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Conceitos Iniciais de Farmacologia

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AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
 
 
 
CONCEITOS INICIAIS 
FARMACOLOGIA: é o estudo dos fármacos que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos. 
FARMACOLOGIA MÉDICA: é a ciência que estuda o emprego de fármacos na prevenção, diagnóstico e tratamento das 
doenças. 
FARMACOCINÉTICA: estuda o movimento do fármaco no organismo, ou seja, o que o corpo faz com o fármaco. Leva-
se em consideração a velocidade com que um fármaco atinge o sítio de ação e é excretado/eliminado, assim 
como os aspectos que influenciam a quantidade do fármaco que atingirá seu local de ação. 
FARMACODINÂMICA: estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos do fármaco e seu mecanismo de ação, ou seja, o 
que o fármaco faz para o corpo. 
BIODISPONIBILIDADE: indica a quantidade do fármaco que atinge a circulação, em sua forma inalterada, após sua 
administração. É a quantidade disponível para ser utilizada pelo organismo, também indica a velocidade com 
que a droga atinge a corrente sanguínea. 
TEMPO DE MEIA VIDA PLASMÁTICO: tempo necessário para que a concentração plasmática de um fármaco seja reduzida 
pela metade, o tempo de meia vida que determina a posologia do medicamento. 
CONCENTRAÇÃO MÍNIMA EFETIVA (CME): limite mínimo de concentração que o fármaco precisa atingir para produzir 
seu efeito farmacológico. 
CONCENTRAÇÃO MÁXIMA TOLERADA (CMT): limite máximo de concentração que o fármaco pode atingir sem causar 
toxidade. 
MARGEM TERAPÊUTICA/ÍNDICE TERAPÊUTICO: é a relação entre a dose terapêutica e dose máxima tolerada (CME/CMT). 
A concentração plasmática do fármaco deve sempre oscilar dentro da margem terapêutica, por isso deve-se 
respeitar seus horários de administração, para que a concentração não caia abaixo da CME e nem ultrapasse a 
CMT. 
 
 
 
 
 
Farmacologia 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO - 1/2022 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
• MEDICAMENTO REFERÊNCIA/ DE “MARCA”: medicamento da fabricante que desenvolveu o produto, que o 
registrou primeiro e, portanto, ela possui a marca registrada, que detém a patente (geralmente por 20 
possuem o direito exclusivo para produzir, usar, colocar à venda ou importar um determinado 
medicamento). 
• MEDICAMENTO GENÉRICO: medicamento que utilizou a mesma formula química do medicamento de 
referência e passou por testes de equivalência química e biológica para ser aprovado. 
• MEDICAMENTO SIMILAR: medicamento que antigamente passava somente pelo teste de equivalência química, 
ou seja, era testado somente em laboratório e em 2014 passou a ser testado também biologicamente, ou 
seja, se igualando ao medicamento genérico. 
FARMACOCINÉTICA 
1- Absorção: passagem do fármaco do local de administração para a corrente 
sanguínea. 
OBS: A única via de administração que não tem absorção é a endovenosa, pois 
o fármaco já é administrado direto corrente sanguínea do paciente. 
2- Distribuição: passagem do fármaco da corrente sanguínea para os tecidos. 
3- Biotransformação/Metabolização: transformação do fármaco em outra(s) 
substância(s), por meio de alterações químicas. 
OBS: o fígado é o principal sítio de metabolização dos fármacos. 
4- Excreção/Eliminação: retirada do fármaco do organismo, seja na forma 
inalterada ou na forma de metabólitos, podendo ser hepatobiliar (fezes) ou 
renal (urina). 
 
Todas as etapas da farmacocinética ocorrem concomitantemente, bem como a farmacodinâmica. Enquanto um 
medicamento está sendo absorvido, ele está sendo também distribuído e parcialmente metabolizado e excretado, 
além de exercer seu efeito farmacológico em algum sítio de ação (canal iônico, receptor farmacológico, enzima 
ou molécula transportadora). Ressalta-se que, apenas uma fração do fármaco ingerido executa seu efeito 
farmacológico, uma vez que, ele é transportado na corrente sanguínea ligado às proteínas plasmáticas (a 
principal é a albumina), é a fração livre que é capaz de migrar entre os compartimentos corporais. À medida que 
a fração livre vai sendo metabolizada, parte da fração ligada é liberada, para manter a biodisponibilidade 
necessária. 
ABSORÇÃO 
Fatores relacionados a absorção de drogas: 
• Membranas biológicas; 
• Propriedades físico-químicas das moléculas de drogas; 
• Forças responsáveis pela passagem das drogas através das membranas; 
• Modalidades de absorção das drogas; 
• Locais de absorção das drogas; 
• Vias e sistemas de administração de drogas. 
Membranas biológicas 
São barreiras entre os compartimentos do corpo. 
As membranas celulares são constituídas por uma bicamada 
fosfolipídica com característica anfipática, sendo impermeáveis à 
maioria das moléculas polares e aos íons, mas permeáveis as 
moléculas de drogas apolares. 
Apresentam proteínas integrais entremeadas, que formam canais para 
a passagem de substâncias, nesses locais irão passar os fármacos. 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
OBS: dependendo da lipossolubilidade do fármaco, ele poderá se difundir através da membrana celular. 
A estrutura celular influencia na transferência através dessas barreiras, cada tecido apresenta sua constituição, o 
que interfere na escolha da via de administração mais adequada para obter o efeito esperado de determinado 
fármaco. 
Propriedades físico-químicas das moléculas de drogas 
• Lipossolubilidade: quanto mais lipossolúvel mais fácil será a passagem pela bicamada fosfolipídica, 
essa propriedade favorece a difusão passiva; 
• Hidrossolubilidade: necessita de sistemas transportadores específicos ou canais na membrana das 
células; 
• Estabilidade química; 
• Peso molecular (tamanho e volume): quanto menor o tamanho do medicamento, mais fácil a absorção; 
• Carga elétrica (polaridade): quanto menos carga (fármaco apolar) mais fácil será a absorção; 
• Velocidade de dissolução; 
• Concentração da droga no local de absorção (é influenciada pela constante de dissociação iônica da 
droga – pK, e pelo pH do meio): quanto maior a concentração, mais fácil a absorção. 
pH e ionização 
• É complicador em relação à transferência transmembrana. 
• As drogas são ácidos fracos ou bases fracas, que alternam entre as formas ionizadas e não ionizadas de 
acordo com a variação do pH. 
• A Espécie ionizada (BH+ ou A-) possui lipossolubilidade baixa, é incapaz de atravessar as membranas. 
• A Espécie não ionizada (B ou AH) possui alta lipossolubilidade, é capaz de passar pelas membranas. 
No estômago: o medicamento ácido é melhor absorvido, uma vez que, é um meio que é rico em H+, forçando 
o deslocamento do equilíbrio para a esquerda, levando a formação de mais moléculas de HA (forma não 
iônica/apolar) - lipossolúvel, absorvível. 
No intestino: o medicamento ácido é pior absorvido, uma vez que, o produto está sendo consumido, a elevada 
concentração de OH- reage com H+ e forma água, assim o equilíbrio é deslocado para a direita, dissociando as 
moléculas de HA, levando a formação da fração iônica/polar. 
Fração não iônica 
(melhor absorvido) 
 
Fração iônica 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
OBS: biologicamente o medicamento ácido é mais absorvido no intestino devido a maior superfície de contato, 
mesmo que o equilíbrio químico não favoreça. 
No estômago: o medicamento básico é pior absorvido, uma vez que, a base em meio ácido tende a receber H+, 
como o estômago é um meio rico em H+, o excesso de H+ desloca o equilíbrio para a esquerda, aumentando a 
fração iônica (BH+). 
No intestino: o medicamento básico é melhor absorvido, uma vez que, é um meio que tem muito OH-, o qual 
reage com o H+ formando H2O, fazendo com que o equilíbrio desloque para a direita, aumentando a fração não 
iônica (B). 
Quanto mais H+, mais forte é o ácido e maior é a constante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fração iônica 
 
Fração não iônica 
(melhor absorvido) 
 
Conclusão: 
• Maior Ka e menor PKa indicam substância 
ácida. 
• Menor Ka e maior Pka indicam substânciabásica. 
• Substâncias básicas costumam possuir PKa 
acima de 7. 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
 
A partir da Equação de Henderson-Hasselbalch determine onde ocorre melhor absorção da aspirina: estômago 
(pH: 3.0) ou intestino (pH: 8.0)? Considerar para o cálculo PKa da aspirina de 4.0. 
 
