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TRATAMENTO DO LÚPUS SISTÊMICO

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Tratamento deve ser individualizado 
devido a alta heterogeneidade da clínica da 
doença. 
RECOMENDAÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS- 
Ministério da saúde: 
1. Acolher e orientar por meio de tratamento 
multidisciplinar para o paciente e seus 
familiares. 
2. Informar sobre a doença, riscos, recursos, 
tratamento. 
3. Transmitir otimismo e motivação para 
estimular a adesão ao tratamento. 
4. Orientação dietética para prevenção e 
controle de osteoporose, dislipidemia, 
obesidade e hipertensão arterial sistêmica 
(baixo sal, carboidrato e lipídios), 
considerar a complementação de cálcio e 
de vitamina D para todos os pacientes. 
5. Estimular a realização de exercícios físicos 
regulares aeróbicos para melhorar e 
manter condicionamento físico (evitar 
durante os períodos de importante 
atividade sistêmica da doença.) 
6. Proteção contra luz solar e outras formas 
de irradiação ultravioleta (roupas de 
manga longas, gola alta, chapéus), evitar 
exposição direta ou indireta ao sol e a 
lâmpadas fluorescentes ou halógenas. 
7. Avaliação ginecológica anual exame 
clinico das mamas e útero (displasia 
cervical causada por HPV.) 
8. Avaliação oftalmológica a cada 6-12 
meses (uso de antimaláricos tóxico pro 
olho). 
9. Consulta odontológica periódica – saúde 
bucal. 
 
 
 
10. Vacinação anual contra vírus da gripe e a 
cada 5 anos contra pneumococo. 
11. Suspender tabagismo. 
12. Orientações sobre anticoncepção. Se 
houver necessidade de anticoncepcional 
oral, preferir os sem estrôgenio. (Não é 
aconselhável o uso de anticoncepcionais 
orais para aqueles pacientes com LES e 
história de doença cardiovascular ou risco 
de fenômenos tromboembóliticos.) 
13. Evitar a concepção nos períodos de 
atividade da doença ou durante o 
tratamento com medicamentos 
contraindicados na gestação. 
14. Realizar teste cutâneo para tuberculose 
antes da introdução dos medicamentos 
imunossupressores e quimioprofilaxia 
com isoniazida em caso de ifecção latente. 
15. Investigar sorologia para hepatite B, 
hepatite C e HIV antes do início do 
tatamento. 
16. Realizar tratamento empírico com anti-
helmintico para estrongiloidíase antes de 
inicar uso dos medicamentos 
imunossupressores. 
17. Controlar e tratar os fatores de risco 
cardiovascular (diabetes mellitus, HAS, 
dislipidemia e obesidade). 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: 
Independente do órgão ou sistema afetado 
pela doença: cloroquina e hidroxicloroquina e 
glicocorticoides. 
Esquemas usuais de prednisona utilizados em 
pacientes com LES também podem ser 
ajustados da seguinte maneira: 
▶ - dose baixa: menos de 7,5 mg/dia 
▶ - dose moderada: 7,5-30 mg/dia 
▶ - dose alta: 30-10 mg/dia 
▶ - dose muito alta: mais de 100 mg/dia 
Tratamento do Lúpus Eritematoso 
▶ - pulsoterapia com GC: aplicação 
endovenosa de metilprednisolona 0,5-1g 
/dia, administrada em 1 hora, 
habitualmente por 3 dias consecutivos. 
Os GC devem ser usados na menor dose 
efetiva e assim que possível reduzidos 
gradualmente até a suspensão. 
Para pacientes em uso de antimaláricos e que 
não conseguem atingir a dose de manutenção 
de predinisona até 7,5 mg/dia, há indicação 
de associação de outro medicamento para 
poupar GC. Azatiprina (AZA) e metotrexato 
(MTX). 
Se usar metatrexato é preciso associar o uso 
de ácido fólico que precisa ser tomado 36 
horas após a dose de MTX, uma vez por 
semana. 
Nas demais situações o tratamento 
medicamentoso depende da extensão e da 
gravidade da doença, considerando os órgãos 
e sistemas acometidos. 
O uso de antimaláricos é indicado para 
reduzir a atividade da doença e tentar poupar 
o uso de corticoide. São seguros na gravidez, 
não aumentam o risco de infecção, melhoram 
o perfil lipídico e glicemia. Pode causar 
maculopatia mas é uma complicação rara. 
Difosfato de cloroquina (4mg/kg/dia) 
Sulfato de hidroxicloroquina (6mg/kg/dia) 
Alvo do tratamento: remissão da doença 
(SLEDAI = 0) usar apenas HQC ou baixa 
atividade de doença (SLEDAI ≤ 𝟒) usar HQC _ 
prednisona em baixa dose (≤ 7,5 𝑚𝑔/
𝑑𝑙) imunossupressores se necessário. 
 
