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1 000001 - INTRODUÇÃO BÍBLICA 03 000002 - GEOGRAFIA BÍBLICA 05 000003 - O PENTATEUCO 06 000004 - ANGELOLOGIA 07 000005 - LIVROS HISTÓRICOS 10 000006 - LIVROS POÉTICOS E PROFÉTICOS 11 000007 - DOUTRINA DE DEUS 13 000008 - EVANGELHOS E ATOS 15 000009 - CRISTOLOGIA e PNEUMATOLOGIA 16 000010 - ESCRITOS APOSTÓLICOS 18 000011 - INTRODUÇÃO À TEOLOGIA 20 000012 - HERMENÊUTICA BÍBLICA 21 000013 - HOMILÉTICA 21 000014 - ESCATOLOGIA BÍBLICA 22 000015 - HISTÓRIA DA IGREJA 24 000016 - RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS 25 000017 - LIDERANÇA CRISTÃ 27 000018 - ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA 30 000019 - METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA 32 000020 - PSICOLOGIA PASTORAL E ACONSELHAMENTO CRISTÃO 34 000021 - HISTÓRIA DA TEOLOGIA 35 000022 - FILOSOFIA DA RELIGIÃO 38 000023 - APOLOGÉTICA CRISTÃ 40 000024 - HAMARTIOLOGIA E SOTERIOLOGIA 41 000025 - TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA 42 000026 - HISTÓRIA DOS AVIVAMENTOS 43 000027 - INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA 45 000028 - TEOLOGIA DO A.T 48 000029 - TEOLOGIA DO N.T 50 000030 - SOCIOLOGIA 52 000031 - TEOLOGIA PASTORAL 54 2 000032 - DIDÁTICA GERAL E CRISTÃ 55 000033 - EVANGELISMO E MISSÕES (MISSIOLOGIA) 57 000034 - ÉTICA CRISTÃ 58 000035 - ECLESIOLOGIA 58 000036 - ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA 60 3 1- Introdução Bíblica A Inspiração da Bíblia A Bíblia em sua inteireza é um livro inspirado por Deus. Em II Timóteo 3.16, encontramos: “Toda Escritura é inspirada por Deus...”, e ainda em II Pedro 1.20,21, lemos que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto, homens santos de Deus falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo. Vejamos algumas definições sobre o que é Inspiração: “A inspiração das Escrituras é aquela influência que Deus exerceu sobre os autores humanos por intermédio de quem o Antigo e o Novo Testamento foram inscritos” (Chafer). A inspiração, quando aplicada à Bíblia, é o sopro de Deus dentro dos homens, habilitando-os dessa forma a receber e a comunicar a verdade divina. A inspiração bíblica é aquela influência do Espírito Santo sobre certos homens escolhidos por Deus para ensinar sua vontade, que os guardava do erro na comunicação de tudo que deveria constituir uma parte da revelação divina. (Miller) Miller fez ainda o seguinte acréscimo, explicando melhor sua definição: Essa influência se estendia à: Isenção do erro no relato dos fatos históricos; Confirmação autoritária das verdades da revelação natural às quais faz referência; Revelação sobrenatural, ou seja, às verdades que só podem ser conhecidas por revelação direta de Deus. A inspiração da Bíblia foi plenária e verbal. Quando se fala em inspiração plenária se quer dizer que toda a Bíblia e não somente partes dela, foi inspirada por Deus. Isso quer dizer que a Bíblia não apenas contém, mas é de fato a Palavra de Deus. Em outras palavras, as Sagradas Escrituras em sua inteireza são consideradas como igualmente fidedigna e que toda a Escritura original foi inspirada por Deus sem exceção de uma só palavra. Quando se fala em Inspiração Verbal, queremos dizer que, as palavras registradas nos originais da Bíblia, e não só as idéias, foram inspiradas por Deus. Cartledge disse em determinada ocasião sobre o assunto: “O Espírito escolheu as palavras necessárias para expressar a verdade, porém, não são necessariamente as únicas palavras que poderiam ter sido usadas”. Os teólogos aceitam isso como verdade, quando se trata de traduções, e explica o uso feito pelo Senhor e seus discípulos da Septuaginta. (A Septuaginta é uma versão grega do Antigo Testamento feita em meados do século terceiro antes de Cristo. Nessa versão os tradutores incluíram os livros que os protestantes chamam de apócrifos, ou seja, não inspirados por Deus, e inseridos na Bíblia católica como canônicos). Esclarecido o significado de inspiração é de suma importância que entendamos que a inspiração, no sentido bíblico, cessou quando o Cânon bíblico foi completado. Depois que o último livro da Bíblia foi terminado, completando a revelação divina, cessou por completo a inspiração do Espírito Santo no que diz respeito às Sagradas Escrituras. Ninguém pode a partir daquele limite se arvorar no direito de dizer que foi inspirado por Deus para trazer uma nova revelação ao homem. O apóstolo Paulo foi bem claro nisso quando afirmou: “Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho, além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. (Gl 1.8,9). É conveniente que entendamos que existe diferença entre inspiração, revelação e iluminação. Como já conhecemos o significado de inspiração, vejamos os 4 significados das outras duas palavras: Revelação - é o ato soberano de Deus pelo qual Ele faz conhecido àquilo que dantes não se tinha conhecimento. A Revelação divide-se em Revelação Geral – a revelação que Deus fez de si mesmo através da natureza, das coisas criadas, e Revelação Especial – que é a revelação que Deus fez de si mesmo (ser, atributos, caráter e vontade). Iluminação - É a ação do Espírito Santo sobre os leitores das Sagradas Escrituras, capacitando-os a perceber a força e o significado da revelação. Provas da Inspiração do Cânon Sagrado a) Unidade na Diversidade - A Bíblia foi escrita por, mais ou menos, quarenta escritores, num período que abrange dezessete séculos, em diversos lugares, sendo que os escritores ocupavam posições diversas, tais como pastores, pescadores, sacerdotes, guerreiros, estadistas, reis, médico, etc. Apesar dessa diversidade, no entanto, existe nas Sagradas Escrituras uma unidade admirável em todo o conjunto dos livros do Cânon Bíblico. b) O Cumprimento das Profecias - O cumprimento das predições proféticas é uma das maiores provas da inspiração da Bíblia, principalmente aquelas relacionadas ao Messias. Se estudarmos a vida do Senhor Jesus Cristo, verificamos que as predições ao seu respeito se cumpriram até nos mínimos detalhes, inclusive, aquelas que não dependia mais de sua vontade como homem, tais como: Nenhum dos seus ossos seria quebrado; seria sepultado com os ricos; ressuscitaria ao terceiro dia etc. c) A transformação de vidas - milhares de pessoas que adotam as Sagradas Escrituras como regra de fé e prática tem experimentado uma transformação profunda em seu caráter e conduta, comprovando assim a veracidade da inspiração divina do livro dos livros. Teorias falsas sobre a Inspiração do Cânon Sagrado a) A teoria de que as idéias foram inspiradas e não as palavras - “Essa teoria sustenta que, Deus revelou novas verdades e inspirou idéias divinas nas mentes dos escritores, porém, permitiu-lhes expressar essas idéias em suas próprias palavras, de modo que temos de passar por alto nos erros das palavras e crer somente nas idéias expressas na Bíblia”. “Essa teoria supõe que o Deus infalível entregou sua verdade infalível a homens falíveis para escrevê-la como melhor lhe parecesse, pelo que o Deus que não erra é autor de um livro crivado de erros”. b) Teoria da Inspiração Parcial - Essa teoria pretende dizer que só parte da Bíblia é inspirada e não toda, cabendo ao leitor o juízo sobre o que é inspirado ou não. Essa teoria nos deixaria uma Bíblia autorrelativa e nos daria um conceito deformado de Deus. Em contraposição a isso lemos em II Timóteo 3.16, que toda a Escritura é inspirada por Deus. c) A teoria da Inspiração Ditada (Mecânica) - Essa teoria defende a idéia de que os autores da Bíblia eram meros estenógrafos, escrevendo mecanicamente apenas aquilo que Deus ditava, sem usar o cérebro do escritor. Em linguagem atual, seriaum texto psicografado. Se essa teoria fosse verdade então todo o Cânon Sagrado, em toda a sua extensão não importando o estilo literário dos autores dos livros, teria o mesmo estilo literário e vocabulário, o que não é verdade, pois Deus inspirou os autores humanos e os guardou do erro; não obstante, empregou suas mentes e talentos individuais, pelo que não temos um livro monótono quanto ao estilo, etc., mas vemos as características particulares de cada um dos seus escritores e o Espírito Santo superintendendo tudo para produzir um livro divino, 5 isento de erro ou engano. Longe da pessoa do Espírito Santo anular ou por de lado os talentos naturais dos escritores sacros. Pelo contrário, usou-os para o seu propósito, tal como é sua maneira de agir até hoje em toda obra espiritual. FONTE: http://preudescavalcanti.blogspot.com/2011/07/inspiracao-da-biblia.html 2- Geografia Bíblica A Arca de Noé verdade ou ficção? O filho de Lameque e o neto de Metusalém, Noé, aparece na décima geração depois de Adão. Noé tornou-se o centro de uma das mais conhecidas histórias da Bíblia. Ele e sua família viviam num mundo tão violento e pecador que Deus decidiu que não iria permitir que a raça humana existisse mais naquela época. Mas, no meio de tanta decadência, Noé tinha fé em Deus e vivia de acordo com a vontade de Deus. Tão justo era Noé que Deus lhe revelou seu plano e fez uma promessa de salvar a ele e a sua família. Deus deu um projeto de 120 anos a Noé e disse-lhe para construir uma arca porque iria fazer cair água do céu e inundar toda a terra. Noé fez tudo o que Deus lhe ordenou e com uma idade de 600 anos presenciou tudo acontecer de acordo com o que Deus havia lhe dito. E fez da arca sua casa durante os 40 dias de chuva sobre a terra “...e tudo o que havia