 
 
 
 
 
 
 
No estômago, a concentração da forma HA (lipossolúvel, absorvível) é 10x maior do que a concentração da 
forma A- (hidrossolúvel, inabsorvível), sendo assim a absorção é melhor, no intestino têm-se uma concentração 
maior de A- e menor de HA. 
Conclusão: substâncias ácidas são melhores absorvidas no estômago, visto que nesse local há predomínio da 
forma não ionizada que é melhor absorvida pela membrana lipofílica. Ao contrário, medicamentos básicos são 
melhores absorvidos no intestino, uma vez que predomina nesse local a forma não ionizada da base, sendo 
melhor absorvida. 
Forças responsáveis pela passagem das drogas através das membranas 
• Gradiente de concentração: 
 Movimento a favor do gradiente de concentração: passivo 
 Movimento contra o gradiente de concentração: ativo 
• Gradiente elétrico: importante em nervos e músculos. 
• Gradiente hidrostático: importante nos processos biológicos em que há filtração e ultrafiltração 
(capilares e glomérulos renais). 
Modalidades de absorção das drogas 
• Difusão simples: tipo de transporte passivo (não há gasto de energia celular) de um soluto através da 
membrana a fim de estabelecer a isotonia (mesma concentração nos dois meios). É o processo físico-
químico mais frequente de absorção e distribuição de drogas no organismo humano. 
• Difusão facilitada: tipo de transporte passivo, em que as moléculas atravessam a membrana celular 
com a assistência de uma proteína transportadora específica localizada em alguma membrana biológica. 
Apresenta uma limitação, pois quando todos esses sítios estiverem "ocupados", não adianta aumentar a 
concentração da substância a ser transportada. 
• Transporte ativo: contra o gradiente de concentração, portanto há gasto de energia. Esse tipo de 
transporte pode sofrer saturação, é seletivo, exige energia de origem metabólica e pode haver inibição 
competitiva entre substância transportadas pelo mesmo sistema. 
• Endocitose: processo de absorção no qual a membrana celular se invagina em torno de uma molécula 
ou de várias pequenas moléculas e as engloba junto com gotículas do meio extracelular. 
 Pinocitose: endocitose de partículas líquidas. 
 Fagocitose: endocitose de partículas sólidas. 
• Filtração: passagem tanto de solvente quanto de soluto através das membranas. O solvente – em geral 
a água – transporta consigo moléculas hidrossolúveis de pequeno tamanho, moléculas polares e certas 
moléculas apolares. O raio das moléculas deve ser menor que o raios dos poros das membranas para 
serem filtradas. As forças envolvidas no processo de filtração são a pressão hidrostática e pressão 
osmótica. 
ESTÔMAGO 
pH = pKa + log (A-)/(HA) 
3 = 4 + log (A-)/(HA) 
3-4 = log (A-)/(HA) 
-1 = log (A-)/(HA) 
10-¹ = (A-)/(HA) 
1/10 = (A-)/(HA) 
(HA) = 10 (A-) 
 
 
INTESTINO 
pH = pKa + log (A-)/(HA) 
8 = 4 + log (A-)/(HA) 
8-4 = log (A-)/(HA) 
4 = log (A-)/(HA) 
104 = (A-)/(HA) 
4/10 = (A-)/(HA) 
4 (HA) = 10 (A-) 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
 
Locais de absorção das drogas 
• Trato gastrointestinal: mucosa bucal, gástrica, intestinal e retal; 
• Trato respiratório: mucosa nasal, traqueal, brônquica, alvéolos pulmonares; 
• Pele 
• Região subcutânea e intramuscular 
• Região geniturinária: mucosa vaginal, uretral, vesical 
• Mucosa conjuntival 
• Peritônio 
Vias de Administração 
• Oral 
• Injeção 
• Sublingual 
• Subcutânea 
• Retal 
• Superfícies epiteliais (pele, córnea, vagina e mucosa nasal) 
• Intramuscular 
• Intravenosa 
• Inalação 
ADMINISTRAÇÃO ORAL 
• É a via de maior adesão, sendo a principal utilizada para administração de fármacos. 
• Depende primeiramente da deglutição desse fármaco, ocorre pouca absorção até que ele alcance o 
intestino. 
• Os fármacos administrados por essa via passam pelo metabolismo de primeira passagem (a 
concentração do fármaco é significantemente reduzida pelo fígado, pois ao ser absorvido a nível 
intestinal ele é levado para o fígado, onde sofre um processo de metabolização antes de atingir a 
circulação sistêmica). 
• Mecanismo de absorção: transferência passiva do endotélio intestinal para o plasma determinada pela 
ionização e lipossolubilidade. 
• Bases fortes (pKa acima de 10) e ácidos fortes (pKa abaixo de 3) são pouco absorvidos: Ionização 
Fatores que influenciam 
Motilidade Gastrintestinal 
 A estase gástrica (doenças, efeitos medicamentosos ou alimentos) torna lenta a absorção, pois ocorre 
um processo de competitividade. 
 Quando o fármaco é tomado após refeição, a absorção é mais lenta e a progressão pelo intestino é 
retardada. 
 Quando o fármaco é tomado com estômago vazio, tem-se uma maior superfície para absorção. 
Fluxo sanguíneo esplâncnico 
 O fluxo sanguíneo aumentado nas vísceras aumenta a absorção de um medicamento. Após uma refeição 
ocorre aumento desse fluxo sanguíneo para facilitar a absorção de nutrientes, por isso, para alguns 
fármacos recomende-se a administração após uma refeição. 
Tamanho das partículas e formulação 
 Quanto maior a partícula, mais difícil é a absorção de um fármaco 
 O estado físico do medicamento também interfere, por exemplo, o medicamento líquido é mais 
rapidamente absorvido que um comprimido. 
 As formulações farmacêuticas são elaboradas para produzir características de absorção desejadas, afim 
de atingir o índice terapêutico ideal: 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
✓ Cápsulas que ficam intactas algumas horas após ingestão 
✓ Mistura de partículas de absorção rápida e lenta na mesma cápsula 
✓ Revestimento resistente para comprimidos (um comprimido revestido é feito dessa maneira para 
resistir ao ph ácido, para que seu princípio ativo seja absorvido no intestino). 
✓ Liberação modificada (retardada, repetida, sustentada, controlada) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores físico-químicos 
 Tetraciclina: liga-se fortemente ao cálcio impedindo a sua absorção 
 Interações medicamentosas impedindo a absorção. Por exemplo: a colestiramina, utilizada para 
hipercolesterolemia, e a vafarina, que é um anticoagulante, não devem ser administrados no mesmo 
horário, pois os dois interagem quimicamente na luz intestinal, impedindo a absorção. 
 Fármacos, que pelas características físico-químicas, não são absorvidos (Vancomicina – Erradicar 
bactérias na luz do intestino) 
ADMINISTRAÇÃO SUBLINGUAL: absorção diretamente pela cavidade oral. 
Utilizada quando: 
• Há necessidade de resposta rápida 
• Quando o fármaco é instável em pH gástrico 
• Quando o fármaco é rapidamente metabolizado pelo fígado 
• Não ocorre o metabolismo de primeira passagem 
Absorção na boca Veia jugular Circulação sistêmica 
ADMINISTRAÇÃO RETAL 
• Apresenta tanto efeito local quanto sistêmico 
• Não ocorre o metabolismo de primeira passagem 
Indicação: 
 Quando a via oral não é indicada; 
 Pacientes inconscientes; 
 Pacientes que estejam vomitando ou são incapazes de tomar a medicação pela boca (pósoperatório); 
 Drogas que podem ser destruídas pelas enzimas digestivas; 
ADMINSTRAÇÃO POR SUPERFÍCIES EPITELIAIS 
• Utilizada quando houver necessidade de obtenção do efeito local sobre a pele 
• Poucos fármacos penetram rapidamente por essa via devido a barreira lipídica 
• A derme é permeável a muitos solutos (aplicável à pele escoriada, desnuda ou queimada) 
• Absorção é proporcional à área da superfície pela qual são aplicadas 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
ADMINISTRAÇÃO POR INALAÇÃO 
• Via utilizada para fármacos voláteis e gasosos 
• O pulmão é uma via de administração, mas tambémé uma via de eliminação 
• A absorção rápida é devido à grande superfície de contato (alvéolo pulmonar), o fármaco atua 
localmente antes de atingir a circulação sistêmica. 
• Não ocorre o metabolismo de primeira passagem 
• Apresenta como desvantagem uma pequena capacidade de ajustar a dose 
ADMINISTRAÇÃO POR INJEÇÃO 
• Via intravenosa: apresenta efeito imediato, não há absorção, é a mais correta em relação a dosagem 
administrada, pois a quantidade administrada será a mesma que chegará na corrente sanguínea, porém 
apresenta risco de efeitos adversos. É utilizada especialmente em situações de emergência, a posologia 
é ajustável. 
• A injeção subcutânea ou intramuscular produz efeito mais rápido que a administração oral, mas é 
mais lenta que a intravenosa. 
• Métodos para retardar a absorção, reduzir ações sistêmicas 
✓ Adição de adrenalina: causa vasoconstrição, prolongando o efeito do fármaco localmente, retarda 
a absorção dele, assim a dose de medicamento pode ser menor e os efeitos sistêmicos são 
diminuídos. A adição de adrenalina não pode ser feita quando a aplicação do anestésico local for 
em extremidades pois pode causar uma vasoconstrição extrema, levando a hipóxia e necrose 
tecidual. 
✓ Veicular o ativo em suspensão aquosa ou oleosa (complexo pouco solúvel) 
 
