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CAMINHOS DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA

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ISSN 2176-1396 
 
 
CAMINHOS DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA: DE SUA 
SISTEMATIZAÇÃO À DISCIPLINA ESCOLAR 
 
Fernando José Segala
1
 - UNIOESTE 
Rosana Cristina Biral Leme
2
 - UNIOESTE 
 
Grupo de Trabalho: Educação e Meio Ambiente 
Agência Financiadora: CAPES 
 
Resumo 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar aspectos relacionados à ciência geográfica 
no que tange a sistematização de seu conhecimento e sua trajetória rumo ao ambiente escolar. 
Respalda-se nos fundamentos da perspectiva histórico crítica e nas produções bibliográficas 
de Lacoste (1988), Callai (2011), Kaercher (2009), Straforini (2014), entre outros autores 
importantes à ciência geográfica. Os estudos a partir do surgimento da Geografia e sua 
sistematização enquanto disciplina escolar nos permite conhecer alguns momentos 
importantes desta ciência. A ideia de pesquisar, conhecer, descrever e, posteriormente, 
analisar as transformações ocorridas no espaço a partir das contribuições de grandes 
pensadores propicia verificar que a essência da Geografia - a capacidade de dar sentido à 
espacialização das coisas, fenômenos e processos, não tem sido explorado da forma como 
deveria. O contexto de distanciamento desta capacidade de análise, principalmente por parte 
dos professores, é relativamente recente e advém de momentos inseridos no século XX que 
favoreceram a expansão da Geografia escolar no Brasil, estabelecendo historicamente 
relações com as questões políticas, culturais e sociais. A ideia de superação das tendências 
pedagógicas que suprimem o potencial crítico construído ao longo desse processo é pertinente 
ao atual debate. Não apenas superar, mas entender qual é a função do professor de Geografia, 
diante das transformações no cenário global. A esta ciência cabe promover um olhar curioso e 
crítico diante dos fatos, despertando o instinto investigativo e participativo para que os 
sujeitos possam ser atuantes na sociedade. Nesse sentido, esse trabalho apresenta importância 
para a ciência e para o ensino de Geografia, contribuindo para a discussão sobre a necessidade 
de uma ação proativa do professor de Geografia na formação de um novo modelo de 
sociedade. 
 
Palavras - chave: Epistemologia. Ensino de Geografia. Docência. 
 
1 Licenciatura Plena em Geografia. Especialista em Educação do Campo. Mestrando: Educação e Ensino de 
Geografia- fernandosegala1@hotmail.com 
2 Prof. Drª no curso de Geografia da UNIOESTE- rosanabiral@hotmail.com. 
15313 
 
Introdução 
O século XXI chega a nós apresentando diversas transformações no cenário mundial. 
Seja no que tange as questões culturais, ambientais, sociais e econômicas. Vivenciamos 
assim, diferentes modos de participação enquanto indivíduos inseridos nesse modelo da atual 
sociedade, a mesma que nos impõe regras e que, por vezes, nos impede de fugir das mesmas. 
Nesse sentido, é de fundamental importância, entender como somos condicionados ou 
inseridos nesse mundo de constantes transformações, não basta assim apenas ouvir, mas, 
sobretudo, refletir e agir diante das mesmas. A ciência geográfica, nesse momento surge como 
referência no entendimento deste processo, dando suporte para problematizar elementos 
fundamentais para a sociedade na medida em que ocorrem essas transformações no cenário 
global. 
Mas de que maneira a Geografia, pode nos auxiliar nesse entendimento? Ao 
entendimento dessa ciência geográfica, se faz necessário analisar o contexto histórico 
relacionado aos acontecimentos que contribuíram para o advento da Geografia enquanto 
disciplina escolar, elucidando os processos de gênese e desenvolvimento, bem como sua 
inserção aos bancos escolares. Sendo assim, iniciamos uma viagem, na busca de algumas 
respostas relacionadas às indagações mais comuns acerca da ciência geográfica perpassando 
elementos de sua origem como também de entraves no que diz respeito a seu ensino crítico e 
significativo. 
O Histórico da Geografia Enquanto Ciência 
Desde a antiguidade o homem traz consigo a preocupação em conhecer o espaço no 
qual habita. Os homens buscavam na agricultura, na caça e pesca o sustento e também uma 
aproximação direta com a natureza, de fato uma forma de interação com a Geografia. Esses 
povos quando buscavam na natureza e em seus diversos espaços seus meios para sobreviver 
detinham informações e conhecimento a respeito desses espaços. O processo migratório; as 
condições atmosféricas; solo propício para o plantio; os diversos conhecimentos que 
contribuíram ao entendimento dos fenômenos geográficos. 
A Geografia aparece também com a contribuição dos gregos, que detinham em sua 
cultura os estudos cartográficos, graças a eles surgem os primeiros mapas. As primeiras 
descobertas geográficas relacionadas à distribuição dos fenômenos bem como a localização 
nos apontam ao desenvolvimento dos estudos geográficos, os gregos dessa forma buscam 
15314 
 
