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OBSTETRICIA

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OBSTETRICIA 
Veterinária Sou Animal 
 
 
ANATOMOFISIOLOGIA DO GENITAL FEMININO 
 
A genital é formada por ovários (gônadas), tuba uterina ou oviduto, útero, cornos 
uterino, cérvix (colo do útero), vagina interna e vulva externa (onde temos lábios 
vulvares e clitóris). 
Ovários 
Também chamado de gônadas, nos ovários há a produção de hormônios e gametas, ou 
seja, tem função endócrina que produz estrógeno (E2), progesterona (P4), relaxina e 
inibina, e a exócrina que produz gametas (óvulos ou oocitos). 
Na maioria das espécies o ovário é oval, na parte interna possui estroma ovariana ou 
medula e é onde estão presentes vasos sanguíneos, linfáticos e tecido conjuntivo de 
sustentação. Na parte cortical é onde temos desenvolvimento folicular onde formam 
gametas. 
Na égua e na anta o ovário é invertido, onde medula é externa e desenvolvimento 
folicular é interno. 
Conforme tem desenvolvimento folicular a parede vai esticando até romper e liberar 
óvulos, na égua eles saem pela fossa de ovulação. 
Endocrinamente na puberdade temos maturação do SNC, e esse está associado ao 
acumulo de gordura que será convertido em hormônios esteroides. A puberdade é 
caracterizada pelo amadurecimento do SNC. 
Temos o hipotálamo que conecta com hipófise (dividido em adeno hipófise e neuro 
hipófise), a neuro hipófise tem ligação direta com o SNC e a adeno hipófise não 
comunica, a adeno é uma parte glandular. No sistema reprodutor temos as gônadas que 
tem comunicação com o hipotálamo e hipófise, chamado eixo hipotalâmico hipofisario 
gonadal. 
O primeiro hormônio que chega na hipófise é o GNRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina), ou seja, substancias que tem tropismo pela gônada (LH e FSH). O GNRH 
faz com que o FSH seja liberado (Folículo estimulante), esse estimula folículos pequenos 
a se desenvolver até se tornar pré ovulatório envolto pelo fluido folicular, esse fluido é 
composto por nutrientes e estrogênio que vai sendo jogado dentro do fluido. 
Temos 3 dias de estrogênio que são estrona (E1), estradiol (E2) e estriol (E3), porém o 
mais importante é o estradiol. 
A parede folicular formada por células granulosas e células da teca e são elas que 
produzem o estradiol e jogam no fluido folicular. Células granulosas formam nutrientes 
para o óvulo e as células da teca formam o estradiol. O estradiol preso no folículo passa 
para a corrente sanguínea, no útero faz contração, liberando prostaglandina F2 alfa, 
outra função do estradiol é promover o cio. 
O cio é sinônimo de aceitação de monta, e a terceira função do estrogênio é o feedback 
negativo, avisa hipotálamo hipófise que tem muito estradiol, fazendo diminuir FSH. 
Inicialmente o GNRH esta sendo produzido devagar, após, ele aumenta sua produção, e 
com isso, hipófise para de liberar FSH e começa a liberar LH (hormônio luteinizante), que 
pega o folículo cheio de liquido e transforma num corpo cheio de gordura (luteiniza a 
parede folicular) e isso faz com que parede fique receptiva a prostaglandina produzida 
anteriormente. 
Ovulação: Pico LH – Luteinizaçao da parede folicular – Ação do PGF2 alfa 
(prostaglandina) na parede folicular, essa ação da prostaglandina causa vasoconstriçao 
periférica, nutrição da parede das fica comprometida levando a morte de células 
superficiais do ovário, levando ao extravasamento do fluido folicular e óvulos, isso é a 
ovulação. Após romper, começa a encher com sangue formando corpo hemorrágico, 
seguido para um processo cicatrizacional, formando o corpo lúteo (CL) que é produtor 
de progesterona (P4) responsável pelo relaxamento uterino para a gestação. 
O FSH faz recrutamento folicular. População de óvulos é definida ao nascimento (porcas 
definem essa população em 30 dias, nesse recrutamento folicular é pego um folículo 
primário composto por uma camada de células granulosas e uma camada de teca com 
um ovulo primário (2N - Imaturo), esse passa a ser secundário, ou seja, prolifera células 
granulosas estimulado pelo estradiol, continua sendo 2N porem com 5 camadas de 
células granulosas. Passa a ser terciário onde fluido folicular é jogado e forma o antro 
folicular. A cada troca de fase há um aumento de pico de FSH. 
O folículo que mais esta crescendo libera tanto estradiol como inibina, porque apenas 1 
pode ovular (todo folículo tem um ovulo). O folículo dominante é o que produz mais 
estradiol e inibina em cada pico de FSH. Alguns folículos entram em atresia, perdem 
interesse e não voltam a funcionar no próximo ciclo, são perdidos. Numa segunda onda 
de FSH, folículos que no primeiro não tinham interesse podem agora ter. O folículo 
dominante alem de estrogênio e inibina sofre um pico de LH e é o que vai ser ovulado. 
Oviduto 
Estrutura alongada que liga ovário ao útero, tem função de captar óvulos pelas fimbrias 
(tem movimentos ditados pela frequência cardíaca) o ovulo começa a liberar estradiol 
ate que fimbria consiga captar. No terço inicial do oviduto é onde ocorre fecundação. 
Para facilitar esse encontro temos dois grupos celulares que são as células secretoras 
(hormônio dependente) e células ciliadas (hormônio dependente), se são hormônios 
dependentes eles agem de acordo com o hormônio que está predominando. 
Se está sob ação do estrogênio as células ciliadas se movimentam para ajudar o 
espermatozoide a nadar, sob açao da progesterona as células secretoras aumentam 
fluido depois da fecundação para ajudar o ovulo a caminhar. O ovulo quando chega na 
área de transação já possui embrião e é chamado mórula. 
Útero 
Possui vascularização especifica, ainda glandular que compõe o endométrio. Na fase 
interna do útero temos a mucosa uterina cheia de glândulas endometriais responsivas 
a progesterona que causa aumento da fluido produzida pelas glândulas endometriais 
(fluido endometrial ou uterino) composto por proteínas que faz com que 
espermatozoide fecunde, ainda ajuda na clivagem, é quem faz receptores de esteroides 
e ainda nutrição do embrião ate ele se fixar e formar placenta. O estrogênio nessa fase 
forma um fluido espesso na cervix que tem como função ser uma barreira imunológica 
para a fêmea, impede a entrada de contaminantes. 
O estradiol contrai útero e progesterona relaxa útero, útero contraído facilita percurso 
do espermatozoide. 
Função do útero: Transportar espermatozoide, regulação do corpo lúteo, implantação 
do embrião, prenhez, parto e involução uterina (puerperio). 
Progesterona é um metabolito e deve ser eliminado pela veia uterina, ligada e enovelada 
com a artéria uterina, por contra corrente progesterona que devia ir embora volta para 
o útero e lisa um corpo lúteo, como baixa progesterona aumenta estradiol. 
Cérvix 
Seleciona espermatozoides, produz muco cervical (mucina), possui função de transporte 
de espermatozoide, reservatório de semem, seleção de espermatozoides proteção 
contra infecções por serem ricas em macrófagos ativados pelo estradiol. Muco cervical 
muda de acordo com E2 ou P4. Na ação do estradiol (período fértil) fica espesso e na 
ação da progesterona fica mais fluido. 
Vagina 
Também é hormônio dependente. Deve estar relaxado com ação do estradiol para 
facilitar penetração. Fica contraída sob ação da progesterona. 
Fluido vagina espesso quando tiver ação de estradiol, necessário para lubrificar e tem 
grande quantidade de macrófagos. Na ação da progesterona vagina contrai, perde 
lubrificação. 
Genitália externa 
Vestíbulo da vagina possui himem que é resquício dos animais aquáticos que eram 
responsáveis por evitar o contato com a água do mar. 
Lábios vulvares com grande quantidade de glândulas sebáceas responsáveis pela 
liberação de ferormonio. Possuem pelos que seguram contaminantes que devem ser 
transmitidas para o recém nascido no parto. 
Clitóris: Tecido erétil, durante cópula é estimulado, contraído e transportando semem 
para o útero. 
 