fôlego de espírito de vida nos seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu.” Gênesis 7.22. E assim foi até o sétimo mês, e no dia dezessete a arca repousou sobre os Montes de “Ararate”. (Gn 8.4) E foram as águas minguando até o décimo mês. Essa é a história que conhecemos. Mas onde estará a “arca”? Por que ninguém consegue encontrá-la ainda mais hoje em dia num mundo de tantas tecnologias e satélites que podem tirar uma foto em nítida imagem de uma pessoa aqui na terra? Pois o fato é! Realmente estão descobrindo várias evidências desde 1883 que realmente existe uma grande embarcação no monte Ararate na Turquia. Fotos tiradas de satélites, depoimento de pessoas que dizem realmente terem chegado até a arca e evidências como uma pedra que se parece uma âncora. Também amostras da suposta madeira da arca estão sendo analisadas e muitas inscrições em rochas encontradas na região aos redores do monte servem de fatos de que realmente existe uma arca em algum lugar por ali. Em 17 de junho de 1949 uma missão de rotina da Força Aérea Americana fotografou a mais de 4 mil metros de altura algo muito estranho. Os especialistas analisaram as fotos e emitiram um relatório chamado “anomalia do Ararate” e foi mantido em segredo por mais de 50 anos. Mas em 1993 Porcher Taylor um estudante especializado em satélites e diplomacia começou a fazer severas perguntas sobre esses arquivos. Ele acabou descobrindo que junto com as fotos de 1949 também haviam outras fotos tiradas por um U-2 (avião-espião) e fotos de alta resolução tiradas pela CIA em 1973 usando o satélite militar KH-9 e até fotos mais sofisticadas tiradas pela CIA através do satélite KH-11 em 1976/1990/1992. Depois de muitos esforços o serviço de defesa liberou 6 fotos das tiradas em 1949 e não foram suficientes para provar se a anomalia era uma formação rochosa ou algo construído por mãos humanas. As fotos foram tiradas de muito longe e um pouco fora de foco (1949). Mesmo depois de outras tentativas usando um satélite comercial de alta precisão as fotos tiradas no verão de Outubro de 1999 (um dos mais quentes de todos os tempos na Turquia) ainda não davam para terem certeza 6 sobre a anomalia encontrada no monte Ararate. A espessura de gelo é muito profunda e quase impossivel para se obter uma foto nítida daquele lugar. Se a arca existe, por que então eles não conseguem encontrá-la? E por que não se organiza uma grande expedição para desvendar tudo? Primeiro: porque durante quase todo o ano o Ararate é coberto de neve. Segundo: os terroristas curdos atrapalham e atacam expedicionários que se aventuram a subir o monte, aquela é uma região muito conturbada. Nos anos 90, mais de 6 mil pessoas morreram no monte e só existe permissão para subir do lado sul, enquanto a suposta arca está no lado norte. Um geólogo Adventista uma certa vez declarou: Talvez a maior descoberta arqueológica de todos os tempos, a arca de Noé, esteja sendo preservada providencialmente para, no momento certo, ser revelada ao mundo como um monumento, prestando silenciosamente sua homenagem ao Criador e Mantenedor da vida, o mesmo Deus que amorosamente deseja implantar em nosso ser a Sua própria imagem, para que possamos habitar eternamente em Sua companhia. 3- O Pentateuco O calendário Judaico O calendário judaico, diferentemente do gregoriano, é baseado no movimento lunar. Onde cada mês se inicia com a lua nova (quando é possível visualizar o primeiro reflexo de luz sobre a superfície lunar). Antigamente o calendário era determinado simplesmente por observação. O grande problema com o calendário lunar é que se compararmos com o calendário gregoriano, termos em um ano solar 12,4 meses lunares, o que ocorre uma diferença a cada ano de aproximadamente 11 dias, para compensar esta diferença ocasionalmente e acrescentado um mês inteiro. (Adar II) O início da contagem do calendário judaico se refere à criação do mundo. O primeiro mês do calendário judaico é o mês de Nissan, quando temos a comemoração de “Pessach”, a Páscoa. Entretanto, o ano novo judaico ocorre em “Tishrei” (quando é acrescentado um número ao ano anterior). FONTE: http://www.judaismo.com.br/siteantigo/interessante/calendar.htm 7 4- Angeologia A Doutrina dos anjos bons e maus Lúcifer – O início de tudo A concepção que se faz de Lúcifer, Satanás, Satã, etc., da forma como ele é conhecido no Ocidente, chegou até nós de tempos mais antigos da História, através das escrituras do povo judeu, cuja terminologia e imagens sofreram influências das civilizações mais antigas que os circundava. Babilônios - Uma das civilizações foi a dos babilônios – os mitos e simbolismos predominantes na Babilônia influenciaram bastante os textos do povo judeu, e palavras e imagens vinculados aos símbolos babilônios podem ser encontrados no Antigo Testamento. O que encontramos de mais óbvio neste sentido é a imagem de Leviatã , o Dragão ou o monstro: “ Naquele dia, punirá Yaveh (o Senhor), com sua espada dura, grande e forte, Leviatã , serpente veloz, e o dragão serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar”. (Is 27.1) Foi a partir de símbolos como este que nasceram as imagens formadas mais tarde ao redor do conceito de um “Ser Maligno”, o provocador da desordem e do caos. Persas - Outra cultura religiosa dos tempos primitivos, que acabaria por exercer uma poderosa e duradoura influência sobre os autores judeus, foi a dos persas. Foi da Pérsia que surgiu uma teologia inteiramente baseada nas forças oponentes do bem e do mal. O dualismo existente na religião persa, exerceu sobre os judeus uma influência que durou muitos séculos. Zoroastro, ou Zaratustra , tornou-se conhecido na antiguidade como o fundador do sistema de magia, a religião dos magos, que depois acabou sendo aceita como a religião do povo persa-iraniano. No sistema que ele desenvolveu, o princípio do mal era inteiramente separado do princípio divino. Afirmava-se então que tudo tinha uma causa, e, como o bem não podia causar o mal, deduzia-se que o mal tinha que ser um princípio separado. O mundo natural teria surgido do Senhor da Sabedoria, “Ahura-Mazdâ ou Ormazd”, o Ser Espiritualprimordial. Seu espírito orientador, vivia produzindo o bem de maneira constante, mas sofria restrições por parte de seu próprio irmão gêmeo, o espírito do mal, Arimã. A essência de Arimã era a falsidade, enquanto a de Ormazd era a verdade. Foi esta concepção do conflito eterno, elemento que dava o significado central à própria religião, que teve efeito tão profundo sobre as doutrinas dos tempos posteriores. E Arimã, o grande enganador, que foi expulso do “Paraíso” e lançado no “Inferno”, tem um parentesco bastante claro com a concepção judaica do Inimigo (Satan), o arque enganador. Egípcios - Apesar de aparecer na mitologia de tantas das primitivas civilizações, o princípio sobre a existência de uma força do mal no Universo, a qual está sempre em luta contra o bem, os mais antigos textos religiosos conhecidos referentes a essas civilizações, em geral mostram uma concepção diferente do bem e do mal. Segundo tais narrativas, tudo surge a partir das mãos do Senhor e Criador Supremo, e assim, tanto o que nós parece ser bom como aquilo que para nós tem a aparência de mau, seria mandado por Ele. Os deuses do Egito antigo tinham esta mesma ambivalência. Todos comungavam da majestade de um Deus Supremo, que distribuía tanto o bem como o mal, sendo portanto o autor de todas as coisas. Em sua mitologia primitiva, o deus Seth identificava-se com a destruição, com a morte do Sol, através do assassinato de Osíris. Mas ao mesmo tempo, era também venerado como um grande e poderoso deus criador. Mas depois, nos mitos do Egito, em tempos posteriores, a história de Seth foi simplificada, de modo que ele se tornou apenas um ser cheio de maldade e hostil a todos os homens. Na verdade, ele acabou se transformando em uma personificação da maldade. E esta concepção 8 pode ter servido também como inspiração para idéias bíblicas posteriores a respeito do “Inimigo”, por intermédio da influência do Egito sobre o povo judeu. Hindus - A ausência de um princípio do mal único é vista mais especialmente no hinduismo, que sempre foi e continua sendo uma religião bastante metafísica. Não devemos nos esquecer de que se trata de uma religião muito antiga, talvez a mais antiga de todas as religiões conhecidas. Apesar de seu enorme panteão de deuses, o hinduismo interpreta suas divindades como manifestações de um Deus Único, atribuindo a elas poderes tanto de destruição como de criação, tanto de morte como de vida. A maior parte da mitologia hindu, como acontece em muitas outras mitologias, gira em torno de uma batalha cósmica, e de um combate espiritual entre luz e trevas. Mas apesar disso, não existe a imagem de uma figura sobre a qual estaria o “ponto focal do mal”. Kali, a deusa da morte que tudo devora, representa o anverso da deusa mãe que alimenta todos os seres vivos. Mas na mitologia hindu, ela está bem longe do que poderíamos considerar como uma concepção do Diabo. Não se manifesta ali qualquer tendência ao dualismo. Budismo - No Budismo que teve seu começo no sexto século a.C. , o Ser Maligno é mostrado antes de mais nada, como tentador. Segundo alguns dos textos que narram episódios da vida de Buda, Mara o grande tentador, teria aparecido a ele no céu e tentado evitar que ele renunciasse à vida mundana e de se tornar um andarilho. As palavras de Mara não tiveram efeito algum, mas a história