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TCC ETEC

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ETEC DE FERRAZ DE VASCONCELOS 
 TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
EXTINTORES DE INCÊNDIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERRAZ DE VASCONCELOS 
2013 
 
 
Daniela Bezerra de Alencar Silva 
Joel Florencio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTINTORES DE INCÊNDIO 
 
 
 
Monografia apresentada à disciplina 
de Trabalho de Conclusão de Curso, 
Técnico de Segurança do Trabalho sob 
orientação da professora Denise 
Uemura Tieko como exigência para 
conclusão de curso. 
 
 
 
 
 
 
FERRAZ DE VASCONCELOS 
2013 
 
 
Monografia apresentada, aprovada em_____de__________________de 2013 
pela banca constituída pelos professores: 
 
 
 
____________________ 
Professor Orientador. 
 
____________________ 
Professor Convidado. 
 
____________________ 
Professor Convidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” 
Provérbios de Salomão. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiro a Deus, a quem tudo devemos; a nossos familiares, pelo apoio, carinho e 
compreensão, e a todos os profissionais que tem marcado sua participação no 
processo de ensino nesta instituição, não medindo esforços para dar o melhor de si 
em prol da nobre missão não somente de formar profissionais realmente qualificados 
para o mercado de trabalho, mas também contribuindo para a construção de um 
país melhor; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente a Deus sem o qual nada seria possível; 
Aos nossos familiares que por muitas vezes se viram privados de algo para estar ao 
nosso lado como importante incentivo para nossa conquista, que hoje se torna 
realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silva Alencar, Daniela Bezerra; Florêncio, Joel; Técnico em Segurança do Trabalho, 
ETEC de Ferraz de Vasconcelos-SP. 
RESUMO 
 
Extintores de incêndio, abordagem sobre sua história, evolução, , segurança na 
utilização, e outros cuidados necessários serão observados neste trabalho, erros graves 
cometidos nos estabelecimentos comerciais e industriais em relação aos extintores de 
incêndio, e processos de manutenção e recarga de extintores de incêndio. 
Muitos erros são cometidos devidos á sua utilização, sendo de uso doméstico, 
comercial e industrial. 
Todos afirmam o conhecimento e propósito da importância, porém são armazenados, 
identificados e utilizados de forma errada. 
Através desta problemática, muitas duvidas serão esclarecidas e corrigidas 
PALAVRAS CHAVE. 
Extintor, Emergência, Recarga, Manutenção, Treinamento, incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Fire extinguishers, approach on his/her history, evolution, safety in the use, 
and other necessary cares will be observed in this work, serious mistakes committed 
in the commercial and industrial establishments in relation to the fire extinguishers, 
and maintenance processes and recharge of fire extinguishers. 
Many mistakes are committed owed his/her á use, being of use domestic, 
commercial and industrial. 
All affirm the knowledge and purpose of the importance, however they are 
stored, identified and used in a wrong way. 
Through this problem, many doubt will be illustrious and corrected 
 
KEYWORDS. 
 
Extinguisher, Emergency, Refill, Maintenance, Training, Fire. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO ............................................................................................................................................... 7 
 
 
PALAVRAS CHAVE. ................................................................................................................................... 7 
ABSTRACT ................................................................................................................................................ 8 
KEYWORDS. ............................................................................................................................................. 8 
PROBLEMÁTICA ............................................................................................................................... 14 
METODOLOGIA ................................................................................................................................. 14 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 15 
JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 16 
OBJETIVO GERAL ............................................................................................................................ 16 
OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................................................. 16 
1. HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................................... 17 
1.2 RESUMOS SOBRE A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL ................................... 20 
1.3 A CIPA ........................................................................................................................................... 22 
2. SURGIMENTO DO TÉCNICO DE SEGURANÇA NO BRASIL .............................................. 23 
2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NA ATUALIDADE ............................................................. 25 
2.2 FUNÇÕES DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................ 25 
3. BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DOS EXTINTORES ................................................. 26 
3.1 QUE TIPO DE EDIFICAÇÃO DEVE POSSUIR EXTINTORES? ......................................... 28 
3.2 COMO ESCOLHER O EXTINTOR PARA PROTEGER MINHA EDIFICAÇÃO? .............. 30 
3.3 QUAL É A QUANTIDADE NECESSÁRIA DE EXTINTORES PARA PROTEGER MINHA 
EDIFICAÇÃO? .................................................................................................................................... 32 
3.4 COMO SINALIZÁ-LOS ADEQUADAMENTE? ........................................................................ 35 
3.4 PESQUISA .................................................................................................................................... 38 
3.5 QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS A SEREM OBSERVADOS COM OS 
EXTINTORES? ................................................................................................................................... 39 
3.6 TREINAMENTOS AO USUÁRIO OU COLABORADOR ....................................................... 42 
3.7 PROCEDIMENTOS SEGUROS PARA OPERAÇÃO DE EXTINTORES ........................... 47 
4. MANUTENÇÃO E RECARGA ..................................................................................................... 51 
4.1 NOTÍCIA ........................................................................................................................................ 55 
4.2 OCORRÊNCIA 01. ...................................................................................................................... 56 
4.3 OCORRÊNCIA 02 ....................................................................................................................... 57 
4.4 OCORRÊNCIA 03 ....................................................................................................................... 58 
4.5 OCORRÊNCIA 04 ....................................................................................................................... 59 
5. PLANO DE AÇÃO .......................................................................................................................... 60 
5.1 PROGRAMA S.H.E.R.I.F. .......................................................................................................... 61 
6. VISITATÉCNICA........................................................................................................................ 66 
 
 
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 69 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 70 
ANEXOS .............................................................................................................................................. 71 
TABELAS DE CLASSIFICAÇÃO DE EDIFICAÇÃO ..................................................................... 72 
TABELA DE CLASSES DE INCÊNDIOS ....................................................................................... 77 
MODELO SIMPLES DE INSPEÇÃO DIÁRIA PARA EQUIPAMENTOS DE PREVENÇÃO E 
COMBATE A INCÊNDIOS. ............................................................................................................... 78 
ETIQUETA DE INSPEÇÃO DE EXTINTORES E RÓTULO DE INSTRUÇÕES. ..................... 79 
MODELO DE RELATÓRIO DE MANUTENÇÃO DE EXTINTORES ......................................... 80 
RESULTADO PESQUISA ................................................................................................................. 81 
11 
 
 
LISTA DAS FIGURAS 
 
Figura 1 Tipos de extintores .................................................................................................................. 26 
Figura 2 Extintor de M. Fuchs ................................................................................................................ 27 
Figura 3 Extintor de Geroge William Manby ......................................................................................... 27 
Figura 4 área comercial ......................................................................................................................... 28 
Figura 5 Extintor em local inadequado ................................................................................................. 32 
Figura 6 Extintor em meio a mercadorias ............................................................................................. 36 
Figura 7 Extintor com visualização dificultada ...................................................................................... 36 
Figura 8 Sinalização de solo para extintor............................................................................................. 37 
Figura 9 Sinalização para extintores ...................................................................................................... 37 
Figura 10 – Sinalização em coluna.................................................................................................. 38 
Figura 11 Gráfico sobre uso de extintores ........................................................................................... 39 
Figura 12 Extintor em mal estado de conservação ............................................................................... 40 
Figura 13 Extintor em mal estado de conservação 2 ........................................................................... 40 
Figura 14 Inspeção de extintor .............................................................................................................. 40 
Figura 15 Uso incorreto de extintor ...................................................................................................... 41 
Figura 16 Uso incorreto de extintor 2 ................................................................................................... 41 
Figura 17 Extintor instalado atrás de porta ........................................................................................... 42 
Figura 18 Acesso ao extintor dificultado ............................................................................................... 43 
Figura 19 Extintor obstruído ................................................................................................................. 43 
Figura 20 Extintor com acesso dificultado ............................................................................................ 44 
Figura 21 Extintor com acesso dificultado ............................................................................................ 44 
Figura 22 Extintor inadequado, vencido. .............................................................................................. 44 
Figura 23 Extintor obstruído por materiais ........................................................................................... 45 
Figura 24 Extintor com acesso dificultado ............................................................................................ 45 
Figura 25 Extintor obstruído por mercadorias ...................................................................................... 45 
Figura 26 Manômetro, trava e lacre ..................................................................................................... 47 
Figura 27 Retirando o extintor de seu suporte ..................................................................................... 48 
Figura 28 Retirar a trava com segurança .............................................................................................. 48 
Figura 29 Detalhe do travamento ......................................................................................................... 48 
Figura 30 Transporte de extintor .......................................................................................................... 49 
Figura 31 Detalhe da figura 28 .............................................................................................................. 49 
Figura 32 Teste de funcionamento ....................................................................................................... 49 
Figura 33 Manômetro com defeito ....................................................................................................... 50 
Figura 34 combate ao fogo com extintor. ............................................................................................ 50 
Figura 35 Notícia Policial ....................................................................................................................... 55 
Figura 36 Extintor de incêndio que explodiu ........................................................................................ 56 
Figura 37 Extintor explodiu ao ser usado .............................................................................................. 59 
Figura 38 Corpo da vítima ..................................................................................................................... 60 
Figura 39 Fundo do extintor .................................................................................................................. 60 
Figura 40 Selo do inmetro no extintor .................................................................................................. 62 
Figura 41 Página INMETRO ................................................................................................................... 63 
12 
 
