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MODELO DE FORMULÁRIO APS -MATUTINO

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UNIVERSIDADE PAULISTA - CAMPUS BRASÍLIA –DF
INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE - CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS
FORMAÇÃO ESPECÍFICA – Prof. Dr. Roberto Nóbrega
Aluno: 
RA: 
Turno:
Semestre: 
Turma: 
Brasília- DF
2021 – 2
SUMÁRIO 
FORMAÇÃO ESPECÍFICA 
	FORMAÇÃO ESPECÍFICA 
	PAGINA
	Questão 1
	experiências de movimento das crianças
	
	Questão 2
	O conhecimento antropológico da nossa cultura
	
	Questão 3
	Na perspectiva cultural da Educação Física
	
	Questão 4
	práticas propostas para a disciplina de Educação Física
	
	Questão 5
	políticas nacionais de inclusão escolar
	
	Questão 6
	
	
	Questão 7
	
	
	Questão 8
	
	
	Questão 9
	
	
	Questão 10
	
	
	Questão 11
	
	
	Questão 12
	
	
	Questão 13
	
	
	Questão 14
	
	
	Questão 15
	
	
	Questão 16
	
	
	Questão 17
	
	
	Questão 18
	
	
	Questão 19
	
	
	Questão 20
	
	
	Questão 21
	
	
	Questão 22
	
	
	Questão 23
	
	
	Questão 24
	
	
	Questão 25
	
	
	Questão 26
	
	
	Questão 27
	
	
	Questão 28
	
	
	Questão 29
	xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
	
	Questão 30
	xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
	
	
	
