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Diagnóstico em Ginecologia

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1 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Sumário 
Fisiopatologia do Ciclo Menstrual. Exames complementares........................................................................................... 2 
Alterações do ciclo menstrual. ......................................................................................................................................... 6 
Sangramento Uterino Anormal (SUA)................................................................................................................................ 6 
Dismenorréia (cólica pré-menstrual) ................................................................................................................................. 7 
Tensão Pré-Menstrual (TPM) ............................................................................................................................................. 7 
Diagnósticos diferenciais de Dor Pélvica. ........................................................................................................................ 7 
Inflamação do Trato Genital Inferior (corrimentos vaginais). .......................................................................................... 8 
Fisiopatologia da Gestação. Exames complementares. ................................................................................................ 11 
Pressão arterial (PA) - conduta frente as suas variações. ............................................................................................. 13 
Estado nutricional (IMC) frente a idade gestacional .................................................................................................... 15 
Edema na gestação e suas intercorrências ................................................................................................................... 16 
Anamnese – Exame físico específico (obstétrico) .......................................................................................................... 18 
Altura Uterina (AU) frente a idade gestacional e suas variações ................................................................................ 20 
Batimentos cardíacos fetais, técnicas e suas variações. Movimentos Fetais - Método de registro diário de 
movimentos fetais (RDMF) ............................................................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Fisiopatologia do Ciclo Menstrual. Exames complementares. 
Introdução 
In útero (20 semanas) – mitose: 6 a 7 milhões oogônicos 
(folículo primordial) 
Nessa fase: 20 semanas (intra útero) – ovogônias (folículos 
primordial) – iniciam a divisão meiótica, e ficam 
quiescentes até a menarca, fase de prófase I (1ªdivisão 
meiótica) – ovócito 1ªrio envolto de células cuboides 
(folículo primordial) 
- Nascer: 1 a 2.000.000 – ovócitos ou primário 
- Puberdade: 400.000 – oócitos ou folículo primário 
- Destes 500 destinados a ovular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oogônios (todos) se tornam oócito 1ª ou atrésicos 
Folículo primordial = oócito 1ªrio + cél em volta 
Infância: oócitos 1ª (suspensão em prófase I) 
Gônadas – Cél. Primordiais (oogônios) 
Multiplicam por mitose 
↑ cél. Primordiais (oogônios) 
 
Oócitos primátios + 1 camada células granulosa 
Meiose (inicio 12ª semana) – para em Prófase I 
 
Folículos Primordiais (20ª semana – 6 a 7 milhões) 
 
1 a 2 milhões de oogônios (nascimento) 
 
400 mil (oogônios)  Puberdade 500 destinados a ovular 
para em Metafase II 
Ovogônias se proliferam por divisões mitóticas para formar 
os ovócitos 1ªrios antes do nascimento 
Folículo Primordial: O ovócito 1ª circundado por uma 
camada de cél. epiteliais foliculares achatadas – antes do 
nascimento 
Folículo 1ªrio: ovócito 1ª envolto em uma camada de cél. 
cuboides ou colunares – após nascimento 
Após o nascimento: não se forma mais nenhum ovócito 1ª, 
existem cerca de ½ milhões de ovócitos 1ªrios 
Estes permanecem em repouso até a puberdade, motivo 
responsável pela alta frequência de erros meióticos que 
ocorrem com o aumento da idade materna 
Na adolescência restam cerca de 400 mil e destes, cerda de 
500 tornam-se ovócitos 2ªrios e são liberados na ovulação 
A partir da puberdade um folículo amadurece a cada mês, 
completa a 1ª divisão meiótica – ovócito 2ªrio (n) 
Antes da ovulação, o núcleo do ovocito 2ªrio inicia a 2ª 
divisão meiótica, mas progride até a metáfase II, quando a 
divisão é interrompida. 
Se um espermatozoide penetra nesse ovócito, a 2ª divisão 
é completada e novamente maior parte do citoplasma é 
mantida em uma célula, o ovócito fecundado 
Ciclo menstrual e Ovulação 
- recrutamento inicial (folículos primordiais) – até folículo 
2ªrio – independe da ação hormonal – até 90 dias 
A partir daí, seleciona um único folículo dominante, e seu 
desenvolvimento é dependente de gonadotrofinas (LH e 
FSH) 
 
 
 
 
 
 
3 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Folículo Primordial (ovócito 1ª) 
- O ovócito 1ªrio circundado por uma camada de 
cél.epiteliais foliculares achatadas 
- Na menarca o oócito se recobre de material intercelular – 
zona pelúcida, e as cél da granulosa crescem 
Folículo Primário (ovócito) 
- Todos os meses – 1000 folículos são recrutados, porém 1 
único folículo libera o oócito durante a ovulação – demais 
sofrem atresia 
Folículo 2ªrio (em crescimento) 
- é o Ovocito 1ª envolto por 2 ou mais camadas de cél. 
foliculares – constituem a Granulosa 
 
Foliculo secundário (pré-Antral) 
Entre a granulosa e o ovócito, surge a Zona Pelúcida, uma 
camada de glicoproteínas secretadas pelas células 
foliculares, quanto maior o folículo, mais espessa ela fica. A 
teca flocular também se organiza 
Características desta fase: 
 ↑ do nº de células foliculares (granulosa) 
 ↑ do diâmetro (volume) do ovócito I 
 Formação da Zona Pelúcida 
 Formação da Teca folicular 
 
Foliculo 3ªrio (antral – Graaf/maduro) 
Espaço intercelular denominado de Antro (liquido folicular) 
A camada de células foliculares que circula o ovócito é a 
corona radiata 
O ovócito se torna 2ªrio, folículo Maduro ou Foliculo antral 
– Antes da ovulação 
 
Tecas externa e granulosa interna estão em desenvolvidas 
Esse folículo é um folículo pronto para a ovulação 
 
 
Teca produz progesterona e andrógeno 
Granulosa (não tem vascularização - aromatase): estrógeno 
Desenvolvimento folicular 
GHRH e desenvolvimento folicular 
Estágios de desenvolvimento (até 2ªrio) não exige 
estimulação gonadotrófica, por isso são ditos 
“independentes de gonadotrofinas”. 
Maturação final, exige presença de gonadotrofina LH e 
FSH, portanto depende: 
Janela de Seleção 
Desenvolvimento folicular, processo de pelo menos 3 
meses (90 dias) de duração, culminando com a ovulação de 
1 único folículo. 
A cada mês um grupo de folículos “coorte” inicia fase de 
crescimento semissincronizado. Folículo a ser ovulado, foi 
recrutados 2 a 3 ciclos anteriores 
Durante a Transição lúteo  folicular, um pequeno ↑ de 
FSH é responsável pela seleção do folículo dominante que 
irá ovular, concentração de Estradiol aumenta a medida 
que aumento tamanho folicular, intensificando os efeitos 
do FSH sobre cél. granulosa. 
Cél da granulosa, produzem além do estradiol, inibina B 
pelo folículo dominante, que inibe produção de FSH, mas 
não do LH. 
Inibina B e estradiol combinados inibem o FSH na fase 
folicular, incapacitando outros folículos de atingirem a fase 
pré-ovulatória 
Ciclo menstrual e ovulação 
↑ GNRH 
 
Folículo Antral 
↓ 
Expressam Cél Teca 
Receptores LH 
↓ Ativa 
 AMPc 
↓ 
Colesterol Androstenediona 
↓ difunde 
 M Basal 
↓ penetra 
 
Expressam 
Cél da granulosa 
Receprores de FSH 
↓ Ativa 
 Aromatase (enzima) 
↓ 
Andostenediona Estradiol Proliferação do 
Endométrio 
↑ estradiol Ativa Adeno-hipófise liberar↑↑ LH 
Libera Proteases (rompe a M. basal do folículo) 
Libera oócito (cav. Peritoneal) 2ª meiose (metáfase II) 
Cél. se organizam 
Corona radiata 
 
4 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
 
Pós ovulação 
↓ 
Colapso (paredes folículos/teca folicular) 
↓ 
Corpo lúteo 
↓ Produz 
Estrógeno (E2) e Progesterona 
 
 
Fase folicular 
- Desenvolvimento ordenado de 1 único folículo 
dominante, e que deve estar maduro no meio do ciclo e 
preparado para ovulação. 
A duração da fase folicular é de 10 a 14 dias 
No início do ciclo menstrual os níveis de esteroides 
gonadais estão baixos e estiveram diminuindo desde o fim 
da fase lútea do ciclo prévio. 
Com o desaparecimento do corpo lúteo, os níveis de FSH 
começam a aumentar e um “coorte” de folículos em 
crescimento são recrutados. Cada um destes folículos 
secreta níveis crescentes de estrógenos a medida que 
crescem durante a fase folicular, que por sua vez é o 
estímulo para a proliferação do endométrio uterino. 
Níveis crescentes de estrogênio produzem feedback 
negativo sobre a secreção hipofisária de FSH, que começa a 
diminuir no meio da fase folicular. Inversamente, o LH é 
estimulado pela secreção de estôgenio durante a fase 
folicular. 
Ao final da fase folicular (logo antes da ovulação ocorre no 
período de 36 a 40 hrs). Receptores para LH induzidos pelo 
FSH estão presentes nas cél. da granulosa e, com 
estimulação do LH, modulam pequena secreção de 
progesterona. 
 
OVULAÇÃO E PICO DE LH 
Final da fase folicular, níveis de estradiol (200 pg/ml – 50 
hrs), aumenta dramaticamente, estimulando pico 
hipofisário de LH, que age nas células granulosa e teca, 
desligando genes de expressão folicular e liga expressão 
gênica para ovulação e luteinização 
Pico do LH dura em média 48 horas, sendo que a ovulação 
ocorre no período de 36 a 40 hrs. Presença de enzimas 
proteicas no folículo (plasmina colagenase), reduz a parede 
folicular. Prostaglandina estimulam a contração dos ML do 
ovário, facilitando a ovulação. 
O pico de LH no meio do ciclo é responsável por um ↑ 
dramático das concentrações locais de Prostaglandinas e 
enzimas proteolíticas (plamina e colagenase) na parede 
folicular, sendo que estas substancias enfraquecem a 
parede folicular e por fim permitem a formação de uma 
perfuração 
A ovulação representa a extrusão do oócito através da 
abertura no folículo. 
 
