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OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA

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OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA
HORMÔNIOS
-Estrógenos: prepara o endométrio
para ação da progesterona (abre
receptores para progesterona),
prepara a glândula mamária para
lactação. Controla a liberação dos
Hormônios Folículo Estimulante
(FSH) e luteinizante (LH). Altera
glândulas endometriais favorecendo
secreções e nutrição do embrião,
promovendo quiescência uterina.
Durante a gestação tende a
aumentar atingindo pico entre a
metade e final da gestação
-Progesterona: Manutenção da
gestação, produzida pelo corpo
lúteo. Para a progesterona altera
glândulas endometriais favorecendo
secreções e nutrição do embrião,
promovendo quiescência uterina.
Esse hormônio atua no endométrio,
assegura a implantação do embrião.
A manutenção da gestação contribui
para o desenvolvimento da glândula
mamária. Altos níveis de
progesterona inibem o cio e a onda
pré-ovulatória de LH
FSH e LH: São secretados pela
hipófise, vão agir no processo de
amadurecimento dos folículos e
liberação dos óvulos.
Ao nascimento, já existe no ovário
um número definido de folículos que
pode chegar à ovulação. Esses são
os oócitos, localizados no interior
dos folículos ovarianos que ficam
em repouso até a maturidade
sexual. Na fase adulta, o seu
desenvolvimento é dependente dos
hormônios, estrogênio,
progesterona, FSH e LH. O folículo
destinado a ovular é chamado de
dominante pois impede a ovulação
dos outros folículos (subordinados).
Após a ovulação, as células do
folículo sofrem luteinização e
formam o corpo lúteo.
GnRh libera FSH e LH FSH
estimula desenvolvimento folicular e
liberação de estrogênio pelo folículo
(para preparar o útero) após
ovulação ocorre pico de LH para
formar progesterona e corpo lúteo.
O estrogênio (produzido pelo
folículo dominante, que foi
previamente estimulado pelo FSH)
prepara o endométrio para receber
o embrião após a fecundação. O
aumento dos níveis de estrogênio
estimula a liberação do hormônio
LH, que provoca o rompimento da
membrana folicular e a liberação do
óvulo para que seja fecundado pelo
espermatozóide nas tubas uterinas.
CICLO ESTRAL
Professor: O principal hormônio é o
estrogênio. Período compreendido
entre a luteólise e a primeira
aceitação de monta e é
caracterizado por crescimento
folicular (fase folicular) e aumento
da atividade dos órgãos
reprodutivos. Nessa fase, há o
crescimento folicular final e a
regressão do corpo lúteo do ciclo
estral anterior
Estro: O principal hormônio é o
estrogênio, quando a fêmea aceita a
monta.
Meta-estro: estrogênio em queda e
progesterona subindo, ovário vira o
corpo hemorrágico. O início da
formação do corpo lúteo e pela
redução da secreção das glândulas
do trato reprodutor feminino
Diestro: o corpo lúteo é ativo e
existe a predominância hormonal da
progesterona (fase luteínica). Em
caso de ausência de gestação, a
luteólise ocorre após o diestro,
desencadeando uma nova fase de
proestro e início de um novo ciclo
estral.
CLIVAGEM
Após o óvulo da fêmea ser
fecundado pelo espermatozóide,
dará início ao processo de
embriogênese, que é conhecido
pela clivagem. A clivagem consiste
em uma série de divisões para
formulação da blástula, que irá
eclodir, se implantar ao útero e
iniciar processo para gerar os
folhetos germinativos e a partir
desses folhetos os órgãos irão se
desenvolver.
RECONHECIMENTO MATERNO
Durante o processo de clivagem, o
embrião precisa ser reconhecido
pela mãe, para não ocorrer
regressão dessa gestação ou
quebra do corpo lúteo, responsável
pela manutenção da gestação.
A secreção de progesterona é
indispensável para a manutenção
da gestação em todos os
mamíferos. A sobrevivência do
embrião no útero depende do
prolongamento da funcionalidade do
corpo lúteo (CL) formado após a
ovulação, que passa a ser
denominado CL gravídico. O
fenômeno pelo qual o CL periódico
do ciclo é transformado em CL
gravídico é chamado de
reconhecimento materno da
gestação.
O período de pré-implantação
depende de uma série de interações
materno-fetais para o
reconhecimento e manutenção da
gestação. O embrião sintetiza
substâncias como citocinas
(interferons, interleucinas), enzimas
(proteases), prostaglandinas (PGF,
PGE) e hormônios.
RECONHECIMENTO
IMUNOLÓGICO
Ocorre bloqueio da rejeição
imunológica do concepto. Vai haver
redução da expressão de antígenos
da superfície do embrião, e o tecido
materno e trofoblasto inibe a
replicação de linfócitos e da
atividade celular para que o corpo
da mãe não rejeite o embrião.
