Buscar

Roteiro Curso de Teologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
000001 - INTRODUÇÃO BÍBLICA 03 
000002 - GEOGRAFIA BÍBLICA 05 
000003 - O PENTATEUCO 06 
000004 - ANGELOLOGIA 07 
000005 - LIVROS HISTÓRICOS 10 
000006 - LIVROS POÉTICOS E PROFÉTICOS 11 
000007 - DOUTRINA DE DEUS 13 
000008 - EVANGELHOS E ATOS 15 
000009 - CRISTOLOGIA e PNEUMATOLOGIA 16 
000010 - ESCRITOS APOSTÓLICOS 18 
000011 - INTRODUÇÃO À TEOLOGIA 20 
000012 - HERMENÊUTICA BÍBLICA 21 
000013 - HOMILÉTICA 21 
000014 - ESCATOLOGIA BÍBLICA 22 
000015 - HISTÓRIA DA IGREJA 24 
000016 - RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS 25 
000017 - LIDERANÇA CRISTÃ 27 
000018 - ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA 30 
000019 - METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA 32 
000020 - PSICOLOGIA PASTORAL E ACONSELHAMENTO CRISTÃO 34 
000021 - HISTÓRIA DA TEOLOGIA 35 
000022 - FILOSOFIA DA RELIGIÃO 38 
000023 - APOLOGÉTICA CRISTÃ 40 
000024 - HAMARTIOLOGIA E SOTERIOLOGIA 41 
000025 - TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA 42 
000026 - HISTÓRIA DOS AVIVAMENTOS 43 
000027 - INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA 45 
000028 - TEOLOGIA DO A.T 48 
000029 - TEOLOGIA DO N.T 50 
000030 - SOCIOLOGIA 52 
000031 - TEOLOGIA PASTORAL 54 
2 
 
000032 - DIDÁTICA GERAL E CRISTÃ 55 
000033 - EVANGELISMO E MISSÕES (MISSIOLOGIA) 57 
000034 - ÉTICA CRISTÃ 58 
000035 - ECLESIOLOGIA 58 
000036 - ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1- Introdução Bíblica 
A Inspiração da Bíblia 
A Bíblia em sua inteireza é um livro inspirado por Deus. Em II Timóteo 3.16, 
encontramos: “Toda Escritura é inspirada por Deus...”, e ainda em II Pedro 
1.20,21, lemos que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; 
porque nunca jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto, 
homens santos de Deus falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo. 
Vejamos algumas definições sobre o que é Inspiração: “A inspiração das Escrituras 
é aquela influência que Deus exerceu sobre os autores humanos por intermédio de 
quem o Antigo e o Novo Testamento foram inscritos” (Chafer). 
A inspiração, quando aplicada à Bíblia, é o sopro de Deus dentro dos homens, 
habilitando-os dessa forma a receber e a comunicar a verdade divina. A inspiração 
bíblica é aquela influência do Espírito Santo sobre certos homens escolhidos por 
Deus para ensinar sua vontade, que os guardava do erro na comunicação de tudo 
que deveria constituir uma parte da revelação divina. (Miller) 
Miller fez ainda o seguinte acréscimo, explicando melhor sua definição: Essa 
influência se estendia à: Isenção do erro no relato dos fatos históricos; Confirmação 
autoritária das verdades da revelação natural às quais faz referência; Revelação 
sobrenatural, ou seja, às verdades que só podem ser conhecidas por revelação 
direta de Deus. 
A inspiração da Bíblia foi plenária e verbal. Quando se fala em inspiração plenária 
se quer dizer que toda a Bíblia e não somente partes dela, foi inspirada por Deus. 
Isso quer dizer que a Bíblia não apenas contém, mas é de fato a Palavra de Deus. 
Em outras palavras, as Sagradas Escrituras em sua inteireza são consideradas 
como igualmente fidedigna e que toda a Escritura original foi inspirada por Deus 
sem exceção de uma só palavra. 
Quando se fala em Inspiração Verbal, queremos dizer que, as palavras registradas 
nos originais da Bíblia, e não só as idéias, foram inspiradas por Deus. Cartledge 
disse em determinada ocasião sobre o assunto: “O Espírito escolheu as palavras 
necessárias para expressar a verdade, porém, não são necessariamente as únicas 
palavras que poderiam ter sido usadas”. Os teólogos aceitam isso como verdade, 
quando se trata de traduções, e explica o uso feito pelo Senhor e seus discípulos da 
Septuaginta. (A Septuaginta é uma versão grega do Antigo Testamento feita em 
meados do século terceiro antes de Cristo. Nessa versão os tradutores incluíram os 
livros que os protestantes chamam de apócrifos, ou seja, não inspirados por Deus, 
e inseridos na Bíblia católica como canônicos). 
Esclarecido o significado de inspiração é de suma importância que entendamos que 
a inspiração, no sentido bíblico, cessou quando o Cânon bíblico foi completado. 
Depois que o último livro da Bíblia foi terminado, completando a revelação divina, 
cessou por completo a inspiração do Espírito Santo no que diz respeito às Sagradas 
Escrituras. Ninguém pode a partir daquele limite se arvorar no direito de dizer que 
foi inspirado por Deus para trazer uma nova revelação ao homem. O apóstolo Paulo 
foi bem claro nisso quando afirmou: “Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do 
céu vos pregasse outro evangelho, além do que já vos pregamos, seja anátema. 
Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: se alguém vos pregar 
outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. (Gl 1.8,9). 
É conveniente que entendamos que existe diferença entre inspiração, revelação e 
iluminação. Como já conhecemos o significado de inspiração, vejamos os 
4 
 
significados das outras duas palavras: Revelação - é o ato soberano de Deus pelo 
qual Ele faz conhecido àquilo que dantes não se tinha conhecimento. A Revelação 
divide-se em Revelação Geral – a revelação que Deus fez de si mesmo através da 
natureza, das coisas criadas, e Revelação Especial – que é a revelação que Deus fez 
de si mesmo (ser, atributos, caráter e vontade). Iluminação - É a ação do Espírito 
Santo sobre os leitores das Sagradas Escrituras, capacitando-os a perceber a força 
e o significado da revelação. 
Provas da Inspiração do Cânon Sagrado 
a) Unidade na Diversidade - A Bíblia foi escrita por, mais ou menos, quarenta 
escritores, num período que abrange dezessete séculos, em diversos lugares, sendo 
que os escritores ocupavam posições diversas, tais como pastores, pescadores, 
sacerdotes, guerreiros, estadistas, reis, médico, etc. Apesar dessa diversidade, no 
entanto, existe nas Sagradas Escrituras uma unidade admirável em todo o conjunto 
dos livros do Cânon Bíblico. 
b) O Cumprimento das Profecias - O cumprimento das predições proféticas é uma 
das maiores provas da inspiração da Bíblia, principalmente aquelas relacionadas ao 
Messias. Se estudarmos a vida do Senhor Jesus Cristo, verificamos que as 
predições ao seu respeito se cumpriram até nos mínimos detalhes, inclusive, 
aquelas que não dependia mais de sua vontade como homem, tais como: Nenhum 
dos seus ossos seria quebrado; seria sepultado com os ricos; ressuscitaria ao 
terceiro dia etc. 
c) A transformação de vidas - milhares de pessoas que adotam as Sagradas 
Escrituras como regra de fé e prática tem experimentado uma transformação 
profunda em seu caráter e conduta, comprovando assim a veracidade da inspiração 
divina do livro dos livros. 
Teorias falsas sobre a Inspiração do Cânon Sagrado 
a) A teoria de que as idéias foram inspiradas e não as palavras - “Essa teoria 
sustenta que, Deus revelou novas verdades e inspirou idéias divinas nas mentes 
dos escritores, porém, permitiu-lhes expressar essas idéias em suas próprias 
palavras, de modo que temos de passar por alto nos erros das palavras e crer 
somente nas idéias expressas na Bíblia”. “Essa teoria supõe que o Deus infalível 
entregou sua verdade infalível a homens falíveis para escrevê-la como melhor lhe 
parecesse, pelo que o Deus que não erra é autor de um livro crivado de erros”. 
b) Teoria da Inspiração Parcial - Essa teoria pretende dizer que só parte da Bíblia é 
inspirada e não toda, cabendo ao leitor o juízo sobre o que é inspirado ou não. Essa 
teoria nos deixaria uma Bíblia autorrelativa e nos daria um conceito deformado de 
Deus. Em contraposição a isso lemos em II Timóteo 3.16, que toda a Escritura é 
inspirada por Deus. 
c) A teoria da Inspiração Ditada (Mecânica) - Essa teoria defende a idéia de que os 
autores da Bíblia eram meros estenógrafos, escrevendo mecanicamente apenas 
aquilo que Deus ditava, sem usar o cérebro do escritor. Em linguagem atual, seriaum texto psicografado. Se essa teoria fosse verdade então todo o Cânon Sagrado, 
em toda a sua extensão não importando o estilo literário dos autores dos livros, 
teria o mesmo estilo literário e vocabulário, o que não é verdade, pois Deus 
inspirou os autores humanos e os guardou do erro; não obstante, empregou suas 
mentes e talentos individuais, pelo que não temos um livro monótono quanto ao 
estilo, etc., mas vemos as características particulares de cada um dos seus 
escritores e o Espírito Santo superintendendo tudo para produzir um livro divino, 
5 
 
isento de erro ou engano. Longe da pessoa do Espírito Santo anular ou por de lado 
os talentos naturais dos escritores sacros. Pelo contrário, usou-os para o seu 
propósito, tal como é sua maneira de agir até hoje em toda obra espiritual. 
FONTE: http://preudescavalcanti.blogspot.com/2011/07/inspiracao-da-biblia.html 
 
