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SISTEMA NERVOSO - REVISÃO GERAL

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SISTEMA NERVOSO 
 
 
-sistema nervoso central (encéfalo e medula) 
-sistema nervoso periférico (sistema nervoso somático, autônomo e visceral) 
→ ele é formado por todo o tecido nervoso fora do SNC (composto por nervos, gânglios, 
plexos entéricos e receptores) 
 
Nervos → feixes compostos por axônios, associados a seu tecido conjuntivo e seus vasos 
sanguíneos, que se situam fora do encéfalo e da medula espinal. 
12 pares de nervos cranianos 
31 pares de nervos espinais 
 
Gânglio → pequenas massas do tecido nervoso compostas por corpos celulares que se 
localizam fora do encéfalo e da medula espinal. 
 
Plexos entéricos → extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do 
sistema digestório. 
 
 
FUNÇÕES principais do S.N: 
sensitiva (aporte) 
integrada (processamento) 
motora (saída) 
 
 
 
 
HISTOLOGIA do S.N: 
O sistema nervoso é composto por dois tipos de células → neurônios (desempenham a 
maioria das funções exclusivas do sistema nervoso e possuem excitabilidade elétrica, ou 
seja, capacidade de responder a um estímulo e convertê-lo em um potencial de ação) e a 
neuróglia (fornece suporte, nutrição e proteção aos neurônios, além de ajudar a manter o 
líquido intersticial que o banha). 
 
Partes de um neurônio → 1- corpo celular 
 2- dendritos (porção receptora de um neurônio) 
 3- axônio (propaga o impulso nervoso para outro neurônio) 
*fibra nervosa é um termo genérico para qualquer prolongamento que emerge do corpo 
celular de um neurônio. 
.neurônios sensitivos ou aferentes (maioria é estruturalmente unipolar) 
.neurônios motores ou eferentes (transportam o potencial de ação para fora do SNC - 
multipolares) 
.interneurônios ou neurônios de associação (localizados no SNC, entre os neurônios 
motores e sensitivos. Eles processam as informações sensitivas vindas dos neurônios 
sensitivos e então, promovem uma resposta motora por meio da ativação dos neurônios 
motores adequados – multipolares) 
 
Neuróglia→ 
Ao contrário dos neurônios, a neuróglia não gera ou propaga potenciais de ação e pode 
se multiplicar ou dividir no sistema nervoso maduro. 
Astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias: encontradas no SNC 
Células de Shawnn e células satélites: encontradas no SNP. 
 
 
TERMINOLOGIAS IMPORTANTES: 
 
.Núcleo – conjunto de corpos celulares de neurônios de coloração cinzenta situados no 
interior da substância branca. 
.Gânglio – conjunto de corpos celulares de neurônios (coloração cinzenta) pertencentes 
ao sistema nervoso periférico (situados fora do crânio e da coluna vertebral). 
.Funículo – Coluna de substância branca ao longo da medula espinal, corresponde à face 
interna das faces da medula espinal. 
.Trato – feixe de fibras nervosas com origem, trajeto, terminação e função comuns. 
.Fascículo – este termo costuma ser usado com a mesma finalidade de trato. 
.Comissura – conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano sagital mediano, 
horizontalmente. 
.Decussação - conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano sagital mediano, 
obliquamente. 
.Quiasma - conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano sagital mediano, em forma da 
letra X. 
.Lemnisco – feixe de fibras sensitivas ou aferentes pertencentes a um trato que cruzam o 
plano sagital mediano para se dirigir ao tálamo. 
.Giro – Saliências ou elevações dos hemisférios cerebrais. 
.Sulco – reentrância ou depressão na superfície de estruturas do sistema nervoso. 
.Fissura – sulco mais profundo. 
.Substância cinzenta – tecido nervoso mais escuro composto principalmente de corpos 
celulares de neurônios e neuroglias. 
.Substância branca – tecido nervoso mais claro composto principalmente de fibras 
nervosas mielínicas, isto é, axônios. 
.Nervo – conjunto de fibras nervosas mielínicas e amielínicas (dendritos e axônios) 
pertencentes ao sistema nervoso periférico (situados fora do crânio e da medula espinal) 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO → 
 
O sistema nervos central é dividido em encéfalo e medula espinal, ambos derivados do 
tubo neural. 
O encéfalo adulto é formado por 4 partes principais: 
.tronco encefálico 
.cerebelo 
.diencéfalo (formado pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo) 
.telencéfalo (cérebro) 
 
-o crânio e as meninges cranianas (pia-máter, aracnóide-máter e dura-máter) envolvem e 
protegem o encéfalo. 
 
O tronco encefálico é continuo com a medula espinal e é composto pelo mesencéfalo 
(cranialmente), ponte (entre ambos) e bulbo (caudalmente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesencéfalo: 
.se estende da ponte ao diencéfalo 
.ventralmente ao cerebelo 
.contém núcleos e tratos 
.atravessado pelo aqueduto cerebral – III e IV ventrículos 
O aqueduto do mesencéfalo é um estreito canal que atravessa o mesencéfalo, por onde 
circula o líquido cerebrospinal, estabelecendo a comunicação entre o III e IV ventrículo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Face anterior: os pedúnculos cerebrais são compostos por axônios dos tratos 
corticoespinal, corticobulbar e corticopontino, que conduzem impulsos nervosos de áreas 
motoras do córtex cerebral para a medula espinal, bulbo e ponte, respectivamente. 
 
