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economia do desenvolvimento

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Economia do Desenvolvimento 
A ECONOMIA E O MÉTODO DAS CIÊNCIAS 
SOCIAIS 
A economia é uma ciência social 
que usa métodos das ciências 
exatas 
E o desenvolvimento é tema da 
economia 
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NO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO 
Os modelos e métodos usados são 
das ciências exatas 
São modelos matemáticos. 
Por exemplo : 
Y= C+ I+G-IMP+EXP 
 
Ou S=I «=» IMP=EXP 
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AS ORIGENS DO DESENVOLVIMENTO 
Existe uma significativa parte dos pensadores 
do desenvolvimento que consideram que os 
estudos de desenvolvimento (A economia do 
desenvolvimento) não são um novo ramo da 
economia 
No mesmo sentido que a macroeconomia; a 
economia do trabalho; as finanças públicas; a 
economia monetária 
 São somente um amalgamar daquelas 
inalteradas áreas da economia mas com 
enfoque específico as economias individuais da 
África, Ásia e A. Latina 
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OS PERCURSORES DESSE RACIOCÍNIO 
USAM: 
Um instrumento de análise que vê o 
desenvolvimento económico como 
baseado no “homo economicus” 
uma visão do homem racional no 
espaço e no tempo 
uma simplificação da economia e da 
sociedade como soma de indivíduos 
“individualismo metodológico” 
 
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COM O INDIVIDUALISMO METODOLÓGICO 
A sociedade é vista e analisada como soma 
da ação de indivíduos optimizadores. 
Temos a junção indiferenciada de 
indivíduos. 
Temos a indiferenciação do poder. 
As pessoas são remuneradas em termos 
da sua produtividade marginal. 
Temos a monetarização com recurso ao 
PIBpc , dando preços a todos os produtos 
 
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A SUA PREOCUPAÇÃO PRINCIPAL 
 É a eficiência; 
 A Alocação eficiente de recursos produtivos 
escassos; 
 O crescimento eficaz e ótimo desses recursos; e 
 A Produção e expansão de uma gama de bens e 
serviços. 
 Por isso quando se fala de desenvolvimento 
económico podemos entender 
Que se trata da economia clássica e 
neoclássica muitas vezes refletida 
nos compêndios americanos e 
britânicos 
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PARA ESSES COMPÊNDIOS A ECONOMIA 
TRADICIONAL NEOCLÁSSICA LIDA ENTRE 
OUTRAS COISAS COM: 
Mercados perfeitos 
Soberania do consumidor 
Ajustamento automático de preços 
Decisões tomadas com base no custo de 
oportunidade 
Racionalidade económica. 
Funda-se num puro materialismo, 
individualismo e interesse individual na 
tomada de decisões económicas 
 
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POR ISSO PODEMOS CONSIDERAR 
Que Adam Smith foi o primeiro 
teórico a preocupar-se com o 
desenvolvimento 
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PARA SMITH 
 1- O Jogo das forças do mercado contribui para a 
melhoria da situação economica 
 2- A concorrência é a forca motriz do progresso 
 
 Só assim se obtem os ” preços naturais” dos 
fatores de produção 
 
 Sendo o mercado um mecanismo de autocoreção 
social 
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 Para Smith 
 se o mercado se expande como resultado do 
crescimento populacional ou expansão 
territorial 
 
 a procura irá aumentar e a produção crescer 
como resposta. 
 
 Ao mesmo tempo a especialização irá aumentar 
entre os produtores 
 
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A ideia fundamental de Smith era a mão 
invisível e as hipóteses de acumulação, 
investimento e lucros como principal 
determinantes do crescimento económico. 
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DAVID RICARDO 
É outro teórico que defendeu a pertinência 
da entrada de outros fatores variáveis que 
eram capital, inovação tecnológica e o 
comércio internacional. 
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THOMAS ROBERT MALTHUS 
 Introduz a tese pessimista de crescimento 
populacional com geração da pobreza. 
 
 Introduz a teoria da crise económico ao 
destacar o crescimento populacional como 
barreira para o crescimento económico. 
 
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O TAMBÉM ECONOMISTA INGLÊS 
 Elaborou uma teoria segunda a qual a população 
iria crescer tanto que seria impossível produzir 
alimentos para um grande número de pessoas no 
planeta. 
 
 Malthus publicou em 1798 uma serie de ideias 
alertando para a importância do controlo da 
natalidade, 
 Afirmando que o bem-estar da população estaria 
intimamente relacionado com o crescimento 
demográfico. 
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PARA MALTHUS 
 Para contrapor isso o mundo devia ter doenças e 
guerras 
 
 Ele mais tarde defendeu uma política de controlo 
de natalidade para que houvesse equilibrio entre 
a produção de alimentos e a população. 
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NOS ANOS 1960 DO SEC XX 
 As teorias malthusianas voltam por causa da 
explosão demografica e são denominadas 
neomalthusianas. 
 
 Defendem que o crescimento populacional 
provaca escassez de recursos naturais, agrava a 
pobreza e o desemprego. 
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PARA OS NEOMALTHUSIANOS 
 
 
 Para se evitar contratempos deve-se adoptar 
políticas efetivas de controlo de natalidade que 
são denominadas Planeamento familiar 
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NA ECONOMIA CONTEMPORÂNEA 
 Jonh Maynard Keynes (1883-1946) 
 Foi o economista mais influente do SEC XX 
 Apresenta uma visão inovadora sobre o papel da 
política económica 
 Entrando em contradição com aquilo que era 
anteriormente aceite por muitos economistas . 
 
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KEYNES 
 Defende um papel ativo do Estado 
 1- Tanto como regulador económico e social 
 2- Quanto como determinante da parte da procura 
agregada 
 Através de intervenções com as políticas orçamental, 
fiscal e monétaria. 
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 John Keynes (1883 – 1946) 
 questiona a relação entre o Mercado e o Estado. 
 
 Procura as razões e possíveis soluções de 
desemprego. 
 
 Estuda o controle institucional do comércio e 
finanças internacionais e propõe a criação do FMI 
e BM. 
 
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Joseph Schumpeter (1883 – 1950) 
Distingue o crescimento do 
desenvolvimento 
 
O crescimento é a extensão gradual de 
capital e o aumento da produção. 
 
O desenvolvimento ocorre quando há 
inovação tecnológica e novas formas de 
organização da produção. 
 
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Na visão de Schumpeter os inovadores são 
os empresários e não necessariamente os 
industriais ou capitalistas. 
Este teórico quebra o conceito clássico da 
poupança como fator fundamental para o 
crescimento e coloca em evidência a 
inovação tecnológica associada a 
mobilização de crédito pelos empresários 
no sistema económico como um todo. 
 
 
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É também um dos precursores do 
paradigma neoclássico cujos os ideais 
fundamentais são: 
 Os empresários maximizam o lucro. 
 Os consumidores maximizam a 
utilidade. 
 
Para este paradigma uma (a)locação 
ótima dos fatores de produção cria 
melhores condições para o crescimento 
económico. 
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Outro pressuposto do paradigma é que a 
distorção dos preços, devido a 
interferência política, inibe o crescimento 
económico. 
 
 
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MAS O QUE É AFINAL O DESENVOLVIMENTO? 
 Em termos estritamente económicos o 
desenvolvimento tradicionalmente significava 
 A capacidade da economia nacional, cujas condições
iniciais eram mais ou menos estáticas, por um período 
longo de tempo, de gerar e sustentar um 
 crescimento anual do seu PNB a uma taxa de pelo 
menos 5 a 7% ( Para este cálculo pode se usar também 
o PIB) 
 Pode se recorrer também ao PNBpc ou PIBpc para 
captar a capacidade da economia de fazer crescer o seu 
rendimento acima do crescimento da sua população 
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TAMBÉM SE USA 
PNBpc real = que é o 
crescimento monetário do PNB 
menos a inflação para captar o 
bem-estar da população 
O que de facto existe de bens e 
serviços reais para o cidadão 
médio consumir e investir 
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O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO É VISTO 
TAMBÉM COMO: 
Alteração planificada da 
estrutura de produção e 
emprego em que a parte 
partilhada pelo sector agrícola 
em ambos declina em relação ao 
sector manufatureiro e de 
serviços industriais que 
rapidamente cresce. 
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COM BASE NESTE CONCEITO AS 
ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO ERAM 
ORIENTADAS PARA 
Uma rápida industrialização sacrificando 
ou a custa da agricultura e 
desenvolvimento rural 
Um fenómeno económico no qual rápido 
ganhos no PNB ou PNBpc iriam 
transbordar “trickle down” para as 
massas em forma de empregos e outras 
oportunidades económicas ou necessárias 
condições para uma maior e abrangente 
distribuição dos benefícios sociais do 
crescimento. 
 
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ASSIM 
Problemas ligados a: 
 Pobreza 
Desemprego 
Distribuição do rendimento 
Tornaram-se secundários em relação 
ao chamado: 
“getting the growth job done” 
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 EXISTE TAMBÉM A QUESTÃO DA COORDENAÇÃO 
DO DESENVOLVIMENTO 
 
 Quem coordena o desenvolvimento ? 
 
