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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

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Pedagoga Fer Mendes WhatsApp: 62 99342 0331 @pedagogiatiraduvidas 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
KROTON PEDAGOGIA 
 
 
 
Professora Fernanda Mendes 
Assessoria Acadêmica 
WhatsApp: 62 99342 0331 
YouTube: Pedagogia Tira Dúvidas 
Instagram: @pedagogiatiraduvidas 
Blog: https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/ 
 
 
 
 
https://pedagogiatiraduvidas.blogspot.com/
 
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Professora Fernanda Mendes 
Assessoria Acadêmica 
WhatsApp: 62 99342 0331 
 
 
 
 
Pedagoga Fer Mendes WhatsApp: 62 99342 0331 @pedagogiatiraduvidas 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.1: A educação como fator histórico, político, social e cultural 
 
 O dualismo escolar é a expressão das desigualdades sociais e educacionais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE A
•As classes sociais dominantes têm acesso a uma educação
ampla e universal, com condições estruturais e pedagógicas
mais adequadas.
CLASSE B
•As classes dominadas estão privadas dessas condições,
restando a elas, muitas vezes, uma educação parcial,
fragmentada e voltada à formação de uma força de trabalho
precarizada.
 Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-
1830) foi um filósofo alemão idealista que abriu 
novos campos de estudo na História, Direito, Arte, 
entre outros, através dos seus postulamentos e da 
lógica dialética. 
 O pensamento de Hegel influenciou 
pensadores como Ludwig Feuerbach, Bruno 
Bauer, Friedrich Engels e Karl Marx. 
 
HEGEL (1770-1831) 
 
 Afirmou que na 
relação entre homem e 
natureza quem comanda é 
a humanidade, produtora 
de sua própria história. 
 O homem produz sua 
própria história mediante o 
trabalho, resultante do 
espírito, das ideias, ou seja, 
a produção de riquezas é 
uma ação humana. 
 
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MARX (1818-1883) e 
ENGELS (1820-1895) 
 
 A essência humana 
nada mais é do que as 
relações sociais entre os 
homens, ou seja, não 
existe uma essência 
humana imutável, ela é 
construída historicamente 
e, portanto, é mutável. 
 Karl Marx (1818-1883) foi um 
filósofo, ativista político alemão, um dos 
fundadores do socialismo científico e da 
Sociologia. 
A obra de Marx influenciou a Sociologia, a 
Economia, a História e a até a Pedagogia. 
 
 Friedrich Engels foi um teórico, 
filósofo, político e revolucionário alemão. Ao 
lado de seu amigo Karl Marx (1818-1883), 
Engels colaborou com a teoria marxista. 
AS DUAS DIMENSÕES 
DO TRABALHO 
 
 POSITIVA: Constitui o 
ser social; 
 
 NEGATIVA: Transforma 
o trabalho em um fardo, 
em uma alienação, em 
um sacrifício diário. 
 
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ALIENAÇÃO DO TRABALHO 
 
 A alienação do trabalho ocorre quando o trabalho é tão fragmentado em vários momentos que o 
trabalhador conhece apenas um destes, fazendo com que ele seja alheio ao que produz. 
 Marx, em sua obra principal, O Capital, argumenta sobre a construção da humanidade ao longo da 
história. Através da história compreende-se que o desenvolvimento do ser humano, desde seu início até os dias 
atuais, ocorreu por meio da luta de classes. 
 Deste modo, o trabalho quando não dedicado ao interesse da humanidade, e sim de um grupo 
específico, torna-se trabalho alienado. O indivíduo perde sua liberdade e humanidade, torna-se apenas força 
de trabalho e é transformado em coisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O trabalho é uma ação humana e produz riquezas; 
 
 O trabalho é elemento fundante do ser humano. 
 
 
O conceito de mais-valia é uma das ideias centrais dos trabalhos de Karl Marx que 
tratam das formas de organização social sob a perspectiva do “materialismo histórico”, isto 
é, diante da noção de que a realidade material do indivíduo é a maior responsável pela 
forma como ele se desenvolve. 
No materialismo histórico, as respostas para os fenômenos sociais estão inseridas nos 
meios materiais dos sujeitos. Isso quer dizer que diferentes situações materiais, o que, em 
uma sociedade capitalista, traduz-se em situação econômica, moldam diferentes sujeitos. 
Essa diferença é, para Marx, vetor de conflitos entre grupos de indivíduos submetidos a 
realidades materiais diferentes. 
O conceito de mais-valia insere-se na relação entre produção de mercadoria, valor de uso, 
valor de troca e o valor do trabalho aplicado na produção. Para exemplificar, suponhamos 
que um trabalhador trabalhe 10 dias para produzir 10 quilos de tecido. Cada quilo de tecido 
custa para o capitalista 10 reais, e cada dia de trabalho do trabalhador é remunerado com 
20 reais. Ao final dos 10 dias, os custos de produção de 10 quilos de tecidos somados ao 
custo do tempo do trabalho aplicado em sua produção serão de 300 reais, e esse é o valor 
de troca justo do produto final. Sendo assim, Marx mostra que os 10 dias de trabalho 
produzem riquezas suficientes para pagar pela força de trabalho utilizada no processo de 
produção. No entanto, nesse processo, o capitalista, que é dono dos meios de produção 
(o maquinário), não consegue transformar seu investimento em capital, uma vez que o 
custo de produção é exatamente o mesmo do valor de troca. 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/materialismo-historico.htm
 
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 A educação e o aprendizado assumem funções importantes no processo de produção da vida material 
e espiritual, impulsionando o desenvolvimento cultural humano. 
 
DUALISMO EDUCACIONAL E DUALISMO DE CLASSES 
 
 PERÍODO PRIMITIVO: Explicações sobre o mundo fundamentadas na religião (anímicas ou 
politeístas); 
 
 GRÉCIA ANTIGA E ROMA: Escravos e senhores nasciam com seus destinos traçados (naturalização 
das relações sociais); 
 
 CRISE DO IMPÉRIO ROMANO: Dominação do mundo pela elite e o fortalecimento do cristianismo 
(sofrimento dos escravos); 
 
 AGOSTINHO: Sofrimento faria chegar-se a Deus (servidão); 
 
 PERÍODO MODERNO: Hegel desnaturaliza a história, porque o homem a constrói (Renascimento e 
Humanismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
Taylorismo, Fordismo e Toyotismo: São três modos de organização da produção industrial utilizadas pelas 
indústrias durante a Segunda Revolução Industrial. 
 Apesar do objetivo ser o mesmo - fabricar ao menor custo - eles têm diferenças quanto ao 
processo de produção, ritmo de trabalho, papel do funcionário, objetivos, entre outros. 
 O Taylorismo e o Fordismo enfatizaram basicamente os princípios de fabricação. O primeiro iniciou 
o estudo da mão de obra na produção industrial, organizando o trabalho de modo a obter grande 
produtividade com menor custo. 
 Por sua parte, o Fordismo manteve o mecanismo de produção e organização semelhante ao 
taylorismo, porém adicionou a esteira rolante, ditando um novo ritmo de trabalho. 
 O Toyotismo, por sua vez, se concentrou no aspecto da cultura organizacional e de sua importância 
para a competitividade de uma empresa. 
 Estes modelos organizacionais influenciaram uma educação mecanizada e que objetivava a 
produção de mão de obra para o mercado de trabalho. 
 
Materiais complementares: 
 
Filme: Tempos modernos 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ 
Artigo: EDUCAÇÃO E CONCEPÇÕES DE SOCIEDADE, Ivo Tonet 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/18C9xB8BA8IZhaPz6LHgaFGzIOcngRDZz/view?usp=sharing 
 
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Faça valer a pena 
 
1. Desde o surgimento da vida em sociedade, a humanidade produziutransformações na natureza para sua 
própria sobrevivência. Na medida em que transformam a natureza, os homens transformam a si próprios. Esse 
processo de transformação é constituinte do ser social, sendo correto afirmar que: 
a) O pensamento filosófico é o elemento fundante do ser humano. 
b) O pensamento científico é o elemento fundante do ser humano. 
c) O trabalho é o elemento fundante do ser humano. 
d) O pensamento mitológico é o elemento fundante do ser humano. 
e) O instinto é o elemento fundante do ser humano. 
 
2. Desde as sociedades primitivas até o Período Moderno, a humanidade explicava sua existência com base 
em elementos anímicos, míticos, religiosos, ou seja, seu destino era traçado por forças que escapavam de seu 
controle. Somente no Período Moderno um importante filósofo desnaturalizou a história, afirmando que na 
relação entre homem e natureza quem comanda é a humanidade, que produz sua própria história. 
Assinale a alternativa que apresenta o autor dessa reflexão: 
a) Francis Bacon. 
b) Nicolau Maquiavel. 
c) Thomas Hobbes. 
d) René Descartes. 
e) Hegel. 
 
3. Karl Marx também produziu uma ruptura no campo do conhecimento na medida em que questionou a 
possibilidade de uma essência humana inalterável, afirmando que cada momento histórico produz um ser 
humano com uma determinada consciência social. Nesse sentido, correto afirmar que, para Marx: 
a) A forma como os homens produzem, distribuem e consomem o produto da riqueza produzida por eles é que 
determina sua consciência ou sua essência. O trabalho é a categoria chave da compreensão do ser social. 
b) A forma como os homens pensam e explicam a si próprios é que determina sua consciência social. As ideias 
são os elementos fundantes do ser social. 
c) A forma como os homens organizam sua vida religiosa é que determina sua consciência social. A moral e os 
valores são os elementos fundantes do ser social. 
d) A forma como os homens organizam suas regras e leis é que determina sua consciência social. O Estado é 
o fundamento do ser social. 
e) A forma como os homens organizam sua educação é que determina sua consciência social. A escola é o 
fundamento do ser social. 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.2: A educação na antiguidade: Grécia e Roma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍODOS HISTÓRICOS DA GRÉCIA ANTIGA 
 
 CIVILIZAÇÃO MICÊNICA → Séculos XX a XII a.C. 
 
