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1 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Sumário Fisiopatologia do Ciclo Menstrual. Exames complementares........................................................................................... 2 Alterações do ciclo menstrual. ......................................................................................................................................... 6 Sangramento Uterino Anormal (SUA)................................................................................................................................ 6 Dismenorréia (cólica pré-menstrual) ................................................................................................................................. 7 Tensão Pré-Menstrual (TPM) ............................................................................................................................................. 7 Diagnósticos diferenciais de Dor Pélvica. ........................................................................................................................ 7 Inflamação do Trato Genital Inferior (corrimentos vaginais). .......................................................................................... 8 Fisiopatologia da Gestação. Exames complementares. ................................................................................................ 11 Pressão arterial (PA) - conduta frente as suas variações. ............................................................................................. 13 Estado nutricional (IMC) frente a idade gestacional .................................................................................................... 15 Edema na gestação e suas intercorrências ................................................................................................................... 16 Anamnese – Exame físico específico (obstétrico) .......................................................................................................... 18 Altura Uterina (AU) frente a idade gestacional e suas variações ................................................................................ 20 Batimentos cardíacos fetais, técnicas e suas variações. Movimentos Fetais - Método de registro diário de movimentos fetais (RDMF) ............................................................................................................................................... 22 2 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Fisiopatologia do Ciclo Menstrual. Exames complementares. Introdução In útero (20 semanas) – mitose: 6 a 7 milhões oogônicos (folículo primordial) Nessa fase: 20 semanas (intra útero) – ovogônias (folículos primordial) – iniciam a divisão meiótica, e ficam quiescentes até a menarca, fase de prófase I (1ªdivisão meiótica) – ovócito 1ªrio envolto de células cuboides (folículo primordial) - Nascer: 1 a 2.000.000 – ovócitos ou primário - Puberdade: 400.000 – oócitos ou folículo primário - Destes 500 destinados a ovular Oogônios (todos) se tornam oócito 1ª ou atrésicos Folículo primordial = oócito 1ªrio + cél em volta Infância: oócitos 1ª (suspensão em prófase I) Gônadas – Cél. Primordiais (oogônios) Multiplicam por mitose ↑ cél. Primordiais (oogônios) Oócitos primátios + 1 camada células granulosa Meiose (inicio 12ª semana) – para em Prófase I Folículos Primordiais (20ª semana – 6 a 7 milhões) 1 a 2 milhões de oogônios (nascimento) 400 mil (oogônios) Puberdade 500 destinados a ovular para em Metafase II Ovogônias se proliferam por divisões mitóticas para formar os ovócitos 1ªrios antes do nascimento Folículo Primordial: O ovócito 1ª circundado por uma camada de cél. epiteliais foliculares achatadas – antes do nascimento Folículo 1ªrio: ovócito 1ª envolto em uma camada de cél. cuboides ou colunares – após nascimento Após o nascimento: não se forma mais nenhum ovócito 1ª, existem cerca de ½ milhões de ovócitos 1ªrios Estes permanecem em repouso até a puberdade, motivo responsável pela alta frequência de erros meióticos que ocorrem com o aumento da idade materna Na adolescência restam cerca de 400 mil e destes, cerda de 500 tornam-se ovócitos 2ªrios e são liberados na ovulação A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, completa a 1ª divisão meiótica – ovócito 2ªrio (n) Antes da ovulação, o núcleo do ovocito 2ªrio inicia a 2ª divisão meiótica, mas progride até a metáfase II, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide penetra nesse ovócito, a 2ª divisão é completada e novamente maior parte do citoplasma é mantida em uma célula, o ovócito fecundado Ciclo menstrual e Ovulação - recrutamento inicial (folículos primordiais) – até folículo 2ªrio – independe da ação hormonal – até 90 dias A partir daí, seleciona um único folículo dominante, e seu desenvolvimento é dependente de gonadotrofinas (LH e FSH) 3 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Folículo Primordial (ovócito 1ª) - O ovócito 1ªrio circundado por uma camada de cél.epiteliais foliculares achatadas - Na menarca o oócito se recobre de material intercelular – zona pelúcida, e as cél da granulosa crescem Folículo Primário (ovócito) - Todos os meses – 1000 folículos são recrutados, porém 1 único folículo libera o oócito durante a ovulação – demais sofrem atresia Folículo 2ªrio (em crescimento) - é o Ovocito 1ª envolto por 2 ou mais camadas de cél. foliculares – constituem a Granulosa Foliculo secundário (pré-Antral) Entre a granulosa e o ovócito, surge a Zona Pelúcida, uma camada de glicoproteínas secretadas pelas células foliculares, quanto maior o folículo, mais espessa ela fica. A teca flocular também se organiza Características desta fase: ↑ do nº de células foliculares (granulosa) ↑ do diâmetro (volume) do ovócito I Formação da Zona Pelúcida Formação da Teca folicular Foliculo 3ªrio (antral – Graaf/maduro) Espaço intercelular denominado de Antro (liquido folicular) A camada de células foliculares que circula o ovócito é a corona radiata O ovócito se torna 2ªrio, folículo Maduro ou Foliculo antral – Antes da ovulação Tecas externa e granulosa interna estão em desenvolvidas Esse folículo é um folículo pronto para a ovulação Teca produz progesterona e andrógeno Granulosa (não tem vascularização - aromatase): estrógeno Desenvolvimento folicular GHRH e desenvolvimento folicular Estágios de desenvolvimento (até 2ªrio) não exige estimulação gonadotrófica, por isso são ditos “independentes de gonadotrofinas”. Maturação final, exige presença de gonadotrofina LH e FSH, portanto depende: Janela de Seleção Desenvolvimento folicular, processo de pelo menos 3 meses (90 dias) de duração, culminando com a ovulação de 1 único folículo. A cada mês um grupo de folículos “coorte” inicia fase de crescimento semissincronizado. Folículo a ser ovulado, foi recrutados 2 a 3 ciclos anteriores Durante a Transição lúteo folicular, um pequeno ↑ de FSH é responsável pela seleção do folículo dominante que irá ovular, concentração de Estradiol aumenta a medida que aumento tamanho folicular, intensificando os efeitos do FSH sobre cél. granulosa. Cél da granulosa, produzem além do estradiol, inibina B pelo folículo dominante, que inibe produção de FSH, mas não do LH. Inibina B e estradiol combinados inibem o FSH na fase folicular, incapacitando outros folículos de atingirem a fase pré-ovulatória Ciclo menstrual e ovulação ↑ GNRH Folículo Antral ↓ Expressam Cél Teca Receptores LH ↓ Ativa AMPc ↓ Colesterol Androstenediona ↓ difunde M Basal ↓ penetra Expressam Cél da granulosa Receprores de FSH ↓ Ativa Aromatase (enzima) ↓ Andostenediona Estradiol Proliferação do Endométrio ↑ estradiol Ativa Adeno-hipófise liberar↑↑ LH Libera Proteases (rompe a M. basal do folículo) Libera oócito (cav. Peritoneal) 2ª meiose (metáfase II) Cél. se organizam Corona radiata 4 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Pós ovulação ↓ Colapso (paredes folículos/teca folicular) ↓ Corpo lúteo ↓ Produz Estrógeno (E2) e Progesterona Fase folicular - Desenvolvimento ordenado de 1 único folículo dominante, e que deve estar maduro no meio do ciclo e preparado para ovulação. A duração da fase folicular é de 10 a 14 dias No início do ciclo menstrual os níveis de esteroides gonadais estão baixos e estiveram diminuindo desde o fim da fase lútea do ciclo prévio. Com o desaparecimento do corpo lúteo, os níveis de FSH começam a aumentar e um “coorte” de folículos em crescimento são recrutados. Cada um destes folículos secreta níveis crescentes de estrógenos a medida que crescem durante a fase folicular, que por sua vez é o estímulo para a proliferação do endométrio uterino. Níveis crescentes de estrogênio produzem feedback negativo sobre a secreção hipofisária de FSH, que começa a diminuir no meio da fase folicular. Inversamente, o LH é estimulado pela secreção de estôgenio durante a fase folicular. Ao final da fase folicular (logo antes da ovulação ocorre no período de 36 a 40 hrs). Receptores para LH induzidos pelo FSH estão presentes nas cél. da granulosa e, com estimulação do LH, modulam pequena secreção de progesterona. OVULAÇÃO E PICO DE LH Final da fase folicular, níveis de estradiol (200 pg/ml – 50 hrs), aumenta dramaticamente, estimulando pico hipofisário de LH, que age nas células granulosa e teca, desligando genes de expressão folicular e liga expressão gênica para ovulação e luteinização Pico do LH dura em média 48 horas, sendo que a ovulação ocorre no período de 36 a 40 hrs. Presença de enzimas proteicas