FASE LÚTEA 
Logo após ovulação, células da Teca e granulosa, sofrem 
hipertrofia para formar: 
 Cél. da granulonosa luteinica e cél. da Teca 
luteinicas menores 
No corpo lúteo a MB (membrana basal), separa as duas - 
granulosa e da teca, sofre degeneração, permite a 
vascularização das cél. granulosa, que era avascular, e que 
após 2 dias, ocorre a invasão capilar, atinge centro do 
corpo lúteo, no 4º dia, essa perfusão permite o acesso 
dessas cél. luteas as lipoproteína de baixa densidade, que é 
usado para fornecer de colesterol, que é o precursor de 
esteroides 
Vascularização aumentada, hipertrofia celular e ↑ de 
organelas intracelulares, faz do corpo lúteo um tecido 
esteroidêgênico mais ativo do corpo. 
Luteinização Corpo Lúteo: Níveis máximo de progesterona 
(meio fase lútea), o estradiol, também é produzido em 
larga escala 
 
5 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Níveis de estradiol, diminui transitoriamente logo após o 
pico do LH. A redução do eestradiol é seguido pelo 
aumento constante até atingir a fase lútea. 
Corpo lúteo produz inibina, que coincide com a ↓ do LH, 
quando a inibina diminui no final da fase lútea, FSH volata a 
aumentar – início da seleção dos oócitos para próximo ciclo 
menstrual 
 Os níveis de progesterona aumentam subitamente após a 
ovulação e podem ser usados como sinal presuntivo de que 
houve ovulação. 
Os níveis de estrogênios e progesterona permanecem 
elevados durante toda a vida do corpo lúteo (na ausência da 
placenta) e depois diminuem com a sua extinção, 
estabelecendo assim o patamar para o próximo ciclo 
 
 
 
CICLO UTERINO 
Fase Proliferativa 
- 1ºs 14 dias 
Caracterizada por crescimento mitótico progressivo da 
decídua funcional no preparo para implante do embrião. 
No início o endométrio é delgado (1 a 2 mm), as alterações 
observadas nas glândulas endometriais: retas, estreitas e 
curtas em estruturas mais longas e tortuosas, próximo a 
ovulação é pseudoestratificado. 
Estroma denso, durante todo o período, raramente são 
observadas estruturas vasculares 
FASE SECRETORA 
48-73 horas pós-ovulação, modificação histológico do 
endométrio para fase secretora, aparece produtos de 
secreção eosinofílicos ricos em proteína na luz glandular 
As glândulas endometriais formam vacúolos contendo 
glicogênio. 
No 6 – 7º dia pós-ovulação, a atividade secretora é máxima 
e o endométrio está preparado para a implantação do 
blastocisto, havendo edema progressivo. 
No 24ª dia ocorre formação de ilhotas, com áreas de 
confluência. 
Esse padrão de estroma edemaciado, é chamado de 
“pseudodecidual”, por sua semelhança a gravidez. 2 a 3 
dias antes da menstruação, existe aumento de linfócitos 
que migram para vasos, que anuncia um colapso de 
estroma e início menstrual. 
Menstruação 
Na ausência de implantação, a secreção gandular cessa e 
ocorre decomposição irregular da descidua funcional, 
tendo como resultado a eliminação desta camada 
endometrial, por falta de esteroides ocorre espasmos 
vascular da artéria espiral, levando a isquemia 
endometrial. Existe ruptura do lisossoma e liberação de 
enzimas proteolíticas, que destroem o tecido, juntamente 
com as prostaglandinas que são vasoconstrictoras. 
 
6 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Alterações do ciclo menstrual. 
CICLO MENSTRUAL 
 Sangramento cíclico 
 Intervalo: 21 – 35 dias 
 Duração de 2 a 8 dias 
 Perda sanguínea de 50 – 200 ml 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polimenorréia Intervalos < 21 dias 
Oligomenorréia Intervalos > 35 dias 
Espaniomenorréia Intervalo > 45 – 50 dias 
- Comum na SOP 
Amenorreia Ausência de menstruação > 3 ciclos 
Atraso Menstrual Ausência de menstruação por até 3 
ciclos 
Hipermenorréia Menstruação com duração > 8 dias 
Hipomenorréia Menstruação com duração < 2 dias 
Menorragia Perda excessiva sangue durante fluxo 
menstrual 
Metrorragia Sangramento abundante, sem relação 
com o ciclo 
 
Sangramento Uterino Anormal (SUA) 
Definição: São alterações menstruais decorrentes de ↑ no 
volume (menorragia), duração (hipo ou hipermenorragia) 
ou intervalo (polimenorréia, oligomenorréia, espaniomenorréia, 
amenorreia, etc) 
Afeta os aspectos físicos, emocionais, sexuais e 
profissionais na qualidade de vida das mulheres. 
Classificação do sangramento uterina anormal (PALM-COEIN) 
FIGO - Federação Internacional de Ginecologia e obstetrícia 
Sangramento uterina anormal (SUA) 
Causas estruturais 
(orgânica) PALM 
Causas não estruturais 
(hormonais) COEIN 
Pólipo 
Adenomiose 
Leiomioma 
Malignas 
Coagulopatia 
Ovulatória 
Endométrial 
Iatrogênica 
Não classificado 
 
Incidência 
- 10 a 30 %: idade reprodutiva 
- 50% perimenopausa (45 a 55 anos) 
Fatores que influenciam: idade e idade reprodutiva 
Etiologia 
Infância: (antes menarca) - Vulvovaginites, traumas, abuso 
sexual, corpo estranho entre outros 
Adolescência: anovulação, menos frequente: neoplasias, 
pólipos, leiomiomas e neo ovário 
Idade reprodutiva: gravidez, IST, leiomiomas, pólipos 
endometriais, (anovulação  menos frequente) 
Perimenopausa: 70% das consultas ginecológicas  
Anovulação (disfunção do eixo Hipotálamo-hipófise-
ovário), ↑ risco de neoplasias benignas e malignas. 
Menopausa: doenças benignas: maioria atrofia do 
endométrio ou vagina, pólipos endometriais, hiperplasia 
endométrio (reposição hormonal e obesidade) e carcinoma de 
endométrio. 
 
Diagnóstico 
- História detalhada: sangramento e de fatores de risco 
para câncer de endométrio, coagulopatias, medicações emuso, doenças concomitantes 
- Exame físico completo: sinais de síndrome dos ovários 
policísticos (SOP), obesidade, resistência insulínicas, 
doenças da tireoide, petequias, equimoses, lesões da 
vagina ou colo do útero, além do tamanho do útero 
Conclusão: Se baixo risco para CA endométrio e US normal 
excluídas causas estruturais  Exclui PALM 
TTO farmacológico, por meio do uso de medicamentos e 
eventualmente cirúrgico 
Procedimentos diagnósticos 
 US transvaginal, US doppler colorido (UTV – DC), 
Histeroscopia 
Causas: 
Sangramento uterino disfuncional – 90% anovulatório 
Fisiopatologia: ausência progesterona, endométrio 
proliferativo crônico, associado decomposição de estroma, 
redução densidade das arteríolas, dilatação e instabilidade 
dos capilares venosos, redução disponibilidade de ácido 
aracnoide (precursor da PGL), produção PG1 deficiente = 
SANGRAMENTO por anovulação, alteração estrutura vascular 
do endométrio e concentração de prostaglandina e 
aumento da resposta endometrial e PG vasodilatadora 
TTO 
Objetivo é reduzir o fluxo menstrual, reduzindo morbidade 
e melhorando a qualidade de vida 
A terapêutica farmacológica ou medicamentosa é 
considerado a 1ª linha a ser seguida, sempre que possível 
TTO: causas não estruturais (COEIN) 
HORMONAL 
- Estrogênio e progestagênio 
combinados 
- Progestagênio oral cíclico ou 
contínuo - Indicação para obesas 
- Progestagênio injetável 
- Sistema uterino liberador de 
levonorgestrel 
NÃO HORMONAL 
- Anti-inflamatório (AINEs) 
- Antifibrinolíticos, ác. 
tranexâmico (Bloqueia o 
endométrio (não sangra) 
 Aprovado FDA: TTO 
menorragia, eficaz 
menorragia associado a SUD 
(Sangramento uterino) 
Sinais e sintomas em Ginecologia: 
 Sangramento uterino anormal (SUA) 
 Distúrbios menstruais 
 Dor 
 Tumoração 
 Corrimento 
 Prurido 
 Distúrbios sexuais 
Atrofia o 
endométrio 
 
7 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Dismenorreia (cólica pré-menstrual)
Algomenorréia: dor hipogástrica (desconforto) tipo cólica 
durante a menstruação 
Dismenorreia: dor tipo cólica acompanhada de lombalgia, 
irradiação para baixo ventre e pernas, náuseas e cefaléia 
Dismenorreia 
1ª ou essencial ou 
idiopática: 
2ªria 
- Sem causa orgânica, 
desde os 1ºs ciclos 
menstruais (idiopática) 
- Aumento na 
produção de 
prostaglandina pelo 
endométrio 
- Resultante de alterações 
patológicas no aparelho 
reprodutivo (endometriose, 
miomas, tumores pélvicos, 
fibromas, estenose cervical, etc) 
 Surge após vários ciclos 
indolores 
 
Classificação: 
Leve: são bem tolerados e cedem com qualquer medicação 
analgésica. Sem prejuízo para as atividades habituais 
Moderada: dor impossibilita a execução de suas 
obrigações, interfere nas atividade e pode durar todo o 
ciclo 
Acentuada ou Grave: dor não permite o desempenho 
normal, provoca alterações vasculares e gastrointestinais, 
normalmente essa paciente faz uso frequente de 
medicação e possui pouca resposta. 
*Paciente dismenorreia precisa ser cuidadosamente 
investigada para afastar causas orgânicas. (Endometriose) 
Diagnóstico padrão ouro: videolaparoscopia
Tensão Pré-Menstrual (TPM) 
A SPM (Sd. Pré-menstrual) pode ser definida como um 
conjunto de sintomas físicos, emocionais e 
comportamentais que aparecem na 2ª metade do ciclo 
menstrual, período pré-menstrual, com resolução rápida 
após o início da menstruação. 
Sintomas 
- Ansiedade 
- irritabilidade ou tensão 
nervosa 
- Edema 
- Dores abdominais 
- Mastalgia (dor na mama 
fora da menstruação), 
Mastodinia (dor na mama 
na menstruação) 
- Ganho de peso 
- Cefaleia 
- ↑ de apetite, desejo de 
doces 
- Fadiga 
- Palpitação e tremores 
- Quadro depressivo é 
preponderante, com 
insônia, choro fácil, 
esquecimento e confusão 
 
 
 
Etiopatogenia 
A oscilação nos níveis dos estrógenos e da progesterona, 
no ciclo menstrual, atua a função serotoninérgica, levando 
às manifestações da SPM. 
Estudos relacionam baixa significativa da serotonina total, 
nos últimos 10 dias do ciclo, e a exacerbação de sintomas, 
quando ocorre depleção de triptofano (Aa precursor da 
serotinina). 
TTO 
Antidepressivos: os inibidores seletivos da recaptação da 
serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que ↑ os níveis 
da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que 
aumenta os níveis de serotonina, são eficazes para 
melhorar as alterações de humor que antecedem o período 
menstrual. 
Medicamentos: Fluoxetina, sertralina, paroxetina e 
citalopram
Diagnósticos diferenciais de Dor Pélvica. 
DOR PÉLVICA: Dor pélvica não menstrual ou não cíclica, 
com duração de pelo menos 6 meses, intensa para 
interferir em atividades habituais e que necessita de TTO 
clínico ou cirúrgico. 
Etiologia 
Complexa, integração entre os sistemas gastrointestinais, 
urinário, ginecológico, MEE, neurológico, psicológico e 
endócrino, influenciado ainda por fatores socioculturais 
Fisiopatologia 
- Sensibilidade cruzada entre vísceras que compartilham 
uma mesma inervação (reflexo viscero-visceral), e 
- Reflexo viscero-muscular – com repercussões 
disfuncionais – miccional ou incontinência urinária, 
síndrome miofascial com novos pontos de dor. 
Obs: As vias sensitivas do reto e bexiga são as mesmas do 
útero e vagina  as dores podem ser confundidas 
(diagnóstico diferencial) 
Hipótese diagnóstica (envolve) 
- Origem somática: inicia-se em estruturas como pele, 
músculos, fáscias, ossos e articulações, menos intensa, 
geralmente em pontadas, e a paciente localiza um ponto 
específico de dor. 
- Origem visceral: frequentemente em cólicas, às vezes 
associadas: náuseas, vômitos e reações emocionais. 
- Origem psicológica: alterações de personalidade, de 
conduta e depressão, a dor pélvica crônica psicogênica é 
menos frequente e é diagnóstico de exclusão. 
- Processo inflamatórios agudos: dor pélvica aguda, início 
abrupto, continua, espontânea, podendo irradiar para 
outras regiões 
- Distopias: geralmente indolor, no prolapso – dor 
lombossacra por estiramento dos ligamentos cardinais e 
uterossacros. Certas retroversões (aderências cirúrgicas, 
 
