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FUNDAMENTOS-DA-HISTORIA-DA-ARTE

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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 
2 A HISTÓRIA DA ARTE: UM REGISTRO DE EXPRESSÕES ..................... 0 
3 TEMPO E ARTE: CORRENTES ARTÍSTICAS ............................................ 4 
4 ELEMENTOS VISUAIS.............................................................................. 10 
5 ALGUNS DOS MOMENTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES DA ARTE 
PELO MUNDO ................................................................................................. 14 
5.1 A Arte do Egito antigo................................................................ 15 
5.2 Arte Grega ................................................................................. 16 
5.3 A Arte Romana .......................................................................... 18 
5.4 Pintura e escultura romanas ...................................................... 19 
5.5 A escultura romana ................................................................... 22 
5.6 A Arte Cristã Primitiva ............................................................... 27 
6 Arte Romântica do Séc. IX a X .................................................................. 28 
6.1 O Renascimento na Itália no Século XIV................................... 29 
6.2 Neoclassicismo ......................................................................... 30 
6.3 O Romantismo .......................................................................... 31 
6.4 Realismo ................................................................................... 32 
6.5 Impressionismo e o Neoimpressionismo ................................... 33 
6.6 Semana de Arte Moderna ......................................................... 35 
7 ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS SOBRE O ENSINO DE ARTES NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL .................................................................................... 36 
8 A HISTÓRIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA ..................................... 38 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 41 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno, 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o 
tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 A HISTÓRIA DA ARTE: UM REGISTRO DE EXPRESSÕES 
O que pode ser considerado arte? Como um objeto se torna uma obra de arte? 
Como a arte é conceituada? Quando a arte começou? Qual é o objetivo de estudar 
arte? São inúmeras as perguntas que podemos fazer para tentar interpretar a arte, e 
uma palavra tão pequena carrega tanto significado. Segundo Pareyson (2001, p. 125), 
a relação entre arte e história é problemática, abrindo dois caminhos: o primeiro se 
reduz à história geral, caso em que “as normas da arte não são reconhecidas a menos 
que a arte seja tempos ou o espírito do que será revelado com maior ou especial 
evidência. Deste ponto de vista, cada civilização terá sua arte, em seu tempo, o que 
significa para aquele povo, “como a obra da Filha” (PAREYSON, 2001, p. 125), como 
o próprio autor coloca. 
Ao mesmo tempo, podem reter essência suficiente para manter sua identidade. 
Pareyson (2001) também menciona que, no primeiro sentido, a história da arte é 
apenas cronológica, e se não conhecermos o período anterior, não poderemos 
compreender o período seguinte. 
O segundo caminho segue a linha da arte autônoma, em que "se adere à 
absoluta originalidade da obra como condição de sua perfeição artística" 
(PAREYSON, 2001, p.128), isolada do contexto, onde a obra está vinculada, ou um 
período, que significa um compromisso com a singularidade de cada peça. No que diz 
respeito ao agrupamento dos artistas por época, o segundo caminho afirma que este 
formato “não tem outro significado senão a utilização de etiquetas confortáveis e é 
muito útil para exposições, mas para efeitos de preservação e reprodução de 
resultados de interpretação e da crítica à leitura” (PAREYSON, 2001, p. 128), neste 
caso, ainda segundo Pareyson (2001), é impossível dizer que a arte evolui, cresce ou 
se desenvolve. 
Vale ressaltar também que o autor afirma ainda que a história da arte só se 
justifica quando historicidade e originalidade "não se radicalizam separadamente, mas 
se excluem mutuamente" (PAREYSON, 2001 p. 130). Todas essas afirmações 
implicam concordância de que não há apenas uma definição do surgimento e 
desenvolvimento da arte, portanto, sua definição, mas também que a arte existe 
apenas por causa das pessoas, e as pessoas a criam, então a história é relevante. 
 