Ocupação inicial da Grécia; início da mitologia grega; formação de pequenos estados 
tributários. 
 
 TEMPOS HOMÉRICOS → Séculos XII a VIII a.C. 
 
Homero, nas obras Ilíada e Odisséia, relata a epopeia dos gregos na Guerra de Tróia. 
 
 PERÍODO ARCAICO → Séculos VIII a V a.C. 
 
Período de intenso desenvolvimento comercial e expansão territorial; surgimento da 
filosofia; Esparta e Atenas como principais cidades-estados; período pré-socrático. 
 
SOCIEDADE 
ESCRAVAGISTA
DUALISMO 
EDUCACIONAL
PAIDEIA 
GREGA
HUMANITAS 
ROMANA
 
 Nas sociedades escravistas 
de Roma e Grécia o trabalho 
manual é desvalorizado, 
enquanto o intelectual constitui 
privilégio da aristocracia. 
Assim: os educadores buscam 
formar o homem racional, 
capaz de pensar corretamente 
e se expressar de forma 
convincente. 
 
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 PERÍODO CLÁSSICO → Séculos V a IV a.C. 
 
Auge da civilização grega; surgimento da democracia; guerras externas e internas; 
desenvolvimento da filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles; período socrático. 
 
 PERÍODO HELENÍSTICO → 338 a.C. a 146 a.C. 
 
Enfraquecimento de Esparta e Atenas; ocupação macedônica; difusão da cultura 
helenística; avanço das ciências; período pós-socrático. 
 
MODELOS EDUCACIONAIS DA GRÉCIA ANTIGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPARTA: A educação era severa e 
disciplinadora. Direcionava-se para a 
formação do guerreiro. 
ATENAS: A educação direcionava-se para a 
formação do cidadão para o exercício da 
política na pólis (cidade). 
A Paideia era a principal 
expressão do ideal grego de 
educação, que significava a 
formação integral do ser 
humano, o igual cuidado com 
o corpo e com o intelecto. 
 
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A PAIDEIA GREGA 
 
 A Paideia (παιδεία) é um termo do grego antigo, empregado para sintetizar a noção de educação na 
sociedade grega clássica. Inicialmente, a palavra (derivada de paidos [pedós] - criança) significava 
simplesmente "criação dos meninos", ou seja, referia-se à educação familiar, os bons modos e princípios 
morais. Será na mesma Grécia que se inicia um modelo de educação com um sentido relativamente semelhante 
ao que se utiliza hoje. 
 Na verdade, os ideais educativos da paideia se baseiam em práticas muito anteriores. Os gregos serão 
os primeiros a colocar a educação como problema: na literatura grega surgem sinais de questionamento do 
conceito, seja na poesia, tragédia ou na comédia. Os Sofistas e depois Sócrates, Platão, Isócrates e 
finalmente Aristóteles elevarão o debate ao estatuto de uma importante questão filosófica. 
 Assim, em meio à sociedade ateniense, "paideia" passa a se referir a um processo de educação no 
qual os estudantes eram submetidos a um programa que procurava atender a todos os aspectos da vida do 
homem. Entre as matérias abordadas estavam a geografia, história natural, gramática, matemática, retórica, 
filosofia, música e ginástica. 
 Antes disso, o conceito que originalmente exprimia o ideal de formação social grego estava contido em 
outro termo, "aretê" (em grego, adaptação perfeita, excelência, virtude). Formulado e explicitado nos poemas 
homéricos, a aretê era entendida como um conjunto de qualidades físicas, espirituais e morais, atributo próprio 
da natureza (como por exemplo, a bravura, coragem, força, destreza, eloquência, capacidade de persuasão, 
enfim a heroicidade). O alargamento do ideal educativo da aretê surgiu ao fim da época arcaica grega (por volta 
dos séculos VIII e VII a.C.), traduzindo-se na expressão "kalos kagathos" (kalos = bom; kagathos = belo, ou o 
bom e belo, em grego) da qual deriva o termo kaloskagathia, ou, a grosso modo, o cultivo do bondade ou 
virtuosismo e da beleza, onde o homem era estimulado a alcançar a excelência física e moral além da honra e 
da glória. 
 A partir do século V a. C., o conceito de aperfeiçoamento do ser humano para o bem da sociedade 
como um todo segue em plena evolução. A noção agora vigente é que, para além de formar o homem, a 
educação deve ainda formar o cidadão, deixando de ser suficiente a simples e antiga educação baseada na 
ginástica, música e gramática. 
 O conceito acabado da paideia torna-se o ideal educativo da Grécia clássica. Com o tempo, passou 
designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além da escola. Até os 
dias de hoje seus ideais são imitados em praticamente todo o mundo, como um perfeito entendimento de 
formação social do ser humano. 
 A rotina de um aluno, respeitando os preceitos da paideia era basicamente este: 
• Acordar logo ao amanhecer, e com a ajuda do pedagogo, o jovem lavava-se e vestia-se; 
• Refeição matinal e logo após, ida à palestra, para as aulas de música e ginástica; 
• Banho e regresso à casa para o almoço; 
• Retorno à palestra à tarde, para lições de leitura e escrita; 
• Ida para casa, sempre na companhia do pedagogo; estudo das lições, trabalhos de casa, jantar e enfim 
repouso. 
• Não haviam finais de semana ou férias, exceto pelos festivais religiosos ou cívicos; 
https://www.infoescola.com/filosofia/sofistas/
https://www.infoescola.com/filosofia/socrates/
https://www.infoescola.com/filosofos/platao/
https://www.infoescola.com/filosofia/aristoteles/
 
Pedagoga Fer Mendes WhatsApp: 62 99342 0331 @pedagogiatiraduvidasPERÍODOS HISTÓRICOS DA ROMA ANTIGA 
 
 MONARQUIA → 753 a.C. até 509 a.C. 
 
Formação das comunidades patrícias (proprietários de terras); desenvolvimento da 
agricultura; educação familiar. 
 
 REPÚBLICA → 509 a.C. até 27 a.C. 
 
Os patrícios exerciam o poder no Senado; expansão territorial; aumento da escravização 
e das desigualdades sociais; guerras e revoltas internas. 
 
 IMPÉRIO → 27 a.C. até 476 d.C. 
 
Auge da civilização romana; expansão territorial; crises internas; política do pão e circo; 
invasões bárbaras. 
 
ROMA: EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação heroico-patrícia: O poder estava na mão 
do patriarca. As meninas aprendiam os afazeres 
domésticos e os meninos eram educados 
diretamente pelo pai, aprendendo: história, 
patriotismo, ler e escrever, contar, cuidar da 
terra, exercícios físicos e militares. 
Educação helenística ou cosmopolita: Durante a 
República surgiram as escolas elementares particulares 
de alfabetização e matemática para crianças de 7 a 12 
anos. Os mestres eram desvalorizados e a educação era 
marcada por castigos físicos. Com a assimilação da 
cultura grega, o ensino bilíngue foi introduzido. A 
escola de gramática introduziu o ensino de cultura 
geral, ampliando os conhecimentos da elite romana, 
surgimento da escola do retor (professor de retórica), 
mais valorizada e respeitada. Estudaram política, direito 
e filosofia com a perspectiva de virarem grandes 
oradores. 
 
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Educação no Império: Momento de fusão da cultura 
grega e latina (humanitas). Houve uma crescente 
intervenção do Estado nos assuntos educacionais para a 
formação de funcionários estatais e na inspeção escolar. 
Havia uma legislação e execução de políticas 
educacionais escolares, além da definição dos salários 
dos mestres. Ocorreu um intenso desenvolvimento no 
campo jurídico e a constituição do direito romano. 
A Humanitas romana é uma cultura 
universalizada. Equivale à Paidéia, 
porém, distingue-se dela por se 
tratar de uma cultura 
predominantemente humanística e, 
sobretudo cosmopolita e universal, 
buscando aquilo que caracteriza o 
homem, em todos os tempos e 
lugares. Essa é uma concepção que 
não se restringe ao ideal de homem 
sábio, mas se estende à formação 
do homem virtuoso, como ser 
moral, político e literário. 
 
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A HUMANITAS ROMANA 
 
 A pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do século I a.C. com 
Cícero, Sêneca e Quintiliano. 
 Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica e o retorno às 
raízes romanas. 
 Varrão (116-27 a.C.): representa a transição pela qual os romanos terminam por aceitar a contribuição 
grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática, em que discute o ensino de gramática e que 
serve de base para trabalhos posteriores. Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas 
edificantes. 
 
 Cícero (106-43 a.C.): ampliou o vocabulário latino, apoiado na experiência com o grego e na erudição. 
Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos 
mais claros representantes da humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer 
cultura geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento de 
habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o exercício da persuasão. Cícero chegou a ser 
um dos principais modelos dos pedagogos renascentistas. 
 Sêneca (4 a.C.–65): Vê a filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem para o bem viver. 
A filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que não se confunde com o gozo dos prazeres, 
voltada para o domínio das paixões, já que a felicidade consiste na tranquilidade da alma. Por isso a educação 
deve ser prática e vivificada pelo exemplo. Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal 
de vida estóico: o domínio dos apetites pessoais. Enfatiza a formação moral e dá menos importância à retórica. 
Ocupa-se da psicologia como instrumento para a preservação da individualidade. 
 Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem como a 
formação do caráter. 
 Quintiliano (35-95): Foi um dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou durante 20 anos na 
escola de retórica, fundada em Roma. Distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação, 
sobretudo da formação do orador. Valoriza a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do 
aluno. Não se prende a discussões teóricas, mas procura fazer observações técnicas e indicações práticas. 
 