IMPLANTAÇÃO
Após a eclosão do blastocisto,
algumas modificações começam a
acontecer no útero e no embrião,
resultando na implantação. Irá
ocorrer o contato físico após a
dissolução da zona pelúcida, entre o
trofoblasto e o endométrio.
PLACENTAÇÃO
Após a implantação, ocorre a
placentação que consiste na
formação da placenta para realizar
suprimento de oxigênio e nutrientes,
remoção de detritos metabólicos,
produção e secreção de hormônios.
TIPOS DE PLACENTA
O tipo de placenta das espécies
carnívoras é a verdadeira ou
deciduada, onde a união das
porções materna e fetal ocorre por
dissolução da mucosa uterina,
ocorrendo descolamento placentário
a parede do útero e hemorragia da
mucosa no momento do parto.
A placenta dos carnívoros também
é classificada de acordo com o
número de camadas que separam a
circulação sanguínea da mãe e do
feto chamada de placenta endotélio
corial por possuir 4 camadas:
Endotélio materno endotélio corial
fetal tecido conectivo fetal
endotélio fetal sangue fetal.
Tendo de 5-10% de passagem do
sangue materno-fetal, ocorrendo
passagem de algumas
imunoglobulinas da mãe para o feto.
E é classificada em placenta
zonária, pois suas vilosidades
coriônicas ficam restritas na região
equatorial formando um cinturão.
ENVOLTÓRIOS E LÍQUIDOS
FETAIS
Os líquidos fetais são o amniótico e
o alantoideano. As membranas
fetais que envolvem o feto são o
cório (mais externa), âmnio (envolve
líquido amniótico), saco
alantoideano (contém líquido
alantoideano) e o saco vitelino.
O cório é a camada epitelial da
parede mais externa do blastocisto,
envolve externamente todo o
embrião e outras membranas e o
seu folheto externo forma a placenta
fetal para passagem de nutrientes e
oxigênio
O saco vitelino exerce função de
placenta no início da prenhez
promovendo nutrição do embrião,
além de possuir função
hematopoiética até que o fígado
exerça essa função e ao passar da
gestação quando as outras
membranas vão se desenvolvendo,
o saco vitelino torna-se vestigial.
O líquido amniótico é de origem da
secreção do epitélio, saliva e
secreção nasofaringeal do feto.
Contém enzimas, proteínas, frutose,
lipídeos sendo responsável pela
nutrição fetal.
Saco alantoideano contém o líquido
alantóide que é formado por
produtos do catabolismo fetal
(bexiga urinária).
As funções dos líquidos fetais é
proteger o feto contra traumatismos,
desidratação e variações na
temperatura, permitem o
crescimento simétrico do feto e seus
movimentos sem prejudicar o útero,
DIAGNÓSTICO GESTACIONAL E
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS
O tempo de gestação pode ser
muito variável, tendo uma média
após a cópula de 62-64 dias.
Alterações comportamentais:
ocorre principalmente devido ao
aumento de prolactina. Aumenta
consumo alimentar e ganho de peso
(segunda metade da gestação)
Alterações fisiológicas: corrimento
vulvar mucóide 1 mês após
acasalamento, desenvolvimento de
glândulas mamárias, presença de
secreção aquosa 2-3 dias antes do
parto, dilatação do abdômen,
anemia fisiológica devido a excesso
de produção dos líquidos fetais,
tempo de esvaziamento gástrico
aumentado, por isso as gestantes
comem pouco várias vezes ao dia.
Palpação abdominal: as vesículas
embrionárias podem ser sentidas
durante a palpação após 20 dias.
Auscultação: pode ser auscultada
nos últimos 15 dias gestacionais,
tendo cuidado para não confundir
com os batimentos da mãe.
Exame radiográfico: só deve ser
feito entre 43-54 dias de gestação,
antes disso fornece perigo aos fetos
pois não passaram por processo de
mineralização fetal. No raio-x é
possível observar a quantidade de
fetos mas não conseguimos ver a
viabilidadefetal
ULTRASSONOGRAFIA
para confirmação de prenhez,
viabilidade embrionária e fetal,
desenvolvimento, contagem fetal no
início, pelas vesículas embrionárias.
Porém sempre lembrando que o
indicado para contagem é a
radiografia.
Com o USG pode realizar FR,
sendo que a frequência fetal deve
ser 23x maior que a materna.
A artéria útero-placentária é ideal
até os 35 dias de gestação, fazendo
através do doppler colorido e
pulsado para detectar se existem
anormalidades congênitas e
reabsorções embrionárias.
A artéria umbilical se faz depois dos
35 dias de gestação, deve ser
avaliada o mais próximo da placenta
possível, e caso se apresente
abaixo de 0,7 cm é um indicativo de
que o parto irá ocorrer em torno de
12 horas.
Cadelas que vão parir em menos de
12 horas, mas ainda não assumiu
nenhum aspecto de que vai parir
(como fazer ninho), faz exame de
progesterona, se estiver de 4 para
cima não realiza cesárea, mas se
tiver 2 faz cesárea.