2- Geografia Bíblica 
A Arca de Noé verdade ou ficção? 
O filho de Lameque e o neto de Metusalém, Noé, aparece na décima geração depois 
de Adão. Noé tornou-se o centro de uma das mais conhecidas histórias da Bíblia. 
Ele e sua família viviam num mundo tão violento e pecador que Deus decidiu que 
não iria permitir que a raça humana existisse mais naquela época. Mas, no meio de 
tanta decadência, Noé tinha fé em Deus e vivia de acordo com a vontade de Deus. 
Tão justo era Noé que Deus lhe revelou seu plano e fez uma promessa de salvar a 
ele e a sua família. Deus deu um projeto de 120 anos a Noé e disse-lhe para 
construir uma arca porque iria fazer cair água do céu e inundar toda a terra. 
Noé fez tudo o que Deus lhe ordenou e com uma idade de 600 anos presenciou 
tudo acontecer de acordo com o que Deus havia lhe dito. E fez da arca sua casa 
durante os 40 dias de chuva sobre a terra “...e tudo o que havia fôlego de espírito 
de vida nos seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu.” Gênesis 7.22. E assim 
foi até o sétimo mês, e no dia dezessete a arca repousou sobre os Montes de 
“Ararate”. (Gn 8.4) E foram as águas minguando até o décimo mês. Essa é a 
história que conhecemos. Mas onde estará a “arca”? Por que ninguém consegue 
encontrá-la ainda mais hoje em dia num mundo de tantas tecnologias e satélites 
que podem tirar uma foto em nítida imagem de uma pessoa aqui na terra? 
Pois o fato é! Realmente estão descobrindo várias evidências desde 1883 que 
realmente existe uma grande embarcação no monte Ararate na Turquia. Fotos 
tiradas de satélites, depoimento de pessoas que dizem realmente terem chegado 
até a arca e evidências como uma pedra que se parece uma âncora. 
Também amostras da suposta madeira da arca estão sendo analisadas e muitas 
inscrições em rochas encontradas na região aos redores do monte servem de fatos 
de que realmente existe uma arca em algum lugar por ali. Em 17 de junho de 1949 
uma missão de rotina da Força Aérea Americana fotografou a mais de 4 mil metros 
de altura algo muito estranho. Os especialistas analisaram as fotos e emitiram um 
relatório chamado “anomalia do Ararate” e foi mantido em segredo por mais de 50 
anos. Mas em 1993 Porcher Taylor um estudante especializado em satélites e 
diplomacia começou a fazer severas perguntas sobre esses arquivos. Ele acabou 
descobrindo que junto com as fotos de 1949 também haviam outras fotos tiradas 
por um U-2 (avião-espião) e fotos de alta resolução tiradas pela CIA em 1973 
usando o satélite militar KH-9 e até fotos mais sofisticadas tiradas pela CIA através 
do satélite KH-11 em 1976/1990/1992. 
Depois de muitos esforços o serviço de defesa liberou 6 fotos das tiradas em 1949 
e não foram suficientes para provar se a anomalia era uma formação rochosa ou 
algo construído por mãos humanas. As fotos foram tiradas de muito longe e um 
pouco fora de foco (1949). Mesmo depois de outras tentativas usando um satélite 
comercial de alta precisão as fotos tiradas no verão de Outubro de 1999 (um dos 
mais quentes de todos os tempos na Turquia) ainda não davam para terem certeza 
6 
 
sobre a anomalia encontrada no monte Ararate. A espessura de gelo é muito 
profunda e quase impossivel para se obter uma foto nítida daquele lugar. 
Se a arca existe, por que então eles não conseguem encontrá-la? E por que não se 
organiza uma grande expedição para desvendar tudo? Primeiro: porque durante 
quase todo o ano o Ararate é coberto de neve. Segundo: os terroristas curdos 
atrapalham e atacam expedicionários que se aventuram a subir o monte, aquela é 
uma região muito conturbada. Nos anos 90, mais de 6 mil pessoas morreram no 
monte e só existe permissão para subir do lado sul, enquanto a suposta arca está 
no lado norte. 
Um geólogo Adventista uma certa vez declarou: Talvez a maior descoberta 
arqueológica de todos os tempos, a arca de Noé, esteja sendo preservada 
providencialmente para, no momento certo, ser revelada ao mundo como um 
monumento, prestando silenciosamente sua homenagem ao Criador e Mantenedor 
da vida, o mesmo Deus que amorosamente deseja implantar em nosso ser a Sua 
própria imagem, para que possamos habitar eternamente em Sua companhia. 
 
3- O Pentateuco 
O calendário Judaico 
O calendário judaico, diferentemente do gregoriano, é baseado no movimento 
lunar. Onde cada mês se inicia com a lua nova (quando é possível visualizar o 
primeiro reflexo de luz sobre a superfície lunar). Antigamente o calendário era 
determinado simplesmente por observação. 
O grande problema com o calendário lunar é que se compararmos com o calendário 
gregoriano, termos em um ano solar 12,4 meses lunares, o que ocorre uma 
diferença a cada ano de aproximadamente 11 dias, para compensar esta diferença 
ocasionalmente e acrescentado um mês inteiro. (Adar II) 
O início da contagem do calendário judaico se refere à criação do mundo. O 
primeiro mês do calendário judaico é o mês de Nissan, quando temos a 
comemoração de “Pessach”, a Páscoa. Entretanto, o ano novo judaico ocorre em 
“Tishrei” (quando é acrescentado um número ao ano anterior). 
 
FONTE: http://www.judaismo.com.br/siteantigo/interessante/calendar.htm 
7 
 
4- Angeologia 
A Doutrina dos anjos bons e maus 
Lúcifer – O início de tudo 
A concepção que se faz de Lúcifer, Satanás, Satã, etc., da forma como ele é 
conhecido no Ocidente, chegou até nós de tempos mais antigos da História, através 
das escrituras do povo judeu, cuja terminologia e imagens sofreram influências das 
civilizações mais antigas que os circundava. 
Babilônios - Uma das civilizações foi a dos babilônios – os mitos e simbolismos 
predominantes na Babilônia influenciaram bastante os textos do povo judeu, e 
palavras e imagens vinculados aos símbolos babilônios podem ser encontrados no 
Antigo Testamento. O que encontramos de mais óbvio neste sentido é a imagem de 
Leviatã , o Dragão ou o monstro: “ Naquele dia, punirá Yaveh (o Senhor), com sua 
espada dura, grande e forte, Leviatã , serpente veloz, e o dragão serpente sinuosa, 
e matará o monstro que está no mar”. (Is 27.1) Foi a partir de símbolos como este 
que nasceram as imagens formadas mais tarde ao redor do conceito de um “Ser 
Maligno”, o provocador da desordem e do caos. 
Persas - Outra cultura religiosa dos tempos primitivos, que acabaria por exercer 
uma poderosa e duradoura influência sobre os autores judeus, foi a dos persas. Foi 
da Pérsia que surgiu uma teologia inteiramente baseada nas forças oponentes do 
bem e do mal. O dualismo existente na religião persa, exerceu sobre os judeus uma 
influência que durou muitos séculos. Zoroastro, ou Zaratustra , tornou-se 
conhecido na antiguidade como o fundador do sistema de magia, a religião dos 
magos, que depois acabou sendo aceita como a religião do povo persa-iraniano. No 
sistema que ele desenvolveu, o princípio do mal era inteiramente separado do 
princípio divino. Afirmava-se então que tudo tinha uma causa, e, como o bem não 
podia causar o mal, deduzia-se que o mal tinha que ser um princípio separado. O 
mundo natural teria surgido do Senhor da Sabedoria, “Ahura-Mazdâ ou Ormazd”, o 
Ser Espiritualprimordial. Seu espírito orientador, vivia produzindo o bem de 
maneira constante, mas sofria restrições por parte de seu próprio irmão gêmeo, o 
espírito do mal, Arimã. A essência de Arimã era a falsidade, enquanto a de Ormazd 
era a verdade. Foi esta concepção do conflito eterno, elemento que dava o 
significado central à própria religião, que teve efeito tão profundo sobre as 
doutrinas dos tempos posteriores. E Arimã, o grande enganador, que foi expulso do 
“Paraíso” e lançado no “Inferno”, tem um parentesco bastante claro com a 
concepção judaica do Inimigo (Satan), o arque enganador. 
Egípcios - Apesar de aparecer na mitologia de tantas das primitivas civilizações, o 
princípio sobre a existência de uma força do mal no Universo, a qual está sempre 
em luta contra o bem, os mais antigos textos religiosos conhecidos referentes a 
essas civilizações, em geral mostram uma concepção diferente do bem e do mal. 
Segundo tais narrativas, tudo surge a partir das mãos do Senhor e Criador 
Supremo, e assim, tanto o que nós parece ser bom como aquilo que para nós tem a 
aparência de mau, seria mandado por Ele. Os deuses do Egito antigo tinham esta 
mesma ambivalência. Todos comungavam da majestade de um Deus Supremo, que 
distribuía tanto o bem como o mal, sendo portanto o autor de todas as coisas. Em 
sua mitologia primitiva, o deus Seth identificava-se com a destruição, com a morte 
do Sol, através do assassinato de Osíris. Mas ao mesmo tempo, era também 
venerado como um grande e poderoso deus criador. Mas depois, nos mitos do 
Egito, em tempos posteriores, a história de Seth foi simplificada, de modo que ele 
se tornou apenas um ser cheio de maldade e hostil a todos os homens. Na verdade, 
ele acabou se transformando em uma personificação da maldade. E esta concepção 
8 
 