EXAME GINECOLÓGICO 
• Inspeção e palpação da genitália externa 
• Palpação Retal• Palpação Abdominal 
• Exames indiretos: Citologia vaginal, biopsia vaginal, cervical e uterina, cultura da 
microbiota vaginal e uterina (Swab), dosagem hormonal, imagens como Rx, USG, 
TRMN, TC e endoscopia- histeroscopia comumente feito em eguas. 
Devemos observar toda genitália, devemos ver se esta bem fechada. Avaliar possíveis 
anomalias. Na palpação da genitália externa podemos observar processos cicatriciais. A 
palpação retal é feito em éguas, suínos e bovinos. Palpa-se para avaliar simetria e 
aspecto de ovários. A palpação abdominal é feita em pequenos para avaliar cornos 
uterinos. 
Esses exames são necessários para iniciar tratamento de possíveis alterações como 
endometrites e piometras (dá para tratar se não tiver alteração renal). Já a dosagem 
hormonal é feito em cadelas que serão inseminadas. 
Inspeção e olfação 
• Genitália externa: Observa formato, secreções (catarro genital e muco de cio), 
urovagina, pneumovagina e lesões. 
• Abdômen: Observa formato para avaliar gestação. 
Podemos ter varias cores de secreção e só é infecção quando for fétido. 
• Prognostico bom: Quando fêmea está ciclando, está alterando muco cervical que 
fica espesso e fluido. Então corrimento espesso tem bom prognostico. 
• Prognostico reservado a mau: Corrimento muito fluido, não tem atividade de 
macrófago e sistema reprodutor está comprometido. 
Inspeção Indireta 
Temos uma medida chamada pelvimetria, que avalia o tamanho da pelve para dizer 
chances de ter problemas no parto. Trabalha com duas medidas, primeiro distancia do 
sacro até o púbis (sacro púbis, diâmetro conjugado) e depois a distancia de um íleo até 
o outro (diâmetro bi íleo). Os ossos da pelve são maleáveis e se abrem durante o parto 
(sínfise pubiana). 
A partir dessas medidas podemos classificar as pelves como: 
• Pelve mesatipélvica: Comum em gatos e éguas, formato arredondado. Diâmetro 
conjugado é igual diâmetro bi ilíaco. 
• Pelve dolicopélvica: Comum em bezerros (ruminantes) e suínos. Diâmetro 
conjugado é maior que o diâmetro bi ilíaco. Cães entram nessa classificação 
algumas vezes. 
• Pelve platipélvica: Comum em humanos. Diâmetro conjugado é menor que o 
diâmetro bi ilíaco. 
Existem aparelhos para fazer essa medida em grandes animais. Em pequenos não é 
feito, pois temos RX onde avaliamos tamanho da cabeça. 
Inspeção 
Glândula mamária: Avaliar numero de tetos conforme a espécie, formato, tipos de 
secreção por teto e ligamentos. 
Palpação 
• Feita na cervix (Avalia anéis cervicais que parecem dedos – temos diferença 
entre espécies, eguas não possuem esses anéis); 
• Útero: Avaliamos formato e consistência, essa consistência depende da fase 
endócrina, é macio quando está sob ação da progesterona – diestro, e é turgido 
quando está sob ação do estradiol – estro, na égua é ao contrário. 
• Ovários: Para avaliar número, tamanho, consistência, estruturas presentes como 
folículos, corpo lúteo, cistos, mobilidade e dor. 
Todo acompanhamento do ciclo reprodutivo deve ser feito em fichas individuais, essas 
são fichas de controle do plantel. É necessário treino especifico conforme espécie 
(necessário conhecer fisiologia e patologias). Características reprodutivas tem grande 
repetibilidade, ou seja, é facilmente passado de mãe para filho. 
CICLO OVARIANO 
O ciclo ovariano esta presente em espécies como aves, anfíbias e repteis. E variam de 
acordo com fotoperiodo. 
• Répteis: Precisam de dias longos e quentes para ter cópulas + ovulação + postura. 
Se forem dias quentes, porém curtos (inverno) só haverá cópula. 
• Aves: Depende da espécie e do fotoperiodo, tem espécies fotoperiodo positivo 
(dias longos) e tem espécies fotoperiodo negativo (dias curtos), só vai haver 
cópula e postura se tiver fotoperiodo adequado. 
CICLO ESTRAL 
Presente nas fêmeas domestica (cabra, ovelha, porca, vaca, égua, cão e gato). Considera 
desde o primeiro dia de estro, ou seja, cio. O ciclo estral tem quatro fases que são: 
• Estro: É o primeiro dia, fêmea aceitando monta, atrai o macho, fêmea fica 
agitada com andar frequente, fêmea se torna curiosa. O hormônio que aceita a 
monta é o estradiol, então há pico de estradiol, pico de LH, ocorre ovulação, 
vemos presença de prostaglandina F2 alfa. No ovário vemos presença de folículo 
dominante, o útero estará turgido (contrai útero facilitando transito de 
espermatozoide na maioria das espécies, exceto éguas). 
• Metaestro: Fêmea não aceita monta, continua atraindo macho (pois esta 
eliminado estradiol na urina), fêmea volta a ficar calma, diminui pico de estradiol, 
o mesmo esta sendo eliminado pela urina, dura cerca de 2, 3 dias, nos ovários 
vemos corpo hemorrágico e útero relaxado (exceto égua). 
• Diestro: Fêmea não atrai macho, não aceita macho, esta calma, mas pode se 
irritar, quer ficar quieta. O hormônio predominante é a progesterona, No ovário 
corpo hemorrágico se torna um corpo lúteo (Chamado de estrutura pintada), 
útero vai estar relaxado (exceto égua). 
Passado o diestro vem a gestação que dura e varia entre espécies. Se não houver 
gestação o diestro dura o período da vida do corpo lúteo que na maioria das espécies 
dura de 10 a 14 dias, e única exceção é a cadela, no qual o tempo de vida útil do corpo 
lúteo é de 0 dias. 
• Pró estro: Preparação para um novo cio. Fêmea atrai o macho, não aceita monta, 
estradiol esta em pequena quantidade. FSH esta fazendo recrutamento folicular. 
No ovário vemos o recrutamento folicular e regressão do corpo lúteo. 
Na egua agrupamos essas fases, sendo cio e não cio. Então é dividido em estro (envolve 
estro e pro estro) e Diestro (envolve metaestro e diestro). Nesse caso a égua ovula no 
final do estro e aceita monta a fase toda. 
Na cadela dizemos que as fases são pro estro, estro e diestro+metaestro (juntos). 
Anestro: Ausência de cio, quando não está no ciclo reprodutivo. 
Temos fêmeas poliéstricas que fazem vários ciclos e podem ser sazonal de dias curtos - 
outono e inverno ou dias longos – primavera verão. As espécies de dias longos são as 
éguas e vacas de corte e as espécies de dias curtos são búfalas, cabras e ovelhas. 
Temos poliestricas não sazonais como a porca e a vaca leiteira. E temos as poliestricas 
com tendência a sazonalidade e são aqueles animais sazonais em alguma região, e 
quando essas mudam de região se tornam com tendência, pois não conseguem manter 
a sazonalidade. 
A cadela é monoestrica (1 ciclo completo – anestro – outro ciclo completo). 
CICLO MENSTRUAL 
O primeiro dia do ciclo menstrual é o primeiro dia da menstruaçao. Mens se refere a 
útero, então as alterações serão vistas no útero. O ciclo esta relacionados a primatas e 
seres humanos, em saguis o ciclo duro 18 dias. 
Fases: 
• Menstrual: Ocorre sangramento uterino, há a ação e elevação da prostaglandina 
F2alfa que protege a fêmea contra hemorragias, faz vasoconstriçao nos vasos do 
endométrio, levando a cólica. Quanto mais PGF2alfa maior vasoconstricao e 
maior a dor. O ideal é que essa liberação não seja tão acentuada para que haja 
sangramento moderado e que tenha menos dor. Essa fase dura 7 dias. No útero 
o endométrio esta fininho e com descamação (sangramento endometrial). 
Células cerebrais recebem pouco nutriente pela vasoconstricao periférica dada 
pela prostaglandina levando a enxaqueca (por 2 dias). No final dessa fase há 
liberação de FSH para o recrutamento folicular (6 dia – pode ocorrer ovulação). 
• Fase proliferativa: Vemos elevação do estradiol (hormônio proliferativo). É a 
semana do bem estar e agitação. Dura 7 dias. Vemos também euforia. O 
estrógeno é como anabolizante, contrai toda a musculatura, contraindo útero 
(dando sensação de magreza). Vemos vocalização, falar mais alto, usar coisas 
barulhentas. É a fase de chamar a atenção. No final dessa fase vai ter ovulação 
(dia Maximo 14 dias, podendo ter mais dois = 16). Junto com pico de E2 temos o 
pico de LH. No útero, o endométrio começa a espessar devida proliferaçãodos 
ductos das glândulas endometriais, vasos sanguíneo e linfáticos. 
• Fase secretora: É quando já ovulou, começa a elevar progesterona e relaxina, 
fêmea começa a ficar inchada e edemaciada pelo relaxante muscular. Quanto ao 
comportamento a pessoa está tranquila. Fase do ninho. No útero há fluido 
endometrial. 
• Fase isquêmica: Mais de 7 dias. Fase da TPM. Há aumento de prostaglandina. 
Apenas PGF2alfa. Pega o útero que estava secretando, faz vasoconstricao de 
todo tecido proliferativo resultando em perda de função e necrose tecidual. 
Nessa fase a fêmea fica mais inchada, devido vasoconstricao os líquidos não 
conseguem ser redistribuídos. Vemos irritabilidade, há aumento de pressão 
artéria. Fase da atividade física intensa pela liberação de endorfina e serotonina. 
 
