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Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 1 ADMINISTRAÇÃO MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO COM RESPOSTAS E JUSTIFICATIVAS Tomo IV Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 2 CQA/UNIP – Comissão de Qualificação e Avaliação da UNIP ADMINISTRAÇÃO MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO Tomo IV Christiane Mazur Doi Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências (Tecnologia Nuclear), Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com Aperfeiçoamento em Estatística. Professora titular da Universidade Paulista. José Carlos Morilla Doutor em Engenharia de Materiais, Mestre em Engenharia de Materiais e em Engenharia de Produção, Especialista em Engenharia Metalúrgica e Física e Engenheiro Mecânico, com MBA em Gestão de Empresas. Professor adjunto da Universidade Paulista. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 3 Questão 1 Questão 1.1 O proprietário de um pequeno restaurante decidiu avaliar a qualidade do seu serviço. Para tanto, durante uma semana, convidou seus clientes para avaliarem o serviço da casa com uma de três notas possíveis: 0 (zero), 5 (cinco) ou 10 (dez). Após a consolidação dos dados coletados, observou que: 20 clientes atribuíram à casa nota zero; 200 clientes, nota cinco; 180 clientes, nota dez. Na análise dos resultados, o proprietário decidiu extrair a média, a mediana e a moda das respostas. O proprietário oferecerá um bônus aos empregados se ao menos uma das três medidas usadas (média, mediana e moda) estiver acima de 8,0, e fará uma ação promocional para seus clientes caso a média seja inferior a 6,0. Com base nessas informações, o proprietário deve A. providenciar a ação promocional, pois a média ficou abaixo do valor de referência considerado para essa decisão. B. providenciar o bônus para os empregados, pois o valor mediano ficou acima do ponto de referência considerado para essa decisão. C. providenciar o bônus para os empregados, pois a moda ficou acima do valor de referência considerado para essa decisão. D. manter o funcionamento do restaurante como está, pois nenhuma das medidas ficou acima de 8,0 e a mediana e a moda foram superiores a 6,0. E. manter o funcionamento do restaurante como está, pois nenhuma das medidas ficou acima de 8,0 e a média foi superior a 6,0. 1. Introdução teórica Média, moda e mediana A média, a moda e a mediana são conhecidas como medidas de tendência central. A média ( X ) de um conjunto de dados é o resultado do quociente entre a soma dos valores de todos os dados e o número de dados do conjunto. Considere, por exemplo, o seguinte conjunto de dados: 14 14 13 13 13 9 8 7 7 7 6 6 5 5 5 5 4 4 4 4 4 3 1 O conjunto apresenta 23 (vinte e três) dados cuja soma é igual a 161. A média X desse conjunto é dada por 7 23 161 ==X A moda (Mo) de um conjunto de dados é o elemento que mais vezes aparece, isto é, aquele de maior frequência. Considere, por exemplo, o seguinte conjunto de dados: 14 14 13 13 13 9 8 8 7 7 7 6 6 5 5 5 5 4 4 4 4 4 1 Quando observamos o conjunto, é possível notar que o número 4 é o que aparece mais vezes: ele aparece cinco vezes. Portanto, a moda é igual a 4. A mediana de um conjunto de dados (Md) é o valor encontrado na posição central quando a série de dados é apresentada em ordem crescente. Assim, por exemplo, em um conjunto de 25 dados colocados em 1Questão 17 – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 4 ordem crescente, a mediana é o dado correspondente à posição 13. No caso de o número de dados ser par, como, por exemplo, um conjunto de 20 números, a mediana é o valor médio entre o número da posição dez e o número da posição onze. Tomemos, por exemplo, o conjunto de 9 números apresentados a seguir: 9 14 13 4 6 7 8 5 1 Quando os números são ordenados, do menor para o maior, temos: 14 13 9 8 7 6 5 4 1 A mediana desse conjunto de dados é o valor encontrado na posição cinco, que é igual a 7. 2. Solução da questão Com os dados do problema, é possível montarmos a tabela 1 a seguir. Tabela 1. Distribuição das notas atribuídas pelos clientes Número de clientes Nota 20 0 200 5 180 10 A média X é igual ao quociente entre a soma de todas as notas pelo número de clientes que participaram da pesquisa, ou seja, 400 2800 18020020 101805200020 = ++ ++ =X 7=X A moda é o elemento que mais vezes aparece, que, no caso do problema, é a nota 5, pois foi a nota com maior número de votos. 