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Síntese Ideologia e Educação Brasileira - Jamil Cury

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO
EDUARDA DE ASSUNÇÃO PACHECO 
SÍNTESE – IDEOLOGIA E EDUCAÇÃO BRASILEIRA: CATÓLICOS E LIBERAIS
BELÉM – PA
2022
EDUARDA DE ASSUNÇÃO PACHECO
SÍNTESE – IDEOLOGIA E EDUCAÇÃO BRASILEIRA: CATÓLICOS E LIBERAIS
Trabalho como avaliação na disciplina Educação Brasileira, ministrado pelos professores Waldir Ferreira de Abreu e Ivany Pinto Nascimento, docentes do Programa de Pós-graduação em Educação, Instituto de Ciências da Educação, Universidade Federal do Pará (PPGED/ICED/UFPA).
BELÉM – PA
2022
A obra Ideologia e Educação Brasileira: Católicos e Liberais de Carlos Roberto Jamil Cury, publicada em 1984, aborda uma série de discussões em torna da Educação no período entre 1930 – 1934, no Brasil, tomando como base as grandes mudanças que houveram nessa área. Durante o período, houve confrontos de ideologias referente à classe dominantes e classe dominadas. Nesse sentido, a discussão da noção de ideologia trouxe a questão de um discurso universal em que a classe dominante toma o lugar de representações que são opostas a suas.
Referente ao contexto apresentado na obra, vem como inicio a Primeira Grande Guerra que influenciou fortemente os acontecimentos no Brasil, trazendo uma nova configuração no que diz respeito, à questão sociocultural e o enfraquecimento da sociedade agro patriarcal, nos seus aspectos econômicos, baseada na cultura cafeeira. Sendo assim, o Estado Oligárquico torna-se uma forma particular capitalista. Além disso, novas formas de divisão social do trabalho introduzem uma reorganização das estruturas da sociedade.
Outro marco mencionado na obra refere-se à Revolução de Trinta que permitiu a renovação política da classe dominante, bem como tornando as classes de forma heterogênea, podendo ser chamadas de “condomínio do poder”. Ainda nesta revolução conjuntamente com os esforços de “Reconstrução Nacional” possibilitaram amplos debates em todas as esferas da realidade brasileira, inclusive no âmbito da educação, chegando ao mesmo conflito ideológico. Com isso, faz-se presente a influência da Igreja Católica no Brasil voltada para a as classes dominante.
A ideologia da Igreja Católica estava voltada em buscar a formação do “homem ideal” no seu processo educativo. Diante da crise da Igreja no mundo e no Brasil, há a superação da crise pelo grupo Católico como uma volta do homem para o seu interior, ou seja, dentro de si, o qual satisfaz as leis do espírito. Nesse sentido, desdobra-se em duas perspectivas: o individualismo e o socialismo proletariado. A solução da crise por parte do grupo, seria a visão de homem em que se deve ter suas relações garantidas na autoridade da tradição escolástica e do magistério. 
Para o grupo Católico, volta-se para a solução integral baseando-se no espiritualismo ligados aos preceitos evangélicos, formando-se um humanismo cristão. Sendo assim, a visão de homem é central pelo grupo, pois o homem é bom, mas é corrompido pelo pecado sendo sujeito ao mal e a raiz do mal é intelectual. Com isso, a educação é uma ferramenta imprescindível para a cura do mal intelectual, sendo articulado com a visão de homem, do mundo e de Deus, ligando-se à educação e a determinação do desenvolvimento do processo dessa área. 
No período de 1934, os Pioneiros da Nova Escola e os Lideres Intelectuais Católicos se destacaram através da Constituição de 1934, pois foram solicitados com o objetivo de oferecer sugestões para os capítulos da educação em que estavam sendo elaborados. Os princípios Escolanovistas estavam voltadas o ideário liberal para uma escola que pudesse ter o espírito científico com o intuito de qualificar o ensino, psicologização do processo educacional, a capacitação do aluno segundo suas virtudes, tal como a administração escolar para racionalizar o processo educacional.
Anísio Teixeira e Fernando Azevedo se destacaram como precursores da Escola Nova no Brasil, sendo o primeiro influenciado pelo John Dewey com o pensamento de uma escola aberta e para todas as classes, tornando-se instrumento de reconstruir a sociedade e o segundo influenciado pelo Emile Durkheim, a educação que aloca os indivíduos conforme seus dons, os diferencia e com isto dá coesão ao todo social. Em consonância aos pensadores, influenciaram fortemente o quadro da educação na época e as áreas não vinculadas à Igreja Católica, pois se posicionavam a favor do ensino acadêmico, classista e sobretudo classista, bem como defendiam a laicidade e a gratuidade da escola.
Os Pioneiros da Escola Nova seguiam com um liberalismo na perspectiva social, sem a formação de um bloco homogêneo. Além disso, são mais progressistas do que a oposição conservadora dos Católicos, pois se abrem com a maior possibilidade para as camadas populares à escola. Para eles, se baseiam no homem sujeito, na ciência, na evolução e na democracia, pautados na área antropológica. 
O grupo reformador do Estado, tem como o seu dever a formação do cidadão, por isso, foi expresso um plano nacional de educação e outros documentos sobre a área educacional com a finalidade de um ensino público, tendo como papel centralizador, desdobrou-se em três perspectivas: a liberdade de ensino; a fiscalização de escolas particulares pelo estado; centralização e o monopólio pedagógico. 
Foi instalada uma Assembleia Nacional Constituinte de 33, pois, neste acontecimento que foi analisado o Ante-projeto de Constituição conjuntamente com os Católicos e os Pioneiros, em que busca procurar apresentar a posição mediadora do Estado. O Estado Democrático supõe que o homem seja crítico que precisa duvidar e ter iniciativas livres. A partir desta assembleia houve convergências e divergências entre os grupos de católicos e renovadores. Entre as convergências pautava-se a manutenção do capitalismo, enquanto as divergências aparecem nos meios utilizados em possuir a manutenção. Além disso, o grupo Católico lutava para introduzir novamente o Ensino Religioso nas escolas públicas.
Cury conclui que os grupos mencionados durante a síntese, os Católicos e os Pioneiros defendem os interesses das classes dominantes, não baseando suas análises nas necessidades existentes, voltando-se para os modelos normativos. Portanto, os dois grupos levam a falsa consciência no que diz respeito aos conflitos das classes. 
REFERÊNCIA
CURY, Carlos Roberto Jamil. Ideologia e Educação Brasileira: Católicos e liberais. 3ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1986. (Coleção Educação Contemporânea). 201 p.