Face posterior: é chamada de teto e contém 4 projeções arredondadas. 
Projeções superiores- 2 colículos superiores, funcionam como centros reflexos para 
atividades visuais, além de serem responsáveis por reflexos que controlam os 
movimentos da cabeça, dos olhos e do tronco, em resposta a estímulos visuais. 
Projeções inferiores- 2 colículos inferiores, que fazem parte da via auditiva, transmitindo 
impulsos dos receptores auditivos da orelha interna para o encéfalo. Também são 
responsáveis pelo reflexo do susto. 
 
Os colículos superiores estão separados dos inferiores pelo sulco transverso. 
O lado esquerdo está separado do lado direito pelo sulco ântero-posterior. Em sua 
extremidade, encontra-se a glândula pineal. 
 
Substância negra: relacionada com a doença de Parkinson 
 
.núcleos mesencefálicos estão envolvidos com 2 pares de nervos cranianos 
1.nervos oculomotores (III) 
2.nervos trocleares (IV) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação reticular: ampla região na qual a substância branca (feixes de axônios 
mielinizados) e a substância cinzenta (aglomerados de corpos celulares neuronais) se 
arranjam em forma de rede. 
Neuronios da formação reticular têm funções sensitivas (ascendentes) e motoras 
(descendentes) 
SRAA – sistema reticular ativador ascendente 
.recebe aferências dos olhos, orelhas e outros receptores sensitivos, menos aferências do 
olfato. 
 
RESUMO – IMPORTÂNCIA FUNCIONAL 
Contém regiões relacionadas à atividade motora somática (núcleo rubro e substância 
negra); 
Movimento dos olhos; 
Coordenação dos reflexos auditivos (núcleo do colículo inferior) e visuais (colículo 
superior) e influencia no reflexo pupilar (área pré-tectal). 
 
 
Ponte: 
.localizada logo acima do bulbo e anterior ao cerebelo 
.formada por núcleos e tratos 
.faz conexões entre partes do encéfalo entre si, possíveis graças a feixes de axônios. 
 
Limites: 
Superior sulco pontinho superior (fossa interpeduncular 
 
Inferior sulco bulbo-pontino 
 
 
 
A região ventral da ponte forma uma grande estação de transmissão sináptica composta 
por centros dispersos de substância cinzenta – núcleos pontinhos. 
A região dorsal da ponte é semelhante às demais regiões do tronco encefálico – bulbo e 
mesencéfalo. Contém tratos ascendentes e descendentes e núcleos de nervos cranianos. 
 
Na ponte, está localizado o centro respiratório pontino e juntamente com o centro 
respiratório bulbar, ele auxilia no controle da respiração. 
 
A ponte contém núcleos associados aos seguintes pares de nervos cranianos: 
1.nervos trigêmeos (NC V) 
2.nervos abducentes (NC VI) 
3.nervos faciais (NC VII) 
4.nervos vestibulococleares (NC VIII) 
 
 
 
 
 
Bulbo: 
.é contínuo com a parte superior da medula espinal, formando a parte inferior do tronco 
encefálico 
.a substância branca do bulbo contém todos os tratos sensitivose motores que se 
projetam entre a medula e outras parte. 
Limites: 
Superior: sulco bolbo-pontino 
Inferior: forame magno e/ou nervo espinal cervical 
 
parte da substância branca forma as PIRÂMIDES: as pirâmides são formadas pelos 
tratos corticoespinais que passam do telencéfalo para a medula e são responsáveis pelos 
movimentos voluntários dos quatro membros e do tronco - Fibras descendentes que ligam 
áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula 
 
Decussação das pirâmides: cruzamento oblíquo de fibras de axônios. Isso explica por que 
cada lado do encéfalo é responsável pelos movimentos voluntários do lado oposto do 
corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.o bulbo também apresenta diversos núcleos (agrupamento de corpos celulares neuronais no SNC) 
– núcleos bulbares 
→controlam os reflexos de vômito, deglutição, do espirro, tosse e do soluço. 
 
-Lateralmente a cada pirâmide encontra-se uma protuberância oval chamada de oliva (formada 
por uma grande massa de substância cinzenta). Na oliva se localiza o núcleo olivar inferior, que 
recebe eferências do córtex cerebral, do núcleo rubro do mesencéfalo e da medula espinal. 
-Núcleos grácil e cuneiforme, associados ao tato, pressão, vibração e propriocepção consciente 
estão localizados na região posterior do bulbo 
 
 
 
→Coordenação dos movimentos da cabeça, dos olhos e 
da deglutição; auxilia na regulação da atividade 
cardiovascular (centro vasomotor), respiratória (centro 
respiratório) e visceral; regula a postura e está 
relacionado à aprendizagem motora (complexo olivar 
inferior). 
→ Núcleos de nervos cranianos: V, VII a XII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIENCÉFALO → 
 
Se estende do tronco encefálico até o telencéfalo (cérebro) e circunda o terceiro 
ventrículo, incluindo o tálamo, hipotálamo (de onde se projeta a hipófise) e epitálamo. 
 
Tálamo: 
.compõe cerca de 80% do diencéfalo e é formado por duas massas ovais de substância 
cinzenta organizadas em núcleos com tratos de substância branca. 
 
 
 
.O tálamo é a principal estação retransmissora para a maioria dos impulsos sensitivos da 
medula espinal e do tronco encefálico que chegam às áreas sensitivas primárias do córtex 
cerebral. 
.Contribui para as funções motoras ao transmitir informações do cerebelo e dos núcleos 
da base para a área motora primária do córtex, além de transmitir impulsos nervosos 
entre diferentes áreas do telencéfalo e auxilia na manutenção da consciência. 
 