no folículo (plasmina colagenase), reduz a parede folicular. Prostaglandina estimulam a contração dos ML do ovário, facilitando a ovulação. O pico de LH no meio do ciclo é responsável por um ↑ dramático das concentrações locais de Prostaglandinas e enzimas proteolíticas (plamina e colagenase) na parede folicular, sendo que estas substancias enfraquecem a parede folicular e por fim permitem a formação de uma perfuração A ovulação representa a extrusão do oócito através da abertura no folículo. FASE LÚTEA Logo após ovulação, células da Teca e granulosa, sofrem hipertrofia para formar: Cél. da granulonosa luteinica e cél. da Teca luteinicas menores No corpo lúteo a MB (membrana basal), separa as duas - granulosa e da teca, sofre degeneração, permite a vascularização das cél. granulosa, que era avascular, e que após 2 dias, ocorre a invasão capilar, atinge centro do corpo lúteo, no 4º dia, essa perfusão permite o acesso dessas cél. luteas as lipoproteína de baixa densidade, que é usado para fornecer de colesterol, que é o precursor de esteroides Vascularização aumentada, hipertrofia celular e ↑ de organelas intracelulares, faz do corpo lúteo um tecido esteroidêgênico mais ativo do corpo. Luteinização Corpo Lúteo: Níveis máximo de progesterona (meio fase lútea), o estradiol, também é produzido em larga escala 5 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Níveis de estradiol, diminui transitoriamente logo após o pico do LH. A redução do eestradiol é seguido pelo aumento constante até atingir a fase lútea. Corpo lúteo produz inibina, que coincide com a ↓ do LH, quando a inibina diminui no final da fase lútea, FSH volata a aumentar – início da seleção dos oócitos para próximo ciclo menstrual Os níveis de progesterona aumentam subitamente após a ovulação e podem ser usados como sinal presuntivo de que houve ovulação. Os níveis de estrogênios e progesterona permanecem elevados durante toda a vida do corpo lúteo (na ausência da placenta) e depois diminuem com a sua extinção, estabelecendo assim o patamar para o próximo ciclo CICLO UTERINO Fase Proliferativa - 1ºs 14 dias Caracterizada por crescimento mitótico progressivo da decídua funcional no preparo para implante do embrião. No início o endométrio é delgado (1 a 2 mm), as alterações observadas nas glândulas endometriais: retas, estreitas e curtas em estruturas mais longas e tortuosas, próximo a ovulação é pseudoestratificado. Estroma denso, durante todo o período, raramente são observadas estruturas vasculares FASE SECRETORA 48-73 horas pós-ovulação, modificação histológico do endométrio para fase secretora, aparece produtos de secreção eosinofílicos ricos em proteína na luz glandular As glândulas endometriais formam vacúolos contendo glicogênio. No 6 – 7º dia pós-ovulação, a atividade secretora é máxima e o endométrio está preparado para a implantação do blastocisto, havendo edema progressivo. No 24ª dia ocorre formação de ilhotas, com áreas de confluência. Esse padrão de estroma edemaciado, é chamado de “pseudodecidual”, por sua semelhança a gravidez. 2 a 3 dias antes da menstruação, existe aumento de linfócitos que migram para vasos, que anuncia um colapso de estroma e início menstrual. Menstruação Na ausência de implantação, a secreção gandular cessa e ocorre decomposição irregular da descidua funcional, tendo como resultado a eliminação desta camada endometrial, por falta de esteroides ocorre espasmos vascular da artéria espiral, levando a isquemia endometrial. Existe ruptura do lisossoma e liberação de enzimas proteolíticas, que destroem o tecido, juntamente com as prostaglandinas que são vasoconstrictoras. 6 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Alterações do ciclo menstrual. CICLO MENSTRUAL Sangramento cíclico Intervalo: 21 – 35 dias Duração de 2 a 8 dias Perda sanguínea de 50 – 200 ml Polimenorréia Intervalos < 21 dias Oligomenorréia Intervalos > 35 dias Espaniomenorréia Intervalo > 45 – 50 dias - Comum na SOP Amenorreia Ausência de menstruação > 3 ciclos Atraso Menstrual Ausência de menstruação por até 3 ciclos Hipermenorréia Menstruação com duração > 8 dias Hipomenorréia Menstruação com duração < 2 dias Menorragia Perda excessiva sangue durante fluxo menstrual Metrorragia Sangramento abundante, sem relação com o ciclo Sangramento Uterino Anormal (SUA) Definição: São alterações menstruais decorrentes de ↑ no volume (menorragia), duração (hipo ou hipermenorragia) ou intervalo (polimenorréia, oligomenorréia, espaniomenorréia, amenorreia, etc) Afeta os aspectos físicos, emocionais, sexuais e profissionais na qualidade de vida das mulheres. Classificação do sangramento uterina anormal (PALM-COEIN) FIGO - Federação Internacional de Ginecologia e obstetrícia Sangramento uterina anormal (SUA) Causas estruturais (orgânica) PALM Causas não estruturais (hormonais) COEIN Pólipo Adenomiose Leiomioma Malignas Coagulopatia Ovulatória Endométrial Iatrogênica Não classificado Incidência - 10 a 30 %: idade reprodutiva - 50% perimenopausa (45 a 55 anos) Fatores que influenciam: idade e idade reprodutiva Etiologia Infância: (antes menarca) - Vulvovaginites, traumas, abuso sexual, corpo estranho entre outros Adolescência: anovulação, menos frequente: neoplasias, pólipos, leiomiomas e neo ovário Idade reprodutiva: gravidez, IST, leiomiomas, pólipos endometriais, (anovulação menos frequente) Perimenopausa: 70% das consultas ginecológicas Anovulação (disfunção do eixo Hipotálamo-hipófise- ovário), ↑ risco de neoplasias benignas e malignas. Menopausa: doenças benignas: maioria atrofia do endométrio ou vagina, pólipos endometriais, hiperplasia endométrio (reposição hormonal e obesidade) e carcinoma de endométrio. Diagnóstico - História detalhada: sangramento e de fatores de risco para câncer de endométrio, coagulopatias, medicações emuso, doenças concomitantes - Exame físico completo: sinais de síndrome dos ovários policísticos (SOP), obesidade, resistência insulínicas, doenças da tireoide, petequias, equimoses, lesões da vagina ou colo do útero, além do tamanho do útero Conclusão: Se baixo risco para CA endométrio e US normal excluídas causas estruturais Exclui PALM TTO farmacológico, por meio do uso de medicamentos e eventualmente cirúrgico Procedimentos diagnósticos US transvaginal, US doppler colorido (UTV – DC), Histeroscopia Causas: Sangramento uterino disfuncional – 90% anovulatório Fisiopatologia: ausência progesterona, endométrio proliferativo crônico, associado decomposição de estroma, redução densidade das arteríolas, dilatação e instabilidade dos capilares venosos, redução disponibilidade de ácido aracnoide (precursor da PGL), produção PG1 deficiente = SANGRAMENTO por anovulação, alteração estrutura vascular do endométrio e concentração de prostaglandina e aumento da resposta endometrial e PG vasodilatadora TTO Objetivo é reduzir o fluxo menstrual, reduzindo morbidade e melhorando a qualidade de vida A terapêutica farmacológica ou medicamentosa é considerado a 1ª linha a ser seguida, sempre que possível TTO: causas não estruturais (COEIN) HORMONAL - Estrogênio e progestagênio combinados - Progestagênio oral cíclico ou contínuo - Indicação para obesas - Progestagênio injetável - Sistema uterino liberador de levonorgestrel NÃO HORMONAL - Anti-inflamatório (AINEs) - Antifibrinolíticos, ác. tranexâmico (Bloqueia o endométrio (não sangra) Aprovado FDA: TTO menorragia, eficaz menorragia associado a SUD (Sangramento uterino) Sinais e sintomas em Ginecologia: Sangramento uterino anormal (SUA) Distúrbios menstruais Dor Tumoração Corrimento Prurido Distúrbios sexuais Atrofia o endométrio 7 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Dismenorreia (cólica pré-menstrual) Algomenorréia: dor hipogástrica (desconforto) tipo cólica durante a menstruação Dismenorreia: dor tipo cólica acompanhada de lombalgia, irradiação para baixo ventre e pernas, náuseas e cefaléia Dismenorreia 1ª ou essencial ou idiopática: 2ªria - Sem causa orgânica, desde os 1ºs ciclos menstruais (idiopática) - Aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio - Resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo (endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc) Surge após vários ciclos indolores Classificação: Leve: são bem tolerados e cedem com qualquer medicação analgésica. Sem prejuízo para as atividades habituais Moderada: dor impossibilita a execução de suas obrigações, interfere nas atividade e pode durar todo o ciclo Acentuada ou Grave: dor não permite o desempenho normal, provoca alterações vasculares e gastrointestinais, normalmente essa paciente faz uso frequente de medicação e possui pouca resposta. *Paciente dismenorreia precisa ser cuidadosamente investigada para afastar causas orgânicas. (Endometriose) Diagnóstico padrão ouro: videolaparoscopia Tensão Pré-Menstrual (TPM) A SPM (Sd. Pré-menstrual) pode ser definida como um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais que aparecem na 2ª metade do ciclo menstrual, período pré-menstrual, com resolução rápida após o início da menstruação. Sintomas - Ansiedade - irritabilidade ou tensão nervosa - Edema - Dores abdominais - Mastalgia (dor na mama fora da menstruação), Mastodinia (dor na mama na menstruação) - Ganho de peso - Cefaleia - ↑ de apetite, desejo de doces - Fadiga - Palpitação e tremores - Quadro depressivo é preponderante, com insônia, choro fácil, esquecimento e confusão Etiopatogenia A oscilação nos níveis dos estrógenos e da progesterona, no ciclo menstrual, atua a função