Figura 42 Resultado de pesquisa. .......................................................................................................... 64 
Figura 43 Carta de Clientes ................................................................................................................... 65 
Figura 44 Fachada da empresa Prevextin ............................................................................................. 66 
Figura 45 Esvaziamento de extintor de água ........................................................................................ 67 
Figura 46 procedimento de trabalho .................................................................................................... 67 
Figura 47 selo de conformidade do agente extintor ............................................................................. 68 
Figura48 Tanque de CO2 ...................................................................................................................... 68 
Figura 49 modelo de etiqueta de inspeção ........................................................................................... 79 
Figura 50 RELATÓRIO DE MANUTENÇÃO DE EXTINTOR ....................................................................... 80 
Figura 51 resultado pesquisa ................................................................................................................ 81 
Figura 52 Gráfico grau de instrução ...................................................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
LISTA DAS TABELAS 
Tabela 1 – Quantidade de extintores segundo o risco de fogo ............................................................ 34 
Tabela 2 – Determinação da unidade extintora - área máxima de proteção. ..................................... 34 
Tabela 3 – Área máxima de proteção por extintor ............................................................................... 34 
Tabela 4 – Classificação do extintor segundo o agente extintor. ......................................................... 35 
Tabela 5 - Orçamento ............................................................................................................................ 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
PROBLEMÁTICA 
 
Aparelhos extintores sem identificação, esquecidos em algum ponto da seção, 
ou com acesso obstruído por materiais diversos; Manutenção e recarga realizada 
por empresas clandestinas, ou com licença vencida; Colaboradores não treinados na 
utilização desses equipamentos. Em pleno século 21 parece impossível que isso 
possa acontecer, mas é fato; e não é preciso ir muito longe, aqui mesmo nas 
cidades que compõem o alto Tietê, encontramos exemplos alarmantes tais como: 
escolas de ensino médio se utilizando de aparelho extintor inadequado e sem a 
devida recarga, empresas não autorizadas realizando serviços de manutenção e 
recarga nesses equipamentos, colocando em risco a vida daqueles que podem vir a 
utilizá-los. 
 
 
METODOLOGIA 
 
Visita não oficial ao comércio local com objetivo de constatação dos fatos e 
tentativa de quantificar o problema; Visita a uma empresa idônea de manutenção e 
recarga de extintores para verificação de instalações e orientações sobre os 
cuidados a serem observados na manutenção e recarga desses aparelhos; Visita a 
uma instituição de ensino para verificação referente aos pontos apontados; Contato 
com INMETRO1 para orientações e informações sobre empresas que atuam no alto 
Tietê no ramo de manutenção de extintores. 
Uma vez constatadas as irregularidades e os respectivos locais, foi elaborado plano 
de trabalho com o objetivo de orientação e treinamento para os profissionais 
responsáveis por esses equipamentos com o objetivo de auxiliá-los no trato desse 
problema. 
 
1
 INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro - é uma autarquia federal, 
vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como Secretaria 
Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado 
interministerial, que é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Sinmetro). 
15 
 
INTRODUÇÃO 
 
Ele está presente nos hospitais, consultórios, shopping centers, cinemas, 
escolas, igrejas, em nossos carros e, em alguns países como os Estados Unidos, 
até mesmo na cozinha. Ele é “o extintor de incêndio”, equipamento de segurança 
destinado a combate a princípios de incêndio. Sua constituição é extremamente 
simples assim como a sua utilização. 
Com mais de 200 anos de idade, esse equipamento já provou ser 
extremamente eficiente quando corretamente utilizado, prova disso é que desde sua 
invenção jamais foi substituído por outro equipamento e sim, aperfeiçoado. O grande 
problema porem, é que mesmo na atualidade, muitas pessoas não sabem como 
utilizá-los corretamente, ou mesmo da importância da existência desse equipamento 
em seu local de trabalho ou lazer. 
O presente trabalho, busca de maneira objetiva expor a importância desse 
equipamento, sua correta utilização, os cuidados necessários para com esses 
equipamentos, o correto dimensionamento, e um dos pontos mais importantes, os 
cuidados no momento de enviá-los para manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
JUSTIFICATIVA 
 
É fato que muitos incêndios poderiam ser evitados se fossem observadas 
regras simples de segurança, e também que outros tantos poderiam não ter existido 
se tivessem sido combatidos em seus primeiros minutos de vida, apenas com uso de 
extintores por pessoas devidamente treinadas. O cenário atual e contraditório a isso 
motivou a abordagem deste tema. 
 
 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Alertar quanto à importância dos extintores de incêndio nas edificações, a 
necessidade de que toda a população saiba como utilizá-los corretamente, a 
necessidade de implementação de um programa rígido de controle de vistorias, e 
condições desses equipamentos, bem como os cuidados necessários quanto a 
segurança na operação. 
 
 
OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Fornecer subsídios aos profissionais de segurança do trabalho e prevenção e 
combate a sinistros, no tocante a escolha de extintores para proteção da edificação, 
correto dimensionamento, e a importância da precaução no momento de enviá-los 
para a manutenção e recarga. 
 
17 
 
1. HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
O trabalho é tão antigo quanto à humanidade “... No suor do teu rosto, comerás o 
teu pão...” (Genesis cap. 3; Bíblia Sagrada), desde então usando sua capacidade de 
raciocínio e instinto gregário, o homem conseguiu através da história, criar uma 
tecnologia que possibilitou sua existência no planeta. Claro que os primeiros passos 
foram orientados por Deus. 
 
Na Bíblia encontramos referencias aos cuidados com a higiene “... E entre as 
tuas armas terás uma pá; e será que, quando estiveres assentado, fora, então com 
ela cavarás e, virando-te, cobrirás o que defecaste.” (Deuteronômio, cap.23). 
 
Também encontramos orientações quanto a segurança contra quedas “... 
Quando edificares uma casa nova, farás um parapeito, no eirado, para que não 
ponhas culpa de sangue na tua casa, se alguém de algum modo cair dela.” 
(Deuteronômio cap.22). 
 
Em uma rápida verificação encontramos através dos tempos várias referencias a 
segurança do trabalho tais como: 
 
Na antiga Babilônia, por exemplo, havia o "Código de Hammurabi" (2200 AC), 
que prescrevia castigos aos encarregados, pelas lesões sofridas pelos trabalhadores 
sob sua responsabilidade. Por exemplo, se um trabalhador perdia a mão devido à 
negligência ou descuido do seu encarregado, este teria sua mão também cortada, 
para equiparar a perdida do trabalhador; 
 
Galeno, que viveu no século II, fez várias referências às moléstias profissionais 
entre trabalhadores das Ilhas do Mediterrâneo; 
 
Em 1567, Aureolus Theophrastur Bembastur Von Honhenheiem apresentou a 
primeira monografia relacionando trabalho com doenças, aonde se destaca o estudo 
sobre intoxicação pelo mercúrio, os principais sintomas dessa doença profissional e 
forma, por ele assinalados; 
18 
 
Em 1700, o médico Bernadino Ramazzini, considerado o “Pai da Medicina do 
Trabalho” publicou o livro “De Moius Artificum Diatriba”. Nessa importante obra, 
verdadeiro monumento da saúde ocupacional, são descritas cerca de 100 profissões 
diversas e os riscos específicos de cada uma delas. Um fato importante é que 
muitas dessas descrições são baseadas nas próprias observações clínicas do autor, 
o qual nunca se esquecia de perguntar aoseu paciente: “Qual a sua ocupação?”; 
 
Revolução Industrial significou a mudança vertiginosa na história da humanidade, 
quando os meios de produção, até então dispersos e baseados na cooperação 
individual, passaram a concentrar-se em grandes fábricas, ocasionando profundas 
transformações sociais e econômicas. A Revolução Industrial se deu em diferentes 
épocas nos diversos países civilizados. Na Inglaterra, que foi o país pioneiro, a 
revolução industrial surgiu com toda a intensidade no século XVIII; Na Alemanha e 
Estados Unidos da América começou por volta dos anos 1820 e na Rússia por volta 
de 1890. Até a invenção das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão 
fora dono dos seus meios de produção. O custo elevado das máquinas não nos 
permitiu ao próprio artífice possuí-las. Desta maneira os capitalistas, antevendo as 
possibilidades econômicas dos altos níveis de produção; decidiram adquiri-las e 
empregar pessoas para fazê-las funcionar. Surgiram assim as primeiras fábricas de 
tecidos e com elas, o Capital e o Trabalho. 
 