1 
 
Analisando a história da arte, cronológica ou não, existem muitas escritas sobre 
as manifestações artísticas dos diversos períodos da história, temos acesso a esses 
registros por conta de estudiosos terem pesquisado e escrito em seus livros. Nesta 
escrita, optamos por mencionar alguns feitos da história da arte separando-os em 
cinco grandes blocos: pré-história, idade antiga, idade média, idade moderna e idade 
contemporânea, fundamentando-os, dentre outros autores, com Gombrich (1999), 
que discorre, de modo aprofundado, sobre a história da arte. 
Inicialmente, esse autor pensava que a arte teve um início estranho, e que os 
artefatos nela produzidos não eram considerados arte, mas "objetos com uma função 
específica" (GOMBRICH, 1999, p. 39), que dificilmente entenderemos como arte, sem 
saber sua finalidade. A pintura primitiva, como ele diz, era usada como mágica porque 
os povos primitivos "faziam pequenas imagens na esperança de que o inimigo 
sofresse (GOMBRICH, 1999, p. 40) e não para contemplação. Como explicou Wisnik 
(1989, p. 34), as canções escritas por essas pessoas costumam estar relacionadas 
ao ritual. 
A música primitiva trava antes de mais nada uma relação com o corpo indiviso 
da terra: seus fluxos germinais intensos são inscritos ruidosamente, 
dolorosamente, no corpo dos homens e das mulheres, e dessa inscrição se 
extrai o canto sonoro, o vapor barato da música. 
Em meio a esses fortes e dolorosos fluxos, encontram-se também os 
instrumentos musicais desses povos, pois “a flauta é feita de ossos, os 
intestinos são cordas, o tambor é pele, as trompas e as cornetas de chifres”. 
(WISNIK, 1989, p. 35) 
Essa qualificação para a produção artística como utilitarismo ainda pode ser 
encontrada em outro período denominado Idade Antiga, quando os egípcios 
construíram as pirâmides não para um simples monumento ou atração turística, mas 
para a proteção de cadáveres, pois “as pirâmides seriam sua própria ascensão ao o 
céu, em todo caso, eles protegerão seus corpos sagrados da decadência” 
(GOMBRICH, 1999, p. 55). Os egípcios acreditavam que o corpo deveria ser 
preservado para que a alma pudesse continuar a viver, e neste caso observamos uma 
atribuição às artes da magia. 
Nesse período, não podemos deixar de destacar o “despertar da arte”, os 
gregos que não cediam à imposição de sacerdotes ou reis, e davam atenção especial 
ao comportamento humano. Sobre a técnica dessas pessoas, Gombrich (1999, p. 78)2 
 
menciona que "podemos ver nessas obras que o artista podia fazer o que quiser. Não 
tendo mais dificuldade em representar movimentos e perspectivas, tornando assim 
uma parte importante da história da arte pela qual abriu-se um novo caminho. 
Na linguagem do drama, citamos os gregos como o povo que antes dessa 
época mais valorizava o valor cultural da língua, mesmo elegendo Dionizio como um 
"deus do teatro", pois “em nenhum outro lugar (...) pôde alcançar tanta importância 
quanto na Grécia. A multidão que se reúne no teatro não é apenas o público, mas os 
participantes no sentido mais literal” (BERTHOLD, 2003, p. 104). 
 Outro marco que podemos citar na história da arte envolve a Idade Média - o 
século V - que se inicia com a ocupação bárbara de Roma e é marcada pela 
dominação da Igreja sobre a arte em geral. Tudo era feito de acordo com as regras e 
mandamentos da igreja. 
Com isso em mente, entendemos as razões pelas quais aquelas pessoas 
fizeram essas magníficas estruturas, “ou seja, a missão da Igreja é combater as forças 
das trevas na terra até que triunfe o Dia do Julgamento” (GOMBRICH, 1999, p. 173) 
e não apenas uma estrutura de oração. 
Também nesse período, a figura humana e o foco na anatomia humana são 
muito evidentes na pintura grega. Foi também nesse período que o canto gregoriano 
passou a constituir um ponto de partida para a tradição da linguagem musical, “é um 
tipo de música que prima por evitar sistematicamente os instrumentos de 
acompanhamento”. (WISNIK, 1989, p. 41) 
Muitas conquistas no campo da arte também podem ser observadas no período 
Renascimento ou Renascença do século XV, apelidado de "Conquistando a 
Realidade" por Gombrich (1999, p. 223), por "um grupo de artistas que 
deliberadamente criaram uma nova arte e quebraram ideias do Passado” 
(GOMBRICH, 1999, p. 224). Entre esses artistas, destacamos Brunelleschi e Giotto, 
que não foram apenas pioneiros, mas que podemos acusar de fazer uma grande 
descoberta: a perspectiva 
Segundo Gombrich (1999, p. 229), esse entendimento "é que Brunelleschi 
fornece ao artista os meios técnicos para resolver (...) notamos essa mudança nas 
pinturas daquele século. A escultura Renascentista também abriu as portas para 
coisas novas, testemunhando o estudo fiel do corpo humano, como podemos ver nas 
 