serotoninérgica, levando às manifestações da SPM. Estudos relacionam baixa significativa da serotonina total, nos últimos 10 dias do ciclo, e a exacerbação de sintomas, quando ocorre depleção de triptofano (Aa precursor da serotinina). TTO Antidepressivos: os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que ↑ os níveis da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que aumenta os níveis de serotonina, são eficazes para melhorar as alterações de humor que antecedem o período menstrual. Medicamentos: Fluoxetina, sertralina, paroxetina e citalopram Diagnósticos diferenciais de Dor Pélvica. DOR PÉLVICA: Dor pélvica não menstrual ou não cíclica, com duração de pelo menos 6 meses, intensa para interferir em atividades habituais e que necessita de TTO clínico ou cirúrgico. Etiologia Complexa, integração entre os sistemas gastrointestinais, urinário, ginecológico, MEE, neurológico, psicológico e endócrino, influenciado ainda por fatores socioculturais Fisiopatologia - Sensibilidade cruzada entre vísceras que compartilham uma mesma inervação (reflexo viscero-visceral), e - Reflexo viscero-muscular – com repercussões disfuncionais – miccional ou incontinência urinária, síndrome miofascial com novos pontos de dor. Obs: As vias sensitivas do reto e bexiga são as mesmas do útero e vagina as dores podem ser confundidas (diagnóstico diferencial) Hipótese diagnóstica (envolve) - Origem somática: inicia-se em estruturas como pele, músculos, fáscias, ossos e articulações, menos intensa, geralmente em pontadas, e a paciente localiza um ponto específico de dor. - Origem visceral: frequentemente em cólicas, às vezes associadas: náuseas, vômitos e reações emocionais. - Origem psicológica: alterações de personalidade, de conduta e depressão, a dor pélvica crônica psicogênica é menos frequente e é diagnóstico de exclusão. - Processo inflamatórios agudos: dor pélvica aguda, início abrupto, continua, espontânea, podendo irradiar para outras regiões - Distopias: geralmente indolor, no prolapso – dor lombossacra por estiramento dos ligamentos cardinais e uterossacros. Certas retroversões (aderências cirúrgicas, 8 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO endometriose) determinam dor crônica descontínua que se acentua ao esforço e coito. - Neoplasias anexiais: geralmente são indolores, porém aderências, compressões de órgãos vizinhos e torção de pedículo tumoral pode desencadear dor - Prenhez ectópica: (na trompa) Integra (pode chegar até a 8ª sem): dor discreta Ruptura: dor aguda, sinais de irritação peritoneal (Blumbeg +) - Diagnóstico diferencial: apendicite ou diverticulite aguda - Endometriose: lesões mínimas, não há dor, com evolução Sintomatologia clássica: dismenorreia progressiva, pélvica, lombar ou perineal (retal). Comum entre a mucosa e o ânus. TUMORAÇÃO Avaliar: época do aparecimento, localização, velocidade de crescimento e outros sintomas decorrentes da compressão dos órgãos vizinhos Podem ser: abdominopelvicas, vaginais e vulvares Falsas: bexigoma, distensão intestinal e pseudociese Verdadeiras: miomas, neoplasias ovarianas e tubárias, cistos ovarianos infamatórias = Piossalpinge (Causada pela Clamidia – infecção da trompa) Ex. Cisto Bartolenico Locais comuns de endometriose: nos ovários, útero e reto Inflamação do Trato Genital Inferior (corrimentos vaginais). CORRIMENTO A vagina: úmida, pH entre 3,8 e 4,5 (ácido) pelo desdobramento do glicogênio em ácido lático pelos bacilos de Duoderlein + estrogênio. mecanismo de proteção da defesa da vagina Fisiológico: Secreção das glândulas endocervicais sob estímulo estrogênico no pico ovulatório, de gland. De Bartholin na excitação sexual. Corrimento Patológico: o prurido, a ardência e o odor fétido sempre acompanham o corrimento patológico Flora mista: germes sépticos ou inespecíficos Germes específicos Trichomonas vaginalis: corrimento amarelo, espesso, fétido e espumoso, macrobolha (abundante) Gonococos:corrimento espesso, amarelo, tipo “leite condensado” (IST) Candida albicans: corrimento branco em grumos como nata de leite Clamídia Tracomatis: abundante mucoide, relacionada com DIP (IST –Diagnóstico: PCR ou captura híbrida) Gardinerella (Hemophilus vaginalis): corrimento aquoso com odor fétido, microbolhas, acinzentado, a paciente reclama do odor fétido. Teste do KOH: libera aminas com odor de peixe podre Vaginose bacteriana Agentes: Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Prevotella sp, Mobiluncus sp (anaeróbicos) Quadro clínico: odor vaginal tipo peixe, que piora após o coito, corrimento vaginal branco-acinzentado, homogêneo, finamente aderido as paredes vaginais, pode ser bolhoso (microbolhas), sem sinais inflamatórios (Espmz básico, libera putrescina) Diagnóstico laboratorial - Teste aminas positivos (Whiff test): odor a peixe podre – adição de KOH 10% em lâmina conteúdo vaginal - Teste do pH: pH vaginal > 4,5 - Microscopia: cél. indicadoras ou clue cells (cé. Epiteliais superficiais recobertas por cocobacilos) TTO - Metronidazol 250mg, 2 comprimidos VO, 2x/dia por 7 dias - Se recidiva, tratar tbm o parceiro 9 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Candidíase - Candida albicans é o agente mais prevalente (85% a 90%) Outras espécies: C. tropicalis e C. glabrata, pouco frequentes, maior grau de resistência ao TTO. Maior incidência na gestão (quando ocorre acidificação fisiológica do pH vaginal) Diagnóstico clinico - Leucorréia branco-leitosa em grumos ou em placas, sem odor, associada a prurido e hiperemia locais (entrada da vagina) - Prurido, Ardência - Dispareunia de introito vaginal, disúria externa/terminal vulvovaginite: Candidíase e Trichomoniase TTO - Cetoconazol (200 mg) 2 comp/dia por 5 dias - Itraconazol (100mg) 2 no almoço e 2 na janta (1 dia) - Fluconazol (150mg) TTO único Recidiva: repetir o TTO 1x ao mês por 6 meses (no 1º dia da menstruação) ou por 3 semanas seguidas- Se recidiva, tratar tbm o parceiro Vaginite por Trichomonas Vaginalis Quadro clínico: - Corrimento vaginal branco/amarelado e bolhoso (macrobolhas), fétido, purulento, abundante e ás vezes com prurido - Pode haver hiperemia vaginal/vulvar e colpite macular (“colo em morango”) - 50% das pacientes há dispareunia, dor pélvica e sintomas urinários Diagnóstico laboratorial: Microscopia a fresco da secreção vaginal tratada com soro fisiológico 0,9%: visualização direta dos parasitas Teste do pH: fita de acidez mostra pH vaginal > 4,5 TTO Tratar tbm o parceiro - Metronidazol: 2 comprimidos para cada um 1x. - Se dor, prurido: creme vaginal (trivagel- corticoide) por fora e dentro para tirar a hiperemia de vulva, vagina e colo Diagnóstico Normal Vaginose Bacteriana (VB) Gardnerella vaginalis Candidíase Vaginal Tricomoníase Queixa Nenhuma Odor fétido associado ao coito ou menstruação Prurido, ardor, corrimento Corrimento espumoso com odor, disúria, prurido Características do corrimento Claro, fluido, esbranquiçado Esbranquiçado ou cinzento, fluido escasso, aderente as paredes vaginais Esbranquiçado, espesso com grumos Verde-amarelado, espumoso, aderente, abundante Teste das aminas Negativo Positivo (odor de peixe podre) Negativo Pode ser positivo ou negativo pH vaginal 3,8 – 4,2 >4,5 <4,5 >4,5 Microscopia Células epiteliais, lactobacilos Clue cells, raros lactobacilos/leucócitos, morfotipos de Gardnerella/Mobiluncus Brotos, hifas, psudo hifas (forma invasiva) Tricomonas móveis (solução salina) Gonorréia Diagnóstico clínico: Sintomatologia manifestada inicialmente por cervicite evidente: colo hiperemiado e friável, associado a leucorréia purulenta (amarelo-esverdeado) Diagnóstico laboratorial - Citologia de secreção cérvico-vaginal, corada pelo GRAM – diplococos (baixa sensibilidade) - Cultura da secreção: meio específico método mais eficaz Clamidia Diagnóstico Clínico: quando presente, quadro de cervicite costuma ser menos exuberante se comparado ao causado por gonococo Diagnóstico Laboratorial Citologia cérvico-vaginal corada pelo Giemsa – sensibilidade baixa Swab endocervical e uretral Cultura em meio específico (pouco utilizado) Imunofluorêscencia direta ou ELISA Captura hibrida – alta sensibilidade e especificidade PRURIDO Lesões distróficas da vulva em pacientes idosas Causas: - Vulvites micóticas e alérgicas - Câncer de vulva, quase sempre associado a prurido - DM descompensada (lesão e prurido intenso) 10 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO DISTURBIOS SEXUAIS Dispareunia: dor na penetração vaginal ou durante a penetração vaginal completa, durante o ato sexual Superficial Profunda Etiologia Vaginismo: contratura dolorosa da musculatura vaginal Vulvodina (irritação crônica na vulva): Moléstia inflamatória pélvica aguda (MIPA); ITU, tumores genitais como câncer vulvar ou câncer vaginal, tumores ovarianos, cistite intersticial, trauma pós-parto e infecções por fungos ou bactérias Disfunção sexual: dificuldade de atingir o orgasmo durante qualquer atividade sexual CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Climatério: fase transicional entre menacme e senectude, podem ocorrer dos 35-40 aos 65 anos (é um período) Menopausa: Data da última menstruação – com amenorreia de 12 meses 1- Cessa o fluxo menstrual, extingue-se a função ovariana (↓ estrógeno) e regressão dos caracteres sexuais secundários 2- Hipotálamo e hipófise continuam ativos, com atividade até aumentada, o que entra em falência são os ovários Sinais e sintomas Precocemente: irregularidade menstrual, ondas de calores ou fogachos, suor excessivo sem causa