Processo de migração Campo X Cidade aumenta em proporções nunca até 
então vistas; 
 
A introdução da máquina a vapor, sem sombra de dúvida, mudou integralmente o 
quadro industrial. A indústria que não mais dependia de cursos d’água, veio para as 
grandes cidades, onde a mão de obra era abundante; 
 
As máquinas a vapor usavam carvão para o seu acionamento, o que aumentou 
também o número de minas de carvão nos diversos países. No ano de 1900, havia 
aproximadamente Cinco milhões de trabalhadores em minas em todo o mundo. O 
trabalho em condições degradantes, que era desempenhado pelos mineiros, 
contribuiu para criar na categoria uma consciência das condições desumanas a que 
eram submetidos. Era comum a ocorrência de incêndios, explosões, intoxicações 
19 
 
por gases, inundações e desmoronamentos. Doenças como a tuberculose, anemia e 
asma também eram muito comuns; 
 
Não havia nenhuma regulamentação quanto às condições do trabalho e do 
ambiente industrial, tampouco em relação à duração da jornada de trabalho; 
 
A partir de 1792, com a invenção do lampião a gás, houve uma tendência no 
aumento da jornada de trabalho; 
 
Em 1802, surge na Inglaterra à primeira lei de proteção ao trabalhador, a “Lei de 
Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite de 12 horas de trabalho 
diário, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a ventilar as fábricas e 
lavar as paredes duas vezes por ano. Esta lei, complementada em 1819, não teve a 
eficiência esperada devido à oposição dos empregadores; 
 
Em 1833, na Inglaterra, foi instituída a “Lei das Fábricas”, que foi a primeira lei 
realmente eficiente no campo da segurança e saúde no trabalho. A lei aplicada à 
indústria têxtil proibia o trabalho noturno para os menores de 18 anos, restringindo 
sua carga horária para 12 horas diárias e 69 semanais. Para menores entre 9 e 13 
anos, a jornada de trabalho diária passou a ser de 9 horas. A idade mínima para o 
trabalho era nove anos, sendo necessário um médico atestar que o desenvolvimento 
físico da criança correspondia a sua idade cronológica. As fábricas precisavam ter 
ainda, escolas frequentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
1.2 RESUMO SOBRE A SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL 
 
 
Na República Velha, de 1889 até 1930, o Brasil caracterizou-se por uma 
economia voltada a exportação de produtos do campo. O governo entendia que a 
regulamentação das relações de trabalho era prejudicial, tese que foi reafirmada 
pela constituição de 1891. 
 
Trabalhadores adultos eram multados por indolência ou erros cometidos, já as 
crianças eram surradas. 
 
Em 15/01/1919 a Lei 3.724, se firmou como a primeira lei sobre indenização 
por acidentes do trabalho, sendo regulamentada pelo Decreto 13498 de 12/03/1919. 
 
A OIT2 (Organização Internacional do Trabalho) fundada em 1919 organizou 
em 1921 um comitê para estudos de Segurança e Higiene do Trabalho e de 
recomendações de medidas preventivas de doenças e acidentes do trabalho que 
passariam a ser adotados pelos países de acordo com o interesse de cada em 
promover a melhoria do seu povo. Uma das recomendações era a criação de 
comissões de segurança do trabalho em estabelecimentos indústrias, (CIPA)3. 
A partir de 30, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, ocorre um 
acelerado desenvolvimento industrial. A era Vargas caracterizou-se por profunda 
reestruturação da ordem jurídica trabalhista. 
 
Decreto de 19433 de 26/11/1930 cria o Ministério do Trabalho, Indústria e 
Comércio. 
 
 
2
 A Organização Internacional do Trabalho-OIT é um organismo tripartite, ou seja, sua composição é formada 
por representantes de entidades de trabalhadores, empregadores e governo, os três principais atores do 
mercado de trabalho. A OIT é um centro mundial de informações, estatísticas, pesquisas e estudos sobre 
trabalho. Os resultados de suas reuniões servem de referência nacional e internacional. 
3
 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores dispõem para 
tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos 
que afetam sua saúde e segurança. 
21 
 
Getúlio Vargas institui o salário mínimo através da Lei nº. 185 e Decreto Lei 
nº. 399 de 30/04/1938, sendo que passou a vigorar através do Decreto Lei nº. 2162 
de01/05/1940. 
Decreto 5452 de 01/05/1943 cria a Consolidação das Leis do Trabalho CLT 4 
e reuniu a legislação relacionada com organização sindical, previdência social, 
justiça e segurança do trabalho. A CLT, no seu capítulo V – Da Segurança e 
Medicina do Trabalho, dispõe sobre diversos temas, tais como a Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes – CIPA, máquinas e equipamentos, caldeiras, 
insalubridade, medicina do trabalho, higiene industrial, entre outros. Esta Legislação 
foi alterada em 1977 e serviu como base para as atuais Normas Regulamentadoras 
– NR’s.5 
 
 Decreto Lei 7036, de 10/11/44 cria sua “Primeira Lei de Acidentes do 
Trabalho”, sendo que no seu artigo 82 tínhamos: 
 
“... Os empregadores, cujo número de empregados seja superior a 100, 
deverão providenciar a organização, em seus estabelecimentos, de comissões 
internas, com representantes dos empregados, para o fim de estimular o interesse 
pelas questões de prevenção de acidentes, apresentarem sugestões quanto à 
orientação e fiscalização das medidas de acidentes, apresentar sugestões quanto à 
orientação e fiscalização das medidas de proteção ao trabalho, realizar palestras 
instrutivas, propor a instituição de concursos e prêmios e tomar outras providências 
tendentes a educar o empregado na prática de prevenir acidentes...“ (Conforme 
Histórico da Segurança do trabalho e do Prevencionismo no Brasil, Professor 
Luciano Rodrigues de Lacerda) 
 
A Portaria 3237 de 17 de Julho de 1972, que fazia parte do “Plano de 
Valorização do Trabalhador” do Governo Federal, e posteriormente sua substituta, a 
Portaria número 3460 de 31/12/1975, tornaram obrigatória a existência de serviços 
 
4
 A Consolidação das Leis do Trabalho é a legislação que rege as relações de trabalho, individuais ou coletivas. 
Seu objetivo é unificar todas as leis trabalhistas praticadas no País. 
5
 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância 
obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem 
como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho - CLT. 
http://www.guiatrabalhista.com.br/clt.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/clt.htm
22 
 
de medicina do trabalho e engenharia de segurançado trabalho em todas as 
empresas com um ou mais trabalhadores. 
A Lei 6514, de 22/12/1977, alterou o Capítulo V, Título II da Consolidação das 
Leis Trabalhos – CLT, relativo à Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho, 
legislação válida até os dias atuais. Esta Lei foi regulamentada através da Portaria 
3214 de 08/06/1978, que significou o grande salto qualitativo nas ações 
prevencionistas, estimulando uma atuação mais eficaz por parte das empresas, 
sindicatos, Ministério do Trabalho, entre outros. 
 
 
1.3 A CIPA 
 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que 
os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das 
condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e 
segurança. A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 
3.214 de 08.06.78 baixada pelo Ministério do Trabalho 
Segundo o autor (Rodrigo Carvalho – 2007), a CIPA foi instituída pela Lei 7.036 de 
1944, porém a partir desta data a CIPA passou por algumas reformulações. 
 
Na sua instituição verifica-se que a constituição da CIPA era independente do 
ramo de atividade da empresa e que seria constituída quando o número de 
trabalhadores, ao contrário do que recomendou a OIT - 25 fosse acima de 100, 
talvez pelo momento pelo qual passava o cenário mundial – 2ª Grande Guerra - e 
esta Comissão de constituía também como órgão de formação de uma consciência 
de que um País não poderia em um momento de conflito mundial, ter a sua mão de 
obra acidentada no trabalho. 
 
Por outro lado, com o advento da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, 
em 1943, Decreto-Lei 5.452, de 01/05/43, o seu artigo 164 expressava: “... As 
empresas que a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e 
Higiene do Trabalho estiverem enquadradas em condições estabelecidas nas 
23 
 
Normas expedidas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do 
Trabalho, deverão manter, obrigatoriamente, Serviço Especializado em Segurança e 
em Higiene do Trabalho e constituir Comissões Internas de Prevenção de 
Acidentes...”. 
 
 
Atualmente, a CIPA está prevista no novo texto que foi dado ao Capítulo V do 
Título II, da CLT, pela Lei 6514, de 22/12/77, em seus artigos 163, 164 e 165. 
A principal diferença entre o texto da CLT de 1943 e de 1977 está em que a 
CIPA pode ser organizada em estabelecimentos abaixo de 100 funcionários. 
 
2. SURGIMENTO DO TÉCNICO DE SEGURANÇA NO BRASIL 
 
 
No início do século o Brasil era considerado o líder mundial em acidentes do 
trabalho, e essa imagem negativa foi quem impulsionou o governo a tomar alguma 
providência para tentar diminuir o elevado número de acidentes e mortes que 
aconteciam nos ambientes de trabalho. 
 