DIFERENCIACAO SEXUAL 
Todo embrião tem uma bissexualidade embrionária. Gônadas são indiferenciadas, e são 
formadas por células provenientes dos rins. Ocorre migração do rim primitivo 
(mesonefron). Se rim tiver problema, células ovarianas e testiculares podem tambem 
estar alteradas. 
Quem determina se a gônada sera feminina ou masculina primeiramente é a genética, 
mas não é o único fator. 
Macho 
Para formar o macho é necessário o sexo genético XY, sendo que no Y deve haver o gene 
SRY ativo. Esse gene pega a gônada indiferenciada e transforma em testículo 
(característica sexual primaria), a partir desse testículo ocorre diferenciação fenotípica. 
O sexo fenotípico ocorre através da produção de testosterona pelo testículo, essa 
testosterona masculiniza a genitália indiferenciada, desenvolvendo assim penis, 
testitculo e escroto (ainda característica sexual primaria), ainda vemos alterações físicas 
(características endócrinas) mais percebidas na puberdade (características secundaria 
sexuais). 
Quanto ao sexo psíquico, a testosterona pela Salfa recrutase é transformada em 
dihidrotestosterona (DHT) que faz imprinting hipotalâmico que define sexo no qual 
individuo vai se relacionar na vida adulta e de agir. O sexo psíquico é determinado 1 
semana antes do embrião dizer que esta pronto (por isso não se recomenda cesaria). 
Fêmea 
O sexo genético é o XX, no qual apenas 1 precisa estar ativo que é o DAX1, pega gônada 
diferenciada e transforma em ovario. O principal hormônio que esta banhando esse 
embrião é a progesterona, o ovário ainda produz estradiol então progesterona + 
estradiol transforma a genitália indiferenciada em genitália feminina (sexo fenotípico). 
Já o sexo psíquico depende apenas da progesterona da mãe para que o cerebro seja 
feminino. 
FISIOLOGIA DA GESTAÇAO 
A gestação começa com a concepção, no oviduto. Esse período vai até a saída do feto. 
Gestação é a manutenção do concepto (os anexos são considerados na fase do 
puerperio que é depois da expulsão dos fetos, ou seja, saída dos anexos até o útero 
retornar a sua condição normal). 
Durante gestação ocorre adaptação progressiva do organismo materno como alterações 
no útero (aumenta volume), alterações circulatorias, endócrinas, excretora e do TGI. 
Mediados por hormônios da mãe e placenta (depende da espécie e período de gestação) 
que permitem ao organismo materno reconhecer a presença do feto. 
No ser humano o inicio da gestação é evidenciado pelo aumento da micção 
(principalmente na primeira gestação), pois musculatura do abdomem é firme, com 
distençao mesmo que mínima do útero o primeiro órgão a sentir é a bexiga. Isso não 
ocorre nas gestações subsequentes, pois já houve a primeira distençao do músculo 
abdominal. 
A alteração circulatória leva a uma barreira rosada, com pelame mais bonito. Durante 
gestação pode ocorrer diarreias pela ação da progesterona. 
Reconhecimento materno 
Mórula (embrião com 32 células – 7 dias) quando chega no útero distende sua massa 
celular, até chegar em um ponto no qual zona pelúcida não aguenta mais segurar esse 
células, rompendo-a, tornando-se um blastocisto expandido, esses blastocistos antes de 
se fixar no endometrio secreta substancias que prolongam a vida útil do corpo lúteo. O 
blastocisto vai se alongando, tocando em partes do útero e esse ato é chamado de 
reconhecimento materno da gestação, para que a mãe não o expulse. 
Blastocisto se torna um trofoblasto com um embrioblasto interno. O trofoblasto é quem 
secreta o HCG que no humano pode ser dosado com 7 dias. No equino de mede o ECG 
com 15-30 dias. No humano o HCG pode aumentar em gravidez patológica e abortos. 
Ruminantes liberam interferon (bloqueia luteolise) e proteína B pela placenta. Suinos 
fazem produção de estrógenos e posteriormente interferons. 
No inicio da gestação o embrião vai ficar livre e liberar estrógenos e prostaglandinas. 
Após começa o período de aderência, onde o embrião encosta na parede do útero, e 
libera substancias que machucam o endométrio para que ele consiga se fixar. Digere 
parte do endométrio (através de enzimas proteolíticas), em contrapartida, o útero libera 
substancias proteases que limita essa digestão. Nas fêmeas domesticas a implantação é 
superficial (por aderência), já nos primatas e roedores ocorre fagocitose do epitélio 
luminal uterino. 
Esse processo de nidaçao/aderência corresponde ao primeiro terço da gestação 
(bovino 30-35 dias, ovinos 14-22 dias, equino 35-60 dias, suíno 13-18 dias, canina 16-18 
dias e felina 13-14 dias. A atividade física deve ser mantida durante a gestação pois 
aumenta capacidade cerebral do feto. 
Periodo de gestação 
Primeira fase: Começa como ovo ou zigoto (união dos gametas), após temos a primeira 
clivagem. 
Segunda fase: Fase de embrião e organogenese. Vemos formação de órgãos e sistemas, 
vemos já a morfologia da espécie. Fase mais delicada. Vemos desenvolvimento das 
membranas fetais, fixação no útero, inicio da formação de placenta. É considerado fase 
critica, pois qualquer problema visto no nascimento é vindo dessa fase. 
Terceira fase: É a fase fetal, corresponde aos 2 terços finais da gestação. Feto só cresce. 
É o período mais longo (vai até o parto). Marcados por alterações no útero, feto, 
placenta e na fêmea. Necessidade nutricional do feto aumenta (fêmea passa a sentir 
mais fome, deve comer varias vezes). Aqui mortes fetais são menos frequentes. Ração 
para fêmea gestante pode ser a mesma de manutenção só que com uma dosea mais. É 
importante que se suplemente com acido fólico e niacina vistas em rações especificas 
para gestantes. NUNCA suplementar com cálcio. 
Duraçao da gestação 
Varia conforme raça, sexo fetal (machos demoram mais, podem atrasar até 15 dias), 
gestação gemelar (fêmeas monotocicas), tamanho e numero de fetos, estação do ano e 
deficiências nutricionais. 
Os fatores que influenciam envolvem idade da mãe, estresse (libera corticoide que induz 
partos, pois fetos liberam corticoides quando vão nascer), substancias exógenas 
(esteroide, corticoides e progesteronas), traumatismos (bater região sacra é 100% de 
aborto por traumatizar irrigação), fatores genéticos e alterações fetais (fetos gigantes 
induzem parto). 
A duraçao varia entre espécies (Bovino 9 meses, ovino 5 meses, equino 11 meses, suíno 
4 meses, canino 2 meses e felinos 2 meses e uma semana). 
Formas especiais de fecundação 
• Superfecundaçao: Femeas com estro prolongado que são cobertas por um ou 
vários machos (fêmeas sempre sevem ser levadas ao território do macho para 
que não haja disputa terristorialista). São aquelas ninhadas maiores do que é 
previsto para a raça. 
• Superfetaçao: Animal com estro e cobertura durante a gestação. Pode ocorrer 
em equinos, suínos, felinos e humanos, ou seja, na gestação pode continuar 
ocorrendo ciclos e se houver cobertura pode ocorrer aborto ou uma nova 
fecundação. 
• Gestaçao múltipla patológica: Ocorrem em espécie monotocicas. 
• Gestacao extra uterina ou ectópica: Pode ser ovarica, tubarica, abdominal. 
Geralmente é inviável e extremamente raro em animais. 
 
 
HORMONIOS DA GESTAÇAO 
Temos hormônios ovarianos,hipofisarios e placentários. O corpo lúteo gravídico nas 
cadelas permanece em toda a gestação. Nas eguas o desenvolvimento folicular 
constante (fazem corpo lúteo acessório). A vaca, cabra e porca tem gestação 
independente do CL. Egua, ovelha e gatas possuem gestação dependente de placenta. 
Hormonios ovarianos 
• Estrógenos: Maioria produzido pela placenta. É quem prepara a mulher para 
receber o feto. Vemos multiplicação das células epiteliais uterinas, hipertrofia 
das células da musculatura lisa uterina, síntese de proteínas relacionadas com 
contração, síntese de DNA e RNA relacionados com síntese proteica e de 
colágenos. Ainda faz deposito de glicogênio (energia) nas células da musculatura 
lisa (permitem contração), atuam como pré requisito para ação de outros 
hormônios, produzem receptores, prepara endométrio para ação da 
progesterona. Prepara glândulas mamarias para a ação da prolactina e 
progesterona e ainda prepara sínfise para ação da relaxina. 
• Progesterona: Produzida pela placenta, tem picos em períodos diferentes nas 
espécies domesticas (antes da metade da gestação, somente cabra, ovelha e 
cadela). Vai agir no útero previamente sensibilizado pelo estrógeno. Possui ação 
nas glândulas endometriais (nutrição embrionária), bloqueio progestacional, 
bloqueia canais de cálcio, impedindo contrações e age em glândulas mamarias. 
• Relaxina: Produzido pelo CL e placenta, na metade final da gestação. Torna 
maleável o ligamento da sínfise púbica ampliando o canal do parto. Atua na 
cervix facilitando sua abertura, atua no útero inibindo contração e atua na 
glândula mamaria inibindo lactação. 
Hormonios hipofisarios (Adeno hipófise) 
• FSH: Acredita-se que atua nos corpos lúteos acessórios. 
• LH: Presença constante, mantendo o corpo lúteo, exceto em eguas onde 
regressão dessa estrutura é precoce. Nessa espécie o ECG produzido pelos 
anexos embrionários tem ação luteinizante. 
• Prolactina: É luteotrófica, tem importância maior que o LH da metade para o fim 
da gestação, atua na lactação. 
Hormonio hipofisarios (neuro hipófise) 
• Ocitocina: Produzida no hipotálamo e reservado na hipófise (contração uterina 
e alvéolos mamários), dependem de receptores produzidos pelos estrógenos. 
Faz com que mãe tenha cuidado maior com filhote. Facilita comunicação da mãe 
com filhotes, reforçando vinculo. Dependendo da ocitocina que o filhote libera 
na mãe, a mãe vai produzir ou não leite. 
Hormonios placentários 
• Estrogenos e progesterona: Utiliza-se de colesterol materno, pois não possui 
sistema enzimático, produzindo progesterona com a finalidade de manter a 
gestação e andrógenos fetais (testosterona e metabolitos). 
• HCG: Gonadotrofina coriônica humana: Açao luteotrofica (semelhante ao LH), 
mantem corpo lúteo em primatas. Significa presença de anexos fetais. 
• ECG: Tem função de LH nos equinos. 
• PMSG (Gonadotrofina sérica da egua prenhe): Promove recrutamento folicular 
e estimula formação de CL acessório nas eguas durante gestação. 
• LP: Lactogenico placentário: Regula o transporte de nutrientes da fêmea para o 
feto, mantem o CL em humanos. 
• Relaxina: Possui ação luteotrofica. 
• Proteinas B da gestação: Reconhecimento materno da gestação. 
• Glicoproteinas e polipeptideos: Induzem respostas hormonais. 
 
PERFIL HORMONAL DA GESTAÇAO 
Vaca: Possuem perfil endócrino estável, com platô de progesterona durante gestação. 
Perto do parte essa diminui e aumenta estradiol para o parto. No inicio tambem tem 
produção de progesterona, porem em baixa quantidade, essa quantidade aumenta 
quando placenta é formada. Na maioria das espécies (exceto eguas) teremos esse 
declínio de P4 e aumento de E2. 
Égua: Vemos elevação de progesterona no inicio, com pequeno platô, seguido de queda 
quase a metade da gestação. Ao mesmo tempo E2 vai aumentando. 
Cadela: Vemos elevação de P4 no inicio, conforme adianta gestação nível de P4 vai 
caindo e nível de prolactina vai aumentando para manter a gestação. 
Gatas: Vemos queda de P4 no trabalho de parto e aumento de E2. 
 