pode ter servido também como inspiração para idéias bíblicas posteriores a respeito 
do “Inimigo”, por intermédio da influência do Egito sobre o povo judeu. 
Hindus - A ausência de um princípio do mal único é vista mais especialmente no 
hinduismo, que sempre foi e continua sendo uma religião bastante metafísica. Não 
devemos nos esquecer de que se trata de uma religião muito antiga, talvez a mais 
antiga de todas as religiões conhecidas. Apesar de seu enorme panteão de deuses, 
o hinduismo interpreta suas divindades como manifestações de um Deus Único, 
atribuindo a elas poderes tanto de destruição como de criação, tanto de morte 
como de vida. A maior parte da mitologia hindu, como acontece em muitas outras 
mitologias, gira em torno de uma batalha cósmica, e de um combate espiritual 
entre luz e trevas. Mas apesar disso, não existe a imagem de uma figura sobre a 
qual estaria o “ponto focal do mal”. Kali, a deusa da morte que tudo devora, 
representa o anverso da deusa mãe que alimenta todos os seres vivos. Mas na 
mitologia hindu, ela está bem longe do que poderíamos considerar como uma 
concepção do Diabo. Não se manifesta ali qualquer tendência ao dualismo. 
Budismo - No Budismo que teve seu começo no sexto século a.C. , o Ser Maligno é 
mostrado antes de mais nada, como tentador. Segundo alguns dos textos que 
narram episódios da vida de Buda, Mara o grande tentador, teria aparecido a ele no 
céu e tentado evitar que ele renunciasse à vida mundana e de se tornar um 
andarilho. As palavras de Mara não tiveram efeito algum, mas a história acrescenta 
que, do mesmo modo que uma sombra segue o corpo, ele também, a partir 
daquele dia, sempre seguiu o Abençoado, fazendo tudo que era possível para lançar 
obstáculos em seu caminho na busca da condição da perfeição. Mara também é 
chamado de Varsavati, “aquele que satisfaz os desejos” . Porque o desejo ou a sede 
pelo prazer, pelo poder e até mesmo pela existência terrena, vincula os seres 
humanos à roda da vida que gira eternamente (princípio da reencarnação), 
impedindo a liberação do verdadeiro ser, ou Nirvana. 
Hebreus - A idéia de um Deus Único e Supremo também era o centro de toda fé 
judaica, e serviu inclusive para diferenciar a primitiva religião hebraica, das 
religiões de todos os povos vizinhos que contavam com inúmeros deuses tribais. 
Nas mais antigas escrituras judaicas, Yaveh aparecia como o Senhor do Universo, e 
tudo o que acontecia, tanto de bom como de mau, era causado por Ele. Em Isaias 
(45.7) escrito no sexto século a.C., Deus diz: “ Eu formo a luz e crio as trevas, 
asseguro o bem estar e crio a desgraça: sim eu Yaveh, faço tudo isto”. Mais tarde, 
começou a surgir o sentimento de que Deus, o autor de todo o bem, não deveria 
ser escrito como a causa do mal; era preciso encontrar uma causa separada. A 
religião persa, com a qual os judeus entraram em contato durante o exílio na 
Babilônia, foi uma clara influência que se manifestou por trás deste tipo de 
pensamento. O mal era visto cada vez mais como sendo causado por um inimigo 
que se opunha a Deus e ao homem, o adversário, que na verdade é o significado 
preciso da palavra hebraica Satan. Nos livros apocalípticos dos séculos 
imediatamente precedentes à era cristã, os nomes dados ao “Inimigo” já 
começavam a ser combinados. Pela primeira vez na literatura, a serpente do Livro 
do Gênesis identificava-se com Satanás, O Diabo. A própria palavra “Diabo” deriva 
do grego "diabolos", que significa o acusador ou agressor. Entre os anos 285 e 247 
a.C., quando o Antigo Testamento foi traduzido para a versão grega conhecida 
como “Os Setenta”, “diabolôs” foi a palavra usada para a tradução do vocábulo 
hebraico Satan. No Livro de Jó, Satan aparece como acusador e tentador do 
homem, mas ainda é visto como um “súdito” do Soberano. Ele apresenta-se diante 
da corte celestial e age conforme as instruções do Senhor. 
No Livro de Samuel, compilado no décimo século a.C. , está escrito que o Senhor 
tentou Samuel. Mas no primeiro Livro de Crônicas (21.1), um texto bem posterior 
do Antigo Testamento, é Satan quem tenta Davi para que desobedeça a Lei e seja 
9 
 
alvo da ira de Deus. Segundo esta interpretação, o perigo passava a vir por meio 
do Inimigo (Satan), e não mais através do próprio Deus. Baal Zebub foi outro nome 
usado para a mesma figura de Satanás no período apocalíptico das escrituras 
hebraicas. O nome Baal Zebub é mencionado apenas no Antigo Testamento. Em II 
Reis 1, o rei de Israel manda mensageiros para perguntar a Baal Zebub, o deus de 
Ecrom, se ele se recuperaria de sua enfermidade. O anjo do Senhor diz a Elias que 
vá ao encontro dos mensageiros do rei e lhes diga : “Porventura não há um Deus 
em Israel, para irdes consultar Ball Zebub, rei de Ecrom? Por isso… com certeza 
morrereis”. 
Ball, isto é, “senhor”, era o título dado a uma divindade local: “zebub” significa 
moscas. Portanto, Ball Zebub poderia representar o Ball para quem as moscas são 
sagradas, o Senhor das Moscas. Hoje se sabe que a divinização por intermédio das 
moscas era praticada na Babilônia. Em algumas versões do Antigo Testamento, é 
encontrado o nome “Bellzebu”. A palavra zebul aparece no Livro dos Reis, 
significando altura: belth-zebul é a casa elevada, ou templo, de modo que Beelzebu 
poderia significar o Senhor da Casa Elevada. Em Mateus 10.25 lemos : “Se 
chamaram Beelzebu ao chefe da casa, quanto mais chamarão assim aos seus 
familiares”. Mas independente da grafia de Ball Zebub ou Bellzebu, nada se sabe 
quanto a maneira ou ao momento preciso em que este deus pagão em particular, 
teria passado a ser visto como o príncipe dos demônios (Mc 3.22), apesar de ser 
coisa comum para os judeus dos tempos do Antigo Testamento encararem os 
deuses pagãos de seus vizinhos, como representação do Ser Maligno. 
Apócrifos da Bíblia – Pelo o que sabemos hoje, a história de como Satanás foi 
expulso do Paraíso, teria tido a sua origem nos livros judeus apócrifos. Tratam-se 
de textos que circulavam entre os judeus durante os séculos imediatamente 
anteriores e posteriores ao início da era cristã. O mais importante de todos estes 
era o Livro de Enoque. Na verdade o Livro de Enoque era uma coletânea de 
diversasobras literárias, que apareciam todas sob o nome de Enoque, mas que 
teriam sido escritas por diferentes autores. Tudo indica que o livro era bastante 
conhecido até o século VIII. A história da queda dos anjos não é propriamente uma 
doutrina das escrituras, já que nunca fez parte do organismo ortodoxo dos textos 
do Antigo Testamento. No entanto, acabaria tornando-se a base principal dos 
ensinamentos posteriores sobre Satanás e sobre o seu lugar em nosso mundo. 
Segundo o mito apócrifo, a história dos anjos teria sido revelada a Enoque. Em uma 
visão, ter-lhe-ia sido mostrado como um grupo de anjos, encorajados por seu líder, 
teria descido da corte celestial para a Terra. Em nosso mundo, eles teriam 
“desejado as filhas dos homens” e rejeitado o Paraíso, tornando-se, após sua 
queda, seres maus, os Anjos Sentinelas, que teriam produzido uma raça de 
gigantes em sua união com as “filhas dos homens”. Esta parte da história tem 
bastante semelhança com o capítulo 6 do Livro do Gênesis. Os Sentinelas teriam 
ensinado aos homens muitas artes e ciências, mas também o vício. Seus 
descendentes espalharam a iniquidade sobre a Terra até o dia em que Deus teria 
decidido provocar o Dilúvio, como forma de punição contra os pecaminosos seres 
humanos, condenando os anjos a viver nos lugares mais escuros da Terra, até o dia 
do Juízo Final. Mas os gigantes teriam produzido seus próprios descendentes, 
espíritos maus que teriam permanecido sobre a Terra, continuando a liderar os 
homens pelos caminhos do mal. 
O outro livro, que trata dos Segredos de Enoque e que foi provavelmente escrito no 
Egito no princípio da era cristã, fala da viagem de Enoque através das diferentes 
cortes do Paraíso. A ele são mostrados os Grigori na prisão. Estes eram anjos 
rebeldes que, juntamente com seu príncipe, chamado Satanael, tinham rejeitado o 
Senhor Deus. No Livro dos Doze Patriarcas, um de outros livros apócrifos, o chefe 
dos anjos caídos tem o nome de Belial. Ele é o principal antagonista de Deus, e 
10 
 
compete em busca da lealdade dos homens. O livro apocalíptico dos Jubileus afirma 
que os Sentinelas vieram para Terra e depois pecaram, mas que seu príncipe, 
Samaael, teria tido a permissão de Yaveh para atormentar a humanidade. 
Conclusão - Ao poucos, os diversos nomes usados para descrever o líder dos anjos 
rebeldes acabaram se combinando no nome de um único ser espiritual, que 
personificava a origem e a essência de todo o mal. Satan (Satã), o adversário, 
tornou-se o mais importante e o mais usado de todos os nomes dados a este Ser. 
FONTE: http://anjo_lucifer.sites.uol.com.br/historia.html 
 
5- Livros Históricos 
Os cronistas 
A composição da obra cronista (datado de 300 a.C. ou 400 a.C., 150 anos depois 
da história deuternomista) cobre o espaço de tempo que vai de Adão até a 
restauração pós-exílica, que ocorre com Esdras e Neemias. Quando consideramos a 
obra cronista pensamos em 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias. Há aqui alguns 
problemas: a passagem de crônicas para Esdras possui uma defasagem histórica. 
Omite-se o período do Exílio babilônico. Nesse caso, os estudiosos não consideram, 
historicamente, a obra cronista como uma obra bem construída. A história cronista 
é uma nova versão da história de Israel. Em boa parte, é continuação da história 
deuternomista. O cronista faz uma releitura da história de Israel. Por isso 
encontramos histórias semelhantes, que já se vê nos livros deuteronomistas. Só 
que o cronista não conta a história dos reis do Norte. Há uma supressão dos 
concidadãos de Jeroboão. Há dois grandes momentos da história de Israel na 
literatura cronista: a monarquia e a restauração. O Exílio, como se percebe, é 
ignorado. A restauração está na obra de Esdras e Neemias. A monarquia temos-nos 
outros livros (1 e 2 Crônicas). 
O texto de Crônicas começa dizendo “Adão” (I Cr 1-9) e citando outros nomes. A 
essa parte chamamos genealogia. A idéia é escrever um texto desde a criação até a 
geração do cronista. A partir do capítulo 10 fala-se do “primeiro rei de Israel”. O 
autor ignora a época dos juízes. O escritor faz isso porque seu objetivo é mostrar o 
lugar e a importância da monarquia e usar esse momento como pedra principal da 
Reforma. Quando se fala de monarquia, o interesse do escritor é mencionar Davi e 
Salomão, Davi é a peça chave na composição do ideal monárquico. Se no 
deuteronomista Davi está por causa de Josias, aqui temos Davi como suporte da 
Reconstrução, que ocorrerá posteriormente. No capítulo 11 de crônicas temos a 
história de David. Na verdade, o cronista faz uma releitura de um texto que já 
conhece. Para o cronista o templo é uma obra iniciada por Davi. Todo o livro do I 
Crônicas faz uma releitura dos livros de Samuel. O que é comum porque o ponto de 
referência do escritor é o templo e sua opção política é, como percebe se, pela 
monarquia. 
O II Crônicas é uma divisão posterior. Ali se fala da construção do templo (na 
teologia cronista o templo começa a funcionar antes de sua construção). O capítulo 
10 de II Crônicas fala do cisma político. Só nesse momento temos menção ao 
pecado de Jeroboão. Nos próximos capítulos são mencionados os reis de Judá. Só 
se mencionam os reios do norte quando se fala de pecado. Em II Crônicas 
predomina uma releitura dos livros dos reis. Termina as crônicas falando de Josias 
e sua reforma (II Cr 34,35,36). Os versículos finais dos últimos capítulos de II 
Crônicas temos uma tentativa de dar continuidade ao livro seguinte, Esdras (aliás, 
11 
 
