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RESUMO HISTÓRIA DA ARTE

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RESUMO: HISTÓRIA DA ARTE
Unidade 01
O QUE É ARTE? 
O conceito de arte é mudado de acordo com a época e a cultura. Pode ser emoção, questionamentos, sentimentos, depende do momento histórico. Pode ser separado ou não, como é entendido hoje na civilização ocidental, do artesanato, da ciência, da religião e da técnica no sentido tecnológico. Essa mutabilidade do conceito depende tanto daqueles que produzem os objetos que receberão a definição de obra de arte quanto da sociedade na qual esses mesmos objetos são feitos.
Atualmente, arte é um termo relacionado à criação de imagens, sons, objetos, espaços (virtuais ou físicos), que contenham alguma qualidade plástica que se destaque a partir do ponto de vista da sociedade (mensagem, canal de comunicação para a sociedade). O reconhecimento dessas qualidades, em geral, é feito por um crítico ou por alguém cuja opinião seja ouvida. É essa opinião, quando aceita pela sociedade dentro da qual ela foi emitida, que irá determinar o que é e o que não é arte, assim como o que é e o que não é obra-prima.
Elementos básicos da comunicação visual da arte: ponto, linha, forma, direção, tom e cor (trazem informação). 
A ARTE PRIMITIVA É ARTE? 
Para os gregos antigos do século V, A.C. a palavra usada para definir arte, ou capacidade de realizar algo a partir de certas habilidades e conhecimentos, era TEKNÉ, que etimologicamente deu origem à palavra técnica que usamos hoje. Para aqueles gregos havia arte, ou técnica, de se fazerem esculturas, pinturas, sapatos ou navios.
O termo arte, com o passar dos séculos (e dependendo das sociedades nas quais se verifica a existência desse conceito), modificou-se bastante. Na Europa, durante um longo período, o termo servia para designar uma atividade relacionada à capacidade de realizar objetos, pinturas, obras com muita qualidade, perícia e talento.
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ARTE NO JORNALISMO
Fonte de informação primordial para a compreensão do processo histórico e um jeito encantador de formar uma visão mais apurada do processo cultural. A proximidade com as artes visuais contribui ao entendimento das obras literárias.
O universo das artes e suas questões sociais e históricas, abre um leque de possibilidades ao seu imprinting cultural (IC). 
IC: é apontado como uma marca determinada pelas experiências do ser humano, que acompanha o sujeito desde o seu nascimento como um selo de cultura, o qual recebe influências inclusive de suas experiências escolares, nos diferentes níveis de ensino, valores crenças e etc. 
O universo das artes é gigantesco, impossível de ser absorvido de maneira superficial e rápida. É fundamental para o desenvolvimento e acúmulo para o repertório do jornalista. 
AS TRANSFORMAÇÕES DA ARTE AO LONGO DO TEMPO
Linha cronológica (dificuldade de definição de datas e conceitos exatos) Ao logo do tempo as classificações podem e vão sendo questionadas e alteradas (autores/historiadores – divergência, dinamismo). Existem períodos de indefinição (transição) sobre a arte. 
PRÉ-HISTÓRIA: A ARTE RUPESTRE
Foi o começo de tudo. 
Períodos: a) Paleolítico (ou a Idade da Pedra Lascada): que vai desde o aparecimento do homem até 12 mil anos atrás. Apogeu da arte rupestre paleolítica, foi foi descoberto em 1880, nas cavernas de Altamira, na Espanha, também conhecida como gruta de Altamira, onde se conserva um dos conjuntos pictóricos mais importantes da Pré-História; b) Neolítico (ou a Idade da Pedra Polida): de 12 mil até 6 mil anos atrás; Importância: período das criações de armas e apetrechos mediante polimento das pedras, tornando-as mais afiadas. Foi nessa época que o ser humano fixou residência, iniciou-se na agricultura e dedicou-se à domesticação de animais. Com a construção de moradias e o domínio da tecelagem e da cerâmica, desenvolveu se a divisão de tarefas na comunidade. O homem neolítico refletiu sua arte das conquistas técnicas. Uma característica que predominou na pintura foi a ausência da imitação da natureza, passando para a representação do cotidiano em grupos coletivos. Na última fase do Neolítico, por volta de 3000 a.C., vemos um novo material dando forma à beleza. Com o domínio do fogo e da transformação de minerais, o homem cria peças metálicas muito bem‑feitas. c) Idade dos metais: datada de 6 mil anos atrás até o aparecimento da escrita; d) Era paleolítica superior: (30 mil a 18 mil a.C.), A linguagem gráfica observada na arte rupestre era o manifesto do código social dos grupos étnicos da Era Paleolítica Superior que reproduzia a imagem na sua verdade visual, sem deformações ou estilizações.
Temáticas: dominadas pela crença nos poderes mágicos, pelo cotidiano que envolvia a luta pela sobrevivência. GRUTA DE ALTAMIRA: símbolos sexuais e religiosos, ritos de fertilidade, cerimônias de súplicas aos deuses para caças bem-sucedidas, bem como batalhas entre clãs. As cavernas espanholas proporcionaram maior impacto social no século XX, diante de sua variedade de riqueza cultural e artística. No mundo artístico moderno, por exemplo, influenciou a criação da Escola de Altamira, quando o artista espanhol Pablo Picasso, após uma visita, exclamou que, depois de Altamira, tudo parecia decadente. Apelidada de Capela Sistina da Arte Paleolítica, ela foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985. 
TRADIÇÃO DA ARTE RUPESTRE BRASILEIRA
Os principais costumes arqueológicos da arte rupestre brasileira são: tradição agreste, Nordeste, Planalto, São Francisco, geométrica, litorânea, meridional e amazônica. Desenvolvida de acordo com a sua região geográfica. 
TRADIÇÃO AGRESTE
Região da Serra da Capivara. Tem predominância de grafismos de imagens humanas, em geral masculinas e estáticas. Pouco refinamento nas pinturas. 
TRADIÇÃO NORDESTE
É a mais antiga e complexa tradição. Parque Nacional Serra da Capivara. Representa homens, animais, plantas e algumas figuras geométricas com conotação narrativa e interativa, ou seja, cenas de caça, guerra, dança, sexo, entre outras, onde se nota movimento na ação. 
TRADIÇÃO SÃO FRANCISCO
Os grupos denotavam extrema habilidade compositiva, combinavam em painéis figuras com cores vivas mesmo com a pouca variedade temática; possuía grafismos situados em lugares visíveis e uma tradição concentrada na região do Vale do Rio São Francisco. Os répteis são formas frequentes na tradição São Francisco. 
