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AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: 
PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Janice Mendes da Silva 
 
 
 
02 
 
CONVERSA INICIAL 
Já estudamos que o PPP é o documento norteador da escola e que deve 
ser construído na coletividade, respeitando as características institucionais. 
Nesta aula, vamos identificar as etapas da construção do projeto político-
pedagógico e os marcos que compõem esse trabalho. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Barreto (1992, p. 59) menciona uma reflexão importante acerca da escola, 
a qual podemos relacionar ao processo de construção do PPP: 
excluem-se da escola os que não conseguem aprender, excluem-se do 
mercado de trabalho os que não têm capacidade técnica porque antes 
não aprenderam a ler, escrever e contar e excluem-se, finalmente, do 
exercício da cidadania esses mesmos cidadãos, porque não conhecem 
os valores morais e políticos que fundam a vida de uma sociedade livre, 
democrática e participativa. 
 
Com base nessas palavras de Barreto (1992), leia atentamente as etapas 
da nossa aula, para, ao término, estabelecer uma relação com o conteúdo. 
 
TEMA 1 – FUNÇÕES ATRIBUÍDAS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 
Já entendemos que a identidade da escola é formada na coletividade, com 
base na construção, nas discussões e nas avaliações do PPP, pois é nesse 
documento que estarão registrados os valores éticos, sociais, culturais e políticos 
a serem seguidos pelos integrantes da escola. 
Recordemos o que nos diz a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de1996 
(Brasil, 1996), da LDB, a respeito desse documento que direciona a escola: 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I. igualdade de condições para acesso e permanência na escola; 
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III. pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; 
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII. valorização do profissional da educação escolar; 
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da 
legislação do sistema de ensino; 
IX. garantia de padrão de qualidade; 
X. valorização da experiência extraescolar; 
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais. 
 
 
 
03 
Conforme orienta o art. 14 da LDB, Lei n. 9.394/1996, (Brasil, 1996), “cada 
sistema de ensino definirá as normas da gestão democrática do ensino público na 
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades”. Além disso, vale 
relembrar que é responsabilidade de cada estabelecimento, desde que 
“respeitada as normas e as do seu sistema de ensino” (Brasil, 1996), elaborar e 
executar a sua proposta pedagógica. 
Assim, podemos dizer que o PPP, em seu processo democrático, e nas 
decisões coletivas, organiza o trabalho pedagógico, mesmo diante de 
contradições, propondo soluções para as ações educativas. 
 
Saiba mais 
Assista ao vídeo do TEDx, em que Ana Elisa Siqueira fala a respeito do projeto 
político-pedagógico da Escola Amorim Lima, disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=tJo1UjMJAW0>. 
 
 
TEMA 2 – ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PPP 
Identificar as intencionalidades e as pretensões da comunidade escolar é o 
fator primordial do PPP. Considerando as determinações legais, é necessário 
investigar as principais demandas dessa construção. 
Acesse o link 
<http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade2/planejar/im
agem.jpg>. Neste há uma charge; observe-a e tente perceber a relação entre 
planejamento e projeto político-pedagógico para o trabalho docente. 
É claro que não existe uma receita pronta para construir um projeto 
pedagógico, e também não é possível prever que esse documento funcionará 
adequadamente ao espaço escolar, atendendo às expectativas e às necessidades 
institucionais. 
Para isso, Veiga (1995) aponta alguns elementos básicos que norteiam as 
etapas do planejamento. Assista ao vídeo a seguir e compreenda a real 
necessidade de se preparar a construção desse documento. 
Além dos elementos básicos apresentados por Veiga (1995), destacamos 
também os referenciais de Vasconcelos (2005), o qual sintetiza a estrutura que 
compõe o PPP da Escola: 
 
 
04 
 
 
Nos temas a seguir discutiremos cada um dos marcos. É importante termos 
em mente que há outras nomenclaturas para apresentar a estrutura do PPP, como 
marco situacional, marco conceitual e marco operacional. 
 
TEMA 3 – MARCO REFERENCIAL OU SITUACIONAL 
Os processos de construção e de reestruturação do PPP demandam 
reflexões e debates, o que implica, muitas vezes, na existência de questões 
polêmicas e momentos conflituosos que precisam ser administrados pela equipe 
que está à frente do processo. 
Para compreender as problemáticas vividas em sala de aula, é preciso 
estabelecer uma relação entre as características da sociedade atual com o 
contexto econômico, social, político-educacional, cultural e outros. De acordo com 
Vasconcellos (1995), essa análise, importante para compreender a realidade 
escolar de forma ampla, tanto em seu espaço temporal quanto no geográfico, 
denomina-se marco situacional 
Os dados evidenciados nesse levantamento facilitam a identificação dos 
problemas presentes na realidade social da escola e apontam os caminhos a 
serem traçados (Maia e Costa, 2011) 
Com base nos pressupostos de Vasconcellos (2005), o marco referencial 
corresponde à dimensão da finalidade, pois busca pelo posicionamento político-
pedagógico. Para isso, há uma pergunta que direciona essa etapa: 
 
 
Marco 
referencial
Diagnóstico Programação
O que queremos?
Posicionamento político: visão do ideal de sociedade e de homem.
Posicionamento pedagógico: definição da ação educativa e das 
características que devem ter a instituição que planeja.
 