acrescenta que, do mesmo modo que uma sombra segue o corpo, ele também, a partir daquele dia, sempre seguiu o Abençoado, fazendo tudo que era possível para lançar obstáculos em seu caminho na busca da condição da perfeição. Mara também é chamado de Varsavati, “aquele que satisfaz os desejos” . Porque o desejo ou a sede pelo prazer, pelo poder e até mesmo pela existência terrena, vincula os seres humanos à roda da vida que gira eternamente (princípio da reencarnação), impedindo a liberação do verdadeiro ser, ou Nirvana. Hebreus - A idéia de um Deus Único e Supremo também era o centro de toda fé judaica, e serviu inclusive para diferenciar a primitiva religião hebraica, das religiões de todos os povos vizinhos que contavam com inúmeros deuses tribais. Nas mais antigas escrituras judaicas, Yaveh aparecia como o Senhor do Universo, e tudo o que acontecia, tanto de bom como de mau, era causado por Ele. Em Isaias (45.7) escrito no sexto século a.C., Deus diz: “ Eu formo a luz e crio as trevas, asseguro o bem estar e crio a desgraça: sim eu Yaveh, faço tudo isto”. Mais tarde, começou a surgir o sentimento de que Deus, o autor de todo o bem, não deveria ser escrito como a causa do mal; era preciso encontrar uma causa separada. A religião persa, com a qual os judeus entraram em contato durante o exílio na Babilônia, foi uma clara influência que se manifestou por trás deste tipo de pensamento. O mal era visto cada vez mais como sendo causado por um inimigo que se opunha a Deus e ao homem, o adversário, que na verdade é o significado preciso da palavra hebraica Satan. Nos livros apocalípticos dos séculos imediatamente precedentes à era cristã, os nomes dados ao “Inimigo” já começavam a ser combinados. Pela primeira vez na literatura, a serpente do Livro do Gênesis identificava-se com Satanás, O Diabo. A própria palavra “Diabo” deriva do grego "diabolos", que significa o acusador ou agressor. Entre os anos 285 e 247 a.C., quando o Antigo Testamento foi traduzido para a versão grega conhecida como “Os Setenta”, “diabolôs” foi a palavra usada para a tradução do vocábulo hebraico Satan. No Livro de Jó, Satan aparece como acusador e tentador do homem, mas ainda é visto como um “súdito” do Soberano. Ele apresenta-se diante da corte celestial e age conforme as instruções do Senhor. No Livro de Samuel, compilado no décimo século a.C. , está escrito que o Senhor tentou Samuel. Mas no primeiro Livro de Crônicas (21.1), um texto bem posterior do Antigo Testamento, é Satan quem tenta Davi para que desobedeça a Lei e seja 9 alvo da ira de Deus. Segundo esta interpretação, o perigo passava a vir por meio do Inimigo (Satan), e não mais através do próprio Deus. Baal Zebub foi outro nome usado para a mesma figura de Satanás no período apocalíptico das escrituras hebraicas. O nome Baal Zebub é mencionado apenas no Antigo Testamento. Em II Reis 1, o rei de Israel manda mensageiros para perguntar a Baal Zebub, o deus de Ecrom, se ele se recuperaria de sua enfermidade. O anjo do Senhor diz a Elias que vá ao encontro dos mensageiros do rei e lhes diga : “Porventura não há um Deus em Israel, para irdes consultar Ball Zebub, rei de Ecrom? Por isso… com certeza morrereis”. Ball, isto é, “senhor”, era o título dado a uma divindade local: “zebub” significa moscas. Portanto, Ball Zebub poderia representar o Ball para quem as moscas são sagradas, o Senhor das Moscas. Hoje se sabe que a divinização por intermédio das moscas era praticada na Babilônia. Em algumas versões do Antigo Testamento, é encontrado o nome “Bellzebu”. A palavra zebul aparece no Livro dos Reis, significando altura: belth-zebul é a casa elevada, ou templo, de modo que Beelzebu poderia significar o Senhor da Casa Elevada. Em Mateus 10.25 lemos : “Se chamaram Beelzebu ao chefe da casa, quanto mais chamarão assim aos seus familiares”. Mas independente da grafia de Ball Zebub ou Bellzebu, nada se sabe quanto a maneira ou ao momento preciso em que este deus pagão em particular, teria passado a ser visto como o príncipe dos demônios (Mc 3.22), apesar de ser coisa comum para os judeus dos tempos do Antigo Testamento encararem os deuses pagãos de seus vizinhos, como representação do Ser Maligno. Apócrifos da Bíblia – Pelo o que sabemos hoje, a história de como Satanás foi expulso do Paraíso, teria tido a sua origem nos livros judeus apócrifos. Tratam-se de textos que circulavam entre os judeus durante os séculos imediatamente anteriores e posteriores ao início da era cristã. O mais importante de todos estes era o Livro de Enoque. Na verdade o Livro de Enoque era uma coletânea de diversasobras literárias, que apareciam todas sob o nome de Enoque, mas que teriam sido escritas por diferentes autores. Tudo indica que o livro era bastante conhecido até o século VIII. A história da queda dos anjos não é propriamente uma doutrina das escrituras, já que nunca fez parte do organismo ortodoxo dos textos do Antigo Testamento. No entanto, acabaria tornando-se a base principal dos ensinamentos posteriores sobre Satanás e sobre o seu lugar em nosso mundo. Segundo o mito apócrifo, a história dos anjos teria sido revelada a Enoque. Em uma visão, ter-lhe-ia sido mostrado como um grupo de anjos, encorajados por seu líder, teria descido da corte celestial para a Terra. Em nosso mundo, eles teriam “desejado as filhas dos homens” e rejeitado o Paraíso, tornando-se, após sua queda, seres maus, os Anjos Sentinelas, que teriam produzido uma raça de gigantes em sua união com as “filhas dos homens”. Esta parte da história tem bastante semelhança com o capítulo 6 do Livro do Gênesis. Os Sentinelas teriam ensinado aos homens muitas artes e ciências, mas também o vício. Seus descendentes espalharam a iniquidade sobre a Terra até o dia em que Deus teria decidido provocar o Dilúvio, como forma de punição contra os pecaminosos seres humanos, condenando os anjos a viver nos lugares mais escuros da Terra, até o dia do Juízo Final. Mas os gigantes teriam produzido seus próprios descendentes, espíritos maus que teriam permanecido sobre a Terra, continuando a liderar os homens pelos caminhos do mal. O outro livro, que trata dos Segredos de Enoque e que foi provavelmente escrito no Egito no princípio da era cristã, fala da viagem de Enoque através das diferentes cortes do Paraíso. A ele são mostrados os Grigori na prisão. Estes eram anjos rebeldes que, juntamente com seu príncipe, chamado Satanael, tinham rejeitado o Senhor Deus. No Livro dos Doze Patriarcas, um de outros livros apócrifos, o chefe dos anjos caídos tem o nome de Belial. Ele é o principal antagonista de Deus, e 10 compete em busca da lealdade dos homens. O livro apocalíptico dos Jubileus afirma que os Sentinelas vieram para Terra e depois pecaram, mas que seu príncipe, Samaael, teria tido a permissão de Yaveh para atormentar a humanidade. Conclusão - Ao poucos, os diversos nomes usados para descrever o líder dos anjos rebeldes acabaram se combinando no nome de um único ser espiritual, que personificava a origem e a essência de todo o mal. Satan (Satã), o adversário, tornou-se o mais importante e o mais usado de todos os nomes dados a este Ser. FONTE: http://anjo_lucifer.sites.uol.com.br/historia.html 5- Livros Históricos Os cronistas A composição da obra cronista (datado de 300 a.C. ou 400 a.C., 150 anos depois da história deuternomista) cobre o espaço de tempo que vai de Adão até a restauração pós-exílica, que ocorre com Esdras e Neemias. Quando consideramos a obra cronista pensamos em 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias. Há aqui alguns problemas: a passagem de crônicas para Esdras possui uma defasagem histórica. Omite-se o período do Exílio babilônico. Nesse caso, os estudiosos não consideram, historicamente, a obra cronista como uma obra bem construída. A história cronista é uma nova versão da história de Israel. Em boa parte, é continuação da história deuternomista. O cronista faz uma releitura da história de Israel. Por isso encontramos histórias semelhantes, que já se vê nos livros deuteronomistas. Só que o cronista não conta a história dos reis do Norte. Há uma supressão dos concidadãos de Jeroboão. Há dois grandes momentos da história de Israel na literatura cronista: a monarquia e a restauração. O Exílio, como se percebe, é ignorado. A restauração está na obra de Esdras e Neemias. A monarquia temos-nos outros livros (1 e 2 Crônicas). O texto de Crônicas começa dizendo “Adão” (I Cr 1-9) e citando outros nomes. A essa parte chamamos genealogia. A idéia é escrever um texto desde a criação até a geração do cronista. A partir do capítulo 10 fala-se do “primeiro rei de Israel”. O autor ignora a época dos juízes. O escritor faz isso porque seu objetivo é mostrar o lugar e a importância da monarquia e usar esse momento como pedra principal da Reforma. Quando se fala de monarquia, o interesse do escritor é mencionar Davi e Salomão, Davi é a peça chave na composição do ideal monárquico. Se no deuteronomista Davi está por causa de Josias, aqui temos Davi como suporte da Reconstrução, que ocorrerá posteriormente. No capítulo 11 de crônicas temos a história de David. Na verdade, o cronista faz uma releitura de um texto que já conhece. Para o cronista o templo é uma obra iniciada por Davi. Todo o livro do I Crônicas faz uma releitura dos livros de Samuel. O que é comum porque o ponto de referência do escritor é o templo e sua opção política é, como percebe se, pela monarquia. O II Crônicas é uma divisão