I.O. máximos, médios e mínimos. 
 
Tabela 3 – Dados físicos da unidade habitacional com o índice de obstrução de cada ambiente 
 I.O 
Terraço 
I.O 
Sala 
I.O 
Quarto 
I.O 
Cozinha 
I.O 
Área de serv. 
I.O 
Geral 
Metragem 
Fluxo 
Casa 14 0 0,11 0,47 0,27 0,30 0,20 51,03m 
Casa 39 0,12 0,31 0,27 0,44 0,22 0.26 57,30m 
Casa 23 0,25 0,33 0,50 0,50 0,35 0,35 54,53m 
 
Casa 03 0,08 0,16 0,48 0,39 0,27 0,26 52,51m 
Casa 32 0,21 0,31 0,58 0,37 0,17 0,32 50,36m 
Casa 36 0,27 0,35 0,53 0,48 0,28 0,36 58,15m 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
obstrução mínima obstrução média obstrução máxima 
Observando a tabela 3, é possível constatar que o índice de obstrução não é 
diretamente proporcional a metragem dos fluxos, em alguns casos, o fluxo torna-se 
maior devido à disposição do mobiliário, que acaba ficando em uma zona de 
circulação, como é o caso da mesa de jantar da casa 39. Além disso, nem sempre um 
menor fluxo representa a melhor solução espacial. 
Figura 9 – Plantas baixas, com layouts e fluxos das casas de número 14, 39 e 23. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
A casa 14, embora apresente fluxos mais diretos e menores, apresenta problemas no 
desempenho de funções devido à ausência de mobiliário. O terraço não é mobiliado, 
a sala não possui sofá, mobiliário mínimo segundo a norma NBR 15575 (2013). Por 
outro lado, a casa 23, embora possua I.O. maior, possui fluxos menores, e apresenta 
ambientes com diversidade de funções, como o quarto de dormir, que engloba um 
espaço de trabalho, e o terraço com cadeira para descanso, varal e plantas. 
As casas 32 e 36, também apresentam ambientes multifuncionais. Na primeira, 
podemos observar o terraço como espaço para descanso e atividade física; a sala 
C
a
m
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s
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lt
e
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C
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estar-jantar, além do uso comum, possui mesas para leitura e/ou trabalho; o quarto 
possui tv. A casa 36, possui terraço com espaço para descaso e alimentação; sala de 
estar/jantar com armários para armazenar objetos. Neste caso específico a moradora 
coleciona bichinhos de pelúcia e necessita de muitas estantes para organizar toda sua 
coleção. 
Figura 10 – Plantas baixas, com layouts e fluxos das casas de número 03, 32 e 36. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
De maneira geral, as casas com menores índices de obstrução, casa 14 e 03, parecem 
ser mais limitadas, no que diz respeito ao uso e configuração dos ambientes. 
Enquanto as demais casas, com índices médios e altos, apresentam ambientes com 
diversidade de mobiliários e diferentes funcionalidades, que chegam a transparecer 
um maior apego e cuidado ao lar. 
Em busca de possíveis padrões de preferência dos idosos, foi possível identificar dois 
ambientes que apresentam realidades bastantes distintas. Além das plantas acima, 
foram escolhidos três exemplos de salas e cozinhas, que representasse, dentro do 
contexto das 25 casas estudadas, as diferentes realidades desses ambientes (figuras 
11 e 12). 
A sala, é o maior ambiente da casa, e a sua forma, permite uma variedade e 
diversificação de arranjos internos. Ao observar os layouts desse ambiente, é 
perceptível que em alguns casos (casas 15 e 22), há uma separação espacial das 
funções, sala de jantar e estar. Já na casa 16 nota-se certa sobreposição das 
funcionalidades, como fazer uma refeição e assistir televisão, de modo que não é 
possível diferenciar onde começa e termina, sala de jantar e estar. De modo geral, 
 
essa liberdade de configuração do espaço é muito importante, pois favorece a 
personalização do ambiente e desenvolvimento da identidade do lar. 
Figura 11 – Recorte da planta baixa de salas com a disposição do mobiliário. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
Por outro lado, a cozinha, por ter dimensões limitadas e mobiliário fixo, acaba 
reduzindo e comprometendo as opções de configuração interna. Aos dois lados da 
pia, existem dimensões de 0,70x0,70m, considerada dimensão mínima para 
geladeira, e um pouco acima da mínima recomendada para fogão, segundo a NBR 
15575 (2013). No entanto, devido a incompatibilidade de dimensão ou por uma opção 
do morador, a geladeira precisa ser realocada, e acaba, ou obstruindo a janela 
(realidade de 24% das casas) ou a circulação. O que ocorre também com outros 
mobiliários, como armário e fogão. No caso do fogão, embora não obstrua a janela, o 
seu uso pode acabar ficando comprometido. 
Figura 12 – Recorte da planta baixa de cozinhas com a disposição do mobiliário. 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
Sugerir novas formas de organização espacial, promovendo melhoria de fluxos e 
realização das funções, considerando e respeitando a identidade e bem-estar dos 
 