aparente e gruas de irritabilidade emocional Médio prazo: atrofia urogenital: vagina seca dispareunia, ora com incontinência urinária aos esforços e pele seca Tardiamente: doença cardiovascular e osteoporose IMAGENS Vulva distrófica Herpes (lesões em bolha) Inflamação na Glan. De Skene – Bartolinite (gonococo) Bartolinite crônica Cistos Condiloma (HPV) Varizes Edema (trauma) 11 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Fisiopatologia da Gestação. Exames complementares. Conceito: Episódio fisiológico, onde o organismo vai preparando e adaptando ao longo do tempo, modificações gerais e locais, e que ocorrem da puberdade à maturidade Segundo Magalhães – clinicamente: “Função instável, situação intranquila, frágil e perigosa” Ao obstetra: Objetivo inicial: ampará-la e protege-la Objetivo final: - Atingir o termo (> 37 semanas – até 42) sem percalços – lindera (livre a patologia) - Estabelecer equilíbrio instável, entre: Luta metabólica e humoral Instinto de conservação do indivíduo e da espécie ANAMNESE E EXAME FÍSICO Identificação - Nome - Idade (< 15 ou > 35 gestação de risco) - Cor: - Estado Civil - Profissão - Escolaridade - Endereço, cidade - Esposo/ Acompanhante/ pessoa próxima - Telefone/contato Queixa e duração 1ª consulta: - Atraso menstrual (náuseas e vômitos) há 2 meses, muitas vezes vem sem queixas - “Vim fazer o pré-natal” - Outras queixas vinculadas a gestação Retorno: - com ou sem queixas História da moléstia atual (HPMA) - Datar a IG (DUM e US 1º trimestre), - paridade - Principais sinais e sintomas, desde a última consulta, (boa alimentação, boa digestão, nega obstipação intestinal, nega disúria, refere polaciúria, nictúria, nega corrimento vaginal, se tiver caracterizar, movimento fetal, refere edema – matutino, vespertino, refere contração de Brackston-Hicks) - Todas ocorrências dependem e levam em conta a IG. Antecedentes familiares - Avaliar o núcleo familiar da gestante, no habitantes da casa, conflitos familiares(influenciam na gestação), “genograma” (familiograma) - Antecedentes de risco: HAS, DHEG, DM, Cardiopatia, Hematopatia (anemia falciforme, talassemia, alterações de coagulação), Gemelaridade, Epilepsia, Tuberculose, Neoplasia, alcoolismo e drogas, malformações congênitas. - HAS < da 20ª semana - DHEG – doença Hipertensiva específica da gravidez (pré-eclampsia) Antecedentes pessoais - HAS, DHEG, DM pré-gestacional, tireoidopatias, Cardiopatias, Hematopatias, Gemelaridade, Epilepsia, Pneumopatia, Doenças psiquiátricas, Sífilis e DST Hábitos - Uso de drogas lícitas e ilícitas, medicações em uso, tabagismo, atividade física - Álcool e tabagismo: feto de baixo peso e prematuridade Antecedentes menstruais – Ginecológicos - Telarca:______ - Pubarca:______ - Menarca: _______ anos Ciclos menstruais: - DUM:_____ - Intervalo:____ Duração: ______ Fluxo:_____ - Dismenorreia:_________ - Sintomas da Tensão Pré-Menstrual:______ Ciclo Menstrual: - Menopausa: ________ Idade:_____ - Tipo: Cirugica? ______ Natural: ______ - Sintomas de hipostrogenismo: - Sangramento da pós-menopausa - Terapia hormonal - Cirurgias ginecológicas: Antecedentes sexuais: - Coitarca: ______ - nº de parceiros:_____ Frequencia:_____ - Libido e orgasmo:_______ - Dispareunia:__________ Sinusuorragia:_______ Anticoncepção: - Qual é o método:______ Há quanto tempo:______ - Como usa o método:______ Antecedentes obstétricos - Gesta: ____ (total) - Para: _____ - Aborto: ____ (< 20 semanas ou < 500 gr) - Partos vaginais: - Partos cesáreas: - Abortos: espontâneo ____ provocado_____ - Intercorrências Partos: (ideal esperar 2 anos) Tipos de parto: - Normal:____ Cesariana:___ Fórceps:____ - Idade do 1º e último parto:_____ - Local de parto:_____ - Peso dos RN:_____ - Lactação: ___ - Intercorrência na gestação ou no parto:____ ISDA Importante diferenciar sintomas de gravidez ou ginecológicos não relacionados a queixa e duração, devemos diferenciar outros sintomas e doenças de outros aparelhos: - ♥ vascular - Gastrointestinal: - Urinário - Respiratório - IG: sempre considerar a DUM - Movimentos fetais: a partir da 8ª semana, mas percebido pela gestante > 18 semanas IMP! na Gineco 12 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO EXAME FÍSICO: GERAL E ESPECÍFICO Geral Específico (obstétrico): Estado geral: se eupneia, se corada, se hidratada Parâmetros Gerais: - PA - PESO e altura da pct/IMC - Edema - Manobra Palpatória (Leopold-Zweifel) - Posição, situação, insinuação e apresentação - Altura Uterina - Batimentos Cardíaco Fetal (BCF) - Movimentos Fetais - Toque s/n (geralmente na UBS não faz) HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Estado nutricional (tabela IMG x IG) Crescimento Fetal (tabela AU x IG) Outros diagnósticos: infecção urinária, HAS, Diabetes gestacional CONDUTA - Uso de: Sulfato ferroso + Ác. fólico - Orientações gerais: Trabalho de parto Repouso DLE – decúbito lateral esq., pois descomprime a VCI, descomprime os nervos do parassimpático e não apresenta a síndrome da hipotensão supina. - Exames solicitados - Retorno: Até 28 semanas: mensal 28 a 36 semanas: quinzenal 36 a 42 semanas: semanal - Se gestação de risco, voltar com maior frequência Recordando.... DUM: 1º dia da menstruação Ovulação: 14º dia após início da menstruação Implantação/ Nidificação/ Nidação: 21º dia menstruação Aborto: < 20 semanas / < 500 g - Aborto precoce: < 12 semanas - Aborto tardio: > 12 semana < 20semanas - Gestação prematuro: > 20 semanas < 37 semanas />500g - Gestação a Termo > 37 semanas < 42 semanas - Gravidez Prolongada ou pós-datismo: > 42 semanas Regra de Naegele Prenhez, gestação, gravidez ou emprenhidão - Presença no organismo da mulher óvulo fecundado (e implantado no endométrio) (de 21 a 23 dias da DUM ou 7 a 10 dias da ovulação) Mês lunar: 28 dias (intervalo entre 2 luas – 29 dias e 12 horas e meia = 280 dias) Mês solar: 30 dias (30 dias e 10 horas) Duração média da gravidez: 243 dias Calculo da duração da gestação - Duração: 40 semanas - 280 dias - 10 meses lunares - 9 meses solares e 07 dias - Obs: do ponto de vista materno a gravidez só se inicia com a nidificação ou nidação Duração da gravidez: 280 dias a partir da DUM 266 dias a partir da ovulação 259 dias a partir da Nidação (- 14 da ovulação, - 7 da divisão na trompa) Regra de Naegele: 9 meses + 7 dias – total 277 dias, supondo que no decurso dos 9 meses – 3 ou 4 meses tem 31 dias chega-se aos 280 dias Periodicidade das consultas – USP e MS Até 28ª semana: mensal 28ª até a 36ª semana: quinzenal 36ª até a 41ª semana: semanal 13 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Pressão arterial (PA) - conduta frente as suas variações. - Aferir PA: todas as consultas de pré-natal (Recomendação C – consensual de especialistas ou pequenos estudos retrospectivos e registros) Critérios em 3 ocasiões - PAS: > 140 mmHg - PAD: > 90 mmHg - PAS: > 30 mmHg e/ou PAD > 15 mmHg Relação aos níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos até a 20ª semana de gestação Recomendações: - Até 140/90: recomendações gerais - > 140/90: fazer MAPA durante 1 semana: Se Hipertensa: iniciar com α-metildopo 250mg 8/8 hr - ir controlando a PA semanalmente, ir aumentando a dose até regularizar Conduta conforme a medida da pressão arterial: Quadro 9 – Avaliação da pressão arterial em gestantes Achados Condutas Níveis de PA conhecidos e normais antes da gestação: Manutenção dos mesmos níveis de PA. Níveis tensionais normais: - Mantenha o calendário habitual; - Cuide da alimentação; - Pratique atividade física regularmente. Níveis de PA desconhecidos antes da gestação: Valores da pressão < 140/90mmHg. Considere o aumento dos níveis tensionais em relação aos níveis anteriores à gestação: - Diminua a ingestão de sal; - Aumente a ingestão hídrica. - Pratique atividade física regularmente. Níveis de PA conhecidos e normais antes da gestação: Aumento da PA, mantendo nível < 140/90mmHg. Sinal de alerta: - Diminua a ingestão de sal; - Aumente a ingestão hídrica; - Pratique atividade física regularmente. - Agende controles mais próximos. Níveis de PA conhecidos ou desconhecidos antes da gestação: Valores da PA > 140/90mmHg e < 160/110, sem sintomas e sem ganho ponderal maior do que 500g semanais. HAS Considere HAS na gestação: - Atente para a possibilidade de erro de cálculo da idade gestacional (IG); - Realize proteinúria (teste rápido); - A gestante deve ser vista pelo médico da unidade e deve ser avaliada a possibilidade de polidrâmnio, macrossomia, gravidez gemelar, mola hidatiforme; - Solicite ultrassonografia, se possível; - Caso permaneça dúvida, marque retorno em 15 dias para reavaliação ou, se possível, faça o encaminhamento da gestante para o serviço de alto risco. Níveis de PA conhecidos ou desconhecidos antes da gestação: Valores de PA > 140/90mmHg, proteinúria (teste Paciente com suspeita de pré eclampsia grave: - Deve-se referir imediatamente a gestante ao pré-natal de alto risco e/ou à unidade de referência hospitalar. rápido) positiva e/ou com sintomas clínicos (cefaleia, epigastralgia, escotomas, reflexos tendíneos aumentados) ou paciente assintomática, porém com níveis de PA > 160/110mmHg. Paciente com hipertensão arterial crônica, moderada ou grave, ou em uso de medicação anti- hipertensiva. Paciente de risco: - Deve-se referir a gestante ao pré- natal de alto risco. HIPERTENSÃO CRÔNICA (HC) - Hipertensão crônica: presente antes da gravidez ou diagnosticada antes da 20ª semana de gestação PAS > 140 mmHg e/ou a PAD > 90 mmHg - medidas em 2 ocasiões com 4 horasde