PONTOS IMPORTANTES: 
 
 Grécia Antiga: Educação era o instrumento do exercício da participação democrática por parte dos 
homens livres; 
 
 Roma Antiga: Educação para a formação básica de funcionários da máquina estatal e da elite 
governante; 
 
 Período-feudal: Escolas monacais para formação de religiosos; 
 
 Crise do sistema feudal: O Renascimento, o Humanismo e a Reforma Protestante ampliam o acesso 
à escola, mas permanece o dualismo escolar. 
 
 
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IMPORTANTE 
 
ESTOICISMO: Baseado numa ética rigorosa de acordo com a leis da natureza, assegurava que o universo era 
governado por uma razão universal divina (Logos Divino). Dessa forma, para os estoicos, a felicidade era encontrada 
na dominação do homem ante suas paixões (considerada um vício da alma) em detrimento da razão. O indivíduo 
estóico é alguém que demonstra resignação diante de alguma situação trágica ou à frente de um grande sofrimento. 
EPICURISMO: O epicurismo é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado 
de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do 
funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Para ter prazer e ser feliz o homem precisa, em primeiro lugar, 
dominar a lógica. Somente ela lhe dá os recursos necessários para fazer a distinção entre verdade e falsidade. Usando 
a lógica, qualquer pessoa pode obter o conhecimento verdadeiro sobre o que é a realidade e qual seu papel nela. 
SOFISTAS: Os sofistas (sábios) defendiam que a verdade não existia, que o mais importante era o convencimento. Por 
isso, especializaram-se na Retórica, a arte de falar bem. Foram os primeiros filósofos a cobrarem por suas aulas, o que 
provocou indignação de Sócrates, que defendia uma educação desinteressada. 
 
 
Material complementar: 
 
BLOG Ateliê de Educadores - Educação Romana: A humanitas 
Disponível em: http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/10/educacao-romana-humanitas.html 
 
 
http://atelierdeducadores.blogspot.com/2010/10/educacao-romana-humanitas.html
 
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Faça valer a pena 
 
1. A Paideia foi concebida como a formação integral do homem, agregando dois aspectos. São eles: 
 
a) Trabalho manual e intelectual. 
b) Mito e Filosofia. 
c) Religião e razão. 
d) Ideia e realidade. 
e) Corpo e espírito. 
 
2. Nos Tempos Homéricos, duas importantes obras serviram de referência para a educação dos gregos. São 
elas: 
 
a) Ilíada e Odisseia, de Homero. 
b) 1984, de George Orwel, e O Capital, de Karl Marx. 
c) O novo testamento e o velho testamento. 
d) A República e O Banquete, de Platão. 
e) A Política e A Poética, de Aristóteles. 
 
3. Na Grécia Antiga, o ócio era considerado uma função digna para as elites, sendo que o significado de “escola” 
era “local do ócio”.Indique qual alternativa apresenta as funções que a elite grega desempenhava: 
 
a) Trabalho manual. 
b) Trabalhar, rezar e guerrear. 
c) Governar, guerrear e pensar. 
d) Filosofar, trabalhar e obedecer. 
e) Trabalhar, governar e pensar. 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.3: A educação na Idade Média 
 
Referência de educação na Idade Média 
 
 Paideia cristianizada → Durante os primeiros séculos, a teologia foi se utilizando das teorias de Platão 
e outros filósofos, o que ocasiona a conversão da paideia grega em uma paideia cristã, que tem em Jesus 
Cristo o grande mestre e modelo em quem se encarnara o Logus Divino. 
 
 Renascimento Carolíngio →No final do século VIII, Carlos Magno conseguira reunir grande parte da 
Europa sob seu domínio. Para unificar e fortalecer o seu império, decidiu executar uma reforma na educação. 
O monge beneditino Alcuíno de York criou um projeto de desenvolvimento escolar que buscou reviver o saber 
clássico estabelecendo os programas de estudo a partir das sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário 
(gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e 
música). A partir do ano 77, foram emanados decretos que recomendavam, em todo o Império, a restauração 
de antigas escolas e a fundação de novas. Institucionalmente, essas novas escolas podiam ser monacais, sob 
a responsabilidade de mosteiros, catedrais, junto à sede dos bispados e palatinas, junto às cortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desafio do Lobo, a Cabra e o Repolho 
 Este é um dos desafios criados pelo monge Alcuíno de York, 
onde um fazendeiro tem que cruzar o rio com um lobo, uma cabra 
e um repolho. Ele só consegue levar um por vez em seu bote. Se 
levar o lobo, a cabra comerá o repolho. Se levar o repolho, o lobo 
comerá a cabra. Como fazer essa travessia? 
Resposta: Neste caso, perceba que a cabra é a chave para a 
solução por ser a personagem mais crítica: tanto pode ser comida 
(pelo lobo) quanto pode comer (o repolho). Uma possível solução 
então seria: (1) leve a cabra para a outra margem; (2) volte com o 
barco vazio, peque o repolho e leve-o para a outra margem; (3) 
deixe o repolho, mas traga a cabra de volta no barco; (4) troque a 
cabra pelo lobo e cruze o rio com o lobo; (5) volte para pegar a 
cabra. Note que uma existe uma outra solução: no passo (2) 
podemos levar o lobo ao invés do repolho. 
 
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FÉ E RAZÃO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 
 
Agostinho de Hipona: Conhecido universalmente 
como Santo Agostinho, ele foi um dos mais importantes 
teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo. 
Suas obras foram muito influentes no desenvolvimento 
do cristianismo e da filosofia ocidental. 
 Há semelhanças entre Platão e Agostinho, mas 
também diferenças. Santo Agostinho aproveitou a 
filosofia platônica dentro da fé cristã. 
 Platão defendia que as almas aprendiam por 
meio de reminiscência. Isso quer dizer que todos já 
sabiam tudo o que precisavam, pois antes de 
encarnarem, contemplavam a forma perfeita de todas as coisas, no mundo das ideias. As 
almas, quando faziam filosofia aqui na terra, apenas iam relembrando o que já tinham visto. 
 Porém, apesar de estar entre as principais ideias de santo Agostinho defender a forma 
perfeita de todas as coisas, ele não concordou com a reminiscência. Sua filosofia era a de que, 
sim, há uma forma perfeita de tudo o que existe, mas na mente de Deus. Não são as almas que 
vão se lembrando. Na verdade, elas vão aprendendo quando vão sendo iluminadas por Deus. 
 Ele entendeu que a razão natural é um meio que Deus deu ao homem para que este 
conheça a verdade. Outro meio, mais elevado e que alcança o que a razão não dá conta, é a 
Revelação, ao qual se assente por fé. Logo, para ele a fé e a razão não se contradizem, sempre 
se ajudam e apontam para a mesma verdade. 
 
CARACTERÍSTICAS HISTÓRICAS DA EUROPA MEDIEVAL 
 
 ALTA IDADE MÉDIA (DO SÉCULO V AO X) 
 
◊ Europa ocupada por povos “bárbaros”, em seguida por árabes e muçulmanos; 
◊ Formação do feudalismo; 
◊ Decadência do comércio; 
◊ Economia rural; 
◊ Fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais; 
◊ Ascensão da Igreja e da cultura teocêntrica. 
 
 
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 BAIXA IDADE MÉDIA (DO SÉULO X AO XVI) 
 
◊ Renascimento comercial e urbano a partir das Cruzadas; 
◊ Europa invasora, conquistadora, com as Cruzadas e outras investidas; 
◊ Decadência do poder local e fortalecimento do poder nacional representado pelo 
rei; 
◊ Efervescência cultural urbana; 
◊ Desenvolvimento mercantil, novas formas de produção da riqueza; 
◊ Decadência do feudalismo. 
 
CARACERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL 
 
 Substituição do ensino clássico pela escola cristã, baseado na filosofia patrística e com 
uma rígida disciplina; 
 
 Somente uma parte da elite medieval tinha acesso à educação, sendo que o 
analfabetismo predominava em quase todos os setores sociais; 
 
 Importantes teóricos buscaram aliar a fé e a razão nesse período como por exemplo, 
Agostinho, Boécio, Cassiodoro, Isidoro de Servilha, Beda, Tomás de Aquino entre 
outros; 
 
 O renascimento carolíngio, com Carlos Magno, produziu importantes avanços na 
educação medieval, principalmente pela consideração da cristandade como cultura que 
unificou a Europa; 
 
 Com o renascimento comercial, urbano e cultural, tendo a burguesia como classe em 
ascensão, novas formas de educação laica aparecem, produzindo conflitos com a 
educação religiosa; 
 
 Tomás de Aquino, com a sua educação escolástica, procura aliar fé e razão, adaptando 
a Igreja aos novos tempos. 
 
