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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
 
 
 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL
Proc. nº. XXXX
Exequente: Fazenda Pública Municipal de Anacrolândia 
Executado: Eulálio Anátercio Jasmim
 
Eulálio Anátercio Jasmim, nacionalidade ..., inscrita no CNPJ (MF) sob o nº. ..., residente e domiciliado na Rua ..., nº..., com endereço eletrônico ... , ora intermediada por seu mandatário ao final firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 77, inc. V, do CPC, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com suporte no art. 803, parágrafo único, c/c art. §§ 3º e 4º, art. 921, art. 924, inc. V, todos do Código de Processo Civil c/c art. 40, § 4º, da Lei de Execução Fiscal, para apresentar
 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
 
em face da Fazenda Pública Municipal de Anacrolândia, já qualificada nesta executiva fiscal, em razão das justificativas de ordem fática e direito, abaixo alinhadas.
 
I. DOS FATOS
EULÁLIO ANATÉRCIO JASMIN reside no mesmo imóvel há cerca de 20 anos. O imóvel localiza-se no município de Anacrolândia/SP, fora da zona urbana conforme definida na Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Anacrolândia. Contudo, o município de Anacrolândia insiste em cobrar o IPTU sobre o imóvel de Eulálio.
Em 2004, após receber a Notificação de Lançamento do IPTU relativa àquele ano, ingressou com uma impugnação de lançamento perante a Secretaria da Fazenda do Município. A impugnação foi julgada improcedente pela autoridade administrativa, a qual alegou que o município estaria autorizado a cobrar o IPTU por se tratar de uma área de expansão urbana constante de loteamento aprovado pela Prefeitura. 
No processo administrativo, não foi tratada a questão do licenciamento ambiental do loteamento, tendo o seu cliente se limitado a alegar que o imóvel se encontrava fora da zona urbana. As demais autorizações do loteamento estão em ordem. Por vários anos, o seu cliente simplesmente deixou de pagar o IPTU, tendo os débitos relativos a esses anos sido regularmente inscritos na dívida ativa do município. A despeito disso, jamais fora ajuizada a competente execução fiscal.
Ante o exposto não restou outra alternativa a não ser entra no judiciário em face da ilegalidade quanto a cobrança do referido tributo, tendo em vista que o loteamento não possui licença ambiental emitida pela CETESB — o que no caso concreto seria obrigatório, por se tratar de empreendimento com área superior a 70ha e situado em área não contígua à malha urbana, regularizado essa matéria através do art. 32, §§ 1 e 2 do CTN, bem como a cobrança do referido tributo se mostra prescrita, haja visto transcorrido 5 anos de seu lançamento - Art. 174 e Art. 149 do CTN.
II. DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
 
Conforme construção doutrinária e entendimento jurisprudencial, o instituto da Exceção de Pré-Executividade, pode ser arguido por simples petição, desde que desnecessária qualquer dilação probatória, ou seja, por prova documental inequívoca, demonstrando a inviabilidade da Execução. Dessa forma vemos o elucidado por José Manoel De Arruda Alvim Neto a respeito da exceção de pré-executividade, in verbis:
“Técnica pela qual o executado, no curso do próprio procedimento executivo, e sem a necessidade de observância dos requisitos necessários aos embargos do devedor ou da impugnação, suscita alguma questão relativa à admissibilidade ou à validade dos atos executivos, que poderia ser conhecida de ofício pelo juiz. Para tanto, exige, a jurisprudência, que a questão a ser suscitada esteja dentre aquelas que poderia ser conhecidas ex officio pelo juiz, e que, ademais, não seja necessária dilação probatória para sua solução. Caso contrário, ausente alguma dessas condições, não se admite alegação da matéria pela via da exceção de pré-executividade, cabendo, ao devedor, manejar embargos ou impugnação” [1] (Grifo nosso).
Dessa forma os requisitos atualmente exigidos pela jurisprudência do STJ após a vigência do NCPC, conforme entendimento no AgRg no AREsp 835.917/SP e AgInt no AREsp 621.011/MG.
Pelo que se vislumbra no caso em tela, a presente exceção de pré-executividade é o remédio jurídico adequado, para apontar as irregularidades e desordem, às quais viciam a continuidade da trâmite processual da presente execução, como se restará demonstrado adiante.
III. PRELIMINALMENTE
III – A) DA PRESCRIÇÃO
O prazo prescricional para a cobrança do referido tributo lançado por oficio – Art. 148 e Art. 149 do CTN - está transcorrido, tendo em vista transcorrido 5 anos desde o lançamento do credito tributário - Art. 174 do CTN:
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Ante o expor requer que seja reconhecida a prescrição do referido tributo e consequentemente a resolução do mérito Art. 487, II do CPC.
IV. DA ILEGALIDADE QUANTO A COBRANÇA DE TRIBUTO 
Em nosso sistema jurídico é regido pelo princípio da legalidade, ao que em desvio a esta obrigatoriedade estaria contido o vício de legalidade, ao que no caso concreto é completamente aplicável, visto que o IPTU de competência dos municípios é regulamentado através do art. 32, §§ 1 e 2 do CTN:
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
Sendo assim por se tratar de áreas urbanizáveis há necessidade de regulamentação através dos órgãos competentes, o que não ocorre no caso em tela tendo em vista que o loteamento não possui licença ambiental emitida pela CETESB — o que no caso concreto seria obrigatório, por se tratar de empreendimento com área superior a 70ha e situado em área não contígua à malha urbana.
Sendo assim a cobrança realizada pelo município não estaria em conformidade com a legislação vigente e, portanto, está contido de ilegalidadeno presente momento.
V. DOS PEDIDOS
Ante o Exposto requer à Vossa Excelência:
A) Seja recebida e processada a presente Exceção de Pré-Executividade, bem como os documentos que acompanham como meio de prova, haja vista preencher os requisitos para sua admissibilidade, sendo ao final julgada PROCEDENTE;
B) Que a presente Ação de Execução Fiscal seja julgada sem resolução do mérito, tendo em vista transcorrido o prazo prescricional para a cobrança do referido tributo, Art. 487, II do CPC;
C) Seja condenado o Exequente ao pagamento dos honorários de sucumbência, e;
D) Por fim, requer que todas as publicações, intimações e notificações sejam realizadas exclusivamente em nome da advogada ...., sob pena de nulidade.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, Data.
ADVOGADO
OAB