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Resumo - Incontinencia Urinaria

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Caderno 
de
Ginecologia 
Gabriel Bagarolo Petronilho 
Medicina - FAG 
TXVIII
2022/1
Incontinência Urinária
A incontinência urinária e definida por toda perda involuntária de urina, ocorrendo de fonte 
uretral ou extra-uretral (malformação ou fístula).
A IU é mais comum em mulheres devido o menor comprimento de uretra e maior chance de 
injúria musculofacial durante a gestação e o parto. 
Classificação Clínica da Incontinência Urinária
● IU de esforço: está relacionada com esforço físico - tosse, espirro, corrida, escada, pegar 
peso, etc. 
● IU de urgência: imediatamente precedida por necessidade iminente de urinar - não dá tempo 
de chegar ao banheiro quando dá vontade de urinar. 
● IU mista: junção de fatores de esforço e urgência. 
A IU é um sintoma, sinal e alteração de estado de saúde. 
A alteração no estado de saúde é a incontinência confirmada por estudo urodinâmico. Os tipos 
de incontinência urodinâmico são incontinência urinária aos esforços urodinâmico (IUEU), 
hiperatividade do detrusor (HD) ou mista. 
Estima-se que 1/4 das mulheres procurarão ajuda médica com queixa de IU, seja por vergonha, 
falta de acessibilidade ou falta de rastreamento adequado. 
Fatores de Risco 
- Idade (principal) 
- Gravidez
- Paridade 
- Menopausa 
- Histerectomia 
Fisiologia 
O trato urinário inferior tem como função armazenar quantidade adequada de urina sob baixa 
pressão intravesical e sem perda, eliminando a urina adequadamente e em intervalos 
apropriados. Portanto, a função vesical pode ser dividida em: (1) enchimento - função do 
simpático e (2) esvaziamento - função do parassimpático. 
Enchimento - inibição do parassimpático, estímulo do simpático (contração ! e relaxamento β) e 
estímulo dos nervos somáticos do esfíncter estriado urogetinal. 
Esvaziamento - estímulo do parassimpático, inibição do simπático e inibição dos nervos 
somáticos do esfíncter estriado urogenital. 
Na fisiopatologia da IUU ocorre um desequilíbrio entre os processos e mecanorreceptores são 
ativados precocemente antes de ser atingida a plenitude vesícula. 
Gabriel Bagarolo Petronilho
Gabriel Bagarolo Petronilho
Diagnóstico
O aspecto inicial mais importante na avaliação da paciente com IU é a história clínica/
anamnese. Em geral, é possível agrupar os sintomas e classificá-los entre aqueles associados 
com maior frequência à IUE ou à IUU. 
A identificação de padrões é útil e pode direcionar os exames diagnóstico, assim como a 
terapia empírica inicial - podemos sempre propor um tratamento conservador para teste 
empírico. As que não melhoraram, encaminhamos para estudo urodinâmico. 
Podemos comparar os sintomas entre urgência e esforço para tentar identificar qual tipo de 
IU a paciente tem maior chance de ter. 
Podemos também indicar a realização de ‘diário miccional’ com a anotações relacionadas à 
quantidades de micção, horário, perdas urinárias, etc.
Sintomas urinários frequência (normal 8x ou menos; acima de 20x a cistite intersticial deve 
ser hipótese diagnóstica), retenção urinária, outros sintomas (gotejamento pós-miccional, etc).
HMP traumatismo obstétrico, saúde mental, parto com bebê acima de 5kg, uso de 
fármacos, estresse, etc. 
Exame Físico 
Inspeção e avaliação neurológica. 
O períneo deve ser inspecionado para evidência de atrofias e avaliação neurológica detalhada - 
reflexo bulbocavernoso ou reflexo anucutâneo. 
A avaliação da sustentação pélvica, prolapso de órgão pélvico (POP) e teste do cotonete (Q-Tip 
test) são aliados na avaliação física do paciente. 
Além disso, exame bimanual e retrovaginal podem ser realizados. 
Exames Complementares 
Exames de urina e urocultura, resíduo pós-miccional, estudo urodinâmico (cistometria simples 
e cistometria multicanal). 
Tratamento
● Conservador/não cirúrgico - é a abordagem inicial razoável para a maioria das pacientes com 
IU. Para IUE e IUU, os seguintes exercícios se mostraram úteis: fortalecimento do assoalho 
pélvico, condicionamento da musculatura do assoalho pélvico, estimulação elétrica, terapia de 
Feedback. 
Além disso, o planejamento miccional pode ser realizado. Ele consiste em orientar a paciente 
ir ao banheiro com frequência de 1h e se não tiver perda, aumentar o intervalo de tempo entre 
as idas ao banheiro. 
Reposição estrogênica - caso tenha necessidade; muitas vezes vale a pena mesmo que não haja 
evidência. 
A orientação dietética é muito importante com a redução de consumo de cafeina e álcool.
● Cirurgia - IUE: depende se há presença de deficiência esfincteriana intrínseca ou anatômica 
( o estudo urodinâmico nos apresenta isso). As cirurgias mais utilizada são sling ou de Burch.
→
:
● Medicamentos: na IUU não há resolução com cirurgia. O tratamento são medicações para 
neuromodulação sacral. A Oxibutinina 2-5mg via oral, 3x ao dia - antagonista seletivo de 
receptores M3; receptores muscarínicos do músculo da bexiga - é o principal dele, porém, a 
duloxetina - IRSN - também pode ser utilizada. 
A terapia de reposição hormonal deve ser considerada em pacientes no início do período do 
climatério para a avaliação da falta estrogênica. 
Gabriel Bagarolo Petronilho

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