 
 
 
 
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FÉ E RAZÃO 
 
 Igreja Católica: presa às antigas formas de produção, combate 
valores e práticas da nova sociedade; 
 
 Reforma Protestante: a Igreja Católica perdeu seu reinado; 
 
 Contrarreforma: expansão da fé católica (companhia de 
Jesus). 
IMPORTANTE 
 
AS CRUZADAS: As cruzadas foram expedições militares organizadas por católicos da Europa Ocidental, com o objetivo 
inicial de reconquistar para o mundo cristão lugares sagrados, como o Santo Sepulcro, em Jerusalém, na Palestina. A 
região era local de peregrinação para católicos europeus. Entretanto, as peregrinações foram dificultadas após a 
conquista da região pelos turcos seljúcidas, que professavam a fé no islamismo. As cruzadas foram também uma luta 
de cristãos contra muçulmanos. Foram organizadas doze expedições cruzadistas. O movimento das cruzadas iniciou-se 
em 1095, após o Concílio de Clermont, onde o papa Urbano II conclamou os cristãos a aderirem às cruzadas. Havia 
outros objetivos além da conquista dos lugares sagrados aos muçulmanos. Os bizantinos há tempos pediam o apoio 
dos cristãos do Ocidente para conter o avanço dos muçulmanos turcos seljúcidas sobre seus territórios. Com esse 
apoio, a Igreja Católica poderia se reafirmar novamente no Oriente, buscando a unificação das duas igrejas cristãs após 
o Grande Cisma do Oriente, de 1054. 
 
Material complementar: 
 
Texto → Consentimento e uso em São Tomás de Aquino: dois preceitos educativos no século XIII 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1LogVOFIEltqeKfcSOfTFD44ZWdh1ZEku/view?usp=sharing 
 
 
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Faça valer a pena 
 
1. No final da Império Romano e início do período feudal, a Filosofia Patrística surgiu e exerceu importante 
influência sobre o nascentepensamento medieval, caracterizando-se: 
a) Por uma forte função apologética de defesa de dogmas, de conversão dos não cristãos, pela valorização de 
uma moral rigorosa e pelo controle das paixões e sensibilidades humanas. 
b) Pela defesa da democracia como valor universal. 
c) Por uma forte função racional na defesa da Teologia como serva da Filosofia. 
d) Pela defesa da mitologia grega, do politeísmo, pela valorização de uma moral mais flexível e pela valorização 
das paixões e sensibilidades humanas. 
e) Pelas formulações de São Tomás de Aquino, que buscou unir fé e razão para adaptar a Igreja aos novos 
tempos. 
 
2. O ensino clássico foi substituído, no início do Período Medieval, por outra escola, que é: 
a) A Escola Nova, com base em John Dewey. 
b) A escola jesuítica, que funcionava ao lado dos centros religiosos (monastérios, abadias etc.) e preocupava-
se fundamentalmente com a formação de funcionários do estado, quase todos religiosos, por serem quase os 
únicos alfabetizados. 
c) A escola cristã, que funcionava ao lado dos centros religiosos (monastérios, abadias etc.) e preocupava-se 
fundamentalmente com a formação de funcionários do estado, quase todos religiosos, por serem quase os 
únicos alfabetizados. 
d) A escola libertária, sob influência dos anarquistas. 
e) A escola pública, gratuita, universal e laica. 
 
3. No período de Carlos Magno (742 – 814), rei dos francos e imperador de uma vasta região (Império 
Carolíngio), houve o denominado Renascimento Carolíngio, caracterizado por: 
a) Reorganizar as sete artes liberais pela expansão das escolas monacais, pela reintrodução da escrita na 
administração do Estado, pela educação voltada para a formação de funcionários do Estado, pela introdução 
da minúscula carolíngia e pelo desenvolvimento da arquitetura religiosa. 
b) Reorganizar o ensino jesuítico, com base no Ratio Studiorum, plano educacional da Companhia de Jesus. 
c) Reorganizar o ensino clássico greco-romano, abolindo a educação cristã e resgatando a Paideia e a 
Humanitas das antigas civilizações clássicas. 
d) Reorganizar as sete artes liberais pela limitação das escolas monacais, pela proibição da escrita na 
administração do Estado, pela educação voltada para a educação popular, pela introdução do pensamento 
racional e laico. 
e) Introduzir a educação profissional para servos e camponeses. 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE I – História, Sociedade e Educação 
Seção 1.4: A educação na Idade Moderna 
 
Transição do feudalismo para o capitalismo 
 
FEUDALISMO → É a forma de organização econômica e social vivenciada na Europa Centro-Ocidental 
durante o período histórico conhecido como Idade Média (iniciado na Alta Idade Média), entre os séculos V e 
XV. O nome é derivado dos feudos (ou vilas), as unidades de habitação e produção que eram características 
do período. A sociedade era dividida em três grupos: 
 
1. CLERO: Os que oram – estão no topo da pirâmide; 
2. NOBREZA: Os que guerreiam – estão no meio da pirâmide; 
3. CAMPONESES e SERVOS: Os que trabalham – estão na base da pirâmide. 
 
RELAÇÕES DE SUSERANIA E VASSALAGEM 
 
Vassalagem e suserania formavam 
um sistema socioeconômico entre os 
nobres da Idade Média, sendo um o 
vassalo e o outro seu suserano. 
 Nesta relação de reciprocidade, 
o vassalo recebia terra, objetos 
materiais ou até mesmo um castelo 
de seu suserano. Em troca, 
o vassalo devia oferecer fidelidade 
absoluta e proteção ao 
seu suserano. 
 
 
 
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AS CRUZADAS → Foram movimentos militares cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-
la e mantê-la sob domínio cristão que ocorreram entre 1.095 a 1.492. 
MONARQUIAS NACIONAIS → A Formação das Monarquias Nacionais ocorreu durante o período da Baixa 
Idade Média, entre os séculos XII e XV, nos países da Europa Ocidental. As monarquias nacionais podem ser 
chamadas de Estado Absolutista, Monarquias Absolutistas ou ainda Estado Moderno. 
 O crescimento demográfico, o surgimento da burguesia e o desenvolvimento do comércio, a partir da 
expansão das rotas marítimas, fizeram com que o modelo feudal já não funcionasse como antes. Desta 
maneira, o novo desenvolvimento econômico precisava de outro modelo político. Assim, os países europeus 
foram centralizando o poder nas mãos de um rei e este se torna uma das figuras mais importantes ao lado da 
Igreja e da nova classe que surgia: a burguesia. 
 Assim o sistema feudal (administrado pelos senhores feudais), foi sendo substituído pelo sistema 
capitalista. Neste momento, verifica-se crescimento das cidades (burgos) e a intensificação do comércio e das 
feiras livres pela classe burguesa. Este período ficou conhecido como Renascimento Comercial e Urbano. 
 Diante disso, os senhores feudais, que possuíam poder na Idade Média, começam a perder sua 
posição. Por seu lado, o Rei torna-se a figura responsável por administrar a política, a economia, a justiça e o 
exército. 
 
 
 
AS GUILDAS ou CORPORAÇÕES DE OFÍCIO 
 Recebiam o nome de guildas ou corporações de ofício as associações 
formadas por artesãos profissionais e independentes, em igualdade de 
condições, surgidas na Baixa Idade Média (séculos XII ao XV) 
destinadas a proteger os seus interesses e manter os privilégios 
conquistados. Outras guildas, sem relevância econômica, tinham caráter 
religioso, beneficente ou de lazer. Além das guildas, existiam também 
as hansas, associações de comerciantes que dominavam determinados 
segmentos do mercado. 
 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/renascimento-comercial/
https://www.infoescola.com/historia/baixa-idade-media/
 
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 Poder absoluto do 
monarca, sem prestar 
contas à sociedade. 
HUMANISMO → Foi um movimento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna que correspondeu a 
ideais filosóficos, morais e estéticos que valorizavam o ser humano. Por volta do século XIV, ou Alta Idade 
Média, na Europa Ocidental, ocorreram mudanças sociais e econômicas profundas que contribuíram para o 
surgimento de novas formas de pensar. Essas modificações do modo de pensar não aconteceram de uma hora 
para outra, foram consolidando-se ao longo dos séculos anteriores até concretizarem-se em uma nova 
mentalidade e nova cultura. Assim, essas novas formas de pensamento influenciaram a economia, a 
organização do poder e a produção artística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reforma 
Protestante
Contrarreforma
Absolutismo
Expulsão dos 
camponeses e 
cercamento das 
terras
Revoluções 
burguesas
Grandes 
Navegações
CONTEXTO 
HISTÓRICO DO 
SURGIMENTO 
DO HUMANISMO 
 Revolução Inglesa (1642 – 1688); 
 Revolução Francesa (1789 – 1799); 
 Revolução EUA (1776 – 1865). 
 1517: Martinho Lutero e suas 95 teses. 
 1545: Resposta da Igreja 
Católica ao Protestantismo; 
Concílio de Trento; Jesuítas. 
 Explorações marítimas 
que descobriram novos 
“mundos”. 
 Privatização de terras que eram de 
uso comum dos camponeses. 
FASE MERCANTIL 
 
 O Capitalismo Comercial ou Mercantil é considerado o pré-capitalismo, uma vez que 
representou a primeira fase do sistema econômico capitalista. Ele surge no final do século XV, 
marcando o fim da Idade Média e o início a Idade Moderna, o qual durou até o século XVIII, quando 
desponta a Revolução Industrial. 
 