*Tabela correspondente ao que
pode ser encontrado no usg de
acordo com os dias de gestação:
DIAGNÓSTICO GESTACIONAL
EM BOVINOS
A fêmea foi coberta → forma
embrião→ embrião começa a
utilizar mecanismos luteotróficos →
O interferon-tau um dos hormônios
principais para a fêmea não retornar
ao estro (9-22 dias). Ocorre inibição
PGF2 alfa → manutenção do corpo
lúteo, com produção de
progesterona.
Mudanças nos órgãos
reprodutivos: vulva edemaciada e
vascularizada (principalmente final
da gestação); cérvix possui tampão
mucoso de alta viscosidade e forte
constrição da abertura durante a
gestação; Útero aumentando
gradativamente, miométrio
quiescente; Corpo lúteo
permanente; Ligamentos pélvicos
relaxam gradativamente com o
crescimento do feto.
Outras mudanças: pelo fica mais
fino, liso, animal tende a engordar,
em novilhas após 5 meses inicia
edema de úbere, aumento do flanco
direito, formação do colostro (final
da gestação)
Cio do encabelamento: fêmeas
bovinas em torno de 5 meses de
gestação podem apresentar
aceitação da monta, pois alterações
hormonais (materno e fetal)
aumentam os estrógenos. É um
falso cio pois apesar da flutuação de
estrógeno no animal, não é
acompanhado de ovulação. Essa
fase coincide com o surgimento de
pelos dos fetos (daí o nome cio do
encabelamento). Praticar a
inseminação nessa fase (por achar
que o animal não está gestante e
sim no cio) pode acarretar o aborto.
Diagnóstico de gestação: serve
para identificar animais vazios o
mais rápido possível para evitar
perdas econômicas, certificar
animais para vendas, reduzir gastos
desnecessários.
Técnicas de diagnóstico: Clínicos
(palpação retal, USG, laparoscopia),
imunológicos (hormônios e
substâncias associadas à
gestação), não retorno ao estro.
Anamnese: saber se o animal pariu
há pouco tempo (pois pode
confundir com gestação, fase de
involução uterina), saber se foi
coberta há pouco tempo (para não
pensar que seja uma vaca vazia,
sendo que está no início da
gestação). Utilizar ficha de previsão
de cio, geralmente vacas tem cio de
21 em 21 dias, se no primeiro cio,
ela foi montada e daqui há 21 dias
não apresentou cio, pode ser uma
possível gestação. Apenas não
estar no cio, não é diagnóstico de
gestação, já que o animal pode
apresentar um anestro
nutricional/fisiológico/lactacional ou
até mesmo por patologias do
sistema reprodutivo.
Com o ultrassom modo doppler é
possível identificar a vaca positiva,
tendo em mente que o corpo lúteo
em vacas não gestantes regridem
no 15ª dia, se no dia 19 tiver
vascularização, significa que o
corpo lúteo não morreu, logo é um
método INDIRETO de diagnóstico,
podendo ocorrer falso-positivo
devido a atraso na morte do corpo
lúteo. As alterações hormonais
existem e podem ser dosadas,
porém é inviável ao se tratar
aspectos econômicos.
EXAME RETAL
Serve para a identificação do
diagnóstico de gestação, pode ser
feito em éguas, búfalas e vacas,
será realizado palpação direta do
útero e é um método prático, baixo
custo e prático.
Útero não gravídico: útero está
oco e musculoso, fica assentado no
assoalho da pelve, cornos uterinos
são simétricos. Em bovinos o útero
é bipartido, corpo tem 3-4 cm, a
parte livre do corno uterino é de
35-40 cm curvando-se ventral,
cranial e lateralmente.
Útero gravídico: cornos
assimétricos, sem contratilidade
(útero flácido), aumento do útero,
espessura mais fina à medida que
progride a gestação. A vagina
estará com mucosa rosa-pálida e
seca, colo uterino fechado.
No primeiro mês: não é possível
identificar muitos sinais, o saco
amniótico tem apenas 2 cm de
diâmetro, a quantidade de líquido
alantoideano é pouca, embrião
possui tamanho pequeno.
Entre 1-2 meses: é possível
perceber distensão da curvatura
maior do útero em algumas
novilhas. Essa fase é chamada de
pequena bolsa inicial. Ligeira
assimetria dos cornos e flutuação
do útero.
Entre 50-60 dias: assimetria dos
cornos e início da parede dupla,
devido à presença do saco
alantoideano no interior do útero,
pode ser sentida por meio do
deslizamento das membranas fetais
e parede do útero entre os dedos
(teste do beliscamento), acúmulo de
líquido no interior do útero de
150-300 ml.
Entre 70 dias: a assimetria
pronunciada dos cornos uterinos,
está se posicionando no abdômen,
dificuldade em contornar esse útero.