os mesmos versículos também estão no início deste livro). O núcleo da teologia 
cronista encontra-se em II Crônicas 12.4-12. Ela é marcada pela teologia da 
aliança. Encontramos em Crônicas as expressões “Aliança de Sal”, “Reino de Deus”, 
“Bezerros de outro”, “Candelabro de ouro” que designam a atuação ou castigo 
divinos. O texto que citamos mostra a legitimação da dinastia davídica (O Senhor 
deu a Davi para sempre o reino de Israel), mostra que em Jeroboão, todas as tribos 
do norte caíram em apostasia (pecado), além disso, há uma legitimação de Judá 
como tribo escolhida por Deus. Do ponto de vista político, isso é muito perigoso. O 
cisma, para o cronista, significa uma rebelião contra Deus e Jeroboão é o culpado. 
Outro ponto importante da leitura é o conflito entre Judá e samaritanos, muito 
comum depois do Exílio. Some-se a isso a doutrina do cronista sobre a retribuição: 
quem pratica o bem (Davi, por exemplo) tem as bênçãos divinas; que faz o mal 
(Jeroboão) ganha a maldição. Como vimos, nesse texto temos o maior grau de 
concentração da teologia cronista. 
A deportação dos israelenses ocorreu em 586 a.C (II Cr 36. 21). O livro de 
Crônicas, dando um salto histórico, já fala do decreto de Ciro (I Cr 36.22) que 
envia o povo ao Exílio. 
Esdras é o único livro que conta a restauração. Do capítulo 1 ao 6 fala-se somente 
do Templo. O livro não fala de oposições nem perseguições. É um livro mais 
pacífico, típico do período Persa. Tudo acontecia dentro dos padrões da lei. Tudo 
acontece em nome de Deus, do rei não há rebeldia. Só obediência. É nesse clima 
que a reforma se configura no pós-exílio. De toda a obra cronista, a mais 
importante é o capítulo 8 de Neemias. Nele temos a leitura da Lei. O grande 
referencial, o divisor de águas de uma nova etapa. A religião de Israel passará a 
ser marcada pelo livro. A partir daí teremos a autonomia completa do judaísmo: 
com liturgia da Palavra, o exercício da exegese, da cultura. A religião sacerdotal 
perde espaço para a religião pública. A Escritora será o único instrumento capaz de 
levar Israel a compreender o verdadeiro sentido da Palavra de Deus. A Torá será o 
grande patrimônio de Israel. 
FONTE: http://www.sivalsoares.net/livros-hist%F3ricos.php 
 
6- Livros Poéticos e Proféticos 
A poesia Hebraica 
O Livro dos Salmos é o maior e talvez o mais amplamente usado livro da Bíblia. Ele 
explora o mais profundo da experiência humana de uma forma muito pessoal e 
prática. Seus 150 “cânticos” permeiamda Criação aos períodos patriarcal, 
teocrático, monárquico, exílico e pós-exílico. A tremenda amplitude do tema nos 
Salmos inclui diversos tópicos, tais como júbilo, guerra, paz, culto, juízo, profecia 
messiânica, louvor e lamentação. Os Salmos eram entoados como o 
acompanhamento de instrumentos de corda e serviram como hinário do templo e 
guia devocional para o povo judeu. O Livro dos Salmos foi gradualmente 
colecionado e originalmente intitulado, talvez devido à grande variedade de 
material. Ele veio a ser conhecido como “Sepher Tehillim”, Livro dos Louvores, em 
virtude de quase todo salmo conter alguma nota de louvor a Deus. A Septuaginta 
(LXX) usa a palavra grega “Psalmoi” como título para este livro, significando 
poemas entoados com acompanhamento de instrumentos musicais. Ele também é 
chamado “Psalterium” (coleção de cânticos), e esta palavra é a base para o termo 
“Saltério”. 
12 
 
O título latino é “Liber Psalmorum”, Livro de Salmos. A literatura que abrange o 
Livro dos Salmos é extensa, mas cabe aqui apresentar algumas referências. Em 
português temos os comentários de Agostinho publicados pela Editora Paulus, em 
dois volumes, a partir do original em latim. Martinho Lutero tem seus comentários 
publicados pela editora Sinodal. Calvino está sendo traduzido pela editora 
Paraclétos, a partir da excelente edição inglesa, porém com referências as versões 
francesa e latina. Além, é claro, da erudição moderna. 
Uma apreciação dos princípios e da estrutura da poesia hebraica é essencial para a 
compreensão apropriada dos Salmos e sua interpretação. Também se torna 
necessária para perceber que aquilo que o Ocidente consagrou como poesia tem 
pouca semelhança com aquilo que os hebreus entendiam com o vocábulo. A poesia 
hebraica teve grande popularidade em todo o antigo Oriente Próximo. Numerosos 
exemplos desse gênero literário chegaram até nós de Canaã (cujos músicos e 
cantores tinham fama internacional) bem como do Egito e da Mesopotâmia. É 
evidente a contribuição que, nesse sentido, Israel deu ao mundo cultural do seu 
tempo. Na poesia hebraica não existe a rima, e é exato falar em ritmo do que em 
métrica na poesia hebraica. Sua característica mais importante é a repetição de 
idéias, denominada de Paralelismo. Uma idéia é afirmada e, logo em seguida, é 
novamente expressa com palavras diferentes, sendo que os conceitos das duas 
linhas se eqüivalem de forma aproximada. 
Foi Robert Lowth, professor de poesia em Oxford, Inglaterra, quem primeiro 
chamou a atenção para o princípio fundamental da poesia hebraica. Em seu tratato, 
De Sacra Poesi Hebraeorum: Praelectiones Academicae de 1753. Os tipos de 
Paralelismo foram classificados por Lowth em três categorias: 
Sinomínico: consiste em expressar duas vezes a mesma idéia com palavras 
diferentes, como em Sl 113.7. “Ele levanta do pó o necessitado E ergue do lixo o 
pobre”. 
Antitético: é formado pela oposição ou pelo contraste entre duas idéias ou imagens 
poéticas, como em Sl 37.21. “Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, Mas 
os justos dão com generosidade”. 
Sintético: aqui as duas linhas do verso não dizem a mesma coisa, mas antes, a 
declaração da primeira linha serve como base sobre a qual a segunda declaração se 
fundamenta. A relação é a de causa e efeito, como em Sl 19.7-8. “A lei do Senhor é 
perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, E 
tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao 
coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos”. 
Outra característica da poesia hebraica para a qual devemos chamar a atenção é o 
emprego do arranjo acróstico ou alfabético. Existem nove salmos acrósticos no 
saltério. São eles: 9-10, 25, 34, 37, 111-112, 119 e 145. Neste tipo de 
composição, as linhas ou estrofes iniciam cada uma, com letras em ordem 
alfabética. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxiliaria na memorização e no 
ensino. Isto também pode sugerir-se que o assunto foi tratado de forma completa. 
FONTE: 
http://www.monergismo.com/textos/comentarios/exegese_%20da_poesia_hebraic
a.pdf 
 
 
13 
 
7- Doutrina de Deus 
Conhecendo a pessoa de Deus 
Entendendo a Trindade 
Talvez o conceito mais difícil para explicar do cristianismo é o mistério da Trindade. 
Como nosso Deus pode existir em três pessoas separadas e distintas: Pai, Filho, e 
Espírito Santo, ainda serem um Deus? Se os cristãos acham difícil entender esta 
possibilidade, imagine o problema que isto apresenta para as pessoas de outras 
religiões. Os muçulmanos, em particular, não podem entender como os cristãos 
podem professar acreditar que há só um Deus e ainda adorá-lo como três seres 
individuais. Eles afirmam que o cristianismo não é monoteísta, mas politeísta. 
Nossa crença na Trindade pode ser explicada em de forma compreensível? Talvez 
possa! 
A Bíblia nos fala em Gênesis 1.1 que no princípio, foi Deus que criou o céu e a 
Terra. Isto só pode significar que antes desta época de criação, só existiu Deus. 
Nada do qual nosso Universo é incluído existia antes desse tempo de existência. Ele 
foi o responsável pela criação. Lemos também em Isaías 43.10 que só há um Deus: 
“antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. Os 
anjos que servem a Deus são seres criados, e não eram preexistentes. Isto é 
evidente de Ezequiel 28.15 onde Deus está falando sobre Satanás: “Perfeito eras 
nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade 
em ti”. 
Considerando que Satanás e os outros seres divinos foram criados por Deus, é 
evidente que uma vez só Deus existiu. Estes seres criados não são divindades, e 
não são parte da Divindade. Seu poder vem de Deus e o que eles podem e não 
podem fazer é estritamente dado pela permissão de Deus e por Sua autoridade 
suprema. Mas e as outras duas pessoas da Trindade? Há qualquer evidência bíblica 
que elas preexistiram antes da criação? Ninguém discorda, é claro, que Deus Pai é 
verdadeiramente Deus, mas o mistério da Trindade também inclui Deus Filho e 
Deus Espírito Santo. Eles também eram preexistentes antes da criação? 
João 1.1 nos fala: ”No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo 
era Deus”. Não há dúvida sobre quem João estava falando, pois em João 1.14 ele 
diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”. O Verbo era Jesus Cristo, o Filho 
de Deus. O Filho estava presenta na criação? João 1.3 nos diz que Ele estava: 
“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito 
se fez”. Jesus, o Filho de Deus, estava presente na criação, então Ele era 
preexistente com Deus antes da criação. 
A terceira pessoa da Trindade também estava presente na criação, pois em Gênesis 
1.2 lemos: “E o espírito de Deus movia-se sobre a face das águas”. O Espírito 
Santo, então, também era preexistente antes da criação, e também é divino. 
Através do testemunho bíblico podemos estabeler que todas as três pessoas da 
Trindade estavam presentes na criação, e eram preexistentes. Como só Deus era 
preexistente, então segue-se que todos os três são realmente Deus. Jesus pediu 
para que os discípulos que batizassem os fiéis no nome de todas as três pessoas da 
Trindade. Em Mateus 28.19 Ele os instruiu: “Ide e ensinai a todas as nações, 
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Como Deus disse 
claramente que Ele não compartilhará Sua glória com qualquer um, está claro que 
todas as três pessoas da Trindade são um, a Divindade. 
14 
 