 
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 Iniciou-se por volta de 1760, 
marcando a transição de um 
sistema feudal para o sistema 
capitalista, e durou até meados de 
1850, quando, então, iniciou-se a 
segunda fase da Revolução 
Industrial. 
 Aumento da produtividade; 
 Diminuição do tempo de 
trabalho socialmente 
necessário para se produzir a 
força de trabalho. 
 A Segunda RevoluçãoIndustrial 
corresponde à continuidade do 
processo de revolução na indústria. 
O aprimoramento de técnicas, 
o surgimento de máquinas e 
a introdução de novos meios de 
produção deram início a um novo 
momento. 
 A industrialização que, antes, 
limitava-se à Inglaterra, expandiu-se 
para outros países, como Estados 
Unidos, França, Rússia, Japão e 
Alemanha. 
CAPITALISMO → É um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e sua 
operação com fins lucrativos. As características centrais deste sistema incluem, além da propriedade privada, 
a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um sistema de preços e mercados 
competitivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIS VALIA 
ABSOLUTA
1ª Revolução 
Industrial
Positivismo: 
Durkheim e 
Comte
 Aumento da jornada; 
 Diminuição do salário; 
 Intensificação do trabalho. 
 O positivismo é uma corrente teórica inspirada 
no ideal de progresso contínuo da humanidade. O 
pensamento positivista postula a existência de 
uma marcha contínua e progressiva e que a 
humanidade tende a progredir constantemente. 
MAIS VALIA 
RELATIVA
Comuna de Paris 
18 de mar. de 
1871 – 28 de 
mai. de 1871
2ª Revolução 
Industrial
 A Comuna de Paris foi um governo 
controlado por operários e membros 
das classes populares que administrou 
a capital francesa por 71 dias após a 
Guerra Franco-Prussiana. A Comuna 
de Paris foi considerada a primeira 
experiência histórica de governo 
popular. 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/origem-capitalismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/origem-capitalismo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historia/o-que-e-revolucao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrias.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm
 
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CRISE DO CAPITALISMO: 1873 
 
 A Grande Depressão foi uma crise econômica que afetou grande parte do mundo a partir do início dos 
anos 1870 até meados dos anos 1890. Ela foi mais notável na América do norte e na Europa Ocidental. A causa 
mais aceitável para a crise é a da quebra da bolsa de valores de Viena Exchange em 09 de maio de 1873. A 
segunda revolução industrial estava causando grandes alterações na economia de muitos estados e os custos 
de transição também pode ter desempenhado um papel em causar a depressão. 
A EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA 
 
 Desde o renascimento comercial e urbano do final do período feudal, entre os séculos XII e XIV, um 
novo processo de mudanças sociais entrou em curso: a gênese da sociedade burguesa. O comércio adquiriu 
dimensões globais e as novas formas de produção da riqueza passaram a pressionar as antigas. As classes 
dominantes feudais, nos processos das unificações nacionais e com o surgimento das monarquias, procuraram 
sua sobrevida nas alianças com os novos comerciantes. A demanda por novos produtos pressionava toda a 
estrutura econômica, política e social do feudalismo, promovendo profundas mudanças. 
 A escolástica foi a expressão filosófica mais desenvolvida nesse processo inicial de transição, uma vez 
que, por meio dela a fé e a razão, a partir de uma adaptação aristotélica, construíam a unidade que buscava 
explicar os novos tempos. Mas, à medida que a nova dinâmica social burguesa avançava, aprofundando os 
conflitos entre os setores e as classes sociais com interesses distintos, novas perspectivas se faziam 
necessárias para explicar essa nova realidade em movimento. 
 Sem romper com a Igreja Católica, que possuía um forte controle sobre a produção teórica europeia, 
importantes intelectuais apresentavam, desde o século XVI, questionamentos (abertos ou velados) aos dogmas 
religiosos, procurando desvelar e compreender a realidade existente, a partir da ciência e da filosofia. Esse 
movimento teórico ia de encontro com os interesses da burguesia de superar a ordem feudal. As armas teóricas 
da burguesia foram a defesa da igualdade, da liberdade, da propriedade, do indivíduo e da democracia 
representadas no Humanismo, no Liberalismo e no Iluminismo. 
 No campo educacional, a pedagogia cristã compartilhará, cada vez mais, seu espaço com outras 
formas educacionais, produzindo tensões e conflitos próprios num momento de transformações. As novas 
classes sociais da sociedade burguesa, na defesa de seus interesses produzirão novas experiências e 
propostas pedagógicas, incorporando e superando o que havia sido produzido até então. 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
LIBERALISMO: O liberalismo surgiu no século XVII como um conjunto de teorias políticas que sustentaram uma luta estrutural e política contra o 
Antigo Regime, ou seja, contra a monarquia absolutista. Como teoria econômica, o liberalismo surgiu no século XVIII para conferir uma estrutura 
conceitual ao novo movimento econômico que surgiu com a alta industrialização iniciada nesse século e consolidada no século seguinte. 
 Os principais teóricos do liberalismo clássico são Adam Smith, Alexis de Tocqueville e Benjamin Constant. Já no liberalismo do século XX, 
adaptado às novas demandas de mercado, temos teóricos como Ludwig von Mises e Friedrich Hayek, representantes da Escola Austríaca de 
Economia, que originaram o neoliberalismo e o libertarianismo. 
Material complementar: 
Texto → A COMPANHIA DE JESUS NO SÉCULO XVI E O BRASIL 
Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639816/7379 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/politica/
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-monarquia.htm
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639816/7379
 
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Faça valer a pena 
 
1. Entre os séculos XI e XV, fundamentalmente a partir das Cruzadas, iniciou-se um processo que provocou profundas 
mudanças econômicas, políticas e sociais na Europa: o ressurgimento do comércio e das cidades. Nesse contexto, os 
humanistas defenderam uma nova visão de mundo, produzindo mudanças na educação, sendo correto afirmar que: 
a) Os humanistas valorizavam a educação medieval, fundamentalmente os ensinamentos das escolas monacais. 
b) Os humanistas defendiam um pensamento voltado para as explicações míticas, valorizando elementos religiosos em detrimento 
dos racionais. 
c) Os humanistas defendiam uma educação tradicional, valorizando o refúgio espiritual nos internatos. 
d) Surgiram novos colégios, marcados por uma educação leiga, com novas perspectivas metodológicas e de novos conteúdos que 
atendessem aos interesses de uma nova classe social que surgia, a burguesia. 
e) Surgiram novos colégios, marcados por uma educação leiga, com novas perspectivas metodológicas e de novos conteúdos que 
atendessem aos interesses de uma nova classe social que surgia, a aristocracia. 
 
2. Com a Reforma Protestante, a Igreja Católica reagiu à expansão do protestantismo. Sua principal iniciativa no campo 
educacional foi a criação de uma ordem religiosa jesuítica que se dedicou à moralização da Igreja e às construções de 
colégios pelo mundo afora, sendo correto afirmar que: 
a) A ordem jesuítica foi a principal representante da Contrarreforma Católica no campo educacional, fundando as bases do ensino 
tradicional europeu, difundindo-se também por outras partes do mundo. 
b) Os jesuítas ficaram conhecidos por sua disciplina flexível. 
c) Os jesuítas ficaram conhecidos por defenderem uma metodologia lúdica, em que a busca do conhecimento tinha como ponto de 
partida o interesse dos alunos. 
d) Os jesuítas, diante da intolerância das crianças, perceberam que seria mais fácil a conquista de almas adultas. Por isso, fundaram 
as escolas para essa faixa etária. 
e) Santo Agostinho, militar espanhol, fundou a Companhia de Jesus, surgindo daí a denominação de jesuítas aos seus seguidores.3. Os jesuítas despertaram as mais diversas opiniões sobre os seus métodos educacionais, sendo criticados dentro e 
fora da Igreja, principalmente pelos humanistas. As razões dessas críticas estão corretas nas seguintes afirmativas: 
I. O isolamento social que os internatos provocavam, ou seja, havia uma separação entre a vida e a escola. 
II. Pelas inovações modernas que implantaram nas escolas, com respeito às fases de desenvolvimento das crianças e 
os conteúdos adequados para cada momento. 
III. Os jesuítas desprezavam o espírito crítico, a pesquisa e a experimentação, não levando em conta as mudanças no 
campo científico e filosófico que estavam em curso. 
IV. Os jesuítas eram considerados excessivamente dogmáticos, autoritários e comprometidos com a Inquisição. 
V. Os jesuítas aboliram a Inquisição, defendendo uma nova cultura humanística no interior da Igreja e a construção de 
escolas laicas. 
a) Estão corretas as afirmativas I, II, III e IV. 
b) Estão corretas as afirmativas II e V. 
c) Está correta a afirmativa I. 
d) Estão corretas as afirmativas I, III e IV. 
e) Estão corretas as afirmativas I, III e V. 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE II – História, Sociedade e Educação no Brasil I 
Seção 2.1: A educação na Colônia: o período jesuítico e a reforma pombalina 
 
JESUÍTAS 
 Os jesuítas eram padres que pertenciam a Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada à Igreja 
Católica que tinha como objetivo a pregação do evangelho pelo mundo. Essa ordem religiosa foi criada em 
1534 pelo padre Inácio de Loyola e foi oficialmente reconhecida pela Igreja através do papa Paulo II em 1540. 
A Companhia de Jesus foi uma resposta da Igreja Católica à Reforma Protestante, e um de seus maiores 
intuitos era levar adiante a ideia de uma ordem que tivesse como objetivo principal as missões católicas 
internacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ENSINO JESUÍTICO NO BRASIL 
 
➢ Março de 1549 → Chegada dos primeiros jesuítas, na Bahia; 
➢ Objetivos → Catequizar e instruir; garantir a formação dos futuros sacerdotes; atuar controlando 
fazendas, imóveis e escravos. 
➢ Educação → O intuito era combater a Reforma Protestante na Europa (CONTRARREFORMA) e 
ampliar o poder do catolicismo nas novas regiões colonizadas. A educação jesuítica dividiu-se em duas 
fases: 
 
1ª FASE: Adaptação e construção do trabalho de catequese e conversão do índio aos costumes dos 
brancos; 
 
2ª FASE: Consolidação do projeto educacional. 
 