DISTRIBUIÇÃO 
Compartimento de líquidos corporais: 
• Água corporal total: 50 a 70% do peso corporal 
• A água corporal é distribuída em 4 compartimentos principais: 
 Água plasmática (plasma sanguíneo) 
 Água intersticial (entre células) 
 Água intracelular (conteúdo líquido de todas as células) 
 Água transcelular (Líquido cefalorraquidiano, intraocular, pleural, secreções digestivas) 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
As moléculas das drogas se apresentam em sua forma “livre” ou “ligada” em cada um dos compartimentos, 
apenas a forma “livre” é capaz de mover-se entre esses compartimentos. 
Barreira Hematoencefálica: camada contínua de células endoteliais fortemente unidas na região cerebral. O 
cérebro é inaccessível a muitas drogas de ação sistêmica, pois elas não apresentam lipossolubilidade suficiente 
para atravessar tal barreira. 
OBS: a meningite é uma inflamação das meninges que pode romper a integridade da barreira, aumentando sua 
permeabilidade e permitindo a penetração de substâncias. Por isso, a administração sistêmica de penicilina para 
tratamento da meningite é eficaz, a própria fisiopatologia da doença favorece a passagem do fármaco pela 
barreira hematoencefálica, que fisiologicamente seria impermeável. 
O equilíbrio da distribuição de drogas entre os compartimentos corporais depende: 
• Permeabilidade às barreiras teciduais: capacidade de atravessar as membranas até ao local de ação 
• Ligação no interior dos compartimentos: drogas ligadas não atravessam membranas 
• Partição do pH: forma ionizada X forma não ionizada 
• Partição gordura: água- drogas lipofílicas acumulam-se no tecido adiposo 
 
 
Volume de distribuição: é o volume necessário de líquido 
para conter a quantidade total do fármaco absorvido pelo 
corpo que garanta uma distribuição homogênea do fármaco no 
organismo. 
 
 
 
ELIMINAÇÃO DE DROGAS: é um processo que leva a perda irreversível das moléculas por parte do corpo, ocorre através 
do metabolismo e da excreção. 
METABOLIZAÇÃO 
É a conversão de uma entidade química em outra. 
• Atua como preparação para a excreção. 
• Ocorre predominantemente no fígado. 
Ação do citocromo P450: conjunto de enzimas hepáticas responsáveis por promover modificações químicas 
nas moléculas da droga com o objetivo de facilitar a eliminação das mesmas pelo organismo. 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Molécula lipossolúvel > Molécula hidrossolúvel 
Fármaco ativo > Metabólito inativo 
OBS: pró-fármacos são exceções a essa regra. 
O metabolismo envolve dois tipos de reações bioquímicas: 
REAÇÃO DE FASE I (CATABÓLICA): oxidação, redução ou hidrólise. 
Consequências: 
• Leva a perda da atividade farmacológica e pouco aumento da hidrossolubilidade. 
• O produto da fase I é mais reativo, o fármaco se torna muito eletrofílico (apresenta deficiência de 
elétrons e é suscetível de recebê-los através de uma reação química). 
A reação de fase I introduz um grupo reativo à molécula da droga. Esses grupos atuam como ponto de ataque 
para o sistema de conjugação (fase II). Dessa forma, a fase I é uma preparação para a fase II, pois o produto da 
reação da fase I é sempre substrato para a fase II. 
O principal grupamento introduzido é a Hidroxila (OH), por meio de uma reação de oxidação. 
Outros grupos: -COOH, -SH, -O- ou NH2. 
Enzimas envolvidas: Citocromo P450 (CYP), Monooxigenases, Hidrolases, Alcoodesidrogenase, 
Aldeidodesidrogenase e NADPH. 
REAÇÃO DE FASE II (ANABÓLICAS): conjugação. 
Consequências: 
• É essa fase que altera a solubilidade da molécula, aumenta muito a hidrossolubilidade do produto 
gerado pela fase I. 
• Inativa os metabólitos eletrofílicos potencialmente tóxicos que podem ser produzidos na fase I 
• Resultam em compostos inativos. 
A reação de fase II promove uma fixação de um grupo substituinte à molécula resultante da Fase I. Os 
principais grupamentos fixados são: Ácido glicurônico, Glucoronil, Metil, Acetil e Sulfatos. 
Enzimas envolvidas: Sulfotransferases, UDPglicuroniltransferase, Glutationa-S-transferase, N-acetiltransferase 
e Metiltransferase. 
O conjugado formado resulta quase sempre em um composto inativo e menos lipossolúvel, que será excretado 
na urina ou na bile. 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM: afeta a biodisponibilidade dos fármacos administrados por via oral. Uma parte 
do fármaco é perdida, uma vez que após a absorção intestinal, o fármaco cai na circulação porta-hepática, 
chegando ao fígado, onde é metabolizado antes mesmo de chegar na circulação sistêmica. 
Incovenientes: 
• Necessidade de dose maior do fármaco quando 
administrado por via oral do que quando 
administrado por outras vias (essa dose extra já foi 
previamente calculada pelo laboratório para atingir 
o índice terapêutico), a fim de compensar a perda do 
metabolismo de 1ª passagem. 
• Ocorrem variações individuais acentuadas na 
extensão do metabolismo de 1ª passagem de 
determinado fármaco, resultando em uma situação 
imprevisível quando esses fármacos são 
administrados por via oral. 
Pró-fármacos: são medicamentos que são ingeridos em sua forma inativa e no fígado, por meio de reações 
químicas, tornam-se ativos, ou seja, só adquirem atividade farmacológica após sofrer metabolização. Dessa 
forma, eles sofrem uma primeira clivagem para que ocorra a ativação do composto ativo e, posteriormente, 
passam novamente no fígado sofrendo uma nova reação, para que sejam eliminados. Exemplos: 
• Azatioprina (agente imunossupressor) é transformada em Mercaptopurina (forma ativa): inibe a síntese 
de DNA e RNA. 
• Antineoplásico ciclosfosfamida: bioativado em derivado eletrofílico citotóxico. 
OBS: esses fármacos são suscetíveis às enzimas do TGI e/ou suco gástrico, por isso passam por esses processos. 
OBS: não são indicados para pacientes com alterações hepáticas graves. 
A atividade enzimática no fígado confere grupamentos à molécula da droga que são responsáveis por 
potencializar o seu efeito. 
• Enalapril (anti-hipertensivo): sofre hidrólise no fígado, sendo transformado em Enalaprilat, composto 
mais ativo e ação mais prolongada que o Enalapril. 
Algumas drogas podem inibir ou aumentar a atividade enzimática do citocromo P450. 
Efeito de indução: aumento da síntese de enzimas e não por aumento da atividade enzimática. 
Ex: fumantes (efeito indutor) x Clozapina (antipsicótico) – o cigarro reduz níveis circulantes de Clozapina. 
Efeito de inibição: inibição da atividade enzimática. 
Ex: Fluvoxamina (antidepressivo) x Clozapina – a fluvoxamina aumenta os níveis circulantes de Clozapina.A indução enzimática está relacionada com a queda dos níveis de concentração do fármaco, pois a 
metabolização será mais rápida, havendo queda do índice terapêutico, abaixo da CME, isso ocorre quando certas 
drogas são administradas repetidamente. 
A inibição enzimática está relacionada com a intoxicação medicamentosa pois o metabolismo hepático torna-
se mais lento, levando ao aumento do índice terapêutico, ultrapassando a CMT. 
EXCREÇÃO 
• Excreção renal: urina 
• Excreção biliar: fezes 
• Excreção pulmonar: expiração 
• Outros: suor, saliva, leite materno 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
RENAL: 
 