formar colônias, integrando trocas comerciais entre os povos, principalmente pela 
proximidade com o mediterrâneo. Em relação a contribuição dos povos gregos: 
Os gregos realizaram estudos sobre sistemas agrícolas, sistemas de montanhas, 
técnicas de uso do solo, os rios com variados regimes, a distribuição das chuvas, a 
sucessão das estações do ano, o relacionamento entre campo e cidade, entre outros. 
O conhecimento geográfico era produzido pelo senso comum e filosófico, pois era 
possível a um filósofo realizar estudos de cunho geográfico (RODRIGUES, 1996, p. 
01). 
Pela questão do senso comum, essa Geografia apresentada pelos povos gregos, 
encontrava-se caracterizada de forma descritiva e informativa, pautada apenas na descrição e 
despreocupada com a coleta de informações. 
 O desenvolvimento das técnicas de cartografia aliada com a expansão das trocas de 
mercadorias permitiu um salto à ciência geográfica. O homem conseguiu obter respostas 
acerca do espaço, bem como da relação com o meio natural. Era um avanço no que diz 
respeito ao conhecimento científico e geográfico. 
A formação da Geografia sistematizada e institucionalizada é resultante do processo 
caminhado a passos lentos, com base em diversos fatores de impulsão, fatos do contexto 
histórico e estrutural no desenvolvimento da sociedade, sendo assim o desenvolvimento da 
ciência geográfica coincidem com o desenvolvimento do pensar filosófico científico. 
E foi na Europa com Humboldt, Ritter, Ratzel e La Blache que a Geografia ganhou 
maior destaque frente à comunidade científica, sendo no século XIX, essa ciência inicia a 
caminhada com a inserção enquanto ciência organizada e sistematizada nas universidades. 
Surge assim a gênese da Geografia moderna. 
Nesse momento histórico, é de suma importância destacar a influência dos 
representantes já mencionados anteriormente para a expansão dos conhecimentos geográficos. 
A sistematização da Geografia como ciência organizada tem como base, estudos de Alexander 
Von Humboldt, Geólogo, Botânico e naturalista alemão. 
Sua proposta de Geografia aparece na justificativa e explicação de seus próprios 
procedimentos de análise. Portanto, não estava preocupado em formular os 
princípios de uma nova disciplina. Dessa forma, seu trabalho não tinha um conteúdo 
normativo explicito (MORAES, 2005, p. 65). 
Durante suas viagens ao redor do mundo, mas especialmente na América Andina, 
catalogou diversas espécies de vegetais, realizando descrições das diversas paisagens da 
superfície terrestre, buscando assim entender as diferenças e estabelecer comparações entre as 
paisagens. É o grande idealizador da Geografia física. 
15315 
 