➢ Educação dos negros → Pedagogia da escravidão x Pedagogia da resistência 
 
PEDAGOGIA DA ESCRAVIDÃO: Pode ser vista como a pedagogia pregada pelos jesuítas aos escravos, 
com isso, mostrava-se o interesse na manutenção da escravidão da África, com isso, as classes menos 
favorecidas economicamente eram menosprezadas. Nesse sentido, tinha-se por objetivo também transmitir 
a cultura direta estrangeira por meio dessa ação. 
 
PEDAGOGIA DA RESISTÊNCIA: Pode ser vista como o contrário da pedagogia da escravidão, onde 
o seu objetivo era dar poder de voz e ação a classes mais inferiores, bem como, diminuir a diferença 
entre classes. Estas foram formas de rebeldia da população escravizada, eu reconstruía sias relações 
comunitárias e identitárias nos quilombos e fora deles. 
 
➢ Aldeamento indígena no Brasil → Aldeamento é o nome dado ao processo de reunião de índios em 
aldeias que geralmente ficavam próximas a povoações coloniais, incentivando o contato com os 
portugueses. Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa 
educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de 
aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem 
mais dos indígenas. 
 
➢ Sistema de ensino em geral → Educação conservadora, destinada à pequena parcela de sujeitos 
que não realizavam o trabalho braçal (ocupavam cargos de negócios e a administração pública). O 
ensino superior era oferecido apenas em Portugal 
 
➢ 1759 → Os jesuítas foram expulsos e seus colégios fechados. 
 
 
 
 
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 Um atentado à vida do rei José, em 1758, 
deu a Pombal o pretexto para tirar poderes 
da nobreza e expulsar os jesuítas, que 
tinham amizade com os conspiradores. Os 
envolvidos, suas famílias e servos, foram 
torturados e mortos. A época ficou 
conhecida como o Terror Pombalino. O 
marquês tornou-se o ditador de Portugal e 
as pessoas se calaram, ao ver que inimigos 
e críticos eram castigados com penas 
perpétuas, exílio e morte. O ministro 
defendia o absolutismo como forma de 
governo, isto é, todos os poderes 
concentrados nas mãos do rei. 
A REFORMA POMBALINA 
 
 O Período Pombalino corresponde aos anos em que o Marques de Pombal exerceu o cargo de primeiro-
ministro de Portugal (1750-1777), durante o reinado de D. José I. Como tal, buscou empreender reformas em 
todas as áreas da sociedade portuguesa, inclusive atingindo a educação no Brasil. 
 
Principais pontos da reforma: 
 
 Escolas menores, oficiais e gratuitas; 
 
 Aulas régias; 
 
 Colégios dos nobres; 
 
 Aula do comércio; 
 
 Reformou a Universidade de Coimbra; 
 
 Iniciou a laicização do ensino. 
 
 
 
 
 O GOVERNO DE POMBAL 
 Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e Conde de 
Oeiras (Lisboa, 13 de maio de 1699 – Pombal, 8 de maio de 1782) foi 
um nobre, diplomata e estadista português. Foi secretário de Estado do 
Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda 
hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa. 
Ganhou notoriedade ao administrar a crise causada pelo grande terremoto de 
Lisboa em 1755. 
 Ele conquistou a confiança do rei D. José I que autorizou seus projetos de 
modernização de Portugal. Realizou diversas reformas administrativas em 
Portugal e em suas colônias. 
 
 AULAS RÉGIAS: Compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao Estado e não 
mais restritas à Igreja – foi a primeira forma do sistema de ensino público no Brasil. Cada aula régia 
era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras. A qualidade do 
ensino ministrado pelas aulas régias era comprometida, pois os professores eram mal preparados e 
 Enquanto as escolas da Companhia 
de Jesus tinham por objetivo servir aos 
interesses da fé, Pombal, influenciado 
pelas ideias do iluminismo propagadas 
na Europa, na época, pensou em 
organizar a escola para servir aos 
interesses do Estado. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marqu%C3%AAs_de_Pombal_(t%C3%ADtulo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Oeiras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Oeiras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pombal_(freguesia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nobreza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diplomata
https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_primeiros-ministros_de_Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_primeiros-ministros_de_Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rei
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_I_de_Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Portugal
 
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mal pagos. O resultado da reforma foi que as aulas régias pouco alteraram a realidade educacional no 
Brasil, tampouco se constituíram numa oferta de educação popular, ficando restrita às elites locais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
RATIO STUDIORUM: O Ratio atque Institutio Studiorum Societatis Iesu (Plano e Organização de Estudos da 
Companhia de Jesus), normalmente abreviada como Ratio Studiorum, é uma espéciede coletânea, fundamentada em 
experiências vivenciadas no Colégio Romano, a que foram adicionadas observações pedagógicas de diversos outros 
colégios, cujo objetivo era instruir rapidamente todo o jesuíta docente sobre a natureza, a extensão e as obrigações do 
seu cargo. O Ratio surgiu com a necessidade de unificar o procedimento pedagógico dos jesuítas diante da explosão do 
número de colégios confiados à Companhia de Jesus como base de uma expansão em sua totalidade missionária. 
Constituiu-se numa sistematização da pedagogia jesuítica contendo 467 regras cobrindo todas as atividades dos 
agentes diretamente ligados ao ensino e recomendava que o professor nunca se afastasse do estilo filosófico 
de Aristóteles, e da teologia de Santo Tomás de Aquino. 
 Em 1584, o Padre Aquaviva, novo superior geral da Ordem jesuíta, nomeia uma comissão encarregada de 
codificar as observações que foram reunidas em Roma. O anteprojeto motivado, redigido em 1586, depois de haver 
sido submetido às críticas dos executores e de haver sido remanejado por nova comissão, torna-se o texto de 1591 e 
toma forma definitiva no Ratio Studiorum, promulgado em 8 de janeiro de 1599, ano este em que se publicou o 
programa do Ratio. Fica evidente que o objetivo era instruir o silvícola à moda europeia, promovendo a sua civilização. 
Além disso a elite colonial seria instruída em valores morais cristãos, bem dentro da lógica da Reforma Católica do 
Século XVI. Assim, teríamos a mesma escola, mas com objetivos bem diferentes: para a elite, a instrução moral e 
administrativa; para os nativos a catequese. A estrutura pedagógica das escolas do Ratio Studiorum era idêntica à das 
nossas escolas do Brasil contemporâneo, já que os alunos aprendiam em salas de aulas, divididos em níveis (classes) e 
realizavam provas, geralmente orais. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas do Brasil, houve a paralisação dos trabalhos 
que estes desenvolviam na Colônia. Na época da sua expulsão existiam no país vinte colégios, doze seminários, além 
de um colégio e um recolhimento feminino. 
 
A REFORMA DAS ESCOLAS DE PRIMEIRAS LETRAS: A Lei de 6 de novembro de 1772 visava ampliar a escolaridade 
e as oportunidades, entretanto, enumerava alguns níveis de necessidades: em um extremo estavam aqueles que 
seguiriam os estudos maiores e no outro aqueles que precisariam apenas das “instruções dos Párocos”. A outros, ainda, 
bastaria ler, escrever, contar ou saber um pouco de Latim. Enfim, explicitava-se um estudo dual, quem podia deveria 
estudar para se tornar dirigente. Os demais, ligados aos “serviços rústicos” e às “artes fabris”, deveriam trabalhar e 
aprender apenas o necessário. Essa aparente vontade de expandir o ensino limitava-se, nas ideias dos iluministas 
portugueses - em especial Antônio Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783) -, ao ensino para alguns. As ideias de Sanches 
se aproximavam muito das do inglês Bernard Mandeville (1670-1733). 
MANDEVILLE – “Para fazer feliz a sociedade e manter contentes as pessoas, ainda que nas circunstâncias mais 
humildes, é indispensável que o maior número delas seja pobre e, ao mesmo tempo, totalmente ignorante. (...) Quanto 
mais saiba do mundo e das coisas alheias a seu trabalho ou emprego um pastor, um lavrador ou qualquer outro 
camponês, mais difícil lhe será suportar as fadigas e penalidades de seu ofício com alegria e satisfação.” 
 
SANCHES – “O rapaz de doze ou quinze anos, que chegou a saber escrever uma carta, não quererá ganhar a sua vida a 
trazer uma ovelha cansada às costas, a roçar desde pela manhã até a noite, nem a cavar.” 
Para eles era preciso olhar com ressalvas a iniciativa educadora. Tratava-se, na verdade, de ampliar a chance de 
educação para a elite. Por isso, aos trabalhadores “rústicos” e das “artes fabris” bastava a instrução dos párocos. Essa 
explicitação dos interesses e da visão burguesa sobre a educação evidencia os limites reais da vontade da classe mais 
rica sobre a educação para todos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Romano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Tom%C3%A1s_de_Aquino
 
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Faça valer a pena 
 
1. Sobre o ensino jesuítico no Brasil, podemos afirmar: 
 
a) Era baseado nas ideias renascentistas do século XVI que viabilizaram as grandes navegações. 
b) Pretendia a educação dos índios e colonos, de acordo com as ideias iluministas do século XVIII. 
c) Era uma ação acessória, já que a catequese era o principal objetivo dos jesuítas. 
d) Era contraditório às ideias renascentistas em vigor na época, mas adequadas à mentalidade medieval ainda 
predominante em Portugal. 
e) Pretendia evitar o avanço protestante defendido por Inácio de Loyola. 
 