 O Estado ou o Mercado ? 
 
 Na visão do Keynes o Estado entra para reduzir 
as imperfeições do Mercado 
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 O Estado intervem para regular o processo de 
Desenvolvimento. 
 
 Um Estado centralizado e Forte para assegurar 
a modernização da Economia 
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ESTA ABORDAGEM KEYNESIANA 
 
 Sobre-estima o papel do Estado 
 
 
 Secundariza o papel do mercado no processo do 
desenvolvimento 
 
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 A Fé no Estado acaba não vendo os perigos da: 
 
 Corrupção; 
 
 Burrocratismo; e 
 
 “Rent Seeking” 
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NA ABORDAGEM VIRADA PARA O MERCADO 
COMO COODENADOR 
 A eficiência e o funcionamento descentralizado 
 
 Sao vistos como garantes do bom funcionamento 
da economia rumo ao desenvolvimento. 
 
 É uma abordagem que sobre-estima o papel do 
Mercado 
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 A ORIGEM HISTÓRICA E POLÍTICA DAS 
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO 
 Com o final da I Guerra Mundial, entraram em 
declínio definitivo as potências 
imperialistas que haviam dominado o 
mundo do final do século XIX até a I 
Guerra Mundial. 
O domínio colonial continuou a ser 
praticado. 
exacerbaram-se, as tentativas de 
redivisão do mundo. e 
Estas lutas pelo domínio econômico e 
territorial do planeta levaram finalmente 
à II GG. 
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As duas principais potências derrotadas, a 
Alemanha e sobretudo o Japão, abandonam em 
conseqüência um importante espaço colonial. 
 
 Os impérios Austro- Húngaro e Otomano 
desapareceram entre as duas guerras. 
 
A Inglaterra vitoriosa, não pode sustentar seu 
esforço de guerra e, ao mesmo tempo, 
preservar seu vasto mundo colonial 
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 A França - entre derrotada e vitoriosa - também 
se viu incapacitada para manter suas antigas 
conquistas territoriais. 
 
 Os EUA incontestável vitorioso, sem que fosse 
tocado seu território, não podia abandonar sua 
tradição anti-imperialista de ex colonia. 
 
 
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 Ademais, seu poder se tornou tão esmagador que não 
necessitava carregar o nome de novo colonizador. 
 
 Bastava lhe a ocupação da Alemanha, da Itália e do 
Japão. 
 Tambem tinha tropas estacionadas e bases militares 
em cerca de 150 países. 
 
 A guerra fria, a NATO e outros tratados regionais 
 legitimaram e consolidaram estes deslocamentos de 
tropas, sem criar uma conotação imperial. 
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 A URSS saiu da II Guerra com uma vasta zona de 
influência a qual procurou consolidar através de 
regimes aliados de cariz ideológico. 
 
 Regimes que foram, contudo implantados de improviso 
a custo do bem-estar social. O que levará a uma 
sucessão de graves crises (Berlim, Hungria, Polônia). 
 
 As oposições aos governos da Europa Central também 
contavam com apoio externo significativo de várias 
origens. 
 
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Esta instabilidade era reforçada pela 
intensificação da guerra fria. 
 
E por uma estratégia de confrontação 
global com a URSS e seus possíveis 
aliados, estabelecida pelos EUA e pela 
Inglaterra e baseada na doutrina de 
“contenção” de uma suposta expansão 
soviética. 
 
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De fato, a guerra fria foi implantada pelos 
EUA, para consolidar sua hegemonia sobre o 
chamado Mundo Ocidental. 
 
 Nesta recomposição de forças mundiais, emerge um 
conjunto de novos estados nacionais juridicamente 
soberanos. 
 Entre eles alguns são extremamente poderosos. 
 
 A China e a Índia que se constituiram em estados 
nacionais depois de anos de domínio colonial ou semi- 
colonial 
 
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Ao lado da Índia formam-se os Estados 
islâmicos do Paquistão e Bangladesch. 
Potências estratégicas, do ponto de vista 
geopolítico. 
 como também o era o Egipto que dominava a 
passagem entre o Mediterrâneo e o Golfo 
Pérsico. 
 
A Turquia, o Irão, o Paquistão, etc, também se 
libertam do domínio estrangeiro e se 
constituem em estados nacionais. 
 
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Os Movimentos de Libertação Nacional 
incendeiam a Ásia e a África. 
 
O Medio Oriente torna-se uma zona de 
disputa onde opera um complexo jogo de 
potências locais e internacionais. 
 
A re-emergência do mundo Árabe dá uma nova 
conotação ao principal pólo petrolifero do 
mundo. 
 
 
 
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A América Latina, apesar de ser uma zona de 
estados independentes desde o século 
XIX, sente-se identificada com as aspirações de 
independência econômica dos antigos povos 
coloniais 
deseja também uma independência política 
real diante das pressões diplomáticas e 
intervenções políticas e militares directas da 
Inglaterra, sobretudo até 1930, e 
dos Estados Unidos particularmente depois da 
II Guerra. 
 
 
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A Conferência Afro-Asiática de Bandung 
realizada na Indonésia de Sukarno, reuniu 
ainda os lideres da Índia, do Egito, da China e 
da Jugoslávia e consagrou uma nova realidade 
política, econômica, cultural e civilizacional. 
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Novas instituições econômicas ou 
políticas, como a UNCTAD e o 
Movimento dos Não-Aliados darão 
continuidade ao espírito de Bandung. 
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 As organizações regionais das Nações Unidas, como 
 a CEPAL, não escaparam da influência deste novo 
clima econômico, político e espiritual. 
 
 Organizações como a FAO, passaram a refletir o 
pensamento crítico e inovações destas regiões. 
 
 A FAO, em consequência, propõe uma política
mundial contra o Subdesenvolvimento. 
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Era inevitável, portanto, que as ciências 
sociais passassem a refletir esta nova 
realidade. 
 
Elas haviam se constituído desde o século XIX 
, em torno da explicação da revolução 
industrial e do surgimento da civilização 
ocidental como um grande processo social 
criador da modernidade. 
 
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 Uma Modernidade que correspondia a um novo 
estágio civilizacional apresentado às vezes como 
resultado histórico da ação de forças econômicas e 
sociais, como o mercado e as burguesias 
nacionais. 
 
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Outras vezes a Modernidade aparece como 
resultado de um modelo de conduta racional do 
homo-economicus e do indivíduo racionalista e 
utilitário que seria expressão última da 
natureza humana quando libertada de 
tradições e mitos anti-humanos. 
Outras vezes, estas conquistas econômicas, 
políticas e culturais eram apresentadas como 
produto de uma superioridade racial ou 
cultural da Europa. 
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A crise do colonialismo, iniciada na I 
Guerra Mundial e acentuada depois da II 
Guerra Mundial, colou em discussão 
algumas destas interpretações da 
evolução 
histórica. 
A derrota nazista impunha a total 
rejeição da tese da excepcionalidade 
européia e da superioridade racial. 
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A modernidade deveria ser encarada 
fundamentalmente como um fenômeno 
universal, um estágio social que todos os povos 
deveriam atingir, pois 
 correspondia ao pleno desenvolvimento da 
sociedade democrática igual ao liberalismo 
norte-americano e inglês e, 
Ou ao socialismo russo (de Stalin, cuja 
liderança teria garantido a vitória da URSS e 
dos aliados). 
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Surge assim uma vasta literatura científica 
dedicada à análise destes temas sob o título 
geral de “teoria do desenvolvimento”. 
 
A característica principal desta literatura era 
a de conceber o desenvolvimento como a 
adopção de normas de comportamento, 
atitudes e 
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 valores identificados com a racionalidade econômica 
moderna, 
 caracterizada pela busca da produtividade máxima, 
 pela geração de poupança e a criação de 
investimentos que 
 
 levassem à acumulação permanente da riqueza dos 
indivíduos e, 
 
 em conseqüência, de cada sociedade. 
 
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No século XX, sociólogos como Talcott Parsons 
e Merton; antropólogos como 
Levy-Bruhll, Franz Boas e Herkovics; 
politólogos como Lipset, Almone, e Apter, 
desenharam um modelo ideal mais ou menos 
coerente do que seria esta sociedade moderna, 
 com técnicas de verificação empírica mais ou 
menos desenvolvidas para detetar o grau de 
modernização alcançado pelas sociedades 
concretas. 
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A teoria do desenvolvimento buscou 
localizar os obstáculos à plena 
implantação da modernidade e 
definir os instrumentos de 
intervenção capazes de alcançar os 
resultados desejados no sentido de 
aproximar cada sociedade existente 
desta sociedade ideal. 
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 Na economia, autores como Hans Singer, Arthur 
Lewis, Harrod e Domar, Rugnar Nurske 
tentaram formalizar os comportamentos e 
políticas possíveis e necessários para alcançar o 
desenvolvimento. 
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Outros, mais céticos e alguns até críticos, não 
deixaram de buscar os mesmos resultados 
 com métodos menos formais. 
Perroux, Haberler, Vines, Hirschman, Myrdal 
não deixaram de pretender o mesmo objetivo: 
 elevar as sociedades tradicionais de 
comportamento não-racional e valores 
comunitários limitados à condição de 
sociedades 
modernas, racionais, universalistas. 
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Na década de 50, a teoria do 
desenvolvimento alcançou seu ponto 
mais radical e, ao mesmo tempo, mais 
divulgado na obra de W.W. Rostow. 
 