ENVOLTÓRIOS FETAIS 
Durante desenvolvimento embrionário há reorganização celular. Onde blastocisto após 
romper zona pelúcida já consegue aderir ao útero, e sua camada externa (trofoblastos) 
dará origem aos anexos e sua camada interna (embrioblasto) dará origem ao embrião. 
Tanto camada interna como externa possuem os mesmo folhetos que são: 
• Ectoderma: Forma epiderme, pele, SCN, dentes, e casco. Esta associado ao 
amnion. 
• Endoderma: Forma glândulas e fígado, revestimento interno do sistema 
digestivo. Esta associado ao alantoide. 
• Mesoderma: Somitos, tecido muscular liso, estriado e cardíaco, órgãos da 
circulação e tecidos conjuntivos. Esta relacionado ao corion. 
Fisiologia fetal 
Cordao umbilical é formado por um uraco, uma veia umbilical e duas artérias umbilicais. 
Mae faz troca gasosa, produz sangue arterial que vai para a placenta, da placenta vai 
para veia umbilical depois fígado, depois corrente sanguínea e coração, o coração possui 
dois átrios e dois ventrículos, porem forame do interventriculos são grandes fazendo 
com que os dois ventrículos tenham função de um., antes de chegar no coração o sangue 
já é misto, no coração termina de ser misturado, virando sangue venoso, esse sangue 
vai para a aorta, depois artérias umbilicais e placenta de novo, esse sangue vai ser 
novamente oxigenado pela mãe. 
Quando rompe cordão umbilical, artérias invaginam e colabam, veia umbilical e uraco 
se fecham e viram ligamentos. 
Funçoes do liquido amniótico 
• Protege feto contra traumatismo e desidratação 
• Permite o desenvolvimento e movimentação fetal 
• Promove dilatação do conduto pélvico no parto 
• Lubrifica vagina e vulva facilitando expulsão 
• Previne aderências 
• Acao bactericida 
• Acao imune 
Cavidades fetais 
• Amniotica: São duas membranas justapostas formando o alatoamion (feto e 
liquido amniótico). 
• Alantoideana: São duas membranas justapostas que formam o alantocorion 
(liquido alantoideano formado por deposição renal, secreção do hidroalantoide 
e hipomones). 
No útero feto ingere liquido amniótico que vai para o intestino, rim, bexiga, parte da 
urina volta para o liquido e outra vai para o alantoide, vai ser filtrado pela placenta e vai 
sair pela urina da mãe. 
Placenta: Parte do anexo que é ligado ao útero, é onde há troca gasosa, troca de 
hormônios e de nutrientes. Separa o organismo materno do fetal, responsável por 
alimentação e respiração do feto, eliminação de substancias metabolizadas pelo feto 
através do sangue materno, é um órgão de filtração, de secreção interna (PMSG, HCG, 
P4 e E2), função endócrina, transmissão de imunidade parcial nos carnívoros e 
ruminantes e prepara o organismo materno para o parto e para a lactação futura, 
através de secreção de HLP. 
Classificação das placentas 
• Porca: O padrão de vilosidade coriônica (maneira que se fixa no útero) é difusa 
incompleta, a barreira materno fetal (estrutura da mãe que é presa no feto) é 
epitélio (do endométrio) corial e a perda de tecido materno no parto é não 
deciduada (ou seja não há perda, logo não há sangramento). 
• Égua: Padrao de vilosidade coriônica e difusa de forma completa, barreira 
materno fetal é epitélio corial e a perda é não deciduada. 
• Ruminantes: Padrao de vilosidade coriônicas é zonaria cotiledonar, barreira 
materno fetal é sinipitelio corial (epitélio e endotélio) e a perda de tecido 
materno é semi deciduada. 
• Cadelas e gatas: Padrao de vilosidade coriônica é zonaria circular, a barreira 
materno fetal é endotélio corial e a perda de tecido materno é deciduada e pode 
ter sangramento. 
• Primatas: O padrão de vilosidade das coriônicas é zonarias discoidal, barreira 
materno fetal hemocorial e perda de tecido materno é deciduada extensa. Perde 
muito sangue na hora do parto. 
Cotiledones dos ruminantes significa algumas áreas. A Caruncula da mãe se liga no 
cotilédonedo feto. Zonaria circular circula o feto (cadelas e gatas). A prostaglandina na 
contração ajuda a descolar a placenta, nas fêmeas que tem dificuldade de liberar a 
placenta é necessário o uso de ocitocina para interromper a nutricao dessa placenta e 
descolar. Placentomas são estruturas formadas pela ligação carúncula + cotilédones nos 
ruminantes. 
Trocas placentárias: Para manutenção da homeostase bioquímica ou proteção contra 
repentina morte fetal, substancias como eletrólitos, água e gases possuem rápida 
difusão. Já nutrientes, aminoácidos, vitaminas e açucares hidrossolúveis são trocados 
por transporte ativo. Para crescimento e manutenção da gestação os hormônios 
possuem difusão lenta. Já drogas e anestésicos é por difusão rápida ou pinocitose. 
 