posterior. Ali se fala da construção do templo (na teologia cronista o templo começa a funcionar antes de sua construção). O capítulo 10 de II Crônicas fala do cisma político. Só nesse momento temos menção ao pecado de Jeroboão. Nos próximos capítulos são mencionados os reis de Judá. Só se mencionam os reios do norte quando se fala de pecado. Em II Crônicas predomina uma releitura dos livros dos reis. Termina as crônicas falando de Josias e sua reforma (II Cr 34,35,36). Os versículos finais dos últimos capítulos de II Crônicas temos uma tentativa de dar continuidade ao livro seguinte, Esdras (aliás, 11 os mesmos versículos também estão no início deste livro). O núcleo da teologia cronista encontra-se em II Crônicas 12.4-12. Ela é marcada pela teologia da aliança. Encontramos em Crônicas as expressões “Aliança de Sal”, “Reino de Deus”, “Bezerros de outro”, “Candelabro de ouro” que designam a atuação ou castigo divinos. O texto que citamos mostra a legitimação da dinastia davídica (O Senhor deu a Davi para sempre o reino de Israel), mostra que em Jeroboão, todas as tribos do norte caíram em apostasia (pecado), além disso, há uma legitimação de Judá como tribo escolhida por Deus. Do ponto de vista político, isso é muito perigoso. O cisma, para o cronista, significa uma rebelião contra Deus e Jeroboão é o culpado. Outro ponto importante da leitura é o conflito entre Judá e samaritanos, muito comum depois do Exílio. Some-se a isso a doutrina do cronista sobre a retribuição: quem pratica o bem (Davi, por exemplo) tem as bênçãos divinas; que faz o mal (Jeroboão) ganha a maldição. Como vimos, nesse texto temos o maior grau de concentração da teologia cronista. A deportação dos israelenses ocorreu em 586 a.C (II Cr 36. 21). O livro de Crônicas, dando um salto histórico, já fala do decreto de Ciro (I Cr 36.22) que envia o povo ao Exílio. Esdras é o único livro que conta a restauração. Do capítulo 1 ao 6 fala-se somente do Templo. O livro não fala de oposições nem perseguições. É um livro mais pacífico, típico do período Persa. Tudo acontecia dentro dos padrões da lei. Tudo acontece em nome de Deus, do rei não há rebeldia. Só obediência. É nesse clima que a reforma se configura no pós-exílio. De toda a obra cronista, a mais importante é o capítulo 8 de Neemias. Nele temos a leitura da Lei. O grande referencial, o divisor de águas de uma nova etapa. A religião de Israel passará a ser marcada pelo livro. A partir daí teremos a autonomia completa do judaísmo: com liturgia da Palavra, o exercício da exegese, da cultura. A religião sacerdotal perde espaço para a religião pública. A Escritora será o único instrumento capaz de levar Israel a compreender o verdadeiro sentido da Palavra de Deus. A Torá será o grande patrimônio de Israel. FONTE: http://www.sivalsoares.net/livros-hist%F3ricos.php 6- Livros Poéticos e Proféticos A poesia Hebraica O Livro dos Salmos é o maior e talvez o mais amplamente usado livro da Bíblia. Ele explora o mais profundo da experiência humana de uma forma muito pessoal e prática. Seus 150 “cânticos” permeiamda Criação aos períodos patriarcal, teocrático, monárquico, exílico e pós-exílico. A tremenda amplitude do tema nos Salmos inclui diversos tópicos, tais como júbilo, guerra, paz, culto, juízo, profecia messiânica, louvor e lamentação. Os Salmos eram entoados como o acompanhamento de instrumentos de corda e serviram como hinário do templo e guia devocional para o povo judeu. O Livro dos Salmos foi gradualmente colecionado e originalmente intitulado, talvez devido à grande variedade de material. Ele veio a ser conhecido como “Sepher Tehillim”, Livro dos Louvores, em virtude de quase todo salmo conter alguma nota de louvor a Deus. A Septuaginta (LXX) usa a palavra grega “Psalmoi” como título para este livro, significando poemas entoados com acompanhamento de instrumentos musicais. Ele também é chamado “Psalterium” (coleção de cânticos), e esta palavra é a base para o termo “Saltério”. 12 O título latino é “Liber Psalmorum”, Livro de Salmos. A literatura que abrange o Livro dos Salmos é extensa, mas cabe aqui apresentar algumas referências. Em português temos os comentários de Agostinho publicados pela Editora Paulus, em dois volumes, a partir do original em latim. Martinho Lutero tem seus comentários publicados pela editora Sinodal. Calvino está sendo traduzido pela editora Paraclétos, a partir da excelente edição inglesa, porém com referências as versões francesa e latina. Além, é claro, da erudição moderna. Uma apreciação dos princípios e da estrutura da poesia hebraica é essencial para a compreensão apropriada dos Salmos e sua interpretação. Também se torna necessária para perceber que aquilo que o Ocidente consagrou como poesia tem pouca semelhança com aquilo que os hebreus entendiam com o vocábulo. A poesia hebraica teve grande popularidade em todo o antigo Oriente Próximo. Numerosos exemplos desse gênero literário chegaram até nós de Canaã (cujos músicos e cantores tinham fama internacional) bem como do Egito e da Mesopotâmia. É evidente a contribuição que, nesse sentido, Israel deu ao mundo cultural do seu tempo. Na poesia hebraica não existe a rima, e é exato falar em ritmo do que em métrica na poesia hebraica. Sua característica mais importante é a repetição de idéias, denominada de Paralelismo. Uma idéia é afirmada e, logo em seguida, é novamente expressa com palavras diferentes, sendo que os conceitos das duas linhas se eqüivalem de forma aproximada. Foi Robert Lowth, professor de poesia em Oxford, Inglaterra, quem primeiro chamou a atenção para o princípio fundamental da poesia hebraica. Em seu tratato, De Sacra Poesi Hebraeorum: Praelectiones Academicae de 1753. Os tipos de Paralelismo foram classificados por Lowth em três categorias: Sinomínico: consiste em expressar duas vezes a mesma idéia com palavras diferentes, como em Sl 113.7. “Ele levanta do pó o necessitado E ergue do lixo o pobre”. Antitético: é formado pela oposição ou pelo contraste entre duas idéias ou imagens poéticas, como em Sl 37.21. “Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, Mas os justos dão com generosidade”. Sintético: aqui as duas linhas do verso não dizem a mesma coisa, mas antes, a declaração da primeira linha serve como base sobre a qual a segunda declaração se fundamenta. A relação é a de causa e efeito, como em Sl 19.7-8. “A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, E tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos”. Outra característica da poesia hebraica para a qual devemos chamar a atenção é o emprego do arranjo acróstico ou alfabético. Existem nove salmos acrósticos no saltério. São eles: 9-10, 25, 34, 37, 111-112, 119 e 145. Neste tipo de composição, as linhas ou estrofes iniciam cada uma, com letras em ordem alfabética. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxiliaria na memorização e no ensino. Isto também pode sugerir-se que o assunto foi tratado de forma completa. FONTE: http://www.monergismo.com/textos/comentarios/exegese_%20da_poesia_hebraic a.pdf 13 7- Doutrina de Deus Conhecendo a pessoa de Deus Entendendo a Trindade Talvez o conceito mais difícil para explicar do cristianismo é o mistério da Trindade. Como nosso Deus pode existir em três pessoas separadas e distintas: Pai, Filho, e Espírito Santo, ainda serem um Deus? Se os cristãos acham difícil entender esta possibilidade, imagine o problema que isto apresenta para as pessoas de outras religiões. Os muçulmanos, em particular, não podem entender como os cristãos podem professar acreditar que há só um Deus e ainda adorá-lo como três seres individuais. Eles afirmam que o cristianismo não é monoteísta, mas politeísta. Nossa crença na Trindade pode ser explicada em de forma compreensível? Talvez possa! A Bíblia nos fala em Gênesis 1.1 que no princípio, foi Deus que criou o céu e a Terra. Isto só pode significar que antes desta época de criação, só existiu Deus. Nada do qual nosso Universo é incluído existia antes desse tempo de existência. Ele foi o responsável pela criação. Lemos também em Isaías 43.10 que só há um Deus: “antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. Os anjos que servem a Deus são seres criados, e não eram preexistentes. Isto é evidente de Ezequiel 28.15 onde Deus está falando sobre Satanás: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti”. Considerando que Satanás e os outros seres divinos foram criados por Deus, é evidente que uma vez só Deus existiu. Estes seres criados não são divindades, e não são parte da Divindade. Seu poder vem de Deus e o que eles podem e não podem fazer é estritamente dado pela permissão de Deus e por Sua autoridade suprema. Mas e as outras duas pessoas da Trindade? Há qualquer evidência bíblica que elas preexistiram antes da criação? Ninguém discorda, é claro, que Deus Pai é verdadeiramente Deus, mas o mistério da Trindade também inclui Deus Filho e Deus Espírito Santo. Eles também eram preexistentes antes da criação? João 1.1 nos fala: ”No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Não há dúvida sobre quem João estava falando, pois em João 1.14 ele diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”. O Verbo era Jesus Cristo, o Filho de Deus. O Filho estava presenta na criação? João 1.3 nos diz que Ele estava: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. Jesus, o Filho de Deus, estava presente na criação, então Ele era preexistente com Deus antes da criação. A terceira pessoa da Trindade também estava presente na criação, pois em Gênesis 1.2 lemos: “E o espírito de Deus movia-se sobre a face das águas”. O Espírito Santo, então, também era preexistente antes da criação, e também é divino. Através do testemunho bíblico podemos estabeler que todas as três pessoas da Trindade estavam presentes na criação, e eram preexistentes. Como só Deus era preexistente, então segue-se que todos os três são realmente Deus. Jesus pediu para que os discípulos que batizassem os fiéis no nome de todas as três pessoas da Trindade. Em Mateus 28.19 Ele os instruiu: “Ide e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Como Deus disse claramente que Ele não compartilhará Sua glória com qualquer um, está claro que todas as três pessoas da Trindade são um, a Divindade. 