	
LEIAM : ESSE QUADRO NÃO DEVE ESTAR NO RELATÓRIO – SÓ ESTÁ AQUI, PARA PADRONIZAR AS DATAS - PARA AS TURMAS DO MATUTINO 
DIA EM QUE AS QUESTÕES FORAM REALIZADAS EM CLASSE 
	DATA
	CONTEÚDOS E ATIVIDADES MINISTRADOS
	12/08/2021
	Apresentação dos Propostas Pedagógicas e Critérios de Avaliação do Semestre FORMAÇÃO ESPECÍFICA.
	19/08/2021
	Questão 1 -. experiências de movimento das crianças
Questão 2 -. O conhecimento antropológico da nossa cultura
Questão 3 – A perspectiva cultural da Educação Física
Questão 4- práticas propostas para a disciplina de Educação Física
Questão 5 – políticas nacionais de inclusão escolar
	26/08/2021
	Questão 6 -.
Questão 7 -.
Questão 8 – 
Questão 9- 
	02/09/2021
	Questão 01 –
 Questão 02 –
Questão 03 –
 Questão 04 -
	09/09/2021
	Questão 05-
Questão 06- 
Questão 07-
	16/09/2021
	Questão 08 - 
Questão 09-
 Questão 10- 
	23/09/2021
	Questão 01 -
Questão 02 -.
Questão 03- 
	30/09/2021
	Questão 04 -
Questão 05 -
Questão 06 -
	07/10/2021
	Questão 07 -
Questão 08 -
Questão 09 -
	14/10/2021
	CONTEÚDOS DE AULA. REVISÃO.
	21/10/2021
	 Entrega do Relatório. POSTAGEM DE APS.
	28/10/2021
	PROVA DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA.
	04/11
	Entrega dos resultados.
	14/11
	ENADE.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS
Questões 1 e 2
Questão 1.[footnoteRef:1] [1: Questão 15 – Enade 2017.] 
Hoje, dada a falta de espaço, de tempo, e em razão das influências midiáticas, as experiências de movimento das crianças restringem-se às advindas das mídias eletrônicas, principalmente da televisão. Com isso, pode-se dizer que as referências de brincadeiras e brinquedos estão quase sempre ligadas aos personagens dos jogos e desenhos eletrônicos, o que resulta na diminuição do repertório de experiências das crianças. 
SARAIVA, M. C. et al. Dança e formação para o lazer: investigando conteúdos e metodologias. In: FALCÃO, J. L. C.; SARAIVA, M. C. (Orgs). Práticas corporais no contexto contemporâneo: (In)tensas experiências. Florianópolis: Copiart, 2009 (com adaptações).
Considerando que, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o professor de Educação Física deve oportunizar uma diversidade de experiências corporais aos seus alunos, avalie as afirmativas a seguir. 
1. O professor deve entender a importância da vivência de diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais e permitir que seus alunos percebam como essa variada combinação de influências está presente na vida cotidiana. 
1. O professor deve obter informações acerca de brincadeiras, jogos, lutas e danças produzidos na cultura popular, muitas vezes esquecidos ou marginalizados pela sociedade, para ampliar o espectro de conhecimentos sobre a cultura corporal de movimento. 
1. O professor deve deter um vasto conhecimento das culturas corporais do movimento e, portanto, desconsiderar os conteúdos associados aos jogos eletrônicos, uma vez que estes não contribuem para o desenvolvimento motor nem para a saúde das crianças. 
É correto o que se afirma em 
1. I, apenas. 
1. III, apenas. 
1. I e II, apenas. 
1. II e III, apenas. 
1. I, II e III. 
RESPOSTA LETRA C
Questão 2.[footnoteRef:2] [2: Questão 17 – Enade 2017. ] 
O conhecimento antropológico da nossa cultura passa, inevitavelmente, pelo conhecimento das outras culturas, e devemos reconhecer que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única. Apesar das diferenças entre as várias sociedades, existem semelhanças entre os seres humanos, das quais a mais interessante é a capacidade de se diferenciarem uns dos outros, de se expressarem das mais variadas formas, sem perderem a condição de seres humanos. 
DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995 (com adaptações). 
Considerando que os atores da escola têm distintos repertórios culturais e que a Educação Física é uma disciplina que estuda o movimento, significado de forma particular pelas diversas culturas, assinale a opção correta. 
1. O professor de Educação Física deve conhecer todas as manifestações culturais da turma e desenvolver as atividades previstas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