• 20% do fluxo plasmático renal é filtrado 
pelo glomérulo. 
• 80% dos fármacos passam pelos capilares 
peritubulares do túbulo proximal estando 
sujeitos a secreção. 
A secreção tubular é o mecanismo mais eficaz 
para a eliminação da droga pelo rim. 
A difusão através do tubo renal (urina): representa 
1% do filtrado glomerular (99% reabsorvida). 
Se o túbulo fosse livremente permeável a moléculas 
de drogas, a concentração da droga no filtrado iria 
permanecer próxima daquela no plasma, entretanto cerca de 99% da droga será reabsorvida passivamente. 
A urina é a via de eliminação mais importante. 
• Drogas fortemente ligadas às proteínas plasmáticas não são eliminadas por não serem filtradas pelo 
glomérulo renal, devido ao alto peso molecular das proteínas plasmáticas. EX: Warfarina: 98% ligada 
a albumina. 
Para que a droga seja filtrada ela precisa: estar na sua forma livre, ser hidrossolúvel, ter baixo peso 
molecular. 
Alta lipossolubilidade + elevada permeabilidade: lentamente excretado 
Alta hidrossolubilidade + baixa permeabilidade: rapidamente excretado 
BILIAR: 
A excreção biliar ocorre quando o metabólito formado não é capaz de ser reabsorvido no intestino, sendo assim 
excretado pelas fezes. 
Células hepáticas transferem substâncias do plasma para a bile (incluindo drogas) 
Vários conjugados (principalmente glicuronídeos) concentram-se na bile e são levados ao intestino 
Ocorre reação de hidrólise 
Liberação do fármaco ativo 
Reabsorção (esse mecanismo prolonga o efeito do fármaco) 
Excreção= filtração – reabsorção + secreção 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Excreção das Drogas e Tempo de Meia Vida plasmática (T1/2) 
Tempo de Meia Vida plasmático: o tempo necessário para reduzir a quantidade de droga no corpo, à metade, 
através do processo de eliminação. 
Exemplo: Droga com tempo de meia-vida de 2 horas.Após 4 meias-vidas, podemos dizer na prática, que a droga 
foi eliminada do organismo. 
A partir do tempo de meia-vida de uma droga define-se a frequência de administração (posologia). 
• Após 4 meias-vidas, podemos dizer na prática, que a droga foi eliminada do organismo. 
• Após o tempo de quatro a seis meias-vidas, a droga praticamente atinge sua concentração plasmática 
máxima constante média (Css). 
• Quanto mais curta a meia-vida, mais rapidamente se alcança a concentração plasmática máxima 
constante, quando a meia-vida é prolongada ocorre o contrário; 
• Quanto mais curta a meia-vida, mais flutuará a concentração plasmática entre as doses (justificativa para 
emprego de preparações de liberação prolongada). 
Css: Concentração plasmática máxima constante média de uma droga. 
• F: Biodisponibilidade da droga 
• D: Dose da Droga 
• Kel:constante de eliminação 
• Vd: Volume aparente de distribuição 
• T: intervalo entre as doses 
 
OBS: todas as outras vias ocorre uma perda de biodisponibilidade, exceto a endovenosa. 
Exemplos de margem terapêutica: 
 
 
 
 
 
 
 
O fármaco A está exercendo seu efeito 
farmacológico, pois atingiu a CME. 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O fármaco B não está exercendo seu efeito 
farmacológico, pois não atingiu a CME. 
POSSÍVEIS CAUSAS: 
• Diluição/ quebra de um comprimido revestido. 
• Administração em intervalos de tempo maiores 
do que o recomendado. 
• Dosagem menor que a ideal. 
• Indução enzimática. 
 
O fármaco C está exercendo seu efeito 
farmacológico, pois atingiu a CME, porém, está 
causando efeito tóxico, pois ultrapassou a CMT. 
POSSÍVEIS CAUSAS: 
• Desnutrição proteica. 
• Superdosagem. 
• Administração em intervalos de tempo menores 
que o recomendado. 
• Inibição enzimática. 
 
O fármaco D está exercendo seu efeito 
farmacológico, pois atingiu a CME. 
c 
O fármaco E está exercendo seu efeito farmacológico, 
pois atingiu a CME e não ultrapassou a CMT. 
c 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
FARMACODINÂMICA 
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS 
AGONISTAS: ativam os receptores. São capazes de se ligarem aos receptores e provocar alteração conformacional 
e, portanto, gerar a resposta – apresentam atividade intrínseca. Podem ser classificados como: 
• Agonista pleno: ativa totalmente o receptor, desencadeia os mesmos efeitos normalmente produzidos 
por uma substância endógena. 
• Agonista parcial: ativa parcialmente o receptor, desencadeia efeitos menores que normalmente 
produzidos por uma substância endógena. 
• Agonista inverso: capaz de se ligar ao receptor, desencadeando efeitos contrários aos produzidos por 
uma substância endógena ou por uma agonista pleno/parcial. 
 
ANTAGONISTAS: se ligam a um receptor sem causar sua ativação, assim impedem que um agonista se ligue a esse 
mesmo receptor. Eles não têm atividade intrínseca, apenas neutralizam a ação de uma droga agonista ou 
substância endógena. 
DROGA AGONISTA + RECEPTOR= RESPOSTA CELULAR E MOLECULAR 
DROGA ANTAGONISTA + RECEPTOR = INIBIÇÃO DA AÇÃO DO AGONISTA 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
 
AGONISTA INVERSO ANTAGONISTA 
Tem afinidade pelo estado inativado do receptor Não tem afinidade definida, liga-se ao receptor tanto 
ativo quanto inativado 
Exerce efeito regulador por meio da inativação 
celular 
Não exerce efeito regulador 
Tem atividade própria Não tem atividade própria 
A- O grau de ativação dos receptores aumenta na presença de um agonista e diminui na presença de um agonista 
inverso. A adição de um antagonista competitivo desloca as 2 curvas para a direita (porque é necessário aumentar 
a concentração de agonista para restabelecer sua ocupação). 
B- O antagonista por si só, não altera o nível de atividade ativação do receptor, pois não o ativa. Na presença de 
um agonista ou de um agonista inverso, o antagonista restaura o sistema no sentido do estado de repouso do 
receptor. 
ESPECIFICIDADE DAS DROGAS 
Cada droga apresenta um grau de especificidade em relação ao seu sítio de ação e cada receptor apresenta um 
grau de especificidade em relação ao seu ligante (agonista ou antagonista). 
Para a droga ser útil ela deve: 
• Atuar seletivamente sobre determinadas células e tecidos – especificidade de sítio de ligação. 
• Apresentar proteínas alvos – alto grau de especificidade de ligante. 
Nenhuma droga atua com total especificidade, mas existem medicamentos mais seletivos que outros, que causam 
menos efeitos colaterais. 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Quanto menor a especificidade de uma droga, maior a dose necessária, maior a probabilidade de ligação 
em outros sítios de ação que não o primário e aparecimento de efeitos colaterais indesejáveis. 
A primeira etapa na ação de uma droga sobre receptores específicos consiste de formação de um complexo 
droga-receptor. 
A partir da formação desse complexo têm-se a resposta biológica. 
• A magnitude da resposta é proporcional ao número de complexos formados. 
OBS: alguns poucos fármacos não têm a sua ação mediada por receptores específicos. Ex: antiácidos gástricos; 
manitol. 
A resposta farmacológica é proporcional à ligação de drogas agonistas aos receptores, no entanto essa 
proporção não é diretamente linear. 
Ex: a elevação da pressão arterialproduzida pela Adrenalina é desencadeada pela interação de diversos fatores: 
• Há aumento do débito cardíaco, contração de alguns vasos e dilatação de outros. 
• Resposta reflexa do próprio organismo após elevação da pressão arterial. 
Dessa forma, o efeito final não é diretamente proporcional à ocupação dos sítios pela droga. 
ATUAÇÃO DOS FÁRMACOS ANTAGONISTAS 
Antagonismo por Bloqueio de Receptores: um receptor só consegue se ligar em uma droga por vez, assim o 
antagonista pode agir por meio do antagonismo competitivo, quando ele está presente reduz o efeito de outro 
fármaco agonista ou de uma substância endógena. 
 