 
→Existem alguns grupos de núcleos em cada lado do tálamo: 
1.GRUPO ANTERIOR: 
Está relacionado com a emoção e memória, como por exemplo a experiência emocional 
do medo. 
 
2.GRUPO POSTERIOR: É dividido em 3 partes, são elas: 
a.parte pulvinar do tálamo (problemas de linguagem) 
b.corpo geniculado medial (audição) 
c.corpo geniculado lateral (visão) 
 
3.GRUPO LATERAL: 
É constituído por 6 núcleos, dentre os quais os 4 mais importantes são: 
a.núcleo ventral anterior (relacionado a motricidade) 
b.núcleo ventral lateral (relacionado a motricidade) 
c.núcleo ventral póstero-lateral (relacionado a sensibilidade geral, vinda da medula) 
d.núcleo ventral póstero-medial (relacionado a sensibilidade geral da cabeça, especial-
mente, o nervo trigêmeo) 
 
4.GRUPO MEDIAL: 
Está relacionado com a questão comportamental (caso do homem de ferro- mudança de 
humor após o acidente). Além de estar relacionado com as emoções, aprendizado, me-
mória e cognição. 
 
5.GRUPO MEDIANO: 
Está relacionado a aderência intertalâmica, faz conexões com o hipotálamo e possíveis 
funções viscerais. Presume-se que esteja relacionado com a memória e o olfato. 
 
RESUMO – importância funcional → 
 
Relaciona-se com a sensibilidade. 
Todos os impulsos sensitivos, antes de chegarem ao córtex param em um núcleo talâmi-
co, com exceção dos impulsos olfatórios. 
 
- Relaciona-se com a motricidade 
 
- Relaciona-se com o comportamento emocional 
 
- Relaciona-se com a ativação do córtex cerebral 
Hipotálamo: 
Localiza-se abaixo do tálamo e é composto por cerca de doze núcleos agrupados em 4 
regiões principais- 
1- Região mamilar (área hipotalâmica posterior) 
São formações arredondadas - retransmissão para sensação do olfato 
 
2- Região tuberal (área hipotalâmica intermédia) 
Região que abriga o infundíbulo (haste que conecta a hipófise ao hipotálamo) 
 
 
3- Região supra-óptica (área hipotalâmica rostral) 
Acima do quiasma óptico (ponto de cruzamento dos nervos ópticos). 
 
4- Região pré-óptica 
Participa, juntamente com o hipotálamo, de certas atividades autônomas. Essa 
área contém os núcleos pré-ópticos medial e lateral. 
 
O hipotálamo controla muitas atividades corporais e é um dos principais reguladores da 
homeostase. 
Entre as principais funções do hipotálamo, estão: 
.controle do SNA, incluindo frequência cardíaca, passagem do alimento pelo sistema di-
gestório e contração da bexiga urinária 
.produção de hormônios 
.regulação dos padrões emocionais e comportamentais 
.regulação da alimentação (possui do centro da fome, sede e saciedade) 
.controle da temperatura corporal (termostato fisiológico) 
.regulação dos ritmos circadianos e níveis de consciência 
 
 
 
Epitálamo: 
Pequena região superior e posterior ao tálamo, composto pela glândula pineal e pelos 
núcleos habenulares. 
A glândula pineal faz parte do sistema endócrino, pois secreta o hormônio melatonina 
(atuante nas gônadas e nos ritmos circadianos) 
 →a luz inibe a pineal, diminuindo a quantidade de melatonina circulante, causando o 
estado de vigília 
 →a ausência de luz estimula a pineal, aumentando a quantidade de melatonina circu-
lante, causando o estado de sono 
 
-Os núcleos habenulares estão relacionados com o olfato (respostas de cheiro da pessoa 
amada e os biscoitos de chocolate da mamãe assando no forno) 
 
 
Subtálamo: 
 
Localizado na transição do diencéfalo com o mesencéfalo 
- Formação mais importante: núcleo subtalâmico 
Importante na motricidade somática (envia e recebe fibras dos núcleos da base do cór-
tex). 
-Lesões nesse núcleo provocam uma Síndrome chamada de HEMIBALISMO- movimen-
tos anormais dos músculos, principalmente nas extremidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TELENCÉFALO → 
 
.o telencéfalo é a sede da inteligência. 
.é composto por um córtex cerebral externo, uma 
região de substância branca e núcleos de substân-
cia cinzenta localizados profundamente na substân-
cia branca. 
Córtex cerebral: 
Região de substância cinzenta que forma a face externa do telencéfalo 
.contém bilhões de neurônios dispostos em camadas 
.possui giros ou circunvoluções 
.as fendas mais profundas são chamadas de fissuras, as mais superfici-
ais de sulcos. 
 
Os hemisférios cerebrais estão conectados internamente 
pelo corpo caloso. 
 