O mistério da Trindade, o conceito que Deus pode ser um, existente em três 
pessoas separadas e distintas está além da compreensão de nossas mentes 
limitadas, mortais. Nós, que somos limitados a entender somente o que nossa 
existência terrestre nos permite experimentar pessoalmente, não podemos 
facilmente entender esta possibilidade. Muitas vezes me pediram para tentar 
explicar o mistério da Trindade por pessoas que ou não puderam entendâ-la, ou por 
causa desua natureza complicada e ambígua recusaram-se a aceitá-la. Eu tentei 
fazer o melhor que pude, mostrando que embora todas as três pessoas da Trindade 
compartilharam os atributos de Deus, Deus Pai exemplificava santidade da 
Divindade, Jesus demonstrava a personalidade de Deus, enquanto o Espírito Santo 
manifestava o poder do Todo-poderoso. Para alguns isto pode ter servido como 
uma explicação satisfatória, mas eu sabia que para outros não. Claro que havia 
muito mais para ser dito sobre Trindade, muito mais, que minhas poucas palavras 
poderiam explicar, mas eu estava impossibilitado de explicá-la mais 
adequadamente. Então um dia, quando eu estava andando pela praia, fui pego de 
repente por algo maravilhosamente semelhante, algo que poderia fazer os outros 
entenderem de uma forma nunca dantes entendida. 
Quando você está na praia, até onde seus olhos podem ver, há o poderoso oceano. 
É uma entidade de poder enorme, às vezes parado e clamo como uma piscina 
tropical e às vezes bravio e furioso para esmagar aqueles que nele se enveredam. 
Observe bem e veja as ondas subindo para perto da praia. A onda ganha impulso à 
medida que se aproxima da praia, permanecendo uma parte do mar de onde tem a 
vida. Então, depois de se chocar na orla, volta ao mar da qual veio. A onda tem sua 
própria identidade, mas nunca está separada do mar. 
Da mesma maneira que Jesus veio do Pai e voltou ao Pai, Ele teve, e ainda tem, 
uma identidade própria. A onda nunca está separada do mar, da mesma maneira 
que Jesus nunca esteve separado do Pai. Da mesma maneira que a onda 
exemplifica a personalidade do mar, Jesus é a personalidade de Deus Pai. Se você 
viu uma onda, então você deve ter visto o mar. Se você viu Jesus, você também 
viu o Pai. 
Quando você está na praia, você se dá conta de outra parte do mar. O ar salgado 
que o vigora também é uma parte integrante do mar. Também, tem uma existência 
separada do mar, mas é parte dele. Penetra em todos lugares adentro de milhas do 
litoral. À medida que você se aproxima a praia, percebe que este é o sinal que o 
mar não está longe. De fato, é o mar, alcançando você pelo ar. Isto é exatamente o 
que o Espírito Santo faz. Da mesma maneira que o ar salgado atrai os homens ao 
mar, o Espírito Santo atrai os homens para o Pai por Jesus Cristo. O Espírito, 
embora tendo uma existência separada, não está separado da Divindade. 
Eu usei este simples exemplo durante vários anos. As pessoas parecem poder 
entender melhor o conceito da Trindade pela relação paralela do mar, onda e ar 
salgado que representam o Pai, Filho, e o Espírito Santo que por quaisquer de 
minhas tentativas anteriores para explicá-la. As crianças são as mais rápidas em 
captar o significado desta “parábola” para o mistério da Trindade. Suponho que nós 
adultos mais velhos e mais sofisticados não deveríamos estar totalmente surpresos. 
Afinal de contas, a Bíblia nos fala que “um pequenino os guiará”. 
FONTE: http://logoshp.6te.net/trinexpli.htm 
 
 
15 
 
8- Evangelhos e Atos 
Atos: Dos Apóstolos ou do Espírito Santo? 
Escolher o título que melhor representasse o livro de Atos sempre foi motivo de 
muita discussão na história da Igreja. Atos, como todos os livros do Novo 
Testamento, não dispunha de um título original. Qualquer título posterior seria um 
acréscimo não inspirado, portanto, sujeito a questionamentos. Desse modo, qual 
seria o título mais apropriado? Atos dos Apóstolos (nome que tradicionalmente 
acompanha nossa Bíblia), Atos do Espírito Santo ou simplesmente Atos? Para cada 
uma dessas opções temos defensores e opositores. 
O título Atos dos Apóstolos é o tradicional, portanto, o mais comum e aceito pela 
maioria dos cristãos. Ele foi adicionado à Bíblia por volta do século II, sendo 
apoiado pelos principais doutores da Igreja Primitiva como Irineu, Clemente de 
Alexandria e Tertuliano. Entretanto, o título em questão apresenta uma 
irregularidade: Dos doze apóstolos registrados no capítulo 1, Lucas relata somente 
o ministério de Pedro. 
É verdade que João acompanha Pedro ao templo “para a oração da hora nona” (At 
3.1) e em Samaria (At 8.14), mas Lucas não menciona nenhuma fala ou atos 
específicos de João. Tiago, o irmão de João, é citado, além de Atos 1.13, somente 
em 12.2 por ocasião de sua morte. Paulo, que aparece pela primeira vez no 
capítulo 8, vai ocupar cerca da metade do segundo livro de Lucas. Obviamente, o 
título Atos dos Apóstolos é amplo demais para os propósitos de seu autor. 
O segundo título sugerido, isto é, Atos do Espírito Santo, tem recebido, nas últimas 
décadas, a preferência dos vários segmentos da igreja evangélica, especialmente 
por parte das igrejas neo-pentecostais e carismáticas. A ênfase atual na pessoa do 
Espírito Santo tem contribuído positivamente para a aceitação desse título até 
mesmo pelas igrejas históricas. Mas nem todos estão dispostos a aceitar o título 
Atos do Espírito Santo como sugestão ao segundo livro de Lucas. Simon J. 
Kistemaker, por exemplo, rejeita-o com o seguinte argumento: “Não obstante a 
ênfase de Lucas no derramamento do Espírito Santo em Jerusalém (2.1-4), 
Samaria (8.17), Cesaréia (10.44-46) e Éfeso (19.6), o conteúdo do livro é muito 
mais amplo que o título (Atos do Espírito Santo) propõe cobrir”. 
A menos que estejamos enganados, o argumento de Kistemaker para descartar o 
título Atos do Espírito Santo está na verdade favorecendo-o. A obra do Espírito 
Santo em Atos não está limitada apenas àqueles eventos que ele menciona. Para se 
ter uma ideia, somente o nome completo “Espírito Santo” é empregado por Lucas 
pelo menos onze vezes em seu Evangelho e quarenta e três vezes em Atos! O 
próprio Kistemaker faz comentários excelentes das passagens pneumatológicas de 
Atos que ele não menciona no argumento acima. 
Diz ele ainda que uma vez que em Atos Jesus continua a sua obra (At 1.1). A 
ênfase, então, não recai tanto sobre o Espírito mas antes no que Jesus está 
realizando na igreja em Jerusalém, Samaria, Ásia Menor, Grécia e Itália. Correto, 
porém, não devemos esquecer (sem diminuirmos de forma alguma o valor e a 
importância da pessoa e obra de Cristo) que no segundo livro de Lucas os atos do 
Senhor Jesus são realizados pelo Espírito Santo (o Espírito de Jesus como Lucas o 
denomina em Atos 16.7), conforme o Mestre havia, em algumas ocasiões, 
prometido a seus discípulos (At 1.4; Lc 24.49). 
O livro de Atos é um tratado acerca da origem e expansão da igreja 
neotestamentária sob o comando do Espírito Santo, que por sua vez utilizou 
16 
 
homens e mulheres como instrumentos de propagação do evangelho de Jesus 
Cristo. Por último, a opção em designar o livro simplesmente como Atos evita, de 
certo modo, as objeções levantadas contra todos os nomes propostos para o 
segundo livro de Lucas, além de preservar a palavra que a maioria dos títulos 
carrega. Contudo, apesar de parecer atraente pela sua brevidade, Atos é um título 
deveras vago e sem sentido. 
FONTE:http://prjosivaldo.blogspot.com/2010/06/atos-dos-apostolos-ou-do-
espirito-santo_21.html 
 