5=Mo Sabendo que a mediana (Md) é o valor encontrado na posição central quando a série de dados é apresentada em ordem crescente, para o conjunto em estudo, formado por 400 (quatrocentos) dados, a mediana é a média entre o valor que ocupa a posição 200 e o valor que ocupa a posição 201. Colocados os dados em ordem crescente, o valor da posição 200 e o valor da posição 201 são iguais e valem 5. Assim, a mediana fica: 2 55+ =Md 5=Md Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 5 3. Análise dos resultados Como nenhuma das três medidas ficou acima de 8 (a média ficou igual a 7 e a moda e a mediana iguais a 5), o proprietário não oferecerá bônus para seus empregados. Considerando que a média ficou acima de 6 (a média é igual a 7), o proprietário não fará nenhuma ação promocional para seus clientes. Alternativa correta: E. 4. Indicações bibliográficas • CARVALHO, S.; CAMPOS, W. Estatística básica simplificada. São Paulo: Elsevier, 2008. • DENARDIM, A. A. Estatística básica. Disponível em <http://ich.ufpel. edu.br/economia/professores/aadenardin/E2.pdf>. Acesso em 07 dez. 2012. • GUIMARÃES, I. A. Estatística: notas de aula. Disponível em <http://pessoal.utfpr.edu.br/eustaquio/arquivos/Apostila%20de%20Estatistica.pdf>. Acesso em 07 dez. 2012. Questão 2 Questão 2.2 Grande parte das atividades de organizações empresariais é sujeita a regulamentação estatal, a exemplo das demonstrações financeiras de empresas de capital aberto e das especificações de produtos definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Além da regulamentação estatal, há setores que utilizam mecanismos de autorregulamentação, como o setor de comunicação publicitária, que se orienta por definições do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). Esse Conselho analisa o componente ético das atividades do setor, com base no seu código de ética e em resoluções próprias. Não trata, porém, de todas as questões do campo. Por exemplo, questões de propaganda política são analisadas pelos tribunais eleitorais. Há, também, iniciativas de autorregulamentação em setores como o bancário e o de mídia impressa e eletrônica. Considerando o contexto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A autorregulamentação é uma alternativa adicional de controle sobre possíveis desvios éticos entre organizações dos setores que a adotam. PORQUE II. Executivos de empresas de setores autorregulamentados atuam em um ambiente ético bem estruturado, o que permite que se desprendam das regulamentações externas oriundas de agências governamentais, já que têm as referências setoriais como base para a análise ética de suas decisões. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E. As asserçõesI e II são proposições falsas. 2Questão 24 – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 6 1. Introdução teórica Autorregulamentação A autorregulamentação é a substituição da regulação estatal pela regulação realizada por uma pessoa jurídica organizada pelos próprios atores a serem regulados. O órgão autorregulamentador é o responsável pela criação de normas e regras, cujo objetivo é organizar a atividade de seus membros (PAIXÃO, 2004). A autorregulamentação desempenha função normativa semelhante à realizada pelo Estado, que, nesse caso, confia parte do seu poder regulamentar às instituições privadas (PAIN, 2013). A autorregulamentação nunca deve ultrapassar os limites impostos pela lei, sendo de eficácia restrita aos seus membros (MOREIRA, 1994). A autorregulamentação é um meio utilizado pelos agentes do mercado para evitar a regulação tradicional ou para complementá-la em situações específicas de mercado. A autorregulamentação é um tipo de regulação, mas não a ausência de regulação, e deve ser definida como uma regulação não pública (WERNECK, 2004). 2. Análise das asserções I – Asserção correta. JUSTIFICATIVA. Como afirma Paixão (2004), a autorregulamentação é a criação de normas e regras com o objetivo de organizar a atividade dos membros de determinada atividade econômica. Além disso, a autorregulamentação é um meio utilizado pelos agentes do mercado para evitar a regulação tradicional ou para complementá-la em situações específicas de mercado (WERNECK, 2004). II – Asserção incorreta. JUSTIFICATIVA. Na autorregulamentação, o Estado confia parte do seu poder regulamentar às instituições privadas (PAIN, 2013). A existência de autorregulamentação não significa que as regulações impostas pelo governo sejam ignoradas e não indica que não haja desvios éticos no setor. Alternativa correta: C. 3. Indicações bibliográficas • MOREIRA, V. Autorregulamentação profissional e administração pública. Coimbra: Almedina, 1994. • PAIN, G. K. B. Regulamentação versus autorregulamentação publicitária: uma análise institucional aplicada ao mercado de alimentos infantis. Revista de Economia e Administração, São Paulo, v.12, n.2, 217-232p, abr./jun. 2013. • PAIXÃO, L. A. Aspectos jurídico-institucionais do setor elétrico brasileiro. In: DI PIETRO, M. S. Z. (Ed.) Direito regulatório: temas polêmicos. Belo Horizonte: Fórum, 2004. • WERNECK, B. A autorregulação da atividade econômica no Brasil. In: DI PIETRO, M. S. Z. (Ed.) Direito regulatório: temas polêmicos. Belo Horizonte: Fórum, 2004. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 7 Questão 3 Questão 3.3 Um estudo de uma empresa de consultoria americana mostra que sete em cada dez empresários do mundo buscam alguma iniciativa de colaboração com outras empresas. O alvo preferencial são companhias com as quais já existe algum tipo de relacionamento, como fornecedores e clientes. “São vários os motivos para parcerias, desde a necessidade de adquirir conhecimento em áreas novas até simplesmente cortar custos”, afirma o responsável pela pesquisa. Assim, para ganhar competitividade, muitas empresas passaram a ver mais vantagens do que problemas em dividir informações estratégicas. É cada vez maior o número de empresas que criam projetos em conjunto para dividir custos e riscos. A parceria pode ser entre concorrentes ou entre empresas de mercados totalmente distintos, como nos modelos que seguem. Modelo I. Para abrir mercados: o custo de chegar a uma nova região pode inviabilizar a investida. Convidar outra empresa ajuda a dividir os custos. Modelo II. Para cortar custos: empresas gastam muito com atividades que não são sua especialidade, como transporte. Aliar-se a um especialista pode ser uma saída. Modelo III. Para inovar: projetos de inovação são caros e incertos por natureza. Para reduzir os custos, cada vez mais empresas criam projetos para prospectar novas tecnologias. SIMÕES, R. O inimigo virou sócio. Exame, São Paulo, ano 46, n. 1019, p. 109-110, 27 jun. 2012 (com adaptações). Considere a seguinte situação hipotética. Três fabricantes de produtos distintos — uma de adereços e utilidades femininos; outra de meias para mulheres e lingeries; e uma terceira de produtos diversos com design não convencional —, atuantes de maneira isolada por meio de lojas próprias e franquias em cidades com mais de 500 mil habitantes, conceberam uma nova proposta de loja para cidades com até 250 mil habitantes, caracterizada pela venda conjunta dos itens das três marcas. De acordo com a proposta de modelos de parceria apresentada pela empresa de consultoria americana, a situação descrita acima enquadra-se no(s) modelo(s) A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. 3Questão 28 – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 8 1. Introdução teórica Alianças estratégicas As alianças estratégicas são parcerias entre empresas, orientadas por metas, que visam ao compartilhamento de riscos e recompensas. Lewis (1992) apresentou uma estrutura genérica capaz de auxiliar na consideração da existência de alianças entre empresas. Os principais objetivos a serem alcançados por uma aliança estratégica são a agregação de valor a produtos, a melhoria de acesso a mercados, o fortalecimento das operações existentes, o acréscimo do potencial tecnológico e a exploração de novas oportunidades (SIMCHI-LEVI et al. 2008). A agregação de valor a produtos pode ser conseguida por meio da complementação das linhas de produtos comercializadas pelas empresas. A melhoria de acesso aos mercados pode ser obtida por meio do compartilhamento de propagandas que facilitam o acesso aos novos mercados (SIMCHI-LEVI et al. 2008). O fortalecimento das operações ocorre, por exemplo, quando empresas diferentes compartilham o mesmo armazém e a mesma rede de distribuição de seus produtos. O aumento da potência tecnológica existe quando centros de pesquisa e desenvolvimento são compartilhados por empresas ou quando uma empresa utiliza a expertise de outra para o desenvolvimento de um novo produto (SIMCHI-LEVI, 2008). O aperfeiçoamento estratégico para exploração de novas oportunidades é alcançado quando, por exemplo, empresas juntam-se para vencer barreiras de entrada em novos mercados (SIMCHI-LEVI et al. 2008). 2. Análise da aliança A venda em conjunto das três marcas, nas cidades em que as empresas não atuam isoladamente, constitui uma aliança que visa a explorar novos mercados por meio da agregação de valor aos seus produtos. No problema, esse tipo de aliança corresponde ao modelo I, destinado à abertura de novos mercados. 3. Análise das alternativas A – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. A aliança entre empresas para a exploração de novos mercados é uma aliança estratégica que visa a agregar valor aos produtos e a vencer as barreiras de entrada. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não existe inovação de produtos, apenas estão sendo comercializados os produtos existentes. Logo, a aliança não contempla o modelo III. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não existe a redução de custos por meio de uma aliança entre empresas que estão ao longo da cadeia produtiva. Assim, o modelo II não está contemplado na aliança do problema. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O modelo II e o modelo III não estão contemplados no tipo de aliança do problema. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O modelo II e o modelo III não estão contemplados no tipo de aliança do problema. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 9 4. Indicações bibliográficas • SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de suprimentos, projeto e gestão. Conceitos, estratégias e estudos de caso.Porto Alegre: Bookman, 2008. • LEWIS, J. Alianças estratégicas. São Paulo: Pioneira, 1992. Questão 4 Questão 4.4 Em uma faixa afixada na parede do saguão principal de uma grande revendedora de automóveis, que vem superando suas metas de vendas, pode-se ler o seguinte: “Satisfação 100% garantida ou seu dinheiro de volta para todos os carros comprados aqui com até um mês de uso”. Certo dia, um cliente adentra o saguão da revendedora, entrega as chaves de seu automóvel recém-adquirido ao sorridente vendedor e anuncia: “Comprei meu carro aqui na semana passada. Não estou satisfeito. Quero meu dinheiro de volta”. Surpreso, o vendedor afirma que essa situação nunca acontecera, mesmo com a faixa afixada há vários meses na loja. Ele explica que a devolução do dinheiro pago pelo carro dependerá de uma entrevista do cliente com o gerente comercial da revendedora, de uma perícia minuciosa no automóvel para apurar eventuais problemas devidos ao mau uso do veículo e do preenchimento, pelo cliente, de sete formulários diferentes detalhando suas razões para a devolução. Informa ainda que, cumpridas essas etapas, depois de uma análise por parte do setor financeiro da loja, o dinheiro do cliente poderá ser devolvido em dez parcelas mensais de igual valor. Com base no caso exposto, avalie as afirmativas a seguir. I. O excesso de burocracia na revendedora de automóveis constitui obstáculo para que a empresa seja eficaz em seus objetivos comerciais. II. A atitude do vendedor revela falhas no treinamento oferecido pela empresa, pois ele foi incapaz de cumprir a promessa contida na faixa afixada na loja. III. Há evidências de disfunção burocrática caracterizada pela dificuldade de atendimento aos clientes frente a demandas não usuais. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. 4Questão 11 – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 10 1. Introdução teórica Teoria da burocracia. Disfunções burocráticas A burocracia pode ser considerada uma forma de organização humana baseada na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, buscando o maior grau de eficiência no alcance desses objetivos (BONOME, 2009). As organizações burocráticas apresentam três características, que formam o tipo ideal de burocracia formulado por Max Weber no início do século passado, que são: a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo (MAXIMIANO, 2012). A formalidade está centrada no fato de que as burocracias são essencialmente sistemas de normas, com autoridades definidas, que tomam decisões racionais baseadas em critérios impessoais. A impessoalidade existe, pois as pessoas são ocupantes de posições formais. A obediência existente é devida aos cargos e não aos ocupantes. Quanto ao profissionalismo, devemos entender que, em uma organização, os funcionários são remunerados para desempenhar papéis dentro do quadro de posições existente no organograma da empresa, que visa a promover eficiência no alcance dos objetivos (MAXIMIANO, 2012). A burocracia proposta por Weber foi analisada criticamente por vários autores que se propuseram a catalogar o que se chamou de disfunção burocrática. A disfunção burocrática ocorre na organização e prejudica o alcance dos objetivos da maneira proposta por Max Weber (MAXIMIANO, 2012). Nas disfunções burocráticas, encontramos o particularismo, que é a defesa de interesses externos por grupos da organização por motivos de convicção, amizade ou interesse material. Encontramos, também, o mecanicismo, que coloca as pessoas em situações alienantes. Exemplos do mecanicismo são montadores em linhas de produção (BONOME, 2009). Na disfunção burocrática, temos a satisfação de interesses pessoais dentro da organização, como, por exemplo, a contratação de parentes e a negociação com empresas da família (MAXIMIANO, 2012). Outra disfunção burocrática é o excesso de regras para determinada atividade. Essa disfunção é caracterizada pelo grande número de exigências formais para que certa tarefa seja executada (MAXIMIANO, 2012). Por fim, temos a hierarquia e o individualismo, características que atravancam o processo decisório, realçando vaidades e estimulando a luta pelo poder. Como exemplo, temos a hierarquia nas grandes empresas e nas estruturas militares (BONOME, 2009). 