3 
 
esculturas de santos de Donatello, nas quais podemos ver as "mãos ou testas dos 
santos" "como os detalhes são mostrados completamente independente dos modelos 
convencionais" (GOMBRICH, 1999, p. 230) vistos até agora. 
Por fim, vemos o início do período contemporâneo, com o neoclassicismo no 
final do século XVIII e início do século XIX, à medida que as cidades se expandiam 
indefinidamente, dificultando que os artistas tivessem um estilo próprio: "O arquiteto 
foi responsável por acrescentar um exterior gótico, ou a transformação de um edifício 
numa zombaria de um castelo normando, um palácio renascentista ou mesmo uma 
mesquita oriental” (GOMBRICH, 1999, p. 499), o que não é muito diferente na pintura 
ou na escultura, como afirma o autor. 
Havia sempre retábulos a fazer, retratos a pintar; as pessoas queriam 
comprar quadros para seus salões, ou encomendavam, para suas residências 
de verão, decorações murais. O artista podia trabalhar em todas essas linhas 
de acordo com normas mais ou menos preestabelecidas: ele fornecia os 
artigos que o freguês esperava. (GOMBRICH, 1999, p. 501) 
Além do Neoclassicismo, esse período também inclui o Romantismo de Goya 
e Delacroix, o Realismo, como o próprio título diz, trouxe uma representação da 
realidade que denunciava a injustiça, os dançarinos de Degas no Impressionismo, o 
texto O Expressionismo de Vicent van Gogh, a negação dadaísta, o surrealismo e 
seus sonhos, a arte pop na cultura popular e muitos outros movimentos da história da 
arte. 
Não se pode deixar de mencionar a arte contemporânea e suas fantasias, suas 
tão novas e desnecessárias "invenções", que abrangem muito mais do que se pode 
considerar arte, arte é o que e hoje é obra de arte. Gombrich (1999, p. 599) diz ao final 
de seu livro que a história da arte é uma "história que nunca acaba", e que "sempre 
há novas verdades a serem descobertas do passado, como para o futuro". 
(GOMBRICH, 1999 p. 626) 
Pensando assim, podemos dizer que é conveniente que saibamos o máximo 
que pudermos sobre os fatos dessa vasta história, pois "por mais remotos e 
misteriosos que possam parecer, eles nos dizem muito sobre nossa própria história" 
(GOMBRICH, 1999 p. 30) e, nos dar uma melhor compreensão do que está ao nosso 
redor, em relação à nossa própria cultura. Portanto, como estudioso preocupado com 
o futuro da profissão, com esses aspectos em mente, é necessário questionar o papel 
 