A 1º geração deu início no final dos anos 40, quando algumas empresas 
decidiram dar um reforço para as sua CIPA’s, criando o cargo de Inspetor de 
Segurança, título inicial do técnico de hoje em dia. Entraram para a nova atividade, 
às vezes de forma empírica, empregados de diversas áreas de atividade da 
empresa, essa era a época dos profissionais autodidatas. As grandes empresas 
como Light, GM, Ford, Antártica, através de um convênio com os Estados Unidos 
chamado CBAI6 preparava os primeiros “inspetores de segurança do trabalho”, aliás, 
esse título teve a influência do título norte americano “SafetyI nspector”. Os 
primeiros cursos de Inspetor de Segurança foram ministrados pela ABPA7 e 
coordenados pelo professor Silas Redondo. 
 
6
 CBAI - Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (CBAI), um programa de cooperação educacional 
para a formação de docentes para o ensino industrial, firmado entre os governos do Brasil e dos Estados 
Unidos, assinado em 1946. 
7
 ABPA – Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes – foi fundada em 21 de maio de 1941 com o 
objetivo, tal como indica sua denominação, de educar trabalhadores e empresários para a prevenção de 
acidentes e segurança no trabalho em todos os setores da atividade econômica. 
24 
 
 
Essa época foi muito difícil para os profissionais trabalharem um terreno bruto 
a ser desbravado, árido de consciência preventiva de acidentes e de quase total 
desconhecimento do assunto. Podemos destacar o pioneirismo em alguns casos 
como: integração ao trabalho dos novos empregados, que passaram a receber 
instruções de segurança ao iniciar suas atividades nas empresas, na época raridade 
nas empresas; caixa de sugestões que davam ao empregado, oportunidades de 
sugerir medidas para melhorar as condições do trabalho que executavam, 
contribuindo assim para a prevenção de acidentes; treinamentos diversos conforme 
os conhecimentos da ocasião em empresas que não dispunham ainda de qualquer 
setor de treinamento em seus organogramas. 
 
Em 1972, a Fundacentro8 – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e 
Segurança do Trabalho, fundação criada pelo MTE em 1966 para realização de 
estudos e pesquisas pertinentes a área de segurança e medicina do Trabalho, 
passou a realizar o primeiro curso oficial de Inspetor de Segurança do Trabalho. 
De 1985 até os nossos dias de hoje vem com o advento da Lei 7.410 de 27 de 
Novembro de 1985 e o Decreto 92530 de 09/04/1986 que profissionalizou a 
categoria com o nome de Técnico de Segurança do Trabalho. Sendo que a Portaria 
3.275 de 21/09/1989 regulamentou a profissão e definiu as suas atividades. 
 
Desde então vem surgindo ao longo dos anos à necessidade da atualização 
na área prevencionista, onde os Técnicos de Segurança do Trabalho deixaram de 
ser uma figura decorativa dentro das empresas e passaram a ter um papel vital na 
prevenção de acidentes e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. A 
criação de novas NR’S e até mesmo a mudança nas já existentes, são indícios de 
que o homem busca a cada dia inovar ainda mais os meios de prevenção, aonde o 
objetivo principal é a vida dos trabalhadores. 
 
8
 Fundacentro - única entidade governamental do Brasil que atua em pesquisa científica e tecnológica 
relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores. A Fundacentro atua em várias cidades do País. 
25 
 
2.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO NA ATUALIDADE 
 
Nos dias atuais a segurança do trabalho vem atravessando um momento de 
grande visibilidade, mas devido os acidentes e consequentes falhas no atendimento 
de normas e procedimentos de segurança; e não por evitar danos a saúde, 
segurança e medicina do trabalho. 
 
No mundo ainda acontecem problemas devido à ineficiência ao atendimento a 
legislação contra acidentes do trabalho. 
 
Há aqueles que defendem que temos em nossa nação leis suficiente para a 
modernização da segurança do trabalho, evitando os acidentes de trabalho, doenças 
ocupacionais pela realização de trabalhos subumanos, transtornos e moléstias 
decorrentes destes, mas o quadro ainda mostra uma situação nada louvável. 
2.2 FUNÇÕES DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
CBO9-3516-05 
Título: Técnico de Segurança do Trabalho 
Descrição Sumária da Função: Elaborar, participar da elaboração 
implementar política de saúde e segurança do Trabalho, realizar auditoria, 
acompanhar e avaliar a área, identificar variáveis de controle de doenças , 
acidentes, qualidade de vida e meio ambiente. Desenvolver ações educativas na 
área da Saúde e Segurança do Trabalho, participar de pericias e fiscalizações e 
integram os processos de negociação. Participar da adoção de tecnologias e 
processos de trabalho, gerenciar documentação de Segurança e Saúde do 
Trabalho, investigar, analisar acidentes e recomendam medidas de prevenção e 
controle. 
Formação: o Exercício dessa ocupação requer formação de nível médio e 
curso Técnico em Segurança do Trabalho9
 CBO é um documento do Ministério do Trabalho e Emprego,que retrata a realidade das profissões do 
mercado de trabalho brasileiro. 
26 
 
3. BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DOS EXTINTORES 
 
Desde os primórdios quando o homem tomou conhecimento da utilidade e 
necessidade do fogo, também se tornou clara a importância de mantê-lo sobre 
controle tendo em vista a destruição que pode causar. Aliada a essa necessidade de 
manter o fogo sobre controle, aumentavam também os esforços para o 
desenvolvimento de equipamentos portáteis que permitissem iniciar o combate ao 
fogo ainda em seu início, nasciam assim os primeiros extintores de incêndio. 
Extintores são recipientes metálicos que contém em seu interior agente 
extintor para o combate imediato e rápido a principio de incêndio. Podem ser 
portáteis ou sobre rodas conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis 
também são conhecidos simplesmente por extintores, e os extintores sobre rodas 
por carretas. 
 
Figura 1 Tipos de extintores 
 
 
 
 
 
 Extintores portáteis Extintor sobre rodas Extintor veicular 
 
Fontes: http://portal-biblico.blogspot.com.br/2011/07/extintores-de-incendio-do-fogo.html 
 http://www.bucka.com.br/extintores/extintores-de-incendio-portateis/ 
 http://www.riobrancoextintores.com.br/?conteudo=not_listar 
A primeira notícia que se tem sobre equipamentos portáteis para combate a 
princípio de incêndio data de 1734, com o médico alemão M. Fuchs, que inventou 
bolas de vidro cheias de uma solução salina destinada a ser atiradas no fogo (figura 
2). 
http://portal-biblico.blogspot.com.br/2011/07/extintores-de-incendio-do-fogo.html
http://www.bucka.com.br/extintores/extintores-de-incendio-portateis/
http://www.riobrancoextintores.com.br/?conteudo=not_listar
27 
 
O que mais se parece com atual, foi inventado pelo capitão George William 
Manby, um militar inglês, depois de ter presenciado um incêndio em 1813 em 
Ediburgo. O 'Extincteur' , como era denominado, consistia de um recipiente de cobre 
que tinha no seu interior três litros de solução de carbonato de potássio e ar 
comprimido(figura 9). Este foi o primeiro exemplo do princípio básico por trás de 
todos os extintores de incêndio de hoje, onde um supressor de fogo é impelido para 
fora de um recipiente de gás pressurizado. 
Fonte: http://sesmtbrasil.blogspot.com.br/2011/09/extintor-de-incendio-parte-01-historia.html 
 
 
Figura 2 Extintor de M. Fuchs 
Fonte: http://mundodesbravador.blogspot.com.br/2010/04/importancia-do-extintor-de-incendio.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 3 Extintor de Geroge William Manby 
Fonte: http://tudosobrextintores.blogspot.com.br/2009/10/resumo-da-historia-do-extintor-de.html 
 
 
A partir de então, o extintor nunca mais saiu de cena, conquistando 
definitivamente seu espaço como equipamento portátil de combate a princípio de 
incêndio, inclusive nos dias atuais de forma obrigatórios para todos os 
estabelecimentos industriais, comerciais, condomínios etc. 
http://sesmtbrasil.blogspot.com.br/2011/09/extintor-de-incendio-parte-01-historia.html
http://mundodesbravador.blogspot.com.br/2010/04/importancia-do-extintor-de-incendio.html
http://tudosobrextintores.blogspot.com.br/2009/10/resumo-da-historia-do-extintor-de.html
28 
 
3.1 QUE TIPO DE EDIFICAÇÃO DEVE POSSUIR EXTINTORES? 
 
 Geralmente a resposta a essa pergunta é: shopping Center, postos de 
serviços, supermercados, cinemas, grandes lojas de departamentos, etc. dificilmente 
alguém dirá que pequenos comércios devem possuir extintores de incêndio, assim 
como ocorre na área comercial de um conjunto habitacional em uma das cidades 
que compõe o alto Tietê em São Paulo; cerca de 20 estabelecimentos dos mais 
variados tais como cabelereiras, minimercados, oficinas, padarias etc. todos sem 
proteção por extintores, e quando lhes é perguntado por que não tem, respondem 
com uma pergunta: mas é preciso? Pra que? 
Figura 4 área comercial 
 
Fonte: arquivo pessoal - 2013 
 
 
 
 
 
 
 
Em 2001 o Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin por meio do 
Decreto 46076/01 instituiu o regulamento de segurança contra incêndio das 
edificações e áreas de risco. 
 