8 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
endometriose) determinam dor crônica descontínua que se 
acentua ao esforço e coito. 
- Neoplasias anexiais: geralmente são indolores, porém 
aderências, compressões de órgãos vizinhos e torção de 
pedículo tumoral pode desencadear dor 
- Prenhez ectópica: (na trompa) 
 Integra (pode chegar até a 8ª sem): dor discreta 
 Ruptura: dor aguda, sinais de irritação peritoneal 
(Blumbeg +) 
- Diagnóstico diferencial: apendicite ou 
diverticulite aguda 
- Endometriose: lesões mínimas, não há dor, com evolução 
Sintomatologia clássica: dismenorreia progressiva, pélvica, 
lombar ou perineal (retal). Comum entre a mucosa e o ânus. 
TUMORAÇÃO 
Avaliar: época do aparecimento, localização, velocidade de 
crescimento e outros sintomas decorrentes da compressão 
dos órgãos vizinhos 
Podem ser: abdominopelvicas, vaginais e vulvares 
Falsas: bexigoma, distensão intestinal e pseudociese 
Verdadeiras: miomas, neoplasias ovarianas e tubárias, 
cistos ovarianos infamatórias = Piossalpinge (Causada pela 
Clamidia – infecção da trompa) 
Ex. Cisto Bartolenico 
 
 
 
Locais comuns de endometriose: nos ovários, útero e reto
Inflamação do Trato Genital Inferior (corrimentos vaginais). 
CORRIMENTO 
A vagina: úmida, pH entre 3,8 e 4,5 (ácido) pelo 
desdobramento do glicogênio em ácido lático pelos bacilos 
de Duoderlein + estrogênio.  mecanismo de proteção da 
defesa da vagina 
Fisiológico: Secreção das glândulas endocervicais sob 
estímulo estrogênico no pico ovulatório, de gland. De 
Bartholin na excitação sexual. 
Corrimento Patológico: o prurido, a ardência e o odor 
fétido sempre acompanham o corrimento patológico 
Flora mista: germes sépticos ou inespecíficos 
Germes específicos 
Trichomonas vaginalis: corrimento amarelo, espesso, 
fétido e espumoso, macrobolha (abundante) 
 
Gonococos:corrimento espesso, amarelo, tipo “leite 
condensado” (IST) 
 
Candida albicans: corrimento branco em grumos como 
nata de leite 
 
Clamídia Tracomatis: abundante mucoide, relacionada 
com DIP (IST –Diagnóstico: PCR ou captura híbrida) 
 
Gardinerella (Hemophilus vaginalis): corrimento aquoso 
com odor fétido, microbolhas, acinzentado, a paciente 
reclama do odor fétido. 
Teste do KOH: libera aminas com odor de peixe podre 
 
Vaginose bacteriana 
Agentes: Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, 
Prevotella sp, Mobiluncus sp (anaeróbicos) 
Quadro clínico: odor vaginal tipo peixe, que piora após o 
coito, corrimento vaginal branco-acinzentado, homogêneo, 
finamente aderido as paredes vaginais, pode ser bolhoso 
(microbolhas), sem sinais inflamatórios 
(Espmz básico, libera putrescina) 
Diagnóstico laboratorial 
- Teste aminas positivos (Whiff test): odor a peixe podre – 
adição de KOH 10% em lâmina conteúdo vaginal 
- Teste do pH: pH vaginal > 4,5 
- Microscopia: cél. indicadoras ou clue cells (cé. Epiteliais 
superficiais recobertas por cocobacilos) 
 
TTO 
- Metronidazol 250mg, 2 comprimidos VO, 2x/dia por 7 dias 
- Se recidiva, tratar tbm o parceiro 
 
 
9 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Candidíase 
- Candida albicans é o agente mais prevalente (85% a 90%) 
Outras espécies: C. tropicalis e C. glabrata, pouco 
frequentes, maior grau de resistência ao TTO. Maior 
incidência na gestão (quando ocorre acidificação fisiológica 
do pH vaginal) 
Diagnóstico clinico 
- Leucorréia branco-leitosa em grumos 
ou em placas, sem odor, associada a 
prurido e hiperemia locais (entrada da vagina) 
- Prurido, Ardência 
- Dispareunia de introito vaginal, disúria externa/terminal 
vulvovaginite: Candidíase e Trichomoniase 
TTO 
- Cetoconazol (200 mg) 2 comp/dia por 5 dias 
- Itraconazol (100mg) 2 no almoço e 2 na janta (1 dia) 
- Fluconazol (150mg) TTO único 
Recidiva: repetir o TTO 1x ao mês por 6 meses (no 1º dia da menstruação) 
ou por 3 semanas seguidas- Se recidiva, tratar tbm o parceiro 
Vaginite por Trichomonas Vaginalis 
Quadro clínico: 
- Corrimento vaginal branco/amarelado 
e bolhoso (macrobolhas), fétido, purulento, 
abundante e ás vezes com prurido 
- Pode haver hiperemia vaginal/vulvar 
e colpite macular (“colo em morango”) 
- 50% das pacientes há dispareunia, dor 
pélvica e sintomas urinários 
Diagnóstico laboratorial: 
Microscopia a fresco da secreção vaginal tratada com soro 
fisiológico 0,9%: visualização direta dos parasitas 
Teste do pH: fita de acidez mostra pH vaginal > 4,5 
TTO 
Tratar tbm o parceiro - Metronidazol: 2 comprimidos para cada um 1x. 
- Se dor, prurido: creme vaginal (trivagel- corticoide) por fora e dentro 
para tirar a hiperemia de vulva, vagina e colo 
Diagnóstico Normal Vaginose Bacteriana (VB) 
Gardnerella vaginalis 
Candidíase Vaginal Tricomoníase 
Queixa Nenhuma Odor fétido associado ao coito ou 
menstruação 
Prurido, ardor, 
corrimento 
Corrimento espumoso 
com odor, disúria, prurido 
Características 
do corrimento 
Claro, fluido, 
esbranquiçado 
Esbranquiçado ou cinzento, fluido 
escasso, aderente as paredes 
vaginais 
Esbranquiçado, 
espesso com 
grumos 
Verde-amarelado, 
espumoso, aderente, 
abundante 
Teste das 
aminas 
Negativo Positivo (odor de peixe podre) Negativo Pode ser positivo ou 
negativo 
pH vaginal 3,8 – 4,2 >4,5 <4,5 >4,5 
 
Microscopia 
Células 
epiteliais, 
lactobacilos 
Clue cells, raros 
lactobacilos/leucócitos, morfotipos 
de Gardnerella/Mobiluncus 
Brotos, hifas, psudo 
hifas (forma 
invasiva) 
Tricomonas móveis 
(solução salina) 
Gonorréia 
Diagnóstico clínico: Sintomatologia manifestada 
inicialmente por cervicite evidente: colo hiperemiado e 
friável, associado a leucorréia purulenta (amarelo-esverdeado) 
Diagnóstico laboratorial 
- Citologia de secreção cérvico-vaginal, corada pelo GRAM 
– diplococos (baixa sensibilidade) 
- Cultura da secreção: meio específico  método mais 
eficaz 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clamidia 
Diagnóstico Clínico: quando presente, quadro de cervicite 
costuma ser menos exuberante se 
comparado ao causado por 
gonococo 
Diagnóstico Laboratorial 
Citologia cérvico-vaginal corada 
pelo Giemsa – sensibilidade baixa 
Swab endocervical e uretral 
 Cultura em meio específico (pouco utilizado) 
 Imunofluorêscencia direta ou ELISA 
 Captura hibrida – alta sensibilidade e 
especificidade 
PRURIDO 
 Lesões distróficas da vulva em pacientes idosas 
Causas: 
- Vulvites micóticas e alérgicas 
- Câncer de vulva, quase sempre associado a prurido 
- DM descompensada (lesão e prurido intenso) 
 
 
10 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
DISTURBIOS SEXUAIS 
Dispareunia: dor na penetração vaginal ou durante a 
penetração vaginal completa, durante o ato sexual 
 Superficial 
 Profunda 
Etiologia 
Vaginismo: contratura dolorosa da musculatura vaginal 
Vulvodina (irritação crônica na vulva): Moléstia 
inflamatória pélvica aguda (MIPA); ITU, tumores genitais 
como câncer vulvar ou câncer vaginal, tumores ovarianos, 
cistite intersticial, trauma pós-parto e infecções por fungos 
ou bactérias 
Disfunção sexual: dificuldade de atingir o orgasmo durante 
qualquer atividade sexual 
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA 
Climatério: fase transicional entre menacme e senectude, 
podem ocorrer dos 35-40 aos 65 anos (é um período) 
Menopausa: Data da última menstruação – com 
amenorreia de 12 meses 
1- Cessa o fluxo menstrual, extingue-se a função 
ovariana (↓ estrógeno) e regressão dos caracteres 
sexuais secundários 
2- Hipotálamo e hipófise continuam ativos, com 
atividade até aumentada, o que entra em falência 
são os ovários 
Sinais e sintomas 
Precocemente: irregularidade menstrual, ondas de calores 
ou fogachos, suor excessivo sem causa aparente e gruas de 
irritabilidade emocional 
Médio prazo: atrofia urogenital: vagina seca  
dispareunia, ora com incontinência urinária aos esforços e 
pele seca 
Tardiamente: doença cardiovascular e osteoporose 
IMAGENS 
Vulva distrófica 
 
 
 
 
Herpes (lesões em bolha) 
 
Inflamação na Glan. De Skene – Bartolinite (gonococo) 
 
Bartolinite crônica Cistos 
 
Condiloma (HPV) 
 
Varizes Edema (trauma) 
 
 
11 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Fisiopatologia da Gestação. Exames complementares. 
Conceito: Episódio fisiológico, onde o organismo vai 
preparando e adaptando ao longo do tempo, modificações 
gerais e locais, e que ocorrem da puberdade à maturidade 
Segundo Magalhães – clinicamente: 
“Função instável, situação intranquila, frágil e perigosa” 
Ao obstetra: 
Objetivo inicial: ampará-la e protege-la 
Objetivo final: 
- Atingir o termo (> 37 semanas – até 42) sem percalços – 
lindera (livre a patologia) 
- Estabelecer equilíbrio instável, entre: 
 Luta metabólica e humoral 
 Instinto de conservação do indivíduo e da espécie 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO 
 
 
 
 
Identificação 
 
- Nome 
- Idade (< 15 ou > 35 gestação de risco) 
- Cor: 
- Estado Civil 
- Profissão 
- Escolaridade 
- Endereço, cidade 
- Esposo/ Acompanhante/ pessoa próxima 
- Telefone/contato 
 
 
 
 
Queixa e 
duração 
 
1ª consulta: 
- Atraso menstrual (náuseas e vômitos) há 2 
meses, muitas vezes vem sem queixas 
- “Vim fazer o pré-natal” 
- Outras queixas vinculadas a gestação 
 
Retorno: - com ou sem queixas 
 
 
 
 
 
História da 
moléstia 
atual (HPMA) 
 
- Datar a IG (DUM e US 1º trimestre), 
- paridade 
- Principais sinais e sintomas, desde a última 
consulta, (boa alimentação, boa digestão, 
nega obstipação intestinal, nega disúria, 
refere polaciúria, nictúria, nega corrimento 
vaginal, se tiver caracterizar, movimento 
fetal, refere edema – matutino, vespertino, 
refere contração de Brackston-Hicks) 
- Todas ocorrências dependem e levam em 
conta a IG. 
 