Ele definiu todas as sociedades pré-
capitalistas como tradicionais e 
ressalvou os vários estágios do 
desenvolvimento que se iniciariavam 
com o famoso “take-off. 
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A “decolagem” do desenvolvimento que 
teria ocorrido na Inglaterra de 1760, 
nos Estados Unidos pós-guerra civil, 
 na Alemanha de Bismarck, 
no Japão da Restauração Meiji, etc. 
 
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A questão do desenvolvimento 
passou a ser assim um modelo ideal 
de ações econômicas, sociais e 
políticas interligadas que ocorreriam 
em determinados países, sempre que 
se dessem as condições ideais à sua 
“decolagem”. 
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O seu livro se chamava “um manifesto 
anticomunista” e não ocultava seu objetivo 
ideológico. 
Tratava de demonstrar que o início do 
desenvolvimento não dependia de um Estado 
revolucionário, como ocorrera na URSS 
Mas sim de um conjunto de medidas 
econômicas tomadas por qualquer Estado 
nacional que assumisse uma ideologia 
desenvolvimentista. 
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ELE DIZIA EM FUNÇÃO DA ESCOLHA DO ATAQUE 
MILITAR COMO APPROACH PARA A RESOLUÇÃO DO 
PROBLEMA INTERNACIONAL DO MOMENTO 
 …a alternativa para a Guerra total iniciada pelos 
EUA não é a paz. 
 Ate que um espirito e uma politica diferentes 
prevaleçam em Pequim e Moscovo a alternativa 
para os EUA é a mistura das atividades 
políticas, militares e economicas… 
 Os EUA devem desenvolver uma politica 
económica muito vigorosa na Asia 
 A politica economica americana para a Asia terá 
que ter um sentido político bem como económico 
(Rostow, 1955) 
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AS IDEIAS PRINCIPAIS DE ROSTOW 
NA teoria dos estagios de 
crescimento linear sao: 
Para a transição do 
subdesenvolvimento para o 
desenvolvimento 
 
É preciso observar uma serie de 
estagios pelos quais todos os paises 
devem passar 
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1- estágio da sociedade tradicional 
2- estágio de pre-condições para o take off 
3- estágio do take-off 
4- estágio da condução para a 
maturidade 
5- estágio do consumo em massa 
Para Rostow os paises desenvolvidos 
passaram já do take-off e 
Os em desenvolvimento continuam na 
sociedade tradicional ou na criação de 
condições para o take-off 
 
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Assim os paises em desenvolvimento 
Precisam somente de seguir certas 
regras para atingir o take-off 
As condições para o desenvolvimento na 
optica de Rostow são: 
1- mobilização da poupança doméstica e 
internacional 
2- para gerar um investimento suficiente 
e 
3- acelerar o crescimento economico 
 
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Num livro posterior menos divulgado, 
Rostow defendeu a necessidade 
de que este Estado desenvolvimentista 
fosse um Estado forte e seus trabalhos 
como consultor da CIA foram uma das 
principais referências das políticas de 
golpes de Estado modernizadores 
praticados nas décadas de 60 e 70. 
sexta-feira, 20 de março de 
2020 
PODE-SE CONSIDERAR ROSTOW COMO O 
PRIMEIRO TEÓRICO DE MODERNIZAÇÃO PÓS 2 
GRANDE GUERRA 
 
 Uma teoria de Modernização que baseia-se na 
maneira como se deve transformar os valores, 
atitudes, práticas, estruturas sociais tradicionais 
e Substitui-los por outros modernos. 
 
 Preocupa –se também com as causas que 
impedem ou promovem tal transformação. 
 
 
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 A teoria de modernização considera que 
 1-As mudanças
económicas afetam os valores 
 
 2- A mudança de valores leva a mudanças qualitativas 
na economia e na sociedade ou sociedades. 
 
 3- A industrialização é a causa e o efeito do processo de 
modernização 
 O que no fim leva ao crescimento e expansão da classe 
media. 
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POR ISSO 
 Aquele que tem algo deve dar algo aqueles que 
não tem. 
 
 Sendo esse algo qualquer coisa como a tecnologia 
ou capital. 
 A isso foi chamado de difusão da tecnologia e do 
capital 
 e foi mais tarde a teoria basica da ajuda externa 
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PARA OS TEÓRICOS DA MODERNIZAÇÃO 
 
 O Estado-nação é a base de análise 
 As causas da miséria e pobreza dos paises do III 
mundo são consideradas como basicamente 
internas uma vez que: 
 Possuem estruturas pre-capitalistas e pre-
industriais, elementos verdadeiramente anti-
desenvolvimento, 
 Tanto em termos de necessidades como de 
procedimentos. 
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A TEORIA DE MODERNIZAÇÃO É APLICADA 
COMPARANDO PAÍSES 
 Os países ocidentais industrializados são vistos 
como modernos 
 Os países em desenvolvimento como tradicionais 
 
 Algumas caracteristicas individuais como 
valores, instituições, praticas e modo de vida são 
considerados modernas e 
 outras tradicionais. 
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DE TAL FORMA QUE A MODERNIZAÇÃO É TIDA 
COMO 
 
 Tranferência de significativas quantidades de 
ajuda ou assistência técnica ao III mundo 
 
 Planificação nacional com ajuda de agências BI e 
Multilaterais aliados a: 
 
 Projectos de industrialização de larga escala 
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PARA A TEORIA DE MODERNIZAÇÃO 
 O crescimento económico era uma questão 
simples de emplementação de um apropriado 
nível de investimento depois de ter em 
consideração: 
 
 1- o nivel de crescimento populacional 
 
 2- o racio capital/produção 
 
 3- o nível desejado do crescimento 
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ASSIM UMA COMBINAÇÃO 
 da poupança doméstica 
 
 do investimento internacional e da 
 Ajuda internacional 
 
 Levará as nações ao crescimento desejado 
 
 que por fim trará benefícios da modernização na 
população interna. 
 
 
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A TEORIA DE MODERNIZAÇÃO 
IDENTIFICA A CAUSA DO 
SUBDESENVOLVIMENTO: 
 
 Na natureza dualista da economias 
 
 com um sector relativamente avancado ou 
moderno 
 
 e outro atrasado ou tradicional. 
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A TEORIA DE MODERNIZAÇÃO PROPÕE 
AINDA AS SEGUINTES SOLUÇÕES: 
 1- Aligeiramento de barreiras e legislação 
 
 2- Controlo do crescimento populacional 
 
 3- Promoção da riqueza 
 4- crescimento macroeconómico e 
 5- Investimento 
 Que conduzirão ao desenvolvimento. 
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CRÍTICAS A TEORIA DE 
MODERNIZAÇÃO 
 Considera que a experiência de desenvolvimento dos 
paises ocidentais industrializados, dos EUA em particular, 
podia ser aplicada nos países do III mundo. 
 Era vista como deveras optimista e etnocentrica. 
 Considerava que todas as sociedades progrediam 
de forma linear, pelos mesmos caminhos ate ao 
desenvolvimento onde o fascismo e o comunismo 
eram uma aberração. 
 Pela não aceitação de que o III mundo podia ser 
fundamentalmente diferente. 
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E POR TER CONSIDERADO QUE: 
 Os obstáculos para a mudanca eram internos da 
sociedades tradicionais. 
 
 Que as sociedades industriais avançadas eram 
campeões do desenvolvimento industrial. 
 
 Quando de facto a pobreza, a marginalização, o 
desemprego e a dívida externa iam crescendo e 
levando a situações cada vez mais preocupantes. 
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 Mesmo considerando as críticas a teoria de 
Modernização que aconteceram, mais tarde, nos anos 
1960. 
 
 Mais dois teoricos (anos 1950 e 1960) Procuraram 
seguir e sintetizar as ideias de Rostow 
 
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 Rostow é complementado por Harrod e Domar 
 
 Autores que Desenharam um modelo 
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O mecanismo pelo qual 
O investimento conduz ao crescimento 
economico é apresentado pelo modelo de 
Harrod- Domar Da seguinte forma: 
 
1- Toda a economia deve poupar uma 
certa proporção do seu rendimento para 
a manutenção e reabilitação dos bens de 
capital 
 
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 Mas também para o seu crescimento pois novos 
investimentos representando aumento do stock de 
capital são necessários. 
 