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A eficácia dos objetivos comerciais foi alcançada, visto que a faixa estava afixada há vários meses na loja, que a revendedora está superando suas metas de venda e que, até o momento descrito no problema, nenhum cliente havia entrado para devolver o veículo comprado. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O vendedor mostra ser conhecedor da burocracia existente para a devolução do veículo, pois explica ao cliente todas as etapas necessárias a fim de que o dinheiro seja devolvido. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Está clara a disfunção burocrática de excesso de regras para determinada atividade. O grande número de etapas para que o cliente receba o dinheiro de volta é um empecilho à eficácia no objetivo da sua devolução. Alternativa correta: B. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 11 3. Indicações bibliográficas • BONOME, J. B. V. Teoria Geral da Administração. Curitiba: IESDE, 2009. • MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração - da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2012. Questões 5 e 6 Questão 5.5 A maioria das empresas ainda aplica exclusivamente sistemas tradicionais de remuneração, embasados em descrições de atividades e responsabilidades de cada cargo ou função. A utilização de instrumentos como descrições de cargos, organogramas e planos de cargos e salários permite a muitas dessas empresas atingirem um patamar mínimo de estruturação na gestão de seus recursos humanos. Entretanto, quando aplicados na condição de exclusão de outras formas, esses sistemas podem tornar-se anacrônicos em relação às novas formas de organização do trabalho e ao próprio direcionamento estratégico da empresa. WOOD JUNIOR, T.; PICARELLI FILHO, V. (Coord.) Remuneração e carreira por habilidades e por competências: preparando a organização para a era das empresas de conhecimento intensivo. São Paulo: Atlas, 2004, p. 84 (com adaptações). O texto acima permite distinguir novos modelos estratégicos de modelos tradicionais de gestão de pessoas, associando-os aos contextos e às características das organizações. Nesse contexto, selecione quais das seguintes características correspondem aos novos modelos estratégicos de gestão de pessoas. I. A estrutura organizacional apresenta muitos níveis hierárquicos e a ascensão salarial se faz preponderantemente por promoção horizontal e vertical, no âmbito do sistema de gestão de carreiras. II. O processo decisório baseia-se em uma descrição de papéis e de responsabilidades clara e rigorosamente observada no dia a dia da organização. III. O planejamento estratégico é realizado pela cúpula dirigente, com apoio de um grupo de especialistas de alto nível lotados no departamento de planejamento da matriz, produzindo diretrizes e objetivos negociais para a organização. IV. O estilo e a cultura gerenciais privilegiam proximidade e compartilhamento de informações e de pontos de vista. Nesse contexto, as pessoas têm acesso franqueado aos seus dirigentes e às equipes de áreas funcionais e técnicas da organização. V. As descrições de responsabilidades e de atribuições são estabelecidas de maneira genérica e contextualizada, privilegiando a explicitação dos resultados a serem alcançados, ao lado dos padrões de serviços, da qualidade e dos relacionamentos pessoais e negociais internos e externos. São pertinentes apenas as características descritas em A. I e II. B. I eV. C. II e III. D. III e IV. E. IV e V. 5Questão 21 – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 12 Questão 6.6 A expressão “apagão de mão de obra” passou a ser veiculada na mídia especializada e entre agentes econômicos, sociais e políticos para retratar uma condição estrutural do mercado de trabalho brasileiro, no qual as necessidades organizacionais por competências laborais mais complexas e (ou) de elevada qualificação não são facilmente supridas. Considerando essa realidade, avalie se cada uma das organizações descritas nos itens a seguir adota as melhores práticas de gestão de pessoas, de acordo com abordagens contemporâneas. I. Pressionada pelo mercado de trabalho, a organização tende a redesenhar seus processos de trabalho para ampliar a produtividade e a