moradores, era um dos objetivos da pesquisa. No entanto, devido a pandemia da 
Covid-19, não foi possível a realização desta etapa de pesquisa. 
3.5 Relação pessoa-ambiente 
A figura 13, mostra que dos seis ambientes que compõem a unidade habitacional 
(terraço, sala, quarto, cozinha, BWC e área de serviço), apenas três são reconhecidos 
como preferíveis, sendo eles sala (64%), terraço (24%) e quarto (12%). Ainda que o 
quarto seja considerado com certo nível de preferência, ele foi o que mais recebeu 
notas ‘’ruins’’ dos entrevistados, fato decorrente principalmente ao 
subdimensionamento do ambiente, em particular quando abriga uma cama de casal. 
Durante a aplicação dos questionários, alguns relatos como: ‘’o quarto é quase do 
tamanho do banheiro’’, ‘’o quarto poderia ser maior’’, ratificam o desejo de 16% dos 
entrevistados em reformá-lo. 
Figura 13 – Quadro com os Gráficos da relação entre o tamanho dos cômodos e preferência; cômodo 
que o morador gostaria de reformar e síntese dos relatos de reforma. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores,2020 
As unidades habitacionais estão alocadas em diferentes posições ao longo do terreno, 
de modo que em alguns casos, o terraço e a sala ficam voltados para o poente, 
expostos à radiação solar direta da tarde. Este fato resulta no recorrente relato de 
reforma sobre mais uma janela na sala, o que seria inviável devido a geminação das 
casas. Além disso, por questões de segurança, em caso de algum acidente doméstico 
e facilitação das funções diárias, como estender roupas e/ou cuidar do jardim, foi 
comum o desejo de reforma para criação de um acesso voltado para o quintal. 
O ambiente de melhor performance diante dos questionários, foi o banheiro, 
totalmente isento de necessidade de reforma ou classificação ‘’ruim’’. Por vezes, havia 
comentários do tipo ‘’cabe uma cama dentro do banheiro’’, ‘’é quasedo tamanho do 
quarto’’. Ainda assim, mesmo com dimensões adequadas e barras de apoio, o 
 
banheiro não é de todo acessível, pois não dispõe de piso antiderrapante, o que de 
acordo com a norma de acessibilidade NBR 9050 (2014), é obrigatoriedade, pelo 
menos na área do box. 
O piso esmaltado em toda a habitação, inclusive na rampa de acesso, foi um problema 
referido pelos moradores e configura-se como uma das causas de quedas por 32% 
dos idosos entrevistados. Recorrentemente, observou-se tapetes antiderrapante nos 
banheiros, e após os episódios de quedas na rampa de acesso foram colocadas fitas 
antiderrapantes como solução paliativa (Figura 14). 
Figura 14 – Fitas antiderrapantes na rampa de acesso à unidade habitacional. 
 
Fonte: Azevedo, V. (2019) 
4 CONCLUSÕES 
A partir da análise dos resultados observou-se que a unidade habitacional parece 
funcionar melhor, para um único morador. Embora compreenda-se a priorização de 
uma maior área para o banheiro, e a disposição de um ambiente externo como o 
terraço, entende-se que a dimensão desses ambientes poderia ser repensada ou, 
talvez, pudesse haver duas tipologias de casas, que atendessem às necessidades de 
espaço para um único morador ou para dois moradores. 
De modo geral os resultados apontaram para uma evidente satisfação dos moradores 
em morar no Cidade Madura. Todavia, esses resultados são questionados, pois, 
durante as entrevistas identificou-se certo receio em falar sobre suas insatisfações. 
Apesar desta percepção, por parte dos pesquisadores, também se reconhece que a 
satisfação dos idosos está para além da qualidade espacial e arquitetônica, por isso, 
mesmo classificando ambientes como ‘’ruins’’, desejando reformas ou até citando 
problemas da residência, se mostravam, ao final, satisfeitos. 
 
Sabendo que ‘’a bagagem cultural do indivíduo determinará o que lhe é agradável ou 
não, pois as escolhas dependem da história de cada um’’ (BESTETTI, 2014), 
podemos entender que a satisfação muitas vezes está relacionada ao simples desejo 
da casa própria, com segurança e dignidade, de modo que ‘’ter um quarto’’ supera a 
realidade de subdimensionamento do ambiente. 
Alguns sinais na análise física mostraram-se positivos quanto à capacidade da 
edificação em contribuir na adaptação do usuário. Cita-se aqui a possibilidade de 
vários layouts distintos no espaço da sala. Tal aspecto indica a facilidade do usuário 
em organizar seus móveis como lhe convém. Este fato, é ratificado com os resultados 
de satisfação do cômodo, tendo a sala como a preferida. 
Além disso, suspeita-se que aquelas casas cujos layouts refletem um uso mais 
diversificado do espaço, mostrem um maior apego por parte do morador. Pois, 
entende-se que a ocupação é um sinal de pertencimento. 
No entanto, compreende-se que a relação de apego ao lar e até ao próprio 
condomínio, bem como relações de identificação e pertencimento seriam mais bem 
compreendidos com a aplicação da metodologia Q, específica para análises 
subjetivas. Todavia, devido à pandemia do Covid-19, houve a impossibilidade de 
aplicá-la junto aos moradores. 
A partir dos resultados expostos e discutidos espera-se contribuir para estudos futuros 
sobre o tema e, de certa forma, colaborar como subsídio para projetos de habitações 
destinados às pessoas idosas. 
5 AGRADECIMENTOS 
Aos moradores do condomínio do residencial Cidade Madura. À CEHAP, por permitir 
a realização da pesquisa e disponibilizar informações. Aos colaboradores Matheus 
Pimentel e Paula Pequeno, alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFCG. 
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