 Se assumirmos que existe uma relação económica 
directa entre o total do stock de capital (K), e o Produto 
Nacional Bruto (PNB), Y – por exemplo se 
 USD$ 3 de capital são necessarios para produzir 
USD$1 de PNB, Y isto implica que qualquer acrescimo 
no stock de capital (K) em forma de investimentos 
trará um correspondente crescimento do PNB, Y. 
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 Supondo que essa relação conhecida em economia como 
racio capital/produção é de 3 para 1 e se definirmos o 
racio capital produção como (K∕) e se assumirmos que 
a poupança nacional (s) é uma proporção fixa do 
rendimento nacional por exemplo 6% 
 
 E que o total de novos investimentos é determinado 
pelo nível de poupança total podemos construir o 
seguinte modelo simples de crescimento economico: 
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 1 – a poupança (S) é uma proporção (s) do rendimento 
nacional (Y) o que nos dá a seguinte equação: 
 S=sY a) 
 
 2- o investimento (I) é definido como mudança do stock 
de capital (K) o que pode ser representado por (∆K) 
sendo assim: 
 I= ∆K b) 
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 Mas já que o stock de capital (K) tem uma relação 
direta com a produção nacional total (Y) expressa pelo 
racio capital/produção (K∕ ) isto significa o seguinte: 
 
 A divisão de K/Y = K∕ ou ∆K/∆Y = K∕ ou finalmente ∆K =K∕∆Y 
c) 
 
 3- finalmente, por causa do total da poupança nacional (S) ter de 
ser igual ao total de investimentos (I) podemos escrever esta 
igualdade como: 
 
 S = I d) 
 Mas partindo da equação a) sabemos que S = sY e das equações 
b) e c) sabemos que I = ∆K = K∕∆Y 
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 Sendo assim podemos escrever a identidade poupança 
é igual ao investimento da equação d) da seguinte 
maneira: 
 S = sY = K∕∆Y = ∆K = I ou simplesmente sY = K∕∆Y 
e) 
 
 Dividindo ambos os lados da equação e) primeiro por 
(Y ) e depois por (K∕ )chegamos a seguinte expressão: 
 
 (∆Y/Y) = ( s/K∕ ) f) 
 Nota que o lado esquerdo da equação f) ∆Y/Y 
representa o nível de mudança ou do crescimento do 
PNB (é a mudança percentual do PNB) 
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 A equação f) que é uma simplificada versão da famosa 
equação do modelo de Harrod-Domar defende: 
 um estado simples em que a taxa de crescimento do 
PNB (∆Y/Y) é determinada pela proporção da 
poupança nacional (s) e pelo rácio capital produção (K∕) 
ou seja ( s/K∕) 
 
 Mais especificamente isto quer dizer que, na ausência 
da ação governamental, a taxa de crescimento do 
rendimento nacional será diretamente ou 
positivamente proporcional ao nível da poupança. 
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 Quanto mais uma economia poder poupar e investir, 
dado um certo PNB, maior será o crescimento desse 
mesmo PNB e inversamente
proporcional ao Rácio 
capital/produção (K∕) 
 
 Ou seja quanto mais alto for o rácio Capital/produção 
(K∕) mais baixa será a proporção do crescimento do 
PNB 
 
 A lógica económica da equação f) é muito simples: 
 Para crescer as economias devem poupar e investir 
uma certa proporção do seu PNB. 
 Quanto mais poderem poupar e investir mais rápido 
poderão crescer. 
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 Obstáculos e constrangimentos 
 Segundo Harrod-Domar se aumentar-se a proporção da 
poupança do PNB (s) na equação (f) podemos aumentar 
o crescimento do PNB (∆Y/Y) 
 Exemplo: se assumirmos que _ s = 6% e K∕ = 3 então 
 
 ∆Y/Y = s/K∕ = 6%/3 = 2%. (Não esquecer que ∆Y/Y é a 
mudanca percentual do PNB) 
 então ∆Y/Y = PNB ou (g) do inglês Growth (g=s/K∕) 
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AGORA 
 
 Se a taxa de poupança nacional poder ser de 
alguma forma aumentada de 6% para digamos 
15% 
 Por intermedio da ajuda externa ou sacrificio no 
consumo 
 O crescimento do PNB sera alterado de 2% para 
5%. 
 Assim: ∆Y/Y=s/K∕ = 15%/3= 5% h) 
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DE FACTO 
 Rostow e outros definem o estagio de Take-Off 
nesta perspetivas 
 
 Os países que fossem capazes de crescer a 15% a 
20% do seu PNB podiam desenvolver mais 
rapidamente do que os que poupavam menos 
 Porém este crescimento tem de ser auto-
sustentado. 
 Por isso o problema do crescimento económico era 
simplesmente ligado a poupança e investimento 
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O MAIOR OBSTÁCULO PARA O 
DESENVOLVIMENTO PARA ESTA TEORIA ERA 
 Relativo baixo nivel de formação de capital novo 
nos países pobres (em desenvolvimento). 
 
 Mas se um pais pretender crescer a, digamos a 
7% por ano e não poder gerar poupança e 
investimento a uma taxa de 21% do rendimento 
nacional. 
 Assumindo que K∕ = 3 mas pode poupar 15%, 
poderá superar este GAP, recorrendo a ajuda 
externa pública ou privada. 
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ESTA TEORIA 
 
 Tornou-se num argumento valido para, no 
periodo da guerra fria, justificar a transferência 
massiva de capitais e assistência tecnica dos 
países desenvolvidos para os países em 
desenvolvimento. 
 
 Era uma espécie de plano Marshall para as 
nações do III Mundo. 
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NECESSÁRIO VS CONDIÇÕES 
SUFICIENTES 
 os postulados da teoria de modernização (estágios 
de crescimento) não funcionaram em todas as 
ocasiões. 
 
 E a razão do não funcionamento não se prende ao 
facto da poupança e o investimento não serem 
uma “condição Necessaria” para acelerar a taxa 
de crescimento mas sim, 
 Porque não eram “condição suficiente” 
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O PLANO MARSHALL 
 Funcionou na Europa porque recebeu-se apoio 
quando havia infra-estruturas necessarias, 
instituições e atitudes por exemplo: 
 Um bem integrado mercado de commodities e 
financeiro. 
 sistema de transportes bem desenvolvido. 
 
 Força de trabalho bem treinada e motivada para 
o sucesso. 
 
 Uma burrocracia governamental eficiente para 
converter o novo capital em altos níveis de 
produção e rendimento 
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ROSTOW E HARROD-DOMAR 
 Assumem a existência de tais atitudes e 
condições nos países em desenvolvimento. 
 Mas em muitos casos isso não correspondeu a 
verdade. 
 
 Não havia competência na gestão. 
 Os Recursos humanos não eram eficientes. 
 
 Não havia capacidades de planificação e 
administração de uma vasta gama de projectos de 
desenvolvimento. 
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ESQUECERAM-SE AINDA 
 Que tais países em desenvolvimento estão num 
sistema internacional cada vez mais integrado e, 
 
 Que até os mais bem elaborados projetos de 
desenvolvimento podem sucumbir perante forças 
externas fora do controlo nacional. 
 Esta é a razão do surgimento da teoria da 
dependência. 
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UM OUTRO MODELO DENOMINADO : 
MODELO DE MUDANÇA ESTRUTURAL 
 Foi apresentado W. Arthur Lewis e dá enfoque 
 A transformação estrutural das economias 
primarias de subsistência. 
 O premio nobel de economia formulou o Two 
Sector Model nos meados de 1950 que tornou-se 
numa teoria generalizada nos paises do III 
Mundo nos anos 1960 e principios de 1970. 
 Ate hoje tem aderentes, principalmente os 
economistas americanos de desenvolvimento 
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 Esta teoria ate hoje é aplicada para estudar o mercado 
de emprego nos paises em desenvolvimento ou o 
crescimento da china por exemplo. 
 
 Para Lewis os paises em desenvolvimento tem dois 
sectores; 
 
 O sector tradicional, super povoado, rural e de 
subsistência caracterizado por uma produtividade 
marginal igual a Zero 
 
 
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UMA SITUAÇÃO QUE LEVA LEWIS 
 A considerar que há mão-de-obra excedentaria no 
sector tradicional (Agrícola)de tal maneira que 
pode ser retirada sem prejuizo nos rendimentos. 
 
 Considera ainda que existe um outro sector com 
alta produtividade denominado urbano, 
moderno ou industrial. 
 Para onde a mão-de-obra proveniente do sector 
tradicional, de subsistência ou agrícola é 
gradualmente transferida. 
 
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O ENFOQUE PRINCIPAL DO MODELO DE 
LEWIS 
 Esta no processo de transferência de Mão-de-obra 
e no crescimento do rendimento e do emprego no 
sector moderno. 
 
 O sector moderno é também chamado sector 
industrial 
 Sabido que o sector moderno pode significar 
modernização da agricultura. 
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A teoria da mudança estrutural parte da 
hipótese de que: 
 o subdesenvolvimento deve-se a subutilização 
de recursos devido a problemas estruturais e 
institucionais proveniente do dualimo 
económico nacional e internacional. 
Por isso o desenvolvimento deve significar 
mais do que a aceleração da acumulação do 
capital. 
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 Esta teoria propõe uma 
transformação estrutural 
Uma vez que: 
O processo de transformação da economia 
é tal que a contribuição para o rendimento 
nacional pelo sector manufatureiro 
eventualmente ultrapassa a contribuição 
do sector agrícola. 
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O MODELO DE LEWIS 
 
 é uma teoria de desenvolvimento onde o excesso de 
mão-de-obra do sector tradicional ou agrícola é 
transferido para o sector moderno ou industrial. 
 