FISIOLOGIA DO PARTO 
Durante a gestação há elevação de Progesterona, independente da espécie. Perto do 
trabalho de parto a progesterona cai. Devemos lembrar que nunca vai ser estradiol e 
progesterona elevados, sempre estarão em sentido contrario. No trabalho de parto o 
estradiol tem um pico. 
A conversão da progesterona em estradiol estão relacionados a fatores como o próprio 
estresse que o feto tras. Até perto da metade da gestação o embrião é pequeno e o útero é 
grande, então o feto ficava dentro de uma bolsa com muito liquido, tendo livre 
movimentação. Passado essa fase, quando começa a crescer, que é a fase fetal, a proporção 
feto/útero começa a ficar invertida, portanto, o feto começa a se mexer cada vez menos. 
Quem restringe o crescimento do útero é a estrutura da mãe e sua parede abdominal. Por 
isso aquelas que tem a primeira gestação distende menos o abdômen. O útero cresce o 
tanto que o corpo suporta de crescimento uterino. O fator limitante é o tamanho do corpo 
da mae. Se o feto for muito grande e a mae pequena, a musculatura não distende mais. Essa 
situação causa um estresse no feto. 
Quando começa a ter uma diminuição do tamanho do útero em relação ao feto, vai gerar 
estresse fetal, que vai liberar cortisol. Isso começa a avisar a mae que ele está pronto. O 
cortisol vai aumentar secreção de surfactante pulmonar, que tem a função de impedir o 
colabamento dos alvéolos (dentro do feto há liquido fluido e proteico/ gelatinoso/ amnio). 
Quando o feto nasce o liquido amniótico sai, e não teremos mais essa substancia gelatinosa 
no pulmão. O surfactante vai ajudar a impedir o que o alvéolo colabe. O surfactante tem 
uma função de detergente. 
O stress do trabalho de parto é importante para que o filhote possa respirar sozinho após o 
nascimento. Cortisol é um hormônio que aparece toda vez que há ativação do sistema 
nervoso simpático (luta, fuga). As alterações fisiológicas são. 
Aumento de frequência cardíaca, aumento de frequência respiratória, vasoconstrição 
periférica (se machucar o feto após o nascimento não vai ocorrer muito sangramento), 
pupila dilatada/ midríase (por isso é importante que o neonato nasça no escuro para que a 
pupila vá se adequando a claridade). 
A produção de urina fica maior porque há aumento da pressão arterial, mas não há excreção 
da mesma, deixando a bexiga repleta. O animal não defeca porque diminui o peristaltismo. 
O animal não tem fome, o animal tem um tempo para se recuperar, e mama quando 
consegue ativar o parassimpático. 
Além disso, esse animal não irá estar sentindo muita dor, porque o cortisol tem um poder 
analgésico. 
Progesterona placentária deve ser convertida em estradiol por conta do trabalho de parto, 
o hormônio responsável por isso é o Cortisol. Não interessa se o fato está pronto pra nascer 
ou se a femea está passando por estresse. Durante a gestação toda, o estradiol é convertido 
em progesterona placentária. Se estressar a femea ou aplicar algum corticoide nela, 
estaremos antecipando o trabalho de parto. 
Quando tem aumento da progesterona a femea tem sua imunidade diminuída, estará 
calma, útero relaxado, cérvix fechada. Quando aumentar o estradiol, a imunidade vai 
aumentar, ela ficará agitada (andar compulsivo), útero contraído (sem dor), cérvix começa 
a abrir. Durante toda a gestação temos um tampão gelatinoso, que tende a ficar mais fluido 
e sai da cérvix (pode sair até 15 dias antes do trabalho de parto, ele vai refazer outro, indica 
que daqui 2 a 3 dias ocorra trabalho de parto, mas, em femeas que tem gestação mais 
prolongada ela refará o tampão). Tampão gelatinoso: é rosado. Pode ter estrias de sangue. 
Sua saída é indolor. 
Quando o útero contrai, há liberação de outro hormônio, prostaglandina F2 alfa, onde 
teremos dor. Essa prostaglandina faz vasoconstrição periférica, que pode dar uma leve dor 
de cabeça. A prostaglandina também vai aumentar a imunidade (2 hormonios 
imunocompetentes no trabalho de parto). Portanto o mais seguro é um trabalho de parto 
normal. 
Nessa fase começamos a ter contração abdominal, e isso deixa o padrão respiratório rápido 
torácico, ou seja, a femea afla, ou seja, respira com a boca aberta. O padrão de contração 
é crânio-caudal, são contrações peristálticas no sentido de empurrar devagar o feto no 
sentido da expulsão. Quando o feto encosta na cérvix (devido contração abdominal), ela 
tem receptores para liberação de ocitocina, que aumenta contração uterina e facilita o 
cuidado parental, começa a ocorrer a ejeção do leite, e a femea começa a ficar alheia ao 
ambiente. 
A ocitocina é liberada pela neurohipofise, então se colocar um fator estressante, vaiparar a 
liberação de ocitocina. Com isso vai parar as contrações uterinas e o trabalho de parto. 
Devemos dar condição na clinica para que ela fique tranquila e não pare o trabalho de parto, 
o ideal seria que o veterinário fosse a casa da fêmea. A femea tem que fazer um vinculo com 
alguém para que tenha liberação endógena de ocitocina. 
Quando sai o tampão gelatinoso, ao chegar no HOVET, aplicam soro + ocitocina. Mas a 
fêmea ainda não teve o preparo, então um útero com a cérvix pouco aberta começa a 
contrair fortemente, e isso causa uma dor intensa. 
No trabalho de parto não adianta abrir a boca para gritar. Se vocalizar o diafragma sobe e o 
feto também, aumentando ainda mais o tempo e o sofrimento da fêmea. Nas femeas 
domesticas só vemos esse padrão de vocalização quando a femea está em distocia. É 
interessante ter um esclarecimento da necessidade de termos todas as fases para que a 
femea tenha um parto mais tranquilo. 
No trabalho de parto não vemos deixar a femea de jejum, porque é necessário ter energia 
para as contrações (leite condensado- daremos cálcio + acucares, aumentando a energia), 
devemos hidratar essa femea com isotônicos. 
ESTÁTICA FETAL 
O único momento que falamos de estática fetal, ou seja, feto parado é o momento que ele 
entra na cérvix (apenas as pernas conseguem mexer um pouco). Só podemos falar em 
distocia por conta de estática fetal, no dia em que a femea está em trabalho de parto. 
Distocia: só é definida depois que a femea entra em trabalho de parto. Uma vez constatada 
podemos resolver por manobras obstétricas ou cesariana. 
Pensamos em distocia caso tenha uma situação onde os fetos são muito grandes, isso é 
incompatível com parto normal caso a cadela seja muito nova, então ela não cresceu o 
quanto deveria, quando é coberta aos 6 meses, a pelve para de crescer quando entra em 
trabalho de parto. 
Uma vez que a pelve já dilatou em trabalho de parto, ela não voltará ao tamanho que era 
antes. De resto, toda a parte muscular, volta ao tamanho normal. 
Podemos encontrar fetos siameses, que podem ocorrer devido a uma distocia. Isso não 
significa que um animal mal formado não possa chegar a vida adulta. Então devemos tomar 
cuidado na hora de indicar uma eutanásia por conta de uma possível incompatibilidade com 
a vida. 
Toda vez que tem uma deformidade em cabeça e membros pode induzir a uma distocia. 
Existem posturas específicas para o nascimento de cada espécie, essas posturas são a 
estática fetal para parto eutocico, quemuitas vezes envolve manobras obstretricas, ou 
ainda uma cesariana. 
Estática Fetal 
Estuda relações entre as varias partes do feto e entre ele e a mãe. Devemos saber a 
apresentação, posição, atitude do feto. 
Geralmente 90% dos casos de gestação tem estática fetal perfeita, ou eutocia. Apenas 10% 
são distocia, desses 5% são más formações e outros 5% são quando precisa de intervenção 
e cesariana. 
Apresentação: 
Vamos considerar a coluna da mãe e do feto. Devemos pensar: se estou fazendo um exame 
obstétrico, o obstetra vai estar posicionado atrás da fêmea. A coluna da mãe, embaixo a 
coluna do feto, dependendo de como ela estiver em relação a da mãe estaremos falando 
da apresentação. 
1ª longitudinal: colunas paralelas. A cabeça do feto pode estar para frente ou para tras, 
sendo classificado em anterior (membros torácicos e cabeça se insinuam na via fetal mole) 
ou posterior (membro pélvico insinuado na via fetal mole). 
2ª transversal: quando a relação dos eixos é transversal. O feto está transversal a coluna da 
mãe. Pode ser dorsal (coluna do feto se insinua na via fetal mole, quando palpamos 
pegamos a coluna) ou ventral (4 membros e porção ventral se insinuam na via fetal mole). 
3ª vertical: eixo longitudinal do feto e da mãe são perpendiculares. Pode ser dorsal (colunas 
de feto e da mãe tem 90º e o dorso fetal tenta insinuação) ou ventral (relação dos eixos é 
90º, porém os membros ventrais do feto se insinuam). 
Posição: 
Consideramos o dorso da mãe e o dorso do feto. Consideramos onde temos a cobertura de 
musculatura. Isso é interessante porque para que tenha parto normal o dorso do feto deve 
estar voltado para o da mãe para que tenha uma posição de mergulho 
Relação existente entre dorso materno e dorso fetal depende da tonicidade da musculatura 
uterina. 
1- superior: dorso do feto se relaciona com as posições dorsais da mãe. Barriga para 
baixo. É o normal!!! 
2- inferior: ventre do feto se relaciona com porções dorsais da mae. Patinhas para cima. 
Cuidado para não forçar e quebrar coluna. 
3- lateral: dorso pode estar voltado para lateral direita ou esquerda. É o relacionamento 
do dorso fetal com a parede abdominal lateral da mãe. 
Atitudes 
É a disposição entre os membros e a cabeça fetal com seu próprio corpo. 
1- estendidos: membros perfeitamente estendidos. 
2- 2- flexionada: flexão de membro ou cabeça. Sempre devemos justificar qual articulação 
está flexionada. Normalmente temos problemas na articulação planto-occipital, 
escapulo-umeral, úmero-radio-ulnar, articulação do carpo, coxo-femoral, femuro-tibio-
patelar, articulação do tarso. 
Eutocico: 
Bovinos, Equinos, Ruminantes: apresentação longitudinal anterior, posição superior e 
atitude estendida. Cabeça para frente, dorso voltado para dorso da mãe, membros 
torácicos estendidos. Se for pequeno dá pra sair se os pélvicos estiverem estendidos. 
Maior chance de distocia. 
Suinos: indiferente apresentação longitudinal anterior ou posterior, não é necessária a 
posição superior nem atitude estendida. Pode sair de qualquer jeito, exceto transversal 
e vertical. 
Carnívoros: apresentação longitudinal anterior ou posterior, posição superior e atitude 
estendida. Cabeça para frente, ou parte posterior para o canal do parto desde que o 
dorso esteja voltado para cima em relação a mãe. As patas devem estar esticadas. 
1) dentro da femea o feto vai estar sentado e deve estar com os membros insinuados 
para o canal do parto, junto com a cabeça. Apresentação longitudinal anterior, posição 
superior, atitude flexionada de vertebras cervicais e articulação do carpo. Sabendo isso 
a postura eutocica é longitudinal anterior com atitude estendida de cabeça e membros. 
IMPORTANTE: Existem algumas regras para manobras obstétricas, lavar muito bem a 
femea e colocar substancia assépticas, avental impermeável mais longo que o cano da 
bota. Devemos pensar no uso de lubrificantes para auxiliar no parto (a base de água, KY, 
Carboximetilcelulose- é um po, colocar agua aquecida e bater no liquidificador). Usamos 
cerca de 5L para auxiliar no parto de uma femea de grande porte. Colocar lubrificante 
dentro do útero e fazer a manobra no intervalo entre contrações. Prestar atenção na 
respiração, quando relaxar fazer a manobra. Outra coisa importante é a colocação de 
corrente obstétrica no osso longo do filhote. No caso da figura 1 primeiro colocamos no 
membro a corrente e deixo pendurada na femea ou a seguro. Quando estiver relaxando 
entre contrações, coloco a mão e corrijo postura do outro membro e coloco corrente. 
Depois corrijo a cabeça e está pronto pra tracionar. A tração é feita sem puxar de uma 
vez. Puxar um pouco, quando relaxar seguro, com isso ajudamos a dilatar. Na próxima 
contração puxo mais um pouco e seguro. Dependendo da distocia pode demorar horas 
para conseguir posicionar o feto. Podemos ancorar a parte de baixo. Nunca trabalhar 
com a ponta dos dedos, colocar a mão inteira na cabeça do animal. Quando é impossível 
fazer a correção da distocia é quando temos que fazer a eutanásia fetal, fazendo a 
degola do animal dentro da mãe, isso é feito quando a mãe tem valor e o feto não (ai 
não vale a pena fazer uma cesariana). 
2: apresentação longitudinal anterior, posição superior, atitude flexionada. Se o animal 
já esta com a cabeça insinuada, devemos colocar a mão na cabeça, quando a femea 
relaxar empurrar a cabeça e puxar a outra corda, na próxima contração encaixa ele 
novamente no canal do parto. 
3: apresentação longitudinal anterior, posição superior, atitude flexionada de escapulo 
umeral. Para fazer redução, ancorar o que está na posição certa, colocar cabeça para 
dentro durante a fase de relaxamento, e com a mesma mão pegar para que está solta e 
fazer a correção dela. Ai temos a muleta obstétrica que não tem ponta perfurante e 
serve para estabilizar a articulação do animal. Lembrar de proteger o casco para que ele 
não venha raspando e rompa o útero da femea. 
4: atitude flexionada de cervical. Ancorar os dois membros torácicos, puxar a cabeça 
dele, mas antes pegar os membros e cabeça, empurrar tudo pra dentro. Colocar tudo 
na posição e puxar de volta. 
5: flexão de atlanto-occipital. Colocar mao na cabeça, empurrar, pegar em baixo do fuço 
e arrumar posição. 
6: outra visão da cabeça flexionada 
7: (4 imagens): filhote sentado. Não adiata puxar, ao palpar vemos que tem um pe, 
empurrar para dentro. Na segunda imagem temos apresentação vertical dorsal, não 
temos o que fazer com manobra obstétrica, só temos a cesariana. Na terceira se é 
transversal ventral, temos que empurrar 2 membros pra dentro, no caso os pélvicos, se 
vemos a articulação, quando deitam no chão os membros torácicos ficam fletidos. 
Colocar corrente nos torácicos, ao relaxar empurrar pélvico para dentro, pegar os 
torácicos, podemos dar até um tombo no filhote para coloca-lo em posição superior, 
corrigir a cabeça e tracionar. Na quarta imagem temos vertical ventral e atitude 
flexionada de torácicos e pélvicos e fazer a mesma manobra anterior. 
8: comum na égua. Posição inferior, apesentação longitudinal. Quando sai passa a 
parede do reto, um membro pode sair pelo anus e o outro pela vagina. A femea pode 
fazer uma cloaca, ou seja, lacerou todo o períneo. O ideal é cesariana, mas muitas vezes 
em 20 min já lacerou tudo. 
9: pequenos animais. Apresentação longitudinal, posição superior, atitude flexionada de 
vertebras cervicais. Se encontrar um braço para fora da mãe não puxar o braço. Na 
imagem de baixo há atlanto-occipital flexionada. 
10: manobra anterior. Ficar com o dedo parado esperando a próxima contração. 
11: outro jeito de fazer a manobrar. Passar gaze ou pedaço de equipo para ajudar a 
manter a cabeça esticada para fazer tração. 
12: fórceps, abraça a cabeça do filhote. Via abdominal, puxar o feto para cima para ter 
espaço para mexer, depois ajudo com a mão a entrar no canal. 
13: se o rabinho estiverinsinuado, empurrar para dentro, corrigir MP, segurar patas e 
cauda e tracionar durante contração 
PARTO EUTOCICO 
 
Quando é feito cesaria é necessário esperar 1 ano para poder gerar de novo, evitando 
assim que ocorra rompimento de utero. A sutura da cesariana é a cushing ida e volta e 
por ser invaginante usa muito tecido e diminui a luz do órgao. Por isso na maioria das 
especies é necessário deixar a femea parir sozinha. 
 