Karl Ritter em seus estudos buscou estabelecer conceitos entre a Geografia humana e a 
física. Fundamentada no positivismo a organização da Geografia ganhou abertura frente à 
comunidade cientifica. Esse modelo de concepção filosófica tem como referencia o 
empirismo, ou seja, o que é visível, o que podemos sentiro que está ao alcance de nossas 
mãos. Valorizava a utilização de metodologias, com ênfase em trabalhos pedagógicos, 
buscava estabelecer relações através do método comparativo, através do empirismo, 
estabelecia relações culturais entre os diferentes povos. Para Moraes (2005, p. 63) “para 
Ritter, a ordem natural obedeceria a um fim previsto por Deus, a causalidade da natureza 
obedeceria à designação divina do movimento dos fenômenos”. Dedicou-se também, graças a 
sua religião aos estudos antropocêntrica, enfatizava o homem como sendo objeto de estudos 
da natureza. 
Outro grande idealizador da ciência geográfica organizada foi Ratzel. Segundo ele, as 
condições naturais, sobretudo as climáticas eram fatores importantes para definir a ação do 
homem, influenciando até mesmo na capacidade de progresso, essa teoria ficou conhecida 
como Determinismo ambiental, em contrapartida no final do século XIX La Blache, 
representante da escola Francesa apresenta um novo paradigma, o Possibilismo. Essa teoria 
também estabelece relações entre o homem e o meio natural, no entanto diferente do 
Determinismo o Possibilismo desconsidera a natureza como fator determinante ao 
comportamento humano. 
 Em seus estudos La Blache buscava os estudos restritos a pequenas áreas, dessa busca 
surge o conceito de estudos regionais. 
Para dialogar com as ideias de La Blache, Lacoste (1988), afirma que: 
[...] Vidal de La Blache introduziu a ideia das descrições regionais aprofundadas, 
que são consideradas a forma, a mais fina, do pensamento geográfico. Ele mostra 
como paisagens de uma “região” são o resultado da superposição ao longo da 
história, das influencias humanas e dos dados naturais. Mas em suas descrições, 
Vidal dá maior destaque para as permanências, a tudo aquilo que herança duradoura 
dos fenômenos naturais ou de evoluções antigas. Em contrapartida ele, baniu em 
suas descrições, tudo que decorre da evolução econômica e social recente, de fato, 
tudo o que tinha menos de um século e traduzia os efeitos da revolução industrial 
(LACOSTE, 1988, p. 60). 
O que de fato importava aos olhos de La Blache, segundo Lacoste (1988, p.64) “é 
analisar da maneira mais aprofundada possível o “conteúdo”, as intenções que se processaram 
ao longo da história entre fatos físicos e fatos humanos num determinado espaço “dado” de 
uma vez por todas”. Em síntese, a grande contribuição de La Blache a ciência geográfica foi 
os estudos a cerca de determinado espaço dado ou denominada de “região” categoria 
15316 
 
fundamental para compreender a geografia. Dessa forma o “permanente” é para La Blache o 
que fundamenta o caráter singular da região, esta interpretação a respeito da permanência dos 
fenômenos geográficos passa a ser menos condizente com a realidade após a industrialização, 
quando a concomitância e fluidez dos processos não permitem que as regiões sejam 
explicadas da mesma forma. 
Sem dúvidas, a Geografia enquanto ciência sistematizada tem suas raízes na escola 
Alemã e Francesa. No entanto, na academia os debates geográficos favorecem ao surgimento 
de uma divisão, ou dicotomia, de um lado a Geografia humana, pautada nos estudos do 
homem, e por outro lado a Geografia física com ênfase nos aspectos naturais, também já 
apontados anteriormente como conflito entre Determinismo ambiental x Possibilismo, de fato 
essa dicotomia está presente no atual cenário da Geografia enquanto disciplina escolar. 
A Geografia no Brasil enquanto disciplina escolar: Alguns apontamentos históricos 
A geografia aos olhos da sociedade está de certo modo sendo concebida apenas como 
uma disciplina escolar, no qual tem apenas a função de fomentar características descritivas, 
ignorando aspectos relevantes sociais. A Geografia segundo Lacoste, (1988, p. 25) “existe 
desde que existem os aparelhos do Estado” e sobre tal afirmação o autor apresenta a possível 
função da ciência geográfica frente ao Estado: 
Colocar como ponto de partida que a Geografia serve, primeiro, para fazer a guerra 
não implica afirmar que ela só serve para conduzir operações militares; ela serve 
também para organizar territórios, são somente como previsão das batalhas que é 
preciso mover contra este ou aquele adversário, mas também para melhor controlar 
os homens sobre os quais o aparelho de Estado exerce sua autoridade (LACOSTE, 
1988, p. 22). 
A respeito do modo como o estado se utiliza da Geografia para exercer sua autoridade, 
é possível afirmar que os principais mecanismos se davam por meio patriotismo, as questões 
vinculadas à ordem, o conhecimento direcionado, um dos modos eficientes deste controle se 
deu por meio da criação de um conhecimento geográfico específico para as escolas. 
Quanto à função da ciência geográfica vinculada ao ensino, o mesmo autor ressalta: 
A função ideológica essencial do discurso da geografia escolar e universitária foi, 
sobretudo a de mascarar por procedimentos que não são evidentes a utilidade prática 
da analise do espaço, sobretudo para a condução da guerra, como ainda para 
organização do Estado e prática do poder (LACOSTE, 1988, p. 25). 
15317 
 