9- Cristologia e Pneumatologia 
O estudo da pessoa de Cristo e do Espírito Santo 
As Duas Naturezas de Cristo 
“As escrituras representam claramente Jesus Cristo tendo sido possuído de uma 
natureza divina e de uma natureza humana, cada qual inalterada em essência…”. 
Cristo fala uniformemente a si mesmo e fala-se dele como uma só pessoa. Não há 
nenhum intercâmbio de “eu” e “tu” entre as naturezas divina e humana como as 
achamos entre as pessoas da Trindade (Jo 17.23). “Cristo nunca usa o plural em 
referência a si mesmo, a não ser em João 3.11 – “nós falamos do que sabemos”, e 
mesmo aqui o “nós” é mais provavelmente usado como incluindo os discípulos”. 
Os atributos e poderes de ambas as naturezas são aplicáveis a Cristo e 
reciprocamente as obras e dignidades de Cristo são aplicáveis a quaisquer das 
naturezas, de modo inexplicável, a não ser como base no princípio de que estas 
duas naturezas são orgânica e indissoluvelmente unidas emuma só pessoa 
(exemplos daquele uso estão em Rm 1.3 e I Pe 3.28; e deste em I Tm 2.5 e Hb 
1.2,3). Por isso podemos dizer, por um lado, que o Deus-homem existiu antes de 
Abraão, contudo, nasceu no reino de César Augusto e que Jesus Cristo chorou, 
cansou-se, sofreu, morreu, contudo, é o mesmo ontem, hoje e eternamente; por 
outro lado, podemos dizer que um Salvador divino nos redimiu em uma cruz e que 
o Cristo humano está presente com o seu povo até o fim do mundo (Ef 1.23; 4.10; 
Mt 28.20)”. 
As constantes representações escriturísticas sobre o infinito valor da expiação de 
Cristo e da união da raça humana com deus que têm sido asseguradas nele só são 
inteligíveis quando Cristo é considerado, não como um homem de Deus, mas como 
um Deus-homem, em quem as duas naturezas são de tal modo unidas que o que 
cada uma faz tem o valor de ambas. “A escritura claramente ensina que aquele que 
nasceu de Maria era totalmente o Filho de deus assim como o Filho do homem (Lc 
1.35), e que, no ato da encarnação, Jesus se tornou Deus-homem e não na sua 
ressurreição (Fp 2.7)”. 
Em Lucas 1.35 – o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus; e 
Filipenses 2.7 – esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de serviço, fazendo-se 
semelhante aos homens, temos a evidência de que Cristo foi tanto Filho de Deus 
como Filho do homem desde o começo da vida terrena. Cristo não tem duas 
consciências e duas vontades, mas uma só consciência e uma só vontade. “Esta 
consciência e vontade, contudo, nunca é simplesmente humana, mas é sempre 
teantrópica, atividade de uma pessoalidade eu une em si a humana e a divina (Mc 
13.32; Lc 22.42)”. 
17 
 
O pai e a mãe humanos são pessoas distintas e cada um dá aos seus filhos algo da 
sua própria natureza peculiar, contudo, o resultado não são duas pessoas no filho, 
mas uma pessoa com uma consciência e uma vontade. Assim a Paternidade de 
Deus e a maternidade de Maria não produziram uma dupla pessoalidade em Cristo, 
mas só uma. A união das naturezas divina e humana torna esta possuída dos 
poderes pertencentes àquela, em outras palavras, os atributos da natureza divina 
são outorgados à humana sem passar por sobre sua essência, de modo que o 
Cristo humano, mesmo na terra, tinha poder para ser, conhecer e agir como Deus. 
Que este poder era latente, ou raramente manifesto, era o resultado do estado de 
auto-escolha da humilhação na qual o Deus-homem entrou. 
Neste estado de humilhação, a comunicação do conteúdo da sua natureza divina 
com a humana foi mediada pelo espírito Santo. O Deus-homem, em sua forma de 
servo, conhecia, ensinava e fazia só o que o Espírito santo permitia e dirigia (Mt 
3.16; Jo 3.34; At 1.2; 10.38. Hb 9.14). Mas quando havia permissão, ele conhecia, 
ensinava e fazia não como os profetas, pelo poder comunicado de fora, mas em 
virtude de sua própria energia (Mt 17.2; Mc 5.41; Lc 5.20.21; 6.19; Jo 2.11. 24,25; 
3.13; 20.19). 
A união da humanidade com a divindade na pessoa de Cristo é indissolúvel e 
eterna. Diferentemente dos avatares do Oriente, a encarnação foi a admissão da 
natureza humana pela segunda pessoa da Trindade. Na ascenção de Cristo, a 
humanidade glorificada atingiu o trono do universo. Por seu espírito, este mesmo 
Salvador divino-humano é onipresente para assegurar o progresso do seu reino. A 
sujeição final do Filho ao Pai, mencionada em I Co 15.28, não pode ser outra senão 
o completo retorno do Filho à sua relação original com o Pai, visto que, segundo 
João 17.5, Cristo deve novamente possuir a glória que tinha com o Pai antes que o 
mundo existisse (Hb 1.8; 7.24,25). Nossa investigação da Escritura, ensinando a 
respeito da pessoa de Cristo leva-nos a três importantes conclusões: 
a. Que a divindade e humanidade, o infinito e o finito, nele não são mutuamente 
exclusivos; 
b. Que a humanidade em Cristo difere da sua divindade não meramente em grau, 
mas em gênero; 
c. Esta diferença em gênero é diferença entre o infinito original e o finito derivativo, 
de modo que Cristo é a fonte da vida, tanto física como espiritual, para todos os 
homens. 
Dito isto, podemos dizer que Maria gerou a natureza divina de Cristo? Não. O Verbo 
eterno se fez carne o ventre de Maria. Já era eterno, já era divino, já era Deus 
(João 1.1,2,3,14). No mistério de Sua encarnação, Ele se fez Deus-homem. 
Portanto, Maria não é “Mãe de Deus”. O Santo foi gerado no seu ventre de forma 
sobrenatural, e o sobrenatural ao pode ser explicado pela lógica humana. 
FONTE: http://www.ebdweb.com.br/2008/01/13/as-duas-naturezas-de-cristo-2/ 
 
 
 
 
18 
 
10- Escritos Apostólicos 
A literatura epistolar do Novo Testamento 
Vinte e um dos vinte e sete livros que formam o Novo Testamento pertencem ao 
gênero epistolar.São cartas escritas com a finalidade de dirigir, aconselhar e instruir 
nos seus primeiros desenvolvimentos as igrejas recém-formadas ou para ajudar os 
responsáveis por pastoreá-las e administrá-las. No livro de Atos dos Apóstolos, se 
relata como a fé cristã começou a propagar-se pela Palestina, Ásia Menor e diversos 
pontos da Grécia, nos anos que se seguiram à ascensão do Senhor. A rapidez dessa 
expansão veio, muito cedo, revelar que o trabalho missionário não se reduzia a 
promover pequenos grupos de crentes em diversos lugares, mas exigia, também, 
manter com as novas comunidades um relacionamento vital que contribuísse para 
edificá-las espiritualmente e para orientar a sua conduta de acordo com os 
preceitos da sua fé em Cristo. Como conseqüência de tal necessidade, o anúncio do 
evangelho, basicamente oral no princípio, teve de ser suplementado não muito 
tempo depois pela comunicação por carta. Isso tornou possível aos pregadores 
continuar o seu labor de extensão missionária sem por isso abandonar a atenção às 
igrejas já estabelecidas. 
As epístolas, como os demais livros do Novo Testamento, estão escritas em grego, 
o que não significa que o estilo literário epistolar estivesse especialmente difundido 
no mundo grego da época. Mas era um estilo muito difundido entre os romanos, 
que fizeram uso normal do correio como instrumento idôneo para vincular a 
metrópole com as legações políticas e militares de serviços nas províncias do 
Império.De acordo com certas características comuns, podemos agrupar as 
epístolas do Novo Testamento do seguinte modo: 
1. Epístolas paulinas (13): 
a)Primeiras epístolas: I Tessalonicenses e II Tessalonicenses (alguns a consideram 
posterior). 
b)Grandes epístolas: Romanos, I Coríntios, II Coríntios e Gálatas. 
c)Epístolas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. 
d) Epístolas pastorais: I Timóteo, II Timóteo e Tito. 
2. Epístola aos Hebreus (1) 
3. Epístolas universais (7): 
Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, II João e Judas. 
O título que recebe cada grupo está inspirado no tema ou propósito geral das cartas 
que o integram ou nas circunstâncias que rodearam a sua redação. Alguns dos 
títulos se explicam por si mesmos e não precisam de maiores comentários porém, 
nos seguintes casos, convém fazer algum esclarecimento: 
Primeiras epístolas: É uma epígrafe que faz referência à época em que foram 
compostas. Não somente se considera que são os escritos mais antigos do apóstolo 
Paulo, mas também de todo o Novo Testamento. 
Grandes Epístolas: Entre elas está incluída a de Gálatas apesar da pequena 
extensão do texto. A razão está no seu estreito parentesco com Romanos, o que 
requer considerá-las juntamente.Epístolas da prisão: Quando Paulo redigia estas 
cartas, se encontrava preso em algum lugar que não se conseguiu determinar. 
19 
 
Muitos pensam que se tratava de Roma outros sugerem Éfeso, entretanto, na 
realidade, nem sequer se pode afirmar com certeza que as quatro epístolas tenham 
sido escritas desde uma mesma prisão. 
Epístolas pastorais: Correspondem a um tempo em que o Cristianismo, tendo já 
progredido na fixação da doutrina e na elaboração da estrutura eclesiástica, 
precisava ordenar administrativa e pastoralmente a sua vida e oseu trabalho. 
Epístolas universais (ou gerais): Começou a se aplicar este título no séc. II, quando 
ainda estava se formando o cânon dos livros do Novo Testamento. Significa que as 
sete cartas do grupo (exceto II João e III João, que foram incluídas aqui por seu 
parentesco com 1Jo) não são dirigidas a um destinatário determinado, mas aos 
crentes em geral. 
A estrutura literária das epístolas apostólicas não é uniforme. Inclusive algumas 
delas (Hebreus e Tiago) parecem mais sermões ou tratados doutrinais, aos que, por 
alguma razão pastoral, agregou-se algum aspecto de caráter epistolar (como o cap. 
13 de Hebreus ou o começo de Tiago). 
As cartas que, com maior propriedade podem assim chamar-se, respondem em 
termos globais ao modelo clássico romano, que consistia em: 
a) uma saudação inicial, precedida da apresentação do autor e a indicação do 
destinatário. 
b) o texto ou o corpo da carta propriamente dito 
c) a despedida, que incluía saudações de pessoas conhecidas do autor e do receptor 
e saudações para essas pessoas. 
Os autores cristãos modificaram, em certas ocasiões, esse modelo de carta em 
alguns dos seus detalhes. Paulo, p. ex., no lugar da característica saudação inicial 
romana Saúde, introduz no começo de quase todas as suas epístolas uma 
expressão mais complexa, que dá testemunho da sua fé: “Graça a vós outros e paz 
da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Rm 1.7). Essas palavras 
vão normalmente seguidas de uma ação de graça ou de uma oração em favor dos 
destinatários da carta. Do mesmo modo, a despedida não se limita ao simples e frio 
"Saúde", que lemos,na carta do tribuno Cláudio Lísias ao governador Félix (At 
23.30), mas freqüentemente inclui, junto às saudações pessoais, uma exortação, 
bênção ou doxologia, que é como uma afirmação final da sua fé, com a qual o autor 
encerra os seus escritos. 
Na época em que surgiram as epístolas neo-testamentárias era prática habitual que 
o autor ditasse o texto a um assistente ou amanuense. É muito provável que 
Romanos tenha sido ditada pelo apóstolo Paulo a um crente que se identifica a si 
mesmo como Tércio, que escrevi esta epístola (Rm 16.22). Em certas ocasiões, o 
autor não se valia de um escrevente, mas de um autêntico secretário, que, uma 
vez informado dos assuntos a tratar, se encarregava de compor e redigir a carta do 
princípio ao fim. Em qualquer caso, também era comum que, ao término do escrito, 
o próprio autor acrescentasse, do próprio punho, o seu nome e umas poucas 
palavras de saudação (I Co 16.21 Gl 6.11 e, talvez, I Pe 5.12). 
Também frequentemente sucedia que um livro, cujo autor queria oferecer o 
pensamento ou os ensinamentos de um personagem de reconhecido prestígio, era 
publicado com o nome desse último, sem se importar se ainda estava vivo ou já 
havia morrido. Em tais casos de nome ou título figurado, o autor, evidentemente, 
permanecia anônimo. Alguns estudiosos pensam que esse procedimento, admitido 
20 
 