 
 
 
 
Antecedentes 
familiares 
 
- Avaliar o núcleo familiar da gestante, no 
habitantes da casa, conflitos familiares(influenciam na gestação), “genograma” 
(familiograma) 
- Antecedentes de risco: HAS, DHEG, DM, 
Cardiopatia, Hematopatia (anemia falciforme, 
talassemia, alterações de coagulação), 
Gemelaridade, Epilepsia, Tuberculose, 
Neoplasia, alcoolismo e drogas, 
malformações congênitas. 
 
- HAS < da 20ª semana 
- DHEG – doença Hipertensiva específica da 
gravidez (pré-eclampsia) 
 
Antecedentes 
pessoais 
 
- HAS, DHEG, DM pré-gestacional, 
tireoidopatias, Cardiopatias, Hematopatias, 
Gemelaridade, Epilepsia, Pneumopatia, 
Doenças psiquiátricas, Sífilis e DST 
 
Hábitos 
 
- Uso de drogas lícitas e ilícitas, medicações 
em uso, tabagismo, atividade física 
- Álcool e tabagismo: feto de baixo peso e 
prematuridade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antecedentes 
menstruais – 
Ginecológicos 
 
- Telarca:______ - Pubarca:______ 
- Menarca: _______ anos 
 
Ciclos menstruais: 
- DUM:_____ 
- Intervalo:____ Duração: ______ Fluxo:_____ 
- Dismenorreia:_________ 
- Sintomas da Tensão Pré-Menstrual:______ 
 
Ciclo Menstrual: 
- Menopausa: ________ Idade:_____ 
- Tipo: Cirugica? ______ Natural: ______ 
- Sintomas de hipostrogenismo: 
- Sangramento da pós-menopausa 
- Terapia hormonal 
- Cirurgias ginecológicas: 
 
Antecedentes sexuais: 
- Coitarca: ______ 
- nº de parceiros:_____ Frequencia:_____ 
- Libido e orgasmo:_______ 
- Dispareunia:__________ 
Sinusuorragia:_______ 
Anticoncepção: 
- Qual é o método:______ Há quanto 
tempo:______ 
- Como usa o método:______ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antecedentes 
obstétricos 
 
- Gesta: ____ (total) 
- Para: _____ 
- Aborto: ____ (< 20 semanas ou < 500 gr) 
 
- Partos vaginais: 
- Partos cesáreas: 
- Abortos: espontâneo ____ provocado_____ 
- Intercorrências 
 
Partos: (ideal esperar 2 anos) 
Tipos de parto: 
- Normal:____ Cesariana:___ Fórceps:____ 
- Idade do 1º e último parto:_____ 
- Local de parto:_____ 
- Peso dos RN:_____ 
 
- Lactação: ___ 
- Intercorrência na gestação ou no parto:____ 
 
 
 
 
ISDA 
 
Importante diferenciar sintomas de gravidez 
ou ginecológicos não relacionados a queixa e 
duração, devemos diferenciar outros 
sintomas e doenças de outros aparelhos: 
- ♥ vascular 
- Gastrointestinal: 
- Urinário 
- Respiratório 
 
 
- IG: sempre considerar a DUM 
- Movimentos fetais: a partir da 8ª semana, mas percebido 
pela gestante > 18 semanas 
 
IMP! na 
Gineco 
 
12 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
EXAME FÍSICO: GERAL E ESPECÍFICO 
Geral Específico (obstétrico): 
Estado geral: se eupneia, 
se corada, se hidratada 
 
Parâmetros Gerais: 
- PA 
- PESO e altura da pct/IMC 
- Edema 
 
- Manobra Palpatória 
(Leopold-Zweifel) 
- Posição, situação, 
insinuação e apresentação 
- Altura Uterina 
- Batimentos Cardíaco Fetal (BCF) 
- Movimentos Fetais 
- Toque s/n (geralmente na UBS 
não faz) 
 
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 
Estado nutricional (tabela IMG x IG) 
Crescimento Fetal (tabela AU x IG) 
Outros diagnósticos: infecção urinária, HAS, Diabetes gestacional 
 
CONDUTA 
- Uso de: Sulfato ferroso + Ác. fólico 
- Orientações gerais: 
 Trabalho de parto 
 Repouso 
 DLE – decúbito lateral esq., pois descomprime a VCI, 
descomprime os nervos do parassimpático e não 
apresenta a síndrome da hipotensão supina. 
- Exames solicitados 
- Retorno: 
 Até 28 semanas: mensal 
 28 a 36 semanas: quinzenal 
 36 a 42 semanas: semanal 
- Se gestação de risco, voltar com maior frequência 
Recordando.... 
DUM: 1º dia da menstruação 
Ovulação: 14º dia após início da menstruação 
Implantação/ Nidificação/ Nidação: 21º dia menstruação 
 
Aborto: < 20 semanas / < 500 g 
- Aborto precoce: < 12 semanas 
- Aborto tardio: > 12 semana < 20semanas 
- Gestação prematuro: > 20 semanas < 37 semanas />500g 
- Gestação a Termo > 37 semanas < 42 semanas 
- Gravidez Prolongada ou pós-datismo: > 42 semanas 
 
 
 
Regra de Naegele 
 
 
Prenhez, gestação, gravidez ou emprenhidão 
- Presença no organismo da mulher  óvulo fecundado (e 
implantado no endométrio) 
(de 21 a 23 dias da DUM ou 7 a 10 dias da ovulação) 
 
Mês lunar: 28 dias (intervalo entre 2 luas – 29 dias e 12 
horas e meia = 280 dias) 
Mês solar: 30 dias (30 dias e 10 horas) 
Duração média da gravidez: 243 dias 
Calculo da duração da gestação 
- Duração: 40 semanas 
- 280 dias 
- 10 meses lunares 
- 9 meses solares e 07 dias 
 
- Obs: do ponto de vista materno a gravidez só se inicia com 
a nidificação ou nidação 
 
Duração da gravidez: 
 280 dias a partir da DUM 
 266 dias a partir da ovulação 
 259 dias a partir da Nidação (- 14 da ovulação, - 7 
da divisão na trompa) 
Regra de Naegele: 9 meses + 7 dias – total 277 dias, 
supondo que no decurso dos 9 meses – 3 ou 4 meses tem 
31 dias  chega-se aos 280 dias 
Periodicidade das consultas – USP e MS 
 Até 28ª semana: mensal 
 28ª até a 36ª semana: quinzenal 
 36ª até a 41ª semana: semanal 
 
 
 
 
 
 
13 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Pressão arterial (PA) - conduta frente as suas variações. 
- Aferir PA: todas as consultas de pré-natal 
(Recomendação C – consensual de especialistas ou pequenos estudos 
retrospectivos e registros) 
Critérios  em 3 ocasiões 
- PAS: > 140 mmHg 
- PAD: > 90 mmHg 
- PAS: > 30 mmHg e/ou PAD > 15 mmHg 
Relação aos níveis tensionais pré-gestacionais e/ou conhecidos 
até a 20ª semana de gestação 
Recomendações: 
- Até 140/90: recomendações gerais 
- > 140/90: fazer MAPA durante 1 semana: 
 Se Hipertensa: iniciar com α-metildopo 250mg 8/8 hr 
- ir controlando a PA semanalmente, ir aumentando a dose 
até regularizar 
Conduta conforme a medida da pressão arterial: 
Quadro 9 – Avaliação da pressão arterial em gestantes 
Achados Condutas 
Níveis de PA conhecidos 
e normais antes da 
gestação: Manutenção 
dos mesmos níveis de 
PA. 
Níveis tensionais normais: 
- Mantenha o calendário habitual; 
- Cuide da alimentação; 
- Pratique atividade física 
regularmente. 
Níveis de PA 
desconhecidos antes da 
gestação: Valores da 
pressão < 140/90mmHg. 
Considere o aumento dos níveis 
tensionais em relação aos níveis 
anteriores à gestação: 
- Diminua a ingestão de sal; 
- Aumente a ingestão hídrica. 
- Pratique atividade física 
regularmente. 
Níveis de PA conhecidos 
e normais antes da 
gestação: Aumento da 
PA, mantendo nível < 
140/90mmHg. 
Sinal de alerta: 
- Diminua a ingestão de sal; 
- Aumente a ingestão hídrica; 
- Pratique atividade física 
regularmente. 
- Agende controles mais próximos. 
Níveis de PA conhecidos 
ou desconhecidos antes 
da gestação: 
 
Valores da PA > 
140/90mmHg e < 
160/110, sem sintomas 
e sem ganho ponderal 
maior do que 500g 
semanais.  HAS 
Considere HAS na gestação: 
- Atente para a possibilidade de 
erro de cálculo da idade 
gestacional (IG); 
- Realize proteinúria (teste rápido); 
- A gestante deve ser vista pelo 
médico da unidade e deve ser 
avaliada a possibilidade de 
polidrâmnio, macrossomia, gravidez 
gemelar, mola hidatiforme; 
- Solicite ultrassonografia, se 
possível; 
- Caso permaneça dúvida, marque 
retorno em 15 dias para 
reavaliação ou, se possível, faça o 
encaminhamento da gestante 
para o serviço de alto risco. 
Níveis de PA conhecidos 
ou desconhecidos antes 
da gestação: 
 
Valores de PA > 
140/90mmHg, 
proteinúria (teste 
Paciente com suspeita de pré 
eclampsia grave: 
- Deve-se referir imediatamente a 
gestante ao pré-natal de alto risco 
e/ou à unidade de referência 
hospitalar. 
rápido) positiva e/ou 
com sintomas clínicos 
(cefaleia, epigastralgia, 
escotomas, reflexos 
tendíneos aumentados) 
ou paciente 
assintomática, porém 
com níveis de PA > 
160/110mmHg. 
Paciente com 
hipertensão arterial 
crônica, moderada ou 
grave, ou em uso de 
medicação anti-
hipertensiva. 
Paciente de risco: 
- Deve-se referir a gestante ao pré-
natal de alto risco. 
 