Este Regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio 
nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 
5º da Constituição Federal, ao artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na 
Lei Estadual nº 616, de 17 de dezembro de 1974 e na Lei estadual nº 684, de 30 de 
setembro de 1975. 
 Em 10 de março de 2011, Geraldo Alckmin ainda como governador do Estado 
de São Paulo assinou o Decreto nº 56.819 com as atualizações do referido 
regulamento que no artigo 5º do Capítulo III que trata da aplicação determina que as 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/217352/lei-616-74-s%C3%A3o-paulo-sp
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/215756/lei-684-75-s%C3%A3o-paulo-sp
29 
 
exigências de segurança previstas neste Regulamento se aplicam às edificações e 
áreas de risco no Estado de São Paulo, sendo excluídas apenas as edificações de 
uso residencial exclusivamente unifamiliares, e residências exclusivamente 
unifamiliares localizadas no pavimento superior de ocupação mista com até dois 
pavimentos e que possuam acessos independentes devendo as demais edificações 
providenciar o cumprimento deste regulamento quanto a proteção contra incêndios. 
 O primeiro passo para saber quais as exigências de proteção contra incêndios 
é o enquadramento da edificação, ou seja, sua classificação quanto a área 
construída, ocupação, altura e carga de incêndio. 
 Essas informações são obtidas através das tabelas nos anexos: 1 2 e 3 do 
referido decreto. (verificar anexos deste documento) 
 Caso a edificação possua uma área quadrada construída inferior ou igual a 
750m2, e altura inferior ou igual a 12,00 metros, após a definição de ocupação na 
tabela 1, basta consultar a tabela 5 a fim de saber quais as exigências quanto à 
proteção contra incêndios. 
 Tomemos como exemplo um escritório de uma instituição financeira, na 
tabela 1 ela está classificada quanto à ocupação no grupo D, Serviços Profissionais, 
e subgrupo D-1, como se trata de um escritório com área construída inferior a 
750m2, e também com altura inferior a 12,00 metros, deve-se consultar diretamente 
a tabela 5 no item D onde encontraremos como exigências para proteção contra 
incêndios os seguintes itens: 
 Saídas de emergências; 
 Iluminação de emergência; 
 Sinalização de emergência e, 
 Extintores de incêndio. 
 
 
30 
 
3.2 COMO ESCOLHER O EXTINTOR PARA PROTEGER MINHA 
EDIFICAÇÃO? 
 
A proteção adequada começa pela escolha correta do aparelho extintor que 
será instalado em minha empresa. 
Nesse ponto é comum ocorrem dois erros básicos: 
 Escolha pelo menor custo; 
 Escolha por um único tipo de aparelho para proteção de toda a empresa. 
Escolha pelo menor custo: 
Em uma edificação independente de do ramo de atividade encontraremos 
várias classes de fogo, que para sua extinção definitiva necessitam de agentes 
extintores específicos e de capacidade extintora diferente, isso requer um estudo 
qualitativo e quantitativo detalhado de toda a empresa para obtenção das 
necessidades reais, mas, o que geralmente se faz é adquirir os agentes mais 
baratos que são os extintores de água e os de pó químico seco de 4 quilos e 
distribuí-los por toda a empresa. 
Escolha por um único tipo de extintor: 
Em 1997 entrou em cena o extintor de pó ABC que por suas características 
provou ser eficiente no combate a princípios de incêndios em sólidos inflamáveis 
(classe A), Líquidos combustíveis inflamáveis (classeB), e equipamentos elétricos 
energizados (classe C), assim, a fim de evitar maiores gastos ou cálculos confusos 
para os leigos, opta-se por comprar o extintor ABC para todos os ambientes da 
edificação, esquecendo-se de alguns inconvenientes tais como ao utilizar em locais 
fechados, mesmo que em pequena quantidade, haverá a formação de uma nuvem 
de pó extremamente fina que se propagará por todo o ambiente, decantando sobre 
todos os materiais inclusive os mais sensíveis como computadores, etc. 
 
 
31 
 
A escolha ideal para o tipo de extintor deve levar em consideração a classe 
predominante de fogo existente no ambiente, a carga de incêndio, ou seja, quanta 
energia será liberada na ocorrência de fogo no ambiente, isso é necessário para a 
escolha da capacidade extintora do aparelho; também é necessário levar em 
consideração a existência de equipamentos sensíveis no ambiente, tais como: 
impressoras, computadores, sendo muitas vezes necessária a instalação de mais de 
um tipo de agente extintor, a IT 21 (Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros de 
São Paulo) orienta para que no dimensionamento de extintores sejam instalados 
dois extintores para o risco principal e um para o risco secundário veja o exemplo a 
seguir: 
Tomemos como exemplo uma sala administrativa onde encontramos muitas 
mesas, cadeiras, papeis, armários, lixeiras deixando claro que predominância de 
fogo é a de classe A, ou seja, fogo em materiais sólidos inflamáveis, e em um grau 
bem menor, ou seja, como risco secundário temos o fogo classe C, que são 
incêndios em equipamentos elétrico energizados, representados por 5 
computadores e 2 impressoras em rede, assim, em primeira estancia, poderíamos 
instalar dois extintores de água e outro de pó químico seco de 4 quilos para cumprir 
a orientação da IT 21, sendo os de água para classe A, e o de pó para uso nos 
aparelhos elétricos energizados. Essa escolha não está errada no sentido de 
combate a incêndio, porém, suponhamos que apenas um dos aparelhos elétricos ali 
existentes apresente um problema de curto circuito, por exemplo, que leve ao 
desprendimento de fumaça, e até mesmo fogo, ao se utilizar o extintor de pó 
químico seco, a pessoa estará com certeza combatendo o incêndio, mas ao mesmo 
tempo tornando o ambiente impróprio para trabalho por um longo período, e também 
fazendo com que os demais computadores e impressoras no ambiente recebam 
concentrações de pó em seus componentes, lembrando que esse pó possui grande 
concentração de bicarbonato de sódio. Nestes casos o melhor é manter os 
extintores de água e ao invés do pó, utilizar extintor de co2 que não deixam resíduos, 
e não danificam aparelhos sensíveis. O quadro de classe de incêndio faz parte dos 
anexos a este trabalho. 
 
32 
 
Outro ponto muito importante é a observação de mudanças de layout, ou seja, 
mudança de classe de fogo em decorrência de restruturação do local sem prévia 
informação ao setor de segurança do trabalho, o que por muitas vezes ocorre e 
criando situações de condições inseguras como o exemplo abaixo: 
 
Figura 5 Extintor em local inadequado 
Fonte: Própria, Imagem de arquivo 
pessoal 2013. 
 
 
 
 
 
 
Local originalmente protegido por extintor de água; com a mudança de layout, 
e instalação de computador no local, além de obstruir ou dificultar o acesso ao 
equipamento, criou-se uma condição insegura, já que se trata de equipamento 
elétrico energizado, ao lado de extintor de água. 
 
3.3 QUAL É A QUANTIDADE NECESSÁRIA DE EXTINTORES PARA 
PROTEGER MINHA EDIFICAÇÃO? 
 
O dimensionamento correto é outro ponto muito importante para a proteção 
adequada de uma edificação o problema é que buscar orientação na legislação 
existente se torna uma dura tarefa tendo em vista as contradições existentes. 
Segundo a NBR10 12693 de fevereiro de 1993 que traz por título “Sistemas de 
proteção por extintor de incêndio” uma unidade extintora da classe A com 
 
10
 NBR - é a sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de 
caráter voluntário, e fundamentada no consenso da sociedade. Torna-se obrigatória quando essa condição é 
estabelecida pelo poder público. 
33 
 
capacidade extintora 2A pode proteger até 540 m2 no risco pequeno. Já a Norma 
regulamentadora 23 anterior ao ano de 2011 determina como 500m2 a área máxima 
de proteção. 
A nova redação da Norma regulamentadora 23 de 6.5.2011 já não trata mais 
do assunto, e em no item 23.1 informa que é necessário o atendimento as 
exigências da legislação estadual e as normas técnicas; Por sua vez a norma 
técnica 21 (IT-21) aprovada pelo decreto 56.819, de 10 de março de 2011, não traz 
informações de cobertura de área quadrada, mas apenas a distância máxima a ser 
percorrida por um operador para encontrar um extintor, sendo essa distancia de 25 
metros para edificações com baixo risco, 20 metros para risco médio e 15 metros 
para edificações com risco alto. 
Assim muitos acabam por adotar o disposto na NBR 12693, utilizando-se o 
cálculo abaixo como exemplos: 
EXEMPLO: 
Calcular o número de extintores para incêndio classe "A" e risco médio, numa área 
de 1.500 m2. 
 