 
Lobos cerebrais: 
Cada hemisfério cerebral pode ser subdividido em vários 
lobos: 
.lobo frontal 
.lobo parietal 
.lobo temporal 
.lobo occipital 
.lobo da ínsula (sem relação com os ossos do crânio, é mais profunda) 
 
 
-O giro pré-central contém a área motora primária do córtex cerebral; 
O giro pós-central contém a área somatossensitiva primária 
Substância branca cerebral: 
.É formada por axônios mielinizados organizados em 3 tipos de tratos: 
1.fibras de associação – contém axônios que conduzem impulsos nervosos entre os gi-
ros de um mesmo hemisfério. 
2.fibras de projeção - contém axônios que conduzem impulsos nervosos do telencéfalo 
para partes inferiores do SNC (ex: cápsula interna) 
3.fibras comissurais - contém axônios que conduzem impulsos nervosos de um hemisfé-
rio cerebral para o giro correspondente no outro hemisfério (ex: corpo caloso, comis-
sura anterior e comissura posterior) 
 
Núcleos da base: aglomerados de substância cinzenta. 
Profundamente, dentre de cada hemisfério cerebral, existem 3 núcleos: globo pálido, pu-
tame (formam o núcleo lentiforme) e núcleo caudado. Juntos núcleo lentiforme + núcleo 
caudado= corpo estriado. 
Os núcleos da base contém aferências do córtex cerebral e geram eferências para as par-
tes motoras do córtex por meio dos núcleos mediais e ventrais do tálamo. 
Além disso, apresentam conexões entre si, auxiliam na regulação do início e término dos 
movimentos e controlam contrações subconscientes dos músculos esqueléticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema límbico: 
.circundando a parte superior do tronco encefálico e o corpo caloso, existe um conjunto de 
estruturas na face interna do telencéfalo e no assoalho do mesencéfalo que forma o sis-
tema límbico. 
.É chamado de “cérebro emocional”, pois sua função primária está relacionada com uma 
série de emoções (dor, prazer, afeto, raiva). 
.Também está envolvido com o olfato e com a memória 
 
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL → 
 
1.Áreas sensitivas 
os impulsos sensitivos chegam principalmente à metade posterior de ambos os hemisfé-
rios cerebrais, em regiões atrás do sulco central. 
No córtex, as áreas sensitivas primárias recebem informações sensoriais que foram 
transmitidas por receptores sensitivos primários de regiões inferiores do encéfalo. 
→ estão geralmente próximas às áreas primárias 
→ integram informações sensitivas para gerar padrões adequados de reconhecimento e 
percepção. 
 
ÁREA somatossensitiva primária (áreas 1, 2 e 3 de Brodmann) → localizadas posterior 
ao sulco central de cada hemisfério, no giro pós-central de cada lobo parietal. 
Esta área recebe impulsos de tato, pressão, vibração, prurido, cócegas, temperatura, dor 
e propriocepção, além de estar envolvida na percepção destas sensações somáticas. 
A área somatossensitiva primária permite que você identifique onde se originam as sen-
sações somáticas. (sensibilidade da cabeça, em geral) 
 
 
.área visual primária (área 17) localizada na parte posterior do lobo occipital 
.área auditiva primária (áreas 41 e 42) localizada na parte superior do lobo temporal 
.área gustativa primária (área 43) localizada na base do giro pós-central 
.área olfatória primária (área 28) localizada na face medial do lobo temporal 
 
Lesões na área somestésica primária: 
Agnosia (incapacidade de reconhecer dois pontos, perceber movimentos de partes do 
corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulos ou graus de temperatura). 
Estereognosia (incapacidade de reconhecer os objetos colocados na mão) 
Lesões na área somestésica secundária: 
 Agnosia tátil – consegue sentir os objetos, mas não consegue caracterizá-los e distinguí-
los. 
 
 
2.Áreas motoras 
As eferências motoras do córtex cerebral se original, principalmente, da parte anterior de 
cada hemisfério cerebral. 
 
ÁREA motora primária (área 4 de Brodmann) → localizada no giro pré-central do lobo 
frontal. 
Cada região controla as contrações voluntárias de músculos específicos ou de grupos 
musculares. Estímulos elétricos em qualquer ponto da área motora primária causam a 
contração de fibras musculares esqueléticas específicas no lado oposto do corpo. 
 
ÁREA de fala de Broca (áreas 44 e 45 de Brodman) → localizada no lobo frontal, próxi-
ma ao sulco cerebral lateral 
Os impulsos nervosos originados na área de Broca passam para as regiões pré-motoras 
que controlam os músculos da laringe, faringe e da boca. Esses impulsos resultam em 
contrações musculares específicas coordenadas e simultaneamente se propagam da área 
de Broca para a área motora primária. 
 
→a pessoa que sofre um AVE (acidente vascular encefálico) na área de Broca ainda con-
segue ter pensamentos coerentes, mas não consegue formular palavras - afasia motora. 
 
 
3.Áreas associativas 
São formadas por grandes regiões dos lobos occipitais, parietais e temporais e dos lobos 
frontais anteriormente às áreas motoras. 
Essas áreas associativas estão ligadas entre si por tratos associativos. 
 
.área de associação somatossensitiva (áreas 5 e 7): localizada posteriormente a área as-
sociativa primária. Esta área permite que determinemos a forma e textura dos objetos e 
determine sua orientação em relação a um outro objeto. 
 
.área de associação visual (áreas 18 e 19): localizada no lobo occipital, recebe impulpos 
da área visual primária e do tálamo. Ela relaciona experiências visuais presentes com as 
anteriores e é fundamental para o reconhecimento do que se é visto. 
 
.área de associação facial (áreas 20, 21 e 37): localizada na parte inferior do lobo tempo-
ral e recebe impulsos da área de associação visual. Esta área armazena informações so-
bre as expressões faciais e permite que você reconheça as pessoas por suas faces. 
 
.área de associação auditiva (área 22): localizas “juntamente” a área primária auditiva. 
Essa área permite que você reconheça um som específico (voz de alguém, música). 
 