TRADIÇÃO MERIDIONAL
Rio Grande do Sul. Suas gravuras são predominantemente limitadas à combinação de traços retos ou curvos e círculos de vários tamanhos, muitos formando pegadas de felinos; é feita sobre superfícies de arenito, utilizando se técnicas de incisão ou polimento. 
TRADIÇÃO AMAZONICA
Região Norte. Considerada a mais antiga das Américas. Tem grande variedade de temas e tipos de grafismos, como figuras antropomorfas estilizadas e humanas de várias dimensões (de até um metro), animais, partes de corpos e formas geométricas etc.
SIGNIFICADO E SENTIDO DA RTE RUPESTRE
Provavelmente, os homens das cavernas acreditavam que se pintassem com a máxima exatidão possível o animal desejado, o espírito dele seria benevolente para com a tribo. Um pouco dessas crenças primitivas continua presente em nossas consciências. A águia americana ou o urso russo, por exemplo, remetem à ideia simbólica de que essas criaturas representam o espírito de seus povos (rituais, conexão com a divindade). 
ARTES INDÍGENAS 
Quando surgiu a arte brasileira? A arte brasileira surgiu da combinação das manifestações artísticas pré-históricas, com as artes primitivas dos povos indígenas e os estilos artísticos de outras sociedades.
O que são índios? A arte indígena, também denominada tribal, tradicional ou nativa sofreu julgamentos calcados na visão colonialista como a própria nomenclatura sugere, ou seja, designa todos os povos que foram encontrados no território brasileiro pelos portugueses. Xavantes, Kadiwéu, Yanomami, Asurini, Kayapó, Bororo, Karajá etc. 
Características marcantes: 1. Grafismo em suportes como: máscaras, cestarias, madeira, esculturas, cerâmicas, painéis decorativos,couro, cascas, pedra e, enfim, a própria pele (escarificações e tatuagens). tatuagens). 2. São extremamente habilidosos em artefatos decorativos, como a arte plumária, de miçangas, tecelagem com fios e trançados de fibras vegetais. A arte gráfica indígena brasileira é considerada de grande autenticidade e qualidade estética, empregando técnicas na pintura corporal e na decoração de objetos utilitários, como cestarias e cerâmicas. 3. Pintura corporal: A pintura corporal indígena é chamada de tonophé. Desenhos geométricos, relacionadas ao próprio sistema de comunicação ligado à Cosmologia, obedecendo às regras estéticas e morfológicas. Elaborada pelas mulheres, divide-se o corpo em áreas que se sujeitam às formas geométricas dos signos visuais e critérios como sexo, idade, atividade que exerce e a posição que ocupa no grupo. 
Função e significado das artes indígenas: a verdadeira função que os índios esperam de tudo que fazem é a beleza. Incidentalmente, suas belas flechas e sua preciosa cerâmica têm um valor de utilidade. Mas sua função real vale dizer, sua forma de contribuir para a harmonia da vida coletiva e expressão de sua cultura, é criar beleza (Darcy Ribeiro). A cultura indígena não é, portanto, voltada para o mundo das artes dentro de um contexto específico. O significado representativo do grafismo indígena brasileiro, além do estético, possui conceitos sociológicos e religiosos. As formas geométricas variam entre abstrações e formas naturalísticas simplificadas que demonstram não apenas códigos internos, mas coloca o artista/artesão indígena como protagonista pelo reconhecimento étnico do grupo ao qual pertence. 
Produção cerâmica e cestaria: São manifestações culturais que expressam a identidade da tribo, de seus indivíduos e das atividades atribuídas a cada um deles. 
Cestaria: Símbolo da cultura e objeto, a cestaria, como outras manifestações artísticas, materializa a subjetividade do grupo indígena, constituindo se em linguagem da vida cotidiana, mas expondo ainda referências mais profundas e complexas, como a ancestralidade, o sagrado e a natureza.
Arte do trançado: A arte do trançado é uma das mais antigas que o homem conhece. Representa diferentes categorias artesanais indígenas e revela seu modo de vida e sua adaptação ao meio.
Arte plumária: Considerada a maior manifestação artística do índio brasileiro, a arte plumária é a personalização corporal de seu grupo étnico e mítico produzida pela combinação de penas, plumas e penugens de aves. Traduz esteticamente simbologias e mensagens sobre sexo, idade, posição social, cargo político, filiação e importância cerimonial e ancestralidade. 
ARTE CLÁSSICA: GRECIA E ROMA
A ARTE NA GRÉCIA ANTIGA
Busca da representação do corpo humano de uma maneira mais fiel à realidade visível que o compõe, possível, estimulando o artista grego a continuar explorando a anatomia dos ossos e músculos, e a formar uma imagem convincente da figura humana, inclusive debaixo das roupagens das esculturas. A busca de mostrar não apenas a forma do corpo, mas também seu movimento fez parte da arte grega (Miron – discóbolo). Influência da arte egípcia: A influência da arte egípcia, apesar de limitadora (pois se baseava em regras de representação rígidas), deu uma contribuição importante à arte grega no seu auge: no Egito, a representação tentava ser a mais detalhada e completa possível, estimulando o artista grego a formar uma imagem convincente da figura humana (real). 
A ARTE NA ROMA ANTIGA
Foi na arquitetura e na escultura que se pôde visualizar com mais nitidez os avanços e influências da arte Romana clássica. A roupa tem mais detalhes que o corpo, diferindo dos gregos. Expressar significados vinculados ao poder de Roma era algo fundamental e conseguido com muita dedicação e talento dos escultores da época. A reprodução de bustos, rostos e perfis em relevo era de grande qualidade. Elementos da arquitetura e pintura: Arcos (coliseu), abóbodas como o Panteão, pinturas murais de paisagem e natureza morta. 
A crise do Classicismo: a relação entre Oriente e Ocidente na Idade Média
(476-1453)
A queda do Império Romano é assinalada pela conquista de Roma no ano de 476 pelos povos germânicos, combinada com a ascensão do cristianismo como religião oficial, a qual se impôs, paulatinamente, sobre as antigas crenças (tanto as romanas como as das tribos germânicas), que passaram a ser tratadas como pagãs. Essa época caracterizou-se, no campo artístico, pelo predomínio dos temas da religião cristã, pela busca da representação do sagrado na pintura, na escultura e na arquitetura. Porém, a arte cristã medieval pode ser dividida em arte bizantina e arte medieval do Ocidente.