1) Cálculo do número de Unidades Extintoras (U.E.) = área total / área máxima 
protegida pela capacidade extintora de 1A (Tabela 2): 
U.E. = 1.500 m2 / 135 m2 = 12A (aproximadamente) 
2) Cálculo do número de extintores = área total / área máxima protegida por extintor 
(Tabela 2, risco médio): 
E = 1.500 m2 / 800 m2 = 2 extintores (aproximadamente) 
3) Determinação da área máxima a ser protegida por cada extintor (Tabela 3, risco 
médio): 
A = U.E. / E = 12A / 2 = 6A 
Entrando-se na Tabela 3 com 6A e risco médio, encontra-se a área máxima de 800 
m2. 
4) Se optarmos pela ÁGUA como agente extintor PORTÁTIL, veremos pela Tabela 
4, que haverá a necessidade de: 
12A / 2A = 6 extintores (de 10 litros cada). 
34 
 
Tabela 1 – quantidade de extintores segundo o risco de fogo 
Tabela 1 - QUANTIDADE DE EXTINTORES SEGUNDO 
O RISCO DE FOGO 
ÁREA 
COBERTA 
POR U.E. 
RISCO DE 
FOGO 
CLASSE DE 
OCUPAÇÃO(*) 
DIST.MÁX. A 
PERCORRER 
500 m2 pequeno "A" - 01 e 02 20 metros 
250 m2 médio "B" - 02, 04, 05 e 06 10 metros 
150 m2 grande 
"C" - 07, 08, 09, 10, 
11, 12 e 13 
10 metros 
(*) Segundo Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB. 
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm (15.05.2013 16h48m) 
 
 
Tabela 2 – Determinação da unidade extintora - área máxima de proteção. 
Tabela 2 - DETERMINAÇÃO DA UNIDADE 
EXTINTORA, ÁREA MÁXIMA PROTEGIDA E 
DISTÂNCIA MÁXIMA A SER PERCORRIDA PARA 
FOGO CLASSE "A" 
PARÂMETROS / RISCO DE INCÊNDIO peq. méd. grd. 
Unidade Extintora (U.E.) 2A 2A 4A 
Área máx.prot.pela capac. extintora de 
1A (m2) 
270 135 90 
Área máxima protegida por extintor (m2) 800 800 800 
Distância máxima a percorrer até o 
extintor (m) 
20 20 20 
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm (15.05.2013 16h48m) 
 
Tabela 3 – Área máxima de proteção por extintor 
Tabela 3 - ÁREA MÁX. 
PROT. POR EXTINTOR 
(classe A), m2 
EXT. peq. méd. grd. 
2A 540 270 --- 
3A 800 405 --- 
4A 800 540 360 
6A 800 800 540 
10A 800 800 800 
20A 800 800 800 
30A 800 800 800 
40A 800 800 800 
 
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm (15.05.2013 16h48m) 
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm
35 
 
Tabela 4 – classificação do extintor segundo o agente extintor. 
Tabela 4 - CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES SEGUNDO O AGENTE EXTINTOR, 
A CARGA NOMINAL E A CAPACIDADE EXTINTORA EQUIVALENTE (C.E.E.) 
AGENTE 
EXTINTOR 
CARGA E.P. C.E.E. E.P. CARGA E.R. C.E.E. E.R. 
Água 10 l 2A 75 l 150 l 10A 20A 
Espuma 
química 
10l 20 l 2A:2B 2A:5B 75 l 150 l 6A:10B 10A:20B 
Espuma 
mecânica 
9 l 2A:20B 
Gás 
carbônico 
(CO2) 
 4 kg 6 
kg 
 
2B 2B 
10 kg 25 
kg 30 kg 50 
kg 
5B 10B 10B 10B 
Pó químico à 
base de 
bicarbonato 
de sódio 
 1 kg 2 
kg 4 
kg 6 
kg 8 
kg 12 kg 
2B 2B 10B 10B 10B 
 20B 
 
 20 kg 50 
kg 100 
kg 
 20B 30B 
 40B 
Hidrocarbone
tos 
halogenados 
1 kg 2 
kg 2,5 
kg 4 kg 
2B 5B 10B 10B 
LEGENDA: E.P.= Extintor Portátil E.R.= Extintor sobre Rodas 
 
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm (15.05.2013 16h48m). 
3.4 COMO SINALIZÁ-LOS ADEQUADAMENTE? 
 
Além do treinamento periódico para os componentes da brigada de 
emergência, e um treinamento básico para todos os colaboradores da empresa, 
para que saibam como operar adequadamente um aparelho extintor, é de extrema 
importância que os aparelhos extintores estejam devidamente sinalizados. Vale 
lembrar que no momento de uma emergência o ser humano pode responder de 
várias maneiras, uma delas é o pânico no qual a primeira reação é o de abandonar o 
local da maneira mais rápida possível sem observar qualquer norma de segurança 
ou cuidados, ou muitas vezes o apavoramento não permite que a pessoa veja 
objetos que estão ao seu redor, ou mesmo que realize tarefas comuns como abrir 
uma tranca, soltar um cinto de segurança, etc. Essa condição com certeza será 
agravada se o extintor não estiver adequadamente sinalizado. 
 
 
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/extin2.htm
36 
 
Figura 6 Extintor em meio a 
mercadorias 
 
Comercio local na cidade de 
Ferraz de Vasconcelos-SP, o 
extintor se confunde com a 
mercadoria a venda. 
 
Fonte: Própria, arquivo 
particular 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 Extintor com visualização dificultada 
 
 
Empresa do seguimento logístico em 
Guarulhos-SP. 
Extintores de difícil visualização e 
acesso em razão de materiais 
depositados em local inadequado. 
Fonte: Própria, arquivo particular 
2013. 
 
 
A sinalização apropriada de equipamentos de combate a incêndio deve estar 
a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da sinalização, e 
imediatamente acima do equipamento sinalizado. Ainda: 
37 
 
a) quando houver, na área de risco, obstáculos que dificultem ou impeçam a 
visualização direta da sinalização básica no plano vertical, a mesma sinalização 
deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização; 
b) quando a visualização direta do equipamento ou sua sinalização não for 
possível no plano horizontal, a sua localização deve ser indicada a partir do ponto de 
boa visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o símbolo do equipamento 
em questão e uma seta indicativa, sendo que o conjunto não deve distar mais que 
7,5 m do equipamento; 
c) quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar, deve ser sinalizado 
todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os corredores de circulação de 
pessoas ou veículos; 
d) quando se tratar de hidrante e extintor de incêndios instalados em 
garagem, área de fabricação, depósito e locais utilizados para movimentação de 
mercadorias e de grande varejo deve ser implantada também a sinalização de piso. 
 
Figura 8 Sinalização de solo para extintor 
 Fonte: INTERNET http://www.fisiostore.com.br/piso-
demarcador-de-solo-para-extintores--1m-x-1m-peca--
mercur,product,MERC-EXTIN,1101.aspx 15.05.2013 18h00m 
 
 
 
 
 
 Figura 9 Sinalização para extintores 
Fonte: INTERNET 
http://sao-roque-sao paulo.guiameubrasil.com.br/emp/w-l-extintores-sao-
roque-em-sao-roque-sao-paulo.html 15.05.2013 18h07m 
http://www.fisiostore.com.br/piso-demarcador-de-solo-para-extintores--1m-x-1m-peca--mercur,product,MERC-EXTIN,1101.aspx
http://www.fisiostore.com.br/piso-demarcador-de-solo-para-extintores--1m-x-1m-peca--mercur,product,MERC-EXTIN,1101.aspx
http://www.fisiostore.com.br/piso-demarcador-de-solo-para-extintores--1m-x-1m-peca--mercur,product,MERC-EXTIN,1101.aspx
38 
 
 
 
 
Figura 10 – Sinalização em 
coluna 
Sinalização correta para 
colunas onde serão 
instalados extintores. 
 
Fonte: Própria 
Imagem de arquivo particular 2013. 
 
3.4 PESQUISA 
 
No período compreendido entre 10 a 20 de maio de 2013 foram entrevistadas 
149 pessoas com idades entre 16 e 67 anos moradoras em várias regiões de São 
Paulo, capital e municípios com grau de escolaridade do fundamental á graduação. 
A pesquisa possuía perguntas básicas sobre o tema extintor, tais como se o usuário 
sabe o que é se sabe como utilizar, se conhece a localização do extintor em seu 
local de trabalho, etc. 
 
Um dado que chamou atenção ao final da pesquisa é que 15% dos 
entrevistados não sabem a localização do extintor de incêndio em seu local de 
trabalho, o que comprova que a sinalização deve seguir os padrões das normas 
técnicas a fim de facilitar a visualização e localização dos extintores de incêndio e 
demais equipamentos destinados a emergências. 
 
39 
 
 Figura 11 Gráfico sobre uso de extintores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: pesquisa realizada pelos autores deste TCC - 2013 
3.5 QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS A SEREM OBSERVADOS 
COM OS EXTINTORES? 
 