A presença da disciplina geográfica nos currículos das escolas brasileiras tem sido 
vista apenas como um segundo plano pela aceitação da comunidade científica. Nas escolas a 
Geografia transpõem momentos de incertezas quanto a sua suma importância. Enquanto 
ciência de fomento ao pensamento reflexivo e indagador, perpassa os caminhos do ensino sem 
provocar muito a atenção, principalmente aos problemas sociais presentes em nosso sistema 
educacional, já presentes nos períodos históricos da ciência geográfica enquanto disciplina 
escolar. 
Cabe a Geografia, aproximar essas contradições, indagar a cerca das questões ocultas, 
nesse sentido a disciplina escolar tem grande relevância para essa configuração atual ao 
ensino, sobretudo aquele modelo critico. Quanto ao valor educativo da ciência geográfica na 
formação da cidadania: 
É possível, embora este não seja o único objetivo, realizar um trabalho educativo, 
visando esclarecer os indivíduos sobre sua condição de cidadãos, quando se 
apropriam do mundo, do país, da cidade, da casa e ao mesmo tempo, decifrando os 
inúmeros limites decorrentes das alienações (DAMIANI, 2008, p. 58). 
Sendo assim, a cidadania está interligada com a ciência geográfica, pois quando 
pensamos a geografia enquanto ciência de reflexão, da ação, uma sociedade no qual todos os 
cidadãos atuem de modo significativo nas questões sociais. O cidadão, formado em suas 
reflexões busca através de sua participação fomentar novos olhares perante a sociedade, esse 
novo olhar, está de certa forma, vinculada a ciência geográfica e sua percepção do modo de 
observar e interpretar o mundo. 
Para o entender esse processo é importante apresentar alguns momentos históricos, 
que permeiam a ciência geográfica, bem como o ensino nas escolas no Brasil, tendo como 
norte as politicas educacionais brasileira, com suas dificuldades e possibilidades que ao longo 
do tempo vem enfrentando. 
Em meados do século XVI, a companhia de Jesus, também conhecida como escola 
jesuítica iniciou as atividades educacionais nas escolas brasileiras. Organizaram um sistema 
educacional voltado ao ensino religioso, através da catequese o ensino foi introduzido às 
demais comunidades, integrando assim os povos e disseminando as informações entre os 
mesmos. 
No início o ensino de Geografia não estava inserido diretamente no currículo 
elaborado pelos jesuítas. Foi em meados do século XIX, que o ensino da Geografia adentrou 
15318 
 
no currículo, tendo como referência os moldes de ensino europeu. Ao caracterizar o ensino de 
Geografia Lacoste comenta: 
Hoje ainda, em todos os Estados, e sobretudo nos novos Estados recentemente 
saídos do domínio colonial, o ensino da geografia é, incontestavelmente, ligado à 
ilustração e à edificação do sentimento nacional. Que isso agrade ou não, osargumentos geográficos pesam muito forte, não somente no discurso politico (ou 
politizado), mas também na expressão popular da ideia de pátria (LACOSTE, 1988, 
p. 57). 
Até então, o ensino de Geografia não recebia grande importância. Estava em segundo 
plano, não havia cursos de formação e professores, os assuntos geográficos eram poucos 
difundidos na sala de aula. A Geografia ensinada e produzida nessa época ficou apenas no 
plano da descrição, não formativa, sem promover o espírito crítico. 
No século XIX o colégio Dom Pedro II surge como modelo frente às demais escolas 
presentes ou que ainda estavam a surgir no Brasil, quanto a isso o ensino de Geografia recebe 
novo direcionamento, nova função, a descrição e a memorização, no mesmo sentido: 
Durante quase todo o período imperial, o ensino de geografia manteve-se quase que 
inalterada em suas características principais, tendo sofrida poucas alterações no que 
diz respeito ao conteúdo ensinado ou mesmo na forma de se ensinar. Praticou-se, 
durante todo período, a geografia escolar de nítida orientação clássica, ou seja, a 
geografia descritiva, mnemônica, enciclopédica, distante da realidade do(a) aluno(a) 
(ROCHA, 2000, p.129-144). 
No período Colonial o modelo conceitual e metodológico foi pouco alterado, preferiu-
se ensinar Geografia através do modelo clássica adotado no período imperial aquela que não 
condizia com a realidade do aluno, com ênfase nas descrições e que buscava na memorização 
o modelo de entender a Geografia. 
No mesmo sentido para melhor compreender o ensino de Geografia, nesse contexto, 
aproximamos o dialogo com Pessoa: 
Terminado o período Imperial, as alterações apresentadas pelo ensino de Geografia 
foram poucas significativas, em sentido oposto, foram grande o numero de 
oportunidades de tentar dar um novo aspecto a esta disciplina. Porém o que 
infelizmente constatamos é que desde a fundação do colégio Pedro II, em 1837, até a 
decadência do Império, pouco mais de meio século, predominaram sobretudo os 
propósitos fundamentados em conhecimentos factuais, através de uma visão 
enciclopédica a-cientifica, descritiva e de uso exclusivo da memória, manifestação 
direta do ensino firmado na nomenclatura geográfica, fato que iria se prolongar 
ainda pelos primeiros decênios do regime republicano (PESSOA, 2007, p. 39). 
15319 
 