ARTE CRISTÃ NO IMPERIO BIZANTINO
Constante ingerência do clero cristão do Oriente sobre a arte bizantina, o que contribuía para torná-la profundamente religiosa. Caráter teocrático do Império Bizantino, motivo pelo qual a produção de obras de arte era estimulada, com mosaicos nos quais eram representados, com a cabeça aureolada, geralmente a própria Virgem Maria e o menino Jesus. Na arte bizantina, há um destaque para pintura parietal (em paredes), a pintura mural, as iluminuras, a tapeçaria e os mosaicos. Basílica de San Vitale. 
Foi palco de um movimento religioso: Iconopastia: indivíduo que tem adoração à imagens ou obras x Iconoclastia: rejeição de imagens religiosas, contra a sua veneração de ícones e imagens religiosas. 
A ARTE CRISTÃ NA EUROPA OCIDENTAL MEDIEVAL
Caracterizado pelo feudalismo, a arte também foi predominantemente cristã. Voltava-se especialmente para a representação dos desígnios divinos, com imagens do céu e do inferno, de modo a ensinar o caminho da salvação cristã à população, que em sua quase totalidade, era analfabeta.
Costuma-se dividir a trajetória da história da arte do Ocidente medieval em três momentos significativos: a arte românica, o renascimento carolíngio e a arte gótica:
• arte românica: corresponde ao período do auge do Feudalismo, sendo, portanto, a expressão artística da sociedade rural feudal descrita anteriormente;
• renascimento carolíngio: foi aquela arte produzida durante o império de Carlos Magno, a partir do ano de 800, em que se buscou a volta aos padrões clássicos, apesar do predomínio da orientação religiosa cristã;
• arte gótica: desenvolveu-se na crise do Feudalismo, quando floresceram novamente a cultura urbana, as universidades e as ordens monásticas (cistercienses, franciscanos, dominicanos e beneditinos), que contribuíram para a primeira reforma da Igreja cristã, no sentido de sua reaproximação com os valores originais da fé.
OBS: CARACTERISTICAS DA PINTURA: A obra La Maestà estimulou outros artistas da época a modificarem essa forma de representação, buscando uma pintura mais realista do ponto de vista físico, mais próximo à anatomia e fisionomia das pessoas daquela região. A importância de cada personagem dentro da cena está diretamente relacionada ao tamanho da sua imagem, ou seja, quanto mais importante é a figura, maior é o seu tamanho.
RENASCIMENTO: A RAZÃO E A ARTE
Florença/Italia. Um grupo de artistas se dispôs deliberadamente a criar uma nova arte e a romper com as ideias do passado recente, tendo como líder Filippo Brunelleschi. Sua proposta era de que as formas da arquitetura clássica (colunas, frontões, proporções etc.) fossem livremente usadas para criar novos modos de harmonia e beleza. Teocentrismo não é mais unanime, voltava-se mais para o uso da racionalidade como forma de explicar o mundo. Invenção: a perspectiva. Criar a ilusão de profundidade através da redução do tamanho dos objetos a medida que se afastam do plano do observador (Filippo Brunelleschi). 
Jan Van Eyc: Apesar de van Eyck também se utilizar de uma característica da perspectiva (a de criar a ilusão de profundidade através da redução do tamanho dos objetos à medida que se afastam do plano do observador), são os detalhes que convencem o espectador de que aquelas imagens são um espelho do mundo real. Para conseguir a exatidão, ele aperfeiçoou significativamentesua capacidade de pintar, inventando a pintura a óleo, que permite uma riqueza de detalhes muito rica. 
A ideia do artista, e também do arquiteto, como ser criador, único ou principal, responsável pelas qualidades de sua obra, se consolida nessa época. É daí que provêm nomes da península itálica como Leonardo da Vinci, Rafael, Michelangelo, Fra Angelico e Ticiano, e do norte da Europa, como Albrecht Dürer e Hans Holbein e vários outros mestres famosos.
Leonardo da Vinci: Em uma das suas mais conhecidas obras, a Mona Lisa, Leonardo consegue superar os mestres anteriores, usando uma técnica de pintura denominada sfumato, que possibilitou criar uma ilusão de vivacidade nunca antes conseguida na pintura de uma figura humana. 
MANEIRISMO
Características: retratação de figuras em formato alongado e serpenteado, com uso de cores que não representam fielmente a natureza; são frias, estranhas e artificiais. Diferença renascimento e maneirismo: enquanto renascimento promove a busca pela representação ideal da natureza, do homem e do espaço, o maneirismo expressa por meio de narrativas descontínuas a realidade sob a visão de cada pintor. Tem início um momento na história da arte europeia – que se contraporia ao Renascimento – que privilegiou os desejos pessoais e o talento individual dos artistas e arquitetos em criarem arte segundo seus princípios individuais, ao contrário de perseguir regras matemáticas, geométricas, ou, como já foi dito, clássicas
Michelangelo Buonarroti (1475 1564 ): A sua capacidade de representar o corpo humano em qualquer posição ficou logo conhecida, e nisso superou todos os antigos mestres. Pintura do teto da Capela Sistina e La Pietá. Essa posição de Michelangelo deu origem ao período chamado de Maneirismo, que significa à maneira de, ou seja, de acordo com a vontade do artista.
BARROCO: A INVENÇÃO DO MOVIMENTO
Originalmente, esse nome fora dado a algumas obras como um meio de caracterizá-las como grosseiras e absurdas, ou seja, dando um sentido pejorativo.
A Arte Barroca é conhecida pelos detalhes, requinte e elegância exagerados. Surge no contexto da Contrarreforma e também no cenário colonialista, com as muitas riquezas das realezas em novos territórios. Suas obras incluem, sobretudo, temas religiosos. 
Características: 
· Predomínio de temas religiosos;
· Riqueza nos detalhes e formas;
· Expressões dramáticas das personagens retratadas;
· Preferência pelas curvas e contornos em detrimento das figuras geométricas (movimento);
· Importância da iluminação e o jogo de luzes e sombras;
· Uso de contrastes a fim de evidenciar a proximidade do divino com o humano.
· Restabelecer os padrões adotados na antiguidade por gregos e romanos. 
· Artistas: Caravaggio, Gian Lorenzo Bernini Êxtase de Santa Teresa (1645 1652). Aleijadinho. 
· os elementos que compõem a pintura, escultura, alto ou baixo relevo, desenho, ou qualquer outro suporte estão organizados e direcionam o olhar do observador.