14 O mistério da Trindade, o conceito que Deus pode ser um, existente em três pessoas separadas e distintas está além da compreensão de nossas mentes limitadas, mortais. Nós, que somos limitados a entender somente o que nossa existência terrestre nos permite experimentar pessoalmente, não podemos facilmente entender esta possibilidade. Muitas vezes me pediram para tentar explicar o mistério da Trindade por pessoas que ou não puderam entendâ-la, ou por causa desua natureza complicada e ambígua recusaram-se a aceitá-la. Eu tentei fazer o melhor que pude, mostrando que embora todas as três pessoas da Trindade compartilharam os atributos de Deus, Deus Pai exemplificava santidade da Divindade, Jesus demonstrava a personalidade de Deus, enquanto o Espírito Santo manifestava o poder do Todo-poderoso. Para alguns isto pode ter servido como uma explicação satisfatória, mas eu sabia que para outros não. Claro que havia muito mais para ser dito sobre Trindade, muito mais, que minhas poucas palavras poderiam explicar, mas eu estava impossibilitado de explicá-la mais adequadamente. Então um dia, quando eu estava andando pela praia, fui pego de repente por algo maravilhosamente semelhante, algo que poderia fazer os outros entenderem de uma forma nunca dantes entendida. Quando você está na praia, até onde seus olhos podem ver, há o poderoso oceano. É uma entidade de poder enorme, às vezes parado e clamo como uma piscina tropical e às vezes bravio e furioso para esmagar aqueles que nele se enveredam. Observe bem e veja as ondas subindo para perto da praia. A onda ganha impulso à medida que se aproxima da praia, permanecendo uma parte do mar de onde tem a vida. Então, depois de se chocar na orla, volta ao mar da qual veio. A onda tem sua própria identidade, mas nunca está separada do mar. Da mesma maneira que Jesus veio do Pai e voltou ao Pai, Ele teve, e ainda tem, uma identidade própria. A onda nunca está separada do mar, da mesma maneira que Jesus nunca esteve separado do Pai. Da mesma maneira que a onda exemplifica a personalidade do mar, Jesus é a personalidade de Deus Pai. Se você viu uma onda, então você deve ter visto o mar. Se você viu Jesus, você também viu o Pai. Quando você está na praia, você se dá conta de outra parte do mar. O ar salgado que o vigora também é uma parte integrante do mar. Também, tem uma existência separada do mar, mas é parte dele. Penetra em todos lugares adentro de milhas do litoral. À medida que você se aproxima a praia, percebe que este é o sinal que o mar não está longe. De fato, é o mar, alcançando você pelo ar. Isto é exatamente o que o Espírito Santo faz. Da mesma maneira que o ar salgado atrai os homens ao mar, o Espírito Santo atrai os homens para o Pai por Jesus Cristo. O Espírito, embora tendo uma existência separada, não está separado da Divindade. Eu usei este simples exemplo durante vários anos. As pessoas parecem poder entender melhor o conceito da Trindade pela relação paralela do mar, onda e ar salgado que representam o Pai, Filho, e o Espírito Santo que por quaisquer de minhas tentativas anteriores para explicá-la. As crianças são as mais rápidas em captar o significado desta “parábola” para o mistério da Trindade. Suponho que nós adultos mais velhos e mais sofisticados não deveríamos estar totalmente surpresos. Afinal de contas, a Bíblia nos fala que “um pequenino os guiará”. FONTE: http://logoshp.6te.net/trinexpli.htm 15 8- Evangelhos e Atos Atos: Dos Apóstolos ou do Espírito Santo? Escolher o título que melhor representasse o livro de Atos sempre foi motivo de muita discussão na história da Igreja. Atos, como todos os livros do Novo Testamento, não dispunha de um título original. Qualquer título posterior seria um acréscimo não inspirado, portanto, sujeito a questionamentos. Desse modo, qual seria o título mais apropriado? Atos dos Apóstolos (nome que tradicionalmente acompanha nossa Bíblia), Atos do Espírito Santo ou simplesmente Atos? Para cada uma dessas opções temos defensores e opositores. O título Atos dos Apóstolos é o tradicional, portanto, o mais comum e aceito pela maioria dos cristãos. Ele foi adicionado à Bíblia por volta do século II, sendo apoiado pelos principais doutores da Igreja Primitiva como Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano. Entretanto, o título em questão apresenta uma irregularidade: Dos doze apóstolos registrados no capítulo 1, Lucas relata somente o ministério de Pedro. É verdade que João acompanha Pedro ao templo “para a oração da hora nona” (At 3.1) e em Samaria (At 8.14), mas Lucas não menciona nenhuma fala ou atos específicos de João. Tiago, o irmão de João, é citado, além de Atos 1.13, somente em 12.2 por ocasião de sua morte. Paulo, que aparece pela primeira vez no capítulo 8, vai ocupar cerca da metade do segundo livro de Lucas. Obviamente, o título Atos dos Apóstolos é amplo demais para os propósitos de seu autor. O segundo título sugerido, isto é, Atos do Espírito Santo, tem recebido, nas últimas décadas, a preferência dos vários segmentos da igreja evangélica, especialmente por parte das igrejas neo-pentecostais e carismáticas. A ênfase atual na pessoa do Espírito Santo tem contribuído positivamente para a aceitação desse título até mesmo pelas igrejas históricas. Mas nem todos estão dispostos a aceitar o título Atos do Espírito Santo como sugestão ao segundo livro de Lucas. Simon J. Kistemaker, por exemplo, rejeita-o com o seguinte argumento: “Não obstante a ênfase de Lucas no derramamento do Espírito Santo em Jerusalém (2.1-4), Samaria (8.17), Cesaréia (10.44-46) e Éfeso (19.6), o conteúdo do livro é muito mais amplo que o título (Atos do Espírito Santo) propõe cobrir”. A menos que estejamos enganados, o argumento de Kistemaker para descartar o título Atos do Espírito Santo está na verdade favorecendo-o. A obra do Espírito Santo em Atos não está limitada apenas àqueles eventos que ele menciona. Para se ter uma ideia, somente o nome completo “Espírito Santo” é empregado por Lucas pelo menos onze vezes em seu Evangelho e quarenta e três vezes em Atos! O próprio Kistemaker faz comentários excelentes das passagens pneumatológicas de Atos que ele não menciona no argumento acima. Diz ele ainda que uma vez que em Atos Jesus continua a sua obra (At 1.1). A ênfase, então, não recai tanto sobre o Espírito mas antes no que Jesus está realizando na igreja em Jerusalém, Samaria, Ásia Menor, Grécia e Itália. Correto, porém, não devemos esquecer (sem diminuirmos de forma alguma o valor e a importância da pessoa e obra de Cristo) que no segundo livro de Lucas os atos do Senhor Jesus são realizados pelo Espírito Santo (o Espírito de Jesus como Lucas o denomina em Atos 16.7), conforme o Mestre havia, em algumas ocasiões, prometido a seus discípulos (At 1.4; Lc 24.49). O livro de Atos é um tratado acerca da origem e expansão da igreja neotestamentária sob o comando do Espírito Santo, que por sua vez utilizou 16 homens e mulheres como instrumentos de propagação do evangelho de Jesus Cristo. Por último, a opção em designar o livro simplesmente como Atos evita, de certo modo, as objeções levantadas contra todos os nomes propostos para o segundo livro de Lucas, além de preservar a palavra que a maioria dos títulos carrega. Contudo, apesar de parecer atraente pela sua brevidade, Atos é um título deveras vago e sem sentido. FONTE:http://prjosivaldo.blogspot.com/2010/06/atos-dos-apostolos-ou-do- espirito-santo_21.html 9- Cristologia e Pneumatologia O estudo da pessoa de Cristo e do Espírito Santo As Duas Naturezas de Cristo “As escrituras representam claramente Jesus Cristo tendo sido possuído de uma natureza divina e de uma natureza humana, cada qual inalterada em essência…”. Cristo fala uniformemente a si mesmo e fala-se dele como uma só pessoa. Não há nenhum intercâmbio de “eu” e “tu” entre as naturezas divina e humana como as achamos entre as pessoas da Trindade (Jo 17.23). “Cristo nunca usa o plural em referência a si mesmo, a não ser em João 3.11 – “nós falamos do que sabemos”, e mesmo aqui o “nós” é mais provavelmente usado como incluindo os discípulos”. Os atributos e poderes de ambas as naturezas são aplicáveis a Cristo e reciprocamente as obras e dignidades de Cristo são aplicáveis a quaisquer das naturezas, de modo inexplicável, a não ser como base no princípio de que estas duas naturezas são orgânica e indissoluvelmente unidas emuma só pessoa (exemplos daquele uso estão em Rm 1.3 e I Pe 3.28; e deste em I Tm 2.5 e Hb 1.2,3). Por isso podemos dizer, por um lado, que o Deus-homem existiu antes de Abraão, contudo, nasceu no reino de César Augusto e que Jesus Cristo chorou, cansou-se, sofreu, morreu, contudo, é o mesmo ontem, hoje e eternamente; por outro lado, podemos dizer que um Salvador divino nos redimiu em uma cruz e que o Cristo humano está presente com o seu povo até o fim do mundo (Ef 1.23; 4.10; Mt 28.20)”. As constantes representações escriturísticas sobre o infinito valor da expiação de Cristo e da união da raça humana com deus que têm sido asseguradas nele só são inteligíveis quando Cristo é considerado, não como um homem de Deus, mas como um Deus-homem, em quem as duas naturezas são de tal modo unidas que o que cada uma faz tem o valor de ambas. “A escritura claramente ensina que aquele que nasceu de Maria era totalmente o Filho de deus assim como o Filho do homem (Lc 1.35), e que, no ato da encarnação, Jesus se tornou Deus-homem e não na sua ressurreição (Fp 2.7)”. Em Lucas 1.35 – o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus; e Filipenses 2.7 – esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de serviço, fazendo-se semelhante aos homens, temos a evidência de que Cristo foi tanto Filho de Deus como Filho do homem desde o começo da vida terrena. Cristo não tem duas consciências e duas vontades, mas uma só consciência e uma só vontade. “Esta consciência e vontade, contudo, nunca é simplesmente humana, mas é sempre teantrópica, atividade de uma pessoalidade eu une em si a humana e a divina (Mc 13.32; Lc 22.42)”. 