intervalo. -Hipertensa Crônica: aquela diagnosticada pela 1ª vez durante a gravidez e que não normaliza no pós-parto. Pré-eclâmpsia - Síndrome caracterizada por comprometimento clínico generalizado heterogêneo com alterações laboratoriais - Achados clínicos: Síndrome materna: hipertensão, proteinúria e /ou sintomas variados e/ou a Sindrome fetal: CIUR* (crescimento intra-uterino retardado), ou ambos * Ocorre em 5% a 8% das gestações + Comum no 1º filho e último trimestre da gestação LEVE GRAVE PA > 140/90 mmHg > 20 ª semana de IG – normotensa antes da gestação Proteinuria: confirmada com > 0,3g em urina de 24 horas Sintomas: cerebrais (cefaleia, tonturas, visão turva, escoltomas), ou digestivos (dor epigástrica ou no quadrante superior D, náusea ou vômitos), ou trombocitopenia e alteração de enzimas hepáticas, mesmo na ausência de proteinuria. - PA > 160/110 mmHg em 2 aferições, intervalo 6 horas em repouso - Proteinúria de 24 horas: > 5 g ou > 3 + em fita, 2 amostras – 4 horas - Oliguria com volume urinário < 500 ml/24h - Insuficiência renal (creatinina > 1,2mg/dL paciente normal) - Distúrbios visuais ou cerebrais (cefaleia, visão borrada, cegueira, alteração do estado mental), persistentes - Edema pulmonar ou cianose - Dor epigástrica ou no quadrante superior D persistente - Insuficiência hepática (TGO ou TGP > 70UI/L) - Trombocitopenia (plaquetas < 100.000/µL) - Síndrome HELLP: hemólise, enzimas hepáticas elevadas, baixa contagem de plaquetas) se desenvolve normalmente antes da 37ª semana de gravidez, mas pode ocorrer logo após o parto -Restrição de crescimento fetal 14 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Eclâmpsia - Convulsões em pacientes com pré-eclâmpsia ou Hipertensão Gestacional - Existe um aumento da mortalidade materna acompanhada de hemorragia cerebral Complicações maternas - 1-4% DPP – descolamento prematura do placenta - Coagulopatia/Síndrome HEELP (10-20%) - Edema pulmonar/ aspiração (2-5%) - Insuficiência Renal aguda (1-5%) - Insuficiência hepática ou hemorragia (<1%) - AVC e morte Complicações fetais - prematuridade (15 – 67%) - restrição de crescimento fetal (10 – 25%) - hipóxia com lesão neurológica (<1%) - morte perinatal (1- 2%) - Morbidade cardiovascular a longo prazo – baixo peso ao nascer Pré-eclâmpsia superposta à Hipertensão crônica - Paciente sem proteinúria <20 semanas (IG) – apresenta: - Proteinuria > 0,3g/24 hr, ou pacientes com proteinúria patológica prévia que após as 20 semanas apresenta aumento importante da PA (mesmo que previamente controlada com medicações) associada a sintomas tipo cefaleia, visão turva, dor epigástrica e/ou alterações laboratoriais, como aumento de enzimas hepáticas e trombocitopenia Hipertensão gestacional - ↑ de PA que surge após 20 semanas de IG e sem proteinúria - Pode representar uma pré-eclâmpsia sem tempo de evolução para desenvolver proteinúria, ou uma hipertensão transitória, se a PA retornar ao normal após 12 semanas do parto, ou ainda uma Hipertensão se a PA persistir elevada PA – Fisiologia O sincitiotrofoblasto destrói os vasos do endométrio (normal), se a pct tiver uma hipertensão transitória, PA sistêmica baixa, ou seja qualquer alteração, (hipotensão sincope) que ↓ a PA, não vai faltar O2 para o feto, contrai o vaso para melhorar a oxigenação e PA materna, mas na gravidez, a migração trofoblastica normal não deixa o vaso contrair, e assim, não diminui o aporte de oxigênio fetal. - Migração trofoblástica: 12 semanas (vasos endometriais – menores vasos), 16 a 20 º semanas (grandes vasos, miometrio – pq o feto cresceu e precisa de > aporte). - Este Migração Trofoblástica destrói a parede muscular de artérias e tem 2 consequências: 1- Diminui a distância: entre a circulação materna fetal já que os endotélios respectivos ficam separados unicamente pela membrana basal entre elas, facilita o intercambio nutricional entre mãe e fero 2- A destruição muscular (migração trofoblástica) deixa a artéria insensível a ação de fármacos vasoativos que atuam contraindo ou relaxando a camada muscular. A circulação torna-se exclusivamente dependente da PAM da mãe e isto é importante para que o suprimento fetal seja de certa forma independente das variações maternas de pressão. A fisiopatologia da pré-eclâmpsia envolve alterações no processo de invasão trofoblástica, com consequente e inadequado suprimento sanguíneo uterino e estresse oxidativo do tecido placentário. Alterações placentárias decorrentes desse processo levam à maior produção de sFLt-1, um receptor solúvel para as moléculas de VEFF e PIGF O sFLt-1 impede com que VEGF e PIGF realizem suas funções na homeostase endotelial, culminando com disfunção dessas células. O estresse oxidativo leva à produção placentária de grande quantidade de fatores anti-angiogênicos como o sFLt-1 (Soluble fms-like tyrosin) e a sEndoglin (soluble endoglin) O sFIT-1 e endotélio solúvel impede que VEGF e PIGF realizem suas funções na homeostase endotelial, culminando com destruição dessas células VEGF (fator de crescimento vascular endotelial) PIGF (fator de crescimento intrínseco placentário) sFLT-1 (tirosina quinase solúvel) 15 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Estado nutricional (IMC) frente a idade gestacional Medida do Peso Objetivo: avaliar o estado nutricional da gestante e acompanhar o ganho de peso até o final da gestação - Consiste na tomada da medida do peso e da altura e o cálculo da semana gestacional, o que permite a classificação do IMC (índice de massa corporal) por semana gestacional *Necessário conhecer a IG da gestante Tabela 2 – Ganho de peso recomendado (em kg) na gestação segundo o estado nutricional inicial Estado nutricional inicial (IMC) Recomendação de ganho de peso (kg) semanal médio no 2º e 3º trimestres* Recomendação de ganho de peso (kg) total na gestação Baixo peso (< 18,5kg/m²) 0,5 (0,44 – 0,58) 12,5 – 18,0 Adequado (18,5 – 24,9kg/m²) 0,4 (0,35 – 0,50) 11,5 – 16,0 Sobrepeso (25,0 – 29,9kg/m²) 0,3 (0,23 – 0,33) 7,0 – 11,5 Obesidade (t 30kg/m²) 0,2 (0,17 – 0,27) 5,0 – 9,0 * Ganho de peso no primeiro trimestre entre 0,5 – 2,0kg - com: 24 – 28 semanas fazer um TOTG, pois é o máximo de peso que a mãe ganha, e pode apresentar um diabetes gestacional, devido à resistência à insulina. - Até 28 semana: ganha de peso materno, após 28 semanas: compartimento fetal. 16 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Edema na gestação e suas intercorrências Objetivo: Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico (grau de recomendação C). Nos membros inferiores: Posicione a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias; Pressione a pele na altura do tornozelo (região perimaleolar) e na perna, no nível do seu terço médio, face anterior (região pré-tibial). O edema fica evidenciado mediante presença de depressão duradoura no local pressionado. Avaliação da presença de edema Achados Anote Condutas Edema ausente. - Acompanhe a gestante, seguindo o calendário de rotina. Apenas edema de tornozelo, sem hipertensão ou aumento súbito de peso. (+) Verifique se o edema está relacionado à postura, ao fim do dia, ao aumento da temperatura ou ao tipo de calçado. Edema limitado aos MMIIs, porém na presença de hipertensão ou ganho de peso. (++) - Oriente repouso em decúbito lateral esquerdo. - Verifique a presença de sinais ou sintomas de pré-eclâmpsia grave e interrogue a gestante sobre os movimentos fetais. - Marque retorno em sete dias, na ausência de sintomas. - A gestante deve ser avaliada e acompanhada pelo médico da unidade, de acordo com o calendário de rotina. - Caso haja hipertensão, a gestante deve ser encaminhada para um serviço dealto risco. - Se houver presença de proteinúria, veja a conduta específica (pré-eclâmpsia). Achados Edema generalizado (face, tronco e membros) ou que já se mostra presente quando a gestante acorda, acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de peso. (+++) Gestante de risco em virtude de suspeita de pré-eclâmpsia ou outras intercorrências. A gestante deve ser avaliada pelo médico da unidade e encaminhada para serviço de alto risco. Edema unilateral de MMII, com dor e/ou sinais flogísticos. (++++) Suspeita de processos trombóticos (tromboflebite, TVP). A gestante deve ser avaliada pelo médico da unidade e encaminhada para o serviço de alto risco. 17 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Roteiro para a solicitação de exames no pré-natal de baixo risco de acordo com a idade gestacional. 