A ARTE NA ERA DAS REVOLUÇÕES
A Primeira Revolução Industrial, a Revolução Americana (1776), da qual resultaram a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa (1789), que pôs fim ao sistema feudal na França; e as diversas revoluções que eclodiram em diferentes regiões da Europa no ano 1848, com base em ideais como o liberalismo, o socialismo e o nacionalismo. Questão social, humanas, sai da sacralidade. Laicização da arte. Obra: Jacques Louis David A morte de Marat ou Marat assassinado (Marat assassiné) (1793); 
REALISMO
Preconizava o abandono, na arte, da subjetividade e da emoção, caracterizando-se pela busca da objetividade e minúcia, de modo racional. A pintura realista apresentava, portanto, caráter documental e descritivo. O belo está na própria realidade do modo como ela é, cumprindo apenas ao artista reproduzi-la em sua verdade. Sai da forma interpretativa. 
No Realismo, a obra de arte constitui veículo de denúncia das injustiças sociais, protestando, de forma politizada, em favor dos oprimidos e desfavorecidos, revelando a desigualdade existente entre a pobreza do proletariado e a riqueza dos burgueses.
Nomes: Gustave Courbet, Rodin, Millet. 
NATURALISMO 
Surge uma nova forma de representação da realidade com base em inovações permitidas pela máquina: a fotografia. Realidade por meio da fotografia. 
Abandonou um pouco as questões ideológicas (crítica social) do Realismo, os artistas naturalistas empreenderam uma caminhada em busca da reprodução fiel das paisagens urbanas ou não, sem o caráter idealizado do Realismo. Sua prática ocorria ao ar livre. Entre os principais artistas naturalistas estão Theodore Rousseau (1812-1867) e Camille Corot (1796-1875).
ROMANTISMO
No Romantismo, os artistas afastaram-se da representação do real. O interesse era o de representar valores sociais simbolizados nas próprias pinturas por figuras humanas, seus trajes, seus gestos e mesmo os objetos que portavam. 
A pintura adquire um caráter eminentemente retórico, tornando-se um discurso sobre o real, representando as mudanças sociais e políticas decorrentes da ascensão da burguesia ao poder. Por esse motivo, as cenas do cotidiano, do povo e seus costumes são os preferidos pelos artistas. Forte carga emocional, apelo a símbolos da nacionalidade e liberdade. 
Um dos artistas mais representativos desse período foi Eugène Delacroix (1798-1863), autor do primeiro quadro político da história da arte, A Liberdade Guiando o Povo (1830). A ideia de liberdade estava impregnada de valores nacionalistas e de independência da pátria.
Unidade 02
RUPTURA DOS PADRÕES CLÁSSICOS: PINTURA, DESIGN E ARQUITETURA
A introdução da máquina como elemento fundamental do ciclo produtivo propiciou, em meados do século XIX, um debate exaustivo sobre a relação entre artesanato versus indústria e, por conseguinte, entre arte versus artesanato.
Na Primeira Exposição Universal de 1851, realizada no Palácio de Cristal em Londres, ficara patente a necessidade de adequar as formas dos objetos produzidos artesanalmente pelo homem aos novos tempos, agora os da máquina. 
Movimento contra as maquinas/produção industrial: Arts and Crafts, liderado por artistas como William Morris (1834 1896) e John Ruskin (1819 1900), que rejeitavam a forma de produção industrial. Defendiam o artesanato. 
Movimento antagônico ao Arts and Crafts nos seus objetivos. Com diversas denominações, a Arte Nova, ou Art Nouveau, pretendia avançar a questão da produção em série a partir dos novos materiais: o ferro e o vidro. Para romper com o clássico tinham forte influência da pintura oriental, com utilização de formas da natureza, portanto linhas curvas e temas florais. 
Werkbund: uma sociedade de artesãos e artistas com o objetivo de relacionar a arte e a indústria por meio do ensino e da propaganda. Werkbund concilia a máquina na produção artística, de forma e abrir terreno seguro para que Walter Gropius (1883 1969) em 1919 fundasse em Weimar, também na Alemanha, primeira e mais importante escola de arte, design, arquitetura e urbanismo, a Bauhaus (1919 1933). 
Paul Cézanne (1839 1906): Segundo Cézanne, o artista não reproduz, mas interpreta a realidade. Influenciou muitas gerações de pintores, nas quais se incluem Pablo Picasso e Georges Braque. Cézanne destacou-se sobretudo, na História da Arte, pelo rigor técnico com que buscou a geometrização em suas pinturas, empregando com maior constância formas cilíndricas, esféricas e cônicas, tornando se um precursor do Cubismo. 
PONTILHISMO
Técnica de pintura que surgiu na França. Essa técnica é bastante diferenciada porque os pintores fazem suas artes não com largas pinceladas, mas com pequenos PONTOS de cores, lado a lado, muito próximos, sem mesclar as cores. Elemento: “ponto”. Um dos principais artistas desse tipo de representação foi Georges Seurat, que influenciou muito os artistas chamados de impressionistas. 
 
A ARTE MODERNA
A arte moderna tem como principal característica o rompimento com os padrões vigentes. Tal aspecto se dá principalmente por conta de seu momento histórico.
Aconteceuem um período de grandes conquistas tecnológicas (como o invento da fotografia e do cinema), além da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e posteriormente a Segunda Guerra Mundial.
Assim, a arte também se transforma e passa a exercer cada vez mais um papel contestador, expressando de alguma forma as incertezas e dilemas da contemporaneidade.
Essa expressão artística transformou radicalmente o campo das artes ao quebrar com os formalismos, atingindo inclusive as estruturas gramaticais no campo literário.
Teve influência de Freud (SURREALISMO): Freud em sua psicanálise vem apontar para a descoberta do inconsciente e revoluciona a concepção do homem, marcada até então pela filosofia cartesiana, pelo pensamento racional. Dessa forma, o artista se libertava do retratismo visível e dava asas às suas realidades psíquicas pelo formalismo em detrimento do tema.
Suas principais características são: promoção dos temas do cotidiano, uso de novos elementos e técnicas como colagens, o prestígio da criação em detrimento da obra, o desapego as regras formais da literatura (ausência de pontuação), liberdade estética, oposição a rigidez e ao tradicionalismo. 
Principais artistas modernistas europeus: Pablo Picasso (1881-1973). Georges Braque (1882-1963), Salvador Dalí (1904-1989), Joan Miró (1893-1983).