Entre 80-90 dias: acúmulo de 1 litro
de líquido no útero, corpo do útero
se torna tenso, o órgão ainda na
cavidade pélvica, curvatura maior é
palpável (em vacas multíparas pode
estar na cavidade abdominal e a
curvatura maior ser de difícil
palpação)
Entre 100-140 dias: útero se
aprofunda na cavidade abdominal,
deslocamento da cérvix em direção
a cavidade abdominal o útero não é
mais contornável, está em formato
de bola de basquete (grande balão),
dá para realizar teste de
balotamento (realiza pressão para
deslocar feto e você sente ele
retornando), presença de
placentoma (carúncula +
cotilédones), presença de frêmito da
artéria uterina nas laterais da pelve.
Entre 5-6 meses: possui útero
abdominal (descida do feto),
dificuldade em achar cérvix e não
consegue alcançar o feto, o único
sinal que consegue palpar nessa
fase é o frêmito, além do aumento
do volume do flanco animal com
presença de movimentos fetais.
A partir do 7ª mês: ocorre subida
do útero, conseguindo palpar a
cabeça, frêmito persiste, glândula
mamária se desenvolve com mais
intensidade. A partir dessa fase, o
feto pode ser detectado facilmente
9ª mês: o feto está na região mais
caudal a última costela, nessa fase
é possível verificar se o feto está
vivo.
INSEMINAÇÃO EM CADELAS
No proesto começa sangramento e
aumento de vulva (dura em torno de
10 dias) depois vem o estro que é
onde ocorre a ovulação para iniciar
o processo de inseminação.
A detecção do estro é feita de 3
formas: citologia vaginal, dosagem
hormonal e mudança de
comportamento e anatômicas.
Dosagem hormonal: A
progesterona será avaliada, se ela
estiver entre 1-3 vai estar na pré
ovulação, uma progesterona de
4-10 vai estar na ovulação pronta
para ser fecundada.
Na citologia vaginal: entra com o
swaab reto e quando chega no
assoalho, inclina o swaab, gira para
os dois lados (3 vezes cada lado),
sempre evitando a parte ventral
para não pegar partículas de xixi.
No início do proestro as lâminas
contêm células parabasais (parece
ovo estalado) e no decorrer no
proestro a célula fica com uma
conformação seca:
Estro: será observado células
anucleadas e secas:
Diestro: essa fase acontece sendo
inseminada ou não. Dura de 2-3
meses em cadelas gestantes. Nas
gestantes o corpo lúteo declina
devido ao início do parto, em
cadelas não prenhes ocorre
apoptose do CL, é nessa fase que
ocorre queda de progesterona, e
aumento de prolactina. Também é
nessa fase que ocorre piometra,
pseudociese. Na citologia vamos
voltar a ver as células em formato
de ovo com presença de
NEUTRÓFILOS
PREPARAÇÃO DO MACHO
Avaliar histórico reprodutivo,
exames físicos, laboratoriais e
reprodutivos.
Método de coleta: manipulação
digital/ estimulação manual. Vagina
artificial, eletroejaculação, cauda do
epidídimo (em casos de morte de
animais com alto valor)A ejaculação do macho ocorre em 3
frações, a segunda é a rica em
espermatozóide, enquanto a
primeira e a terceira têm mais
função de limpeza do canal
peniano.
AVALIAÇÃO DO SÊMEN
Macroscopia: volume, cor, aspecto,
odor
Microscopia: (pega 10 microlitros
com pipeta graduada), a motilidade
deve ser no mínimo 70%; vigor que
é a qualidade de movimento avaliar
de 1-5 (sendo 5 está retilíneo,
progressivo e rápido); concentração
do sêmen (200x10^6 spt/mil) se
conta pela câmera de new Bowman;
morfologia ver se possui
espermatozóides com cauda
enrolada, defeito de cabeça etc.
Método de inseminação: o
principal é o fundo vaginal, mas
pode ser feito intrauterina ou
transcervical (é melhor pois
atravessa a cérvix, mas o custo é
alto).
Na hora de inseminar com a pipeta,
entra da mesma forma que entrar
com o swaab de citologia, após
depositar o sêmen no fundo da
vagina, empurra uma seringa com
ar para auxiliar a empurrar o sêmen
(pode ter um pouco de refluxo em
cadelas pequenas ou ao colocar
volume de sêmen maior que o
necessário). Uma spitz por exemplo
dá para inseminar com 2 ml de
sêmen, 2,5 no máximo.
Uma cadela geralmente pode ser
inseminada duas vezes (em um
intervalo de 48 horas) que está
dentro do pico de ovulação. Sempre
na segunda inseminação faz a
lâmina e vê se está no cio. Se a
lâmina tiver esquisita, faz a
progesterona novamente, se estiver
na faixa de 9/10 ainda tem chance
de realizar a inseminação.