Auxilio ao parto 
• Vacas e éguas: Devem parir livres no gramado, quando acabar o trabalho de parto 
elas levantam e se afastam dos anexos, quando estabula inibe liberação de ocitocina 
parando o trabalho de parto. 
• Porcas: Vão parir normalmente em gaiolas masternidade, porém estão tentando 
abolir essas gaiolas, sendo necessario parir fora 
• Ovelhas: Necessário tosquiar região perineal, pois no parto, os liquidos e sangue ficam 
no pelo e no pós parto urubus atacam. 
• Cadelas e Gatas: Devem parir em local limpo e tranquilo. Evitar tosa higienica, pois os 
pelos protegem as mamas da mãe das unhadas dos filhotes, o que se pode fazer é a 
tosa do perineo. Não usar jornal, pois jornal contem chumbo, mãe acaba lambendo 
esse chumbo que vai para o leite, que será mamado pelo filhote podendo causar 
saturnismo (alteração neurológica). Banho em casa uma semana antes do parto com 
sabonete neutro, e lavar região do perineo com sabonete intimo. 
Necessário que haja higiene das instalações, da parturiente, do auxiliar e do medico 
veterinario. Devem estar limpos e não necessariamente esterilizados, pois o recem 
nascido deve entrar em contato com um pouco de sujidade para que seu sistema 
imunologico seja estimulado. 
Quanto ao material obstétrico deve estar esterilizado. Para auxiliar o parto, é necessário 
paramentação mínima com luvas e avental limpo. Se for necessário tração fetal o 
material que será usado também deverá estar totalmente esterilizado e esse deve 
permitir flambagem a campo. 
Necessário uso de muito gel KY em pequenos animais para ajudar no trabalho de parto, 
e muito carboximetilcelulose em grandes animais. 
Parte dos anexos estão aderidos ao utero e com ação da prostaglandina há o 
descolamento da placenta (na égua quem faz esse descolamento é a ocitocina). O filhote 
só vai nascer quando tudo descolar. A eliminação dos anexos pode demorar até 12 
horas. 
O cordão umbilical no parto eutocico estica. As primeiras estruturas a romper são as 
duas arterias que rompem e vão para dentro. Na sequencia mãe morde uraco e veia 
umbilical, quando placenta descola pulso da veia umbilical para. Para cortar cordão é 
necessário esgarçar para evitar sangramento. 
 
Cadelas 
Não romper bolsa, pois bolsa está ajudando na dilatação do canal do parto. Rompe 
anexos quando percebe que veio com placenta, pois filhote pode estar entrando em 
asfixia. Massagear dorso do animal, NUNCA chacoalhar. Muitas vezes cães podem 
nascer esverdeados devido biliverdina, assim como mão após o parto pode apresentar 
corrimento dessa mesma cor e não necessariamente vai significar infecção. Mãe limpa 
filhote no sentido contrário do crescimento do pelo, estimulando assim ganglios em 
torno da coluna e isso estimula a respiração. Após, filhotes rastejam por quimiotaxia até 
as mamas para mamar. Preferem parir em decubito lateral e pode ter pequeno 
sangramento. 
 
Gatas 
Trabalho de parto é marcado pelo estradiol. Femea parece que esta no cio, gata pode 
fugir, faz lordose, pisca, ronronam muito alto e ficam hipocoradas. Pouco sangramento. 
FIlhote ao nascer ja procura mama por quimiotaxia antes mesmos dos irmãos nascerem. 
Cortam cordao umbilical com dentes laterais, quando mãe deita para descansar e os 
filhotes mamarem, significa que o trabalho de parto acabou, Manter mae e filhotes em 
local tranquilo e escuro com agua e comida, 
 
Porca 
Começam o trabalho em estação e na hora da expulsão faz decubito lateral. SEMPRE 
usar luva (devido risco de brucelose), cortar cordao umbilical. Filhotes ja são 
manuseados. Porca tem placenta superficial, logo não sangra. Se sangrar pode ser 
rompimento uterino (palpa, avalia, laparotomia e sutura) ou rompimento de cordão 
dentro do utero, nesses casos é necessário tracionar o filhote para que não ocorra 
asfixia. 
 
Éguas 
Necessário prender cauda da égua antes do parto. Uma vez que egua entra no trabalho 
de parto. O mesmo dura 20 minutos. Muitas vezes anexos ficam pendurados, NUNCA 
puxar pois pode vir utero junto. Deve observar, e em 3 horas esses anexos caem. Se não 
cair, será considerado retenção de anexo, e será necessário uso de ocitocina, ou seja, 
coloca o nenem para mamar ou injeta. 
 
Ruminantes 
• Rena: Animal em estação, em posição de auto auscultação. Vemos membros toracicos 
do feto insinuado, antes mesmo da mae deitar. Mãe deita em fase final da expulsao. 
Mae come anexos tentando se proteger de predadores. 
• Vaca: Vemos bolsa quando há contração, se filhote for muito grande podemos colocar 
corrente para auxiliar, mas nao devemos tracionar esse feto. Ajudamos com muito 
lubrificante. Nascem a noite, pois pelo estresse fetal, nascem em midriase e precisam 
se acostumar com a luz. 
 
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO 
 
O diagnostico precoce tem a importancia para inciar o manejo e ainda importancia 
economica no que se diz respeito a detecção precoce de doenças reprodutivas e de 
fertilidade. Afastar da reprodução, não significa abater. Para diagnóstico precoce 
necessário conhecer anatomia, fisiologia e clinica. 
 
Diagnóstico clínico: Palpação retal, não retorno ao cio (exceto cadelas), RX (sem 
aplicabilidade em bovinos e equinos, e em pequenos é usado para calcular numero de 
fetos), US (acompanhado com palpação - usado para sexagem fetal, feito na hora do 
parto para avaliar feto pelo batimento cardiaco, se tiver menos que 140 é necessário 
cesaria, se quiser preservar a mãe, opta-se por não fazer nada nesse filhotes se os outros 
estiverem bem. 
 
Diagnóstico laboratorial: Citologia (biopsia vaginal, nas não prenhes vemos 12 camadas 
de células, nas prenhes temos 5 camadas de celulas), Hormonais (são como o do muco 
cervical, detecta positivos com duas semanas) e dosagem de estrona que aumenta no 
inicio da gestação em suinos, ainda avalia progesterona e ECG. 
 
• VACA 
Útero se desenvolve na pelve, conforme cresce vai para a cavidade abdominal e sobe 
até encostar no diafragma, conforme cresce mais tende a descer para a pelve - canal do 
parto (dinamica fetal). 
Primeiro mês: Não retorno ao cio após 21 dias do IA. Corpo luteo palpavel após 21 dias, 
permitindo suposição (ipsilateral, ou seja, do mesmo lado do corno gravidico. Usamos 
muita palpação. US apenas no comecinho. Pode ocorrer cio após 45 dias por perda 
embrionária. 
Segundo mês: Ligeira assimetria de cornos uterinos. Inicia-se o efeito da parede dupla 
na placenta. Prova do beliscamento positivo onde belisca a placenta e sente os anexos. 
Embrião com 4 a 6 cm e cerca de 80 a 300 ml de liquido fetal. 
Terceiro mês: Assimetria pronunciada dos cornos uterinos. Utero não permite sua 
reunião sob a mão, mas permite contorna-lo. Adelgaçamento da parede uterina. 
Flutuação caracteristica. Feto com 8 a 10cm. 300 a 700 ml de liquidos fetais. 
Quarto e quinto mês: Útero não mas contornavel (grande bolsa caracteristica) faz-se 
prova de balotamento positivo (da um empurrão, vai e volta para a mão). Palpa-se 
alguns cotiledones. Percebe-se fremito da arteria uterina media, sentido nas laterais da 
pelve (não confundir com piometra). 2 a 7 litros de liquido fetal. 
Sexto mês: Abaixamento do feto para a cavidade abdominal. Útero não está mais ao 
alcance do examinador, eventualmente palpação de alguns placentomas, permanencia 
de fremitos da arteria uterina. Ao final desse periodo conseguimos palpar feto pelo 
abdomem. Nessa fase ja se percebe pelo flanco os movimentos fetais. 
Sétimo, oitavo e nono mês: Fase final. Observado subida do feto no utero e palpaçãofetal. Aos 7 meses feto esta no flanco direito proximo a pelve, aos 9 meses feto fica mais 
na regiao caudal a ultima costela. É possivel verificar se o feto está vivo ou se há torção 
uterina. Avalia se esta vivo pelo reflexo de sucção que o feto faz com o nosso dedo 
durante palpaçao. Se não tiver reflexo animal pode estar chocado, faz-se estimulo 
dolorosa em interdigito e esse também estará diminuido. 
 
Diagnostico laboratorial: 
1. Estrogeno plasmatico, dosa estrona e sulfato de estrona que vai estar maior que 
3 nanogramas por ml. 
2. Dosagem de progesterona do plasma e leite (ELISA) 
3. US atraves da identificação da vesicula gestacional (25 a 28 dias) transdutor 
linear transretal. 
 
Perfil endócrino: Platô de progesterona com queda no parto e aumento de estrogeno. 
 
• EGUA 
Naturalmente possui utero grande. Embrião passeia pelo utero por pelo menos 2 meses 
antes de fazer nidação. Só para quando tiver junção corno + corpo. 
 
Primeiro mês: Após 15 dias de fecundação pode-se observar formação esferica de 2 a 3 
cm de diametro junto ao terço proximal do corno uterino (parece bolinha de tenis) tonus 
uterino elevado pela ação da progesterona. 
Segundo mês: Presença de um aumento de volume de cerca de 3 a 4 cm de diametro 
com forma eliptica. Parede uterina bastante fina. Discreta flutuação pela presença de 
liquido e membranas. 
Terceiro mês: Formação de 5 a 7 cm de comprimento e 5 cm de diametro (tamanho do 
ovo de pata). Rechaçamento do corno uterino junto a junção corno corpo. Flutuação 
perceptivel. 
Quarto e quinto mês: Aumento de volume com 20 a 25 cm de comprimento e 8 a 16cm 
de diametro. Deslocamento do utero para cavidade abdominal, prova de balotamento. 
Sexto e sétimo mês: Útero na cavidade abdominal até completo abaixamento uterino. 
Ovários mais ventrais, craniais e mais proximos, cerca de 10 cm. Possivel abalotamento 
e maior tensão de ligamentos uterinos. 
Oitavo e décimo mês: Subida do útero a partir do setimo mes pelo crescimento fetal. 
Facil palpação do feto por ser muito ativo. 
 