Os principais expoentes da arte moderna no país foram:
· Na Literatura: Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988), Plínio Salgado (1895-1975), Sérgio Milliet (1898-1966).
· Na Pintura e no Desenho: Anita Malfatti (1889-1964), John Graz (1891-1980), Oswaldo Goeldi (1895-1961), Yan de Almeida Prado (1898-1991), Tarsila do Amaral (1886-1973)
· Na Escultura: Hildegardo Leão Veloso (1899-1966), Victor Brecheret (1894-1955) e Wilhelm Haarberg (1891-1986).
· Na Arquitetura: Georg Przyrembel (1885-1956).
Principais movimentos: Impressionismo, Cubismo (foi seu auge), o Surrealismo, o Fauvismo, o Construtivismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Futurismo.
OBS: Papel da vanguarda artística: Vimos o Movimento Renascentista, a Revolução Industrial, o Impressionismo e a Arte Moderna, para citar apenas alguns exemplos de períodos e vanguardas que vieram romper com os conceitos existentes e materializar novas linguagens. Esse foi e sempre será o papel da vanguarda artística: elucidar a liberdade estética à capacidade imaginativa do artista e do público em um certo momento de ruptura de valores. 
IMPRESSIONISMO
Arte visual onde o artista traz sua interpretação, sua “impressão”. Exploração dos efeitos de movimento e de luminosidade, obtidos a partir de pinceladas soltas, sem traço de desenho. Pintavam em meio à natureza, ao ar livre. 
Porta de entrada da ARTE MODERNA e da ascensão da ABSTRAÇÃO, rompendo com o realismo; liberdade estética, na capacidade imaginativa do artista e do público, na abstração. 
Obra/autor: Claude Monet, intitulada Impressão, nascer do Sol, de 1872.
FAUVISMO
Máxima expressão pictórica, onde as CORES são utilizadas com INTENSIDADE, simplificação das formas. Os seus temas eram leves e não tinha intenção crítica, revelando apenas emoções e alegria de viver. O pintor deve seguir os impulsos instintivos, os seus sentimentos primários. Os mais importantes representantes do Fauvismo foram: os franceses Maurice de Vlaminck (1876 1958), André Derain (1880 1954), Raoul Dufy (1877 1953) e Henri Matisse (1869 1954).
EXPRESSIONISMO
Forte carga de SUBJETIVIDADE tornando-as expressão direta dos seus UNIVERSOS INTERIORES. Caracterizado pela irracionalidade, pelo individualismo, além de apresentar uma visão pessimista da realidade, de forma a realizar uma deturpação do real.
Obra/autor: “O grito” de Edward Munch, privilegia a manifestação dos sentimentos e não a descrição objetiva da realidade existencial. 
Contraposição ao Impressionismo, em particular contra as suas tendências naturalistas e positivistas. Noutros termos, o Expressionismo deforma o real a fim de explicitar a subjetividade do artista e da própria natureza, privilegiando a manifestação dos sentimentos e não a descrição objetiva da realidade.
CUBISMO
Representação da realidade por meio de figuras geométricas, que representavam seres e objetos em todas as suas partes em um único plano, sem preocupação com perspectiva ou tridimensionalidade. Antitradicionalismo. A realidade se via simplificada às formas geométricas: triângulos, losangos, trapézios, cubos. 
Auge da arte moderna. Artistas: Pablo Picasso (1881 1973) e Georges Braque (1882 1963).
FUTURISMO
Contrários a toda tendência moralista e passadista, os futuristas foram artistas que enalteceram, em suas obras, as conquistas tecnológicas do início do século XX. 
Em decorrência de seu apreço pela novidade, propunham inclusive a destruição dos museus e das antigas cidades. Caráter agressivo. Culto à guerra e à velocidade. Antitradicionalismo. Glorificar o futuro e idolatrar as máquinas. Em favor da tecnologia e da velocidade dos objetos (como o carro). Emprego de cores fortes, a simulação de ação, de movimento. 
Presente nas artes plásticas e na literatura, o Futurismo foi inaugurado com a redação do
Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876 1944).
DADAISMO
O non sense, o não lógico e o não racional, os dadaístas empregavam a ironia em suas obras e eram radicais, na valorização daquilo que era considerado absurdo. Por esse motivo, recorreram ao poema aleatório e aos ready mades Pautada na ironia, liberdade, absurdo, caos, incoerência, desordem e pessimismo. Tinha como proposito “destruir a arte”. Contestação aos valores culturais. “A destruição também é criação”. Negação de todas as regras e de todas as tradições. FIM DA ESTÉTICA. Esncandalizar, subverter. FEZ OPOSIÇÃO A 1ª GUERRA. 
Teve início no Cabaret Voltaire, localizado na cidade de Zurique, capital da Suíça, no ano de 1916.
Artistas: A liderança do mesmo coube ao escritor alemão Hugo Ball (1886 1927) autor do Manifesto Dada, ao poeta romeno Tristan Tzara (1896 1963) e ao pintor e poeta alemão Hans Arp 1886 1966). 
CONSTRUTIVISMO RUSSO
A arte serviria aos propósitos ideológicos, de apoio à construção da sociedade socialista. Reflete as conquistas sociais da REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE. Recurso à abstração geométrica. Contrariamente a noção de pureza artística, enfatizava a vinculação entre a produção artística e a realidade cotidiana. 
A denominação de arte construtivista foi elaborada pelo artista plástico russo Kazimir Malevich (1878-1935), referindo-se à obra do seu compatriota, o pintor e fotógrafo Alexander Rodchenko (1891-1956). 
NEOPLASTICISMO HOLANDÊS 
O movimento denominado De Stijl ou neoplasticismo teve origem na Holanda e contou, entre os seus mais importantes expoentes, com o artista plástico, designer, poeta e arquiteto Theo Van Doesburg (1883 1931), o pintor Piet Mondrian (1872 1944) e o designer de produtos e arquiteto Gerrit Rietveld (1888 1964). 
Supervalorização das cores primárias e das formas geométricas simples, conduzindo ao abandono de toda representação figurativa, por meio da adoção do completo abstracionismo: “Despismos a natureza de todas as suas formas e só ficará o ESTILO”. Arte abstrata e objetiva. Não traz emoção, frio. 
SURREALISMO
É o surreal; aquilo que está para além do real, porque transcende a compreensão racional e relaciona-se com a mente INCONSCIENTE, com o imaginário e o absurdo. Análise dos sonhos e experimentação de diversos estados da consciência, como a produção artística entre o sonho e a vigília ou sob efeito de álcool e alucinógeneos. Influenciado pelas teorias de Sigmund Freud. PAPEL DO INCONSCIENTE NA REPRESENTAÇÃO DA REALIDADE. Sentimentalismo. Questões existenciais, livre da racionalidade. 