 
 
 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
O efeito do antagonista competitivo pode ser ultrapassado aumentando-se a concentração do agonista. 
O antagonismo por bloqueio de receptores pode ser: 
• Antagonismo competitivo reversível: o aumento da concentração do agonista desloca o antagonista, 
assim o agonista pode exercer sua função. Ex: isoprenalina e propranolol. 
• Antagonismo competitivo irreversível: o antagonista se dissocia lentamente ou não sofre efeito com 
o aumento da concentração do agonista. Ex: AAS inibindo a síntese de tromboxano A2 via COX-1. 
OBS: quando o antagonismo é irreversível é necessário aguardar a síntese de novos receptores para que a droga 
agonista possa se ligar, visto que todos estão ocupados pelo antagonista, pode-se estimular a excreção a fim de 
eliminar mais rapidamente o antagonista, com diuréticos e soro. 
Antagonismo químico: quando dois fármacos reagem quimicamente entre si levando a perda do efeito da droga 
ativa. 
Ex: Agentes Quelantes (Dimercaprol) reduzem a toxicidade de metais pesados, formam um complexo e 
inativam-os. 
Antagonismo Farmacocinético: o antagonista reduz efetivamente a concentração da droga ativa em seu sítio 
de ação, afeta a absorção, metabolismo ou excreção. 
 
por meio da alteração do pH sanguíneo 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Ex: 
 Íons de Alumínio presentes em alguns Antiácidos X Tetraciclinas 
 Íons Ferrosos dos suplementos orais de ferro X Tetraciclinas 
 Cetoconazol (requer meio ácido para ser absorvido) X Inibidores da bomba de prótons 
 Fenobarbital (induz as enzimas hepáticas) X Warfarina (sofre metabolização mais rápida) 
Antagonismo não-competitivo: o antagonista bloqueia em algum ponto a cadeia de eventos que leva à 
produção de uma resposta pelo agonista, mas eles não competem pelo sitio de ação. 
Ex: nifedipina (impede influxo de cálcio através da membrana celular, impedindo a contração muscular lisa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antagonismo Fisiológico: ocorre entre dois agonistas, que atuam sobre sistemas celulares diferentes, em 
sentidos opostos no desencadeamento de determinada resposta celular. 
Ex: Ação da noradrenalina e da acetilcolina no coração. 
DESSENSIBILIZAÇÃO OU TAQUIFILAXIA 
Diminuição gradativa do efeito de uma droga que é administrada de forma contínua ou repetidamente, levando 
ao desenvolvimento de tolerância. 
OBS: o termo resistência só deve ser utilizado para drogas antineoplásicas e para indicar a resistência de uma 
bactéria em relação a um antibiótico. 
Mecanismos de dessensibilização: 
 Alteração nos receptores: compromete conformação do receptor, gera alteração morfológica. 
 Perda de receptores: diminuição do número de receptores ou endocitose dos receptores pela própria 
célula. 
 Exaustão de mediadores: depleção de uma substância intermediária essencial. 
Ex: Anfetamina precisa da liberação de noradrenalina e outras aminas para exercer o seu efeito (Depleção de 
noradrenalina reduz atividade da anfetamina). 
 Aumento da degradação metabólica: administração repetida da mesma dose produz concentrações 
plasmáticas progressivamente mais baixas, pois leva a indução das enzimas hepáticas. 
 Adaptação fisiológica: ocorre diminuição do efeito de uma droga, devido à sua anulação por uma resposta 
homeostática. 
Ex: efeito de redução da pressão arterial dos diuréticos tiazídicos é limitado, devido a uma ativação gradual do 
sistema de renina angiotensina aldosterona. 
Absorção 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
LOCAIS DE AÇÃO DAS DROGAS 
Drogas estruturalmente inespecíficas: realizam reações químicas com íons ou pequenas moléculas, não 
possuem sítios definidos. EX: antiácidos gástricos, quelantes e manitol. 
Drogas estruturalmente específicas: apresentam alto grau de seletividade e especificidade de ação, atuam em 
sítios altamente definidos podendo agir em: 
• Enzimas 
• Canais Iônicos 
• Moléculas transportadoras 
• Receptores farmacológicos 
ENZIMAS: 
Inibidor competitivo da enzima: o fármaco é análogo ao substrato da enzima. Ex: Neostigmina atuando sobre 
acetilcolinesterase e Aspirina sobre a Ciclooxigenase. 
Substrato falso para a enzima: a molécula da droga sofre transformação química e forma produto “anormal” 
(Ex: Metotrexato - antineoplásico bloqueando a síntese do DNA). 
Pró-drogas inativas: a reação enzimática que leva à ativação do fármaco. 
Ex: Enalapril sofre hidrólise no fígado, sendo transformado em Enalaprilat (mais ativo e ação mais prolongada 
que o Enalapril). 
CANAIS IÔNICOS: 
Interação direta: a própria droga liga-se ao canal e altera a sua função. 
• Bloqueadores: bloqueio físico do canal pela molécula da droga (anestésicos locais). 
• Moduladores: ligação da molécula da droga às regiões moduladoras, alterando a abertura da comporta 
do canal iônico. 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Interação indireta: Proteína G e outros intermediários. 
EX: Anfotericina B liga-se aos esteróis da membrana celular do fungo, o que altera sua permeabilidade e a célula 
perde potássio e moléculas pequenas. 
MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS: são utilizadas para transporte intracelular e extracelular de íons e moléculas 
orgânicas, visto que são muito polares para atravessar a membrana lipídica da célula. O fármaco pode atuar 
bloqueando ou ativando esse sistema de transporte. 
RECEPTORES FARMACOLÓGICOS: macromoléculas-alvo especializadas, geralmente de natureza proteica, presentes na 
superfície celular ou intracelularmente que se une a um fármaco e medeia suas ações farmacológicas. Embora 
sejam considerados como receptores de drogas, essas proteínas, na realidade, são receptores para sustâncias 
endógenas que medeiam processos fisiológicos e biológicos normais. 
Os receptores são agrupados em famílias, uma vez que os efeitos mediados por eles possuem velocidades 
específicas que dependem da estrutura do receptor e do mecanismo de transdução de sinais. A distinção é feita 
em 4 superfamílias: 
 
Receptores ligados a canais (ionotrópicos): localizados na membrana, 
acoplados diretamente à um canal iônico, sob os quais atuam os 
neurotransmissores rápidos (acetilcolina). 
Receptor Nicotínico da Acetilcolina: 5 subunidades: 2 α, 1 β, 1 γ, 1 δ, possui 
dois sítios de ligação para Ach (subunidades α), a ligação de ambos leva a 
ativação do receptor. 
Exercem o controle da transmissão do impulso nervoso, atuando na 
membrana pós-sináptica, aumenta a permeabilidade à íons. A acetilcolina 
aumenta a permeabilidade ao Na+ e K+ levando à despolarização da 
membrana e à produção do potencial de ação. 
 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos): 
localizados na membrana. Receptores para noradrenalina e 
receptores muscarínico para acetilcolina. 
Proteína G: realiza a comunicação entre receptores às 
enzimas, aos canais iônicos ou a outros mensageiros. 
Apresenta 3 subunidades (α, β, γ). Em repouso a proteína G 
está na forma de trímero, não fixado ao receptor, sendo 
ocupado pelo nucleotídeo GDP.O fármaco gera alteração 
conformacional do receptor, levando a dissociação desse 
trímero, as subunidades dissociadas associam-se a enzimas e 
canais iônicos, causando ativação ou inativação.Receptores ligados à quinase: localizados na 
membrana- receptor para insulina e para fatores de 
crescimento. 
• Domínios extracelulares: se ligam ao 
agonista ou antagonista. 
• Domínios intracelulares: sofrem 
fosforilação por ligação de ATP´s, os 
sítios fosforilados se ligam às proteínas 
intracelulares desencadeando os efeitos. 
A ligação entre os dois domínios é do tipo alfa-
hélice simples transmembrana. 
 