HIPERTENSÃO CRÔNICA (HC) 
- Hipertensão crônica: presente antes da gravidez ou 
diagnosticada antes da 20ª semana de gestação 
 PAS > 140 mmHg e/ou a 
 PAD > 90 mmHg 
- medidas em 2 ocasiões com 4 horasde intervalo. 
-Hipertensa Crônica: aquela diagnosticada pela 1ª vez 
durante a gravidez e que não normaliza no pós-parto. 
Pré-eclâmpsia 
- Síndrome caracterizada por comprometimento clínico 
generalizado heterogêneo com alterações laboratoriais 
- Achados clínicos: 
Síndrome materna: hipertensão, proteinúria e /ou 
sintomas variados e/ou a Sindrome fetal: CIUR* (crescimento 
intra-uterino retardado), ou ambos 
* Ocorre em 5% a 8% das gestações 
+ Comum no 1º filho e último trimestre da gestação 
LEVE GRAVE 
PA > 140/90 mmHg > 20 
ª semana de IG – 
normotensa antes da 
gestação 
 
Proteinuria: confirmada 
com > 0,3g em urina de 
24 horas 
 
Sintomas: cerebrais 
(cefaleia, tonturas, visão 
turva, escoltomas), ou 
digestivos (dor 
epigástrica ou no 
quadrante superior D, 
náusea ou vômitos), ou 
trombocitopenia e 
alteração de enzimas 
hepáticas, mesmo na 
ausência de proteinuria. 
 
- PA > 160/110 mmHg em 2 aferições, 
intervalo 6 horas em repouso 
 
- Proteinúria de 24 horas: > 5 g ou > 
3 + em fita, 2 amostras – 4 horas 
 
- Oliguria com volume urinário < 500 
ml/24h 
 
- Insuficiência renal (creatinina > 
1,2mg/dL paciente normal) 
- Distúrbios visuais ou cerebrais 
(cefaleia, visão borrada, cegueira, 
alteração do estado mental), 
persistentes 
 
- Edema pulmonar ou cianose 
- Dor epigástrica ou no quadrante 
superior D persistente 
- Insuficiência hepática (TGO ou TGP 
> 70UI/L) 
- Trombocitopenia (plaquetas < 
100.000/µL) 
- Síndrome HELLP: hemólise, enzimas 
hepáticas elevadas, baixa contagem 
de plaquetas) se desenvolve 
normalmente antes da 37ª semana de 
gravidez, mas pode ocorrer logo após 
o parto 
-Restrição de crescimento fetal 
 
 
14 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Eclâmpsia 
- Convulsões em pacientes com pré-eclâmpsia ou 
Hipertensão Gestacional 
- Existe um aumento da mortalidade materna 
acompanhada de hemorragia cerebral 
Complicações maternas 
- 1-4% DPP – descolamento 
prematura do placenta 
- Coagulopatia/Síndrome 
HEELP (10-20%) 
- Edema pulmonar/ 
aspiração (2-5%) 
- Insuficiência Renal aguda 
(1-5%) 
- Insuficiência hepática ou 
hemorragia (<1%) 
- AVC e morte 
Complicações fetais 
- prematuridade (15 – 67%) 
- restrição de crescimento 
fetal (10 – 25%) 
- hipóxia com lesão 
neurológica (<1%) 
- morte perinatal (1- 2%) 
- Morbidade cardiovascular 
a longo prazo – baixo peso 
ao nascer 
 
Pré-eclâmpsia superposta à Hipertensão crônica 
- Paciente sem proteinúria <20 semanas (IG) – apresenta: 
- Proteinuria > 0,3g/24 hr, ou pacientes com proteinúria 
patológica prévia que após as 20 semanas apresenta 
aumento importante da PA (mesmo que previamente 
controlada com medicações) associada a sintomas tipo 
cefaleia, visão turva, dor epigástrica e/ou alterações 
laboratoriais, como aumento de enzimas hepáticas e 
trombocitopenia 
Hipertensão gestacional 
- ↑ de PA que surge após 20 semanas de IG e sem 
proteinúria 
- Pode representar uma pré-eclâmpsia sem tempo de 
evolução para desenvolver proteinúria, ou uma hipertensão 
transitória, se a PA retornar ao normal após 12 semanas do 
parto, ou ainda uma Hipertensão se a PA persistir elevada 
PA – Fisiologia 
O sincitiotrofoblasto destrói os vasos do endométrio (normal), se 
a pct tiver uma hipertensão transitória, PA sistêmica baixa, ou seja 
qualquer alteração, (hipotensão sincope) que ↓ a PA, não vai 
faltar O2 para o feto, contrai o vaso para melhorar a oxigenação e 
PA materna, mas na gravidez, a migração trofoblastica normal não 
deixa o vaso contrair, e assim, não diminui o aporte de oxigênio 
fetal. 
- Migração trofoblástica: 12 semanas (vasos endometriais – 
menores vasos), 16 a 20 º semanas (grandes vasos, miometrio – 
pq o feto cresceu e precisa de > aporte). 
- Este Migração Trofoblástica destrói a parede muscular de 
artérias e tem 2 consequências: 
1- Diminui a distância: entre a circulação materna fetal já 
que os endotélios respectivos ficam separados unicamente 
pela membrana basal entre elas, facilita o intercambio 
nutricional entre mãe e fero 
2- A destruição muscular (migração trofoblástica) deixa a 
artéria insensível a ação de fármacos vasoativos que 
atuam contraindo ou relaxando a camada muscular. A 
circulação torna-se exclusivamente dependente da PAM da 
mãe e isto é importante para que o suprimento fetal seja 
de certa forma independente das variações maternas de 
pressão. 
A fisiopatologia da pré-eclâmpsia envolve alterações no 
processo de invasão trofoblástica, com consequente e 
inadequado suprimento sanguíneo uterino e estresse 
oxidativo do tecido placentário. 
Alterações placentárias decorrentes desse processo levam à 
maior produção de sFLt-1, um receptor solúvel para as 
moléculas de VEFF e PIGF 
O sFLt-1 impede com que VEGF e PIGF realizem suas 
funções na homeostase endotelial, culminando com 
disfunção dessas células. 
O estresse oxidativo leva à produção placentária de grande 
quantidade de fatores anti-angiogênicos como o sFLt-1 
(Soluble fms-like tyrosin) e a sEndoglin (soluble endoglin) 
O sFIT-1 e endotélio solúvel impede que VEGF e PIGF 
realizem suas funções na homeostase endotelial, 
culminando com destruição dessas células 
 VEGF (fator de crescimento vascular endotelial) 
 PIGF (fator de crescimento intrínseco placentário) 
 sFLT-1 (tirosina quinase solúvel) 
 
 
15 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado nutricional (IMC) frente a idade gestacional 
Medida do Peso 
Objetivo: avaliar o estado nutricional da 
gestante e acompanhar o ganho de peso 
até o final da gestação 
- Consiste na tomada da medida do peso e da altura e o 
cálculo da semana gestacional, o que permite a 
classificação do IMC (índice de massa corporal) por semana 
gestacional 
*Necessário conhecer a IG da gestante 
Tabela 2 – Ganho de peso recomendado (em kg) na gestação segundo 
o estado nutricional inicial 
Estado nutricional 
inicial (IMC) 
Recomendação de 
ganho de peso (kg) 
semanal médio no 
2º e 3º trimestres* 
Recomendação de 
ganho de peso 
(kg) total na 
gestação 
Baixo peso 
(< 18,5kg/m²) 
0,5 (0,44 – 0,58) 12,5 – 18,0 
Adequado 
(18,5 – 24,9kg/m²) 
0,4 (0,35 – 0,50) 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 
(25,0 – 29,9kg/m²) 
0,3 (0,23 – 0,33) 7,0 – 11,5 
Obesidade 
(t 30kg/m²) 
0,2 (0,17 – 0,27) 5,0 – 9,0 
* Ganho de peso no primeiro trimestre entre 0,5 – 2,0kg 
- com: 24 – 28 semanas fazer um TOTG, pois é o máximo de peso 
que a mãe ganha, e pode apresentar um diabetes gestacional, 
devido à resistência à insulina. 
- Até 28 semana: ganha de peso materno, após 28 semanas: 
compartimento fetal. 
 
16 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Edema na gestação e suas intercorrências 
Objetivo: Detectar precocemente a ocorrência de edema 
patológico (grau de recomendação C). 
Nos membros inferiores: 
 Posicione a gestante em decúbito dorsal ou sentada, 
sem meias; 
 Pressione a pele na altura do tornozelo (região 
perimaleolar) e na perna, no nível do seu terço médio, 
face anterior (região pré-tibial). 
 O edema fica evidenciado mediante presença de 
depressão duradoura no local pressionado. 
Avaliação da presença de edema 
Achados Anote Condutas 
Edema ausente. - Acompanhe a gestante, seguindo o calendário de rotina. 
Apenas edema de tornozelo, 
sem hipertensão ou aumento 
súbito de peso. 
(+) 
Verifique se o edema está relacionado à postura, ao fim do dia, ao aumento da 
temperatura ou ao tipo de calçado. 
Edema limitado aos MMIIs, 
porém na presença de 
hipertensão ou ganho de 
peso. 
(++) 
- Oriente repouso em decúbito lateral esquerdo. 
- Verifique a presença de sinais ou sintomas de pré-eclâmpsia grave e interrogue a 
gestante sobre os movimentos fetais. 
- Marque retorno em sete dias, na ausência de sintomas. 
- A gestante deve ser avaliada e acompanhada pelo médico da unidade, de acordo 
com o calendário de rotina. 
- Caso haja hipertensão, a gestante deve ser encaminhada para um serviço dealto 
risco. 
- Se houver presença de proteinúria, veja a conduta específica (pré-eclâmpsia). 
Achados 
Edema generalizado (face, 
tronco e membros) ou que já 
se mostra presente quando a 
gestante acorda, 
acompanhado ou não de 
hipertensão ou aumento 
súbito de peso. 
(+++) 
Gestante de risco em virtude de suspeita de pré-eclâmpsia ou outras 
intercorrências. 
 
A gestante deve ser avaliada pelo médico da unidade e encaminhada para serviço 
de alto risco. 
Edema unilateral de MMII, 
com dor e/ou sinais flogísticos. 
(++++) 
Suspeita de processos trombóticos (tromboflebite, TVP). 
A gestante deve ser avaliada pelo médico da unidade e encaminhada para o 
serviço de alto risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Roteiro para a solicitação de exames no pré-natal de baixo risco de acordo com a idade gestacional. 
1ª consulta ou 
1º TRIMESTRE 
- Hemograma 
- Tipagem sanguínea e fator Rh  Coombs indireto (se for Rh negativo) 
- Glicemia em jejum 
 (< 90/92 = Normal, mas se tiver fator de risco = Fazer TOTG até a 28º semana > 92 até 125 = D. gestacional 
e > 126 = DM prévia) 
- Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR 
- Teste rápido diagnóstico anti-HIV 
- Anti-HIV 
- Toxoplasmose IgM e IgG 
TOXOPLASMOSE IgG e IgM (aguda) 
- IgG e IgM reagente (+): toxo durante a gestação Referenciar para o ALTO RISCO 
- IgM reagente: toxo recente Referenciar para o ALTO RISCO 
- IgG reagente: toxo prévia (já teve contato com a toxo, e não contrai mais) 
- IgG e IgM não reagente (-): suscetível Fazer orientações de higiene (solicitar exame a cada 2 – 3 meses) 
- Sorologia para hepatite B (HbsAg) 
- Sorologia para hepatite C (anti HCV) – se risco 
- Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU, EQU) 
- US endovaginal (idade gestacional) 
 11,3 a 13,6: 1º Morfológico – transnlucência: nuca até 2,5 cm, proeminência nasal, comprimento 
do canal endocervical (se > 2,5 cm não tem competência istmo cervical), onda atrial (para saber se 
tem cardiopatia congênita), IG (é o mais fidedigno) 
- Ultrassonografia obstétrica 
- Citopatológico de colo de útero (se for necessário) 
- Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica: amnorex prematura, roptura de bolsa, infecção 
no liq. Amniótico- Corioamnionite) 
-Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) 
- Eletroforese de hemoglobina (antesse negra e AF- anemia falciforme ou história de anemia crônica) – Hb 
AA > 96% 
 
▪ Coombs indireto (4/4 semana) - Verifica se existe incompatibilidade entre o sangue materno e fetal 
Lembrar da questão do rh... 
Mulher (+)? 
Não pedir 
Coombs indireto - A partir da 24ª semana 
• Coombs indireto positivo: gestante sensibilizada. 
• Coombs indireto negativo: gestante não sensibilizada. 
 