Origem em Paris: Manifesto Surrealista, de autoria do poeta André Breton. Artista: Salvador Dalí. 
ARTE ABSTRATA E A BAUHAUS
Escola alemã de formação de arquitetos, técnicos e artífices especializados. Ela começou com uma definição utópica: a construção do futuro deveria combinartodas as artes em um ideal único (“UNIÃO ENTRE ARTE E INDÚSTRIA). Fundador, Walter Gropius (1883-1969). 
Origem: desenvolver novos métodos de ensino e estava convencido de que a base para qualquer arte estava no artesanato: "a escola se transformara gradualmente em um workshop”. Em 1923, a escola reagiu com um programa modificado, o qual marcaria sua futura imagem sob um novo mote: arte e tecnologia uma nova unidade.
Principais características: uso de materiais inovadores: MADEIRA, AÇO E VIDRO, funcionalidade dos produtos artísticos a arquitetura e urbanismo. DESIGN MODERNO; ao buscar formas e linhas mais simples, definidas pela função do objeto, tendo como meta serem produzidos rapidamente (PRODUÇÃO EM MASSA) e com BAIXO CUSTO. CUNHO SOCIALISTA: arte integrar as pessoas. 
A Bauhaus não era um movimento, mas uma escola de artes e ofícios, porém sua contribuição para o design foi fundamental, pois associou a arte à produção industrial de objetos. 
SEMANA DA ARTE MODERNA NO BRASIL
O escritor Oswald de Andrade e a pintora Anita Malfatti perceberam que a diversidade cultural e racial do Brasil poderia reconstruir uma identidade (genuinamente brasileira) e renovar as artes e as letras pela pesquisa estética a que tinham direito. 
Os escritores Mário de Andrade e Oswald formaram as principais personalidades de liderança do plano teórico e a divulgação dos novos movimentos estéticos das artes que retomavam. 
Anita Malfatti: Influenciada pelo Expressionismo e pelo Cubismo, Anita Malfatti realizou uma mostra de suas obras ao retornar de seus estudos na Europa chamada Exposição de Pintura Moderna/Anita Malfatti. As 53 telas da artista entre elas O Homem Amarelo, O Japonês, Uma Estudante e A boba, são vistas sem alarde por um público de cultura medíocre e de informação artística limitada. 
Crítica Monteiro Lobato a Anita e a arte moderna: atribuindo um pesado julgamento às obras da artista e à Arte Moderna em geral, defendendo a arte acadêmica. Apesar da defesa pública de Oswald, o prestígio de Lobato gera um golpe terrível para Anita. Alguns quadros são devolvidos e outros são atacados na exposição a bengaladas, tamanha hostilidade que se formou em torno da artista. Esse histórico episódio é a passagem traumática que resulta no ponto de partida da Arte Moderna no Brasil e Anita passa a ser conhecida pelos intelectuais paulistanos, formados principalmente por Menotti del Picchia, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, além dos próprios Oswald e Mário.
Manifesto modernista brasileiro: A partir daí os pejorativamente denominados futuristas paulistanos escandalizariam a sociedade. Chamados de loucos, rebeldes e estranhos, as esculturas de Brecheret, a Pauliceia Desvairada de Mário de Andrade, As Mulatas de Di Cavalcanti, a música de Villa Lobos, entre outras obras desse período, são o verdadeiro manifesto modernista brasileiro. 
Evento Semana de arte moderna no Brasil: foi idealizado pelo pintor DI CAVALCANTI. Vista na época como uma manifestação elitista, incentivada por PAULO PRADO. 
Grupo dos cinco: conjunto de artista que lideraram a semana de arte moderna no Brasil formada por: ANITA MALFATTI. TARSILA DO AMARAL, MENOTTI DEL PICCHIA, OSWALD DE ANDRADE e MARIO DE ANDRADE. Busca de uma identidade estética nacional, reconhecendo sua essência e pluralidade cultural, colocando se contra tudo que fosse importado da Europa. 
Primeiro texto modernista para o teatro: livro homônimo publicado em 1937, O Rei da Vela, que denunciava o quadro social brasileiro nos anos 1930 pós crise financeira de 1929 - Oswald de Andrade. 
Cinema novo: Nesse contexto, o cineasta Glauber Rocha (1938-1981) inova com uma feroz crítica social nos longas metragens Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963) e Terra em Transe (1967), inaugurando uma nova corrente artística do cinema nacional denominada Cinema Novo, de cunho político e social e engajada na realidade brasileira, consequência direta do regime militar.
MOVIMENTO ANTROPOFÁGICO
Refutar a obra estrangeira e valorizar a nossa produção. Foi inspirado pelo quadro de Tarsila Abaporu, palavra indígena que significa o homem que come carne humana, antropófago. Liderado por Oswald de Andrade. Obras literárias: como Macunaíma, João Miramar, Pau Brasil, Grande Sertão: Veredas, composições emblemáticas de Villa Lobos e quadros como Abaporu, de Tarsila, e os painéis Guerra e Paz, de Portinari, entre tantos outros. 
MOVIMENTO TROPICALISTA
O seu objetivo era arejar a elitista e nacionalista cena cultural brasileira, tornando nossa música mais universal e próxima dos jovens. Expoentes: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, maestro Rogério Duprat e Os mutantes. Crítica à ditadura militar, não conformismo social, da experimentação do novo, pois seus artistas pretendiam não apenas fazer música, mas fazer política pela produção artística. 
EXPRESSIONISMO NORTE-AMERICANO, ABSTRATO OU ACTION PAINTING 
Emprego de largas massas coloridas com o predomínio de MANCHAS, não de traços. Os expressionistas americanos excluem totalmente os temas políticos e sociais de suas obras, privilegiando questões existencialistas como a miséria humana, por exemplo, buscando empresar emoções de forma intesa e espontânea. Para tanto, destruíram os meios tradicionais de pintura, pintando diretamente no CHÃO, PAREDE, por vezes, sem uso de pincéis. Técnica de gotejamento, por meio de latas de tinta perfuradas, Adepto do abstracionismo, empregava pinceladas fortes, violentas, frenéticas em seus quadros. Ruptura plena com o figurativismo, gerada pelo uso de respingos de tinta lançados contra a tela. 
Artistas: Jackson Pollock (1912 1956), e Willem De Kooning (1904 1997). 