1. O professor de Educação Física é responsável por identificar as diferentes manifestações culturais da turma e promover condições para que os alunos possam propor atividades para a aula. 
1. A escola deve prever, em seu projeto político-pedagógico, ações que priorizem as variadas manifestações culturais, privilegiando práticas corporais olímpicas. 
1. O professor de Educação Física, ao analisar as manifestações culturais da turma, deve selecionar os conteúdos com base na hegemonia cultural identificada. 
1. O projeto político-pedagógico da escola deve prescrever as práticas corporais a serem promovidas e disseminadas, cabendo ao professor cumprir tais orientações. 
1. Introdução teórica
Práticas corporais no contexto contemporâneo. Cultura popular no currículo do professor de Educação Física. 
As transformações sociais oriundas da globalização conduzem a uma reflexão sobre os pressupostos teóricos na prática educativa. Observa-se, na sociedade atual, a necessidade de uma política de reconhecimento da identidade de grupos considerados subordinados a identidades hegemônicas, em uma perspectiva multicultural. No âmbito educacional, novas diretrizes buscam trazer o reconhecimento das diferenças culturais e o diálogo entre seus representantes (NEIRA et al, 2018). 
O multiculturalismo, perspectiva política e pedagógica alinhada às teorias pós-críticas da educação, é uma tentativa de responder à complexidade e aos conflitos expostos pela globalização e pelas políticas neoliberais (NEIRA et al., 2018).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) trazem uma proposta que busca democratizar a tomada de decisões sobre temas e atividades de ensino desde o planejamento. Um dos princípios é diversificar a prática pedagógica na área, com valorização das experiências de reflexão crítica sobre práticas corporais e ampliação e aprofundamento do encontro de culturas e de manifestações corporais de variados grupos sociais (BRASIL, 1998; NEIRA et al, 2018).
Em tempos pós-modernos, marcados pela globalização e pela tentativa de homogeneização cultural, o multiculturalismo é importante na indagação das forças que posicionam alguns em vantagens com relação a outros. Um grupo oprimido pode sucumbir ao opressor ou reivindicar voz. Esse fenômeno impulsionou mudanças para o conceito de inclusão e expôs o risco de educar na diferença (NEIRA et al, 2018). 
A pedagogia cultural preocupa-se com os discursos que influenciaram na construção de determinada representação, que se inscrevem em algum nível de consciência e influenciam o processo de identidade de um sujeito ou de um grupo. A proposta na Educação Física é abrir espaço para a tematização de práticas corporais pertencentes a qualquer grupo, cabendo ao professorselecionar o tema cuidadosamente e planejar a aula e as formas de avaliação (NEIRA et al., 2018). A área da Educação Física ultrapassa a ideia de realizar apenas o ensino do gesto motor correto; também cabe ao professor interpretar, relacionar e entender as amplas manifestações da cultura corporal de forma que os alunos compreendam os sentidos e os significados das práticas (RANGEL e DARIDO, 2017). Essa visão de análise da ressignificação de práticas corporais coloca o professor na condição de perguntar de onde vem o conhecimento que a escola ensina, quem o certifica e quais são as implicações e os efeitos nos alunos (NEIRA et al., 2018).
Um dos objetivos da aula é proporcionar a reflexão dos alunos sobre seu posicionamento em relação a brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginástica. No entanto, esses elementos estão permeados por ideologias que podem colaborar para a construção de identidades subordinadas ou superiores, reforçando preconceitos, ou para o reconhecimento das diferenças. É importante que o diálogo permeie todo o processo, o que, em nenhuma hipótese, desloca o professor da sua responsabilidade e autoridade. A prática deve ser estudada de forma contextualizada de modo a permitir o reconhecimento do ponto de vista de seus representantes, buscando apropriar-se da noção de solidariedade, inclusão e transformação (NEIRA et al, 2018).
