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Zootecnia - EAD Prof. Msc. Vinicius D. V. Costa Forragicultura INTRODUÇÃO • Alimento barato, capaz de suprir as necessidades nutricionais do animal Forragem Fibra Energia Desenvolvimento animal Diferenças entre gramíneas e leguminosas •Gramíneas ✓ Aspecto de grama, capins. ✓ Pastagens ✓ Brachiaria; Panicum; Cynodon ... •Leguminosas ✓ Variam de aspectos mais rasteiros até característica arbóreas ✓ Rasteiro: Amendoim forrageiro ✓ Médio: Feijão Guandu ✓ Arbóreo: Leucena Utilização como banco de proteínas - fixar nitrogênio no solo; Consorciação - solos com necessidade de nitrogênio. •Cactáceas ✓ Capacidade de acumulo de água em seus tecidos – Ambientes secos/ estiagem ✓ Alto valor energético – baixa capacidade de fibra ✓ Fonte de água para os animais ✓ Predominante na região Nordeste Classificação das forrageiras • Inverno • Verão Ciclo de vida • Anual • Perene ANUAL Qualquer espécie de vegetação plantada, seja ela formada por espécies de gramíneas, leguminosas ou plantas produtoras de grãos, com ciclo de produção de até um ano, e utilizada para alimentação de animais e que após sua retirada é necessário um novo plantio, pois essas plantas só admitem um corte. PERENE Plantas perenes possuem suas estruturas de crescimento viventes ano após ano. INVERNO Aveia Preta (Avena Strigosa)– Pastejo; Feno e Silagem Consorciação : centeio, trevo branco, trevo vermelho, ervilhaca, azevém INVERNO Aveia Branca (Avena Sativa) – Pastejo; Feno; Silagem e Grão úmido Consorciação : azevém, ervilhacas, serradela, trevo branco, trevo vermelho, trevo vesiculoso e trevo subterrâneo INVERNO Azevém (Lolium Multiflorum) – Corte; Pastejo; Feno; Silagem Pré-secada Consorciação : aveia preta, centeio, ervilhaca, trevo-vesiculoso, cevada, triticale, aveia branca, trevo vermelho e cornichão INVERNO Cevada (Hordeum Vulgare) – Forragem verde; Feno; Silagem e Grão Amplamente usada em regiões mais frias, em que milho não pode ser cultivado INVERNO Centeio (Secale Cereale) –Feno e Silagem Consorciação : azevém, aveias, ervilhacas e trevo-vesículoso INVERNO Trigo (Triticum aestivum L.) – Pastejo; Silagem e Grão Consórcio intercalar: Trigo – inverno; Soja - verão INVERNO Triticale (X Triticosecale Wittmack) – Pastejo e Grão Consorciação: ervilhaca e ervilha forrageira INVERNO Festuca Falaris INVERNO Ervilhaca Serradela INVERNO Cornichão Alfafa VERÃO Sorgo Milheto Milho VERÃO Panicum Brachiaria Setaria VERÃO Mucuna preta Soja perene ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO ANDROPOGON Gayanus ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO BRACHIARIA Brachiaria Decumbens Brachiaria Brizantha Xaraés (MG5) Brachiaria Brizantha Piatã Brachiaria Brizantha Marandu (brachiarão) MG-4 Brachiaria Brizantha Brachiaria Ruziziensis Brachiaria humidicola Lianero Brachiaria humidicola Comum Brachiaria humidicola Tupi ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO CYNODON Grama Estrela GÊNERO CYNODON Tifton GÊNERO CYNODON Coastcross ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL Colonião GÊNERO PANICUM Mombaça GÊNERO PANICUM Tanzânia GÊNERO PANICUM ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO PENNISETUM Capim Elefante (Napier) GÊNERO PENNISETUM Milheto ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO AVENA Aveias Branca e Preta ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO LOLIUM Azevém ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO SECALE Centeio ESPÉCIES FORRAGEIRAS RECOMENDADAS PARA PRODUÇÃO ANIMAL GÊNERO TRITICOSECALE Triticale Tipos de pastejos • Contínuo • Animais sempre na mesma área; • Sem período de descanso – forçando a forrageira; • Aumenta a seletividade, diminui-se a lotação para ocorrer uniformidade; • Difícil controle de pastejo; • Ideal solos com fertilidade elevada para rebrota. • Rotacionado • Rodizio dos