1ª consulta ou 1º TRIMESTRE - Hemograma - Tipagem sanguínea e fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo) - Glicemia em jejum (< 90/92 = Normal, mas se tiver fator de risco = Fazer TOTG até a 28º semana > 92 até 125 = D. gestacional e > 126 = DM prévia) - Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR - Teste rápido diagnóstico anti-HIV - Anti-HIV - Toxoplasmose IgM e IgG TOXOPLASMOSE IgG e IgM (aguda) - IgG e IgM reagente (+): toxo durante a gestação Referenciar para o ALTO RISCO - IgM reagente: toxo recente Referenciar para o ALTO RISCO - IgG reagente: toxo prévia (já teve contato com a toxo, e não contrai mais) - IgG e IgM não reagente (-): suscetível Fazer orientações de higiene (solicitar exame a cada 2 – 3 meses) - Sorologia para hepatite B (HbsAg) - Sorologia para hepatite C (anti HCV) – se risco - Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU, EQU) - US endovaginal (idade gestacional) 11,3 a 13,6: 1º Morfológico – transnlucência: nuca até 2,5 cm, proeminência nasal, comprimento do canal endocervical (se > 2,5 cm não tem competência istmo cervical), onda atrial (para saber se tem cardiopatia congênita), IG (é o mais fidedigno) - Ultrassonografia obstétrica - Citopatológico de colo de útero (se for necessário) - Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica: amnorex prematura, roptura de bolsa, infecção no liq. Amniótico- Corioamnionite) -Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) - Eletroforese de hemoglobina (antesse negra e AF- anemia falciforme ou história de anemia crônica) – Hb AA > 96% ▪ Coombs indireto (4/4 semana) - Verifica se existe incompatibilidade entre o sangue materno e fetal Lembrar da questão do rh... Mulher (+)? Não pedir Coombs indireto - A partir da 24ª semana • Coombs indireto positivo: gestante sensibilizada. • Coombs indireto negativo: gestante não sensibilizada. • Coombs indireto Positivo (+) Referenciar para o ALTO RISCO • Coombs indireto negativo: repetir exame de 4/4 semanas; imunoglobulina anti-D pós-parto, se o RN for Rh positivo e coombs direto for negativo, após abortamento, gestão ectópica, gestação molar, sangramento vaginal ou após procedimentos invasivos (biópsia de vilo, amniocentese, cordocentese), se mãe Rh (-) e pai Rh (+). Mulher (–) e homem (-)? Mulher (–) e homem (+)? Pedir Mulher (–) e homem desconhecido? Ex.: Mulher (-) e Homem (+) e o Coombs Indireto deu negativo (-) Repetir o exame 4/4 semanas até o final da gestação 2º TRIMESTRE - Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia > 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana – pq ganha muito peso durante essas semanas) - Coombs indireto (se for Rh negativo) - US de 2º Trimestre (20 a 24 semana): Morfológico Avalia a estrutura fetal: mãos e pés com dedos, câmaras e válvulas cardíacas, bulha gástrica, hemisfério cerebral Diâmetro biparietal da cabeça do feto: circunferência cefálica, circunferência abdominal, diâmetro do fêmur e da tíbia para avaliar IG. 3º TRIMESTRE - Hemograma - Glicemia em jejum - Coombs indireto (se for Rh negativo) - VDRL - Anti-HIV - Sorologia para hepatite B (HbsAg) - Repita o exame de toxoplasmose se o IgG e IgM não for reagente - Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) - Bacterioscopia de secreção vaginal (se necessário, rompimento da bolsa precocemente na 1ªgestação, pedir: partir de 37 semanas de gestação) – Streptococcus β-Hemolítico(Corioamnionite) - US de 3º Trimestre (34 a 37 semanas): Morfológico – avalia crescimento fetal, liq. Amniótico, placenta - Se HAS: US doppler: das artérias: uterina, umbilical e cerebral média do feto 18 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Anamnese – Exame físico específico (obstétrico) 1-identificação 2- Anamnese Q e D: ex. rastreio para gestação de alto risco HMA - Datar a IG (comparar a DPP pela: DUM e US 1º Trimestre) – se diferença < 7 dias considerar a DUM, se > 7 dias considerar US de 1º trim. - Paridade (G: ___ P: ____ A:____) - Principais sinais e sintomas, desde a última consulta - Valorar edema e movimentos fetais (após 20 sem) Todas ocorrências dependem e levam em conta a IG 3- Antecedentes: Pessoais, familiares, menstruais, obstétricos, ISDA 4-EXAME FÍSICO GERAL 5-EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO (ESPECÍFICO) - Estado geral: se eupneica, se corada, se hidratada PA IMC Edema - Manobras de Leopold-Zewifil (posição, Situação, insinuação e apresentação) - Altura uterina Batimentos cardíaco-fetais (BCF) Movimentos fetais Toque (sala de parto) 6-Hipóstese diagnóstica: - estado nutricional (tabela IMC x IG) - Crescimento fetal (tabela UG x IG) - Outros: Diabetes gestacional, Hipotireoidismo, DHEG (doença hipertensiva específica – pré-eclampsia) 7- Conduta - Sulfato Ferrosos + ác. Fólico - Orientações gerais - Exames - Retorno: 30, 15 ou 17 dias PALPAÇAO OBSTÉTRICA – MANOBRA DE LEOPOLD-ZWEIFEL - Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos • Primeiro tempo (“abraçando” de frente para a pct) - Delimite o fundo do útero com ambas as mãos, deprimindo a parede abdominal com as bordas cubitais dos dedos, procurando o maior contato possível com a parte posterior do feto - Com a face palmar procura-se o contorno do fundo do útero e a parte fetal que o ocupa. - Na maioria dos casos, sente-se nessa região o pólo pélvico (característica de ser mais volumoso que a cabeça, de superfície irregular). No caso de aí estar o polo cefálico verificaremos corpo de superfície regular, resistente. - Procura-se o polo cefálico (esferoide), irregular, resistente, porém redutível, com as duas regiões características a fronte e a região occipital Importância: reconhecer o fundo uterino – vai facilitar a verificação da altura uterina. Reconhecer parte fetal que ocupa fundo uterino – polo cefálico ou polo pélvico. ▪ Assim se determina a posição fetal- onde está a cabeça do feto, se está acima ou abaixo encaixado na pelve já. • Segundo tempo colocar toda a palma e os dedos das mãos - Desloca-se as mãos do fundo uterino em direção ao polo inferior, sentindo o dorso fetal e as pequenas partes ou membros de um e outro lado. O plano do dorso fetal (resistente, contínuo no plano longitudinal e convexo no transverso) ▪ Procura identificar o dorso fetal e a região das pequenas partes fetais (braços e pernas). Determina a situação. Manobra de Budin: (palpar dorso mais facilmente) - Realçar o fundo uterino com uma das mãos, exagera-se desse modo a curvatura da coluna, que se torna mais convexa, e será mais facilmente palpada com a outra mão. • Determina a SITUAÇÃO fetal: Determina onde está o dorso fetal – situação longitudinal (pq ele está nesse sentido), dorso está à esquerda ou à direita, para ver a situação fetal. Para facilitar a manobra, perguntar para a mãe, qual é o local que o BB está se movimentando, facilita a ausculta(BCF ausculta no dorso). Amniocentese: entre o pé e mão IMPORTÂNCIA: Reconhecer a posição: dorso fetal (D ou E) Reconhecer membros fetais Facilitar ausculta do BCF (a ausculta se faz no dorso) 19 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO • Terceiro tempo Manobra de Leopold ou Pawlick –Visa a exploração da mobilidade do polo que se apresenta em relação ao estreito superior pélvico; (movimentar a cabeça, se ela estiver se movimentado é pq ela não está encaixada, se for o bumbum, ver a mobilidade0 - Apreende-se o polo, entre o polegar e o médio da mão direita, imprimindo-lhe movimento de lateralidade que indicam o grau de penetração na apresentação na bacia. Quando ela está alto e móvel esse polo balança de um lado para o outro. (Insinuado, já penetrou na bacia) ▪ Determina a INSINUAÇÃO fetal, se esta encaixado ou não IMPORTÂNCIA: Mobilidade do polo que se apresenta na bacia Grau de penetração • Quarto tempo – de costas para o pct, Explora a escava: onde o polo cefálico é frequentemente encontrado. De costas para a paciente, bordas cubitais dos dedos afastados 10 cm, desce sobre as fossas ilíacas, caminhando em direção ao hipogástrio, abarca-se o polo que ali apresenta, características: ▪ Cefálica: menor, ovoide, liso, consistente, redutível (fontanela cavalga), ou ▪ Pélvica: maior, irregular, amolecido e deixa-se deprimir - Na pratica avalia a apresentação cefálica e pélvica ou cormica (transversa) Verifica se o bebe está na horizontal ou de forma transversa - A melhor exploração depende do grau de insinuação da cabeça, na apresentação pélvica os dedos de um lado e do outro penetram facilmente. ▪ Determina a APRESENTAÇÃO fetal e grau de insinuação ▪ Determinar a situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas da gestante, deslizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. ▪ As situações que podem ser encontradas são: • Longitudinal (apresentação cefálica e pélvica) • Transversa (apresentação córmica) • Oblíquas IMPORTÂNCIA: Apresentação: polo cefálico ou polo pélvico Grau de insinuação Manobras de palpação da situação fetal Tipos de apresentação fetal A situação transversa e a apresentação pélvica, ao final da gestação, podem significar risco no momento do parto. Nestas condições, a mulher deve ser referida para a unidade hospitalar de referência que tenha condições de atender caso de distócia. IMP!! MANOBRA DE LEOPOLD 1-Reconhecer e localizar o fundo uterino 2-Eventualmente avaliar de no fundo – nádega ou polo cefálico 3-Localizar Posição Dorso Fetal 4-Avaliar situação – se transverso – altura uterina esperado menor que se longitudinal (normal) 5- Localizar membros fetais – facilitar loal de Amniocentese 6-Determinar mobilidade (3ª)– não insinuado 7- Avaliar apresentação fetal (4ª) 8-Avaliar grau de insinuação 9-Localizar local mais adequado de ausculta do BCF (depende de apresentação e posição do dorso) 20 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Altura Uterina (AU) frente a idade gestacional e suas variações O que pode interferir na medida da AU Espessura panipulo adiposo (IMC) Edema da parede abdominal Ascite, polidrâmnio Placenta implantada parede anterior do útero Situação fetal em consequência da apresentação, Posição fetal e contração uterina (não avaliar) Altura uterina: Borda óssea as sínfise púbica, sem comprimir o, com a borda cubital da mão. Objetivo: Avaliar crescimento fetal, e a detecção precoce de alterações, medida da altura uterina em relação a IG (*Grau de recomendação B - Informação recolhida a partir de um único ensaio clinico aleatorizado ou estudos alargados não aleatorizados) Altura uterina, mensurada a partir de 12 semanas De 36 a 40: a altura se alarga, pois o feto