O trabalho pedagógico é iniciado pelo professor, que busca, por meio da experiência dos alunos, promover análises sociais, econômicas e culturais, que configuram as práticas corporais às quais os alunos têm acesso. O desenvolvimento desse trabalho baseia-se na investigação, que pode ser por imagens na internet, leituras, observações, relatos, narrativas, questionários e entrevistas. O passo seguinte é a discussão com o confronto do material colhido com as próprias experiências e com a revelação de saberes antes encobertos. O resultado não permanece simplesmente na referência de grupos minoritários, mas permite que o aluno possa conectar-se com questões sociopolíticas mais amplas e com a realidade da comunidade (NEIRA et al., 2018).
É importante ressaltar que a Educação Física cultural não pretende trocar um centralismo por outro, um centralismo de cultura corporal dominante por um centralismo de cultura dos estudantes. Não se trata de demonizar práticas elitizadas ou de afirmar conspirações contra grupos desfavorecidos. Apenas se pretende abrir espaço para os saberes historicamente desacreditados a fim de se construir um futuro coletivo baseado na justiça social (NEIRA et al., 2018).
A diversificação de vivências a serem experimentadas nas aulas, que abrange mais do que os esportes tradicionais, possibilita a inclusão e a adesão do aluno, aumentando as chances de uma possível identificação. Todos os alunos têm direito ao conhecimento produzido pela cultura corporal, e a Educação Física na escola deve buscar estratégias para a não exclusão. O currículo de formação em Educação Física inclui uma variedade de possibilidades de trabalho corporal mais amplo, como atividades rítmicas, expressivas e da cultura popular. 
Apesar disso, a ênfase costuma ser de cunho esportivo. Para garantir um ensino de qualidade, além de diversificar o conteúdo, o professor deve planejar as aulas de forma que o aluno possa se aprofundar nos conhecimentos. No planejamento, o professor deve buscar a abordagem do tema em suas dimensões procedimental, conceitual e atitudinal (RANGEL e DARIDO, 2017). 
Questão 2.
A escola deve apresentar um planejamento pedagógico no ensino de Educação Física que não privilegie determinadas práticas, a fim de proporcionar aos alunos mais vivências na cultura corporal de movimento, que inclui práticas de diversos grupos sociais, e não somente as de uma cultura hegemônica. Cabe ao professor refletir e questionar sobre o conteúdo proposto e quais as implicações e os efeitos nos alunos. Para identificar as manifestações culturais da turma, pode ser feito um processo investigativo, com participação do professor, dos alunos e dos familiares, na comunidade. O professor pode, ainda, planejar as aulas de forma a criar um espaço para que os alunos proponham atividades para a aula. 
3. Indicações bibliográficas 
· BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.
· NEIRA, M. G. et al. Educação Física cultural. [livro eletrônico]. São Paulo: Blucher, 2018.
· RANGEL, I. C. A.; DARIDO, S. C. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica / coordenação. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
RESPOSTA LETRA B
Questão 3
Questão 3.[footnoteRef:3] [3: Questão 4 – Enade 2017.] 
Na perspectiva cultural da Educação Física, o professor deve avaliar cuidadosamente o contexto e, com base em certos princípios, selecionar a prática corporal e o modo como irá tematizá-la. Um dos princípios é reconhecer o patrimônio corporal da comunidade com vistas a desenvolver uma prática pedagógica em profunda sintonia com a cultura de chegada. Os conhecimentos que qualquer estudante acessa por meio das mídias, conversas com amigos e familiares, vivências pessoais, passeios e observações também constituem um referencial importante, uma vez que são mobilizados para ler e interpretar a realidade. 