Percebe-se assim, que houve algumas mudanças no que tange ao ensino de Geografia. 
No entanto, seguem as mesmas bases da Geografia pautada na memorização e descrição 
conforme citada anteriormente. 
 Passado um século da sistematização do ensino de Geografia, concluímos que ainda 
há muito a se pensar em modelos de currículo no que diz respeito à disciplina escolar, bem 
como a forma pelo qual ela é apresentada aos alunos, pois ainda encontramos nas aulas de 
Geografia, a mesma influencia descritiva oriunda do século passado. No entanto, com advento 
do século XX surgem novas características, uma nova concepção de ensino, iniciando uma 
nova caminhada, um jeito diferente de ver e conceber o mundo. 
Em 1925, Carvalho apresenta ao mundo científico a obra “Methodologia do Ensino 
Geográfico: Introdução aos Estudos de Geografia Moderna”, Segundo Pontuschka, Paganelli, 
Cacete (2009, p. 47) “no livro, Delgado de Carvalho discutiu a urgência da Geografia em 
tornar-se uma ciência, o que somente seria possível em um trabalho de interação entre ensino 
e ciência geográfica”. Apresentou também uma critica as metodologias inseridas no ensino de 
Geografia até então. Criticava também o modelo de Geografia destinado somente ao estudo 
administrativo, ou seja, configurar de acordo com os estados, outra crítica apontada por 
carvalho era a memorização, lembrar nomes de rios, estados, à inexistência de conceitos, 
fragmentando o ensino, tornar o ensino menos ingênuo, mais científico era seu objetivo. 
Além das contribuições de Carvalho: 
No fim do século XX, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e o 
colégio Dom Pedro II do Rio de Janeiro foram os produtores de conteúdos e artigos 
geográficos usados pelos alunos e professores de Geografia, que orientaram os livros 
didáticos bem como a metodologia de ensino (FRANCISCHETT, 2010, p. 63). 
Em relação ao ensino de Geografia, alguns momentos históricos também contribuíram 
significativamente para a inserção dessa disciplina nas escolas, quanto a isso: 
A geografia como disciplina escolar está presente no Brasil desde o século XIX. 
Entretanto, sua consolidação como ciência com caráter científico aconteceu a partir 
da década de 1930, quando foi institucionalizada no Ensino Superior. Com a criação 
da Universidade de São Paulo em 1934, foram ministradas as primeiras aulas de 
geografia no curso de geografia e história, disciplinas que na época tinham uma 
única formação em nível de graduação. Em 1946 foi criado o Departamento de 
Geografia, que teve papel fundamental no desenvolvimento da ciência geográfica no 
Brasil. A criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1937 e 
da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) em 1934 também contribuiu 
significativamente para o desenvolvimento da geografia brasileira (MARTINS, 
2014, p. 61). 
15320 
 