nos usos literários da antiguidade hebraica, grega e latina, possivelmente tenha 
sido introduzido em certas ocasiões no Novo Testamento. Entretanto, seja como 
fosse, a autoridade das Escrituras, suporte da fé cristã e norma da vida e da 
conduta do povo de Deus, em nada ficou por isso depreciada. 
FONTE: http://www.vivos.com.br/297.htm 
 
11- Introdução à Teologia 
O Que é Teologia? 
Houve-se um tempo em que Teologia para certo grupo de evangélicos, significava 
uma afronta a sua fé, e que estudar Teologia era algo do diabo. Hoje parece que 
essas idéias e pensamentos bizarros me creem, diminuiu ou não existe mais e uma 
grande maioria de crentes está estudando teologia. Mas o que é na verdade 
Teologia?O termo “Teologia” é comumente empregado quando as pessoas falam de 
Deus. Teologia significa “o estudo de Deus”. É um termo formado por duas palavras 
gregas: QHEOS (théos), que significa “Deus” e logos (logos) que significa “o estudo 
de algo”. 
A Teologia inclui o estudo de Deus e sua relação com o universo. Quando uma 
pessoa faz perguntas acerca de Deus, está fazendo perguntas de caráter teológico. 
O crente estuda teologia com o intuito de definir sua fé cristã. É difícil ter um 
relacionamento pessoal com alguém que você não conhece. É preciso que uma 
pessoa compreenda o que crê em relação a Deus e como Ele se relaciona com a 
humanidade e com o universo. A finalidade disso é compreendermos o propósito 
que Deus tem para nós enquanto vivemos aqui na terra. O apóstolo Paulo falou de 
seu esmagador desejo de conhecer a Deus: “Para conhecer Cristo, e o poder da sua 
ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, identificando-me com Ele na 
sua morte” (Fp 3.10). 
O estudo da teologia também é essencial para a disseminação da mensagem cristã. 
Cristo disse para os discípulos transmitirem ao mundo inteiro as boas novas a Seu 
respeito: “Portanto, indo fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em 
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Essas boas novas só 
podem ser proclamadas quando corretamente entendidas. 
Quando um crente declara a verdade de Deus a outras pessoas, normalmente 
aqueles que não crêem lhe fazem muitas perguntas. Uma boa noção de teologia 
pode ajudar o cristão a responder de forma precisa e inteligente. A Bíblia nos 
manda saber o que cremos e por que cremos: “Antes santificai em vossos corações 
a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e 
temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe 
3.15). 
Portanto, o estudo da teologia pode ser proveitoso para o crente porque capacita-o 
a definir sua fé cristã, a propagar a mensagem da Bíblia com conhecimento de 
causa e a justificar sua fé precisamente quando confrontada com outras posturas 
religiosas. 
FONTE: http://www.portalquinari.com.br/index.php/categoryblog/1624-o-que-e-
teologia 
21 
 
12- Hermenêutica Bíblica 
Estudar e entender a bíblia é possível? 
É fácil perder o interesse quando uma coisa parece que não é bem aquilo que 
lemos. Sim, não entender o que está lendo pode ser uma fator muito influente para 
desanimar. A bíblia sendo um livro antigo não causa tanto interesse nas pessoas, 
mas mesmo assim ela merece atenção especial. Com um pouco de dedicação e 
possível entender o que ela diz. A bíblia é um livro extraordinário. Seus escritores 
afirmam que foram inspirados por Deus. 
A bíblia nos mostra coisas sobre a nossa origem, explica porque estamos aqui e 
esclarece para onde vamos. Ela é certamente um livro que merece a nossa 
consideração. Você já tentou ler a bíblia? Se já, por que desistiu? Realmente, uma 
das coisas que leva as pessoas a desistir de ler esse maravilhoso livro é o fato de 
ser um pouco complicado entender. Alguns livros podem ser de ajuda para 
entender o significado de certas coisas que são ensinamentos profundos a respeito 
da bíblia, e sem dúvida eles estão disponíveis sempre que se precisa. Alguns 
consideram um desafio grande entender a bíblia. Talvez você precise de ajuda ao 
ler os textos que citam costumes desconhecidos. 
Embora exija esforço, é possível sim estudar e entender a bíblia, e o efeito que isso 
trará em nós e as mudanças para melhor que fará em nossas vidas sem dúvida são 
compensadoras. Sendo ela inspirada por Deus e sabendo ele de nossas limitações, 
nos daria um livro para não entendermos? Embora seja um pouco difícil, não será 
cansativo ou desgastante, mas é algo interessante e proveitoso. 
Algumas coisas podem ser de ajuda para chegar a entender a aprender da bíblia, 
coisas como demonstrar humildade, preparar o coração e a mente, fazer oração 
pedindo ajuda para esclarecer, meditar no que lemos nesse livro, e se deixar ser 
ensinado. Essas são atitudes que são de grande ajuda para quem quer ter 
entendimento da bíblia. Então, se esse é o seu caso, não desista, e com certeza 
poderá aprender muito desse precioso livro. 
FONTE: http://situado.net/estudar-e-entender-a-biblia-e-possivel/ 
 
13- Homilética 
A arte dacomunicação e exposição da Bíblia 
Cuidados na hora da pregação 
Assim como uma construção possui sua estrutura (ou alicerces), ou o nosso corpo 
possui o esqueleto com a função de sustentar o corpo, a pregação (ou sermão) tem 
esta estrutura básica, afim de que por ela seja estruturada a pregação. 
Antes de pensar na estrutura em sim, o pregador deve responder a algumas 
perguntas para então desenvolver a estrutura do seu sermão. Sugerimos 
basicamente a estas perguntas: 
Qual é a mensagem a ser pregada? 
O que é mais importante nesta mensagem? 
22 
 
Onde será pregada? 
Quem são os ouvintes? 
Como devo ministrar? 
Quando é criado um comercial de TV, por exemplo, a equipe de marketing 
determina qual é o perfil do público alvo para aquela campanha publicitária. 
Determinado este perfil é criada a campanha publicitária, tal analise deve ser o 
mais assertiva possível, caso contrário haverá grande desperdício de recursos e o 
público não será atingido. Por exemplo, se meu público alvo são crianças (para 
vender um jogo, por exemplo), meu comercial não pode ir ao ar às 23:00hs do 
domingo, pois neste horário as crianças estão dormindo. 
Do mesmo modo o pregador dever ser assertivo na hora de preparar seu sermão, e 
a resposta às questões acima certamente irão ajudar nesta tarefa. 
Falando na estrutura básica do sermão, mais propriamente dita, podemos 
determinar três pontos básicos e indissolúveis, e são: Introdução, Argumentação e 
Conclusão. 
Introdução – Esta é uma fase importante, pois é nela que o pregador deve 
despertar o interesse pela mensagem. É muito deselegante começar o sermão 
pedindo a atenção de todos, é papel do pregador, que, sutilmente, e através de 
argumentos, chame a atenção de todos para sua homilia. É bom lembrar que a 
introdução deve ser breve e apenas anunciar o tema da pregação. 
Argumentação – É aqui que o pregador desenvolve o sermão mais propriamente 
dito. Após a introdução é hora de desenvolver o tema já apresentado na 
introdução. São apresentados os argumentos que fundamentam seu pensamento. E 
na argumentação que o pregador ensina, consola, etc. 
Conclusão – Qual foi o objetivo deste sermão? Na conclusão o pegador irá “fechar” 
o assunto abordado. A conclusão também merce especial atenção. Quantos filmes 
voce já assistiu e o final te deixou decepcionado. Uma conclusão desastrosa coloca 
toda sua pregação em descrédito. Lembre-se: “Uma conclusão desanimada, deixará 
os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão, a conclusão 
é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte. 
FONTE:http://comunidadeabiblia.net/teologia/estudos-biblicos/cuidados-na-hora-
da-pregacao.html 
 