Receptores que regulam a transcrição de genes 
(receptores nucleares): localizados no citosol ou 
receptores nucleares. Induzem resposta à nível de 
regulação da transcrição do DNA. São receptores para 
hormônios esteroides e para hormônio tireóideo. 
Os fármacos para se ligarem a esses receptores devem 
ser altamente lipofílicos, para serem capazes de 
atravessar a membrana plasmática. 
• Glicocorticóides (inibem a transcrição do gene 
da fosfolipase A2) 
• Mineralocorticóides (estimulam a produção de 
várias proteínas de transporte associadas à 
função tubular renal) 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
O SNA divide-se em: 
• Sistema nervoso autônomo simpático 
• Sistema nervoso autônomo parassimpático 
• Sistema nervoso entérico (recebe influxo dos sistemas simpático e parassimpático, mas pode atuar de 
modo independente no controle das funções motoras e secretoras do intestino). 
Funções: regular a contração e o relaxamento da musculatura lisa, as secreções exócrinas e algumas 
endócrinas, os batimentos cardíacos e certas etapas do metabolismo intermediário. 
TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA 
• Síntese Noradrenalina (NA) 
• Receptores alfa-adrenérgicos e beta-adrenérgicos 
TRANSMISSÃO COLINÉRGICA 
• Síntese Acetilcolina (ACh) 
• Receptores nicotínicos e muscarínicos 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
ETAPAS BÁSICAS NA TRANSMISSÃO NEUROQUÍMICA – LOCAIS DE AÇÃO DAS DROGAS 
 
TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA 
Existem 2 classes de receptores: 
• α adrenérgico 
• β adrenérgico 
Todos os receptores adrenérgicos são acoplados à Proteína G. 
A potência da resposta desses receptores aos agonistas adrenérgicos (catecolaminas) é diferente: 
 Receptor α: Noradrenalina > Adrenalina > Isoprelina 
 Receptor β: Isoprelina > Adrenalina > Noradrenalina 
OBS: a noradrenalina tem maior afinidade pelo receptor α, já a adrenalina tem maior afinidade pelo receptor β. 
CATECOLAMINAS 
• Noradrenalina: neurotransmissor liberado por neurônios simpáticos pós-ganglionares 
• Adrenalina: Hormônio secretado pela Suprarenal 
• Dopamina: Precursor da Noradrenalina e Adrenalina – Atua como neurotransmissor no cérebro. 
• Isoprelina: Derivado sintético da Noradrenalina – Não é encontrado no corpo. 
RECEPTORES α 
α1 vasoconstrição, relaxamento do músculo liso do TGI, secreção salivar e glicogenólise hepática. 
α2 inibe liberação de neurotransmissores (NA e Ach), a contração do músculo liso do TGI e inibe 
liberação de insulina. 
• Os receptores α1 atua ativando a fosfolipase C, promovendo a liberação de cálcio intracelular. 
• Os receptores α2 tem a capacidade de impedir a abertura dos canais de cálcio, impedindo a liberação 
excessiva de noradrenalina (feedback negativo), pois inibe a enzima adenilato ciclase. 
RECEPTORES β 
β1 aumento da frequência (cronotropismo) e força cardíaca (ionotropismo) 
β2 broncodilatação, vasodilatação, relaxamento do musculo liso TGI e glicogenólise hepática 
β3 Lipólise 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
• Todos os receptores β, atuam ativando a adenilato ciclase, promovendo o aumento de cálcio intracelular. 
Pela análise do gráfico é possível perceber que a noradrenalina desencadeou o aumento da pressão arterial por 
basicamente elevar a resistência vascular periférica em decorrência da sua ação nos receptores α1 dos vasos 
sanguíneos, causando vasoconstrição. A adrenalina, por ter maior afinidade pelos receptores β1 que estão 
presentes no coração, eleva a PA por aumentar a frequência de contração, ou seja, aumento do débito cardíaco. 
Dessa forma, em caso de uma PCR o ideal é o uso da adrenalina, já em caso de choque o ideal é a noradrenalina. 
SÍNTESE DE NORADRENALINA 
A tirosina hidroxilase é o ponto de controle da síntese de NA (inibida pelo produto final). 
OBS: na fenilcetonúria, temos deficiência da enzima que converte a fenilalanina em tirosina, a fenilalanina 
hidroxilase (PAH), assim o organismo não consegue metabolizar a fenilalanina, ocasionando o acúmulo desse 
aminoácido no sangue e em outros líquidos corporais, gerando, sobretudo, acometimento neurológico. O 
tratamento se baseia na restrição de alimentos que contenham fenilalanina e na reposição de tirosina. 
OBS: no Parkinson, temos a deficiência da dopamina, o mecanismo principal de tratamento se baseia na 
reposição desse neurotransmissor por meio da levodopa, em que se têm a administração L-DOPA (molécula 
menor que a DOPA), que é convertida pelo organismo em dopamina. 
ARMAZENAMENTO DA NORADRENALINA 
A maior parte é armazenada em terminações nervosas na forma de vesículas. Apenas uma pequena quantidade 
permanece livre no citoplasma das células nervosas. A transferência para o interior das vesículas ocorre por um 
sistema transportador semelhante ao que promove captação de NA nas terminações nervosas. 
Relembrando: 
PA= DC X RVP 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
LIBERAÇÃO DA NORADRENALINA 
Potencial de ação> Abertura dos canais de sódio > Despolarização > 
Abertura dos canais de cálcio > Fusão das vesículas na membrana pré-
sináptica > Exocitose de noradrenalina > Feedback negativo através do 
receptor α2 > Recaptação de noradrenalina > Degradação da 
noradrenalina por MAO e COMT 
OBS: NA atua sob os receptores α2 e esses regulam a sua própria 
liberação (receptores mecanismo de retroalimentação inibitório), em que 
a inibição da adenilato ciclase impede abertura de canais de cálcio e inibe 
a fusão das vesículas na membrana. 
A degradação intracelular da NA pela MAO e COMT representa uma 
grande diferença da noradrenalina para acetilcolina, visto que a 
acetilcolina é degradada na própria fenda sináptica, enquanto a 
noradrenalina precisa ser recaptada para ser degradada. 
 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DAS CATECOLAMINAS ENDÓGENAS 
• Adrenalina: alivio rápido em casos de reações de hipersensibilidade, prolongar ação de anestésico 
local, parada cardíaca, agente hemostático tópico em superfícies que sangram. 
• Noradrenalina: choque. 
• Dopamina: em casos de insuficiência congestiva grave e no caso de choque cardiogênico e séptico. 
Substrato da MAO e COMT por isso ineficaz quando administrada por via oral. 
SELETIVIDADE DOS FÁRMACOS X EFEITOS 
Quanto mais seletivo a esses receptores mais úteis serão os fármacos, de modo a serem diminuídos os efeitos 
colaterais. Ex: 
• Agonista β2 seletivo: visa promover o relaxamento do músculo liso do TGI sem ter efeitos inotrópicos 
positivo (receptores β1 localizados no coração). 
• Antagonista β1 seletivo: efeito hipotensor por ter ação inotrópica negativa sem bloquear receptores β2 
na musculatura brônquica (evita broncoconstrição). 
PRINCIPAIS AGONISTAS DOS RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
 
 
 
 
 
Agonistas 
não seletivos 
de ação 
direta 
 
 
 
Epinefrina/Adrenalina 
(α1, α2, β1, β2, β3) 
 
⇧ da FC 
⇧ da PA 
⇧ da contratilidade 
Ligeira ⇩ da RVP 
Vasoconstrição 
visceral 
Vasodilatação nos 
músculos 
esqueléticos 
⇧ do nível glicêmico 
e de ácido láctico. 
 