2. Sobre os jesuítas, a população negra escravizada e a educação, podemos dizer: 
 
a) Os jesuítas apoiavam a luta dos negros contra a escravidão, assim como a liberdade dos índios. 
b) Os jesuítas eram contra a escravidão, mas o acordo entre a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus impedia que 
eles agissem. 
c) Os jesuítas se beneficiavam da escravidão, possuindo, inclusive, fazendas com mão de obra escrava. 
d) Os jesuítas, apesar da orientação contrária da Companhia de Jesus, desenvolviam programas de educação da 
população escravizada. 
e) Após o início do tráfico negreiro, negros e índios passaram a estudar juntos em quilombos. 
 
3. A Lei portuguesa de 6 de novembro de 1772 alterou a educação no país e em suas colônias. Em relação às ideias de 
Ribeiro Sanches, autor iluminista, sobre a educação, podemos dizer que: 
 
a) A educação era um direito universal, que deveria ser estendido a todos. 
b) Suas ideias, contrárias ao ideal jesuíta, previam o acesso à educação a todos os cidadãos, exceto aos escravos. 
c) Considerava que o estudo poderia ser danoso à sociedade se fosse disponibilizado igualmente a todos. 
d) Defendia a separação entre educação e religião. 
e) Defendia que a religião deveria guiar a educação nas colônias. 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE II – História, Sociedade e Educação no Brasil I 
Seção 2.2: A educação no período Joanino e Imperial 
 
LINHA DO TEMPO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. O PERÍODO JOANINO (1808-1821) 
 
✓ Período em que a família real portuguesa instalou-se no Brasil; 
✓ Causa: fuga das tropas napoleônicas devido a não adesão ao BLOQUEIO CONTINENTAL, e 
por Portugal se aliar à Inglaterra. 
✓ 1808: Ocorre a abertura dos portos e o fim do PACTO COLONIAL. 
 
1808 Corte portuguesa se muda para o Brasil; 
1815 Elevação da Colônia a Reino Unido; 
1821 D. João retorna à Portugal; 
1822 Independência do Brasil; 
1824 Primeira Constituição; 
1827 1ª lei específica sobre a educação; 
1831 Abdicação de D. Pedro I; 
1834 Ato Adicional; 
1840 Maioridade de D. Pedro II; 
1847 Parlamentarismo; 
1850 Fim do tráfego negreiro; 
1854 Reforma Couto Ferraz; 
1870 Fim da guerra do Paraguai; 
1879 Reforma Leôncio de Carvalho; 
1888 Abolição da escravatura; 
1889 Proclamação da República. 
 
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PRINCIPAIS CRIAÇÕES NO PERÍODO JOANINO 
 
➢ Conselho de Estado; 
➢ Intendência Geral de Polícia; 
➢ Corpo da Guarda Real de Polícia da Corte; 
➢ Conselho da Fazenda; 
➢ Junta Geral do Comércio; 
➢ Banco do Brasil; 
➢ Casa da moeda. 
 
 
 
 
PACTO COLONIAL: Foi um conjunto de regras, leis e 
normas que a metrópole impôs a Colônia. Estas leis 
tinham como objetivo principal fazer com que as 
colônias só comprassem e vendessem produtos de sua 
metrópole. 
 
 
COLÔNIA METRÓPOLE 
A COLÔNIA EXTRAI E ENVIA A 
MATÉRIA-PRIMA 
A METRÓPOLE RECEBE A 
MATÉRIA-PRIMA, PRODUZ OS 
MANUFATURADOS E REVENDE 
OS PRODUTOS. 
 
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INOVAÇÕES DO PERÍODO JOANINO 
 
➢ Imprensa Régia; 
➢ Jornal Gazeta do Rio de Janeiro; 
➢ Jardim Botânico; 
➢ Real Hospital Militar; 
➢ Academia Real Militar; 
➢ Real Biblioteca; 
➢ Teatro Real de São João; 
➢ Museu Nacional; 
➢ Academia de Artes. 
 
INOVAÇÕES EDUCACIONAIS DO PERÍODO JOANINO 
 
➢ Escola de Educação do Rio de Janeiro e outras; 
➢ Contratação de professores de Latim, Inglês e Francês; 
➢ Criação da Escola Superior de Matemática, Ciências, Física e Engenharia; 
➢ Academia da Marinha e da Escola Médico-Cirúrgica; 
➢ Escola de Agricultura e Botânica; 
➢ Escola de Comércio no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco. 
 
FIM DO PERÍODO JOANINO 
 
➢ O retorno da corte portuguesa a Portugal decorreu das pressões que D. João VI passou a sofrer da 
burguesia portuguesa a partir de 1820. Nesse momento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto; 
➢ D. João VI retornou a Portugal em 1821, deixando seu filho D. Pedro I como regente do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. O IMPÉRIO (1822-1889) 
 As três correntes de pensamento/partidos políticos no Brasil Império eram: 
 
✓ PARTIDO PORTUGUÊS → Defendia a monarquia absolutista e o retorno do Pacto Colonial. Tinha 
apoio entre militares e comerciantes portugueses que se beneficiavam das ideias mercantilistas; 
 
✓ PARTIDO RADICAL → Defendia reformas mais democráticas, como a reforma agrária, o voto 
universal, a abolição da escravatura, a descentralização político-administrativa, entre outros. 
Tinha o apoio de pequenos comerciantes, funcionários públicos, padres, advogados e jornalistas; 
 
✓ PARTIDO BRASILEIRO → Mais conservador, este partido defendia a monarquia constitucional, 
independência da Colônia, manutenção odo escravismo e do latifúndio. A Igreja Católica deveria ser a 
religião oficial. Tinham o apoio dos grandes proprietários rurais, dos comerciantes ingleses e 
portugueses. 
 
 O Partido Brasileiro se sobressaiu neste momento e impôs a independência do Brasil, que fora 
proclamada por D. Pedro I em 7 de setembro de 1.822. Nesta sociedade hierárquica, a independência se 
constitui num arranjo político que favorecia os interesses da camada senhorial brasileira e os interesses do 
novo capitalismo europeu. 
 
O PRIMEIRO REINADO 
 
➢ Setembro de 1823 – Primeiro projeto de Constituição: 
 
“Haverá no Império escolas primárias em cada termo, ginásios em cada comarca e universidades nos 
mais apropriados locais.” 
 
➢ Constituição de 1824 – Garantia da “instrução primária gratuita a todos os cidadãos” e “criação de 
Colégios e Universidades, onde serão ensinados os elementos das ciências, belas artes e artes.” 
 
➢ 1828 – Lei que cria as Câmaras Municipais e atribui-lhes a função de inspeção sobre as escolas de 
primeiras letras, bem como pela educação e destino dos órfãos. 
 
➢ 1831 – D. Pedro I renuncia. 
 
 
 
 
 
 
 
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O PERÍODO REGÊNCIAL (1831-1840) 
 
➢ Após a renúncia de D. Pedro I, e com a impossibilidade de D. Pedro II assumir (por não ter a 
maioridade), os agentes políticos daquela época disputaram o poder entre si de 1831 a 1840. 
➢ REGÊNCIA TRINA: O Período regencial pode ser dividido em duas partes - a Regência Trina, que foi 
como o Império foi organizado inicialmente logo após a abdicação do Imperador, e a Regência Una, 
estabelecida a partir do Ato Adicional. Durou de 1831 a 1834 e foi dividida em dois momentos – 
regência trina provisória e a permanente. Era composta por um representante dos militares, um dos 
liberais e outro dos conservadores. 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS DA REGÊNCIA TRINA 
 
 Reformou as escolas de medicina do Rio de Janeiro e Salvador; 
 Reorganizou o poder judiciário; 
 Criação da Guarda Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS DO ATO ADICIONAL 
 
 Criação da Regência Una; 
 Dissolução do Conselho de Estado do Império do Brasil; 
 Criação das Assembleias Legislativas Provinciais; 
 Estabelecimento do Município Neutro no Rio de Janeiro; 
ATO ADICIONAL: O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada 
durante a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos 
liberais. O Ato Adicional alterava a Constituição de 1824 e foi uma tentativa de 
conter os conflitos entre liberais e conservadores nas disputas pelo poder 
político central. O Ato Adicional estipulou a extinção da Regência Trina e a 
escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial. Com a 
formação da chamada Regência Una, vários candidatos se dispuseram a ocupar 
o novo cargo do poder executivo. Organizada por meio de eleições diretas e 
voto censitário, a escolha do regente, apesar de ser uma manifestação de 
tendência liberal, foi marcada por fraudes denunciadas em várias regiões do 
território nacional. 
 
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 REGÊNCIA UNA: O Ato Adicional à Constituição de 1824, datado em 1834, veio para estabelecer as 
eleições para um Regente único, para comandar o país. Em 1825 aconteceu a primeira eleição para 
regente único no Brasil. Entre 1835 e 1837 o padre Diogo Antônio Feijó foi o primeiro regente do Brasil. 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS DA REGÊNCIA UNA 
 
 Fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; 
 Reforma da Escola Militar. 
 
O SEGUNDO REINADO 
 
 O Golpe da Maioridade: O Golpe da Maioridade, também conhecido como Declaração da Maioridade, 
garantiu ascensão ao trono de D. Pedro II, em 23 de julho de 1840, aos 14 anos. A antecipação da maioridade 
foi a estratégia do Partido Liberal para dar fim ao Período Regencial (1831-1840), quando o Brasil foi 
governado por regências. 
 
