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“Unidos Somos mais fortes” Orientador Educacional trabalhando com a equipe técnico-pedagógica e comunidade escolar Trabalho apresentado como requisito parcial à Disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógica, do Curso de Pedagogia, da UNIP. Cássio Fernandes Damázio RA-1917600 Polo Araraquara-SP Ano – 2021 2 Sumário 1-Tema ..........................................................................................................02 2- Justificativa ............................................................................................... 02-03 3- Situação Problema .....................................................................................03-04 4- Público Alvo ..............................................................................................04 5- Objetivo ..................................................................................................... 04 6- Fundamentação Teórica ............................................................................ 04-06 7- Metodologia .............................................................................................. 06-07 8- Cronograma .............................................................................................. 08 9- Considerações Finais ............................................................................... 08 10- Referencial Bibliográfico .........................................................................08-09 1- Tema: “Unidos somos mais fortes”. Orientador Educacional trabalhando com a equipe técnico pedagógica e comunidade escolar. 2- Justificativa: Tendo em vista as mudanças ocorridas em nossa sociedade, se faz necessário investir num trabalho integrado no ambiente escolar, de forma a atender integralmente o educando. O trabalho integrado entre os elementos de uma instituição de ensino facilita a gestão participativa, o planejamento pedagógico integrado, assim como a integração escola/família/comunidade. Discutir o papel da gestão educacional em sua função de supervisão pedagógica implica reconhecer que uma escola não é fruto somente do que se deseja, nem mesmo do que se dispõe a fazer, no sentido de “é só arregaçar as mangas que se consegue”, mas também, é fruto de toda uma determinação histórica, geográfica, econômica e social, a qual pode promover os sujeitos, bem como privá-los de construírem sua história, de conquistas – como o direito à educação. Portanto, a escola é fruto de iniciativas e de esforços dos profissionais localmente situados mesclados à rede de determinações, das escolhas na “micro física” às escolhas em âmbito macro. Promover 3 um ambiente de trabalho que estimule a iniciativa de ações transformadoras no espaço institucional com criatividade e valorização profissional, num percurso de conquista da autonomia para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, é um dos objetivos que deve estar presente na atuação do supervisor. O sucesso de uma equipe escolar está ligado a um bom relacionamento entre o grupo gestor, o corpo docente, o corpo discente, os funcionários e os pais. Quanto mais tranquila e equilibrada for a relação interpessoal entre os integrantes da escola, maior é a possibilidade de bons resultados no campo pedagógico, possibilitando uma melhoria do processo ensino aprendizagem junto aos alunos. 3- Situação Problema: Como dinamizar as aulas e reuniões de pais para diminuir o fracasso escolar e aumentar a participação da família na escola? Durante longos anos a responsabilidade da educação não foi partilhada por estas duas instituições: Família e Escola. Cada uma, assumia o seu papel, num total alheamento uma da outra. Casual ou casuisticamente encontrava -se, pautando-se estes encontros por motivos que nem sempre eram os mais positivos. A Família criava, educava, assinava documentos e pouco mais. A Escola limitava-se a transmitir conhecimentos, a informar a Família sobre os resultados obtidos e sobre o comportamento dos alunos. Lentamente esta situação tem vindo a modificar- se e assiste-se a uma maior aproximação entre família e escola, apesar de muito longe do nível desejado, uma vez que ainda hoje se culpabilizam mutuamente pela fraca participação da família na vida da escola. Simultaneamente, assiste-se a uma multiplicidade de famílias e formas de agregados familiares que tornam a época atual, tão particular. As famílias assumem características variadíssimas: família mono parental; família recomposta ou