.córtex orbitofrontal (área 11): recebe impulsos sensitivos da área olfatória primária. Per-
mite a identificação e descriminação de vários odores. 
 
.área de Wernicke (área 22 e possivelmente as áreas 39 e 40): interpreta o significado da 
fala por meio do reconhecimento das palavras faladas. 
→pacientes com AVE na área de Wernicke ainda conseguem falar, mas não conseguem 
ordenar as palavras de modo coerente – afasia sensitiva 
 
.área integradora comum (áreas 5, 7, 39 e 40) : é delimitada pelas áreas de associação 
somatossensitiva, visual e auditiva. Ela integra as interpretações dessas áreas de associ-
ação. 
 
.área frontal de associação (córtex pré-frontal) – áreas 9, 10, 11 e 12. Está relacionado 
com a formação da personalidade do indivíduo, inteligência, capacidade de aprendizado.. 
 
.área pré-motora (área 6): responsável pelas atividades motoras adquiridas que sejam 
complexas e sequenciais. Serve também como banco de registro. 
 
.área dos campos oculares frontais (área 8): controla os movimentos oculares voluntários 
de perseguição (ler frases em livros). 
 
 
 
LATERALIZAÇÃO HEMISFÉRICA → 
Capacidade de cada hemisfério desempenhar funções específicas, ainda que comparti-
lhem várias funções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA → 
Paleocórtex: representa uma área primitiva do córtex. Está relacionada com o úncus e 
com o giro para-hipocampal e ambos estão relacionados com o sistema límbico e ao olfa-
to (um dos sentidos especiais mais primitivos). 
Neocórtex: representa a área bem mais desenvolvida, envolvendo várias estruturas. Na 
classificação citoarquitetural, representa o isocórtex. 
Arquicórtex: região de hipocampo – relacionado à memória. 
Na ciitoarquitetura, arquicórtex + paleocórtex= alocórtex (em nenhum momento apresenta 
6 camadas) 
 
Isocórtex: 6 camadas 
-Isocórtex homotípico (aquele que conseguimos distinguir as 6 camadas distintas) – ocor-
re nas áreas de associação 
-Isocórtex heterotípico (agranular pré central e granular 
pós central) – ocorre nas áreas sensitivas e motoras 
Alocórtex: menos de 6 camadas – ocupa áreas anti-
gas do córtex cerebral. 
 
 
-Camada molecular: composta por células de Cajal – camada rica em fibras de direção 
horizontal, com poucos neurônios. 
-As células granulares (bem pequenas) serão células receptoras aferentes, principal-
mente as da camada interna da granular. 
-As células piramidais serão células eferentes, principalmente as da camada interna da 
piramidal. 
-Células de Bets (células piramidais motoras com corpo celular gigante) – V camada. 
-Camada multiforme: composta por células/ neurônios fusiformes + neuronios de Martinot-
ti. 
→ pode ser que tenha outros tipos celulares em cada camada, assim como a quantidade 
de células pode variar, dependendo da camada que se encontra. 
 
As camadas granulares interna e externa são predominantemente receptoras 
COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES → 
As áreas de associação relacionam-se a processamento mais complexo da informação, 
sendo formadas de isocórtex homotípico. Por outro lado, as áreas de projeção recebem 
ou originam fibras relacionadas à motricidade e à sensibilidade, sendo formada por isocór-
tex heterotípico.As áreas primárias são as primeiras a receberem o estímulo ou a efetua-
rem o comando motor. As áreas terciárias são supramudais e relacionam-se a atividades 
psíquicas superiores. 
O planejamento motor é realizado tanto pela área pré-motora quanto pela área motora 
suplementar. A área motora suplementar está localizada na face medial do giro frontal 
superior. A área pré-motora localiza-se no lobo frontal adiante da área motora primária, 
envia projeções para formação reticular, relacionando-se à manutenção da postura bási-
ca. A lesão das áreas motoras secundárias causa apraxia, que é a incapacidade de fazer 
gestos simples, como abotoar uma camisa. 
As áreas secundárias são regiões de associação, ligadas indiretamente à sensibilidade e 
à mo-tricidade. Elas estão localizadas próximas às áreas primárias relacionadas com o 
mesmo tipo de estímulo. A função das áreas secundárias é de interpretar os estímulos 
das áreas primárias correspondentes. A lesão das áreas sensitivas secundárias causa 
agnosia, quadro caracterizado pela incapacidade de reconhecer objetos. 
Neurônio espelho é ativado quando o indivíduo faz um ato motor específico, como esten-
der a mão para pegar um objeto e também quando vê outro indivíduo fazendo o ato. No 
homem e no macaco este sistema é frontoparietal e também ocupa a parte inferior do lo-
bo parietal. 
Admite-se a existência de duas áreas corticais principais relacionadas com a linguagem 
verbal: a área de Broca localizada no giro frontal inferior, próxima à área motora primária, 
relacionada com a expressão da linguagem e a área de Wernicke, localizada na porção 
mais posterior do giro temporal superior (faz parte do córtex auditivo secundário), relacio-
nada com a percepção da linguagem. São unidas pelo fascículo longitudinal superior. 
Os hemisférios cerebrais não são simétricos, e na maioria dos indivíduos as áreas da lin-
guagem estão localizadas no hemisfério esquerdo. Desta forma, pode-se dizer que o he-
misfério esquerdo é dominante para linguagem e raciocínio matemático, enquanto o direi-
to é dominante para habilidades artísticas, percepção de fisionomias e percepção espaci-
al. No entanto, a maioria das funções utiliza os dois hemisférios de alguma forma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CEREBELO → 
 
.É considerado a segunda maior estrutura encefálica, ocupando as regiões inferior e pos-
terior da cavidade craniana. 
.Responsável por 10% do volume do encéfalo e contém quase metade dos neurônios de 
todo o encéfalo. 
.Constitui o teto do IV ventrículo. 
.A fissura transversa do cérebro e o tentório do cerebelo (sustenta a parte posterior do 
telencéfalo) separam o cerebelo do telencéfalo. 
 