encaixou Avaliar Curva de altura uterina X idade gestacional (crescimento fetal) - Ideal: percentil 10 e 90 Avaliar possibilidade Curva acima de ↑ 90 Curva abaixo de ↓ 10 - Polidrâmnio - Macrossomia fetal - Gemelaridade - Mola hidatiforme - Miomatose uterina - Obesidade - Feto morto - Oligoâmnio (sofrimento agudo*) - Restrição de Crescimento Intra- Uterino (RCIU) é uma condição em que o feto tem peso menor do que deveria, porque não está crescendo conforme deveria dentro do útero. Sofrimento fetal durante o trabalho de parto e parto vaginal. Diminuição dos níveis de oxigênio *Sofrimento agudo: se privilegia o cérebro e o ♥ fetal em detrimento do rim, assim, ↓ a diurese = oligoâmnio 21 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Interpretação do traçado obtido e condutas: Posição do ponto obtido na primeira medida em relação às curvas Gráfico Ponto Conduta Entre as curvas inferiores e superiores. Siga o calendário de atendimento de rotina. Acima da curva superior. Atente para a possibilidade de erro de cálculo da idade gestacional (IG). A gestante deve ser vista pelo médico da unidade e deve ser avaliada a possibilidade de polidrâmnio, macrossomia, gestação gemelar, mola hidatiforme. Solicite ultrassonografia, se possível. Caso permaneça dúvida, marque retorno em 15 dias para reavaliação ou, se possível, faça o encaminhamento da paciente para o serviço de alto risco. Abaixo da curva inferior. Atente para a possibilidade de erro de cálculo da IG. A gestante deve ser vista pelo médico da unidade para se avaliar a possibilidade de feto morto, oligoidrâmnio, ou restrição de crescimento intrauterino. Solicite ultrassonografia, se possível. Caso permaneça dúvida, marque retorno em 15 dias para reavaliação ou, se possível, faça o encaminhamento da paciente para o serviço de alto risco. Consultas subsequentes, avaliação do traçado Gráfico Traçado Interpretação Conduta Evoluindo entre as curvas superiores. Crescimento normal. Siga o calendário de atendimento de rotina. Evoluindo acima da curva superior (a) ou abaixo da curva inferior (b) com a mesma inclinação destas. É possível que a IG seja maior (a) ou menor (b) do que a estimada. Encaminhe a gestante à consulta médica para: 1. confirmar tipo de curva; 2. confirmar a IG, se possível com USG; 3. referir a paciente ao PN de alto risco, na suspeita de desvio do crescimento. Evoluindo acima da curva superior e com inclinação maior do que esta. É possível tratar se de gestação múltipla, polidrâmnio, macrossomia ou outra situação. É necessário referir a paciente ao pré- natal de alto risco. Se possível, solicite USG. Evoluindo com inclinação persistentemente menor do que a curva inferior. Se o traçado cruzar a curva inferior ou estiver afastando se dela, há provável restrição do crescimento. É necessário referir a paciente ao pré- natal de alto risco. Ocorre em: DHEG (pré-eclmapsia) diabetes Fonte: (BRASIL, 2005e). 22 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Batimentos cardíacos fetais, técnicas e suas variações. Movimentos Fetais - Método de registro diário de movimentos fetais (RDMF) Batimentos Cardíaco fetal Objetivo: Avaliar Ritmo a frequência e a normalidade BCF (sonar, após 12 semanas de gestação, ou com Pinard e após 20 semanas (grau de recomendação C: opinião consensual dos especialistas e/ou pequenos estudos, estudos retrospectivos e registros) Quadro 10 – Avaliação dos batimentos cardíacos fetais (BCF) Achado Conduta BCF não audíveis com estetoscópio de Pinard, quando a idade gestacional for igual ou maior do que 24 semanas. Alerta: Verifique o erro de estimativa da idade gestacional. Afaste as condições que prejudiquem uma boa ausculta: obesidade materna, dificuldade de identificar o dorso fetal. Mantenha o calendário mínimo de consulta, se houver percepção materna e constatação objetivade movimentos fetais e/ou se o útero estiver crescendo. Agende consulta médica ou faça a referência da paciente para o serviço de maior complexidade, se a mãe não mais perceber movimentação fetal e/ou se o crescimento uterino estiver estacionário. Bradicardia e taquicardia. BCF normais: 120 - 160 Sinal de alerta: Afaste a febre e/ou recomende o uso de medicamentos pela mãe. Deve-se suspeitar de sofrimento fetal. O médico da unidade de saúde deve avaliar a gestante e o feto. Na persistência do sinal, encaminhe a gestante para o serviço de maior complexidade ou para o pronto- atendimento obstétrico. MOVIMENTOS FETAIS • Objetivo: avaliar bem-estar fetal (a partir da 34ªsemana) (grau de recomendação C: opinião consensual doa especialistas e/ou pequenos estudos, estudos retrospectivos e registros) • Movimentos fetais ativos e frequentes é tranquilizador quanto ao prognóstico fetal - Subjetividade da percepção materna e ultrassonografia em tempo real, podemos utilizar a mobilograma (baixo custo) • Dada a boa correlação entre a subjetividade da percepção materna e a ultrassonografia em tempo real, usa-se o controle diário de movimentos fetais (mobilograma), realizado pela gestante, como instrumento de avaliação fetal simples • Conta de movimentos: é realizada por período máximo de 1 hora 1- Registrar 6 movimentos em menos tempo, não é necessário observação durante uma hora inteira (feto bem) 2- Após uma hora não contou 6 movimentos, repetir o procedimento 3- Se na próxima hora não sentir movimentos – procurar a unidade de saúde • Inatividade fetal: o registro com menos de 6 movimentos fetais por hora, em 2 horas consecutivas Orientações sobre AMAMENTAÇÃO Cuidado com as mamas para o aleitamento podem ser enfatizada: - Sugere-se o uso de sutiã durante a gestação - Sugerem-se banho de sol na mamas por 15 minutos (até as 10 horas da manhã ou após as 16 horas), para fortalecer o mamilo e aréola. - é desaconselhável o suo de sabões, cremes ou pomadas no mamilo - é contraindicada a expressão do peito (ou ordenha) durante a gestação para a retirada do colostro Vantagens da amamentação: Para a mulher: - Fortalece o vínculo afetivo; - Favorece a involução uterina e reduz o risco de hemorragia; - Contribui para o retorno ao peso normal; - Contribui para o aumento do intervalo entre gestações. Para a criança: - É um alimento completo; não necessita de nenhum acréscimo até os 6 meses de idade; - Facilita a eliminação de mecônio e diminui a incidência de icterícia; - Protege contra infecções; - Aumenta o vínculo afetivo; - Diminui as chances de desenvolvimento de alergias. Para a família e a sociedade: - É limpo, pronto e na temperatura adequada; - Diminui as internações e seus custos; - É gratuito. 23 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO • Exames complementares de rotina (VER ACIMA) • Exames -Ultrassonografia Parâmetros Ultrassonográficos: > 4/5 a 6 semanas: Diâmetro do saco gestacional – impreciso > 5,8 semanas: BCF > 6 < 9 semanas: Tamanho e não comprimento cabeça- nádega embrião > 9 a < 13 semanas: comprimento cabeça nádega > 14 semanas: Diâmetro bi-parietal, circunferência cefálica, circunferência abdominal e comprimento do fêmur Obs: Embrião se torna visível a partir da 6ª semana Variabilidade da Predição da IG: > 5 semanas e < 14 semanas (13 semanas completas) – fator de erro: 7 dias (melhor parâmetro para comparar a DUM com a DPP) Entre 14 semanas a 26 semanas – fator de erro: 2 semanas Entre 25 a 40 semanas – fator de erro: 2/3 semanas Recomendações de US: - 1° - US Translucência nucal: 11 a 13 semana e 6/7 dias (marcador cromossômico) - 2° - US Morfológica: 22 a 24 semanas (principais estruturas) - 3° - US Gestacional: 34 semanas (crescimento fetal) US Morfológica 1° Trimestre • Objetivos: Fase embrionária ▪ Menos que 8 semanas da fertilização ▪ Menos que 10 semanas da DUM - Datação adequada e segura da IG - Excluirá possibilidade de gestação ectópica - Diagnosticar precocemente gestação múltipla - Avaliar a vitalidade ovular e - Permite a avaliação do colo uterino Via endovaginal (transvaginal) US Translucência Nucal 1° Trimestre – 11 a 13s e 6/7 dias (Marcador cromossômico) • Objetivos: -Fase fetal ▪ > a 8 semanas – fertilização ▪ > a 10 semanas -DUM - Diagnosticar malformações fetais maiores - Rastreamento do risco fetal de alterações cromossomais (síndromes citogenéticas), através: ▪ Estudo da transluscência nucal ▪ Osso nasal ▪ Doppler – colorido do ducto venoso, onda atrial Via endovaginal US Morfológica 2° Trimestre (20 a 24ªsemana) (Principais estruturas) • Objetivos - Morfologia fetal (anatomia) de modo mais minucioso e sistematizado - Crescimento fetal - Volume de líquido amniótico - Placenta e o cordão umbilical • A posição fetal pode dificultar a realização completa do exame, será necessário a repetição do mesmo em outra ocasião Via transabdominal materna US Obstétrico/ Gestacional 3° Trimestre (34 a 37ª semana) (Crescimento fetal) • Objetivos - Avaliação do crescimento fetal - Volume do líquido amniótico - Maturidade e localização placentária - Permite a visualização de circulares do cordão umbilical Via transabdominal materna 24 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DE PRÉ-NATAL PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA • Idade < que 15 e > que 35 anos • IMC que evidencia baixo peso, sobrepeso ou obesidade • RN anterior com restrições de crescimento, pré-termo, ou malformado • Síndromes hemorrágicas e hipertensivas • 3 ou mais cesáreas • Anemia • Ganho ponderal Parâmetros que guiam a assistência pré-natal: 1. Captação precoce das gestantes com realização da primeira consulta de pré-natal até 120 dias da gestação; 2. Realização de, no mínimo, 6 (seis) consultas de pré-natal, sendo, referencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação; 3. Escuta ativa da mulher e de seus(suas) acompanhantes, esclarecendo dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as condutas a serem adotadas; 4. Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou individualmente, com linguagem clara e compreensível, proporcionando respostas às indagações da mulher ou da família e as informações necessárias; 5. Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato fisiológico; 6. Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante. FATORES QUE PERMITEM O PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO BÁSICA FATORES SOCIOECONÔMICOS E INDIVIDUAIS ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS - Idade: <15 ou >35 anos - Ocupação: esforço físico, carga horaria extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse. - Instabilidade familiar - Baixa escolaridade - IMC acima ou abaixo do normal - Baixa estatura (<1,45M) - Ambientes desfavoráveis - Não aceitação da gravidez - Macrossomia - RN com restrição de crescimento (RCIU), pré- termo e malformado - Síndromes hemorrágicas e hipertensivas - Nuliparidade ou Multiparidade - Intervalo interpartal abaixo de 2 anos e acima de 5 anos - Cesáreas prévias ou cirurgias uterinas Intervalo ideal entre partos: 1 e 8 meses a 2 anos GRAVIDEZ ATUAL Anemia, ganho ponderal inadequado e ITU SINAIS INDICATIVOS DE ENCAMINHAMENTO À URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA - Restrição do crescimento uterino - Oligodrâmnio ou polidrâmio; - Gemelaridade; - Mal formações fetais ou arritmia fetal - Distúrbios hipertensivos da gestação (Hipertensão crônica preexistente, hipertensãogestacional ou transitória) - ITU de repetição ou 2 ou + episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação) - Anemia grave ou não responsiva a 30 – 60 dias – sulfato ferroso; - Portadores de doenças infecciosas: hepatites, toxoplasmose, HIV ( CADIP), sífilis 3ªria (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma). - Infecções na gestação atual (rubéola, CMV) - Evidência laboratorial de proteinuria pré-eclamsia - DM gestacional - Desnutrição materna severa - Obesidade mórbida ou baixo peso – gestante avaliação nutricional . 25 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO Questões 1-Em relação ao edema, quando está limitado aos membros inferiores, porém na presença de hipertensão ou ganho de peso. Qual a conduta mais adequada: * a. Referenciar para pré-natal de alto risco b. Deve ser postural, orientar a repousar c. Suspeitar de processos trombóticos d. Manter calendário de pré-natal de rotina e. Repouso em Decúbito lateral direito 2-Paciente vem se queixando de saída de massa, que se exterioriza pela vagina, considerando vosso conhecimento, qual o exame que devemos realizar para constatarmos sua queixa? * a. Exame especular b. Toque bidigital combinado c. Inspeção estática d. Toque bidigital simples e. Outro exame não relacionado acima 3-É de conhecimento que no exame de Colpocitologia Oncótica, também conhecido como papanicolau, devemos coletar material célula do colo uterino e do canal endocervical, para a coleta desde último se utiliza uma haste com cerdas na extremidade e uma vez introduzido no canal deve-se girar 360 graus, e após esta coleta fixar na lâmina, de modo a preencher o 1/3 final da lâmina (distal a região fosca da lâmina), conforme demonstrado na figura abaixo, o epitélio que estaremos fixando após a coleta é: * a. Epitélio escamoso b. Epitélio maculoso c. Epitélio juncional d. Epitélio colunar e. Epitélio metaplásico 4-A relação ao peso gestante em relação a sua altura, é conhecido como IMC, e dele fazemos uso para avaliar o estado nutricional da gestante e acompanhar o ganho de peso até o final da gestação, ela deve ser avaliada em função da idade gestacional. Baseado na idade gestacional, e sua classificação com IMC, podemos dizer que uma gestante com IMC de sobrepeso, deve ganhar que peso semana: * a. Ganhar 700 g – semana – 2º e 3º trimestre b. Ganhar 300 g – semana – 2º e 3º trimestre c. Ganhar 200 g – semana – 2º e 3º trimestre d. Ganhar 600 g – semana - 2º e 3º trimestre e. Ganhar 500 g – semana – 2º e 3º trimestre 5-A Altura uterina (AU) é medida da borda superior da sínfise púbica ao fundo uterino, ela é utilizada para avaliar o crescimento fetal, no entanto, existem algumas situação em que determinadas ocorrência podem interferir na sua correta medida, sendo que uma delas é a não localização da parte superior da medida. Qual das manobras palpatórias é utilizada para auxiliar na correta medida da altura uterina. * a. 5ª manobra b. 1ª manobra c. 2ª manobra d. 3ª manobra e. 4ª manobra 6-Sangramento Uterino Anormal (SUA) são alterações menstruais decorrentes de aumento no volume, duração ou intervalo. Podem afetar paciente no aspectos físico, emocional, sexual e profissional e na qualidade de vida das mulheres. São classificadas em estruturais e não estruturais, dentre as causas não estruturais temos: * a. Endometrial b. Adenomiose c. Leiomiomas d. Pólipo e. Tumores malignos 7-A vagina possui secreção fisiológico, oriunda da secreção das glândulas endocervicais sob estímulo estrogênico no pico ovulatório, das glândulas de Bartholin na excitação sexual. Porém, pode apresentar outros tipos de corrimento patológicos, em relação a queixa de corrimento amarelo, espesso, fétido, espumoso com macrobolha, podemos dize que provavelmente, o agente etiológico é: * a. Trichomonas Vaginallis b. Clamídia Tracomattis c. Candidida Albicans d. Gardnerella Vaginallis e. Neisseriae Gonorrhea 8-A respeito de avaliação da Pressão Arterial em gestante, podemos dizer, que em um pré-natal de baixo risco, no qual foi detectado que os níveis de PA são conhecidos e normais antes da gestação, e apresentou um aumento de PA, porém mantendo nível de < que 140/90 mmHg. A conduta mais recomendável deve ser: * a. Agendar consulta na Gestação de risco b. Aumentar a ingestão hídrica c. Repouso absoluto por 1 semana em Decúbito Lateral Esquerdo d. Internar a paciente para controle da Pressão arterial e. Seguir pré-natal com intervalo normal 26 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 9-A Técnica do toque bidigital combinado deve ser realizada com os dedos indicador e médio, introduzí-los na vagina e auxiliados pela outra mão, explora-se as estruturas presentes, através dos fórnices vaginais. Também, com o dedo indicador e médio, levanta-se o colo uterino e com a mão esquerda palpa-se o corpo uterino. Nessa manobra avaliamos, algumas estruturas e situações, das alternativas abaixo qual não é avaliado por esse toque: * a. Regularidade da Superfície b. Regiões anexiais c. Volume uterino d. Preguiamento das paredes vaginais e. Posição uterina 10-A presença de movimentos do feto sempre se correlacionou como sinal e constatação de vida; todavia, o monitoramento dos movimentos fetais como meio de avaliação do seu bem-estar é relativamente recente, deve ser realizada a partir de 34ª semana gestação. É conhecido como Registro Diário de Movimentos Fetais (RDMF), nele o conceito “Inatividade Fetal”, retrata? * a. Óbito fetal b. Ausência de 6 movimentos fetais por hora, por 1 horas c. Ausência de 5 movimentos fetais por hora, por 2 horas d. Ausência de 4 movimentos fetais por hora, por 2 horas e. Ausência de 6 movimentos fetais por hora, por 2 horas 11-Dismenorreia é caracterizada por dor tipo cólica acompanhada de lombalgia, irradiação para baixo ventre e para as pernas, náuseas e cafaléia. Em relação a sua classificação quanto a sintomatologia, quando esta interfere nas atividades e pode durar todo o ciclo menstrual, esta classificação é conhecida como? * a. Dismenorreia secundária b. Dismenorreia moderada c. Algomenorreia d. Dismenorreia leve e. Dismenorreia primaria 12-O Ciclo menstrual se inicia com a foliculogênese que é a maturação do folículo ovariano, a qual contempla a evolução de uma pequena quantidade de folículos primordiais em folículos terciários, que farão parte do ciclo menstrual. Desde o nascimento que os ovários armazenam uma série de folículos primordiais imaturos. A esse respeito podemos dizer: * a. “In útero” (20 semanas) temos por volta de 16 a 17 milhões de folículo primordial, b. Após o nascimento, se formam mais folículo primário, c. Ao nascer tem-se 5 a 7.000.000 – folículo primário, d. Na puberdade, a menina tem por volta de 1.500.000 folículo primário, e. O recrutamento de coorte de folículo primário até secundário, independe de gonadotrofina. 13-A palpação obstétrica deve ser realizada sempre antes da medida da altura uterina. Ela deve iniciar-se pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o contorno da superfície uterina (este procedimento reduz o risco de erro da medida da altura uterina). Na palpação obstétrica, procuramos identificar as estruturas fetais a partir do terceiro trimestre. O tempo da manobra de palpação e estrutura identificada correta: * a. 2º tempo: mobilidade polo cefálico/pélvico b. 4º tempo: grau de Insinuação c. 3º tempo: apresentação d. 5º tempo: posição/dorso fetal e. 1º tempo: situação fetal 14-Na produção hormonal pelo folículo terciário e depois o corpo lúteo, existe uma ação destes no endométrio (ciclo uterino), preparando o endométrio para a implantação do ovo na fase de blastocisto. Assinale a alteração endometrial que corresponde a alternativa
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