reconstruída; família em coabitação; união de fato; família homossexual… Contudo, os atores educativos estão a ganhar, gradualmente, uma maior consciência da importância do participar e das implicações que isso tem na responsabilidade educativa aliada à percepção da educação como fenômeno complexo. Daí que, cada vez mais, surjam investigações que objetivam a promoção e o incentivo a uma educação participativa. Esta educação participativa deverá abarcar noções de parceria, de participação, de partilha de responsabilidades, partindo de um princípio fundamental de que o sucesso educativo e a integração plena da criança, na sociedade, só são possíveis com a colaboração de todos. É nesta situação que se torna urgente repensar 4 as figuras institucionais que deverão assumir a educação, na sua globalidade. A família e a escola continuam a ser o caminho mais viável. 4- Público Alvo: Alunos, profissionais técnico-pedagógicos e pais de uma escola do Ensino Fundamental II, 6º ao 9º ano. 5- Objetivos: Este projeto tem por objetivos analisar o trabalho do orientador educacional junto aos demais profissionais técnico-pedagógico, discutir as práticas pedagógicas para diminuir o fracasso escolar, dinamizar as reuniões de pais e tomar medidas que aproximem os pais da escola fazendo com que participem mais da comunidade escolar. 6- Embasamento Teórico: O trabalho de supervisão vai além da visão que o superior deve ter sobre o processo escolar. Ele tem a função de coordenar o trabalho de todas as pessoas envolvidas no processo pedagógico. Sua função não é de “fiscalizador” que fora construída historicamente, mas na concepção atual de supervisão escolar, seu papel é de articulador das ações técnico-pedagógicas entre professores, família, órgão central, obedecendo a um conjunto de normas, diretrizes e práticas das atividades. Nesse sentido, Vasconcelos (2002,p.69) relata que: [...] é certo que podemos ter ensino de qualidade só com professores, todavia as pesquisas educacionais têm demonstrado à exaustão que as escolas que têm ensino de melhor qualidade contam sempre com a presença de alguma liderança pedagógica, sendo que muito frequentemente esta liderança é exercida pela direção, orientação, supervisão ou coordenação pedagógica, até pela possibilidade que têm, por contingência do tipo de atividade que exercem, de construírem uma visão de conjunto da instituição. Segundo Pimenta (2002), para funcionar bem, a escola precisa de profissionais que tenham visão de sua especificidade numa totalidade orgânica. A prática na escola é uma prática coletiva. Os pedagogos na escola são profissionais necessários, seja nas tarefas de administração (entendida como organização racional do processo de ensino e garantia de perpetuação desse processo no sistema de ensino, de forma a consolidar um projeto político -pedagógico de emancipação das camadas populares), seja nas tarefas que auxiliem o professor no ato de ensinar. Pelo conhecimento não apenas dos 5 processos específicos de aprendizagem, mas também da articulação entre os diversos conteúdos e da busca de um projeto pedagógico-político coerente. A articulação da prática docente com a educação que valide e que seja validada por essa prática é uma tarefa pedagógica. A ação supervisora, de acordocom Gomes (2005), consolida -se como forma de treinamento e orientação. Sem perder o vínculo com o poder administrativo das escolas e cabe ao Supervisor preocupar-se com a organização dos currículos e determinar conteúdos, metodologia, formas de avaliação, bem como os demais procedimentos referentes ao desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem. Agora, além de assegurar o sucesso das atividades, busca solucionar os problemas da escola. Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases-Lei 9.39496) “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana...”