17 O pai e a mãe humanos são pessoas distintas e cada um dá aos seus filhos algo da sua própria natureza peculiar, contudo, o resultado não são duas pessoas no filho, mas uma pessoa com uma consciência e uma vontade. Assim a Paternidade de Deus e a maternidade de Maria não produziram uma dupla pessoalidade em Cristo, mas só uma. A união das naturezas divina e humana torna esta possuída dos poderes pertencentes àquela, em outras palavras, os atributos da natureza divina são outorgados à humana sem passar por sobre sua essência, de modo que o Cristo humano, mesmo na terra, tinha poder para ser, conhecer e agir como Deus. Que este poder era latente, ou raramente manifesto, era o resultado do estado de auto-escolha da humilhação na qual o Deus-homem entrou. Neste estado de humilhação, a comunicação do conteúdo da sua natureza divina com a humana foi mediada pelo espírito Santo. O Deus-homem, em sua forma de servo, conhecia, ensinava e fazia só o que o Espírito santo permitia e dirigia (Mt 3.16; Jo 3.34; At 1.2; 10.38. Hb 9.14). Mas quando havia permissão, ele conhecia, ensinava e fazia não como os profetas, pelo poder comunicado de fora, mas em virtude de sua própria energia (Mt 17.2; Mc 5.41; Lc 5.20.21; 6.19; Jo 2.11. 24,25; 3.13; 20.19). A união da humanidade com a divindade na pessoa de Cristo é indissolúvel e eterna. Diferentemente dos avatares do Oriente, a encarnação foi a admissão da natureza humana pela segunda pessoa da Trindade. Na ascenção de Cristo, a humanidade glorificada atingiu o trono do universo. Por seu espírito, este mesmo Salvador divino-humano é onipresente para assegurar o progresso do seu reino. A sujeição final do Filho ao Pai, mencionada em I Co 15.28, não pode ser outra senão o completo retorno do Filho à sua relação original com o Pai, visto que, segundo João 17.5, Cristo deve novamente possuir a glória que tinha com o Pai antes que o mundo existisse (Hb 1.8; 7.24,25). Nossa investigação da Escritura, ensinando a respeito da pessoa de Cristo leva-nos a três importantes conclusões: a. Que a divindade e humanidade, o infinito e o finito, nele não são mutuamente exclusivos; b. Que a humanidade em Cristo difere da sua divindade não meramente em grau, mas em gênero; c. Esta diferença em gênero é diferença entre o infinito original e o finito derivativo, de modo que Cristo é a fonte da vida, tanto física como espiritual, para todos os homens. Dito isto, podemos dizer que Maria gerou a natureza divina de Cristo? Não. O Verbo eterno se fez carne o ventre de Maria. Já era eterno, já era divino, já era Deus (João 1.1,2,3,14). No mistério de Sua encarnação, Ele se fez Deus-homem. Portanto, Maria não é “Mãe de Deus”. O Santo foi gerado no seu ventre de forma sobrenatural, e o sobrenatural ao pode ser explicado pela lógica humana. FONTE: http://www.ebdweb.com.br/2008/01/13/as-duas-naturezas-de-cristo-2/ 18 10- Escritos Apostólicos A literatura epistolar do Novo Testamento Vinte e um dos vinte e sete livros que formam o Novo Testamento pertencem ao gênero epistolar.São cartas escritas com a finalidade de dirigir, aconselhar e instruir nos seus primeiros desenvolvimentos as igrejas recém-formadas ou para ajudar os responsáveis por pastoreá-las e administrá-las. No livro de Atos dos Apóstolos, se relata como a fé cristã começou a propagar-se pela Palestina, Ásia Menor e diversos pontos da Grécia, nos anos que se seguiram à ascensão do Senhor. A rapidez dessa expansão veio, muito cedo, revelar que o trabalho missionário não se reduzia a promover pequenos grupos de crentes em diversos lugares, mas exigia, também, manter com as novas comunidades um relacionamento vital que contribuísse para edificá-las espiritualmente e para orientar a sua conduta de acordo com os preceitos da sua fé em Cristo. Como conseqüência de tal necessidade, o anúncio do evangelho, basicamente oral no princípio, teve de ser suplementado não muito tempo depois pela comunicação por carta. Isso tornou possível aos pregadores continuar o seu labor de extensão missionária sem por isso abandonar a atenção às igrejas já estabelecidas. As epístolas, como os demais livros do Novo Testamento, estão escritas em grego, o que não significa que o estilo literário epistolar estivesse especialmente difundido no mundo grego da época. Mas era um estilo muito difundido entre os romanos, que fizeram uso normal do correio como instrumento idôneo para vincular a metrópole com as legações políticas e militares de serviços nas províncias do Império.De acordo com certas características comuns, podemos agrupar as epístolas do Novo Testamento do seguinte modo: 1. Epístolas paulinas (13): a)Primeiras epístolas: I Tessalonicenses e II Tessalonicenses (alguns a consideram posterior). b)Grandes epístolas: Romanos, I Coríntios, II Coríntios e Gálatas. c)Epístolas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. d) Epístolas pastorais: I Timóteo, II Timóteo e Tito. 2. Epístola aos Hebreus (1) 3. Epístolas universais (7): Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, II João e Judas. O título que recebe cada grupo está inspirado no tema ou propósito geral das cartas que o integram ou nas circunstâncias que rodearam a sua redação. Alguns dos títulos se explicam por si mesmos e não precisam de maiores comentários porém, nos seguintes casos, convém fazer algum esclarecimento: Primeiras epístolas: É uma epígrafe que faz referência à época em que foram compostas. Não somente se considera que são os escritos mais antigos do apóstolo Paulo, mas também de todo o Novo Testamento. Grandes Epístolas: Entre elas está incluída a de Gálatas apesar da pequena extensão do texto. A razão está no seu estreito parentesco com Romanos, o que requer considerá-las juntamente.Epístolas da prisão: Quando Paulo redigia estas cartas, se encontrava preso em algum lugar que não se conseguiu determinar. 19 Muitos pensam que se tratava de Roma outros sugerem Éfeso, entretanto, na realidade, nem sequer se pode afirmar com certeza que as quatro epístolas tenham sido escritas desde uma mesma prisão. Epístolas pastorais: Correspondem a um tempo em que o Cristianismo, tendo já progredido na fixação da doutrina e na elaboração da estrutura eclesiástica, precisava ordenar administrativa e pastoralmente a sua vida e oseu trabalho. Epístolas universais (ou gerais): Começou a se aplicar este título no séc. II, quando ainda estava se formando o cânon dos livros do Novo Testamento. Significa que as sete cartas do grupo (exceto II João e III João, que foram incluídas aqui por seu parentesco com 1Jo) não são dirigidas a um destinatário determinado, mas aos crentes em geral. A estrutura literária das epístolas apostólicas não é uniforme. Inclusive algumas delas (Hebreus e Tiago) parecem mais sermões ou tratados doutrinais, aos que, por alguma razão pastoral, agregou-se algum aspecto de caráter epistolar (como o cap. 13 de Hebreus ou o começo de Tiago). As cartas que, com maior propriedade podem assim chamar-se, respondem em termos globais ao modelo clássico romano, que consistia em: a) uma saudação inicial, precedida da apresentação do autor e a indicação do destinatário. b) o texto ou o corpo da carta propriamente dito c) a despedida, que incluía saudações de pessoas conhecidas do autor e do receptor e saudações para essas pessoas. Os autores cristãos modificaram, em certas ocasiões, esse modelo de carta em alguns dos seus detalhes. Paulo, p. ex., no lugar da característica saudação inicial romana Saúde, introduz no começo de quase todas as suas epístolas uma expressão mais complexa, que dá testemunho da sua fé: “Graça a vós outros e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Rm 1.7). Essas palavras vão normalmente seguidas de uma ação de graça ou de uma oração em favor dos destinatários da carta. Do mesmo modo, a despedida não se limita ao simples e frio "Saúde", que lemos,na carta do tribuno Cláudio Lísias ao governador Félix (At 23.30), mas freqüentemente inclui, junto às saudações pessoais, uma exortação, bênção ou doxologia, que é como uma afirmação final da sua fé, com a qual o autor encerra os seus escritos. Na época em que surgiram