Área central menor → verme do cerebelo 
Lobos laterais ou as “asas da borboleta” → hemisférios do cerebelo 
 
 
 
 
-cada hemisfério é separado por lobos separados por profundas fissuras 
-Lobo anterior e 
-Lobo posterior → controlam os aspectos subconscientes da musculatura esquelética. 
-Lobo floculonodular (parte inferior) → contribui com o equilíbrio. 
 
Em cada um desses lobos, há a divisão de lóbulos → 
.Lóbulo flóculo 
.Lóbulo nódulo (formam o lobo flóculo modular) 
.Lóbulo tonsila 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMENCLATURAS → 
 
.Camada superficial do cerebelo: córtex do cerebelo (formada por substância cinzenta → 
folhas do cerebelo) 
.Abaixo, localiza-se tratos de substância branca: árvore da vida, onde estão localizados 
os núcleos do cerebelo (regiões de subst. cinzenta onde se situam os neurônios que 
conduzem impulsos nervosos do cerebelo para outros centros encefálicos). 
 
→ PEDÚNCULOS CEREBELARES: 
São feixes de substância branca que conectam o cerebelo com o tronco encefálico 
.pedúnculo cerebelar superior 
.pedúnculo cerebelar médio 
.pedúnculo cerebelar inferior 
 
 
 
 
FUNÇÃO PRIMÁRIA DO CEREBELO → 
.avaliar como os movimentos iniciados nas áreas motoras do telencéfalo estão sendo 
executados (coordenação dos movimentos) 
.equilíbrio e postura 
.controle do tônus muscular (grau de contração) 
.aprendizagem das habilidades motoras 
.propriocepção (percepção do corpo do espaço) 
.funções cognitivas (ex: resolver contas e montar quebra-cabeças) 
 
→ é considerado ipsilateral (controla movimentos e coordenação do mesmo lado) e funci-
ona em nível involuntário e inconsciente. 
 
 
 
DIVISÕES DO CEREBELO → EVOLUÇÃO → 
 
 
 
 
Lobo flóculo-nodular (aquiocerebelo) – é 
o lobo mais primitivo, filogeneticamente. 
Está relacionado com a função de equilíbrio e postura básica, ou seja, se manter em pé 
sem realizar nenhum tipo de movimento. 
Lobo anterior (paleocerebelo) - Está relacionado com a função de tônus muscular e 
movimentos. 
Lobo posterior (neocerebelo) – mais evoluÍdo e desenvolvido, relacionado a movimen-
tos precisos, ao aprendizado e funções cognitivas nos mamíferos. 
VIAS AFERENTES DO SISTEMA NERVOSO → 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1-FUNÍCULO POSTERIOR: fascículo grácil e cuneiforme 
-propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória 
2-FUNÍCULO LATERAL: trato espinotalâmico lateral 
-dor e temperatura 
3-FUNÍCULO ANTERIOR: trato espinotalâmico anterior 
-pressão e tato protopático 
-TRATO ESPINOCEREBELAR ANTERIOR E POSTERIOR: 
-propriocepção inconsciente 
 
→ Via de tato epicrítico, propriocepção consciente e sensibilidade vibratória: via do 
funículo posterior (via que forma o lemnisco medial) 
Neurônio I – pseudounipolar, localizado no gânglio espinhal na raiz dorsal. Os axônios do 
gânglio foram os fascículos grácil e cuneiforme 
Neurônio II – bulbo → núcleos grácil e cuneiforme →fibras arqueadas internas– formação 
do lemnisco medial 
Neurônio III – tálamo, mais precisamente, no núcleo ventral póstero-lateral 
Neurônio IV – giro pós central (área somestésica) 
 Após uma lesão do funículo posterior, espera-se que o paciente, estando de olhos fecha-
dos, seja incapaz de saber as características táteis de um objeto tocado (perda do tato 
epicrítico); também não saberá determinar a posição de uma parte do seu corpo no espa-
ço, ou qual movimento foi realizado para deslocar esta parte do corpo (perda da proprio-
cepção consciente). Quando tocado com as duas pontas de um compasso, simultanea-
mente, será incapaz de distinguir os dois estímulos táteis (discriminação de dois pontos). 
 A doença associada a este tipo de lesão é a tabes dorsalis, conseqüência da neurosífilis 
→ afeta o lemnisco medial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→2.Via de pressão e tato protopático: via do funículo anterior (trato espinotalâmico an-
terior) 
Seus receptores são os corpúsculos de Meissner e Ruffini e dão origem a via. 
Neurônio I – pseudounipolar, localizado no gânglio espinhal da raiz dorsal da medula 
Neurônio II – coluna posterior da medula espinhal → cruzamento do plano mediano na 
comissura branca e ascensão para formação do trato espinotalâmico anterior 
Neurônio III – núcleo ventral póstero lateral do tálamo 
Neurônio IV – giro pós-central (área somestésica cortical) 
*Em uma condição de seringomielia, há uma dilatação que afeta o 2° neurônio. 
Seringomielia é a formação de uma cavidade cística no canal central medular com aco-
metimento secundário da substância cinzenta intermediária central e da comissura branca 
medular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lemnisco espinal: junção do trato espinotalâmico anterior + trato espinotalâmico lateral, 
na ponte. 
 