FASES DO PARTO
Parto normal: conhecido como
parto eutócico, irá ocorrer
mudanças a nível hormonal, sendo
o feto o principal fator para iniciar o
parto (a maturação pulmonar do feto
irá desencadear). A mãe terá pouca
influência para desencadear o parto.
Quando o feto está desenvolvido, o
miométrio que antes estava
quiescente, voltará a sofrer
estímulos para contração. O
ambiente uterino para animal
maturado fica inapropriado (devido
ao seu tamanho, divisão de espaço
com os fetos, aporte nutricional,
mudanças de pressão e glicose
sanguínea), todos esses fatores
geram estresse fazendo com que
ative o eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal que irá
liberá cortisol fetal. O neonato
sofrerá maturação pulmonar que é
estimulada pela liberação de
cortisol, produzindo o agente
surfactante para que os pulmões
não colabem.
Desenvolvimento do eixo
hipotálamo-hipófise adrenal:
estresse à liberação de hormônio de
liberação de corticotrofina à ação
sobre células corticotróficas da
hipófise à liberação de ACTH pela
hipófise à ação sobre a adrenal fetal
à liberação de cortisol à estimula
placenta a converter progesterona
em estrógeno à aumenta a resposta
do miométrio da ocitocina,
relaxamento da cérvix deixando
dilatada e maleável e estimula
liberação de prostaglandinas pelo
útero (auxilia contratilidade).
Fase de preparação do parto
(fase prodrômica): animal busca
isolamento, a porca e a cadela
formam ninhos, cadelas apresentam
queda de temperatura. Outros sinais
observados é a inapetência em
cadelas; ansiedade, agitação e
colostro nos tetos de éguas; Vacas
comm andar inseguro e
relaxamento da musculatura da
garupa.
Fase de dilatação fetal (fase de
insinuação): começa logo após as
mudanças bioquímicas da cérvix, se
estende desde o período de
contrações uterinas até o
rompimento das membranas fetais.
As contrações geralmente começam
fracas e irregulares, porém quando
o feto começa a passar pelo canal
pélvico, fica mais forte e regular.
Fase de expulsão: última fase do
parto, desde a ruptura das bolsas
fetais até o nascimento do feto.
Após o nascimento, o neonato
possui uma reserva de glicogÊnio
na musculatura cardíaca o que
mantém a atividade cardíaca no
pós-parto imediato, mesmo na
ausência de oxigênio.
Puerpério: período de recuperação
dos órgãos reprodutivos após o
parto. é dividido em 2 fases,
delivramento (pós-parto até
eliminação das membranas fetais) e
fase de involução uterina (retorno
do útero a condição normal e
aptidão para uma nova gestação).
Delivramento em bovinos: Dura
de 30 minutos a 8 horas, passou de
12 horas o puerpério é considerado
patológico.
Involução uterina em bovinos:
Ocorre associado a redução das
carúnculas. A involução é lenta de
30-60 dias em taurinos e 100 a 120
dias em zebuínos. Os lóquis
(secreções fisiológicas eliminadas
no puerpério) pode ocorrer até os
14 dias pós-parto, podendo demorar
até 30 dias para desaparecer
totalmente.
Delivramento em equinos: ocorre
de 15-90 minutos após o parto
eliminando a placenta intacta. A
placenta equina deve ser avaliada
após sua eliminação para obter
informações sob o status uterino.
Involução uterina em equinos:
ocorre entre 10-14 dias. É comum
ocorrer infecção estreptocócica do
endométrio que irá alterar a
coloração desse lóquio, porém é
uma infecção autolimitante. O ciclo
estral reinicia de 6-14 dias após o
parto conhecido como “cio do
potro”, porém o endométrio ainda se
encontra desorganizado. Em casos
de acúmulo de lóquio ou infecção
uterina, pode gerar cobertura infértil
ou morte embrionária.
Delivramento suíno: logo após o
parto junto com os leitões
correspondentes ou em até 4 horas.
Involução uterina em suínos: é
rápida, com lóquio claro e escasso.
Restos placentários intra-uterinos
são absorvidos.
Delivramento em cães e gatos: as
membranas fetais são expulsas
junto com o feto ou logo após. A
eliminação do lóquio é feita de 3-6
semanas pós-parto de cor
serosanguinolenta.
Involução uterina de cães e
gatos: ocorre 12 semanas após o
parto. Fêmeas que passam por
distocia, podem ter redução do
tônus uterino, retendo lóquio e
placenta podendo gerar infecções.
PATOLOGIAS DA GESTAÇÃO EM
CARNÍVOROS
Distocia: dificuldade de nascer ou
inabilidade materna em expelir os
fetos pelo canal do parto, sem
assistência. A distocia de origem
materna corresponde a 75% dos
casos, podendo ser devido a inércia
uterina primária (falta dos sinais da
segunda fase do parto), como nos
casos de gestação de feto único
(devido a só ter um feto, o animal
pode ter ausência de estímulo
endócrino devido a falta do
estresse). Ou pode ser por inércia
uterina secundária, quando o útero
perde a capacidade de contrair em
situações de ninhadas grandes,
ruptura/torção uterina, vulva infantil,
etc.