Diagnóstico laboratorial: 
1. Pode ser feito dosagem de progesterona 
2. Estrogenos sanguineos (85 dias de gestação) 
3. Identificação de ECG com 50 - 90 dias de gestação. Temos o MIP teste que é o 
teste imunologico da gravidez (35 dias 85% de certeza). US 19 dias ja se identifica 
vesicula gestacional. 
O utero da égua é difusa. Em gestação gemelares temos 1 corno e 1 vesicula para cada 
feto. Com 25 dias ja da para ver um pequeno embrião. No quinto mês é que se confirma 
gestação, égua apresenta cio de encabelamento. 
 
Perfil endócrino: Eleva progesterona no inicio, com pequeno platô, seguido de queda 
por quase metade da gestação, ao mesmo tempo estradiol eleva. 
 
• PORCA 
Clinicamente observamos os animais cobertos (não devem retornar ao cio). Femeas não 
prenhes retornam ao cio com 18 a 25 dias. Alguns animais podem apresentar cio 
silencioso dando falso positivo. Faz US. Pode-se fazer palpação retal se o tamanho da 
pelve for adequado e o permitir, ou seja, apenas em femeas grandes. 
 
Por imagem, porca só permite gestação se tiver mais que 9 filhotes por necessita de um 
nivel elevado de estrogeno. Faz-se ultrasson com sonar doppler (36 a 77 dias). Nas 
porcas pode ocorrer cio durante gestação, animais eventualmente cobertos costumam 
ter uma segunda gestação, animal eventualmente cobertos costumam ter uma segunda 
gestação junto com a primeira levando a abortamento ou leitegada desuniforme. 
 
• PEQUENOS RUMINANTES 
Clinicamento vemos o não retorno ao cio. 
Inspeção e palpação: Impossivel em termos de rebanho, feito entre 90 e 100 dias, faz 
balotamento ao lado direito. 
Laboratorial: Dosagem hormonal, progesterona plasmatica e no leite, histologico com 
40 dias 97% e 80 dias 100%. 
Cirurgico: Pela laparoscopia com 30 dias da inseminação 
Ultrasson: 60 dias 95% com efeito doppler conseguimos antecipar para 35 dias. Feito 
com animal em estação. Transdutor convexo ou transretal. 
RX: Ajuda a contar numero de filhotes, comum em 2 a 4 filhotes feito com 90 dias com 
25 dias ja detecta. 
 
• CADELAS E GATAS 
O corno uterino da gata não gestante possui 0,5 cm de diametro e da cadela de 0,7 a 1 
cm. Intestinos são bastanteds moveis quando comparado ao utero. US diagnostica a 
partir de 15 dias pós cobertura feito em estação até nascimento (coração fetal) e RX a 
partir de 35 dias que é quando temos calcificação óssea. 
Utero aumenta de diametro e há possibilidade de se perceber em seu interior estruturas 
arredondadas uniformemente distribuidas. 
Em gestação mais avançada pode-se perceber movimentação fetal. Ainda vemos edema 
de mama, edema de vulva, alteração de comportamento, modificação dos aprumos do 
trem posterior (dilatação da pelve pela ação da relaxina). Não existe diferença de 
gestante e não gestante devido persistencia do corpo luteo. 
 
Diagnostico diferencial: Não confundir com fezes no intestino (fezes são moveis). 
Piometra, hemometra, hidrometra e mucometra são coleções liquidas uterinas que 
causam aumento do corno. 
 
Perfil endocrino: Nivel de progesterona não fica alto durante gestação, quem fica alta é 
a prolactina. 
 
 
 
CESAREANA 
 
Quando o feto está numa posição distocica de impossivel correção por manobras é que 
a cesareana é indicada. Depende da especie, estatica fetal e posição. Considera porte 
da femea e raça. Se o feto estiver em posição superior com o dorso aparente, pode 
ocorrer de um pé sair pela vagina e o outro sair pelo anus, nesse caso é indicado cesarea, 
assim como quando feto estiver na posição horizontal dorsal. 
Pensa-se na cesarea quando mãe tem baixo valor zootecnica e o filhote alto valor, ainda 
quando feto estiver em sofrimento fetal, ou seja, baixo batimento cardiaco (menos que 
140 bpm) e quando não tem movimentação, ou seja, baixo, quando reflexos estiverem 
diminuidos, agora quando temos receptoras de alto valor tentamos impedir a cesarea, 
pois essa femea tera que ficar um ano para poder parir novamente. Nos grandes animais 
não temos como avaliar batimento cardiaco, quando mãe estiver com com algum 
descontrole metabolico como por exemplo eclampsia, devemos interromper o parto. 
Eclampsia pode ocorrer resultado de erro de manejo, alta suplementação de calcio, ou 
quando femea gestante recebe ração de filhote. Femea não necessita de calcio durante 
gestação, somente na lactação. 
 
Contra indicação: Considera estado feral da mãe, mãe deve estar com bom escore 
corporal e boa saúde, caso contrário teremos risco. Femeas doentes tambem trarão 
risco. O liquido de dentro do utero deve estar adequado e livre de contaminação pois 
pode extravasar para dentro da cavidade abdominal. 
A asiração de meconio nem sempre é relacionado ao obito do feto, podemor recuperar 
com oxigenioterapia, pois conforme feto respira o meconio seca dentro dos pulmoes 
tornando0se meio de cultura. 
Ainda é contra indicado em femeas com secreção vaginal fetida. Útero contaminado 
com fetos mortos em putrefação (nesses casos é recomendado em grandes animais a 
fetotomia), e contra indicado em fetos imaturos. 
 
• Vaca 
Sempre fazer incisão pelo flanco esquerdo, pois o direito corre risco de atingir alças 
intestinais, feito com o animal em estação, somente quando o animal não conseguir 
ficar em pé é que se deixa o animal fazer decubito esternal, pois se trata de um 
ruminante. Decubito esternal é o melhor (pois femea fica tranquila e conseguimos 
avaliar dor). Tem a técnica do decubito dorsal pouco indicada, animal fica entre duas 
arvores contida - dificil. 
Após contenção, fazemos o boqueio anestesico, feito em L invertido, aplicando a 
lidocaina subcutaneo e intramuscular. Necessário assepsia da região com tricotomia 
previa, bloqueio anestesico e assepsia cirurgica. 
Quando falamos em cesareana nos ruminantes, não faremos pré anestesico, nem 
sedação, pois aumenta contração, sendo que o parto ja é distocico,xilazina faz com que 
o animal demore para levantar, atrapalhando a mamada do colostro, 
Após incisão, abre com tesoura até o peritoneo (cvaca sente um pouco de desconforto 
mas nada muito forte). A partir disso fazemos o acesso do ao utero, pegamos a pata do 
filhote por baixo do rumem. Faz-se incisão na curvatura maior. Sustentar o utero pois 
ele pode regredir, dai nao conseguiremos acha-lo novamente, por isso fazer incisão de 
30 cm. Necessário 2 equipes esteril 1 para a mãe e 1 para o filhote. Usamos sutura 
cushing invaginante, sutura miometro e dai cesa a invaginante. Durante sutura o uteroja 
diminui de tamanho. Fazer uma segunda sutura cushing para não correr o risco de não 
romper. 
Usar clorexidina para antissepsia mais eficaz que o iodo, pois em contato com materia 
organiza perde eficacia. No peritoneo usamos a primeira camada continuo simples ou U 
continuo e segunda camada sutan X proximo a pele. Na pele usamos grampeadores, se 
não tiver usa U continuo, NAO APAERTAR. 
Femeas vão para enfermaria recebendo soro na orelha. Infusão continua por 24 horas. 
É bom fazer o procedimento cirurgico na grama para que se tenha absorção de liquidos 
que possam sair. 
Faz-se epidural baixo nos casos de prolapso de vagina, pois tem dor, mesmo quando o 
animal ja estiver anestesiado. Na cesarea em si não precisa. 
Sabemos que chegou no utero quando vemos enervação vagal. O primeiro anexo é o 
corionalantoideano, usa-se osso longo como base, pois sabemos que não possui 
caruncula. Colocar filhote em decubito esternal e massagear o dorso para estimular 
centro respiratorio. Reposicionar o utero e recolocar o prolapso vaginal. 
Usar ponto com equipo para fechar a vulva e não prolapsar novamente. Após 10 dias 
tira o equipo. Usa spray repelente e curativo. Não usar lepecide pois causa infecção. 
 
• Gata 
Feito em decubito dorsal. É a mesma que faremos na égua. Acesso paramediano ventral 
(linha branca), anestesia geral (usar inalatoria se possivel isofluorano, pois apronfunda 
rapido e recupera rapido) Quanto mais tempo para o animal voltar é pior para os filhotes 
como reconhecimento materno e produção do leite. 
Como medicação pré anestesica evitar xilazina. Cuidado com tudo que for injetavel pois 
passa para o filhote, retardando recuperação.. Chegando no utero, expoe os cornos 
uterinos por conta do liquido que extravasa para o abdomem com isso evitar exposição 
- localizar cervix, não mexer na cervix pois compromete matriz. A incisão do utero pode 
ser feito de duas maneiras que são: 
1º Corpo do utero (entre bifurcação e cervix), fazer movimento como se estivesse 
ordenhando o utero, forçando descolamento da placenta. Retirar o anexo com o feto e 
passa para a equipe. No maximo rompemos o anexo, não precisa ligar o cordão e sim 
esgarça-lo. 
2º Quando primeira incisão ja tem estenose fazemos incisão no meio do corno, usar fio 
absorvivel, faz cushing ida e volta, evitar ponto firme, pois utero diminui e aumenta 
podendo estenosar. Cuidado com aderencias pois causa dor e compromete futuros 
partos. Para isso é necessario lavar o utero com soro fisiologico. 
Fechar musculatura do mesmo modo que a castração. Sultan X ou simples separado. Na 
pele usamos simples separado, mas o melhor é o U continuo, não apertar pois pode 
causar edema. Em pequenos podemos usar cola cirurgica na pele. Não faz pinçamento 
uterino, e sim de pediculo, quando for castrar junto. Expoe cornos - incisa - retira 
filhote - repoe e sutura. 
 