POP ART
Eua e Inglaterra. Bebendo em fontes como o Dadaísmo, a Pop Art, contribuiu também para revolucionar o próprio conceito de obra de arte, uma vez que incluía em seus temas objetos tipicamente comerciais e de consumo de massa, contrariando a máxima de que a arte é alheia aos interesses do mercado. 
Sobretudo, os artistas representativos desse movimento incorporaram ao seu repertório objetos emblemáticos da indústria cultural e do universo da propaganda, como a Coca Cola e as imagens de artistas populares como Marilyn Monroe.
Principais fontes de inspiração dos representantes da Pop Art: eram os programas de televisão, as revistas em quadrinhos, o cinema e a publicidade. Marcou também um retorno ao figurativismo, contrapondo se ao Expressionismo, dominante desde o fim da Segunda Grande Guerra (1939 1945).
Entre as principais consequências do movimento da Pop Art: cabe destacar a elevação à categoria de arte de objetos que antes eram considerados vulgares, dado o seu caráter de produtos comerciais.
Artistas: Robert Rauschenberg (1925 2008), Roy Lichtenstein (1923 1997), Andy Warhol (1927 1987). Andy Warhol (1927 1987): foi o mais renomado representante da Pop Art. Tornou-se internacionalmente conhecido por suas séries de retratos de ícones da música e do cinema, como, por exemplo, Marilyn Monroe e Elvis Presley. Warhol empregou em suas obras, sobretudo, a técnica da serigrafia, representando, além dos ídolos pop, objetos de consumo de massa, como garrafas de Coca Cola, latas de sopa, carros e cédulas de dinheiro.
OP ART OU OPTICAL ART
A Op Art ou Optical Art foi um movimento artístico caracterizado pelo emprego de formas geométricas que induzem o olhar do espectador a uma espécie de ilusão de ótica, gerando sensações de movimento, de tridimensionalidade, de vibração e de mudança de sentido. Brinca com as dimensionalidades e sensações. Artista: móbiles do artista Alexander Calder (1898 1976). 
MINIMALISMO
EUA. As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente. Caberia a arte expressar apenas a si própria, e não a qualquer elemento extra artístico, não visual. Repetição material. Sensorial. Pouco material e pouca linguagem. Reducionismo formal das obras de arte, em busca de sua expressão mais purapossível, tanto na bidimensionalidade como na tridimensionalidade. Não personalista: (rejeição tanto da objetividade como da subjetividade e do figurativismo na produção artística). “Despretensão”. Nas artes plásticas, os minimalistas opuseram se ao expressionismo abstrato norte americano. 
Artistas: Dan Flavin (1933 1996). 
ARTE CONCEITUAL
Diferentemente do Minimalismo, na Arte Conceitual a crítica está presente, embora não de forma explícita, mas em reflexões filosóficas e linguísticas. O conceito ou a atividade mental tem prioridade em relação à aparência da obra. 
Uma obra de arte deve, antes de tudo, CAUSAR REFLEXÕES, PROVOCAÇÕES E QUETSIONAMENTOS no expectador, enquanto veiculo de pensamentos e teorias. obra. Ela é, na opinião de um crítico, uma gradação do real em direção ao ideal. 
Artistas: Lawrence Weiner (1942), Piero Manzoni (1933 63). 
Unidade 03
O QUE É ARTE CONTEMPORÂNEA?
É uma tendência artística que nasceu na segunda metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Também conhecida como Arte Pós-Moderna, essa tendência teve início, sobretudo, com o advento da Pop Art e do minimalismo. Valoriza mais o CONCEITO, A ATITUDE E A IDEIA DA OBRA.
É uma tentativa de dirigir a arte ás coisas do mundo, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. Características: fusão entre as obras de arte e a vida cotidiana; forte aproximação com a cultura pop; questionamentos sobre os conceitos da própria arte; criação de obras interativas, nas quais o espectador participa ativamente, arte mais politizada e apropriação de linguagens atuais. 
O QUE É “CONTEMPORÂNEO”?
Pertence, realmente, ao seu tempo; mas que nem sempre é compreendido o seu repertório; e é, dessa maneira, portanto, inatual; mas, justamente, por isso, precisamente, através desse afastamento e desse anacronismo, ele é apto, mais do que os outros, de observar e conhecer o seu tempo. 
O artista contemporâneo não deseja que a sua obra transmita uma mensagem pronta e completa de maneira indiferente e impessoal; ele pretende, sobretudo, atingir o espectador em seu estado mais íntimo. Imersão do receptor ao entendimento da obra e sua mensagem. 
Outra definição da contemporaneidade: contemporâneo é aquele que permanece firme o olhar no seu momento, para nele sentir, não as luzes, mas a escuridão (Agamben). 
ARTE DIGITAL
A tecnologia faz parte da contemporaneidade, que engloba a arte, mas não mais produzida à mão, mas por máquina, entende se por arte digital todo o tipo de expressão artística realizada através de meios eletrônicos. Âmbito de criação: CPU, celular (mobigrafia) e tablets. Arte e tecnologia andam juntas, com bastante INTERATIVIDADE e COOPERAÇÃO, com COMUNIDADES SOCIALMENTE FRAGILIZADAS.
As atividades de fazeres artistícos da arte e coletividade implicam o comprometimento e empenhamento por parte dos integrantes, que mais do que atuar contribuem na elaboração da própria atividade, desierquizando o status de criador que se move do artista para todas as pessoas que pertencem à comunidade.
O foco de quem é o autor da obra fica então secundarizado. Nesse momento o produtor de arte não está entusiasmado na preservação do seu ego de artista e de conservação de fama da obra. Todos são atores da criação e execução do projeto artístico. O coletivo assume os louros pelo desempenho. 
WEB ART
É uma categoria de arte computacional que só pode ocorrer em redes de computadores. Sua principal característica é a INTERATIVIDADE, podendo modificar o conteúdo do trabalho, EM TEMPO REAL. Não é uma arte passiva; há uma troca, portanto, não é uma obra fechada. Não tem fim! Sempre em movimento, acessível, democrática. Arte performática. 
Obra: Meu namorado voltou da guerra (1996), Olia Lialina e Peter Stanick. 
NFT: A CRIPTOARTE
É a representação digital de uma obra, de modo infungível, única. Certificado digital de autenticidade. Os NFTs podem ser qualquer tipo de ativo digital, desde imagens, músicas, obras de arte ou, até, memes. Ferramentas: blockchain, ethereum e Dapps (sem intermediários). Os NFTs foram a primeira aplicação da tecnologia blockchain a alcançar a proeminência pública. 