 
Associada a anestésicos 
locais 
Choque anafilático 
Broncodilatador na asma 
Glaucoma de ângulo 
aberto 
Hipotensão 
Choque 
 
 
 
Palpitação 
Arritmias 
Hemorragia 
cerebral 
Cefaleia 
Tremor 
 
Norepinefrina/Noradrenalina 
(α1, α2, β1, β2) 
 
⇧ da PA 
⇧ da RVP 
Vasoconstrição 
⇧ direto da FC e 
contração cardíaca 
 
Hipotensão 
Choque 
 
Semelhantes daEpinefrina 
Hipertensão 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Observações Importantes 
• A adrenalina associada a anestésicos locais promove vasoconstrição, prolongando o efeito local e 
diminuindo efeitos colaterais. 
• A adrenalina no choque anafilático promove vasoconstrição, diminuindo a permeabilidade dos vasos 
sanguíneos e consequentemente o edema de glote, além de promover bronqueodilatação e taquicardia, 
favorecendo assim, o processo de reperfusão tecidual. 
• A adrenalina no tratamento de asma foi substituída pelo uso de agonistas β2 seletivos. 
• A adrenalina no tratamento de glaucoma de ângulo aberto favorece a drenagem do humor aquoso. 
PRINCIPAIS AGONISTAS DOS RECEPTORES α ADRENÉRGICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
Agonistas 
α1 
seletivos 
 
Fenilefrina 
Mefentermina 
Metaraminol 
Midocrina 
Metoxamina 
 
 
 
Vasoconstrição 
 
 
Congestão nasal 
(uso tópico) 
Midriático (soluções oftálmicas) 
Hiperemia oftálmica 
Hipotensão postural 
 
Hipertensão 
Bradicardia reflexa 
Hipertensão de 
rebote com 
suspensão abrupta 
 
 
Agonistas 
α2 
seletivos 
 
Clonidina 
Apraclonidina 
Guanabeno 
α – metildopa 
Brimodina 
⇩ da descarga do cérebro para 
a periferia, resultando em ⇩ da 
RVP e PA 
⇩ da liberação de 
transmissores simpáticos 
induzida pelos nervos 
⇩ da produção de humor 
aquoso 
 
Hipertensão 
Síndrome de abstinência de 
narcóticos, álcool e tabaco 
Glaucoma (favorece drenagem 
do humor aquoso) 
 
 
 
PRINCIPAIS ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES α ADRENÉRGICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
Antagonistas 
α1 seletivos 
 
Prazosina 
Terazosina 
Doxazosina 
Trimazosina 
Alfuzosina 
Tansulosina 
 
⇩ da RVP e da PA 
Relaxamento dos músculos 
lisos do colo da bexiga e na 
próstata 
 
Hipertensão 
Aumento do Fluxo urinário na 
HPB (hiperplasia prostática 
benigna) 
 
Hipotensão 
postural 
 
 
Antagonistas 
não seletivos 
 
 
Fenoxibenzamina 
Fentolamina 
Tolazolina 
 
 
⇩ da RVP e da PA por inibir 
ativação do SNS ao ativar os 
receptores na região 
pontinobulbar do SNC 
Venodilatação 
 
 
Tratamento de excesso de 
catecolaminas 
Ex: feocromocitoma 
Estimulação 
cardíaca devido ao 
desencadeamento 
dos reflexos e 
liberação 
aumentada de NE 
através de 
bloqueio dos 
receptores α2 
Observações Importantes 
• Os antagonistas α1 seletivos devido ao seu efeito adverso importante, sobretudo em idosos, devem ser 
substituídos por outra classe no tratamento de HAS, mas para a HPB ainda é a única opção terapêutica. 
 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
PRINCIPAIS AGONISTAS DOS RECEPTORES β ADRENÉRGICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
Agonistas β1 
seletivos 
 
Dobutamina 
⇧ da contratilidade cardíaca 
algum ⇧ na FC 
⇧ na condução 
atrioventricular 
Tratamento a curto 
prazo da 
descompensação 
cardíaca em pacientes 
com ICC 
 
⇧ da PA 
⇧ da FC 
 
 
Agonistas β2-
seletivos (de 
ação curta/ 
intermediária) 
Albuterol 
Bitolterol 
Fenoterol 
Isoetaerina 
Metaproterenol 
Procaterol 
Terbutalina 
Ritodrina 
Relaxamento do músculo 
liso brônquico 
Relaxamento do músculo 
liso uterino (Ritodrina – 
interromper trabalho de 
parto prematuro) 
 
Broncodilatores para 
tratamento da asma e 
DPOC; 
Fármacos de ação 
curta/intermediária 
para o broncoespasmo 
agudo. 
Tremor do músculo 
esquelético 
Taquicardia 
 
OBS: efeito diminuídos 
com o uso via inalatória. 
 
Agonistas não 
seletivos 
 
Isoproterenol 
⇩ da RVP 
⇧ do DC 
Taquiarritmias 
Broncodilatação 
Broncodilatador na 
asma 
PCR 
Choque 
Palpitações 
Taquicardia 
Cefaleia 
Rubor de pele 
 
PRINCIPAIS ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES β ADRENÉRGICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
 
Antagonistas 
β não 
seletivos 
 
 
Propranolol 
Timolol 
Nadolol 
Pindolol 
Pembutolol 
 
⇩ da FC 
⇩ da contratilidade cardíaca 
⇩ do DC 
Broncoconstrição 
Hipoglicemia prolongada 
(inibe glicogenólise, diminui 
percepção dos sintomas do 
SNS) 
 
Angina 
Hipertensão 
Arritmias cardíacas 
ICC; 
Feocromocitoma 
Glaucoma (diminui 
produção de humor aquoso, 
alguns estudos também tem 
demonstrado que favorece 
drenagem) 
Bradicardia 
Bradiarritmias 
Efeito inotrópico e 
cronotrópico 
negativos 
Broncoconstrição 
(Asmáticos e DPOC) 
Fadiga 
Hipoglicemia 
(pacientes com 
hipoglicemia e 
diabetes) 
 
 
Antagonistas 
β1 seletivos 
Atenolol 
Bisoprolol 
Esmolol 
Metoprolol 
Acebutolol 
 
 
 
⇩ da FC 
⇩ da contração cardíaca 
 
 
Hipertensão 
 
Diminui os efeitos 
indesejáveis dos 
Antagonistas β não 
seletivos 
 
TRANSMISSÃO COLINÉRGICA 
RECEPTORES NICOTÍNICOS 
MUSCULARES localizados na junção neuromuscular, estimulam a contração muscular esquelética. 
NEURONAIS localizados nos gânglios autônomos e cérebro, estimulam o potencial de ação. 
Ambos são canais iônicos regulados por ligantes, mas apresentam potências diferentes devido as estruturas 
diferentes. Após ligação, ocorre abertura do canal, entrada de Na+ e despolarização da célula. 
 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
RECEPTORES MUSCARÍNICOS 
São acoplados à proteína G. 
 
M1 
localizados no SNC, SNP e células parietais gástricas, excitam SNC e gânglios, promovem o 
aumento da secreção gástrica (⇩ o fluxo de potássio do meio intracelular para extracelular, 
deixando meio intracelular carregado positivamente facilitando a despolarização.) 
M2 localizados no coração, promovem a ⇩ da frequência cardíaca (efeito cronotrópico negativo) 
através do ⇧ fluxo de potássio do meio intracelular para extracelular, deixando meio intracelular 
carregado negativamente e inibem o influxo de cálcio. 
 