4 
 
do professor de artes no corpo discente, escolhendo entre os muitos fatos que ele 
considera “os mais importantes”. 
Pode-se dizer que “o papel do arte-educador é permitir a subjetivação e ajudar 
a objetificá-la”. O autor argumenta que a arte é uma subjetividade objetivada, 
materializada, na qual o professor deve “apresentar o que ele quer dominar de tal 
forma que tenha sentido e seja construída para que o aluno possa reconhecê-la”. 
Estimular a criatividade e a autonomia. A arte deve estar presente na vida dos alunos 
para promover a experiência estética e cultural "contribuindo para o desenvolvimento 
da consciência artística e a valorização do indivíduo como ser". 
Ainda que lembremos que essas afirmações do autor têm mais a ver com 
questões metodológicas do que com história da arte, as metodologias relacionadas 
ao conteúdo são o que fazem os planos de aula. Observa-se que os documentos de 
orientação educacional do Brasil falam sobre a existência desse conteúdo nas 
escolas. 
3 TEMPO E ARTE: CORRENTES ARTÍSTICAS 
Em meados de 1860, Paris (e o mundo) passava por aspectos da modernidade, 
como a industrialização, o que se refletia em todas as esferas da sociedade. Nesse 
período, ainda prevalecia uma arte acadêmica, com o Salão Oficial determinando 
quem eram os artistas que deveriam ser consagrados e ditando o que era ou não era 
arte. O Salão Oficial passou a fazer parte do mundo artístico a partir do século XVII, 
com exposições patrocinadas pelos reis que mostravam os trabalhos dos recém-
formados. Aos poucos, o Salão se tornou popular, e ter uma obra apresentada naquele 
espaço significava reconhecimento e prestígio. 
Contudo, a marca de um artista é estar à frente de seu tempo, contrariando 
expectativas. As cenas pintadas de forma rígida perderam espaço para a impressão 
da realidade, que captava a especificidade da situação retratada. A recepção não foi 
das melhores. Mesmo assim, um grupo de artistas insistiu nessa nova forma de pintar 
e, em 1874, realizaram sua primeira exposição. A tela Impressão, sol nascente (1872) 
(Figura 1), do francês Claude Monet (1840‒1926), trouxe pinceladas livres e recebeu 
 
5 
 
duras críticas. Naquela época, a tela foi chamada de pintura impressionista, e o 
movimento foi batizado de Impressionismo. 
O movimento impressionista, que rompeu decididamente as pontes com o 
passado e abriu caminho para a pesquisa artística moderna, formou-se em 
Paris entre 1860 e 1870; apresentou-se pela primeira vez ao público em 1874, 
com uma exposição de artistas “independentes” no estúdio do fotógrafo 
Nadar (ARGAN, 1992, p. 62). 
Os impressionistas iam para o ar livre pintar o campo ou a cidade, buscando 
registrar a incidência de luz sobre os objetos. Alguns artistas impressionistas 
importantes foram os franceses Paul Cézanne (1839‒1906), Edgar Degas (1834‒
1917), August Renoir (1841‒1919), Berthe Morisot (1841‒1945) e Édouard Manet 
(1832‒1883). 
 
Fonte: wikiart.org 
No início do século XX, as intenções artísticas começaram a ganhar novos 
contornos. Em vez da impressão do olhar, os sentimentos ganharam espaço. A 
liberdade pictórica e cromática foi intensificada, e o holandêsVincent Van Gogh 
(1853‒1890) (Figura 2) se tornou um dos precursores do movimento intitulado 
Expressionismo. Foram influenciados pelo Expressionismo artistas como o norueguês 
Edward Munch (1863‒1944) e o francês Henri Matisse (1869‒1954). 
O Expressionismo surgiu na Alemanha em 1905, a partir da reunião de um 
grupo de artistas liderado pelo suíço Ernst Ludwig Kirchner (1880‒1938). A busca não 
era mais captar a realidade, mas sim externar os sentimentos internalizados, a alma 
 
6 
 
da paisagem ou do objeto. A subjetividade, as cores vivas e a emoção são as marcas 
desse período. 
Se os artistas impressionistas tinham interesse em captar a expressão 
cromática da realidade, os expressionistas exploraram a subjetividade das 
cores. Em outras palavras, a impressão é uma percepção do mundo interior 
e subjetivo do artista, enquanto a expressão é uma percepção do mundo 
interior e subjetivo do artista para o mundo exterior da arte (AMÁLIA; 
MINERINI, 2019, p. 40). 
A Figura 3 mostra a obra O Grito (1893), uma das mais importantes do 
movimento expressionista. 
 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Um segundo grupo surgiu em 1911, chamado de O Cavaleiro Azul, 
representado pelo russo Wassilly Kandinsy (1866‒1944). Além de abordar o mundo 
interior, outros temas foram vistos, como a espiritualidade, a integração com a 
natureza e um direcionamento para a abstração. A música apareceu como um 
elemento importante na composição visual. Para Kandinsy, as cores combinadas com 
a música formavam acordes visuais (Figura 4). Tal integração fez do Expressionismo 
um movimento que influenciou a literatura e o cinema, por exemplo. 
Se Van Gogh influenciou o Expressionismo, o francês Paul Cézanne (1839‒
1906) influenciou o Cubismo. Cézanne, em sua época, pintava da forma como 
enxergamos algo, ou seja, por ângulos diversos. Muito influenciado por Cézanne, o 
espanhol Pablo Picasso (1881‒1973), em 1907, pintou Les demoiselles d`Avignon 
(Figura 5), rompendo de vez com qualquer ilusionismo figurativo. Na obra, os corpos 
 