 
 
MANIFESTAÇÃO CUTÂNEA - tratamento: 
Lesões isoladas: considerar GC e inibidores 
de calcineurina tópico. 
Exemplo de prescrição: oral: HQ 400 mg 1 x 
ao dia. Uso tópico: valerato de betametasona 
creme 0,1% 2 a 3 vezes ao dia. (não resolveu 
⇨ HQC + corticoide oral ⇨ não resolveu ⇨ 
usar imunossupressor) 
 
A hidroxicloroquina em combinação com 
terapia tópica. 
Lesões cutâneas disseminadas: GC sistêmico 
em associação com imunossupressores – mtx, 
micofenolato, talidomida. 
Exemplo de prescrição: uso oral: HQC 400mg 
1 x ao dia + prednisona ⇨ não resolveu ⇨ 
HQC + CE + imunossupressor (metotexato) 
 Nos pacientes que apresentam 
manifestações cutâneas refratárias a GC e a 
antimaláricos, pode-se associar MTX na dose 
de 10-20 mg/semana, podendo ser 
aumentado até 25 mg/semana. 
MANIFESTAÇÃO ARTICULAR- tratamento: 
Artrite crônica: AINES, antimaláricos ou GCs. 
Casos refratários pode se optar por MTX. 
Exemplo: HQ + corticoide oral (predinisona 1 
comp 1 x ao dia pela manhã) ⇨ não resolveu 
⇨ HQ + imunossupressor (como metotrexato 
4 comp no dia, 1 x por semana ) 
LEUCOPENIA: 
▶ Não há diretrizes atuais para a terapia. 
Conduta expectante é a regra. 
▶ Corticoide (predinisona 20mg) + HQ. 
▶ Neutropenia grave com risco de vida – 
tratar. Fator estimulados de colônias de 
granulóscitos com pulsoterapia de 
metilpredinisolona. 
▶ O belimumabe, um anticorpo monoclonal 
que altera a sobrevivência dos linfócitos B, 
é eficaz como terapia adjuvante em 
pacientes com LES com atividade da 
doença descontrolada. 
▶ Trombocitopenia: não precisa de terapia 
se a contagem de plaquetas dos > 
20.000/mm3. Os pacientes com contagens 
de plaquetas baixas e sangramento são 
tratados com glicocorticoides. Das 
leucopenias é a que mais leva a tratar. 
Menor que 30.000/mm3 sem 
sangramento: predinisona VO (1g/Kg). 
Menor que 30.000/mm3 com sangramento 
ativo: pulsoterapia com metilpredinisolona 
1 g/Kg ao dia por 3 dias seguidos. 
Refratário: imunoglobulina intravenosa. 
Na alta do paciente ele irá tratar em casa 
com HQ + predinisona 20mg (ao dia) + 
imunossupressão com micofenolato de 
mofetila tomar 500 mg 2x de manhã e 
500mg 2x a noite) 
▶ Plasmaférese purpura trombocitopênica 
trombótica e trombocitopenia grave 
refrataria à GCs. 
ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO IMUNE: 
 Primeira linha: corticoterapia. Diminuir a 
dose a medida que a resposta for 
alcançada. 
 