 
05 
É claro que, a partir dessa pergunta, outras são geradas, permitindo ao 
grupo desequilíbrios, reflexões e produções. O essencial é que cada sujeito 
participe e contribua para identificar as problemáticas da escola, relacionando-as 
ao que se pretende modificar. 
 
TEMA 4 – DIAGNÓSTICO 
Tendo em vista que entre os objetivos da construção do PPP está a 
melhoria do espaço local, com base na realidade em que a escola está inserida, 
a fase do diagnóstico se faz importante. Nessa etapa, o objetivo é confrontar a 
realidade existente com o que a escola deseja alcançar – ou seja, continuar com 
as reflexões da etapa anterior (marco referencial). Espera-se que, nessa fase, as 
comparações indiquem as reais necessidades da escola. 
Mas qual a diferença entre a etapa do marco referencial e a do diagnóstico? 
É na fase do diagnóstico que os sujeitos da escola podem analisar, além 
do perfil do corpo docente e da gestão, a infraestrutura, os equipamentos, a 
qualidade pedagógica e os processos de formação. Entretanto, é importante não 
confundir diagnóstico com levantamento de problemas, pois aquele é o 
instrumento que auxilia na mudança, no planejamento, na identificação de pontos 
fortes. 
Vasconcellos (1995) comenta que o diagnóstico “não é simplesmente um 
retrato da realidade ou um mero levantar dificuldades; antes de tudo é um 
confronto entre a situação que vivemos e a situação que desejamos viver”. 
Então, como encaminhar um diagnóstico na construção do PPP? 
De forma participativa, o diagnóstico procura responder ao seguinte 
questionamento: 
 
Dessa forma, verificamos que o diagnóstico é a busca para suprir as 
necessidades apontadas na análise da realidade – lembrando que não se trata 
simplesmente de apresentar uma lista de itens, mas sim de obter informações que 
auxiliarão na análise da realidade; é importante elaborar estratégias que auxiliem 
a compreender os diversos fatores que impendem o desenvolvimento de trabalhos 
na escola. 
Assistaao vídeo a seguir e compreenda alguns elementos que facilitam 
essa dimensão. 
O que nos falta para ser o que desejamos?
 
 
06 
Para finalizar essa etapa, recordamos que Gandin (1994) sugere dois 
aspectos para a análise da necessidade da escola: 
a. O que é necessário; 
b. O que é exequível. 
Para o autor, é preciso compreender que nem sempre o que é necessário 
é possível, portanto, a escola deve estabelecer prioridades, ponderando o mais 
necessário, oportuno e urgente. 
 
TEMA 5 – PROGRAMAÇÃO 
Até o momento, conversamos a respeito da busca de um posicionamento 
político e pedagógico e da forma como a escola buscará suprir suas 
necessidades. Contudo, para haver melhoria na qualidade da educação, com 
base na proposta apresentada pelo PPP, é preciso pensar nas ações para atender 
ao marco referencial e ao diagnóstico. 
Assim, chegou o momento de relacionar as etapas anteriores à 
programação. É nessa etapa que são contempladas as decisões pedagógicas. 
Vasconcellos (1995, p. 195) esclarece que “a programação é fruto da tensão 
realidade/desejo; surge como forma de superação da realidade (ainda que parcial, 
dados os limites) em direção ao desejado (dada a utopia, a força da vontade 
política). Esta tensão vai nos dar o horizonte do histórico-viável”. 
As discussões realizadas no marco operacional resultarão na explicitação 
da linha pedagógica ou também na teoria do conhecimento, em que a escola 
assumirá, consequentemente, a sua concepção de conhecimento, apresentada 
no item pressupostos epistemológicos e didático-metodológicos. 
Gandin (1994) sugere que a organização da etapa da programação 
considere quatro dimensões: 
1. Ações concretas; 
2. Orientações para a ação; 
3. Determinações gerais; 
4. Atividades permanentes. 
Assim como nas etapas anteriores, a programação precisa definir as 
prioridades. Uma dica para isso é procurar responder à seguinte pergunta: o que 
faremos concretamente para suprir tal falta? 
 
 
 
07 
Saiba mais 
Para saber mais a respeito da etapa da programação, sugerimos a leitura do 
material disponibilizado pelo MEC para a formação de professores, disponível 
em:<http://coordenacaoescolagestores.mec.gov.br/uft/file.php/1/coord_ped/sal
a_3/mod03_2unid_12_125.html>. 
 
Os elementos estudados nesta aula, articulados entre si, indicam a 
estrutura básica do plano e devem ser aplicados na prática escolar. 
 
FINALIZANDO 
Chegamos ao fim de mais uma aula, em que apresentamos as funções 
atribuídas ao PPP, as etapas para planejar a construção do projeto e a maneira 
como o coletivo deve preparar cada uma das etapas que posteriormente farão 
parte do documento que norteará a escola. 
 
 
 
 
 
08 
REFERÊNCIAS 
BARRETO, V. Educação e Violência: reflexões preliminares. In: ZALUAR, A. (Org) 
et al. Drogas e cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994. 
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 20 dez. 2000. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 jul. 2017. 
GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. Petrópolis, Rio de 
Janeiro: Vozes, 1994. 
VASCONCELOS, C. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto 
educativo – elementos metodológicos para elaboração e realização. São Paulo: 
Libertad, 1995. 
VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. 
In: VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma 
construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

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