7 
 
das mulheres têm suas formas simplificadas e geometrizadas, promovendo a 
multiplicidade de olhares e a fragmentação da imagem. Na obra, não há qualquer 
tentativa de imitar a realidade. 
Toda inovação é acompanhada por um certo choque, e foi o que aconteceu 
com a ousadia de Picasso. Até hoje a tela é considerada uma ruptura radical com a 
perspectiva da pintura. 
 
Fonte: educamaisbrasil.com.br 
Apesar da perplexidade, o francês Georges Braque (1882‒1993) se aproximou 
de Picasso para compreender melhor o que estava sendo feito da arte naquele 
momento. Da parceria entre os dois artistas nasceu o Cubismo, abandonando 
definitivamente a forma como algo se apresentava aos nossos olhos (GOMBRICH, 
2000). Como já visto, o Cubismo não pretendia criar a ilusão de três dimensões. 
Em sua primeira fase, o movimento ganhou o nome de Cubismo analítico, que 
se caracterizava pela análise minuciosa de um tema, fundindo a multiplicidade de 
pontos de vista em uma única tela. Não eram pinturas abstratas. Pelo contrário, “[...] 
isso era algo diferente da simplificação da impressão visual que os artistas anteriores 
tinham praticado. Eles haviam reduzido as formas da natureza a um padrão plano” 
(GOMBRICH, 2000, p. 573). Seguindo os conselhos de Cézanne, a natureza era vista 
por meio de esferas, cones e cilindros. 
Gradativamente, outros materiais, como o papel de parede, se misturaram às 
palavras e tintas, inventando a segunda fase do movimento: o Cubismo sintético. Mais 
uma vez, a quebra com o senso comum apareceu, e elementos da vida cotidiana 
 
8 
 
foram colocados na pintura em uma aproximação da arte com a vida. O francês 
Fernand Leger (1881‒1955) e o espanhol Juan Gris (1887‒1927) foram artistas que 
aderiram ao Cubismo. 
Existiram outros movimentos que apontaram para novos direcionamentos, 
esquecendo em alguns momentos do que foi feito anteriormente. Por exemplo, o clima 
de modernidade que envolvia as grandes cidades, as máquinas e as invenções 
trouxeram para a vanguarda a inspiração ideal do Futurismo. O italiano Filippo 
Tommaso Marinetti (1876‒1944), em 1909, lançou o Manifesto futurista, publicado em 
um grande jornal francês (GOMBRICH, 2000). Seu polêmico manifesto exaltava tudo 
o que era novo, qualificando até mesmo um automóvel em detrimento da arte 
canônica. O dinamismo nas formas, traduzindo a velocidade da vida moderna e a 
fusão do homem com a máquina, é uma característica essencialmente futurista. Como 
exemplo, Os pavimentadores da rua (1914), de Umberto Boccioni. 
 