*O estresse materno pode gerar
incapacidade de contração do útero,
pois ocorre liberação de adrenalina,
competindo com os receptores de
ocitocina.
A distocia de origem fetal
corresponde a 25% dos casos.
Pode ser por deficiência de
corticosteróides na adrenal do feto,
falhas de desenvolvimento,
alterações na estática fetal, etc.
Sintomas da distocia: queda da
temperatura, animal tem alterações
comportamentais sem sinais de
parto (ocorre contração mas não
possui uma evolução com
aparecimento de placenta).
Diagnóstico: das distocias se
baseia na anamnese, radiografia e
ultrassom.
Tratamento das distocias: pode
tentar realizar manobras obstétricas
como uso de lubrificantes,
posicionar fetos mal posicionados,
mas sempre com cuidado para não
ocorrer fraturas. O tratamento
medicamentoso deve ser feito nos
casos em que as fêmeas possuem
boas condições, ausência de
obstrução, dilatação do canal do
parto, tamanho dos fetos
proporcionais e se não houver
estática fetal. Gluconato de Ca a
10% na dose de 0,2 ml/kg/IV é
indicado para aumentar as
contrações, deve-se sempre
monitorar os batimentos cardíacos
pois causa aumento da frequência.
Também é realizado ocitocina 5-10
UI/ IM ou SC/ em intervalos de
30-40 minutos podendo ser
realizado até 3 vezes (após isso,
organismo não responde). O
tratamento cirúrgico é indicado em
inércia uterina ou que não responde
a tratamento medicamentoso.
Aborto: expulsão prematura de um
ou mais fetos, antes do período
correto. Entre as causas temos
infecciosas (brucella abortus), não
infecciosas (traumas), e induzidos
(por fármacos).
Caninos: O estrógeno age como
contraceptivo na primeira fase da
gestação (0-22 dias), se faz uso de
dietilbestrol (DES) ou cipionato de
estradiol (ECP). Prostaglandinas
para aborto se usa entre 35-40 dias
de gestação, a mais utilizada é o
dinoproste. Após os 35 dias, utiliza
inibidores de prolactina como
bromocriptinae cabergolina, esses
medicamentos podem ser
associados a PGF2 alfa como
bromocriptina + dinoproste.
Em felinos: utilizar prostaglandinas
(efeito luteolítico direto) ou
inibidores de prolactina (luteólise
indiretamente devido ao efeito
luteotrófico da prolactina) como a
bromocriptina e a cabergolina. A
obtenção de melhores resultados é
começar o tratamento após 40 dias
de gestação. Os efeitos colaterais
podem ser vocalização, taquipnéia,
hiperemia de vagina, prostração,
micção, defecação e diarréia.
Bromocriptina- 2 mg/animal VO 1
vez/dia.
Cloprostenol- 0,25 mg/kg/ SC/ BID/
5-6 Dias. 0,5-1,0 mg/kg/sc/SID.
2mg/animal/ VO/ até abortamento.
Cabergolina- 5 mg/kg/dia VO/ 5
dias.
Fase correta de aplicar o
anticoncepcional: no anestro
(interrompe o ciclo), deve-se realizar
citologia para confirmação. Se fizer
no proestro (interrompe atividade
ovariana para não ovular). A pior
fase para aplicação é no diestro.
Sintomas do aborto: apatia,
anorexia, lambedura constante da
região genital, secreção de cor
escura sem odor (se for secreção
esverdeada sem cheiro, é
fisiológico, útero verdina ocorre no
momento da descolação da
placenta), massas abdominais
palpáveis, útero sem tonicidade.
Diagnóstico: ultrassonográfico,
para ver viabilidade fetal e
determinação do estado do útero.
Dosagem sérica de progesterona
descarta o aborto por
hipoluteolismo. No raio-x só
conseguimos ver se for fetos
macerados e fetos enfisematosos.
Manutenção da gestação (quando
morre um, mas ainda tem fetos
viáveis), no caso de deficiências
hormonais hipoluteolismo:
utilização de progesterona (2,5 a 5
mg, IM, 2X por semana do 15 até o
55 dia da gestação) e controle
minucioso da evolução dos fetos
viáveis- US. Se for hipotireoidismo
faz levotiroxina sódica 0,2 mg.kg VO
de 1-2 vezes ao dia e utilizar
antibiótico para prevenir infecções
uterinas (cefalexina, ampicilina,
penicilina, eritromicina)
Manutenção da gestação por
causas infecciosas: deve-se
analisar qual o agente infeccioso, a
opção de tratamento mais indicado
(para fêmea e feto) e acompanhar
viabilidade fetal
Quando não interessa a gestação,
mas sim o potencial reprodutivo
(não quer castrar): tratamento para
o esvaziamento total do útero e
prevenção de possíveis infecções
que comprometam a fertilidade da
fêmea. Clorprosterenol (1-5 ug/kg
SC, SID por 5 dias); Alfaprostol (20
ug/kg, BID por 5 dias), PGF2alfa
(250 ug/kg, SID, por 5 dias)
Quando a morte fetal se produz
na fase final da gestação (57-58
dias): vai para cesariana de
emergência para salvar demais
fetos que já devem estar
desenvolvidos.