• Coombs indireto Positivo (+) Referenciar para o ALTO RISCO 
• Coombs indireto negativo: 
 repetir exame de 4/4 semanas; 
 imunoglobulina anti-D pós-parto, se o RN for Rh positivo e 
coombs direto for negativo, após abortamento, gestão ectópica, gestação 
molar, sangramento vaginal ou após procedimentos invasivos (biópsia de 
vilo, amniocentese, cordocentese), se mãe Rh (-) e pai Rh (+). 
Mulher (–) e homem (-)? 
Mulher (–) e homem (+)? 
 
Pedir Mulher (–) e homem 
desconhecido? 
Ex.: Mulher (-) e Homem (+) e o Coombs Indireto deu negativo (-) Repetir o exame 4/4 semanas até o final da gestação 
2º TRIMESTRE 
- Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia > 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este 
exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana – pq ganha muito peso durante essas semanas) 
- Coombs indireto (se for Rh negativo) 
- US de 2º Trimestre (20 a 24 semana): Morfológico 
 Avalia a estrutura fetal: mãos e pés com dedos, câmaras e válvulas cardíacas, bulha gástrica, 
hemisfério cerebral 
 Diâmetro biparietal da cabeça do feto: circunferência cefálica, circunferência abdominal, 
diâmetro do fêmur e da tíbia para avaliar IG. 
3º TRIMESTRE 
- Hemograma 
- Glicemia em jejum 
- Coombs indireto (se for Rh negativo) 
- VDRL 
- Anti-HIV 
- Sorologia para hepatite B (HbsAg) 
- Repita o exame de toxoplasmose se o IgG e IgM não for reagente 
- Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) 
- Bacterioscopia de secreção vaginal (se necessário, rompimento da bolsa precocemente na 1ªgestação, 
pedir: partir de 37 semanas de gestação) – Streptococcus β-Hemolítico(Corioamnionite) 
- US de 3º Trimestre (34 a 37 semanas): Morfológico – avalia crescimento fetal, liq. Amniótico, placenta 
- Se HAS: US doppler: das artérias: uterina, umbilical e cerebral média do feto 
 
18 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Anamnese – Exame físico específico (obstétrico) 
1-identificação 
2- Anamnese 
 Q e D: ex. rastreio para gestação de alto risco 
 HMA 
- Datar a IG (comparar a DPP pela: DUM e US 1º 
Trimestre) – se diferença < 7 dias considerar a DUM, se > 7 dias 
considerar US de 1º trim. 
- Paridade (G: ___ P: ____ A:____) 
- Principais sinais e sintomas, desde a última consulta 
- Valorar edema e movimentos fetais (após 20 sem) 
 Todas ocorrências dependem e levam em conta a IG 
3- Antecedentes: Pessoais, familiares, menstruais, 
obstétricos, ISDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4-EXAME FÍSICO 
GERAL 
5-EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO 
(ESPECÍFICO) 
- Estado geral: se 
eupneica, se corada, 
se hidratada 
 PA 
 IMC 
 Edema 
- Manobras de Leopold-Zewifil 
(posição, Situação, insinuação e 
apresentação) 
- Altura uterina 
 Batimentos cardíaco-fetais (BCF) 
 Movimentos fetais 
 Toque (sala de parto) 
6-Hipóstese diagnóstica: 
- estado nutricional (tabela IMC x IG) 
- Crescimento fetal (tabela UG x IG) 
- Outros: Diabetes gestacional, Hipotireoidismo, DHEG 
(doença hipertensiva específica – pré-eclampsia) 
 
7- Conduta 
- Sulfato Ferrosos + ác. Fólico 
- Orientações gerais 
- Exames 
- Retorno: 30, 15 ou 17 dias 
 
PALPAÇAO OBSTÉTRICA – MANOBRA DE LEOPOLD-ZWEIFEL - Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos 
• Primeiro tempo (“abraçando” de frente para a pct) 
- Delimite o fundo do útero com ambas as mãos, 
deprimindo a parede abdominal com as bordas cubitais dos 
dedos, procurando o maior contato possível com a parte 
posterior do feto 
- Com a face palmar procura-se o contorno do fundo do 
útero e a parte fetal que o ocupa. 
- Na maioria dos casos, sente-se nessa região o pólo pélvico 
(característica de ser mais volumoso que a cabeça, de 
superfície irregular). No caso de aí estar o polo cefálico 
verificaremos corpo de superfície regular, resistente. 
- Procura-se o polo cefálico (esferoide), irregular, 
resistente, porém redutível, com as duas regiões 
características a fronte e a região occipital 
Importância: reconhecer o fundo uterino – vai facilitar a 
verificação da altura uterina. Reconhecer parte fetal que 
ocupa fundo uterino – polo cefálico ou polo pélvico. 
▪ Assim se determina a posição fetal- onde está a cabeça 
do feto, se está acima ou abaixo encaixado na pelve já. 
 
 
• Segundo tempo  colocar toda a palma e os dedos das 
mãos 
- Desloca-se as mãos do fundo uterino em direção ao polo 
inferior, sentindo o dorso fetal e as pequenas partes ou 
membros de um e outro lado. O plano do dorso fetal 
(resistente, contínuo no plano longitudinal e convexo no 
transverso) 
▪ Procura identificar o dorso fetal e a região das pequenas 
partes fetais (braços e pernas). Determina a situação. 
Manobra de Budin: (palpar dorso mais facilmente) - 
Realçar o fundo uterino com uma das mãos, exagera-se 
desse modo a curvatura da coluna, que se torna mais 
convexa, e será mais facilmente palpada com a outra mão. 
• Determina a SITUAÇÃO fetal: Determina onde está o 
dorso fetal – situação longitudinal (pq ele está nesse 
sentido), dorso está à esquerda ou à direita, para ver a 
situação fetal. Para facilitar a manobra, perguntar para a mãe, qual é 
o local que o BB está se movimentando, facilita a ausculta(BCF ausculta no 
dorso). Amniocentese: entre o pé e mão 
IMPORTÂNCIA: 
 Reconhecer a posição: dorso fetal (D ou E) 
 Reconhecer membros fetais 
 Facilitar ausculta do BCF (a ausculta se faz no dorso) 
 
 
 
 
 
 
19 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
• Terceiro tempo 
Manobra de Leopold ou Pawlick –Visa a exploração da 
mobilidade do polo que se apresenta em relação ao 
estreito superior pélvico; (movimentar a cabeça, se ela 
estiver se movimentado é pq ela não está encaixada, se for 
o bumbum, ver a mobilidade0 
- Apreende-se o polo, entre o polegar e o médio da mão 
direita, imprimindo-lhe movimento de lateralidade que 
indicam o grau de penetração na apresentação na bacia. 
Quando ela está alto e móvel esse polo balança de um lado 
para o outro. (Insinuado, já penetrou na bacia) 
▪ Determina a INSINUAÇÃO fetal, se esta encaixado ou não 
IMPORTÂNCIA: 
 Mobilidade do polo que se apresenta na bacia 
 Grau de penetração 
 
• Quarto tempo – de costas para o pct, 
Explora a escava: onde o polo cefálico é frequentemente 
encontrado. De costas para a paciente, bordas cubitais dos 
dedos afastados 10 cm, desce sobre as fossas ilíacas, 
caminhando em direção ao hipogástrio, abarca-se o polo 
que ali apresenta, características: 
▪ Cefálica: menor, ovoide, liso, consistente, redutível 
(fontanela cavalga), ou 
▪ Pélvica: maior, irregular, amolecido e deixa-se deprimir 
- Na pratica avalia a apresentação cefálica e pélvica ou 
cormica (transversa)  Verifica se o bebe está na 
horizontal ou de forma transversa 
- A melhor exploração depende do grau de insinuação da 
cabeça, na apresentação pélvica os dedos de um lado e do 
outro penetram facilmente. 
 ▪ Determina a APRESENTAÇÃO fetal e grau de insinuação 
▪ Determinar a situação fetal, colocando as mãos sobre as 
fossas ilíacas da gestante, deslizando-as em direção à 
escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. 
▪ As situações que podem ser encontradas são: 
• Longitudinal (apresentação cefálica e pélvica) 
• Transversa (apresentação córmica) 
• Oblíquas 
 
IMPORTÂNCIA: 
 Apresentação: polo cefálico ou polo pélvico 
 Grau de insinuação 
 
 
 
Manobras de palpação da situação fetal 
 
Tipos de apresentação fetal 
 
A situação transversa e a apresentação pélvica, ao final da gestação, 
podem significar risco no momento do parto. Nestas condições, a mulher 
deve ser referida para a unidade hospitalar de referência que tenha 
condições de atender caso de distócia. 
IMP!! MANOBRA DE LEOPOLD 
1-Reconhecer e localizar o fundo uterino 
2-Eventualmente avaliar de no fundo – nádega ou polo cefálico 
3-Localizar Posição Dorso Fetal 
4-Avaliar situação – se transverso – altura uterina esperado 
menor que se longitudinal (normal) 
5- Localizar membros fetais – facilitar loal de Amniocentese 
6-Determinar mobilidade (3ª)– não insinuado 
7- Avaliar apresentação fetal (4ª) 
8-Avaliar grau de insinuação 
9-Localizar local mais adequado de ausculta do BCF 
(depende de apresentação e posição do dorso) 
 
 
20 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Altura Uterina (AU) frente a idade gestacional e suas variações 
 
O que pode interferir na medida da AU 
 Espessura panipulo adiposo (IMC) 
 Edema da parede abdominal 
 Ascite, polidrâmnio 
 Placenta implantada parede anterior do útero 
 Situação fetal em consequência da apresentação, 
 Posição fetal e contração uterina (não avaliar) 
 
Altura uterina: Borda óssea as sínfise púbica, sem 
comprimir o, com a borda cubital da mão. 
Objetivo: 
Avaliar crescimento fetal, e a detecção precoce de 
alterações, medida da altura uterina em relação a IG (*Grau 
de recomendação B - Informação recolhida a partir de um único 
ensaio clinico aleatorizado ou estudos alargados não aleatorizados) 
 
Altura uterina, mensurada a partir de 12 semanas 
De 36 a 40: a altura se alarga, pois o feto encaixou
 
 
Avaliar Curva de altura uterina X idade gestacional 
(crescimento fetal) 
- Ideal: percentil 10 e 90 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliar possibilidade 
Curva acima de ↑ 
90 
Curva abaixo de ↓ 10 
- Polidrâmnio 
- Macrossomia fetal 
- Gemelaridade 
- Mola hidatiforme 
- Miomatose 
uterina 
- Obesidade 
 
- Feto morto 
- Oligoâmnio (sofrimento agudo*) 
- Restrição de Crescimento Intra-
Uterino (RCIU) é uma condição 
em que o feto tem peso menor do 
que deveria, porque não está 
crescendo conforme deveria 
dentro do útero. 
Sofrimento fetal durante o 
trabalho de parto e parto vaginal. 
Diminuição dos níveis de oxigênio 
 
*Sofrimento agudo: se privilegia o cérebro 
e o ♥ fetal em detrimento do rim, assim, 
↓ a diurese = oligoâmnio 
 
21 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Interpretação do traçado obtido e condutas: 
Posição do ponto obtido na primeira medida em relação às curvas 
Gráfico Ponto Conduta 
 
Entre as 
curvas 
inferiores 
e 
superiores. 
Siga o calendário de atendimento de rotina. 
 