Como qualquer outro tipo de máquina ou equipamento, os extintores de 
incêndio sejam eles portáteis ou sobre rodas necessitam de cuidados e atenção 
para que haja garantia de acessibilidade e funcionalidade, assim, um programa de 
inspeção periódica deve ser implantado obedecendo aos parâmetros das normas 
técnicas vigentes tais como NBR, IT, NR. 
O ideal é que os equipamentos destinados a emergências sofram inspeções 
diárias, mesmo que apenas visuais nas quais se verifiquem itens simples como 
obstrução ou dificuldade no acesso resultante de objetos ou mercadorias 
depositadas no local, se a sinalização está visível em todos os pontos do setor ou 
seção, equipamentos retirados de seus locais, aparelhos afetados pelas intempéries, 
ação de produtos químicos etc. 
 
 
 
40 
 
Figura 12 Extintor em mal estado de conservação 
Fonte: Internet 
http://extintor-de incêndio. blogspot.com. 
br/2010_09_01_archive.html - 20.05.2013/16h31m 
 
 
 
 
 
 Figura 13 Extintor em mal estado de conservação 2 
 Fonte: Internet 
 http://scienceblogs.com.br/uoleo/page/5/ 20.05.2013/16h43m 
 
 
 
 
 
A inspeção pode ser realizada por qualquer pessoa que tenha recebido o 
treinamento básico de brigada de incêndio e possui os conhecimentos necessários. 
Essa inspeção é visual e visa certificar-se que o aparelho aparentemente está em 
condições de uso. 
 
Figura 14 Inspeção de extintor 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 
 
 
http://extintor-de/
http://scienceblogs.com.br/uoleo/page/5/
41 
 
Os pontos a serem verificados na inspeção são: 
 Estado de conservação do aparelho; 
 Ponteiro do manômetro na posição verde indicando pressurização; 
 Existência de lacre de inviolabilidade; 
 Existência de rótulo de instruções com informações precisas e legíveis; 
 Existência de sinalização adequada; 
 Acessibilidade ao aparelho; 
 Reaperto de peças que não estejam sob pressão; 
 Verificação do estado de mangueiras e pistolas plásticas de acordo com o 
modelo de extintor. 
A inspeção visa também identificar usos incorretos dos aparelhos tais como: 
Figura 15 Uso incorreto de extintor 
Extintor sendo utilizado como trava de 
porta,nesta sala funciona um centro de 
segurança. 
 
Fonte: Própria, arquivo particular 2010. 
 
 
 
Figura 16 Uso incorreto de extintor 2 
Extintor servindo como suporte para guarda 
chuvas em uma igreja. 
Fonte: Própria, arquivo particular 2009. 
 
 
 
42 
 
Outro cuidado a ser observado é o local onde o aparelho será instalado; deve 
ser um local que atenda as necessidades do setor e as exigências das normas. 
 
 
Figura 17 Extintor instalado atrás de porta 
Fonte: Própria, arquivo pessoal 2010. 
 
Edifício onde funciona uma escola de formação de Bombeiros Civis no centro 
de São Paulo. 
Extintor instalado de forma incorreta atrás de uma porta em contrariedade as 
orientações das normas técnicas. 
 
3.6 TREINAMENTOS AO USUÁRIO OU COLABORADOR 
 
Segundo o dicionário Aurélio Eletrônico Século XXI versão 3 de 1999, treinar 
é: Tornar apto, destro, capaz, para determinada tarefa ou atividade; habilitar, 
adestrar: Exercitar, praticar. 
A legislação prevê treinamento periódico para os integrantes de brigadas de 
emergência, mas, e para as pessoas que nunca participaram de uma brigada de 
emergência? Por mais que tenhamos ótimos brigadistas existe sempre a 
possibilidade de o sinistro ocorrer no momento em que nenhum deles esteja 
presente, por isso, é aconselhável que o empregador invista em treinamento básico 
43 
 
que habilite todos os colaboradores de sua empresa no correto manuseio de 
extintores de incêndio, isso pode ser implementado já no início, quando ocorre a 
integração de novo colaborador, nesse momento as empresas sempre se 
preocupam em fornecer ao novo colaborador informações de benefícios, direito e 
deveres, esclarecimento sobre as práticas burocráticas da empresa no que diz 
respeito ao recursos humanos, etc. e acabam por não dispensar tempo suficiente 
em palestras sobre a importância dos equipamentos de prevenção e combate a 
incêndios, suas características, modo de operação, conservação etc. o resultado 
disso é que o colaborador não dá aos equipamentos a devida importância, causando 
sua obstrução por materiais diversos, retirando-o do lugar por entender que está 
atrapalhando, etc. 
Em uma breve pesquisa fotográfica realizada por nossa equipe na região de 
Guarulhos na grande São Paulo e cidades que compõem o alto Tietê encontramos 
as seguintes situações: 
Loja de materiais de construção em 
Guarulhos-SP 
Fonte: Particular, arquivo próprio 2013. 
 
 
 
Figura 18 Acesso ao extintor dificultado 
 
 
Escritório de atendimento ao cliente na 
cidade de Guarulhos-SP 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
Figura 19 Extintor obstruído 
 
44 
 
Igreja na região do alto Tietê - SP 
Fonte: Própria, arquivo particular 2009. 
 
 
 
Figura 20 Extintor com acesso dificultado 
 
 
Supermercado na região do alto Tietê – SP 
Fonte: Própria, arquivo particular 2012. 
 
 
 
Figura 21 Extintor com acesso dificultado 
 
Figura 22 Extintor inadequado, vencido. 
Escola de ensino médio na região do alto 
Tietê – SP 
Aparelho extintor vencido, modelo fora de 
circulação, pois se trata de um extintor de 
espuma química retirado de circulação desde 
o final dos anos 90, com sinais de corrosão, 
sem sinalização. 
 
 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
45 
 
Depósito de seguimento logístico, que 
representa um grande problema nesta 
questão, uma vez que na logística o espaço 
disponível é de grande importância. 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 
Figura 23 Extintor obstruído por materiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24 Extintor com acesso dificultado 
 Figura 25 Extintor obstruído por mercadorias 
Loja de artigos para decorações Loja de Eletro doméstico na região do alto Tietê 
No centro de São Paulo Fonte: Própria, arquivo particular 2011. 
Arquivo pessoal - 2012 
 
É clara a necessidade de uma fiscalização mais eficaz que evite essas 
situações que representam não somente a inobservância as normas de segurança, 
mas também aumento nas consequências e danos gerados por sinistros casos 
esses ocorram. 
Se investirmos em palestras e treinamento de prevenção e combate a 
incêndio ainda na integração de novos funcionários estaremos com certeza 
diminuindo as ocorrências de obstrução de equipamentos de combate a incêndio, 
46 
 
brincadeiras com a utilização dos mesmos, e obviamente aumentando o número de 
pessoas aptas a operar os aparelhos extintores e demais equipamentos quando 
necessário. 
Aliás, quando mencionamos brincadeiras com extintor, parece algo que 
somente ocorre na televisão, mas não é assim. Por incrível que pareça, pessoas 
cultas, adultas se utilizam desse equipamento para realizar brincadeiras como pode 
ser visto nas redes sociais, onde até se ensina a fazer gelo seco se utilizando de um 
extintor de CO2 entre outras coisas que, nem sempre acaba bem. 
NOTÍCIA 
 
Trio é condenado por agressão com jatos de extintor 
01 de outubro de 2010 | 11h 54.(NÃO HÁ FOTO) 
(http://www.estadao.com.br/noticias/geral,trio-e-condenado-por-agressao-com-jatos-de-
extintor,618287,0.htm) 31.05.2013/00h05m. 
Três jovens de classe média alta foram condenados a pagar R$ 30 mil a uma 
mulher agredida com jatos de extintor no calçadão da praia da Barra da Tijuca, na 
madrugada de 4 de novembro de 2007. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-
RJ), a vítima estava acompanhada de cinco amigas no calçadão da praia, quando 
Luciano Filgueiras da Silva Monteiro, Fernando Mattos Roiz Junior e um menor 
pararam o carro e as chamaram. Ao se aproximarem, elas foram atacadas com jatos 
de extintor. 
Shana Regina de Oliveira Guedes foi levada ao Hospital Pedro II e 
apresentou uma lesão no globo ocular. Para o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª 
Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca, a atitude gratuita e o tratamento 
dispensado à vítima seria revoltante até se praticado em animais. 
Os jovens disseram que tudo não passou de uma "brincadeira de mau gosto". 
O réu Fernando alegou que não poderia se responsabilizar porque estava dirigindo o 
carro. O magistrado considerou a tese absurda. 
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,trio-e-condenado-por-agressao-com-jatos-de-extintor,618287,0.htm
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,trio-e-condenado-por-agressao-com-jatos-de-extintor,618287,0.htm
47 
 
Na sentença, o juiz assinalou que a mãe do menor que estava no interior do 
veículo junto com os demais réus no momento do crime, também foi condenada 
porque os pais respondem pelos atos ilícitos de seus filhos menores. 
3.7 PROCEDIMENTOS SEGUROS PARA OPERAÇÃO DE 
EXTINTORES 
 
Para utilizar de forma segura os extintores de incêndio observe os seguintes 
passos: 
1. Dirija-se ao local onde o extintor está instalado verifique se o manômetro do 
aparelho indica condições de uso, ou seja, o ponteiro está na faixa verde 
indicando que o aparelho está pressurizado, sua trava está no local e o lacre 
inviolado. 
 