As práticas corporais pertencentes ao universo cultural dos alunos transformam-se em temas de estudo, com o intuito de valorizar as raízes culturais da comunidade na qual a escola está inserida. Reconhecer a cultura corporal de chegada implica criar condições para que os estudantes se manifestem a respeito do tema em questão de todas as formas possíveis. 
O currículo cultural requer atividades que permitam lidar com a heterogeneidade, sem almejar a padronização dos efeitos formativos: a assistência a vídeos, modos variados de participar das vivências corporais, construção de blogs, registros escritos, pictóricos, fílmicos ou fotográficos, análises de textos e imagens presentes nas mídias, elaboração de clipes, atividades partilhadas com outras escolas, demonstrações, apresentações, estudos do meio, construção de materiais, preparação e realização de entrevistas, conversas com convidados, realização de pesquisas etc. 
NEIRA, M. G. Educação física cultural: carta de navegação. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v.12, n.2, p.82-103, 2016. Disponível em <https://revista.eefd.ufrj.br. Acesso em 11 jul. 2017 (com adaptações). 
Considerando a abordagem do conteúdo “jogos e brincadeiras” para o 1º ano do ensino fundamental em uma escola pública de uma região periférica de uma cidade de médio porte, cite duas estratégias pedagógicas de mapeamento do patrimônio cultural dos alunos e explique como essas estratégias podem ser desenvolvidas. 
1. Introdução teórica
Mapeamento do patrimônio cultural. Identidade cultural. 
O trabalho da escola deve objetivar a aprendizagem da realidade social. Parte-se da concepção de corpo que a sociedade produz historicamente, em diálogo com o passado, e da consciência do próprio corpo. Considera-se também o tipo de sociedade, proporcionando condições de análise para reelaboração do saber, da consciência e da cultura corporal. 
Na pedagogia cultural, a investigação é uma atividade essencial, que permite a interação com outras representações. Os alunos têm acesso a determinados produtos culturais, que podem ser analisados com questões previamente elaboradas, observações, ou mesmo entrevistas e gravações de depoimentos. Esse processo permite aprofundamento e reflexão, a fim de derrubar preconceitos acerca de práticas corporais de classe social, hábitos de vida, profissões, religiões etc. (NEIRA et al., 2018). 
Historicamente, conhecimentos de grupos desprovidos de poder foram negligenciados no currículo, prevalecendo a cultura hegemônica. Com a democratização do acesso, a escola acolhe múltiplas identidades culturais (NEIRA, 2008). 
O multiculturalismo é uma realidade que impõe novas responsabilidades ao professor e à escola, em quea diversidade não é um problema. O Estado deve criar condições para que diferentes heranças culturais tenham espaço no currículo da escola, promovendo uma escola democrática, que dá voz a culturas historicamente sufocadas, e o combate ao preconceito e à discriminação (NEIRA, 2008).
A identidade cultural é o que garante ao indivíduo a aquisição de características que o diferenciam de outros, mas, ao mesmo tempo, possibilita que ele seja reconhecido como membro de uma comunidade. A escola representa um espaço em que pode ocorrer um embate entre a cultura escolar e a cultura familiar ou comunitária. Assim, é necessário que a escola possa adotar um trabalho “arqueológico”, de pesquisa e análise de práticas familiares, histórias orais, narrativas, visando a ampliar a compreensão do patrimônio cultural dos alunos e o reconhecimento social de suas identidades (NEIRA, 2008).
A perspectiva multiculturalista reafirma que o princípio de um bom ensino considera a diversidade de etnias, classes sociais e gêneros das populações estudantis, com uma proposta de que os educadores investiguem e recuperem as experiências dos alunos e compreendam como suas identidades se relacionam com as manifestações de seus saberes e suas práticas culturais (NEIRA, 2008).