 Sector Moderno esse cujo crescimento absorve a mão-
de-obra excedentaria, promove a industrialização e 
 estimula o desenvolvimento sustentavel 
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QUANDO LEWIS FALA DE MÃO-DE-
OBRA EXCEDENTARIA 
 
 
Refere-se a mão-de-obra rural 
cuja produtividade marginal é 
igual a Zero ou é negatica. 
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Ambos o crescimento da 
tranferência de Mão-de-obra e do 
emprego no sector moderno 
promovem o crescimento ou 
expansão do output deste ultimo 
sector. 
 
A rapidez com que ocorre esta 
expansão do output é determinada 
pela taxa de investimento industrial 
e acumulação de capital no sector. 
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Tal investimento só é possível 
devido ao excesso dos 
ganhos/Lucros do sector 
moderno em relação aos salários. 
 
Assumindo-se que os capitalistas 
reinvestem todos os seus 
ganhos/Lucros. 
 
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POR FIM 
 
Lewis assume que os salários do sector 
industrial urbano eram/são constantes. 
 
Tidos como um dado prémio fixo acima de 
uma certa media do nível salarial de
subsistência do sector tradicional agrícola. 
 
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Tendo em conta os salários 
constantes do sector Urbano, a curva 
de oferta de mão-de-obra rural é 
considerada perfeitamente elástica. 
 
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Podemos ilustrar o modelo de Lewis usando 
quatro figuras: 
 
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1- Considerando em primeiro lugar o 
sector tradicional agrícola apresentado em 
dois diagramas a direita. 
 
O diagrama de cima a direita mostra 
como a produção de subsistência do 
sector tradicional varia em função do 
aumento de Mão-de-obra. 
 
 
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 é uma tipica função de produção agrícola 0nde a 
produção total ou Produto (TPA) de comida é 
determinada pela mudança da quantidade da 
unica variavel (input), a mão-de-obra (LA), dada 
uma quantidade fixa de capital , (KA), e uma 
imutavel tecnologia tradicional( t ). 
 
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 no diagrama de baixo temos a curvas da 
produtividade media e marginal, APLA e MPLA, que 
são derivados da curva de produção total 
imediatamente a cima. 
 
 A quantidade de Mão-de-obra (QLA) disponível é a 
mesma e é expressa em milhões de trabalhadores, 
 
 É assim como Lewis descreve as economias em 
desenvolvimento onde a maior parte da população vive 
e trabalha nas zonas rurais. 
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 Lewis faz duas suposições sobre o sector 
tradicional. 
 
 Primeiro, há excesso de mão-de-obra no sentido 
de que (MPLA) é igual a zero. 
 
 Segundo, todos os trabalhadores rurais partilham 
por igual o rendimento de forma que o salário 
rural é determinado pela media e não pela 
produtividade marginal da Mão-de-obra (como 
será no caso do sector moderno). 
 
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 Assume -se que há (LA) trabalhadores agricolas 
produzindo (TPA) alimentos, que são partilhados de 
forma igual como (WA) comida por pessoa. (isto é 
produto medio que é igual a TPA/LA). 
 
 A produto marginal destes trabalhadores (LA) é zero, 
como mostra o diagrama de baixo. 
 
 O excesso de mão-de-obra aplica-se a todos os 
trabalhadores em excesso a partir de (LA) 
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 Os diagramas de cima a esquerda retratam as curvas 
de produção total do sector moderno. 
 Mais uma vez, o output de, digamos bens 
manufacturados (TPM) é uma função da variavel input 
do trabalho,( LM) para um dado stock de capital e 
tecnologia. 
 Na linha horizontal, a quantidade de mão-de-obra 
empregue para produzir um output de, digamos 
TPM1, com o stock de capital 
 KM1, é expressa em milhares de trabalhadores 
urbanos, L1. 
 no modelo de Lewis, o stock de capital do sector 
moderno é permitido crescer de KM1 para KM2 para 
KM3 como resultado do reinvestimento dos lucros pelos 
industriais capitalistas . 
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 Isto ira causar uma mudança da curva de produção 
total de TPM(KM1) para TPM(KM2) para TPM(KM3). 
O processo pelo qual se gera lucros pelo capitalista 
para o reinvestimento e crescimento é demonstrado nas 
figuras do sector Moderno. 
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 Este processo de expansão auto-sustentavel 
crescimento e emprego é assumido como que continuo 
até que toda a mão-de-obra excedentaria seja 
absorvida no novo sector industrial. 
 
 Ponto de partir do qual a retirada de mão-de-obra 
adicional do sector tradicional so poderá acontecer com 
perdas elevadíssimas na produção de comida. 
 
 Por causa do declínio do racio mão-de-obra/Terra 
significando que a produtividade marginal dos 
trabalhadores rurais não mais é igual a zero. 
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 Críticas ao modelo de Lewis 
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 O modelo de Lewis embora simples reflete a 
experiência de crescimento economico do 
ocidente. 
 
 Quatro das suas constatações chave não 
espelham a realidade institucional e económica 
de muitos paises em desenvolvimento. 
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 Primeiro - assume que a taxa de transferência de mão-
de-obra e criação de emprego no sector moderno é 
proporcional a taxa de acumulação de capital pelo 
sector moderno. 
 
 Quanto mais rápido for acumulado o capital, mais alta 
sera a taxa de crescimento do sector moderno e mais 
rápido se criará empregos novos. 
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 Mas o que dizer se o capitalista decidir reinvestir em 
bens de capital sofisticados “laborsaving capital” e não 
nos trabalhadores como assume o modelo de Lewis? 
 
 
 (assumindo que os lucros de capital não foram 
depositados em paraísos fiscais ou bancos ocidentais). 
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 A segunda ideia questionavel no modelo de Lewis é 
que existe excesso de mão-de-obra nas zonas rurais e 
pleno emprego nas zonas urbanas. 
 
 A terceira ideia dubia é a noção de que os salários do 
sector moderno são constantes até esgotar a mão-de-
obra excedentaria do sector tradicional. 
 Quando 
 As greves, a concorrência das Multinacionais, o preço 
do petróleo acabam obrigando a subida de salários no 
sector moderno 
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 A preocupação final com o modelo de Lewis é a 
sua constatação de que o capitalista vé os seus 
lucros diminuir até ao ponto onde deverá 
reinvestir. 
 Quando 
 
 O que se constata no sector moderno é o 
crescimento dos rendimentos dos capitalistas 
colocando problemas especiais para os teóricos de 
desenvolvimento. 
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A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO 
ECÓNOMICO EM ROSENSTEIN-RODAN 
 Em 1943 publica Problemas de industrialização 
da Europa Oriental 
 Considera que a formação do capital e a 
Industrialização são sinónimos de 
desenvolvimento. 
 
 Propõe a planificação e a intervanção 
governamental para dirigir o processo 
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Abandona a visão dominante do equilibrio 
ecstático tradicional e Analisa os desiquilibrios 
provenientes do processo de crescimento 
económico 
e 
Apresenta a ideia do #BIG PUSH# ou 
Transformação subita e em massa da economia 
dos paises em desenvolvimento 
 
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Apresenta o problema das desigualdades 
de renda entre as diferentes regiões do 
Mundo. 
 
Fala de Zonas Ricas e Zonas deprimidas 
 
Considera a industrialização da Europa do 
leste (zona deprimida) Como de interesse 
mundial. 
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ROSENSTEIN-RODAN 
Considera que a industrialização seria 
 
Um meio de alcançar uma distribuição de 
renda 
 
Mais equitativa entre as regiões ricas e as 
deprimidas 
 
Por via de uma taxa de crescimento maior 
das últimas em relação as primeiras 
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O PROBLEMA PARA RODAN 
É a existência de excesso de população 
agrária nas regiões deprimidas; 
 
Com 25 % da mesma total ou 
parcialmente desocupadas. 
 
Facto que ele considera um impecilho ao 
bom funcionamento dos princípios da 
divisão internacional do trabalho 
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COMO SOLUÇÕES ROSENSTEIN-
RODAN PROPÕE 
 o encaminhamento da mão-de-obra 
excedentaria ao capital (emigração) 
ou 
O encaminhamento do capital à mão-
de-obra (industrialização) 
Neste processo a diferença embora 
insignificante seria
somente no 
transporte 
Porém uma emigração em larga 
escala seria problemática 
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POR ISSO PARA RODAN 
A questão do excesso da população 
agraria teria mesmo que ser 
resolvida pela industrialização 
 
Uma industrialização por via da 
unificação económica de toda a 
região da europa oriental como 
Região deprimida. 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
Só a unificação económica das 
regiões deprimidas 
Garantiria que as industrias 
atingissem o seu tamanho 
óptimo e 
Assim diminuir os riscos 
marginais dos seus 
investimentos 
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ROSENSTEIN-RODAN 
Apresenta dois modelos de 
industrialização: 
 
O Modelo Russo 
Que é uma industrialização por conta 
propria. 
 