Fonte: pt.wahooart.com 
A Primeira Guerra Mundial (1914‒1918) levantou questões sobre a arte acerca 
da humanidade. Os horrores de uma guerra levaram a crer que o mundo estava 
imerso em uma crise, pois havia milhares de pessoas mortas e não existia perspectiva 
de dias melhores. 
Os artistas questionaram sua arte, e o poeta e filósofo alemão Hugo Ball (1886‒
1927), ao fugir para a Suíça, se reuniu em 1916 com poetas e outros artistas. Juntos, 
abriram um clube de arte, o Cabaret Voltaire. Defendendo a ideia do absurdo, do 
nonsense e da vida cotidiana, Ball se uniu ao francês Tristan Tzara (1896‒1963), 
 
9 
 
importante teórico do movimento, e juntos criam o Dadaísmo. A partir de uma conduta 
desordenada, os artistas questionavam tudo, até a função da arte. As apresentações 
misturavam dança, música e performance. A arte dadaísta contava com as colagens 
espontâneas do alemão Hans Arp (1866‒1966), e o francês Marcel Duchamp (1887‒
1968) expunha objetos industrializados em um conceito que beirava a oposição do 
objeto artístico. Embora fosse pintor, Duchamp expunha peças como uma roda de 
bicicleta e um urinol 
 
Fonte: wikipedia.org 
Por volta de 1924, o Dadaísmo começou a se dispersar, mas certamente deixou 
sua marca. “Do automatismo para o interesse em explorar artisticamente as questões 
da psicologia na arte foi ‘um pulo’, e, por conta disso, vários artistas dadaístas viraram 
surrealistas” (AMÁLIA; MINERINI, 2019, p. 50). 
O Surrealismo tem no sonho um item de relevância para o movimento. O 
francês André Breton (1896‒1966) desejava incorporar elementos da psicanálise de 
Sigmund Freud ao conceito dadaísta. Em 1924, Breton publicou um manifesto se 
apropriando da palavra surrealismo, inventada pelo escritor francês Guillaume 
Appolinaire (1890‒1918). Assim, aos poucos, entraram no movimento nomes como o 
espanhol Joan Miró (1893‒1983), o alemão Jean Arp (1866‒1966), o belga René 
Magritte (1898‒1967) e o espanhol Salvador Dalí (1904‒1989). A Figura mostra a obra 
Os amantes (1928), uma das mais famosas do movimento surrealista. 
 
10 
 
 
Fonte: issocompensa.com 
Entre as características do movimento surrealista estavam o espaço para o 
inconsciente com o automatismo psíquico, a valorização do inconsciente, a pintura 
espontânea e a união entre realidade e universo mágico. O Surrealismo mexia com o 
onírico, com o que estava no campo do sonho, o que também era chamado de 
realismo fantástico na literatura, movimento representado por nomes importantes 
como o mexicano Gabriel García Márquez (1927‒2014) e o argentino Julio Cortázar 
(1914‒1984). 
O Surrealismo é considerado o último grande movimento de vanguarda 
(AMÁLIA; MINERINI, 2019). Entretanto, vale ressaltar que os desdobramentos das 
vanguardas não se restringiram ao espaço e ao tempo em que aconteceram. 
Conforme Gombrich (2000, p. 595), por um lado “o dever da arte [é] imitar o mundo 
real. Tampouco é verdade, creio eu, essa exigência seja inteiramente irrelevante [...] 
Pois até mesmo o artista que se revolta contra a tradição depende dela para o estímulo 
que dá direção aos seus esforços”. 
4 ELEMENTOS VISUAIS 
Ao analisar uma obra surrealista, o historiador da arte Ernst Gombrich (2000, 
p. 593) afirmou: 
 
11 
 
Um quadro como esse faz-nos compreender, definitivamente, porque os 
artistas do século XX nãose satisfizeram em representar simplesmente “o 
que veem”. Adquiriram uma profunda consciência dos muitos problemas que 
se escondem nessa exigência. Sabem que o artista que quer “representar” 
uma coisa real (ou imaginada) não começa por abrir os olhos e ver o que se 
passa à sua volta, mas por usar cores e formas na construção da imagem 
pretendida. 
Gombrich (2000) traz para a discussão algo muito relevante para pensar a 
construção de uma imagem: sua composição. A imagem é formada por elementos 
separados que, quando unidos, se completam. Vale destacar como elementos 
estruturantes para a composição visual o ponto, a linha, a forma e a cor. 
 Elementos visuais: (a) cor, (b) ponto, (c) linha e (d) forma 
 