Para a construção de um currículo de Educação Física, em primeiro lugar, busca-se mapear a cultura corporal da comunidade escolar. Esse procedimento permite conhecer as práticas corporais dos alunos quando chegam à escola e as da comunidade. Para o trabalho de pesquisa “arqueológica”, o professor deve ampliar seus conhecimentos, com leitura de livros ou revistas, pesquisas em internet, visitas, passeios e conversas com pessoas para compartilhar saberes e estratégias (NEIRA, 2008).
2. Padrão de resposta do INEP
Algumas estratégias que podem ser citadas pelos estudantes para o mapeamento do patrimônio cultural de alunos do 1º ano do Ensino Fundamental são: entrevistas, roda de conversa, pesquisa com familiares, inventário sobre suas práticas corporais, brincadeiras livres, passeio pelo bairro. 
Em relação aos jogos e às brincadeiras, é importante perguntar às crianças do que elas brincam fora da escola, como e de que forma elas aprenderam essa cultura lúdica (por meio dos pais e/outros familiares, amigos, nas mídias), que conhecimentos e saberes elas trazem sobre essas práticas (como se joga, regras, estratégias, materiais necessários). É importante também levantar os aspectos históricos e sociais (origem, materiais necessários, questões de gênero, brincadeiras de meninos e de meninas). Para a estratégia de passeio pelo bairro, pode-se fazer uma planta do entorno da escola e entrevistar figuras representativas do bairro. 
Disponível em <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2017/ Pad_Resp_Educacao_Fisica_Licenciatura.pdf>. Acesso em 30 jun. 2020. 
Ainda cabe destacar que um mapeamento do patrimônio cultural e a apresentação desse conteúdo nas aulas permitem que os alunos possam se envolver com o tema, valorizando a identidade da comunidade, de modo que os conhecimentos agregados pelos adultos possam fazer parte do currículo. Essa sintonia entre a cultura escolar e a cultura comunitária enriquece o aprendizado, e os alunos podem perceber que os professores também aprendem com a comunidade. Um trabalho pedagógico que utilize essas estratégias, realizado de forma respeitosa, contribui para expandir a cultura corporal dos alunos e fortalecer sua própria identidade (NEIRA, 2008). 
3. Indicações bibliográficas 
· NEIRA, M. G. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da Educação Física. Revista Pensar a Prática 11(1), 2008. 
· NEIRA, M. G. et al. Educação Física cultural. [livro eletrônico]. São Paulo: Blucher, 2018.
RESPOSTA DA QUESTÃO 3
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão 4
Questão 4.[footnoteRef:4] [4: Questão 10 – Enade 2017.] 
De um lado, professores que acreditam que jogar vôlei e futebol supre a necessidade das práticas propostas para a disciplina de Educação Física. De outro, estudantes que só querem ir para a quadra bater bola e conversar com os amigos. Nesse cenário cada vez mais comum nas escolas, segundo os especialistas da área, o tempo que deveria ser aproveitado para conhecer a cultura do corpo é desperdiçado, e as crianças deixam de ter contato com objetos de conhecimento muito importantes. Um deles é a saúde. “As aulas precisam ser planejadas de maneira ampla para possibilitar a discussão a respeito do que é qualidade de vida e o que tem de ser feito para alcançá-la”, explica um pesquisador do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Para isso, não é preciso deixar de lado as atividades mais tradicionais, em que a garotada entra em campo e sua a camisa. É só combiná-las com a discussão de temas que envolvam conceitos de busca e manutenção da saúde, destacando as características de cada prática e o modo como elas devem ser vivenciadas para beneficiar o corpo. Esse enfoque teórico é fundamental, pois apenas praticar exercícios físicos por duas vezes semanais durante cerca de 45 minutos – tempo que a disciplina ocupa na grade curricular – não é o suficiente para provocar alterações significativas no organismo dos alunos. 
Disponível em <http://novaescola.org.br>. Acesso em 16 jul. 2017 (com adaptações).
 