 
Figura 26 Manômetro, trava e lacre 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 
 
 
Manômetro com ponteiro na 
faixa verde indicando que o 
aparelho está pressurizado 
Lacre indicando que o 
aparelho não foi violado 
Trava do gatilho 
48 
 
2. Retire o aparelho de seu suporte com cuidado para evitar acidentes; 
Figura 27 Retirando o extintor de seu suporte 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
3. Antes de retirar a trava, prenda a mangueira de forma que não chicoteie 
acidentalmente, e então retire a trava de segurança; 
 
Figura 28 Retirar a trava com segurança 
 Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 Figura 29 Detalhe do travamento 
 
 
49 
 
4. Transporte o extintor até as proximidades do fogo, segurando-o pela alça 
de transporte; 
Figura 30 Transporte de extintorFonte: Própria, arquivo pessoal 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 31 Detalhe da figura 28 
Fonte: Própria, arquivo pessoal 2013. 
 
 
 
5. Antes de iniciar o combate efetivo, teste o aparelho; para isso segure-o 
firme aponte a mangueira para o chão, e acione o gatilho liberando um 
pouco do agente extintor. 
 
Figura 32 Teste de funcionamento 
Fonte: Própria, arquivo pessoal 2013. 
 
 
 
 
50 
 
Este é um ponto muito importante que por vezes é ignorado; o fato do 
ponteiro do manômetro estar posicionado na faixa verde não garante totalmente que 
este esteja pressurizado, pois mesmo não sendo muito comum pode ocorrer o que 
chamamos de “fenômeno ponteiro colado” que nada mais é do que o travamento do 
ponteiro na posição verde, mesmo sem pressão (veja figura 33). 
 
Figura 33 Manômetro com defeito 
Fonte: Própria, arquivo particular 2013. 
 
 
 
 
 
 
6. Aproxime-se do fogo a uma distancia segura, faça a empunhadura do 
extintor e acione o gatilho dirigindo o jato para a base do fogo. 
Figura 34 combate ao fogo com 
extintor. 
Fonte: Própria, arquivo 
pessoal 2013. 
 
 
 
 
 
Após a utilização, não o recoloque em seu suporte mesmo que em seu 
interior exista bastante agente extintor; avise a um brigadista ou o supervisor de seu 
local de trabalho para que o aparelho seja encaminhado para manutenção e recarga 
51 
 
4. MANUTENÇÃO E RECARGA 
 
Segundo a definição da Nbr 12962 de fevereiro de 1998 que tem por título: 
“Inspeção, manutenção e recarga de extintores”. Manutenção é o serviço efetuado 
no extintor de incêndio, com a finalidade de manter suas condições originais de 
operação, após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção. 
 
Quando nos atentamos a essa definição, percebemos então a importância e 
seriedade dessa manutenção, pois tem como objetivo manter as condições originais 
de funcionamento do aparelho extintor, não devendo, portanto ser executado de 
qualquer maneira ou por qualquer um. 
 
Este é realmente um ponto delicado, pois influencia diretamente em um ponto 
de grande importância para as empresas: O ORÇAMENTO. 
 
Um bom comprador tem por objetivo e missão buscar o melhor material pelo 
menor preço e maiores vantagens para a empresa, isso se torna um empecilho no 
que se refere à manutenção adequada de extintores de incêndio já que aos olhos 
patronais que consideram a recarga de extintores um gasto desnecessário. 
 
O fato é que para muitas empresas de pequeno e médio porte, e também 
para a maioria do comercio varejista, os extintores são instalados na inauguração e 
nunca mais são recarregados, ou recebem algum tipo de manutenção, ou mesmo 
inspeção. Isso facilita a retirada do aparelho de seu local original para dar lugar a 
qualquer outro objeto que aos olhos do leigo, vai ser de maior utilidade. O extintor 
então vai para trás da porta, debaixo da escada e por fim no porão, sótão ou junto 
com vários outros objetos esquecidos na área de estocagem. Isso representa um 
enorme risco a segurança dos usuários; sem a devida manutenção o extintor ppode 
se transformar em uma arma perigosa. 
 
Outro ponto negativo e dificultoso no que diz respeito à manutenção e recarga 
de extintores é a ausência de procedimentos em razão de falta de conhecimento do 
assunto. Na maioria das escolas de ensino técnico onde são formados os técnicos 
de segurança do trabalho, profissional geralmente responsável pelo controle dos 
52 
 
extintores e demais equipamentos contra incêndios, o assunto não é abordado de 
maneira aprofundada; o normal é abordar os tipos de extintores, dimensionamento, 
maneira correta de instalação e utilização, mas não os procedimentos e cuidados 
para escolha, envio e até o acompanhamento da manutenção e recarga dos 
aparelhos extintores. 
 
Assim por falta de informações opta-se sempre pelo menor preço e não 
exatamente pela melhor qualidade. 
 
No que diz respeito à manutenção e recarga de extintores e os demais itens 
de segurança, o ditado “quanto mais caro, melhor” é válido. 
 
A manutenção de um extintor de incêndio envolve três níveis, a saber: 
 
Manutenção de primeiro nível: 
 
Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, 
que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo 
necessidade de removê-lo para oficina especializada. 
 
Essa é a manutenção realizada geralmente pelo bombeiro civil, brigadista ou 
por qualquer outro colaborador que tenha sido treinado para isso; há empresas que 
terceirizam esse serviço também. 
 
Manutenção de segundo nível: 
 
Manutenção que requer execução de serviços com equipamento e local 
apropriados e por pessoal habilitado. Essa manutenção envolve: 
 
a) desmontagem completa do extintor; 
b) verificação da carga; 
c) limpeza de todos os componentes; 
d) controle de rosca visual, sendo rejeitadas as que apresentarem um dos 
eventos: 
53 
 
- crista danificada; 
- falhas de filetes; 
- francos desgastados; 
e) verificação das partes internas e externas, quanto à existência de danos ou 
corrosão; 
f) substituição de componentes, quando necessária, por outros originais; 
g) regulagem das válvulas de alívio e/ou reguladora de pressão, quando 
houver; 
h) verificação do indicador de pressão, conforme 8.2 e 9.3 da NBR 
9654/1986; 
i) fixação dos componentes roscados (exceto roscas cônicas) com torque 
recomendado pelo fabricante, no mínimo para as válvulas de descarga, bujão de 
segurança e tampa; 
j) pintura conforme o padrão estabelecido na NBR 7195 e colocação do 
quadro de instruções, quando necessário; 
l) verificação da existência de vazamento; 
m) colocação do lacre, identificando o executor; 
n) exame visual dos componentes de materiais plásticos, com o auxílio de 
lupa com aumento de pelo menos 2,5 vezes, os quais não podem apresentar 
rachaduras ou fissuras. 
 
Manutenção de terceiro nível: 
Processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios 
hidrostáticos. 
 
Quando se opta pelo menor preço um ou mais itens desse processo deixará 
de ser executado, pois o preço da recarga é um, o teste hidrostático é outro, e sendo 
necessário substituir peças com certeza o valor será outro. 
 
A maioria das empresas de recarga de extintores oferece a opção de 
manutenção e recarga com preço fechado, que significa um valor fixo sem 
acréscimos para substituição de peças e também sem descontos caso não seja 
necessária a substituição de peças. 
 
54 
 
O preço aberto implica nos devidos acréscimos já citados. 
 
Outro ditado que deve ser levado em consideração é o “Quando a esmola é 
demais o santo desconfia”. Empresas que dizem fazer o mesmo que outras fazem 
por metade do valor. Isso com certeza merece atenção. 
 
No mês de Maio de 2013 fizemos um orçamento básico com três empresas 
do seguimento de manutenção e recarga de extintores. A solicitação foi de compra 
de extintor de co2 6 quilos e recarga de extintor de PQS 4 quilos; o resultado foi o 
seguinte: 
 
Tabela 5 - Orçamento 
Empresas Valor para compra 
de CO2 
Valor para recarga 
de PQS 4quilos 
Empresa A R$ 590,00 R$ 55,00 
Empresa B R$ 380,00 R$ 45,00 
Empresa C R$ 385,00 R$ 32,00 
 
 Como podemos observar há uma enorme diferença principalmente entre a 
empresa A e C que é de R$ 23,00, quase o valor de uma recarga. Isso porque na 
empresa C está sendo cobrado apenas o valor de recarga, caso seja necessário a 
realização de teste hidrostático o valor é acrescido de R$ 13,00, se equiparando a 
empresa B que está informando um valor fechado com previsão de realização de 
teste hidrostático se necessário. A empresa C está cobrando um valor bem maior 
que o praticado pelas outras duas empresas provavelmente cobrando o valor de 
gastos com retirada e devolução, já que as empresas B e C estão localizadas no alto 
Tietê e a empresa A no Cangaiba em SP. 
 
Esses são apenas alguns

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