MORTE FETAL
Maceração fetal: invasão de
microrganismos no ambiente
intrauterino destruindo partes moles
do feto e o esqueleto fica totalmente
desnudados, iremos ver um
esqueleto solto, com presença de
líquido (que pode ser purulento).
Seu diagnóstico: é sintomático
com secreção vulvar de cor
cinza-escura bastante tempo depois
do parto, diminuição do tamanho
abdominal que aumentou durante a
gestação (destruição das partes
moles do feto). No raio x tem
presença de restos de esqueletos
fetais no útero, os microrganismos
não produzem gás na maceração, o
que difere do processo
enfisematoso que tem
microrganismos produzindo gás. No
USG será visto presença de restos
de esqueletos.
O tratamento: de eleição é o OSH,
não se deve apenas retirar os restos
do esqueleto e deixar o útero, pois o
útero está muito reativo e cheio de
microrganismo podendo gerar
infecção, além de ocorrer fibrose
endometrial irreversível (útero não
fica viável a reprodução). A
antibioticoterapia pode não acabar
com a infecção.
Mumificação fetal: alteração
resultante da morte do feto, com
sua reabsorção incompleta,
ocorrendo após formação de
placenta, ocorre perda dos líquidos
associados aos fetos e anexos
fetais que serão reabsorvidos,
deixando o ambiente desidratado.
Não tem microrganismos
associados (o que diferencia da
maceração e de fetos
enfisematosos), o feto morre e o
corpo tenta reabsorver. Sua causa é
multifatorial
Sinais clínicos: desconforto
abdominal, com regressão de
tamanho da barriga, USG,
Tratamento: OSH
Feto enfisematoso: presença de ar
no interstício do tecido conjuntivo do
feto. Através da cérvix, penetra no
útero grávido bactérias anaeróbicas
que são responsáveis pela
putrefação do feto. A presença de
gases no raio-x se aparece de
forma enegrecida, imagens mais
radiolúcidas.
Sinais clínicos: toxemia, dilatação
de abdômen (devido ao gás),
secreção de odor fétido.
Diagnóstico: através de
sintomatologia +exames de
imagem.
Tratamento: OSH,
antibioticoterapia Fluidoterapia
(terapia de suporte)
PATOLOGIAS DA PLACENTA
Descolamento de placenta: ocorre
mais normalmente em mulheres.
Sintomas: secreção vulvar de cor
verde (uteroverdina e sem odor),
apatia, anorexia, lambedura
constante da região genital, massas
abdominais palpáveis, útero sem
tonicidade. Se a secreção aparece
em qualquer momento da gestação,
mas não durante o parto, está
ocorrendo descolamento prematuro
da placenta que anuncia uma
provável morte fetal.
Causas mais comuns: são as
traumáticas, nutricionais, hormonais
ou bacterianas.
Diagnóstico: é por ultrassom para
avaliar grau de descolamento e
viabilidade fetal, dosar grau de
progesterona.
Tratamento: evitar situações de
estresse e movimentos bruscos, se
for devido a progesterona, deve-se
administrar e fazer
acompanhamento ultrassonográfico.
Caso a continuidade da gestação
não seja indicada: utilizar
prostaglandinas para eliminação de
fetos mortos, dos envoltórios fetais
e das placentas. Além de
antibioticoterapia para prevenir
possível infecção. Porém se o
descolamento acontecer no final da
gestação, deve ser enviado para
cesariana.
Retenção de placenta: não é
comum acontecer, geralmente
ocorre em casos de parto demorado
ou distocias. Uma placenta retida
por 12-24 horas começa caso de
metrite podendo evoluir para
necrose da parede uterina.
As causas podem ser por
esgotamento da força de contração
no parto, hipocalcemia, alterações
hormonais e é mais comum em
raças pequenas. A secreção varia
de verde escura a enegrecida com
palpação de massa firme dentro do
útero.
O diagnóstico é clínico, e
ultrassonográfico. Diagnóstico
diferencial de metrite (hemograma
com sinais de infecção).
Tratamento: quando acontece o
parto em poucas horas, sem metrite
pode utilizar gluconato de cálcio
3-10 ml IV lenta com monitoramento
cardíaco, seguido de administração
IM de 0,5 UI de ocitocina, para
tentar expulsão da placenta. Porém
se já tem muitos dias/horas do
parto, culminando com metrite, deve
encaminhar com OSH.