qualidade. Em paralelo, tende a ampliar os investimentos em capacitação para prover características multifuncionais aos empregados. II. Pressionada pelo mercado de trabalho, a organização tende a conceber políticas remuneratórias diretas e (ou) indiretas mais atraentes. Tornando-se mais atrativa no mercado de trabalho, poderá “congelar” investimentos em capacitação de pessoas. III. Pressionada pelo mercado de trabalho, a organização tende a reduzir de maneira significativa as exigências de recrutamento e de seleção para atrair pessoal. Em contrapartida, não terá de conceber políticas remuneratórias mais atraentes. IV. Pressionada pelo mercado de trabalho, a organização tende a adotar modelos de remuneração variável mais agressivos, conjugados a critérios de promoção mais restritivos, no âmbito do sistema de gestão de carreiras e de remuneração. V. Pressionada pelo mercado de trabalho, a organização tende a flexibilizar as exigências de recrutamento e de seleção e a ampliar seus investimentos em capacitação. Atuam de forma adequada face ao “apagão de mão de obra” mencionado no texto apenas as organizações descritas em A. I e II. B. I e V. C. II e III. D. III e IV. E. IV e V. 1. Introdução teórica Gestão estratégica de pessoas Desde a década de 1950, com a criação do tradicional departamento pessoal (DP) e a divisão de relações industriais da década de 1960 à recente área de recursos humanos (RH), assistimos a significativas mudanças que apontam para uma nova etapa na gestão de pessoas dentro das organizações (TACHIZAWA, 2008). Segundo Dutra (2002), o processo evolutivo da gestão de pessoas partiu da fase operacional, que ocorreu até a década de 1960, passou pela fase gerencial, que ocorreu até o final da década de 1980, e chegou à fase estratégica, em que a gestão de pessoas passa a assumir papel estratégico na geração de valor para as empresas. A gestão de pessoas adquiriu papel preponderante na sobrevivência das organizações. Os trabalhadores de hoje e do futuro operam com o conhecimento. Esses trabalhadores, desde que motivados e potencializados, podem agregar valor à organização por meio da aplicação de seus conhecimentos (TACHIZAWA, 2012). Nas atuais relações de trabalho, o paternalismo dá lugar ao compartilhamento de responsabilidades: espera-se que as empresas ofereçam oportunidades de desenvolvimento aos seus colaboradores e que eles se comprometam com os resultados (VERGARA, 2010). 6Questão 35 – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 13 Atualmente, as organizações convivem com sistemas flexíveis de manufatura, que apresentam alto grau de automação e que são integrados por computador. Essa forma de trabalhar permite que a organização seja flexível a ponto de produzir com eficiência e qualidade grande variedade de produtos e executar grande número de serviços. Nesse contexto, as variações de demanda nos serviços e produtos executados por uma empresa não são mais encaradas como problemas; elas servem de estímulo à inovação e às pessoas. As quedas de demanda, por exemplo, são aproveitadas para capacitação de pessoal (TACHIZAWA, 2008). Essa nova forma de gestão nas empresas pauta-se em valores e não em regras e papéis, enfatizando o aprendizado contínuo. As pessoas passam a ser consideradas como ativos da organização. Com relação à estrutura organizacional, a tendência é a redução da hierarquia, adotando-se uma configuração em rede plana, ágil e flexível. Há que se levar em conta que, nesse tipo de estrutura organizacional, deve existir a autoavaliação acompanhada da constante capacitação em um ambiente em que os postos de trabalho estão em permanente redefinição. As pessoas devem ser flexíveis para atenderem às necessidades flexíveis de uma organização que tende a ser flexível (TACHIZAWA, 2008). Dentro dessa linha, Kanaane (2009) propõe que, no ambiente de trabalho, exista predisposição que facilite o processo de interação socioprofissional, permitindo que sejam conhecidas as reações de cada componente da organização em cada situação à qual ele é exposto. Partindo dessas ideias, Dutra (2002) propõe um modelo de gestão de pessoas baseado em quatro premissas: foco no desenvolvimento em vez de foco no controle; foco no processo em vez de foco nos instrumentos; foco no interesse conciliado em vez de foco, apenas, no interesse da empresa; e foco no modelo integrado e estratégico em vez de foco em um modelo constituído por partes desarticuladas entre si. Com a valorização do conhecimento, a gestão de pessoas deve criar um clima organizacional propício, promovendo educação continuada e programas de retenção de talentos (TACHIZAWA, 2008). 2. Análise das afirmativas Questão 5. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A estrutura organizacional exposta na afirmativa I, na qual existem muitos níveis hierárquicos, não corresponde a um modelo estratégico de gestão de pessoas. Como afirma Tachizawa (2008), a tendência é a redução da hierarquia, adotando-se uma configuração em rede plana, ágil e flexível. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O processo decisório explicitado na afirmativa II não trata de um processo existente nos novos modelos de gestão de pessoas. Segundo Tachizawa (2008), nesses novos modelos deve haver autoavaliação acompanhada de constante capacitação, em ambiente no qual os postos de trabalho estejam em permanente redefinição. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O planejamento estratégico estabelecido pela cúpula dirigente, explicitado na afirmativa III, contraria a afirmação de Vergara (2010), em que, nas atuais relações de trabalho, o paternalismo dá lugar ao compartilhamento de responsabilidades. Espera-se que as empresas ofereçam oportunidades de desenvolvimento aos seus colaboradores e que eles se comprometam com os resultados. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O estilo gerencial apresentado na afirmativa IV ratifica o proposto por Kanaane (2009): no ambiente de trabalho, deve existir predisposição que facilite o processo de interação socioprofissional, permitindo que sejam conhecidas as reações de cada componente da organização em cada situação a que ele é exposto. V – Afirmativa correta. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 14 JUSTIFICATIVA. As descrições de responsabilidades apresentadas na afirmativa V, genéricas e contextualizadas, vão ao encontro do apresentado por Dutra (2002), que propõe um modelo de gestão de pessoas no qual uma das premissas focaliza o desenvolvimento e a outra, o processo. Alternativa correta: E. Questão 6. I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A atuação exposta na afirmativa I é adequada, pois a tendência na estrutura organizacional é a redução da hierarquia, adotando-se uma configuração em rede plana, ágil e flexível, com constante capacitação em ambiente no qual os postos de trabalho estão em permanente redefinição. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A atuação exposta na afirmativa II não é adequada, pois ela congela investimentosna capacitação de pessoas. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A atuação apresentada na afirmativa III não é adequada, pois ela não remunera adequadamente. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A atuação proposta na afirmativa IV não é adequada, pois ela apresenta critérios de promoção mais restritivos. Nos modernos modelos de gestão de pessoas, existem a valorização do conhecimento e a remuneração adequada. V – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A atuação exibida na asserção V é adequada, pois a empresa flexibiliza suas exigências no recrutamento e investe em capacitação de pessoal. Alternativa correta: B. 3. Indicações bibliográficas • DUTRA, J. S. Gestão de pessoas - Modelo, processo, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002. • KANAANE, R. Comportamento humano nas organizações - O homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 2009. • TACHIZAWA, T.; FERREIRA, V. C. P.; FORTUNA, A. A. M. Gestão com pessoas - Uma estratégia aplicada às estratégias de negócios. Rio de Janeiro: FGV, 2008. • VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2010. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 15 Questão 7 Questão 7.7 Os gerentes de marketing e de finanças de uma empresa industrial discordam sobre a relação entre os investimentos em projetos comunitários e as vendas da empresa. O gerente de marketing assegura que esses investimentos dão retornos em relação ao aumento de vendas, além de serem relevantes para efeito de posicionamento de marca. Por outro lado, o executivo de finanças defende que esses investimentos não melhoram o desempenho de vendas e recomenda que futuros investimentos desse tipo sejam cancelados. Na tentativa de adotar uma referência mais consistente para análise, os dois gerentes coletaram dados de investimentos sociais da empresa e de vendas totais dos últimos 30 meses, em três diferentes cidades (A, B e C), totalizando 90 observações (30 por cidade). A correlação entre as duas variáveis (investimentos sociais e vendas) na amostra total foi de 0,20. Por cidade, os coeficientes de correlação entre as duas variáveis foram: Cidade A, - 0,01; Cidade B, 0,22; Cidade C, 0,43. Levando em conta esses resultados, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Comente a pertinência do uso da técnica de análise de correlação no contexto indicado. b) Faça uma análise do resultado geral e do resultado segmentado por cidade. c) Analise os posicionamentos de cada um dos gestores (marketing e finanças) e apresente uma proposta de decisão quanto aos investimentos sociais a serem efetuados pela empresa, considerando os coeficientes de correlação indicados e sugerindo outros possíveis dados que seriam relevantes para a tomada dessa decisão. 