Ambas as instituições fortaleceram através de mudanças os cursos de formação de 
professores de Geografia. A publicação de artigos e periódicos influenciou diretamente o 
ensino bem como os livros didáticos de Geografia. 
Já inserida nos debates acadêmicos, a Geografia ganha importância nos debates 
científicos, com isso novas tendências surgem ao contexto do ensino de Geografia. O 
Positivismo com Augusto Conte, traz influências e adeptos a essa teoria no Brasil. 
Concomitante, a Geografia Tradicional, no qual busca interpretar os estudos geográficos 
através do ato de observar, descrever sem se preocupar com o meio social, ou seja, o 
empírico. No entanto, essa visão da Geografia entra em decadência, surge à necessidade de 
inovação e no pós-segunda guerra mundial, graças às novas transformações tecnológicas e 
econômicas ocorridas no meio científico, surge a “Nova Geografia”, no qual busca retomar e 
uma nova formula para o direcionamento metodológico e científico. 
Essa nova visão da Geografia representa conceitos mais teóricos e apoiados em uma 
lógica matemática, ou seja, na exatidão, esse modelo foi muito utilizado pelo Estado com o 
objetivo de manipular resultados. 
A partir da década de 1960, a “Nova Geografia” recebeu fortes críticas por 
desconsiderar dados peculiares, analisando somente o todo. Surge então, a necessidade de 
inovar, novos caminhos para a ciência geográfica enquanto disciplina acadêmica. Em 1970, a 
Geografia Critica fundamentada no materialismo histórico dialético conquista adeptos 
dispostos a romper com as tradicionais correntes geográficas presentes, até então. Essa 
reconstrução do saber geográfico tem como base o pensamento crítico e reflexivo, entender o 
real sem omitir as contradições, buscar assim esclarecer as relações de espaço e de poder, um 
estudo comprometido com o meio social, preocupado com a desigualdade social e econômica. 
Em relação a essa nova tendência no ensino: 
Essa Geografia radical ou crítica coloca-se como ciência social, mas estuda também 
a natureza enquanto recurso apropriado pelos homens e enquanto dimensão da 
história, da politica. No ensino ela preocupa-se com o senso critico do educando e 
não em “arrolar fatos” para que ele memorize (VESENTINI, 2005, p. 36). 
Com essa tendência que o ensino de Geografia retomou novos rumos, aplicando 
diferentes conceitos, substituindo o senso comum por novas interpretações, a reflexão e a 
indagação caracterizam essa tendência do ensino de Geografia. Nesse mesmo sentido, Oliva 
(2008, p. 34) apresenta: “a renovação da Geografia é muito complexa e desigual no mundo 
acadêmico e as relações entre essa esfera e o universo do ensino médio são marcadas por 
15321 
 
inúmerasdificuldades”. É correto afirmar também que esse processo de renovação ocorre de 
maneira lenta, sobre tudo quando em análise dos currículos atuantes no ensino. Quanto ao 
currículo em questão, se faz necessário buscar interpretar o sentido que o mesmo tem e sua 
importância para o ensino e ferramenta para o professor na mediação no processo ensino 
aprendizagem: 
Se até a década de 1950 os currículos de geografia encontravam-se ainda muito 
amarrados à ideia de difundir conteúdos a serem seguidos nas salas de aula, nas 
décadas seguintes, isso começa a mudar. Mesmo durante o período da ditadura 
militar, no Brasil, especialmente depois de 1971 e da Lei nº. 5.692/71, que substitui 
as disciplinas de geografia e historia por estudos sociais, o “Verdão” (apelido dado 
ao guia curricular elaborado pelo governo brasileiro para orientar as praticas 
escolares da época) trazia, além dos conteúdos a serem trabalhados, orientações 
didático-pedagógicas (ALBUQUERQUE, 2014, p. 171). 
É importante destacar que nesse período, os currículos estavam enraizados nas 
questões politicas do momento, que detinham o poder de criar o modelo curricular de acordo 
com o interesse do Estado, trazendo assim somente os aspectos relacionados as condições 
dessa época. No mesmo sentido: 
Os documentos curriculares são, assim, um produto de diferentes atores que são 
codificados (produzidos) e decodificados (interpretados) de forma complexa, 
recebendo influencias que podem ser mais ou menos legitimadas como resultado das 
forças politicas e das negociações que estão em jogo num determinado espaço-
tempo (STRAFORINI, 2014, p. 55). 
O ensino de Geografia deve ter como referencia os currículos adotados para facilitar a 
mediação do conhecimento aos alunos, no entanto deve-se pensar e planejar os mesmos de 
acordo com a realidade e dinâmica da comunidade escolar, que venha a retratar o que de fato 
está perceptível no vivenciar do aluno, do professor e sobre tudo das condições estruturais e 
pedagógicas da escola. Um currículo que venha a oferecer condições que propiciem maior 
interesse e fomente o diálogo entre os sujeitos inseridos no processo ensino-aprendizagem. 
O ensino de Geografia no final do século XX 
Contextualizado o processo epistemológico e histórico da ciência geográfica, se faz 
necessário nesse momento, buscar analisar qual o papel da Geografia, mas principalmente do 
ensino de Geografia. As grandes transformações ocorridas no século XX, no cenário mundial, 
tanto econômicas culturais e sociais promovem um debate a cerca de nossa atuação frente a 
esse processo. Nessa lógica, acreditamos que a revolução industrial, bem como as novas 
15322 
 