Sem investimento internacional e 
Através da construção de todo o tipo de 
industrias integradas verticalmente 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN ESTE TIPO DE 
INDUSTRIALIZAÇÃO 
Produz um crescimento lento 
Pois teria de contar com as proprias 
poupanças da economia para a 
industrialização. 
E essas seriam provenientes do custo 
de vida e do consumo das populações 
Um esforço que para ele seria 
disnecessario a economia e a 
sociedade 
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POR OUTRO LADO PARA R-RODAN 
O modelo Russo causaria a 
redução da divisão internacional 
do trabalho 
 
Por via da criação de economias 
independentes da economia 
mundial 
O que tornaria o mundo mais 
pobre como um todo 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
O modelo Russo conduziria a um 
grande desperdício de recursos 
 
Ao proporcionar ocasião para a 
ociosidade das novas industrias 
pesadas no ambito da economia 
mundial 
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O SEGUNDO MODELO SERIA 
A inserção da Europa oriental na 
economia mundial 
Através de: 
 Investimentos internacionais ou 
empréstimos de capitais 
As vantagens disso seriam: 
A conservação das vantagens da divisão 
internacional do trabalho e 
O aumento da riqueza mundial 
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ROSENSTEIN-RODAN VÊ NESTE ÚLTIMO 
MODELO VANTAGENS LIGADAS A : 
 1- Menor sacrificio do consumo 
 2- Menor tensão social 
 3- Empregos mais lucrativos para os antigos 
trabalhadores agrários 
 4- Integração da economia regional na economia 
global 
 5- Especialização das regiões deprimidas em 
industrias leves e intensivas em trabalho e 
 
 6- Melhor aproveitamento das industrias pesadas 
ja existentes nos países ricos 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
A industrialização devia ser planificada e 
de larga escala 
Ele encontra razões para isso na 
existência de diferentes arranjos 
institucionais 
que tornariam ineficiente o processo de 
liquidação de investimentos 
internacionais. 
Fala da diferença de experiências, 
conhecimentos tecnicos e capacidade de 
análise de investimentos 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
As diferenças institucionais só 
podem ser resolvidas pela 
participação do Estado no projecto de 
industrialização 
 
Partcipação e planificação de todo o 
sector industrial como uma unidade 
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PARA RODAN 
A participação do Estado reduziria 
significadamente os riscos e 
 por isso era uma condição SINE Qua 
NON para o investimento 
internacional em larga escala 
A participação do Estado na Vida 
económica era um factor que 
precisava de ser visto como um dado 
novo 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
 Esta visão de uma acção colectiva para a 
industrialização devia-se a necessidade de criação de 
economias externas (benefícios que são criados quando 
uma atividade é conduzida por uma empresa ou outro 
tipo de entidade, com os benefícios usufruídos por 
outros que não estão conectados com essa entidade). 
 Pois, Por exemplo, a necessidade de Habilitar a 
M_D_O Através da transformação de camponenses em 
operarios industriais Devia ser satisfeita de forma 
colectiva porque não seria lucrativo para o empresário 
faze-lo de forma individual. 
 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
 no processo de industrialização 
 Só um TRUSTE (fusão de várias empresas de modo a 
formar um monopólio com o intuito de dominar 
determinada oferta de produtos e/ou serviços). era 
capaz de aproveitar melhor as economias externas e 
não os empresários de forma individual. 
 Por exemplo: 
 Ao criar-se uma fábrica de sapatos que sozinha não 
consegue demanda suficiente para a sua produção 
 Podem ser criadas a sua voltas fabricas de meias, 
camisas e calças que vão fazer aumentar a demanda 
dos sapatos pelos trabalhadores destas últimas 
fábricas 
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ESSE PROCESSO PERMITIRIA 
 A criação de economias externas horizontais 
complementares ou de demanda. 
 
 Outro tipo de economias externas a serem criadas pela 
acção colectiva seriam as verticais 
 Que podem acontecer entre firmas do mesmo ramo 
industrial ou entre firmas de diferentes ramos 
 No caso do sapato podemos pensar em industrias de 
borracha e couro que integradas verticalmente 
produzem economias externas 
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ROSENSTEIN-RODAN 
Considerava que as economias externas 
verticais 
Favoreciam melhor os países deprimidos em 
desenvolvimento do que os ricos 
Para Rosenstein-Rodan a criação de trustes 
também visa garantir as necessidades de 
financiamento da industrialização em larga 
escala 
Pois quando se trata de transformar toda a 
estrutura económica de uma região… 
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A experiência passada do empresário 
individual é irrelevante na avaliação do 
investimento. 
 
O risco calculado pelo empresário individual 
seria sempre maior do que o calculado por um 
conselho de planificação de um truste 
 
Ele considera que o truste tem maior 
capacidade de se apropriar dos lucros das 
economias externas, pagar os dividendos e 
captar financiamentos adicionais de paises 
credores ou instituições financeiras 
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ROSENSTEIN-RODAN 
Dá maior enfase ou papel central a escala 
dos empreendimentos 
Pois para ele pequenas empresas não 
conseguiriam internalizar economias 
externas do seu investimento. 
Logo deixariam de obter os lucros 
provenientes da industrialização 
E assim não captariam os investimentos 
necessários 
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NESTA PERSPECTIVA PARA 
ROSENSTEIN-RODAN 
 Os benefícios das economias externas seriam ganhos 
para a economia como um todo no processo de 
industrialização 
 Olhando para as questões de excesso de emprego nas 
regiões agricolas Rodan diz: 
 Que o influxo populacional na direcção das regiões 
industriais não teria uma contrapartida negativa na 
desvalorização das regiões de onde vem essa população 
 
 Graças ao excesso da população das regiões agrárias 
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PARA ROSENSTEIN-RODAN 
A industrialização em larga escala e por 
via de um truste 
Tendo em simultaneo industrias de base e 
leves carecia de : 
As populações dos países ricos aceitassem 
uma redução na sua jornada de trabalho 
 
Para se criar espaço para a entrada de 
produtos provenientes da Europa Oriental 
 
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ROSENSTEIN -RODAN 
Para finalizar diz 
Mesmo que o programa de 
industrialização planificada e em larga 
escala fosse executado 
Só 70 a 80% da população teria 
oportunidade
de emprego na decada 
seguinte a da industrialização. 
O restante da população devia ir para o 
capital (emigrar) 
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O ARGUMENTO CENTRAL 
É que a industrialização em larga escala das 
areas internacionais deprimidas 
 
Vai produzir equilibrio estrutural da economia 
mundial 
Através da criação de emprego produtivo para 
a população agrária excedente 
A forma como isso é feito vimos em Lewis 
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Ragnar Nurkse 
Retoma Rosenstein e diz que as economias atrasadas 
estão num círculo vicioso de perpetuação de pobreza 
 
do lado da procura 
temos pouco incentivo para investir pois os mercados 
são limitados, há baixos níveis de produtividade e 
baixo nível de formação de capital e, 
 
do lado da oferta 
 temos a fraca capacidade para poupar, falta de capital, 
baixa produtividade e baixo rendimento. 
 
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Procura 
Pouca capacidade 
para investir 
Baixo nível de 
formação de capital 
Mercado limitado 
Baixo nível de 
produção 
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Oferta 
 
Fraca capacidade 
de poupar 
Baixo rendimento 
Falta de capital 
Baixa 
produtividade 
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Quando a procura é baixa e os mercados pequenos 
e limitados não haverá motivação para fazer 
investimento privado 
Assim: 
a formação e acumulação de capital permanecerão 
em muito baixo nível e como consequência não 
existirá nenhuma aumento real de produtividade e o 
rendimento permanecerá baixo. 
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Do lado da oferta 
 
o rendimento baixo resultará na baixa capacidade 
de poupar e, 
por sua vez, resultará na falta de capital e baixa 
produtividade cujo resultado final é a reprodução 
da pobreza em massa. 
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Nurkse 
 
 Acrescenta que o grande problema de não se 
conseguir adequada poupança e investimento 
subsequente tem a ver com o comportamento dos 
ricos e seu consumo pois, tem tendência de copiar o 
modelo de consumo dos países industrializados 
É o chamado efeito “duesemberry” que implica o 
aumento da propensão marginal a consumir e 
redução da taxa de poupança. 
 
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Para ele 
A pré-condição de ruptura do ciclo da pobreza é: 
 
 a criação de um certo leque de incentivos no 
investimento e a expansão do mercado com base 
no investimento massivo em capital num certo 
número de sectores industriais. 
 
 
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Isto depende de uma activa intervenção do Estado 
que deverá planificar o investimento e assegurar os 
recursos internos. 
 
Este Estado é importante também para garantir 
uma utilização óptima da ajuda externa. 
 
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Um outro autor importante foi Albert 
Hirshmenan. 
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Albert Hirschman 
 
Escreveu uma obra que Revolucionou o pensamento 
e as politicas para impulsionar o avanço da 
industrialização nos paises em desenvolvimento. 
 