1. Introdução teórica Análise de correlação Segundo Gujarati (2000), uma análise de correlação é usada para descobrir se existe um relacionamento linear entre duas variáveis. Essa análise permite determinar se a direção do relacionamento é positiva, negativa ou nula (DANCEY, 2013). A correlação é adimensional, ou seja, ela não é afetada pelas unidades de medida das variáveis. Ela pode variar entre -1, correlação negativa perfeita, e +1, correlação positiva perfeita (CARVALHAL, 1974). A correlação mede o grau de associação entre as variáveis, mas não implica qualquer relação de causa e efeito. É possível inferir que uma elevada correlação de duas variáveis sinaliza que elas tendem a andar na mesma direção (SILVA, 1974). Quanto mais próximo da unidade for o valor absoluto da correlação, maior será a interdependência das variáveis. Os valores absolutos próximos a zero indicam a independência das variáveis (SARTORIS, 2003). 2. Padrão de resposta do Inep a) O estudante deve se posicionar sobre a pertinência ou não do uso da técnica de análise de correlação e justificar tal posicionamento, demonstrando conhecimento sobre associação de duas variáveis por meio de correlação estatística. A correlação pode ser considerada aplicável, uma vez que são duas variáveis medidas paralelamente em que se pretende saber se há, ou não, alguma variação conjunta relacionada à influência do investimento social sobre as vendas. O estudante também pode considerar que, embora aplicável, o método é limitado como critério para tomada de decisão, pois seria necessário considerar outros fatores e dados, argumento este que pode ser apresentado pelos estudantes que se posicionarem desfavoravelmente ao uso da técnica nesse contexto. 7Questão 3 – discursiva – Enade 2012. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 16 b) O estudante deve reconhecer que há uma associação pequena em termos gerais (0,20), mas essa associação varia por cidade, havendo uma em que a associação é praticamente nula e outra em que a associação é maior que nas demais. Portanto, as variações por cidade indicam que as hipóteses dos dois executivos são parcialmente verdadeiras e dependem do local onde a análise foi feita. Também pode ser comentado que os resultados não são suficientemente abrangentes para fundamentar a decisão. c) O estudante deve ressaltar que há evidências de que o gestor de marketing está correto em relação à Cidade C e que o executivo de finanças está correto no caso da Cidade A. Nesses termos, o estudante deve recomendar que fosse mantido o investimento para a Cidade C e que se cancelem ou se modifiquem estratégias de investimento na Cidade A. A Cidade B pode ter os investimentos tanto mantidos quanto modificados ou cancelados, pois a relação é baixa. O estudante também pode mencionar que existem outros fatores a serem considerados na decisão, o que exigiria outros tipos de fontes de dados, como a consulta aos demais stakeholders em cada cidade. Disponível em <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2012/administracao.pdf>. Acesso em 15 abr. 2015. 3. Indicações bibliográficas • DANCEY, C. P. Estatística sem matemática para psicologia. Porto Alegre: Penso, 2013. • GUJARATI, D. Econometria básica. São Paulo: Pearson, 2000. • SARTORIS, A. Estatística e introdução à econometria. São Paulo: Saraiva, 2003. • SILVA, A. L. C. Introdução à análise de dados. Rio de Janeiro: E-papers, 2009. Material Específico – Tomo IV – Administração – CQA/UNIP 17 ÍNDICE REMISSIVO Questão 1 Métodos quantitativos aplicados à administração. Estatística. Média, moda e mediana. Questão 2 Ciências Jurídicas. Normas e regulações. Autorregulamentação. Questão 3 Planejamento e gestão estratégica. Gestão estratégica. Alianças estratégicas. Questão 4 Teorias da administração e das organizações. Teoria geral da administração. Burocracia. Disfunções burocráticas. Questão 5 Teorias da administração. Áreas funcionais da administração. Recursos humanos. Gestão de pessoas. Questão 6 Teorias da administração. Áreas funcionais da administração. Recursos humanos. Gestão de pessoas. Questão 7 Estatística e pesquisa operacional. Análise de correlação.
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