revoluções na indústria, o mercado capitalista, o mundo em constante processo de integração 
através da globalização, a expansão do trabalho informal, são exemplos que contribuíram a 
essas transformações. São questões o qual nos provoca a refletir qual a importância da 
Geografia, e principalmente o ensino de Geografia, para entender esse processo. 
É notório no mercado competitivo atual, que estar capacitado é fundamental para o 
acesso e atuação frente ao mercado de trabalho. Segundo Vesentini (2008, p. 20) “o 
capitalismo necessita cada vez mais de uma força de trabalho qualificada e com elevada 
escolaridade”. Nesse sentido podemos ressaltar a importância do ensino frente a essa lógica 
de trabalho, pois com tantas inovações cientificas e tecnológicas se faz necessário o 
conhecimento, o ensino adequado para exercer determinada função, o ensino superior já está 
incluso nessa lista de conhecimentos. 
Na mesma perspectiva, a ênfase dada à educação e ensino ganha um novo conceito: 
E que essa escolaridade tem que ser fundamentada num ensino não mais “técnico”, 
como na época do fordismo e sim “construtivista”, no sentido de levar as pessoas a 
pensar por conta própria, aprendendo a enfrentar novos desafios, criando novas 
respostas em vez de repetir velhas fórmulas (VESENTINI, 2008, p. 20). 
Nesse contexto, podemos destacar que as inovações e condições para o mercado de 
trabalho exigem não somente a capacidade de desenvolver competencias para tal função, mas 
exige também desenvolvimento do espirito reflexivo e crítico e a criatividade e a iniciativa 
individual, mas voltada também para debater os problemas no mundo. Será que a Geografia 
consegue suprir tamanha função? Promover essa reflexão bem como expandi-la frente à 
sociedade, de certo modo não é uma tarefa simples, requer em primeiro plano expandir a 
escolaridade, disseminar em todas as disciplinas escolares o pensamento crítico, analítico e 
reflexivo a cerca das temáticas em questão. Buscar através do ensino, revolucionar o mundo 
das ideias ocultas, talvez esteja aqui a grande dificuldade encontrada pelos educadores, 
principalmente aos que adotam o sistema tradicionalista do ensino. Assim: 
A função de qualquer disciplina não é o entendimento de seu objeto de estudos, e 
sim a partir dele colaborar para a compreensão do todo. A Geografia, por intermédio 
de seu objeto de estudo – o espaço geográfico- pode, e, deve oferecer elementos 
necessários para o entendimento de uma realidade mais ampla (OLIVA, 2008, p. 
46). 
Encontramos então, uma possível resposta para qual seria a função da ciência 
geográfica e o ensino frente às transformações acorridas no mundo. Mostrar à sociedade a 
visão totalitária, apresentar a verdade oculta, a realidade dos fatos sobressai além do olhar 
15323 
 