PRINCIPAIS MEDIDAS DO SEGUNDO REINADO 
 
 Volta dos jesuítas – 1842; 
 Criação da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do município da Corte – 1854; 
 Estabelecimento de normas para o exercício da liberdade de ensino e de um sistema de preparação 
do professor primário – 1854; 
 Criação do ensino para cegos e surdos-mudos entre 1854 e 1856; 
 Criação do Liceu de Artes e Ofícios em 1856 (por iniciativa privada); 
 Escolas Normais trouxeram uma pequena melhora no ensino: instabilidade. 
 
REFORMAS EDUCACIONAIS 
 
 REFORMA COUTO FERRAZ (1854): Tornou obrigatória a Educação Física nas escolas do 
município da Corte; Regulou as escolas particulares da Corte; Pretendia estender o ensino público, 
além de organizar os magistérios; Obrigatoriedade do ensino elementar aos filhos maiores de sete 
anos (filhos dos brancos livres). 
 
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 REFORMA LEÔNCIO DE CARVALHO (1879): “É completamente livre o ensino primário e 
secundário no município da Corte e o superior em todo o Império, salvo a inspeção necessária 
para garantir as condições de moralidade e higiene.” 
 
 A interpretação de liberdade de ensino trouxe algumas consequências para a educação nessa época: 
 
 Qualquer pessoa que se sentisse apta a ensinar poderia expor as suas ideias e adotar os métodos que 
lhe conviesse. A frequência nos cursos secundários e superiores tornou-se livre, o aluno poderia aprender com 
quem quisesse e deveria depois prestar exames. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
LEI SARAIVA: A Lei Saraiva, Decreto nº 3 029, de 9 de janeiro de 1881, foi a lei que instituiu, pela primeira vez, o Título 
de Eleitor, proibiu o voto de analfabetos e adotou eleições diretas para todos os cargos eletivos do Império 
brasileiro: senadores, deputados à Assembleia Geral, membros das Assembleias Legislativas 
Provinciais, vereadores e juízes de paz. A determinação estabeleceu ainda que os imigrantes de outras nações, em 
particular comerciantes e pequenos industriais, e tambémos que não fossem católicos, religião oficial do Império, 
poderiam se eleger, desde que possuísse renda não inferior a duzentos mil réis. O redator final da lei foi o deputado-
geral Rui Barbosa. Deveu-se tal denominação à homenagem feita ao Conselheiro José Antônio Saraiva, então 
Presidente do Conselho de Ministros, que foi o responsável pela maior reforma eleitoral do país até então. 
 
Material Complementar 
 
REFORMA COUTO FERRAZ - DECRETO Nº 1.331-A, DE 17 DE FEVEREIRO DE 1854 
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-a-17-fevereiro-1854-590146-
publicacaooriginal-115292-pe.html 
REFORMA LEÔNCIO DE CARVALHO – DECRETO Nº 7.247, DE 19 DE ABRIL DE 1879 
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7247-19-abril-1879-547933-publicacaooriginal-
62862-pe.html 
LEI SARAIVA – DECRETO Nº 3.029, de 9 de janeiro de 1881 
Disponível em: https://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/lei-saraiva 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulo_eleitoral
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulo_eleitoral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufr%C3%A1gio_direto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deputado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembl%C3%A9ia_Legislativa_Provincial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembl%C3%A9ia_Legislativa_Provincial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vereador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Juiz_de_paz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%B3lico
https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9is
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselheiro_Saraiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7247-19-abril-1879-547933-publicacaooriginal-62862-pe.html
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7247-19-abril-1879-547933-publicacaooriginal-62862-pe.html
 
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Faça valer a pena 
 
1. “É preciso considerar, antes de mais nada, o caráter meramente formal da Independência. Ela se constituiu, de fato, 
num arranjo político que favorecia os interesses da camada senhorial brasileira, grande empresária da emancipação 
política, assim como os interesses do novo capitalismo europeu” (XAVIER, 1994, p. 62). 
De acordo com o texto acima, seus conhecimentos sobre a independência e as transformações na educação 
brasileira, podemos afirmar que: 
 
a) A independência significou uma mudança política notável que repercutiu em ampla transformação do sistema 
de ensino brasileiro. 
b) A independência significou pequenas mudanças políticas, mas enorme modificação em nossa estrutura 
educacional, fruto das transformações econômicas mundiais. 
c) Além dos interesses dos empresários citados no texto, os trabalhadores também foram beneficiados, exceto 
os escravos. 
d) Segundo a autora, a independência não significou grandes mudanças na estrutura brasileira e, devido a isso, 
podemos concluir que a educação também pouco mudou. 
e) Interessava ao capitalismo europeu a independência das colônias e a criação de mercados consumidores, 
daí a abolição da escravatura logo em seguida da independência. 
 
2. Shigunov Neto (2015) aponta algumas mudanças realizadas no Brasil no Período Joanino, entre elas: a 
criação do Conselho de Estado, Conselho da Fazenda, Banco do Brasil e da Casa da Moeda. Essas mudanças 
expressam: 
 
a) Interesse inglês na modernização brasileira visando aumento de suas exportações. 
b) Modernizações promovidas por D. João, a fim de criar condições de gerenciamento da metrópole em nosso 
território e atender às necessidades da corte. 
c) Reflexos da Revolução Francesa na criação de nossas estruturas republicanas. 
d) Interesses ingleses e francesas na modernização brasileira visando sua independência. 
e) Modernização da colônia, importante no período, mas que não influenciaram nossa independência anos mais 
tarde. 
 
3. Em 1854 temos uma nova reforma educacional por meio do Decreto de 17 de fevereiro. Sobre esse Decreto, 
podemos dizer: 
 
a) Ampliava a educação nacional, incluindo os negros, já que o tráfico havia sido proibido em 1850. 
b) A chamada Reforma Couto Ferraz criou o ensino primário e secundário vigentes até a Lei de Diretrizes e 
Bases (LDB) de 1996. 
c) Previa o ensino de Gramática e Aritmética, mas não o de história nem de geografia. 
d) Estimulava o ensino e criava bolsas de estudo para estudantes carentes. 
e) Tornava o ensino primário obrigatório, sujeitando os pais a multas, caso não o oferecessem aos seus filhos, 
no entanto, excluía explicitamente a educação aos escravos. 
 
 
 
 
 
 
Pedagoga Fer Mendes WhatsApp: 62 99342 0331 @pedagogiatiraduvidas 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
UNIDADE II – História, Sociedade e Educação no Brasil I 
Seção 2.3: A educação no Período Contemporâneo e sua influência sobre a educação 
brasileira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 REVOLUÇÃO INGLESA (1642-1651): Movimento político, militar e religioso que destruiu o absolutismo 
na Inglaterra instalando naquele país a primeira monarquia parlamentar da história. 
 
 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760-1860): Foi um período de grande desenvolvimento tecnológico que 
teve início na Inglaterra e que se espalhou pelo mundo causando grandes transformações. A Revolução 
Industrial garantiu o surgimento da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo. 
 
 REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799): Foi um ciclo revolucionário que aconteceu na França e que 
teve como resultado prático o fim do absolutismo no país. 
 
 
NOVO MUNDO, NOVAS IDEIAS 
 
➢ Passagem do século XVIII para o XX; 
➢ Revolução Inglesa no século XVII e Francesa no século XVIII, acabaram com as monarquias 
absolutistas e criaram uma sociedade com a divisão de poderes que conhecemos hoje; 
Mudanças 
na Europa ILUMINISMO
* Revolução Inglesa;
* Revolução Industrial;
* Revolução Francesa.
* Criticismo 
Kantiano.
 
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➢ Ideias iluministas ganharam força (razão); 
➢ A ciência explica os fenômenos naturais; 
➢ Revolução Industrial (Inglaterra) molda o mundo (capitalismo); 
➢ Com a crescente urbanização e industrialização, aumentou a necessidade de alfabetização e 
escolarização. 
 
 João Amós Comênio (1592-1670), nascido na Morávia (atual República Tcheca), foi 
considerado o maior pedagogo do século XVII e o Pai da Didática Moderna. Teve como 
preocupação a construção de um método pedagógico que pudesse ensinar de forma rápida e 
segura. Escreveu a obra Didática Magna e diversos manuais em que ensinavam como os 
mestres deveriam proceder no ensino dos alunos, com os graus de dificuldade e com os ritmos 
adequados à capacidade de assimilação dos alunos. Sua pedagogia valorizava o ensino 
prático e religioso, pretendendo “ensinar tudo a todos”, de forma universal. 
 
 Método de Ensino Mútuo ou Lancaster → Constituía em um professor escolher na turma os 
melhores alunos que se tornariam tutores da sala. O professor passa os conhecimentos para os tutores 
que ficariam responsáveis pelos demais. Este método permitiu a expansão da rede de ensino na 
Inglaterra. 
 
 Escola brasileira → Obrigação do Estado. O ensino era excessivamente literário e pouco 
científico, as escolas insuficientes, os mestres sem qualificação adequada. A formação era nacionalista. 
Professores mal pagos e castigos físicos eram uma prática frequente. 
 
Kant e a educação na formação ética e moral do indivíduo 
 
 
◊ Conhecimento: fruto da interação entre sujeito e objeto; 
◊ Papel da educação: desenvolvimento ético e moral nos indivíduos; 
◊ Agir moralmente é agir de uma determinada maneira simplesmente porque é o certo a fazer, não por 
causa de castigos ou recompensas; 
◊ A opção por agir desta e não daquela maneira não é inata nem natural, mas decorre da formação do 
indivíduo por meio da educação,

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