	Disponível em <http://www.escolainteramerica.com.br>. Acesso em 16 jul. 2017.
	Disponível em <http://aprendizadoeducador.wordpress.com>. 
Acesso em 16 jul. 2017.
A partir das informações apresentadas e considerando a necessidade de a Educação Física escolar contemplar os conhecimentos a respeito de saúde e qualidade de vida, avalie as afirmativas a seguir. 
1. A promoção de atividades corporais visa a estabelecer relações equilibradas e construtivas, de forma a reconhecer e respeitar as características físicas e de desempenho dos alunos, sem discriminação física, sexual e social. 
1. O planejamento das aulas de Educação Física objetiva a adoção de atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, com o repúdio de qualquer espécie de violência. 
1. As práticas de alongamento comprometidas com a promoção de saúde exigem espaços físicos com dimensões e equipamentos específicos para sua realização. 
1. Os exercícios físicos realizados em ambientes fora da escola possibilitam a diversificação de atividades físicas e o estímulo a hábitos de vida saudáveis. 
1. A Educação Física escolar tem um contexto pedagógico e educacional que visa ao desenvolvimento do treinamento esportivo. 
É correto apenas o que se afirma em
A. III e V. 
B. I, II e IV. 
C. I, II e V. 
D. III, IV e V. 
E. I, II, III e IV. 
1. Introdução teórica
Parâmetros Curriculares Nacionais. Princípio da diversidade. Práticas corporais e saúde.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), um dos objetivos da Educação Física é “conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva”. 
A abordagem da prática física na saúde visa a informar, mudar atitudes e promover a prática de exercícios. Embora esse pressuposto seja semelhante ao modelo biológico higienista, a proposição mais recente confere um caráter renovado, com incorporação de princípios como o da não exclusão e o da diversidade. Assim, sugere-se a adoção de atividades não excludentes, abrangendo todos os alunos, e não somente os mais aptos. De acordo com essaproposta renovada, um programa de Educação Física escolar não deve se resumir a jogos e modalidades esportivas (RANGEL e DARIDO, 2017).
O princípio da diversidade propõe que sejam trabalhados conteúdos diversificados para não privilegiar, por exemplo, uma única modalidade esportiva. Assim, o aluno poderá ter vivências corporais em diferentes modalidades como jogos, esportes, danças, ginástica, luta (RANGEL e DARIDO, 2017).
Na Educação Física, as aulas que possibilitam diversas manifestações da cultura corporal de movimento contribuem para a prática democrática necessária à aula e para o respeito às diferenças. O princípio da não exclusão (ou da inclusão) procura garantir o acesso de todos os alunos às atividades propostas, o que deve ser uma preocupação dos educadores. Um ambiente sem discriminação física, sexual ou social permite que todos os alunos possam realizar a atividade e que o próprio aluno deixe de se excluir por qualquer que seja o motivo (RANGEL e DARIDO, 2017). É importante que o planejamento das aulas inclua atitudes de solidariedade, cooperação, repúdio às injustiças e respeito mútuo, contra qualquer discriminação baseada em diferenças de sexo, classe social, cultura, etnia e de outras características individuais (BRASIL, 1998). 
A Educação Física escolar, em uma abordagem estrita à aptidão física, deve propiciar conhecimento sobre atividade física para o bem-estar e a saúde e estimular atitudes positivas em relação aos exercícios físicos (RANGEL e DARIDO, 2017).
Existe a necessidade de estruturar a rotina para que as crianças e os jovens incluam atividades físicas diariamente. O condicionamento físico na Educação Física denota áreas relacionadas à saúde, à energia e à habilidade em atividades diárias. São 5 os componentes (GRABER e WOODS, 2016): 
· força;
· resistência muscular;
· flexibilidade;
· resistência cardiovascular;
· composição corporal. 
A flexibilidade é uma forma de condicionamento demonstrada pela variedade de movimentos, presente em algumas articulações, mas não em outras. Esse tipo de atividade pode ajudar a superar fatores não controláveis, como idade, sexo e genética. Até a puberdade, as crianças podem ser muito flexíveis; depois essa característica pode entrar em declínio. À medida que se perde a flexibilidade, o alongamento, antes e depois da atividade física, traz benefícios ao corpo. Apesar da perda da flexibilidade com a idade, as mulheres em geral são mais flexíveis do que os homens. Ao contrário de outros componentes do condicionamento físico, nenhum equipamento é necessário para a prática do alongamento, que pode ser realizada em praticamente qualquer lugar (GRABER e WOODS, 2016). 
Tanto o condicionamento físico quanto o desenvolvimento de competências em habilidades específicas são importantes no auxílio e na busca dos indivíduos por um estilo de vida mais ativo. Atividades fora da escola podem proporcionar melhor condicionamento físico. Por sua vez, à medida que as crianças desenvolvem habilidades motoras, é mais provável que busquem atividades fora da escola, o que promove melhora do condicionamento (GRABER e WOODS, 2016). 
2. Indicações bibliográficas 
· BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.
· GRABER, K. C.; WOODS, A. M. Educação Física e atividades para o ensino fundamental. Tradução de Marcelo de Abreu Almeida. Porto Alegre: AMGH, 2016. 
· RANGEL, I. C. A.; DARIDO, S. C. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica/coordenação. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
RESPOSTA LETRA B