Blockchain: é um livro razão, ou livro contábil compartilhado e imutável, utilizado para
registrar as transações e rastrear os ativos de uma rede empresarial.
Ethereum: é uma rede blockchain descentralizada que executa a implementação de
aplicações descentralizadas (dapps ) e contratos inteligentes. Dapps são programas de
computador que removem a necessidade de intermediários em, basicamente, qualquer
serviço centralizado. 
Processo de criação: O NFT começa com o registro da propriedade de um ativo digital em um blockchain, (geralmente, na Ethereum), e, em seguida, pode ser comercializado por meio de criptomoedas. 
Obra: artista Mike Winkelmann, conhecido como Beeple, obra digital Everydays : The First 5000 Days. 
OBS: As criptomoedas podem ser fungíveis, já os ativos especificados nesse texto, não. Então, mesmo que sejam necessárias as criptomoedas para adquirir ativos colecionáveis, ou exclusivos (não fungíveis), essas duas tecnologias não são a mesma coisa.
34ª BIENAL DE ARTE DE SÃO PAULO: “FAZ ESCURO, MAS EU CANTO”.
O verso do poema, Madrugada Camponesa de Thiago de Mello, poeta amazonense, publicado em 1965, foi inspiração ao título da 34 ª Bienal, Faz escuro mas eu canto. O tema da 34ª Bienal de São Paulo, “Faz escuro mas eu canto”, explora um dilema contemporâneo, um mundo pandêmico, no qual o planeta todo foi atingido. As exposições foram descentralizadas. 
Definição de BIENAL: Toda exposição que ocorra a cada dois anos condiz com ela. Com efeito, contudo, a Bienal propõe se atingir uma finalidade digna: aferir os desdobramentos dos últimos 24 meses, no vasto campo da arte contemporânea internacional, e condensá-los em uma exposição única. Grupamento de obras de vários artistas. 
DEFINIÇÃO DE CURADOR
Ela se refere à tutoria, cuidado e preservação de uma exposição de arte, desde a sua concepção à sua realização e consequente gerenciamento. É incumbido de oferecer CONTEXTO (começo, meio e fim) e EXPOGRAFIA (conversar e dialogar as obras para dar repertório ao público). 
INSTALAÇÃO ARTÍSTICA
É uma forma de arte que utiliza a ampliação de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala. Pintura, escultura e outros materiais são usados conjuntamente para ativar o espaço arquitetônico. É uma demonstração artística contemporânea construída por elementos organizados em um ambiente expositivo. Ela pode ter um caráter fugaz ou pode ser desmontada e reformulada em outro espaço, e narra histórias com a colaboração de objetos diversos. Na Bienal: instalação de Paulo Nazareth: Levante/Amolador de Facas. 
MENOS ARTÍSTICO
É uma instalação que se transforma a cada lugar que ocupa. A obra causa impacto pela forma curiosa das peças, que são feitas com caixas de papelão de supermercado. 
MONOTIPIA
É uma técnica de impressão bem simples. Reprodução de um desenho ou uma mancha de cor, em uma PROVA ÚNICA. Experimental. 
ARTISTAS E OBRAS DA 34ª BIENAL DE SÃO PAULO
MAURO RESTIFFE: Instalação com políptico de 40 fotografias, abordando três
séries: Empossamento (2003); Empossamento revisitado (2003); Inominável (2019). Posse dos presidentes Lula e Bolsonaro. 
HELIO OITICICA: Esboço para o projeto do parangolé área: A ronda da morte. Carnificina Ditadura. 
FREDERICK DOUGLAS: A série com os retratos de Frederick Douglass é mostrada, de maneira, praticamente, completa, pela primeira vez em um ambiente expositivo de arte.
ARJAN MARTINS: Complexo atlântico (cordas). Dores da escravidão. 
PAULO FREIRE: Painel de interatividade, no Círculos de Arte, evento educacional, ofertado pela organização da 34ª Bienal de Arte, cujo tema eram as frases inspiradoras de Paulo Freire.
JAIDER ESBELL: O ataque do Kanaimé: trabalho de Jaider Esbell, em acrílica sobre tela. Valorização da arte indígena. 
ALFREDO JAAR: Geografia = Guerra. Camadas sociais marginalizadas e Outras pessoas pensam. Escrita sobre um fundo preto e com letras brancasé esta a frase que pode se ler em uma caixa de luz quadrada fixa na parede. O cartaz pode ser levado. 
CARMELA GROSS: A obra Boca do Inferno (2020) é uma série com 150 monotipias sobre a seda e o papel. 
CAROLINA MARIA DE JESUS: A presença de Carolina Maria de Jesus nesta Bienal, com os seus inéditos manuscritos, depois do Quarto de despejo. 
DAIARA TUKANO: Obras: Kahtiri Ēõrõ Espelho da vida (2020). Arte plumária. espelho. A plumária é inspirada nos tradicionais mantos Tupinambá, confeccionado de penas do Guará. Dabucuri no céu (2021): conjunto de quatro pinturas suspensas que apontam os pássaros sagrados: gavião real, urubu rei, garça real e arara vermelha, os miriã porã mahsã que vivem na camada do céu que não permite que o sol incendeie a terra fértil.
MARINELA SENATORE: Obra de Marinella Senatore: “Nós erguemos ao levantar outras pessoas” [We rise by Liftaing Others], inspirada na frase do escritor e político Robert Ingersoll (1833 1899), é a obra que mais causa impacto no espaço expositivo da 34 ª Bienal.
LYGIA PAPE: Obra Amazoninos vermelhos (1989 2003). Trabalho feito em ferro e tinta automotiva. Marcas do morticínio colonial. 
SUELI MAXAKALI: exposição com a instalação ūmKxop Koxuk yōg (Os espíritos das minhas filhas), um composto de objetos, máscaras e vestidos que transportam ao campo mítico das Yãmiyhex , mulheres espírito. 
XIMENA GARRIDO LECCA: Instalação da artista: [Insurgencias botánicas: Phaseolus Lunatus Insurgências botânicas: Phaseolus Lunatus] (2017/2020), na qual tem uma estrutura hidropônica em que são plantadas mudas de favas da espécie Phaseolus Lunatus, em uma reanimação emblemática do provável mecanismo de comunicação da cultura Moche, uma sociedade peruana pré-Inca. É a única obra orgânica da 34 ª Bienal. 
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FIM

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