as epístolas neo-testamentárias era prática habitual que o autor ditasse o texto a um assistente ou amanuense. É muito provável que Romanos tenha sido ditada pelo apóstolo Paulo a um crente que se identifica a si mesmo como Tércio, que escrevi esta epístola (Rm 16.22). Em certas ocasiões, o autor não se valia de um escrevente, mas de um autêntico secretário, que, uma vez informado dos assuntos a tratar, se encarregava de compor e redigir a carta do princípio ao fim. Em qualquer caso, também era comum que, ao término do escrito, o próprio autor acrescentasse, do próprio punho, o seu nome e umas poucas palavras de saudação (I Co 16.21 Gl 6.11 e, talvez, I Pe 5.12). Também frequentemente sucedia que um livro, cujo autor queria oferecer o pensamento ou os ensinamentos de um personagem de reconhecido prestígio, era publicado com o nome desse último, sem se importar se ainda estava vivo ou já havia morrido. Em tais casos de nome ou título figurado, o autor, evidentemente, permanecia anônimo. Alguns estudiosos pensam que esse procedimento, admitido 20 nos usos literários da antiguidade hebraica, grega e latina, possivelmente tenha sido introduzido em certas ocasiões no Novo Testamento. Entretanto, seja como fosse, a autoridade das Escrituras, suporte da fé cristã e norma da vida e da conduta do povo de Deus, em nada ficou por isso depreciada. FONTE: http://www.vivos.com.br/297.htm 11- Introdução à Teologia O Que é Teologia? Houve-se um tempo em que Teologia para certo grupo de evangélicos, significava uma afronta a sua fé, e que estudar Teologia era algo do diabo. Hoje parece que essas idéias e pensamentos bizarros me creem, diminuiu ou não existe mais e uma grande maioria de crentes está estudando teologia. Mas o que é na verdade Teologia?O termo “Teologia” é comumente empregado quando as pessoas falam de Deus. Teologia significa “o estudo de Deus”. É um termo formado por duas palavras gregas: QHEOS (théos), que significa “Deus” e logos (logos) que significa “o estudo de algo”. A Teologia inclui o estudo de Deus e sua relação com o universo. Quando uma pessoa faz perguntas acerca de Deus, está fazendo perguntas de caráter teológico. O crente estuda teologia com o intuito de definir sua fé cristã. É difícil ter um relacionamento pessoal com alguém que você não conhece. É preciso que uma pessoa compreenda o que crê em relação a Deus e como Ele se relaciona com a humanidade e com o universo. A finalidade disso é compreendermos o propósito que Deus tem para nós enquanto vivemos aqui na terra. O apóstolo Paulo falou de seu esmagador desejo de conhecer a Deus: “Para conhecer Cristo, e o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, identificando-me com Ele na sua morte” (Fp 3.10). O estudo da teologia também é essencial para a disseminação da mensagem cristã. Cristo disse para os discípulos transmitirem ao mundo inteiro as boas novas a Seu respeito: “Portanto, indo fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Essas boas novas só podem ser proclamadas quando corretamente entendidas. Quando um crente declara a verdade de Deus a outras pessoas, normalmente aqueles que não crêem lhe fazem muitas perguntas. Uma boa noção de teologia pode ajudar o cristão a responder de forma precisa e inteligente. A Bíblia nos manda saber o que cremos e por que cremos: “Antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe 3.15). Portanto, o estudo da teologia pode ser proveitoso para o crente porque capacita-o a definir sua fé cristã, a propagar a mensagem da Bíblia com conhecimento de causa e a justificar sua fé precisamente quando confrontada com outras posturas religiosas. FONTE: http://www.portalquinari.com.br/index.php/categoryblog/1624-o-que-e- teologia 21 12- Hermenêutica Bíblica Estudar e entender a bíblia é possível? É fácil perder o interesse quando uma coisa parece que não é bem aquilo que lemos. Sim, não entender o que está lendo pode ser uma fator muito influente para desanimar. A bíblia sendo um livro antigo não causa tanto interesse nas pessoas, mas mesmo assim ela merece atenção especial. Com um pouco de dedicação e possível entender o que ela diz. A bíblia é um livro extraordinário. Seus escritores afirmam que foram inspirados por Deus. A bíblia nos mostra coisas sobre a nossa origem, explica porque estamos aqui e esclarece para onde vamos. Ela é certamente um livro que merece a nossa consideração. Você já tentou ler a bíblia? Se já, por que desistiu? Realmente, uma das coisas que leva as pessoas a desistir de ler esse maravilhoso livro é o fato de ser um pouco complicado entender. Alguns livros podem ser de ajuda para entender o significado de certas coisas que são ensinamentos profundos a respeito da bíblia, e sem dúvida eles estão disponíveis sempre que se precisa. Alguns consideram um desafio grande entender a bíblia. Talvez você precise de ajuda ao ler os textos que citam costumes desconhecidos. Embora exija esforço, é possível sim estudar e entender a bíblia, e o efeito que isso trará em nós e as mudanças para melhor que fará em nossas vidas sem dúvida são compensadoras. Sendo ela inspirada por Deus e sabendo ele de nossas limitações, nos daria um livro para não entendermos? Embora seja um pouco difícil, não será cansativo ou desgastante, mas é algo interessante e proveitoso. Algumas coisas podem ser de ajuda para chegar a entender a aprender da bíblia, coisas como demonstrar humildade, preparar o coração e a mente, fazer oração pedindo ajuda para esclarecer, meditar no que lemos nesse livro, e se deixar ser ensinado. Essas são atitudes que são de grande ajuda para quem quer ter entendimento da bíblia. Então, se esse é o seu caso, não desista, e com certeza poderá aprender muito desse precioso livro. FONTE: http://situado.net/estudar-e-entender-a-biblia-e-possivel/ 13- Homilética A arte dacomunicação e exposição da Bíblia Cuidados na hora da pregação Assim como uma construção possui sua estrutura (ou alicerces), ou o nosso corpo possui o esqueleto com a função de sustentar o corpo, a pregação (ou sermão) tem esta estrutura básica, afim de que por ela seja estruturada a pregação. Antes de pensar na estrutura em sim, o pregador deve responder a algumas perguntas para então desenvolver a estrutura do seu sermão. Sugerimos basicamente a estas perguntas: Qual é a mensagem a ser pregada? O que é mais importante nesta mensagem? 22 Onde será pregada? Quem são os ouvintes? Como devo ministrar? Quando é criado um comercial de TV, por exemplo, a equipe de marketing determina qual é o perfil do público alvo para aquela campanha publicitária. Determinado este perfil é criada a campanha publicitária, tal analise deve ser o mais assertiva possível, caso contrário haverá grande desperdício de recursos e o público não será atingido. Por exemplo, se meu público alvo são crianças (para vender um jogo, por exemplo), meu comercial não pode ir ao ar às 23:00hs do domingo, pois neste horário as crianças estão dormindo. Do mesmo modo o pregador dever ser assertivo na hora de preparar seu sermão, e a resposta às questões acima certamente irão ajudar nesta tarefa. Falando na estrutura básica do sermão, mais propriamente dita, podemos determinar três pontos básicos e indissolúveis, e são: Introdução, Argumentação e Conclusão. Introdução – Esta é uma fase importante, pois é nela que o pregador deve despertar o interesse pela mensagem. É muito deselegante começar o sermão pedindo a atenção de todos, é papel do pregador, que, sutilmente, e através de argumentos, chame a atenção de todos para sua homilia. É bom lembrar que a introdução deve ser breve e apenas anunciar o tema da pregação. Argumentação – É aqui que o pregador desenvolve o sermão mais propriamente dito. Após a introdução é hora de desenvolver o tema já apresentado na introdução. São apresentados os argumentos que fundamentam seu pensamento. E na argumentação que o pregador ensina, consola, etc. Conclusão – Qual foi o objetivo deste sermão? Na conclusão o pegador irá “fechar” o assunto abordado. A conclusão também merce especial atenção. Quantos filmes voce já assistiu e o final te deixou decepcionado. Uma conclusão desastrosa coloca toda sua pregação em descrédito. Lembre-se: “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão, a conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte. FONTE:http://comunidadeabiblia.net/teologia/estudos-biblicos/cuidados-na-hora- da-pregacao.html 14- Escatologia Bíblica Compreendendo a doutrina das últimas coisas Os últimos dias Os que não são cristãos tem dificuldade em acreditar que estamos vivendo nos últimos dias da história de esta Terra. A Bíblia diz em II Pedro 3.3-4 “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como 23 desde o princípio da criação.” A vinda do anticristo é um sinal do fim. A Bíblia diz em I João 2.18 “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora.” Que disse Jesus sobre quando o fim do mundo chegaría? A Bíblia diz em Mateus 24.14 “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Nos últimos dias haverão homens fazendo-se passar por Jesus para nos enganar, A Bíblia diz em Mateus 24.23-24 “Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. A Bíblia diz em Mateus 24.29-30 “Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” Em que condição moral estará a nossa sociedade nos últimos dias? A Bíblia diz em II Timóteo 3.1-5 “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta- te também desses.” Um aumento em conhecimento e habilidade de