Denominado “Estrategia de Desenvolvimento 
económico” 
 
Hirschman, A. (1958). The strategy of 
Economic Development, New Haven 
:Yale University Press,, 1958. 
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Hirschman pensava que a principal escassez 
com que se enfrenta a maioria dos países em 
desenvolvimento não é de capital ou de outros 
recursos, 
 
 mas sim de capacidade para adoptar decisões 
de investimentos eficientes. 
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A sua estrategia de desenvolvimento 
económico recomendava aos governos dos 
paises em desenvolvimento, como principal 
prioridade das suas políticas económicas: 
 
 o estimulo aqueles investimentos que por sua 
vez fossem capazes de induzir um maior 
volume de decisões de investimento associadas 
ou ligadas as primeiras . 
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Hirschman se separa de Rodan e Narske em três pontos: 
 
a) Rechassando a doutrina do crescimiento equilibrado dos 
distintos sectores da economía ; 
 
 b) Negando que a melhor forma de impulsionar o 
desenvolvimento seria mediante fortes investimentos em 
infraestructuras e em capital fixo e social, nas necesidades do 
sector productivo da economía, e 
 
 c) Afirmando que uma boa forma de dinamizar o crecimento 
consistía em favorecer a entrada de investimentos estrangeiros 
em actividades manufactureiras muito próximas ao consumo 
final. 
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Defensor de mercados abertos e do IDE 
 
Hirschman não negou a bondade do 
desenvolvimento equilibrado, mas 
 
 
Pensava que seria irrealizável tornar-se um facto 
nos países deprimidos e/ou subdesenvolvidos. 
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Se Já era bastante difícil para as economias 
maduras lograr o encadeamento fluido e 
simultáneo de decisões de investimento . 
 
mais difícil sería que tal coisa podesse ocorrer 
em países em que a capacidade de adoptar 
boas decisões de investimento era 
precisamente o recursos mais escasso. 
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Como mais dificil ainda seria aplicar, a estas últimas, 
a receita keynesiana contra as etapas de recessão 
económica , que consistia em injectar investimentos 
em equipamento e infraestructuras. 
 
 Esta política -concebida precisamente para dinamizar 
as decisões de investimentos adiadas e em reserva nas 
economias avancadas-, 
 
Tão pouco traria a virtualidade de desencadear 
decisões de investimentos por ai além nos países em 
desenvolvimento 
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Devido a inexistência de reservas de 
investimento ociosas e a escassez mesmo de 
empresários eficientes. 
 
Em tais condições a receita Keynesiana não 
produziria retornos tangiveis, distraindo, por isso, 
os poucos recursos disponíveis de uma utilização 
mais eficiente. 
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Por essa mesma razão, a industrialização tão pouco 
devia iniciar pelas industrias chamadas básicas – 
 
como se fez nos países com economías de planificação 
central. 
 
Posto que estes investimentos não são comercialmente 
viáveis por falta de mercado para eles. 
 
Os “investimentos induzidos” “BIG PUSH”nestes 
países segundo Hirschman- deviam ser por via de 
industrias de demanda final. 
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Finalmente, Hirschman recomenda a 
abertura dos países em desenvolvimento 
ao investimento directo estrangeiro para 
a montagem de fabricas de produtos de 
demanda final 
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Esta estrategia é também a mais ideal para 
induzir o encadeamento de decisões e 
investimento eficientes “aguas arriba”. 
Se os investimentos em industrias básicas não 
resultava económicamente fazível no inicio do 
processo de desenvolvimento 
 
Seria fazível mais tarde, quando maior 
densidade de manufacturas de demanda final 
proporcionassem um mercado suficiente para 
as de demanda intermedia. 
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Em resumo, 
a estrategia de desenvolvimento económico de 
Hirschman chocava com as doctrinas mais 
sólidamente estabelecidas, 
 
Ao recomendar - um crecimento desequilibrado 
 
- o abandono da preferência pela anticipação de 
investimentos massivos de capital fixo e social, 
para o fomento de investimentos domésticos e 
estrangeiros em actividades directamente 
productivas. 
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- Uma política livrecambista para 
facilitar a entrada de productos 
intermedios e materias primas, 
 
E 
-
Para criar un clima de rivalidade 
competitiva para a industria nascente. 
 
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Criticas a Hirschman 
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Os Investimentos em fabricas de productos de 
demanda final Teve como consequência: 
 
- O aumento da importação de produtos de 
demanda intermedia o que rompia todos os 
esquemas e parecia concebida para satisfazer as 
necesidades de expansão das empresas 
multinacionais. 
 
- Mais do que para facilitar o desenvolvimento 
dos países receptores. 
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Isto conduzia a permuta da divida externa por 
acções de empresas privatizadas como solução 
parcial do problema 
 
O que era visto como uma acção tortuosa e em 
contradição com os esforços de desenvomvimento 
dos países em desenvolvimento carentes de 
capacidade própria de poupança e investimento 
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Paradoxalmente 
Como consequência da estrategia de recurso ao 
IDE no Lugar da Ajuda Externa, 
Um terço de secúlo mais tarde, as ideas de 
Hirschman triunfaran redondamente nos 
países que as aplicaram com grande éxitos no 
seu desenvolvimento económico. 
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os países Latino americanos –para os quais a estrategia 
foi desenhada prima facie 
 
e alguns outros – cometeram o erro de as não adoptar e 
viram, por essa razão as suas expectativas de 
desenvolvimento sustentavel goradas . 
 
E como consequência se viram envolvidos na armadilha 
da divida externa que deteve o seu processo de 
desenvolvimento económico a partir dos anos 1970 até 
principios de 1990. 
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Teoria da dependência como 
mais uma teoria heterodoxa 
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Contexto de Surgimento da Teoria da Dependência 
 
PROBLEMA 
 A adopção da teoria de modernização não levou à 
erradicação das condições de pobreza. 
 O gap entre os países ricos e os pobres continuou a 
subir. 
 Por que é que os países do Sul não estão a se 
desenvolver tal como tinha sido prometido pela teoria 
da modernização? 
 
 O que é que explica o crescimento do fosso entre os 
ricos e pobres no interior dos países e entre os países ? 
 Optimista o Sul acreditou que iria erradicar as 
condições de pobreza de forma rápida . 
 
 A razão disso era a abundância de recursos naturais 
que estavam, agora, sob seu controlo, livres da 
opressão colonial. 
 Mas este optimismo foi frustrado. 
 
 A adopção da teoria de modernização não levou à 
erradicação das condições de pobreza. Aliás, 
 
 o gap entre os países ricos e os pobres continuou a 
subir mais. 
 
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 No geral, os teóricos da dependência responderam a 
esta questão afirmando que as antigas colónias eram 
subdesenvolvidas devido à sua dependência em relação 
aos países industrializados do Ocidente nas áreas do 
comércio e investimento. 
 
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PRECURSORES 
 
Raul Prebisch (1950) 
Raúl Prebisch era um Argentino, 
economista 
 
Prebisch, R. (1950). Escreveu =The 
Economic Development of Latin America 
and its Principal Problems, Lake Success, 
United Nations, New York. 
 
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 Prebisch na base de um estudo sobre os índices 
de preços de exportação e importação no período 
entre 1876-1947, 
 
 concluiu que: 
 a) os ganhos do comércio e 
 B) da especialização internacionais 
 não estavam a ser distribuídos de forma 
equitativa. 
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 a balança mostrava que a renda crescia mais 
rapidamente nos países do centro do que nos da 
periferia. 
 
 A principal causa para o aumento da disparidade nos 
níveis de crescimento da renda estava no facto de os 
preços de produtos primários estarem a deteriorar-se 
cada vez mais em comparação com os produtos 
industriais no mercado mundial. 
 
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 ao evocar a deterioração dos termos de troca dos 
produtos 
 Prebisch não está a argumentar contra o comércio 
internacional. 
 
 Não esta a sugerir a quebra de relações dos países da 
periferia com os países do centro. 
 
 como sugeriram alguns teóricos da dependência 
como Andre Gunder Frank e Samir Amin. 
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 Na verdade, Prebisch considera que: 
 
 A) o comércio internacional, 
 B) o capital externo. 
 
 são elementos fundamentais para: 
 
 A) o aumenta a produtividade e 
 B) o crescimento na periferia. 
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 o pensamento de Prebisch 
 
 A) inspirou a acção da ECLA que acabou se 
transformando numa das organizações regionais mais 
notáveis da ONU. 
 
 
 B) influenciou o pensamento e as políticas de 
desenvolvimento, 
 principalmente na América Latina, das décadas de 
1950 e 1960. 
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 Prebish foi considerado: 
 A) o pai do “estruturalismo” ou 
 
 B) “escola de desenvolvimento estruturalista da 
América Latina”. 
 
 Esta visão de desenvolvimento destaca: 
 A) a importância das diferenças nas estruturas 
económicas, sociais e culturais entre os países do 
centro e da periferia. 
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 Para Prebish: 
 Enquanto o centro ou países desenvolvidos têm: 
 A) uma estrutura internamente homogénea, 
 B) níveis de produtividade similares em diferentes 
sectores, 
 
 a periferia ou países subdesenvolvidos têm: 
 A) estruturas internas heterogenias, 
 B) vários sectores da economia com grandes diferenças 
na produtividade devido aos diferentes níveis de 
tecnologia. 
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 Para Prebish: 
 Esta dualidade é também replicada em cada um dos 
sectores da economia. 
 
 a) a periferia é caracterizada pela ‘heterogeneidade 
estrutural’, ou desigualdade interna, que ‘e reforçada 
pelo comércio internacional. 
 