animas; • Período de descanso das forragens; • Recuperação atrelada a fatores climáticos (luz, temperatura e umidade) e fertilidade do solo. Aumentar a eficiência de pastejo Oferecer condições adequadas para a recuperação da planta forrageira após o pastejo Entradas e saídas dos animais As recomendações de altura de entrada e saída são apenas recomendações de manejo de forma geral, então é importante analisar e pensar quais seriam as melhores alturas levando em consideração a realidade e os objetivos de cada fazenda ou, até mesmo, de cada retiro de uma mesma fazenda. Recomendações para cada espécie Leite Capim elefante anão é o mais recomendado para o gado leiteiro - apresenta alto potencial de produção de forragem com excelentes características nutricionais - menor uso de concentrado. Recomendações para cada espécie Corte Braquiária – brizantha: tolerância elevada ao frio e secas, assim como sua resistência às cigarrinhas-das-pastagens; Panicum - mombaça, é uma boa solução para áreas de solo com maior fertilidade e indicada na diversificação das pastagens em sistemas intensivos de produção animal. Recomendações para cada espécie Caprinos/ Ovinos •swanne bermuda •pasto negro •missioneira •brachiaria decumbens e ruziziensis - favorecem a ocorrência de fotossensibilização. EVITAR possuem baixa aceitabilidade -Coast cross Tifton 85, Aruana Tamani; -Panicum Zuri, Mombaça e Tanzânia - dificuldade em se manter o porte baixo; -Brachiaria brizantha podem ser usadas desde que haja ajustes no manejo à altura de entrada e saída dos animais do piquete. Recomendações para cada espécie Equinos Tifton, coastcross, grama estrela Braquiárias -Não são palatáveis; -Podem ser responsáveis por dois problemas de saúde: Falta de cálcio na dieta; cara inchada nos equinos adultos epifisite em potros Potencializa a fotossensibilização. EVITAR ÁCIDO OXÁLICO Conversão de matéria seca (MS) • Determinar qual o teor de MS do alimento Ex: Silagem de Milho – 100gr matéria natural (MN) – estufa 48 horas; Peso final 35gr matéria seca (MS) – Então, silagem de milho possui 35% de MS MN = MS + ÁGUA Ex: Animal precisa ingerir 10 kg de MS de silagem de milho com 35% de MS QUANTOS QUILOS DE MN ESSA VACA PRECISA INGERIR PARA ATINGIR OS 10kg DE MS ? QUANTO DE MS TEM EM 45KG DE MN DE SILAGEM DE MILHO ? ❖ Capacidade de suporte de forragem ❖ Taxa de lotação ❖ Pressão de pastejo ✓ Manter constante a produção de capim por unidade de área. ✓ Conservar a qualidade do solo. ✓ Proporcionar ao animal alimentação em quantidade e qualidade nutritiva, mais regular durante o ano. ✓ Evitar a degradação da pastagem. Taxa de lotação – exemplo • 130 garrotes • peso médio de 320 kg • 15 hectares (ha) Taxa de lotação média no Brasil 1 a 1,2 UA/ha Importante • Ingestão • 2,2% do peso vivo (PV) em matéria seca (MS) • 10% do peso vivo (PV) em matéria natural (MN) • Unidade Animal (UA) Aumentar a taxa de lotação: adubação e manejo de pastagem Pressão de pastejo Relação entre o peso vivo (PV) animal (kg) Quantidade de forragem disponível (kg PV/kg matéria seca/dia -Leitura do pasto – sobras de 40 a 50% - Rebaixar somente na seca Capacidade de suporte de forragem Como calcular a quantidade de animal por hectare de acordo com a capacidade de forragem Quantos animais a pastagem consegue suportar durante determinado período Dimensionamento de piquetes Número de piquetes = 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑛𝑠𝑜 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎çã𝑜 + 1 Exemplo: ... Utilização dos recursos forrageiros • Alimento volumoso preparado mediante o corte e desidratação de plantas forrageiras; • Processo – fenação; • Nesta forma, a forragem pode ser guardada, por vários meses, conservando o seu valor nutritivo. FENO Produção de Feno em três etapas: 1) Produção de forragem2) Fenação - corte da planta forrageira; - secagem ou desidratação das