viajar é um sinal dos últimos dias. A Bíblia diz em Daniel 12.4 “Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.” Que outros sinais dos últimos dias menciona a Bíblia? A Bíblia diz em Lucas 21:25- 26 “E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia das nações em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Os homens desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto os poderes do céu serão abalados.” Conversaçôes sobre paz e segurança é outro sinal dos últimos dias. A Bíblia diz em I Tessalonicenses 5.2-3 “Porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.” Que devem as pessoas fazer quando vêem estes sinais? A Bíblia diz em Mateus 24.42-44 “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem”. FONTE: http://jesusvoltara.com.br/info/osultimosdias.htm 24 15- História da Igreja Eusébio - A Voz da Igreja Primitiva (263 – 339) A Voz da Igreja Primitiva O livro dos Atos dos Apóstolos cobre um período de cerca de 30 anos até cerca do ano 62. Eusébio meticulosamente reuniu informações sobre os 300 anos seguintes para completar a sua monumental História da Igreja, uma narrativa autorizada da história da Igreja Primitiva, suas perseguições e martírios, bem como as suas heresias e divisões. Eusébio nasceu na Palestina, por volta do ano 263, durante o reinado do Imperador Galeno. Quase nada se sabe sobre a infância e adolescência de Eusébio. Não há qualquer indicação de que ele tenha nascido ou crescido numa família cristã, mas recebeu ensino cristão. Na sua juventude, ele foi grandemente influenciado por um presbítero de Cesaréia chamado Pânfilo, que era um estudioso de considerável reputação. Sob a orientação de Pânfilo, Eusébio copiou e corrigiu porções das Escrituras e fez cópias de vários livros.Foi durante esse tempo, como estudante, que ele começou a reunir material para duas de suas maiores obras: Crônica, a história do mundo até aquela época, e História da Igreja. Em fevereiro de 303, começou a “Grande Perseguição” de Diocleciano, que prosseguiu intermitente por 10 anos. Os eventos testemunhados por Eusébio estão registrados em História e Mártires da Palestina. Nesse tempo, ele já havia sido ordenado presbítero e estava sob ameaça de prisão. Em março, a perseguição chegou a Cesaréia, e muitos cristãos pagaram a pena máxima por causa de sua fé. Durante os dois anos seguintes, novos editosintensificaram a perseguição: igrejas foram destruídas, Bíblias foram queimadas e cristãos foram torturados e executados. Quase no fim do ano 308, Pânfilo foi preso e torturado. Estando ou não com ele na prisão, Eusébio continuou tendo contato com o seu amigo, e eles continuaram escrevendo juntos. Em História, Eusébio escreveu sobre o seu tempo: “Vimos com os nossos próprios olhos as casas de oração sendo totalmente demolidas de alto a baixo e as Sagradas Escrituras lançadas às chamas no meio das praças do mercado, e os pastores das igrejas, alguns vergonhosamente se escondendo aqui e ali”. No início de 309, Pânfilo foi executado, e Eusébio estava livre para viajar para outros lugares. É possível que ele tenha decidido que seria mais sábio evitar a perseguição durante algum tempo. Primeiro, ele visitou Tiro, depois foi para o sul do Egito, onde mais uma vez foi confrontado com ameaça de morte. Ele testemunhou a prisão de muitos cristãos, que eram mutilados e cegados antes de serem lançados na prisão, mas no ano seguinte ele estava livre e de volta à Cesaréia. Os escritos de Eusébio não davam qualquer indicação do que acontecia na prisão, a não ser que ele suportou sofrimentos sem, entretanto, apostatar da fé. Após 311, a perseguição chegou ao fim e, dois anos depois, foi introduzido o edito de tolerância de Constantino. 25 Em 314, Eusébio foi eleito bispo de Cesaréia. Seu tempo logo estava tomado por assuntos eclesiásticos urgentes. Depois de anos de perseguição, ele precisava dedicar tempo à reconstrução da igreja e suas propriedades. Em pouco tempo, porém, seu trabalho foi interrompido pela mais disseminada heresia de toda a história da igreja primitiva. Começou em Alexandria, por volta do ano 318, quando um padre chamado Arius apareceu com a idéia de que Cristo não era completamente Deus, de que houve um tempo em que Ele não existia e de que Ele tinha tanto defeitos como virtudes. A heresia causou uma séria divisão na igreja, e o Imperador, ansioso por manter uma impressão de unidade, convocou um concílio de bispos em Nicéia, em Maio de 325. Eusébio morreu 14 anos depois em 339. Apesar de a sua teologia ser tão questionável como as de alguns de seus contemporâneos hereges, o Corpo de Cristo lhe é muito agradecido por seu meticuloso trabalho como historiador, trazendo à luz valiosos testemunhos da “grande nuvem de testemunhas” da igreja primitiva (Hebreus 12.1). FONTE: http://www.adventistas-bereanos.com.br/maio2004/eusebio.htm 16- Religiões, Seitas e Heresias Visão panorâmica das religiões e seitas modernas Como identificar uma seita Deriva-se da palavra háiresis, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. Originalmente, a palavra não tinha o sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes Judaicos viam os cristãos como mais um grupo dentro do Judaísmo. Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas anti-bíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem contudo, fazer parte de uma seita. Podemos identificar as suas principais características através das quatros operações matemáticas, ou seja, da adição, da subtração, da divisão e da multiplicação: a) Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia. Exemplos: Os Adventistas consideram como 26 inspirados os livros da senhora Ellen White . As Testemunhas de Jeová dizem que somente com a mediação do corpo governante ( o escravo fiel e discreto Mt 24.45) segundo eles, podem entender a palavra de Deus. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia. b) Subtração: O grupo tira algo da pessoa de Jesus. Exemplos: A Legião da boa vontade tira a natureza humana de Jesus, dizendo que Ele tinha apenas um corpo fluídico. Outros grupos subtraem a divindade de Jesus: as Testemunhas de Jeová dizem que ele é o arcanjo Miguel, os espíritas dizem que ele foi apenas um grande médium, os adventistas dizem que ele tinha uma natureza pecaminosa negando assim a sua santidade, conseqüentemente a sua divindade. c) Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à organização ou à igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso da própria organização ou igreja. Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as pseudocristã, que se apresentam como a restauração do cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que numa determinada data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase na exclusividade. Outras, quando não pregam que integram o cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas mas que a sua vai ser responsável por unir todas as demais. d) Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus. Exemplos: A seicho-no-ie nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado existisse, nem os budas todos do universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo. Os Mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela igreja não haverá salvação. Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith. O homem tem de fazer o que pode pela própria salvação. Porque os adeptos de seitas são pessoas difíceis de evangelizar? Van Baalen aponta as seguintes razões: a) Os adeptos de seitas não devem ser despertados para a religião, pois ele deixou a fé tradicional em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa melhor, chegando até mesmo a hostilizá-la . Ele renunciou ao plano de Deus para salvação em troca de algum sistema de auto-salvação. Assim para ele, a afirmação do profeta, todas as nossas justiças são como trapo de imundícia(Is 64.6) não reflete a verdade de Deus. b) O sectário bem informado é consciente das falhas da realidade protestante e evangélica. Ele não consegue entender as várias denominações. Além disso pensa que conhece tudo sobre a sua fé e está convencido que conhece mais acerca do que cremos do que nós mesmos. c) Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram zombarias, como reconhecer agora que estão errados e a paz que encontraram não era a verdadeira? FONTE: http://solascriptura-tt.org/Seitas/ComoIdentificarSeita.htm 27 17- Liderança cristã Lições de liderança de Jesus Entre tantos importantes líderes que fizeram história junto aos caminhos da humanidade nenhum foi e ainda é tão polêmico, inspirador, enigmático e conectado com o Universo como Jesus. O personagem que tem, com certeza, a maior bibliografia literária, pois, sobre Ele, existem milhares e milhares de livros, e nenhum outro líder ainda superou em publicações o nome de Jesus. Ele não nasceu para liderar: foi concebido para guiar pessoas, independentemente de suas origens, classes ou religiões. Eis uma das características que deu a Ele destaque dentro de um contexto onde, para liderar pessoas, era necessário ter domínio sob elas. Guiar pessoas foi o que Ele fez durante toda sua vida, guiá-las em suas mentes e corações para despertar nelas os mais nobres conceitos de existência. Não fazia diferença entre os que lhe procuravam para solicitar ajuda, conselho ou, simplesmente, conhecê-lo. O importante é que a sua mensagem encontrasse um caminho extra nos olhares daqueles
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