Metrite: afecção pós-parto,
caracterizada a inflamação
bacteriana aguda que afeta útero e
paredes uterinas associada a
distocias, fetos ou placentas retidas
e manipulações obstétricas
exacerbada.
Os sintomas: incluem hipertermia,
depressão, anorexia, vômitos,
secreção vaginal negro-esverdeada
com odor pútrido, útero aumentado
de tamanho na palpação.
Diagnóstico: no usg pode ser visto
acúmulo de líquido, restos
placentários, fetos mortos. O raio-x
pode ser visto aumento uterino e
fetos retidos (não dá tantas
informações). Hemograma
apresenta leucocitose neutrofílica.
Tratamento: terapia de suporte
(fluidos e antibióticos, pode realizar
tentativa de eliminar conteúdo
uterino com maleato de ergonovina
(0,2-0,5 mg/15 KG por 5 dias) e
prostaglandina (em fêmeas
debilitadas não é indicado, pois
debilita mais ainda). Cuidado com
metrite que ocorrem há muito
tempo, pois pode gerar septicemia.
Se o animal não tem importância
reprodutiva faz OSH.
PIOMETRA
Ação da progesterona atuando no
útero durante o ciclo estral, quando
chega no diestro tem pico de
progesterona pelo corpo lúteo,
causando hiperplasia endometrial
cística. O pico de progesterona
diminui a defesa natural do útero,
aumento do muco e menor
contração uterina. Os 3 fatores são
um ambiente propício para
proliferação de bactérias na
cavidade uterina. Pode ocorrer uma
infecção ascendente, geralmente
ocorre por escherichia coli que vem
do trato gastrointestinal (ânus) e se
desenvolve no útero se aderindo
aos receptoresde progesterona,
também ocorre por streptococcus.
20% das cadelas não castradas
podem desenvolver piometra até os
10 anos. E 2,2% das gatas não
castradas. Acontece mais na cadela
do que em gatas, isso é devido pois
em cadelas têm o cio de 6 em 6
meses (se reproduzindo ou não),
tendo pico de progesterona todo cio.
Já as gatas não têm o cio regulado,
seu pico de progesterona depende
da ovulação, ou seja, necessita que
ocorra estímulo sexual.
Piometra hipertrófica: mais
comum em felinos, possui pouco
conteúdo, com parede mais
espessa.
Piometra atrófica: normalmente
em cadelas com maior quantidade
de conteúdo e parede mais fina.
Sinais clínicos: ter saído do cio
recentemente, distensão abdominal,
dor abdominal aguda, hipertermia,
anorexia, apatia,
bradicardia/taquicardia, hipotensão,
choque, secreção vulvar ou não, é
comum ter IRA por depósito de
imunocomplexos nos néfrons,
paciente aumenta ureia e creatinina,
glomerulonefrite. O USG é exame
de diagnóstico, porém não
diferencia piometra, mucometra,
hemometra (ruptura de vasos no
útero) e hidrometra, essa
diferenciação é feita caso a
piometra seja aberta e veremos a
coloração da secreção que está
saindo. É comum ter leucocitose,
mas uma leucopenia pode aparecer
em casos de piometra que estão
instaladas há muito tempo, a
medula não está respondendo mais
a infecção.
Piometra de coto: ocorre quando
se deixa resquícios de ovário.
Obs.: se o animal não saiu do cio a
pouco tempo, investigar outras
causas de dor abdominal aguda,
como pancreatite.
Como agir em casos de piometra:
Avaliar os sintomas do paciente e
tratar. Se estiver
hipotensa-restabelece pressão;
hipertermia -aplica dipirona; para a
dor- analgesia;
desidratação-fluidoterapia; em
casos de vômito- antiemético.
Piometra fechadas (cérvix fechada)
tem mais chance de serem de
emergência, pois acumula mais
rápido e a chance de romper é
maior, quando comparado a
piometra aberta. Piometras abertas
com pequenas dimensões e animal
estável (pode aguardar exames de
sangue); piometras abertas e com
grandes dimensões e o exame não
for obtido rapidamente, irá para
cirurgia de emergência. Animal em
sepse, cirurgia de emergência.
Casos de hidrometra não é
emergência tendo em vista que é
um líquido estéril, já a mucometra
(estágio antes da piometra) e a
hemometra (paciente tá perdendo
sangue e a depender do grau pode
necessitar de transfusão sanguínea)
podem evoluir para piometra
Um animal com feto mumificado
terá corpo lúteo. Feto macerado o
animal terá corpo lúteo. Uma
infecção uterina pode ser que o
animal tenha corpo lúteo. O corpo
lúteo quando há infecção uterina é
uma das razões para que se
estabeleça a infecção uterina
porque o útero está flácido, sua
irrigação está diminuída, a migração
de células de defesa está diminuída.

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