Fonte: (a) Sharon McCutheon/Pexels.com; (b) analogicus/Pixabay.com; (c) mromerorta/Pixabay. com; 
(d) Ekaterina Bolovtsova/Pexels.com. 
O desafio para a arte é criar uma harmonia entre todos esses elementos, 
tornando a leitura da imagem agradável ou chamativa. Nessa alfabetização visual, é 
possível a ampliação do repertório e da leitura de mundo. 
Os elementos visuais são visíveis. Podemos começar por aquele considerado 
o início de tudo: o ponto. Ele é uma unidade de comunicação visual simples que pode 
significar o final de uma escrita, por exemplo. Segundo o artista Wassily Kandinsky, 
em seu livro Ponto e linha sobre o plano (2005, p. 17), o ponto abarca: 
[...] um ser invisível. Portanto, definido como imaterial. Do ponto de vista 
material, o ponto é igual a Zero. Mas esse Zero esconde diferentes 
 
12 
 
propriedades ―humanas. De acordo com nossa concepção, esse Zero – o 
ponto geométrico – evoca a concisão absoluta, isto é, a maior reserva, que, 
no entanto, fala. 
Quando pegamos uma substância e fazemos uma marca com um ponto, 
estamos criando uma referência ou um indicador de espaço. Para a arte abstrata, isso 
pode representar uma relação singular entre o espectador e a obra, com o observador 
imprimindo sua percepção a esse elemento de origem, essa pequena partícula que, 
quando unida, forma uma linha ou várias delas. 
Uma linha em uma superfície será diferenciada por comprimento, largura, 
textura e cor. Em uma tela, ela pode traçar a direção, o espaço e a profundidade que 
se deseja, dependendo do propósito do artista. A linha reta pode se direcionar em três 
movimentos: horizontal, vertical e diagonal. Também temos variações desses 
movimentos. 
Na arte visual, uma linha nunca é somente um traçado disposto em um suporte. 
Aliás, indo mais além, tudo o que compõe a forma não é algo vazio. Kandinsky (2005, 
p. 49) trata a linha como resultado do ponto, mas como algo que se contrapõe, pois a 
linha põe fim à inércia: “é rastro do ponto em movimento [...] ela nasce do movimento”. 
O exemplo a seguir mostra uma composição visual formada por diferentes tipos 
de elementos visuais. 
Ainda na composição visual, a linha fechada oferece a forma que pode ser mais 
orgânica ou geométrica. As formas básicas triângulo, quadrado, círculo e retângulo 
oferecem base para qualquer coisa que se queira desenhar. Tais formas também 
transmitem mensagens de simetria, harmonia e perfeição, ou podem levar a ideias 
que rompam bruscamente com o ordenamento do plano visual. Tudo depende daquilo 
que se deseja transmitir. 
A cor é um elemento que demonstra a informação sensível e emocional da 
comunicação pela visualidade. Pare por instantes e observe o seu redor. As cores 
trazem mensagens quanto aos sentimentos despertados. Do vermelho quente e 
alegre até a total ausência de cor, a simbologia das cores cria narrativas de acordo 
com a proposta artística. 
Buscando o significado da composição, ainda é possível organizar a imagem 
pensando em proporção, textura, movimento, dimensão e direção. Na textura, 
podemos encontrar inúmeras sensações: liso, rugoso, áspero, natural, artificial, entre 
 