M3 
localizados em glândulas e músculo liso, promovem efeitos excitatórios: secreção de glândulas 
salivares, brônquicas e sudoríparas e contração da musculatura lisa visceral, mas também 
inibitórios: relaxamento da musculatura lisa vascular (vasodilatação) – devido a liberação de óxido 
nítrico pelas células endoteliais adjacentes aos receptores M3. 
M4 função desconhecida. 
M5 função desconhecida. 
• M1, M3, M5: atuam através da fosfolipase. 
• M2, M4: inibem a adenilato ciclase. 
SÍNTESE DA ACETILCOLINA 
Colina + Acetil CoA →Acetilcolina 
• A captação da colina se dá por transporte ativo 
• A acetilação é feita pela ação da enzima colina acetiltransferase. 
ARMAZENAMENTO DA ACETILCOLINA 
• Ocorre o acondicionamento da acetilcolina em vesículas citoplasmáticas através de uma proteína 
transportadora 
LIBERAÇÃO DA ACETILCOLINA 
• Após deflagração do potencial de ação, os canais de cálcio são abertos, ocorre o influxo de cálcio, 
levando a exocitose das vesículas pré-sinápticas e consequente liberação de Ach na fenda sináptica que 
se liga aos receptores colinérgicos. 
RECAPTAÇÃO E DEGRADAÇÃO DA ACETILCOLINA 
• Esse processo ocorre na fenda sináptica, por meio da enzima acetilcolinesterase, que degrada a 
acetilcolina, sendo que parte da colina é recaptada para entrar na síntese de novas moléculas de 
acetilcolina. 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
Os fármacos podem influenciar na transmissão colinérgica de 2 maneiras: 
Atuando sobre receptores da acetilcolina: 
• Imitando a ação da acetilcolina (agonistas colinérgicos): parassimpaticomiméticos – ex: muscarina 
• Bloqueando a ação da acetilcolina (antagonistas colinérgicos): parassimpaticolíticos – ex: atropina 
Afetando a síntese, liberação ou degradação da acetilcolina endógena: 
• Bloqueando a captação de colina – ex: hemicolínio 
• Bloqueando o armazenamento vesicular – ex: vesamicol 
• Potencializando a liberação – ex: aminopiridina 
• Inibindo o próprio mecanismo de liberação – ex: toxina botulínica, antibióticosaminoglicosídeos 
• Inibindo a acetilcolinesterase (prolongamento da ação da acetilcolina) – neostigmina 
SÍNDROME COLINÉRGICA: é uma condição em que há excesso de acetilcolina, podendo ser causada por 
exemplo por intoxicação por organofosforados, esses inibem a ação da acetilcolinesterase, resultando em 
hiperexcitabilidade neuronal e desencadeando: hipersecreção brônquica, rinorreia, broncoespasmo, dispneia, 
cianose, náuseas, vômitos, diarreia, incontinência fecal e urinária, sialorreia, sudorese, lacrimejamento, 
bradicardia, hipotensão e miose. 
INIBIDORES DA SÍNTESE, DO ARMAZENAMENTO E DA LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
 
Inibidores 
da síntese, 
do 
armazenam
ento e da 
liberação de 
Acetilcolina 
 
 
 
 
Hemicolínio 
Bloqueia o transporte de 
colina, impedindo a captação 
de colina necessária para a 
síntese de Ach. 
Apenas utilizado 
experimentalmente 
(Pesquisa) 
 
 
 
Vesamicol 
Bloqueia o contratransportador 
de Ach-H+, que é utilizado 
para transportar a Ach para as 
vesículas 
Apenas utilizado 
experimentalmente 
(Pesquisa) 
 
 
Toxina 
botulínica 
Impede a fusão da vesícula 
sináptica com a membrana da 
terminação axônica (pré-
sináptica) 
Distonias focais 
Torcicolo 
Acalasia 
Estrabismo 
Arritmia cardíaca 
Hepatotoxicidade 
Anafilaxia 
Disfagia 
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Blefaroespasmo 
Sindromes dolorosas 
 Rugas 
hiperidrose 
Dispepsia 
Fraqueza muscular 
Febre 
 
INIBIDORES DA DEGRADAÇÃO DA ACETILCOLINA 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
 
Inibidores 
da 
degradação 
de 
Acetilcolina 
 
 
 
 
 
 
Edrofônio 
Neostigmina 
Piridostigmina 
Ambenônio 
Fisostigmina 
 
 
 
inibem a acetil- 
colinesterase (AChE) 
através da inibição do 
sítio ativo da enzima 
 
Agente de motilidade urinária 
gastrintestinal 
Doenças da junção neuromuscular, 
como, miastenia grave 
Glaucoma (facilita drenagem do humor 
aquoso). 
Reversão de toxicidade anticolinérgica 
ou paralisia induzida em processo 
cirúrgico 
Convulsões 
Broncoespasmos 
 Bradicardia 
 parada cardíaca 
hipotensão 
salivação 
vômitos 
diarreia 
miose 
 
AGONISTAS MUSCARÍNICOS 
CLASSE FÁRMACO APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
 
Agonistas 
muscarínicos 
 
Acetilcolina 
 
Coadjuvante em cirurgias oftálmicas 
para conseguir a miose rápida. 
Perda da capacidade de acomodação visual 
para a visão a distância 
Metacolina Diagnóstico de asma Broncoconstrição 
Carbapol 
Betanecol 
Pilocarpina 
Glaucoma 
Agente de motilidade do trato urinário e 
gastrointestinal 
Xerostomia na síndrome de Sjogren 
Sudorese 
Tremores 
Náuseas 
• Síndrome de Sjogren: doença autoimune de causa desconhecida que afeta as glândulas lacrimais e 
salivares, causando olho e boca seca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMANDA GODINHO BALISA ALMEIDA- 5º PERÍODO 1/2022 
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antagonistas 
muscarínicos 
 
 
 
 
 
 
 
Atropina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bloqueio do 
receptor 
muscarínico 
Overdose de anticolinesterásicos 
Intoxicação por inseticidas 
organofosforados 
Bradicardia sintomática aguda 
Excesso de salivação e de secreção de 
muco durante cirurgia 
Antídoto para envenenamento por 
cogumelos 
 
 
Aumento da 
pressão 
intraocular 
 
Ipratrópio 
Tiotrópio 
 
DPOC 
Asma 
Anafilaxia 
Gosto anormal na 
boca 
Xerostomia 
 
 
 
 
Escopolamina 
Cinetose (conhecida como enjoo de 
movimento); 
Náuseas e vômito. 
 
OBS: brometo de metilescopolamina é um 
derivado de amônio quaternário da 
escopolamina, não atravessa barreira 
hematoencefálica, evitando as ações no 
SNC que são causadas pela escopolamina. 
Aumento da 
pressão 
intraocular 
Afeta o SNC, 
causando irritação 
moderada, em 
baixas doses, em 
doses elevadas, 
causa agitação, 
alucinações 
(efeitos 
psicoativos), 
visão turva e 
desorientação. 
 
AGONISTAS NICOTÍNICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
Agonistas 
Nicotínicos 
 
 
 
 
Succinilcolina 
Estimula abertura do canal do 
receptor nicotínico de Ach e 
produzem despolarização da 
membrana celular 
Indução de bloqueio 
neuromuscular 
em cirurgia 
Intubação. 
Bradiarritmia 
PCR 
Rigidez muscular 
Mialgia 
OBS: a succinilcolina persite na junção neuroefetora e ativa continuamente os canais dos receptores nicotínicos, 
resultando em invativação dos canais de sódio regulados por voltagem, de modo que eles não podem se abrir 
para sustentar potenciais de ação adicionais (algumas vezes denominados “BLOQUEIO 
DESPOLARIZANTE”). 
ANTAGONISTAS NICOTÍNICOS 
CLASSE FÁRMACO AÇÃO FARMACOLÓGICA APLICAÇÕES CLÍNICAS EFEITOS ADVERSOS 
 
Agonistas 
Nicotínicos 
 
 
Pancurônio 
Tubocumarina 
Vecurônio 
Rocurônio 
Mivacurônio 
 Antagonizam seletivamente os 
receptores nicotínicos, 
impedindo, assim a ligação da 
Ach endógena. 
Indução de bloqueio 
neuromuscular 
em cirurgia 
Intubação. 
Hipertensão, 
taquiarritmia, 
broncoespasmo, 
insuficiência 
respiratória. 
OBS: os antagonistas dos receptores nicotínicos, antagonizam seletivamente os receptores nicotínicos, 
impedindo, assim a ligação da Ach endógena e a despolarização subsequente das células musculares (algumas 
vezes denominados “BLOQUEIO NÃO DESPOLARIZANTE”). Os agentes bloqueadores não despolarizantes 
possuem efeitos adversos variáveis que podem ser revertidos pela administração de inibidores de AChE.

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