→3.Vias de dor e temperatura: via do funículo lateral 
Receptores: terminações nervosas livres 
A via de dor e temperatura pode ser dividida em: 
Vias neoespinotalâmica- dor aguda bem localizada. Do ponto de vista filogenético, é 
mais evoluída e com isso, menos neurônios. (tracto espino-talâmico lateral). As fibras re-
lacionadas são as fibras A/delta (com mielina- mais rápida). 
Via paleoespinotalâmica – dor crônica/ difusa e mal localizada. Do ponto de vista filoge-
nético, é menos evolúidae por isso evolui para outras partes do corpo. (tracto espino-
reticular). A fibra relacionada é a fibra C (sem mielina- mais lenta) 
 
-Via neoespinotalâmica: 
Neurônio I – gânglio espinhal na raiz dorsal da medula 
Neurônio II – coluna posterior da medula → cruzamento do plano mediano na comissura 
branca e constitui o trato espinotalâmico lateral 
Neurônio III – núcleo ventral póstero-lateral, no tálamo 
Neurônio IV – giro pós-central (área somestésica cortical) 
 
-Via paleoespinotalâmica: 
Neurônio I – gânglio espinhal na raiz dorsal da medula 
Neurônio II – coluna posterior da medula → pode cruzar ou não a comissura branca, em 
direção a formação reticular em diversos níveis da medula 
Neurônio III – formação reticular 
Neurônio IV – área cortical difusa 
OU 
Neurônio IV – amigdala (ganho de componente emocional) 
 
→Vias de propriocepção inconsciente: via do trato espinocerebelar 
Seus receptores são: Fuso neuromuscular e órgão neurotendíneo 
 
Neurônio I – pseudounipolar, localizado no gânglio espinhal na raiz dorsal da medula 
Neurônio II – núcleo torácico, localizado na coluna posterior da medula → seguir pelo fu-
nículo lateral e formar o trato espinocerebelar pos-
terior 
Neurônio III – cerebelo 
OU Na base da coluna posterior e substância cin-
zenta intermédia: originam axônios que cruzam o 
plano sagital e alcançam o funículo lateral, consti-
tuem o trato espinocerebelar anterior. 
RESUMO → 
Vias neurais são sequências de neurônios que conectam: 
. A periferia com os centros nervosos supra segmentares – VIAS AFERENTES 
. Os centros nervosos supra segmentares com os órgãos efetores – VIAS EFERENTES 
 
Localização dos neurônios: 
• Vias aferentes: 
o Nerônio I – gânglio sensitivo 
o Neurônio II – coluna posterior da medula espinal ou em núcleos do tronco 
encefálico 
o Neurônio III – núcleos talâmicos 
 
• Vias eferentes: 
o Motoneurônio I – córtex cerebral ou cerebelar 
o Motoneurônio II – coluna anterior da medula espinal ou núcleos de nervos 
cranianos (motores) 
 
Funículo posterior: tato epicrítico, propriocepção consciente e sensibilidade vibratória. 
Funículo lateral: dor e temperatura (trato espinotalâmico lateral) e (trato espinocerebelar 
anterior e posterior) propriocepção inconsciente. 
Funículo anterior: pressão e tato protopático. 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS EFERENTES DO SISTEMA NERVOSO → 
Definição: permitem a comunicação dos centros supra-segmentares (tudo o que está aci-
ma da medula) do sistema nervoso com os músculos estriados esqueléticos. 
 
Resumo do planejamento motor: 
1- entender o corpo no espaço 
2- informar o lobo frontal, que faz o planejamento de onde deve ir 
3- área de seleção de músculos 
5-córtex pré-motor, área pré motora suplementar de execução 
 
→1° Neurônio motor superior ou moto neurônio superior – sai do córtex motor primário 
(giro pré-central – área 4 de Brodmann) e vai para o corno anterior da medula. (neurônio 
supra-segmentares) 
 
→2° Neurônio motor inferior ou moto neurônio inferior (alfa) – sai do corno anterior da 
medula e segue em direção aos músculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXECUÇÃO DO MOVIMENTO → 
 
- Piramidal/ lateral → 3 vias: cabeça, tronco e membros 
- Extrapiramidal/ medial → 4 vias 
 
1.Vias piramidais 
-sai do córtex motor primário (giro pré-central) 
-coroa irradiada 
-cápsula interna (onde há muitas lesões – derrame) 
-atravessa o mesencéfalo 
-atravessa a ponte e segue em direção ao bulbo 
-no bulbo, há a decussação (cruzamento) das pirâmides, onde o neurônio se decussa 
(90% das fibras realizam esse cruzamento, enquanto os outros 10% conseguem passar 
diretamente para a medula) 
PRINCIPAIS VIAS PIRAMIDAIS: 
 
→ Via córticospinal lateral/ neurônio cruzado: 90% das fibras fazem cruzamento no 
bulbo e seguem em direção ao funículo lateral 
-corno anterior da medula (em todos os seus seguimentos), acionando o neurônio alfa 
(neurônio motor inferior) que está no nervo e segue para a musculatura esquelética. 
Controla a musculatura de membros superiores e inferiores 
 
→ Via córticospinal anterior/ neurônio direto: 10% das fibras não realizam o 
cruzamento, apenas passam pela pirâmide e chegam no funículo anterior. 
-medula (cruzamento na medula – comissura branca) 
-corno anterior 
Controla a musculatura do tronco/ axial (romboide, longuissimo, espinal..) 
 