simplista, esse pensamento crítico, característico a Geografia contribui na tentativa de 
amenizar ou superar os problemas presentes em nosso meio. 
A nova face do ensino vinculada ao pensamento reflexivo pertinente a atualidade, não 
chegou a todos os professores, como citado anteriormente, “o processo de renovação é lento e 
desigual”. Em sala de aula o aluno acaba sentindo a ausência ou entusiasmo em participar, 
dialogar com a ciência geográfica, a respeito disso: 
A Geografia que se ensina e se aprende não os motiva mais e, seguramente, está 
muito longe das suas reais necessidades. A Geografia foi perdendo aquilo que de 
especial ela sempre teve – discutir a realidade presente dos povos, particularmente 
no que se refere a seu contexto espacial (OLIVEIRA, 2005, p. 138). 
Quanto ao papel da escola nesse processo Oliveira (2005, p.143) relata que “é na escola 
que uma parte do processo de conscientização e/ou não conscientização se desenvolve. Todas 
as disciplinas têm papel a desempenhar nesse processo. À geografia cabe papel singular nesta 
questão”. 
Ao entendimento das transformações que estão a ocorrer na sociedade, se faz necessário 
refletir e agir diante das mesmas. Nesse sentido, a Geografia com seus novos olhares, modo 
de refletir e questionar contribui de maneira significativa para a busca dessa análise, o papel 
indispensável do ensino de Geografia, bem como escolas e professores no entendimento do 
mundo moderno. 
De maneira objetiva, Callai (2011, p. 25) “o ensino de Geografia pode servir então para 
situar os sujeitos nesse mundo, de modo que compreendam a espacialidade dos fenômenos e 
que os espaços resultam da história dos homens que vivem nos lugares”, sendo assim um 
espaço planejado a partir dos interesses dos que ali vivem. Dialogando com a autora, conclui-
se então a importância do ensino de Geografia, frente à sociedade. A relação do local onde o 
mesmo se encontra é importante para que o sujeito entenda o global, a Geografia apresenta-se 
aqui como mediadora nessa inter-relação do conhecimento. 
Quanto a função dos professores no ensino de Geografia: 
Devemos ensinar mais nossos alunos (e a nós mesmos) a duvidarem do que se ouve 
e lê, inclusive nos livros e na televisão, para que o aluno perceba que não estamos, 
quando damos aula, ensinando doutrinas, verdades, mas sim que estamos 
construindo um conhecimento novo a partir do que já temos ( a fala do professor, do 
aluno, o livro texto, osmeios de comunicação etc.). Para tal, a dúvida deve ser um 
principio metodológico constante. Nós professores, precisamos aprender a conviver 
com a insegurança da dúvida (KAERCHER, 2009, p. 222). 
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Essa dúvida, citada pelo autor promove no aluno o ato de reflexão e questionamento, 
objetivo este, da renovada Geografia que se pensa enquanto ciência de estudos. Aqui então, a 
importância dos professores, da escola, do aluno bem como a sociedade, no que diz relação à 
atuação e ao diálogo frente ao que se passa na conjuntura social atual. 
Considerações Finais 
Ao findar a revisão bibliográfica acerca da trajetória da Geografia foi possível constatar 
que a ciência geográfica tem suas características construídas ao longo de diversos períodos 
históricos. Superando diversos paradigmas, foi conquistando espaço diante as demais 
ciências. Uma ciência que busca a renovação quanto ao modo de observar, interpretar e agir 
diante das questões sociais. 
Ao desenvolvimento da pesquisa buscamos base teórica em autores que condizem com 
a perspectiva histórica crítica, bem como demais pensadores da epistemologia geográfica, 
dentre os principais, as obras de Lacoste, Andrade, Moraes, quanto ao ensino de Geografia 
buscamos nas leituras de alguns autores que aproximam esse diálogo, Callai, Kaercher, 
Vesentini o aporte teórico para o desenvolvimento da reflexão. Importante diálogo para 
compreender a ciência geográfica enquanto sua gênese a chegada aos bancos escolares. 
Ao conhecimento da ciência geográfica enquanto disciplina escolar constata-se que o 
ensino bem como as escolas concebendo um novo olhar diante das mudanças atuais. A esse 
novo direcionamento, o olhar reflexivo, crítico e que fomenta no aluno o interesse de 
participação frente a essas questões, estão interligadas ao modo de ensinar e conceber o 
ensino de Geografia. 
Tendo como referência essas questões, buscamos apresentar a Geografia com suas 
características históricas, conceitos que ao longo dos períodos impulsionaram a ciência 
geográfica no campo do ensino bem como nos demais ramos. 
A Geografia enquanto disciplina escolar buscou no ensino o movimento de renovação 
quanto ao ato de reflexão e no modo de agir diante dos fenômenos sociais. A escola bem 
como o ensino de Geografia recebe tamanha função quanto ao processo de desenvolver 
habilidades para formar cidadãos atuantes, conscientes e desalienados. 
 
 
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