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1 Samille Donato - Fisiopatologia P2 – Fisiopatologia QUESTÃO 1 T.O.P., 34 anos, sexo feminino, procura o pronto socorro do HGG com queixa de coriza nasal, febre baixa e tosse seca. Nega uso de medicações contínuas. Nega doença prévias. Não foi realizada triagem na chegada ao pronto socorro. Ao exame: PA 120/80 mmHg, FC 78 bpm; FR 16 irpm, T.ax: 38,2° C, So2 97%, em ar ambiente, eupenica, hidratada, bom estado geral. Sistema cardiovascular: ritmo cardíaco regular sem bulhas acessórias; Sistema respiratório com murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios; Sistema gastrointestinal: ruídos hidroaéreas presentes, indolor a palpação, sem visceromegalias palpáveis. DESCREVA a conduta inicial para o caso. Diante do quadro clínico apresentado por T.O.P, a conduta a ser tomada consiste no controle da febre por meio de antitérmico e antialérgico. Além disso, o paciente apresenta sintomas suspeitos de Covid 19, por este motivo deve-se mantê-lo em isolamento, questioná-lo sobre o dia de início dos sintomas, se houve algum contato com pacientes infectados, se possui alergia a algum medicamento e solicitar exames laboratoriais que confirmem ou descartem esta suspeita, por meio de RT-PCR ou teste rápido. QUESTÃO 2 R.P.A. 16 anos, sexo feminino, com histórico de transtorno da ansiedade, procura a UBS com queixa de dispneia quando está ansiosa (afirma que “respira mas o ar não entra no pulmão”). Nega outras patologias prévias. Ao exame: PA 120/80 mmHg, FC 78 bpm; FR 16 irpm, T.ax: 36,2° C, corada, hidratada, eupneica. Sistema cardiovascular: ritmo cardíaco regular sem bulhas acessórias; Sistema respiratório com murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios; Sistema gastrointestinal: ruídos hidroaéreas presentes, indolor a palpação, sem visceromegalias palpáveis. O médico encaminha o paciente para o cardiologista após análise da radiografia de tórax abaixo realizada no pronto socorro: 2 Samille Donato - Fisiopatologia ANALISE o caso, considerando a conduta do médico. O caso apresenta um quadro clínico de dispneia provavelmente decorrente do transtorno de ansiedade. Dessa forma, a conduta do médico está equivocada, visto que ele solicitou um raio X anteroposterior que não consegue avaliar a área cardíaca. Além disso, a técnica do raio X não está favorável, pois apresenta uma hiperpenetração, está rodado, hipoinsuflado (dificultando a avaliação do parênquima pulmonar) e demonstra um mediastino alargado que pode ser consequência da técnica (mesmo que não tenha alterações); sendo então necessário que o médico solicite um novo raio-x, preferencialmente posteroanterior + perfil, que permitirá uma melhor avaliação da área cardíaca, da profundidade e poderá avaliar se de fato há mediastino alargado. O encaminhamento ao cardiologista só deve ser realizado após a análise do novo raio x, caso a suspeita de mediastino alargado seja confirmada. QUESTÃO 3 CASO 1: M.O.S., 16 anos, sexo feminino, vegana, com relato de menometrorragia desde a menarca (aos 13 anos) , procura a UBS com queixa de astenia importante, dor em membros inferiores, além de dispneia aos médios esforços, há 6 meses. Ao exame: PA 120/80 mmHg, FC 68 bpm, FR 16 irpm, hipocorada +3/4; hidratada, eupneica, REG, sem edemas. Realizou a seguinte séria vermelha: Hb 5,8; HCT 23%; hipocrômica e microcítica. CASO 2: J.P., 18 anos, sexo feminino, foi levado ao PS do HGG após ferimento por arma branca no hipocôndrio direito ocorrido, há 20 minutos. Ao exame: PA 80/40 mmHg, Fc 135 bpm; Fr 22 irpm, ECG 12, hipocorado +2/4; perfusão tissular lenificada, abdome distendido e bastante doloroso a palpação do hipocôndrio esquerdo. Realizou US na sala de emergência evidencia liquido livre na cavidade abdominal. O hemograma da admissão revelou: Hb 10,5; HTC 34,2 %, normocrômica e normocítica. COMPARE as apresentações clinicas e a classificação da anemia nos casos. Os casos apresentam dois pacientes que estão com anemia, entretanto M.O.S apresenta uma anemia e J.P possui uma anemia aguda. No caso 1, pôde-se observar uma anemia ferropriva crônica que apresenta um 3 Samille Donato - Fisiopatologia caráter hipoproliferativo, decorrente da baixa ingesta de ferro (veganismo) e da menometrorragia desde a menarca. A anemia é vista por meio da diminuição de hemoglobinas e hematócritos; as hemácias possuem uma característica sugestiva de carência de ferro, acarretada por uma alteração no teor, tamanho e volume destas (hipocrômica e microcítica), por mais que seja uma anemia significativa, a paciente está estável. Com relação ao caso 2, observou-se uma anemia aguda decorrente da grande perda sanguínea pelo ferimento, notada por uma redução na hemoglobina e no hematócrito, porém sem alterações no teor, tamanho e volume das hemácias. Além disso, devido a instalação rápida do quadro e a quantidade de perda sanguínea, o paciente está entrando em choque hipovolêmico, pois, está apresentando uma hipotensão acompanhada de taquicardia, mesmo que o seu nível que consciência ainda esteja consideravelmente moderado. Portanto, conclui-se então, que ambos pacientes estão anêmicos, sendo que M.O.S tem uma anemia crônica com um estado relativamente estável e J.P por ter uma anemia de instalação rápida, está evoluindo para um choque hipovolêmico.
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