PNEUMONITE LÚPICA: 
 Altas doses de corticoesteroides 
sistêmicos – predinisona 1-1,5 
mg/kg/dia. 
 Se não houver resposta em 72h, e em 
doentes críticos, está indicada a 
administração de glicocorticóides 
intravenosos: 1 g/Kg de metilprednisolona 
por dia durante 3-5 dias consecutivos. 
PLEURA: 
 Entender o critério light: classifica se é 
transudativo ou exsudativo 
 Leve: AINEs. 
 Severa: doses moderadas a altas de 
esteroides orais. 
 Tratar com HQ + corticoide. 
HEMORRAGIA ALVEOLAR DIFUSA: 
 Pulsos de metilpredinisolona (1g/Kg por 
dia durante 3 dias). No quarto dia a dose é 
diminuída e intercalada com predinisona. 
NEFRITE LÚPICA: 
Recomendações não farmacológicas: 
 Parar de fumar 
 Fazer atividade física 
 Monitorar níveis de vitamina D 
 Estimular dieta rica em cálcio e pobre 
em sódio e considerar suplementação 
se necessário. 
 Considerar suplementação de vitamina 
D. 
 Evitar medicamentos nefrotóxicos 
(principalmente AINEs) 
 Prevenir e tratar os fatores de risco 
para doença cardiovascular: 
sedentarismo, dislipidemia 
(LDL<100mg/dl), diabetes, obesidade, 
HAS (PA < 130 x 80 mmHg) e 
tabagismo. 
Os IECA e/ou BRA são recomendados como 
antiproteinúricos para todos os pacientes sem 
contraidicações. 
NEFRITE LÚPICA CLASSE I E II (INDUÇÃO E 
MANUTENÇÃO): 
▶ Envolvimento mesangual, proteinúra leve, 
sedimento urinário ativo (hematúriae 
clindrúria) e função renal normal. 
▶ Para a maioria dos pacientes é apenas 
corticoesteroide e hidroxicloroquina. 
Aqueles com proteinúria persistente 
(>1g/24 horas) deve-se considerar a 
associação de azatioprina (AZA), ou 
micofenolato de mofetila (MMF). 
▶ (HQ+ Prednisona (0,5mg/Kg) + IECA ou 
BRA ⇨ não resolveu proteínuria 
persistente ⇨ imunossupressão com 
micofenolato de mofetila 500 mg 3 x de 
manhã e 500 mg 3 x a noite OU 
azatioprina 50 mg 3 comprimidos ao dia 
⇨ resolveu? ⇨ desmame do corticoide) 
 
NEFRITE LÚPICA classe III e IV – 
glomerulonefrite proliferativa: 
( “quadro floreado” = ureia e creatinina 
elevadas, HAS, baixo complemento, anti-
DNAds positivo, proteinúria > 0,5g/24h) 
▶ O alvo é alcançar a remissão completa em 
6 meses. 
INDUÇÃO: 
Esquema da NIH: O início do tratamento pode 
ser feito com pulsoterapia com 
metilpredinisolona (0,5g a 1g/dia IV) durante 
três dias seguidos. Seguido de predinisona 
(0,5 a 1 mg/Kg/dia) por 3 ou 4 semanas, após 
isso a dose deve ser reduzida gradualmente 
até alcançar 5 a 10 mg/dia em seis meses. 
Em conjunto no quarto dia de tratamento 
deve-se incluir ciclofosfamida (CFM) IV 0,5 a 
1g/m2 de superfície corporal 1 x ao mês 
(mensalmente) durante 6 meses. 
Esquema Eurolúpus trial: o que muda do NIH 
é que a CFM 0,5g IV a cada 15 dias durante 
três meses 
Pacientes graves: CFM como primeira opção 
Após 3 meses de terapia de indução sem 
resposta considerar mudança do protocolo. 
Em casos de alcance apenas da remissão 
parcial no fim de seis meses de tratamento 
adequado, a fase de indução pode ser 
estendida para sete a nove meses, de acordo 
com o julgamento clínico. Após seis meses de 
tratamento de indução, se a remissão 
completa ou remissão parcial não tiverem 
sido alcançadas, considera-se a nefrite lúpica 
refratária e recomenda-se uma nova terapia 
de indução com metilpredinisolona e 
substituição da CFM por MMF ou do MMF pela 
CFM. 
MANUTENÇÃO: 
É recomendada para os pacientes que tenham 
alcançado a remissão completa ou parcial na 
fase de indução. A suspensão só deve ser feita 
quando o paciente atingir remissão completa 
sustentada. 
AZA (1mg/kg/dia – 3 comprimidos pela 
manhã) ou MMF (2g/dia -2 comprimidos pela 
manhã e 2 comprimidos a noite – 1 comp tem 
500mg) associadas à prednisona em baixas 
doses (5 a 10 mg/dia), por pelo menos 3 anos 
(que pode se estender) a prednisona deve ser 
reduzida progressivamente e se possível 
suspensas, (EULAR). A suspenção deve ser 
feita quando paciente atingir e mantiver 
remissão completa sustentada. 
NEFRITE LÚPICA classe V – glomerulonefrite 
membranosa: Mesmo esquema da classe III ou 
IV.

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