. Nesse contexto a participação da família na escola é de primordial importância. Daí não ser de estranhar que vários autores e estudos apontem a participação dos pais como uma mais - valia. MARQUES afirma haver “enormes vantagens para os alunos quando os pais apoiam e encorajam as atividades escolares” (1993a, p.55); MUSITU menciona vários estudos que demonstram que a “participação ativa dos pais na escola não tem efeitos positivos apenas sobre os filhos, mas também sobre os pais e as famílias, sobre os professores e as escolas, e sobre as relações escola-família” (2003, pp.148-150). O mesmo autor assevera que “para além da colaboração direta entre pais e professores com metas específicas (…) alguns autores” encontraram “papéis construtivos para a colaboração dos pais (…): prestar atenção ao trabalho de casa, ser tutor em casa, aprender ao mesmo tempo que os filhos, reforçar os programas escolares, ser representante nos conselhos de turma, (…) ou exercer trabalho voluntário na escola” (ibid., p.161). Em inúmeras circunstâncias a participação dos pais na escola acontece na forma de reunião geral ou de turma, conversa informal, troca de palavras à saída da escola, encontro na escola ou noutro lugar, organização de festas, espetáculo, convívios, visitas de estudo…. Alguns destes contatos acontecem ora por iniciativa dos pais ora por iniciativa dos professores. Para que os pais participem de forma gradual é necessário estreitar a ligação família escola de modo a que sintam a escola como um espaço que lhes é acolhedor (Relação Família- Escola/Participação dos Pais), sintam eles próprios vontade de contatar com os professores, participar o mais possível na vida da escola, envolvendo-se na educação dos filhos, pois “os pais que se envolvem têm maiores probabilidades de compreender os objetivos dos professores e das escolas e de serem mais apoiantes das mudanças propostas” (DAV IES, 2003, p.79). Segundo Oliveira (1999), a escola é uma das 6 instituições da sociedade destinada a assegurar a reprodução do sistema. A ela é atribuída prioridade pedagógica, ao mesmo tempo em que se privilegia uma ação política de democratização, respeitando-se a pluralidade, o direito às diferenças e a participação coletiva. Isso implica que a escola reflita sobre os critérios utilizados para selecionar os conteúdos curriculares, percebendo em que medida o conjunto de suas práticas está de ac ordo com a proposta curricular. A construção da gestão democrática na escola de acordo com Veiga (2000) passa pela implantação, na instituição educacional, de uma gestão participativa, entendida como a articulação entre a ação educativa e a administração escolar. Esta deve superar tanto o autoritarismo da escola tradicional quanto a autogestão da escola nova, por meio de um novo enfoque de organização escolar que contemple o conhecimento, a compreensão e a participação de todos na e laboração das normas necessárias para garantia dos interesses coletivos. O sentido pedagógico da administração colegiada reside na operacionalização de constantes momentos de análise, discussão dos problemas escolares e na busca de estratégias viáveis para atingir a finalidade essencial da escola. A inserção de todos os sujeitos envolvidos, nos problemas cotidianos, provoca um efeito pedagógico sobre todos os integrantes, pois, à medida em que todos pensam nos problemas, propõem soluções e participam das decisões, também assumem o papel de corresponsáveis no projeto educativo da escola e por extensão da comunidade. Para que a escola possa se organizar democraticamente e atingir seu objetivo maior é de fundamental importância o trabalho da equipe pedagógica e diretiva da escola. 7- Recurso Metodológico: O projeto iniciará com a observação dos integrantes da instituição como professores, alunos, equipe administrativa, equipe pedagógica e participação dos pais na comunidade escolar. Após elencados as falhas em cada um dos seguimentos será elaborado um programa de dinamização dos trabalhos com a participação de todos. Será analisado também o Projeto Político Pedagógico da escola para ver se está condizente com a realidade e se está sendo pondo em prática. Em relação aos alunos será feita uma pesquisa de índice de satisfação do mesmo quanto a instituição e o que eles sugerem para melhorar. Para que haja uma maior participação dos pais na comunidade escolar, será proposta atividades onde os mesmos sejam inseridos. Estas ações todas serão em comum acordo com toda a equipe escolar e com a participação de todos. Na observação dos integrantes da instituição não se interagem, cada um faz seu serviço, mas não se importam com o outro, não questionam e não dão opinião sobre a gestão, um pequeno grupo é 7 questionador, buscam contribuir com ações pedagógicas para o sucesso da melhoria do processo ensino-aprendizagem. Trabalham com projetos, mas não existe um planejamento efetivo e contínuo. O Regimento Interno não foi divulgado a todos e o Projeto Político Pedagógico apesar de ser elaborado em conjunto não é colocado em prática. Os alunos participam pouco das decisões escolares, não se manifestam quanto às decisões da gestão escolar. Os pais participam pouco