 B) As trocas desiguais entre o centro e a periferia 
também reforçam a desigualdade externa entre o 
centro e a periferia. 
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 o estruturalismo de Prebish 
 é a primeira teoria a tentar construir uma teoria de 
desenvolvimento e subdesenvolvimento. 
 
 Como o sistema comercial vigente confinava a periferia 
para a produção de produtos primários estava a 
favorecer o centro, 
 Prebisch apresentou uma solução alternativa: 
 A) a América Latina devia embarcar num processo 
próprio de industrialização 
 B) através da protecção, controlo das taxas de câmbio e 
planificação 
 C) Para reduzir a dependência nas importações. 
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 Esta solução implicava uma mudança radical 
 
 A) no modelo de desenvolvimento orientado para a 
exportação de produtos primários, ou 
 
 B) caminho de desenvolvimento orientado para fora, 
 
 seguido pela maior parte dos países periféricos. 
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 , Prebish defendia: 
 A) uma estratégia de desenvolvimento orientada para 
dentro; 
 
 B) Uma industrialização pela substituição de 
importações. 
 
 O que implicava: 
 A) medidas protecionistas contra a importação e 
produtos manufacturados, e 
 
 B) contra a exportação de produtos primários 
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 Prebish propôs igualmente: 
 
 1- a permissão de actividades sindicais no sector de 
exportação primário para exigir o aumento de salários, 
 
 2- a defesa de preços dos produtos primários através de 
uma acção internacional concertada, e 
 
 3- a pressão para a redução
ou eliminação da 
protecção de produtos primários nos países do centro 
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 O principal objectivo do argumento de Prebisch era: 
 A) mudar a estrutura de produção da periferia, 
 
 B) desenvolver um sector industrial 
 C) Promover altas taxas de crescimento da 
produtividade e 
 D) uma maior habilidade de reter os frutos do 
progresso tecnológico, 
 O que resultaria em : 
 A) altas taxas de crescimento e renda, e 
 B) redução do gap entre o centro e a periferia. 
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 Assim: 
 
 a industrialização passou a ser vista como o meio 
primário para o crescimento na maior parte dos países 
da América Latina no pós- Segunda Guerra Mundial. 
 
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Teotónio dos Santos (1970) 
 
 
Dos Santos, T. 1970. “The Structure of 
Dependence.” American Economic Review 
60: 231–236 
 
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 Teotónio dos Santos advogava que a dependência 
é uma condição histórica que: 
 A) molda uma determinada estrutura da 
economia mundial, 
 B) favorece alguns países em detrimento de 
outros 
 
 C) limita as possibilidades de desenvolvimento 
das economias subordinadas. 
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 Para Teotónio dos Santos o subdesenvolvimento longe 
de constituir um estado de atraso anterior ao 
capitalismo é: 
 
 A) uma consequência e 
 B) uma forma particular de desenvolvimento 
capitalista 
 
 
 conhecida como capitalismo dependente. 
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 Portanto: 
 A) a relação de interdependência entre duas ou mais 
economias ou 
 B) entre tais economias e o sistema de comércio 
internacional 
 torna-se uma relação de dependência onde: 
 
 C) Alguns países podem se expandir através da auto-
impulsão, e 
 D) outros, podem expandir-se apenas como reflexo da 
expansão dos países dominantes. 
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 Para teotonio dos Santos a situação básica de 
dependência faz com que: 
 A) os países dependentes sejam atrasados e 
explorados, 
 
 B) Os países dominantes sejam favorecidos com 
predominância tecnológica, comercial, de capital e 
sociopolítica, 
 
 Estes últimos países podem, portanto: 
 A) explorar os países dominados e extrair parte do 
excedente produzido localmente. 
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FURTADO, C. 1963. THE ECONOMIC GROWTH OF 
BRAZIL. BERKELEY: UNIVERSITY OF CALIFORNIA 
PRESS. 
 
 Furtado constata que: 
 A) desde o século XVIII, as mudanças globais na 
demanda resultaram numa nova divisão 
internacional do trabalho 
 B) os países periféricos da Ásia, África e América 
Latina se especializaram na produção de 
produtos primários , num enclave controlado por 
estrangeiros e 
 C) importam bens de consumo dos países centrais 
do Ocidente 
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 D) A crescente produtividade e novos padrões de 
consumo nos países periféricos beneficia uma pequena 
elite e seus aliados (menos de um décimo da 
população), 
 E) elites que cooperam com os países desenvolvidos 
para alcançar a modernização. 
 
 O resultado é o capitalismo periférico, 
 A) incapaz de gerar inovações e dependente. 
 
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 Andre Gunder Frank (1975) 
 é considerado um dos maiores críticos da economia de 
desenvolvimento convencional e da teoria de 
modernização. 
 A sua perspectiva começava por: 
 A) criticar a tese da “sociedade dual” dos paises em 
desenvolvimento, 
 B) uma estrutura composta pelos sectores moderno e 
tradicional, 
 cada um deles com características e dinâmicas 
próprias. 
 
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 O subdesenvolvimento, de acordo com Frank 
 
 A) não se deve à sobrevivência de instituições arcaicas 
 B) foi e continua a ser gerado pelo mesmo processo que 
também gerou o desenvolvimento económico: 
 
 o desenvolvimento do capitalismo em si. 
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 De acordo com esta visão de Andre Gunder Frank: 
 
 A) O desenvolvimento do centro subdesenvolveu a 
periferia. 
 
 B) Para Gunder Frank atribuir o 
subdesenvolvimento ao tradicionalismo ao invés do 
avanço do capitalismo. 
 
 
 era um erro histórico e político. 
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 Para Gunder Frank 
 
 1- o capitalismo destruiu ou transformou os anteriores 
sistemas sociais dos países dependentes convertendo-
os em fontes do seu maior desenvolvimento. 
 
 2- As instituições económicas, políticas, sociais e 
culturais dos países dependentes não são originais ou 
tradicionais. 
 
 3- Resultam da penetração do capitalismo. 
 
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PRESSUPOSTOS BÁSICOS 
 
 Os teóricos da dependência advogam que o 
desenvolvimento da Europa teve como base a: 
 1- destruição externa mais do que inovação 
interna – 
 2- conquista brutal, controlo colonial e 
 3- despojando das sociedades não-Ocidentais, 
 _ Das suas pessoas, recursos e superavits 
 _ ao invés de as conduzir rumo a modernização 
racional da Europa. 
 
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 Para os teóricos da dependência: 
 1- Existe uma geografia de desenvolvimento composta 
por um Primeiro Mundo Europeu, designado “centro”, 
e 
 
 2- um Terceiro Mundo não-Europeu, designado de 
“periferia”. 
 3- o centro dominante conseguiu alcançar um 
crescimento económico auto-suficiente. 
 4- os dominados e dependentes experimentam um 
crescimento que é reflexo das mudanças que ocorrem 
nos países dominantes. 
 
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 A teoria da dependência pode ser sistematizada em 
três modelos básicos. 
 
 1- o modelo de dependência neocolonial, 
 
 2- o modelo do falso-paradigma e 
 
 3- a tese de desenvolvimento dualista. 
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 1- para o modelo da dependência 
neocolonial 
 A) o subdesenvolvimento deve-se às contínuas políticas 
económicas, e culturais de exploração das antigas 
potências coloniais sobre os países menos 
desenvolvidos. 
 
 B) O subdesenvolvimento existe e tem sido perpetuado 
pela evolução do sistema capitalista 
 
 C) Há relações altamente desiguais entre países ricos 
e pobres. 
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 D) As relações de poder existentes entre o centro e a 
periferia tornam difícil ou mesmo impossível a 
independência dos países periféricos. 
 
 E) Existe nos países da periferia um pequeno grupo de 
indivíduos 
 
 uma pequena elite governante com interesse primário 
de perpetuar o sistema internacional capitalista de 
desigualdade 
 em conformidade com os ganhos que dele tiram. 
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 F) elite que serve e é recompensada por: 
 1- corporações multinacionais; e 
 2- agências de ajuda bi e multilateral. 
 G) Uma elite ligada por lealdade ou financiamento aos 
países capitalistas ricos. 
 H) As actividades e os pontos de vista destas elites 
refletem: 
 1) os interesses do doadores, 
 2) Não representam reformas genuínas, 
 3) levam a baixos níveis de vida, e 
 4) conduzem à perpetuação do subdesenvolvimento. 
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2-MODELO DO FALSO PARADIGMA 
 os países em desenvolvimento não têm 
conseguido se desenvolver Por: 
 A) copiar do ocidente estratégias de 
desenvolvimento, 
 por exemplo, a acumulação de capital e/ou a 
liberalização do mercado como condutores do 
desenvolvimento, e 
 B) Não tomar em consideração às necessárias 
mudanças sociais e institucionais. 
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