14- Escatologia Bíblica 
Compreendendo a doutrina das últimas coisas 
Os últimos dias 
Os que não são cristãos tem dificuldade em acreditar que estamos vivendo nos 
últimos dias da história de esta Terra. A Bíblia diz em II Pedro 3.3-4 “Sabendo 
primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando 
segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua 
vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como 
23 
 
desde o princípio da criação.” A vinda do anticristo é um sinal do fim. A Bíblia diz 
em I João 2.18 “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o 
anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a 
última hora.” 
Que disse Jesus sobre quando o fim do mundo chegaría? A Bíblia diz em Mateus 
24.14 “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a 
todas as nações, e então virá o fim.” Nos últimos dias haverão homens fazendo-se 
passar por Jesus para nos enganar, A Bíblia diz em Mateus 24.23-24 “Se, pois, 
alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de 
surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo 
que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” 
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. A Bíblia diz em Mateus 24.29-30 “Logo 
depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as 
estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no 
céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir 
o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” 
Em que condição moral estará a nossa sociedade nos últimos dias? A Bíblia diz em 
II Timóteo 3.1-5 “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos 
penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, 
soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição 
natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, 
traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 
tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta- te também desses.” 
Um aumento em conhecimento e habilidade de viajar é um sinal dos últimos dias. A 
Bíblia diz em Daniel 12.4 “Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o 
fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se 
multiplicará.” 
Que outros sinais dos últimos dias menciona a Bíblia? A Bíblia diz em Lucas 21:25-
26 “E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e sobre a terra haverá angústia 
das nações em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Os homens 
desfalecerão de terror, e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; 
porquanto os poderes do céu serão abalados.” Conversaçôes sobre paz e segurança 
é outro sinal dos últimos dias. A Bíblia diz em I Tessalonicenses 5.2-3 “Porque vós 
mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de 
noite; pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá 
repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo 
nenhum escaparão.” 
Que devem as pessoas fazer quando vêem estes sinais? A Bíblia diz em Mateus 
24.42-44 “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, 
porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, 
vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; 
porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem”. 
FONTE: http://jesusvoltara.com.br/info/osultimosdias.htm 
 
 
 
24 
 
15- História da Igreja 
Eusébio - A Voz da Igreja Primitiva (263 – 339) 
 
A Voz da Igreja Primitiva O livro dos Atos dos Apóstolos cobre um período de cerca 
de 30 anos até cerca do ano 62. Eusébio meticulosamente reuniu informações 
sobre os 300 anos seguintes para completar a sua monumental História da Igreja, 
uma narrativa autorizada da história da Igreja Primitiva, suas perseguições e 
martírios, bem como as suas heresias e divisões. 
Eusébio nasceu na Palestina, por volta do ano 263, durante o reinado do Imperador 
Galeno. Quase nada se sabe sobre a infância e adolescência de Eusébio. Não há 
qualquer indicação de que ele tenha nascido ou crescido numa família cristã, mas 
recebeu ensino cristão. 
Na sua juventude, ele foi grandemente influenciado por um presbítero de Cesaréia 
chamado Pânfilo, que era um estudioso de considerável reputação. 
Sob a orientação de Pânfilo, Eusébio copiou e corrigiu porções das Escrituras e fez 
cópias de vários livros.Foi durante esse tempo, como estudante, que ele começou a 
reunir material para duas de suas maiores obras: Crônica, a história do mundo até 
aquela época, e História da Igreja. 
Em fevereiro de 303, começou a “Grande Perseguição” de Diocleciano, que 
prosseguiu intermitente por 10 anos. Os eventos testemunhados por Eusébio estão 
registrados em História e Mártires da Palestina. Nesse tempo, ele já havia sido 
ordenado presbítero e estava sob ameaça de prisão. Em março, a perseguição 
chegou a Cesaréia, e muitos cristãos pagaram a pena máxima por causa de sua fé. 
Durante os dois anos seguintes, novos editosintensificaram a perseguição: igrejas 
foram destruídas, Bíblias foram queimadas e cristãos foram torturados e 
executados. 
Quase no fim do ano 308, Pânfilo foi preso e torturado. Estando ou não com ele na 
prisão, Eusébio continuou tendo contato com o seu amigo, e eles continuaram 
escrevendo juntos. Em História, Eusébio escreveu sobre o seu tempo: 
“Vimos com os nossos próprios olhos as casas de oração sendo totalmente 
demolidas de alto a baixo e as Sagradas Escrituras lançadas às chamas no meio 
das praças do mercado, e os pastores das igrejas, alguns vergonhosamente se 
escondendo aqui e ali”. 
No início de 309, Pânfilo foi executado, e Eusébio estava livre para viajar para 
outros lugares. É possível que ele tenha decidido que seria mais sábio evitar a 
perseguição durante algum tempo. Primeiro, ele visitou Tiro, depois foi para o sul 
do Egito, onde mais uma vez foi confrontado com ameaça de morte. Ele 
testemunhou a prisão de muitos cristãos, que eram mutilados e cegados antes de 
serem lançados na prisão, mas no ano seguinte ele estava livre e de volta à 
Cesaréia. 
Os escritos de Eusébio não davam qualquer indicação do que acontecia na prisão, a 
não ser que ele suportou sofrimentos sem, entretanto, apostatar da fé. Após 311, a 
perseguição chegou ao fim e, dois anos depois, foi introduzido o edito de tolerância 
de Constantino. 
25 
 
Em 314, Eusébio foi eleito bispo de Cesaréia. Seu tempo logo estava tomado por 
assuntos eclesiásticos urgentes. Depois de anos de perseguição, ele precisava 
dedicar tempo à reconstrução da igreja e suas propriedades. 
Em pouco tempo, porém, seu trabalho foi interrompido pela mais disseminada 
heresia de toda a história da igreja primitiva. Começou em Alexandria, por volta do 
ano 318, quando um padre chamado Arius apareceu com a idéia de que Cristo não 
era completamente Deus, de que houve um tempo em que Ele não existia e de que 
Ele tinha tanto defeitos como virtudes. A heresia causou uma séria divisão na 
igreja, e o Imperador, ansioso por manter uma impressão de unidade, convocou 
um concílio de bispos em Nicéia, em Maio de 325. 
Eusébio morreu 14 anos depois em 339. Apesar de a sua teologia ser tão 
questionável como as de alguns de seus contemporâneos hereges, o Corpo de 
Cristo lhe é muito agradecido por seu meticuloso trabalho como historiador, 
trazendo à luz valiosos testemunhos da “grande nuvem de testemunhas” da igreja 
primitiva (Hebreus 12.1). 
FONTE: http://www.adventistas-bereanos.com.br/maio2004/eusebio.htm 
 
16- Religiões, Seitas e Heresias 
Visão panorâmica das religiões e seitas modernas 
 
Como identificar uma seita 
Deriva-se da palavra háiresis, que significa escolha, partido tomado, corrente de 
pensamento, divisão, escola etc. Originalmente, a palavra não tinha o sentido 
pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em 
sentido depreciativo. Os líderes Judaicos viam os cristãos como mais um grupo 
dentro do Judaísmo. Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um 
grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas anti-bíblicas defendidas pelo 
grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode 
estar ensinando alguma heresia, sem contudo, fazer parte de uma seita. 
 
Podemos identificar as suas principais características através das quatros operações 
matemáticas, ou seja, da adição, da subtração, da divisão e da multiplicação: 
a) Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em 
consideração somente a Bíblia. Exemplos: Os Adventistas consideram como 
26 
 
inspirados os livros da senhora Ellen White . As Testemunhas de Jeová dizem que 
somente com a mediação do corpo governante ( o escravo fiel e discreto Mt 24.45) 
segundo eles, podem entender a palavra de Deus. A menos que estejamos em 
contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na 
estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia. 
b) Subtração: O grupo tira algo da pessoa de Jesus. Exemplos: A Legião da boa 
vontade tira a natureza humana de Jesus, dizendo que Ele tinha apenas um corpo 
fluídico. Outros grupos subtraem a divindade de Jesus: as Testemunhas de Jeová 
dizem que ele é o arcanjo Miguel, os espíritas dizem que ele foi apenas um grande 
médium, os adventistas dizem que ele tinha uma natureza pecaminosa negando 
assim a sua santidade, conseqüentemente a sua divindade. 
c) Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à 
organização ou à igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do 
seu sistema religioso da própria organização ou igreja. Quase todas as seitas 
pregam isso, sobretudo as pseudocristã, que se apresentam como a restauração do 
cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se 
dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que numa determinada data, o 
movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a 
ênfase na exclusividade. Outras, quando não pregam que integram o cristianismo 
redivivo, ensinam que todas as religiões são boas mas que a sua vai ser 
responsável por unir todas as demais. 
d) Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é 
tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de 
Jesus. Exemplos: A seicho-no-ie nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o 
valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado 
existisse, nem os budas todos do universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a 
cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo. Os Mórmons afirmam crer no sacrifício 
expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela igreja não 
haverá salvação. Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino 
celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith. O homem tem de fazer o 
que pode pela própria salvação. 
Porque os adeptos de seitas são pessoas difíceis de evangelizar? Van Baalen aponta 
as seguintes razões: 
a) Os adeptos de seitas não devem ser despertados para a religião, pois ele deixou 
a fé tradicional em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa melhor, chegando 
até mesmo a hostilizá-la . Ele renunciou ao plano de Deus para salvação em troca 
de algum sistema de auto-salvação. Assim para ele, a afirmação do profeta, todas 
as nossas justiças são como trapo de imundícia(Is 64.6) não reflete a verdade de 
Deus. 
b) O sectário bem informado é consciente das falhas da realidade protestante e 
evangélica. Ele não consegue entender as várias denominações. Além disso pensa 
que conhece tudo sobre a sua fé e está convencido que conhece mais acerca do 
que cremos do que nós mesmos. 
c) Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram 
zombarias, como reconhecer agora que estão errados e a paz que encontraram não 
era a verdadeira? 
FONTE: http://solascriptura-tt.org/Seitas/ComoIdentificarSeita.htm 
27 
 
17- Liderança cristã 
Lições de liderança de Jesus 
 
Entre tantos importantes líderes que fizeram história junto aos caminhos da 
humanidade nenhum foi e ainda é tão polêmico, inspirador, enigmático e conectado 
com o Universo como Jesus. O personagem que tem, com certeza, a maior 
bibliografia literária, pois, sobre Ele, existem milhares e milhares de livros, e 
nenhum outro líder ainda superou em publicações o nome de Jesus. Ele não nasceu 
para liderar: foi concebido para guiar pessoas, independentemente de suas origens, 
classes ou religiões. Eis uma das características que deu a Ele destaque dentro de 
um contexto onde, para liderar pessoas, era necessário ter domínio sob elas. Guiar 
pessoas foi o que Ele fez durante toda sua vida, guiá-las em suas mentes e 
corações para despertar nelas os mais nobres conceitos de existência. 
Não fazia diferença entre os que lhe procuravam para solicitar ajuda, conselho ou, 
simplesmente, conhecê-lo. O importante é que a sua mensagem encontrasse um 
caminho extra nos olhares daqueles

Continue navegando