Questão 5
Questão 5.[footnoteRef:5] [5: Questão 13 – Enade 2017.] 
No ano de 2009, os legisladores da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, por meio de políticas nacionais de inclusão escolar, instituíram as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, com base no documento final da Declaração de Salamanca (1994), em que governantes e delegados, representando 88 governos e 25 organizações internacionais, em assembleia, reafirmaram a estrutura de ação em educação especial a seguir. 
“O princípio que orienta esta estrutura é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais e de diferentes desafios aos sistemas escolares. No contexto dessa estrutura, o termo “necessidade educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem”. 
Disponível em <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em 11 jul. 2017. 
Com base nas Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica e na Declaração de Salamanca (1994), conclui-se que, nas aulas inclusivas, o professor deve
1. respeitar a dificuldade do aluno pertencente ao público-alvo de educação especial, planejando e elaborando atividades diferentes em consonância com as limitações impostas por sua condição, o que facilita o seu processo de inclusão escolar. 
1. estar preparado para lidar com as diferentes necessidades de aprendizagem de cada aluno, inclusive com as dos estudantes com deficiência. 
1. respeitar a dificuldade do aluno pertencente ao público-alvo de educação especial, planejando e elaborando avaliações simplificadas e individualizadas. 
1. delegar ao aluno pertencente ao público-alvo de educação especial a responsabilidade por definir os parâmetros de sua própria avaliação. 
1. evitar atividades que demandem a adaptação pedagógica ou a utilização de tecnologias assistivas para atendimento educacional especializado. 
1. Introdução teórica
Princípio da inclusão. Tecnologias assistivas.
Um aspecto fundamental dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Educação Física é o princípio da inclusão, conforme segue. 
A sistematização de objetivos, conteúdos, processos de ensino e aprendizagem e avaliação tem como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de movimento, por meio da participação e reflexão concretas e efetivas. Busca-se reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultante da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência (BRASIL, 1998).
O objetivo principal da Educação Física é introduzir e integrar os alunos na cultura corporal de movimento, desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio. Durante a vivência da Educação Física escolar, procura-se incluir diversas modalidades como jogos, esporte, dança, ginástica, luta, entre outras, para que os cidadãos formados possam usufruir, transformar, reproduzir, partilhar tais manifestações. Os conteúdos devem ser contextualizados e vivenciados a partir de reflexões e elaborações críticas, de forma que os alunos possam aprender conceitos acerca das atividades propostas, levando em consideração o respeito à individualidade e ao grupo (RANGEL e DARIDO, 2017).
Todos os alunos devem participar das aulas do componente curricular. O problema do professor reside em encontrar alternativas para a não exclusão e adaptar a prática pedagógica para torná-la acessível a todos. Cabe salientar que a diversidade de vivências é importante, pois permite que todos os alunos possam experimentar amplamente as possibilidades de cultura corporal de movimento, proporcionando a inclusão e a não exclusão. Para que os objetivos da aula sejam alcançados, eles devem ser discutidos com os alunos, e as vivências devem ser explicadas. Podem ser utilizados vários meios para atingir os objetivos (RANGEL e DARIDO, 2017).
Para que o ensino e a aprendizagem sejam efetivos, deve haver um processo de avaliação democrático, realizado tanto pelo professorquanto pelos alunos, em momentos variados. O professor deve compartilhar com os estudantes propostas, intenções, conhecimentos e, também, preocupações e critérios sobre suas observações, propiciando um ambiente para uma reflexão sistemática e coletiva. Essa prática pedagógica possibilita adequações às necessidades da turma, de forma específica e democrática (RANGEL e DARIDO, 2017). 
No caso da inclusão, para que todos os alunos possam participar da aula, é importante que o professor a planeje adaptando os meios para que os objetivos sejam alcançados. 
A Tecnologia Assistiva (TA) é uma área multidisciplinar que engloba recursos e serviços que possam ampliar as capacidades funcionais de uma pessoa com deficiência, promovendo inclusão efetiva, autonomia e qualidade de vida ao usuário. Embora o termo TA seja novo, a prática é realizada desde civilizações antigas, pois trata-se de qualquer alternativa que aumente a funcionalidade de um indivíduo. O conceito de recurso pedagógico em TA reside em 3 componentes: concretude, manipulação e finalidade pedagógica. Na Educação Física, seus possíveis usos são de recursos como adaptações de estratégias, regras, materiais e ambiente (FERREIRA e RANIERI, 2016). 
2. Indicações bibliográficas 
· BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.
· FERREIRA, N. R.; RANIERI, L. P. O uso da tecnologia assistiva por professores de Educação Física. Revista Eletrônica de Educação 10(3):215-229, 2016.
· RANGEL, I. C. A.; DARIDO, S. C. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica/coordenação. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
RESPOSTA LETRA . B

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