→ Via córticopontino/ para na ponte: estimula os nervos cranianos que possuem relação 
com os músculos esqueléticos. 
Esta via não realiza cruzamento, pois o movimento precisa ser para ambos os lados 
(mastigação). 
Uma lesão na região do córtex, afeta a via espinal, especificamente, dado que ainda 
houve nenhum tipo de separação e portanto, não se sabe para qual via se dirigiu. 
 
.A artéria que irriga essa região é a artéria cerebral média, região M2. 
 
Os neurônios desta via (córticopontino) se isolam, respectivamente, nestas áreas: 
Mesencéfalo → vão de encontro com os nervos oculomotor e troclear 
Ponte → vão de encontro com os nervos trigêmeo, abducente e facial 
Bulbo → vão de encontro com os nervos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso. 
 
2.Vias extrapiramidais 
.tracto rubro-espinal 
.tracto tecto-espinal 
.tracto vestibulo-espinal 
.tracto retículo-espinal 
 
 
→ Tracto rubro-espinal (via auxiliar da córtico espinal lateral) 
-sai do núcleo rubro do mesencéfalo 
-passa pela ponte 
-atravessa o bulbo 
-chega na medula espinal 
 
(vai para musculatura intrínseca de mão e pé – É um complemento da via córtico-espinal 
lateral, portanto, ainda que o paciente tenha uma lesão, nem toda a musculatura é 
comprometida, dado que possui a via auxiliar) 
 
 
→ Tracto vestíbulo-espinal 
Relacionado com o equilíbrio, postura (antigravitacional/ ajustes) 
-sistema vestibular 
-mantém a cabeça e olhos estáveis diante de movimentos do corpo 
-ajustes posturais para manutenção do equilíbrio 
-ativam músculos extensores das pernas/ antigravitacionais. 
 
 
→ Tracto tecto-espinal 
Via reflexa, relacionada com a visão (conexão com a via óptica) 
- Segue para a musculatura do pescoço e plexo braquial 
 
→ Tracto reticulo-espinal 
Este tracto interliga várias áreas da formação reticular com neurônios motores da medula 
espinal. 
.Está relacionado com movimentos voluntários e involuntários (automáticos). 
.Ajusta os músculos para uma postura de partida, postura básica, necessária para 
execução de movimentos pela musculatura distal dos membros. 
 
 
 
 
 
 
 
→ANOTAÇÕES PERTINENTES SOBRE O ASSUNTO: 
.lesões em qualquer ponto da cápsula externa, pegam um número de fibras menor do que 
lesões em qualquer ponto da cápsula interna. Isso se deve pelo tamanho das cápsulas, 
sendo a maior delas a cápsula externa, com fibras mais espaçadas e menos compacta-
das. Ou seja, lesões como acidentes vasculares cerebrais que atingem a região da cápsu-
la possuem uma gravidade/complexidade muito maior, do que aquelas que atingem a re-
gião da cápsula externa. 
.Os tratos podem ser lesões em diversos tipos de patologias, podendo ter desde lesões 
corticais, como em todo o trajeto restante do trato piramidal, que provoca, portanto, dife-
rentes manifestações. 
A maior diferença das manifestações é entre as lesões localizadas acima das pirâmides 
para aquelas localizadas abaixo das pirâmides. As lesões localizadas acima das pirâmi-
des SEMPRE irão se manifestar de maneira CONTRALATERAL (do lado aposto), 
enquanto as lesões localizadas abaixo das pirâmides SEMPRE se manifestam de ma-
neira HOMOLATERAL (do mesmo lado). 
 
→SÍNDROME PIRAMIDAL: 
A lesão destes tratos é caracterizada, clinicamente, como síndrome piramidal, ou seja, é a 
lesão do primeiro neurônio motor em qualquer nível. 
Não leva-se em consideração quantos neurônios estão envolvidos, mas sim uma lesão na 
via como um todo. 
-alterações na força, reflexo e tônus muscular (estado de contração normal do músculo) 
 
ALTERAÇÕES NA FORÇA: paresia (diminuição da força muscular) 
Lesões acima da decussação das pirâmides→ paresia contralateral (se manifesta do ou-
tro lado da lesão) 
Lesões abaixo da decussação das pirâmides → paresia ipsilateral ou homolateral (se ma-
nifesta do mesmo lado da lesão) 
 
ALTERAÇÕES NO REFLEXO: hiperreflexia e aparecimento de reflexos anormais 
Hiperreflexia: é caracterizada pelo aumento da resposta ao reflexo de estiramento, por 
uma perda da modulação negativa do sistema piramidal. 
 
NERVOS CRANIANOS → 
1.OLFATÓRIO (chega no anatômico e sente o cheiro do formol) 
2.ÓPTICO (o olho começa a doer) 
3.OCULOMOTOR (3 invertido→óculos) 
4.TROCLEAR (quatro → troclear) 
5.TRIGÊMEO (tri= 3 + gêmeo= 2 = 5° par de nervo craniano) 
6.ABDUCENTE (abduseis) 
7.FACIAL (7acial) 
8.VESTIBULOCOCLEAR (8 é a nota do vestibular) 
9.GLOSSOFARÍNGEO (9=g lossofaríngero) 
10.VAGO (o 10 é vago) 
11.ACESSÓRIO (2 suspensórios) 
12.HIPOGLOSSO 
 
TABELA

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