Acima da 
curva 
superior. 
Atente para a possibilidade de erro de cálculo da idade gestacional (IG). 
A gestante deve ser vista pelo médico da unidade e deve ser avaliada a possibilidade 
de polidrâmnio, macrossomia, gestação gemelar, mola hidatiforme. 
 
Solicite ultrassonografia, se possível. 
 
Caso permaneça dúvida, marque retorno em 15 dias para reavaliação ou, se possível, 
faça o encaminhamento da paciente para o serviço de alto risco. 
 
Abaixo da 
curva 
inferior. 
Atente para a possibilidade de erro de cálculo da IG. A gestante deve ser vista pelo 
médico da unidade para se avaliar a possibilidade de feto morto, oligoidrâmnio, ou 
restrição de crescimento intrauterino. 
 
Solicite ultrassonografia, se possível. 
 
Caso permaneça dúvida, marque retorno em 15 dias para reavaliação ou, se possível, 
faça o encaminhamento da paciente para o serviço de alto risco. 
 
Consultas subsequentes, avaliação do traçado 
Gráfico Traçado Interpretação Conduta 
 
Evoluindo entre as 
curvas superiores. 
Crescimento normal. Siga o calendário de atendimento de 
rotina. 
 
Evoluindo acima da 
curva superior (a) ou 
abaixo da curva inferior 
(b) com a mesma 
inclinação destas. 
É possível que a IG seja maior 
(a) ou menor (b) do que a 
estimada. 
Encaminhe a gestante à consulta 
médica para: 
1. confirmar tipo de curva; 
2. confirmar a IG, se possível com 
USG; 
3. referir a paciente ao PN de alto 
risco, na suspeita de desvio do 
crescimento. 
 
Evoluindo acima da 
curva superior e com 
inclinação maior do 
que esta. 
É possível tratar se de 
gestação múltipla, 
polidrâmnio, macrossomia ou 
outra situação. 
É necessário referir a paciente ao pré-
natal de alto risco. Se possível, solicite 
USG. 
 
Evoluindo com 
inclinação 
persistentemente 
menor do que a curva 
inferior. 
Se o traçado cruzar a curva 
inferior ou estiver afastando 
se dela, há provável restrição 
do crescimento. 
É necessário referir a paciente ao pré-
natal de alto risco. 
 
Ocorre em: DHEG (pré-eclmapsia) 
diabetes 
Fonte: (BRASIL, 2005e). 
 
22 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Batimentos cardíacos fetais, técnicas e suas variações. Movimentos Fetais - Método de 
registro diário de movimentos fetais (RDMF) 
Batimentos Cardíaco fetal 
Objetivo: Avaliar Ritmo a frequência e a normalidade BCF 
(sonar, após 12 semanas de gestação, ou com Pinard e após 
20 semanas (grau de recomendação C: opinião consensual dos 
especialistas e/ou pequenos estudos, estudos retrospectivos e registros) 
Quadro 10 – Avaliação dos batimentos cardíacos fetais 
(BCF) 
Achado Conduta 
BCF não 
audíveis com 
estetoscópio 
de Pinard, 
quando a 
idade 
gestacional 
for igual ou 
maior do que 
24 semanas. 
Alerta: 
Verifique o erro de estimativa da idade 
gestacional. 
Afaste as condições que prejudiquem 
uma boa ausculta: obesidade materna, 
dificuldade de identificar o dorso fetal. 
Mantenha o calendário mínimo de 
consulta, se houver percepção materna 
e constatação objetivade movimentos 
fetais e/ou se o útero estiver crescendo. 
Agende consulta médica ou faça a 
referência da paciente para o serviço de 
maior complexidade, se a mãe não mais 
perceber movimentação fetal e/ou se o 
crescimento uterino estiver 
estacionário. 
Bradicardia e 
taquicardia. 
 
BCF normais: 
120 - 160 
Sinal de alerta: 
Afaste a febre e/ou recomende o uso de 
medicamentos pela mãe. 
Deve-se suspeitar de sofrimento fetal. 
O médico da unidade de saúde deve 
avaliar a gestante e o feto. 
Na persistência do sinal, encaminhe a 
gestante para o serviço de maior 
complexidade ou para o pronto-
atendimento obstétrico. 
 
MOVIMENTOS FETAIS 
• Objetivo: avaliar bem-estar fetal (a partir da 34ªsemana) 
(grau de recomendação C: opinião consensual doa especialistas 
e/ou pequenos estudos, estudos retrospectivos e registros) 
• Movimentos fetais ativos e frequentes é tranquilizador 
quanto ao prognóstico fetal 
- Subjetividade da percepção materna e ultrassonografia 
em tempo real, podemos utilizar a mobilograma (baixo 
custo) 
• Dada a boa correlação entre a subjetividade da percepção 
materna e a ultrassonografia em tempo real, usa-se o 
controle diário de movimentos fetais (mobilograma), 
realizado pela gestante, como instrumento de avaliação 
fetal simples 
 
 • Conta de movimentos: é realizada por período máximo 
de 1 hora 
1- Registrar 6 movimentos em menos tempo, não é 
necessário observação durante uma hora inteira (feto 
bem) 
 
2- Após uma hora não contou 6 movimentos, repetir o 
procedimento 
 
3- Se na próxima hora não sentir movimentos – 
procurar a unidade de saúde 
• Inatividade fetal: o registro com menos de 6 movimentos 
fetais por hora, em 2 horas consecutivas 
 
Orientações sobre AMAMENTAÇÃO 
Cuidado com as mamas para o aleitamento podem ser 
enfatizada: 
- Sugere-se o uso de sutiã durante a gestação 
- Sugerem-se banho de sol na mamas por 15 minutos (até 
as 10 horas da manhã ou após as 16 horas), para fortalecer 
o mamilo e aréola. 
- é desaconselhável o suo de sabões, cremes ou pomadas 
no mamilo 
- é contraindicada a expressão do peito (ou ordenha) 
durante a gestação para a retirada do colostro 
Vantagens da amamentação: 
Para a mulher: 
- Fortalece o vínculo afetivo; 
- Favorece a involução uterina e reduz o risco de 
hemorragia; 
- Contribui para o retorno ao peso normal; 
- Contribui para o aumento do intervalo entre gestações. 
 
Para a criança: 
- É um alimento completo; não necessita de nenhum 
acréscimo até os 6 meses de idade; 
- Facilita a eliminação de mecônio e diminui a incidência de 
icterícia; 
- Protege contra infecções; 
- Aumenta o vínculo afetivo; 
- Diminui as chances de desenvolvimento de alergias. 
 
Para a família e a sociedade: 
- É limpo, pronto e na temperatura adequada; 
- Diminui as internações e seus custos; 
- É gratuito. 
 
23 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
• Exames complementares de rotina (VER ACIMA) 
• Exames -Ultrassonografia 
Parâmetros Ultrassonográficos: 
> 4/5 a 6 semanas: Diâmetro do saco gestacional – 
impreciso 
> 5,8 semanas: BCF 
> 6 < 9 semanas: Tamanho e não comprimento cabeça-
nádega embrião 
> 9 a < 13 semanas: comprimento cabeça nádega 
> 14 semanas: Diâmetro bi-parietal, circunferência cefálica, 
circunferência abdominal e comprimento do fêmur 
Obs: Embrião se torna visível a partir da 6ª semana 
Variabilidade da Predição da IG: 
 > 5 semanas e < 14 semanas (13 semanas 
completas) – fator de erro: 7 dias (melhor 
parâmetro para comparar a DUM com a DPP) 
 Entre 14 semanas a 26 semanas – fator de erro: 2 
semanas 
 Entre 25 a 40 semanas – fator de erro: 2/3 
semanas 
Recomendações de US: 
- 1° - US Translucência nucal: 11 a 13 semana e 6/7 dias (marcador cromossômico) 
- 2° - US Morfológica: 22 a 24 semanas (principais estruturas) 
- 3° - US Gestacional: 34 semanas (crescimento fetal) 
 
 
US Morfológica 
 
1° Trimestre 
 
• Objetivos: Fase embrionária 
 ▪ Menos que 8 semanas da fertilização 
 ▪ Menos que 10 semanas da DUM 
- Datação adequada e segura da IG 
- Excluirá possibilidade de gestação ectópica 
- Diagnosticar precocemente gestação múltipla 
- Avaliar a vitalidade ovular e 
- Permite a avaliação do colo uterino 
 Via endovaginal (transvaginal) 
 
 
 
 
 
US Translucência Nucal 
 
1° Trimestre – 
11 a 13s e 6/7 dias 
(Marcador cromossômico) 
• Objetivos: 
-Fase fetal 
 ▪ > a 8 semanas – fertilização 
 ▪ > a 10 semanas -DUM 
- Diagnosticar malformações fetais maiores 
- Rastreamento do risco fetal de alterações cromossomais 
(síndromes citogenéticas), através: 
 ▪ Estudo da transluscência nucal 
 ▪ Osso nasal 
 ▪ Doppler – colorido do ducto venoso, onda atrial 
 Via endovaginal 
 
 
US Morfológica 
 
 
2° Trimestre 
(20 a 24ªsemana) 
(Principais estruturas) 
• Objetivos 
- Morfologia fetal (anatomia) de modo mais minucioso e sistematizado 
 - Crescimento fetal 
 - Volume de líquido amniótico 
 - Placenta e o cordão umbilical 
• A posição fetal pode dificultar a realização completa do exame, será necessário a repetição do 
mesmo em outra ocasião 
 
 Via transabdominal materna 
 
 
US Obstétrico/ 
Gestacional 
 
3° Trimestre 
(34 a 37ª semana) 
(Crescimento fetal) 
• Objetivos 
 - Avaliação do crescimento fetal 
 - Volume do líquido amniótico 
 - Maturidade e localização placentária 
 - Permite a visualização de circulares do cordão umbilical 
 