da vida escolar de seus filhos, os professores reclamam da falta de responsabilidade dos pais quanto a isso, dizem que os pais que mais precisam vir à escola, não comparecem nas reuniões marcadas e não auxiliam nas atividades que seus filhos levam para casa. As práticas de intervenção do Orientador Escolar junto a esta instituição é fazer com que o trabalho seja participativo e democrático, onde todos têm voz e vez. As práticas pedagógicas deverão ser desenvolvidas com a participação dos alunos para melhorar o aprendizado e diminuir o fracasso escolar. Deve-se conscientizar os profissionais da educação a não “taxar” os alunos de forma negativa, com os desinteressados, bagunceiros ou agressivos. Os alunos poderão opinar sobre as aulas dadas e dar sugestões para dinamizá-las. É certo que esse processo deverá ser gradativo. A escola tem a obrigação de mostrar ao aluno que ele precisa mudar a sociedade para melhor, tornando- o cidadão consciente de seus direitos e deveres. Quanto a participação dos pais é necessária que estes participem das discussões, tomadas de decisões e planejamento. Para que isso aconteça a escola deve estar aberta a sugestões e colocá-las em prática. É de suma importância para os alunos que seus pais participem de sua vida escolar. Esta participação não se dá apenas nas reuniões, mas também no dia a dia da escola. A presença dos pais na escola é a confirmação de uma gestão democrática. O Projeto Político Pedagógico como foi elaborado com a participação de todos deve ser posto em prática, aos projetos nele contidos devem ser discutidos e por ordem de importância colocados em prática. As reuniões de pais devem ser alegres, com dinâmicas e fazer com que os pais saibam da sua importância na escola, não usar dessas reuniões para falar mal de seus filhos, isso pode acarretar um afastamento dos pais da escola. Deve- se ter diálogo, trocas e decisões conjuntas, valorizando a opinião expressa por eles. A construção de uma escola democrática é necessária e urgente e esse papel é do orientador educacional.8 8- Cronograma de atividades: Atividades Cronograma Observação dos integrantes da escola Agosto/2021 Análise do Regimento Interno e Projeto Político pedagógico Agosto/2021 Pesquisa de índice da satisfação dos alunos Setembro/2021 Planejamento das reuniões de pais Setembro/2021 Planejamento de aulas mais dinâmicas Setembro/2021 Planejamento de atividades onde a família é inserida na escola Outubro/2021 9- Considerações Finais: Em muitas instituições de ensino o trabalho integrado não acontece, isso compromete a democracia vivenciada no espaço escolar, pois se os funcionários não são unidos em um objetivo comum, não podem integrar a comunidade, a família e os alunos a vida escolar. O coletivo escolar engloba todos que nela transitam. E as decisões devem ser tomadas com a participação de todos, que unidos devem buscar soluções para os problemas que a escola enfrenta. Esse é o trabalho do orientador escolar, fazer com que todos sejam um, trabalhando para melhoria da Unidade Escolar. 10- Referências Bibliográficas: BRABO, Tânia S. A. M. Democratização da escola sob uma perspectiva de gênero. In: Revista ORG&DEMO, Marília, v.5, n.1, P.55-78, 2004 A Gestão Democrática e a Construção de processos Coletivos de Participação e Decisão na Escola. In: AGUIAR, M. A; FERREIRA, N. S. C. (Org.) Para onde vão a Orientação e a Supervisão educacional. Campinas: São Paulo, Papirus, 2002. FERREIRA, Antônio Fábriga. Diretor de escola: autonomia e democratização. 1998. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Marilia. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. __. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. GOMES, Delarim Martins. (Org) Novas visões sobre a supervisão. Cuiabá: KCM, 2005. MARTINS, Ângela Maria. Autonomia da escola: a extensão do tema nas políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2002. OLIVEIRA, Inês Barbosa de. (Org.). A democracia no cotidiano da escola. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE, 1999. 9 PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública: uma proposta de atuação a partir da análise crítica da Orientação Educacional. São Paulo: Loyola, 2002. VEIGA, Ilma. P. A. e RESENDE, Lúcia M. G. de (Org.). Escola: espaço do projeto político pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. VEIGA, Ilma. Passos Alencastro. Projeto Político da escola: uma construção coletiva. Campinas, SP: Papirus, 2000.
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