FETOTOMIA 
 
Indicado somente em grandes animais, usando aparelho que árece um liquidificador, 
tritura tudo e suga restos. Feito em fetos mortos ou contaminados (autolise) onde estará 
enfisematoso, percebemos isso pois na palpação sentimos osso e gás onde temos 
sensação de plastico bolha. Odor fetido. 
Outra indicação é quando a femea tem alto valor zootecnico e o filhote esta com estatica 
fetal de impossivel correção, muitas vezes faremos eutanasia fetal (degola), terá muito 
sangue (liquido sanguinolento), pois coração continua batendo. Isso se a cabeça estiver 
para traz e em hipotese nenhuma conseguimos desviar. Quando o problema é nos 
membros, esperamos animal vir a obito. 
Outra indicação é para os monstros fetais (teratogenia). Quando enfisematoso não 
conseguimos fazer cesarea apenas fetotomia. 
Material: Fetotomo com tudo de aço com dois canos. Fio serra entra de um lado e sai 
do outro. Cada porção cortada tem que ser fixada com uma corrente com gancho. 
Seccionar em varias porções do feto, movimentar fetotomo em diversas porções. 
 
PUERPERIO FISIOLOGICO 
 
 
É o pós parto, é onde vemos utero e ovarios voltando ao normal, possibilitando assim, 
que femea tenha uma nova gestaçao. É o fim do anestro lactacional. O puerperio é 
normal quando o animal libera os anexos no periodo correto para a especie considerada 
e volta a ciclar no periodo previsto apos o parto. Por um determinado periodo, as 
contraçoes continuam e tem a funçao de auxiliar a involuçao uterina. 
A primeira coisa que observamos é a liberaçao dos anexos que ocorre de 6 a 8 horas nas 
vacas apos o parto. Esse periodo é normal no parto eutocico, no distocico esse balor 
aumenta em duas horas nos pqquenos ruminantes leva duas horas, cao, egua e porca é 
imediato. Humanos é de 45 minutos. 
Fases 
• Delivramento: parto ate expulsao dos anexos. Temos choque mecanico das 
carunculas, fechamento da cervix e involuçao uterina. A eliminaçao dos anexos 
fetais ocorre pela açao da PGF2alfa nas carunculas, e varia conforme especies. 
Tem especies em que a PGF2alfa é bem importante que sao aquelas especies 
que possuem placenta profunda, nas especies com placenta superficial nao tem 
tanta importancia. 
• Puerperio propriamente dito; utero volta ao normal e expulsa loquios. Loquios 
sao liquidos corresponde a liespza do utero pós parto, é inodoro e de coloraçao 
variavel, apresentam celulas de descamaçao e sangue, e quantidade varia de 
acordo com tempo de placentaçao. 
 
 
Vaca - Vermelho vinho - 45 diad 
Égua - Vermelho amarronzado à amarelo claro - 9 a 25 dias 
Cabra e ovelha - Vermelho vinho - 28 a 40 dias 
Porca - Esbranquiçada - 9 a 28 dias 
Cadela - Esverdeado - 35 dias 
Gata - Marrom - 35 dias 
 
Depois da eliminação dos loquios vemos involução uterina composta e recomeço do 
ciclo estral no pós parto. 
 
PUERPÉRIO PATOLÓGICO 
 
Dependendo das especies temos umas que são mais sensiveis como a vaca que é 
quem tem mais risco de puerperio e temos cadelas que não são tão sensiveis, porem 
quando ocorre é grave como a piometra e a eclampsia. 
• Endometrite puerperal aguda 
Relacionada a inercia uterina. Apos parto femea nao pode ficar em jejum, e se ela 
apresentar algum tipo de fraqueza no parto será necessario suplementar com Calcio e 
energia. Se nao oferecer femea tera inercia uterina. Mesmo que feto tenha nascido é 
necessario que utero continue contraindo. 
Manifestaçao: Taquicardia, taquipneia, diarreia causada pela dor, prostraçao, anorexia 
e hipertemia. 
Na palpaçao retal utero esta conico, com aderencias e repleto de conteudo fetido, 
achocolatado e pouco viscoso. 
Tratamento: Antibioticoterapia local com penicilina se o uso for depois de 21 dias apos 
o parto ou tetraciclina se ate for 21 dias do parto. Toxico para o filhote, inves de local 
pode-se usar sistemico com antibiotico de longa duraçao. 
Gluconato de calcio IV 
Ocitocina ate 12 horas pós parto passado essas 12 horas usa prostaglandina. 
Em animais de pequeno porte, é recomendado a OSH, porem se for femea de alto 
valor, tenta tratar com ampicilina que não é toxico para o filhote. Cadelas com 
alteraçao renal devem ser castradas. 
• Endometrite puerperal crônica 
É a cronificaçao da endometrite puerperal ou infecçao ascendente via vaginal. Principal 
causa de infertilidade ou sub fertilidade de bovinos. Ocorre pela falta de controle no 
puerperio com o uso de especulos e avaliaçao do muco vaginal. Vemos catarrogenital 
que pode ser grau I, II, III e IV (piometra) 
Fatores predisponentes: higiene no parto, traumatismo durante parto, atonia de 
utero, retençao de placenta, problemas de manejo e nutriçao. Ainda bacterias 
piogenicas. 
Diagnostico: dificil pois o processo é restrito a mucosa. A biopsia uterina é otima para 
identificar o processo porem na pratica é pouco usado. 
 
• Metrite 
Vemos hipertemia, corrimento vaginal purulento, alteraçao no eatado geral, 
inapetencia e queda na produçao lactea. Prognostico depende do tempo de evoluçao e 
da lesao. Normalmente o animal responde bem a antibioticoterapia. 
Tratamento: visa evitar ou controlar as infecçoes. Pode-se usar ocitocina e 
prostaglandina se as condiçoes do utero forem favoraveis, mas há um risco de ruptura. 
Cio favorece a correçao mais rapida do problema, pois no cio aumenta estrafiol que 
aumenta macrofagos aumentando imunidade. 
• Alteraçao de motilidade uterina 
Atonia uterina: em pequenos animais faremos RX e US, normalmente relacionada a 
mais fetos dentro da femea. Retiramos os fetos, tentamos com prostaglandina, 
ocirocina, calcio e glicose. Alguns veterinarios recomendam OSH. 
 
Hipertonia uterina: necessário ministrar analgesico, anestesia epidural (diminui 
contraçao), inibidores de contraçao (panipan ou clembuterol), alem de tratar causa e 
consequencia (como prolapsos). 
 
• Hemorragias 
Frequente em cadelad. Em equinos pode estar relacionado a ruptura de utero, 
perineo, vagina e cervix por exemplo. 
Hemoreagias leves: requerem uso de anti hemorragicos antinflamatorios, ocitocicos 
que contraem a parede uterina e consequentemente seus vasos e calcio que participa 
da contraçao. 
Hemorragias severas: requerem fluidoterapia, hemotransfusao, ligadira de vasos, 
laparotomia e histerectomia. 
 
• Rupturas 
Pode ser utero ou vagina, nesses casos é necessario sutura do local por laparoscopia. 
Sutura deve ser sempre invaginante, voltado para a luz do orgao. So sutura se romper 
mucosa e musculatura, só mucosa nao mexe. 
Na ruptura de perineo se corrige com episiorafia. Temos a episiotomia para prevençao. 
Feita quando nao se espera total dilataçao do perineo. Necessario epidural. Usar 
repelente pois ferida ficaa aberta. 
 
• Fistula reto vaginal 
 
 
Quando feto esta com apresentaçao longitudinal posterior e extensao dos membros 
pelvicos, com dorso voltado pata baixo. Quando temos um membro saindo pelo reto e 
outro pela vulva. Quando percebemos podemos cortar o perineo cirurgicamente, 
porem quando femea força pode lacerar tudo, quando isso ocorre, cirurgia de 
correçao deve ser feita imediatamente ou depois de 15 dias. Quando espera os 15 
dias, teremos bordas cicatriciais. Necessarios epidural, e sutura sempre invaginante. Se 
for optar por esperar 15 dias sera necessario higienizar vagina 2x dia. Grande chance 
de deiscencia de pontos. 
 
• Prolapso de vagina e útero 
Necessario reposicionar tudo. Lava tudo com agua fria e sabao. Apos passa açucar 
cristal, passa a gase em volta dele. Faz epidural com buscopan composto, tira a gase e 
vai posicionando. Apos palpa e ajeita o utero para posiçao anatomica. Em pequenos é 
recomendado a laparotomia e fixaçao do utero, porem femea pode nao emprenhar de 
novo. Se nao quiser a laparotomia, pode-se fechar vulva com sutura feita com equipo 
para nao prolapsar de novo, animal consegue urinar normalmente, fica cerca de 15 
dias, em cadelas faz a bolsa de fumo. Nesses 15 dias trata utero e vagina de forma 
sistemica, tira sutura depois de 15 dias. 
• Prolapso de reto e bexiga 
Pode ocorrer durante trabalho de parto, reduçao feita igual ao prolapso anterior. Facil 
em grandes animais, em pequenos é feito cirurgicamente por laparotomia. 
 
• Eclampsia puerperal 
Visto em carnivoros e suinos, apresentam uma toxicose gestacional ou puerperal com 
disturbios neuroendocrinos e metabolico, com quadro sintomatico caracterizado por 
convulsoes tonicoclonicos, causada por deficiencia mineral ou predisposiçao racial. 
Tratamento: 20 a 30 ml de soluçao com sais de Ca e Mg ou ainda soluçao de gluconato 
de calcio a 20%, lento. Impedir amamentaçao de muitos filhotes de uma vez. 
Reposiçao deve ser feito lentamente para nao induzir parada cardiaca 
 
• Retençao de anexos fetais 
Nunca puxar, pois pode induzir a ruptura uterina. O que se faz é aplicar prostaglandina, 
e ainda assim leva ate 3 dias para expulsar. Ainda ATB sistemicode tetraciclina, e 
tambem ocitocina para contraçao uterina. O maximo que se faz é cortar os anexos que 
estao pendurados, evitando contaminaçao com fezes e urina.

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