 Via transabdominal materna 
 
 
24 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
FATORES DE RISCO QUE PERMITEM A REALIZAÇÃO DE PRÉ-NATAL PELA EQUIPE DE ATENÇÃO BÁSICA 
• Idade < que 15 e > que 35 anos 
• IMC que evidencia baixo peso, sobrepeso ou obesidade 
• RN anterior com restrições de crescimento, pré-termo, ou 
malformado 
• Síndromes hemorrágicas e hipertensivas 
• 3 ou mais cesáreas 
• Anemia 
• Ganho ponderal 
Parâmetros que guiam a assistência pré-natal: 
1. Captação precoce das gestantes com realização da 
primeira consulta de pré-natal até 120 dias da gestação; 
2. Realização de, no mínimo, 6 (seis) consultas de pré-natal, 
sendo, referencialmente, uma no primeiro trimestre, duas 
no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da 
gestação; 
3. Escuta ativa da mulher e de seus(suas) acompanhantes, 
esclarecendo dúvidas e informando sobre o que vai ser 
feito durante a consulta e as condutas a serem adotadas; 
4. Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou 
individualmente, com linguagem clara e compreensível, 
proporcionando respostas às indagações da mulher ou da 
família e as informações necessárias; 
5. Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato 
fisiológico; 
6. Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUE PERMITEM O PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO BÁSICA 
FATORES SOCIOECONÔMICOS E 
INDIVIDUAIS 
ANTECEDENTES 
OBSTÉTRICOS 
- Idade: <15 ou >35 anos 
- Ocupação: esforço físico, 
carga horaria extensa, 
rotatividade de horário, 
exposição a agentes físicos, 
químicos e biológicos, estresse. 
- Instabilidade familiar 
- Baixa escolaridade 
- IMC acima ou abaixo do 
normal 
- Baixa estatura (<1,45M) 
- Ambientes desfavoráveis 
- Não aceitação da gravidez 
 
- Macrossomia 
- RN com restrição de 
crescimento (RCIU), pré-
termo e malformado 
- Síndromes hemorrágicas e 
hipertensivas 
- Nuliparidade ou 
Multiparidade 
- Intervalo interpartal abaixo 
de 2 anos e acima de 5 anos 
- Cesáreas prévias ou 
cirurgias uterinas 
 
Intervalo ideal entre partos: 1 
e 8 meses a 2 anos GRAVIDEZ ATUAL 
Anemia, ganho ponderal 
inadequado e ITU 
 
SINAIS INDICATIVOS DE ENCAMINHAMENTO À 
URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA 
- Restrição do crescimento uterino 
- Oligodrâmnio ou polidrâmio; 
- Gemelaridade; 
- Mal formações fetais ou arritmia fetal 
- Distúrbios hipertensivos da gestação (Hipertensão 
crônica preexistente, hipertensãogestacional ou 
transitória) 
- ITU de repetição ou 2 ou + episódios de pielonefrite 
(toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente 
encaminhada ao hospital de referência, para avaliação) 
- Anemia grave ou não responsiva a 30 – 60 dias – sulfato 
ferroso; 
- Portadores de doenças infecciosas: hepatites, 
toxoplasmose, HIV ( CADIP), sífilis 3ªria (USG com 
malformação fetal) e outras DSTs (condiloma). 
- Infecções na gestação atual (rubéola, CMV) 
- Evidência laboratorial de proteinuria  pré-eclamsia 
- DM gestacional 
- Desnutrição materna severa 
- Obesidade mórbida ou baixo peso – gestante avaliação 
nutricional 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
Questões 
1-Em relação ao edema, quando está limitado aos 
membros inferiores, porém na presença de hipertensão 
ou ganho de peso. Qual a conduta mais adequada: * 
a. Referenciar para pré-natal de alto risco 
b. Deve ser postural, orientar a repousar 
c. Suspeitar de processos trombóticos 
d. Manter calendário de pré-natal de rotina 
e. Repouso em Decúbito lateral direito 
 
2-Paciente vem se queixando de saída de massa, que se 
exterioriza pela vagina, considerando vosso 
conhecimento, qual o exame que devemos realizar para 
constatarmos sua queixa? * 
a. Exame especular 
b. Toque bidigital combinado 
c. Inspeção estática 
d. Toque bidigital simples 
e. Outro exame não relacionado acima 
 
3-É de conhecimento que no exame de Colpocitologia 
Oncótica, também conhecido como papanicolau, devemos 
coletar material célula do colo uterino e do canal 
endocervical, para a coleta desde último se utiliza uma 
haste com cerdas na extremidade e uma vez introduzido 
no canal deve-se girar 360 graus, e após esta coleta fixar 
na lâmina, de modo a preencher o 1/3 final da lâmina 
(distal a região fosca da lâmina), conforme demonstrado 
na figura abaixo, o epitélio que estaremos fixando após a 
coleta é: * 
 
a. Epitélio escamoso 
b. Epitélio maculoso 
c. Epitélio juncional 
d. Epitélio colunar 
e. Epitélio metaplásico 
 
4-A relação ao peso gestante em relação a sua altura, é 
conhecido como IMC, e dele fazemos uso para avaliar o 
estado nutricional da gestante e acompanhar o ganho de 
peso até o final da gestação, ela deve ser avaliada em 
função da idade gestacional. Baseado na idade 
gestacional, e sua classificação com IMC, podemos dizer 
que uma gestante com IMC de sobrepeso, deve ganhar 
que peso semana: * 
a. Ganhar 700 g – semana – 2º e 3º trimestre 
b. Ganhar 300 g – semana – 2º e 3º trimestre 
c. Ganhar 200 g – semana – 2º e 3º trimestre 
d. Ganhar 600 g – semana - 2º e 3º trimestre 
e. Ganhar 500 g – semana – 2º e 3º trimestre 
5-A Altura uterina (AU) é medida da borda superior da 
sínfise púbica ao fundo uterino, ela é utilizada para avaliar 
o crescimento fetal, no entanto, existem algumas situação 
em que determinadas ocorrência podem interferir na sua 
correta medida, sendo que uma delas é a não localização 
da parte superior da medida. Qual das manobras 
palpatórias é utilizada para auxiliar na correta medida da 
altura uterina. * 
a. 5ª manobra 
b. 1ª manobra 
c. 2ª manobra 
d. 3ª manobra 
e. 4ª manobra 
 
6-Sangramento Uterino Anormal (SUA) são alterações 
menstruais decorrentes de aumento no volume, duração 
ou intervalo. Podem afetar paciente no aspectos físico, 
emocional, sexual e profissional e na qualidade de vida 
das mulheres. São classificadas em estruturais e não 
estruturais, dentre as causas não estruturais temos: * 
a. Endometrial 
b. Adenomiose 
c. Leiomiomas 
d. Pólipo 
e. Tumores malignos 
7-A vagina possui secreção fisiológico, oriunda da 
secreção das glândulas endocervicais sob estímulo 
estrogênico no pico ovulatório, das glândulas de Bartholin 
na excitação sexual. Porém, pode apresentar outros tipos 
de corrimento patológicos, em relação a queixa de 
corrimento amarelo, espesso, fétido, espumoso com 
macrobolha, podemos dize que provavelmente, o agente 
etiológico é: * 
a. Trichomonas Vaginallis 
b. Clamídia Tracomattis 
c. Candidida Albicans 
d. Gardnerella Vaginallis 
e. Neisseriae Gonorrhea 
 
8-A respeito de avaliação da Pressão Arterial em gestante, 
podemos dizer, que em um pré-natal de baixo risco, no 
qual foi detectado que os níveis de PA são conhecidos e 
normais antes da gestação, e apresentou um aumento de 
PA, porém mantendo nível de < que 140/90 mmHg. A 
conduta mais recomendável deve ser: * 
a. Agendar consulta na Gestação de risco 
b. Aumentar a ingestão hídrica 
c. Repouso absoluto por 1 semana em Decúbito 
Lateral Esquerdo 
d. Internar a paciente para controle da Pressão 
arterial 
e. Seguir pré-natal com intervalo normal 
 
 
 
 
 
 
26 Letícia M. Dutra - Diagnóstico Clínico em GO 
9-A Técnica do toque bidigital combinado deve ser 
realizada com os dedos indicador e médio, introduzí-los 
na vagina e auxiliados pela outra mão, explora-se as 
estruturas presentes, através dos fórnices vaginais. 
Também, com o dedo indicador e médio, levanta-se o colo 
uterino e com a mão esquerda palpa-se o corpo uterino. 
Nessa manobra avaliamos, algumas estruturas e 
situações, das alternativas abaixo qual não é avaliado por 
esse toque: * 
a. Regularidade da Superfície 
b. Regiões anexiais 
c. Volume uterino 
d. Preguiamento das paredes vaginais 
e. Posição uterina 
 
10-A presença de movimentos do feto sempre se 
correlacionou como sinal e constatação de vida; todavia, o 
monitoramento dos movimentos fetais como meio de 
avaliação do seu bem-estar é relativamente recente, deve 
ser realizada a partir de 34ª semana gestação. É 
conhecido como Registro Diário de Movimentos Fetais 
(RDMF), nele o conceito “Inatividade Fetal”, retrata? * 
a. Óbito fetal 
b. Ausência de 6 movimentos fetais por hora, por 1 
horas 
c. Ausência de 5 movimentos fetais por hora, por 2 
horas 
d. Ausência de 4 movimentos fetais por hora, por 2 
horas 
e. Ausência de 6 movimentos fetais por hora, por 2 
horas 
 
11-Dismenorreia é caracterizada por dor tipo cólica 
acompanhada de lombalgia, irradiação para baixo ventre 
e para as pernas, náuseas e cafaléia. Em relação a sua 
classificação quanto a sintomatologia, quando esta 
interfere nas atividades e pode durar todo o ciclo 
menstrual, esta classificação é conhecida como? * 
a. Dismenorreia secundária 
b. Dismenorreia moderada 
c. Algomenorreia 
d. Dismenorreia leve 
e. Dismenorreia primaria 
 
12-O Ciclo menstrual se inicia com a foliculogênese que é 
a maturação do folículo ovariano, a qual contempla a 
evolução de uma pequena quantidade de folículos 
primordiais em folículos terciários, que farão parte do 
ciclo menstrual. Desde o nascimento que os ovários 
armazenam uma série de folículos primordiais imaturos. A 
esse respeito podemos dizer: * 
a. “In útero” (20 semanas) temos por volta de 16 a 
17 milhões de folículo primordial, 
b. Após o nascimento, se formam mais folículo 
primário, 
c. Ao nascer tem-se 5 a 7.000.000 – folículo 
primário, 
d. Na puberdade, a menina tem por volta de 
1.500.000 folículo primário, 
e. O recrutamento de coorte de folículo primário 
até secundário, independe de gonadotrofina. 
13-A palpação obstétrica deve ser realizada sempre antes 
da medida da altura uterina. Ela deve iniciar-se pela 
delimitação do fundo uterino, bem como de todo o 
contorno da superfície uterina (este procedimento reduz 
o risco de erro da medida da altura uterina). Na palpação 
obstétrica, procuramos identificar as estruturas fetais a 
partir do terceiro trimestre. O tempo da manobra de 
palpação e estrutura identificada correta: * 
a. 2º tempo: mobilidade polo cefálico/pélvico 
b. 4º tempo: grau de Insinuação 
c. 3º tempo: apresentação 
d. 5º tempo: posição/dorso fetal 
e. 1º tempo: situação fetal 
 
14-Na produção hormonal pelo folículo terciário e depois 
o corpo lúteo, existe uma ação destes no endométrio 
(ciclo uterino), preparando o endométrio para a 
implantação do ovo na fase de blastocisto. Assinale a 
alteração endometrial que corresponde a alternativa

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