plantas cortadas; - enfardamento e recolhimento do feno; 3) Armazenamento do feno - Durante a fenação ocorrem perdas e alterações na qualidade da forragem; - Para melhorar a eficiência do processo, é fundamental o emprego de mão de obra treinada e a utilização dos procedimentos apropriados. Alguns exemplos de fenos usados no Brasil alfafa, azevém, aveia, cevada, coast cross e tífton Produzida - processo de fermentação de culturas milho, sorgo, milheto, capim, entre outras com alto teor de umidade. Quando o processo de ensilagem é executado de forma correta, a silagem produzida irá fornecer um alimento com alta concentração de nutrientes e boa aceitabilidade pelos animais. A silagem de boa qualidade é obtida através da colheita do material no estágio adequado, propiciando uma rápida queda do pH e garantindo que o alimento seja conservado por um longo período. Três fatores importantes são necessários para que a silagem fique bem feita: 1) o material que será ensilado; 2) a umidade do material e; 3) a retirada do oxigênio dentro do silo (compactação). Nesse contexto, a silagem pode ser uma alternativa interessante para suplementação animal no período de escassez de forragem nas pastagens. • As melhores forrageiras para ensilagem são aquelas com elevado teor de açúcares solúveis - milho e sorgo; • Capins possuem baixo teor de açúcares → não são indicados para ensilagem, com exceção do capim-elefante • Napier, Cameroon, Taiwan, Mineiro e outros; • As leguminosas, por terem um alto poder tampão são menos indicadas para serem ensiladas sozinhas; • Silagens de milho, sorgo ou capim-elefante, adicionar até 20% de leguminosas para melhorar seu valor proteico; 20% de cana picada em silagem de capim elefante maduro, com menos umidade, para melhorar as condições de fermentação. Processo de ensilagem Colheita Picagem Enchimento Compactação Vedação Capidade de Silo Cálculos Obrigado! viniciuspetzoo@gmail.com Reconhecer os cereais de inverno corretamente TRIGO 1. Bainha e lâmina foliar pilosa. 2. Bainha aberta. Lígula média, membranosa. 3. Aurículas médias (auriculo-amplexicaule), pilosas com pelos compridos, pontas tênues e se cruzam em planos diferentes no caule. 4. Lâminas foliares torcem no sentido horário. Reconhecer os cereais de inverno corretamente CEVADA 1. Bainha e lâmina foliar sem pelos. 2. Bainha aberta. 3. Lígula média e membranosa. 4. Aurículas longas, muito amplexicaules, glabras com pontas agudas. 5. Lâmina foliar torcem no sentido horário. Reconhecer os cereais de inverno corretamente CENTEIO 1. Bainha e lâmina foliar vezes pilosa com pelos curtos e finos, vezes com grau inconsistente de pilosidade. 2. Bainha aberta. 3. Lígula curta, membranosa. 4. Aurículas muito curtas, semi-amplexicaules, estreitas e glabras. 5. Torção da lâmina foliar no sentido horário. Reconhecer os cereais de inverno corretamente TRITICALE 1. Bainha e lâmina foliar pilosa com pelos curtos. 2. Bainha aberta. 3. Lígula média, membranosa. 4. Aurículas longas, amplexicaules, finas, pilosa com pelos curtos. 5. Lâmina foliar torce no sentido horário. Reconhecer os cereais de inverno corretamente AVEIA BRANCA 1. Bainha e lâmina foliar geralmente glabra, entretanto em algumas variedades pode apresentar pelos compridos dispersos. 2. Bainha aberta. 3. Lígula longa, membranosa, aguda e dentada. 4. Aurículas ausentes. 5. Lâmina foliar torce no sentido anti-horário. Reconhecer os cereais de inverno corretamente AZEVÉM 1. Bainha e lâmina foliar geralmente glabra, entretanto em algumas variedades pode apresentar pelos Bainha não comprimida, sem pelos, rosada na base. 2. Lígula curta, membranosa. 3. Aurículas médias, sem pelos, estreitas e pontiagudas, as vezes em forma de garras. 4. Lâmina foliar sem pelos, enroladas no sentido anti-horário, com uma nervura central proeminente.
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