13 
 
outras. O interessante é que essa pode ser uma experiência dos sentidos, trazendo 
por meio do tato a representação daquilo que deseja ser despertado. A experiência 
tátil não precisa, necessariamente, ofertar o toque, como no caso da pintura e da 
fotografia. Por outro lado, vimos artistas que experimentaram a inserção de objetos 
em suas obras, evocando a percepção tátil para o suporte da tela. É o caso do 
Cubismo sintético, que também abandonou o plano bidimensional nas artes plásticas. 
As linhas e as formas conduzem o nosso olhar para uma determinada direção, 
dando movimento e ritmo para a composição visual. Observe como esse elemento é 
presente em desenhos, fotografias, pinturas e arquiteturas. O movimento é dinâmico 
e pode ser criado por uma sequência de cores, formas e texturas. No movimento 
futurista, as pinceladas rítmicas criavam essa percepção. Outro exemplo de obra 
modernista que imprime movimento em suas pinceladas é a pintura Nu descendo uma 
escada nº 2, de Marcel Duchamp. A direção como elemento visual pode variar e 
apontar para a horizontal, vertical, diagonal ou, ainda, ser curva. 
Em termos de resultados visuais, é importante abordar a dimensão e a escala. 
A dimensão na pintura, assim como em outras linguagens bidimensionais, é implícita. 
Muitas vezes, as artes plásticas recorrem ao uso da perspectiva (profundidade) para 
ampliar a observação e ter clareza de todas as imagens dispostas na obra. Na escala, 
é concebível distorcer o tamanho dos elementos em maior ou menor referência. A 
escala pode ser usada para demonstrar o quão largo, alto ou extenso algo pode ser. 
Para atingir esse objetivo, costuma-se ter um referencial que todos tenham 
familiaridade. Assim, será possível compreender o objetivo de mostrar uma imagem 
com um determinado tamanho ou dimensão. 
Neste capítulo, transitamos por momentos históricos em que a arte trouxe sua 
visão crítica do mundo. Vimos diferentes estilos visuais e estudamos as vanguardas 
artísticas, sem esquecer do aspecto estético. Por fim, conhecemos os elementos que 
constituem as artes visuais, reconhecendo que cada um deles é fundamental na 
composição visual. 
 
14 
 
5 ALGUNS DOS MOMENTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES DA ARTE PELO 
MUNDO 
As obras dos mestres do passado e do presente, seja por intuição ou por uma 
fórmula predeterminada, souberam criar sua obra de forma tão consistente que a 
emoção transmitida em sua obra nos emociona. 
Arte Pré-histórica: “A arte pré-histórica foi feita antes da invenção da escrita” 
(D'Aquino 1980, p. 5). 
As expressões artísticas mais importantes deste período foram descobertas no 
final do século XX, devido ao realismo e às habilidades técnicas concebidas. São 
pinturas murais (parietais) em cavernas no sul da França (Dordonha) e no norte da 
Espanha (Cantábria). Segundo D’Aquino: 
Por isso, suas manifestações artísticas não tinham intenção estética, e sim 
econômica. Pintavam nas paredes escuras de suas cavernas os animais que 
tão bem conheciam como fontes de alimento ou de outros meios de 
sobrevivência, como as peles para se abrigarem do frio intenso: o bisonte, a 
rena, o mamute, o cavalo. (D’AQUINO, 1980, p.5) 
Por viverem em um ambiente hostil, eles usaram magia para se proteger, um 
bisonte pintado com uma flecha embutida na lateral, o que significava que seria 
realmente abatido, forçando-os a levar isso. Os animais são mostrados de forma muito 
clara, completamente realista e desenhado em detalhes. 
Mas segundo D’Aquino (1980, p.5), "há milhares de anos, as pessoas faziam 
pequenas esculturas representando figuras femininas muito obesas. Essas pequenas 
estátuas simbolizavam a abundância da natureza, força intuitiva da ação estética". 
 
15 
 
5.1 A Arte do Egito antigo 
Fonte: www.culturagenial.com 
A arte egípcia antiga (ou faraônica) originou-se por volta de 2500 aC e durou 
três mil anos, com seu estilo monumental permanecendo quase inalterado. 
Segundo D’Aquino: 
A arte egípcia tem um objetivo imediato, pragmático e realista, ela sempre 
esteve a serviço de umateocracia, e esta era também extremamente 
materialista. Tratava-se de um sistema de crenças particularmente voltado 
para a vida após a morte, mas o defunto devia gozar de todos os seus 
prazeres mundanos. (D’Aquino, 1980, p. 6) 
Os faraós foram os primeiros a usufruir dessas vantagens, depois a nobreza e, 
finalmente, o povo, e a arte simbolicamente ajudou a manter o status dos mortos, que 
deveriam entrar em outro com seus cadáveres intactos e embalsamados (múmias) 
em um sarcófago. Sobrepostos, enterrados em lugares onde os ladrões de túmulos 
não pudessem entrar. 
As esculturas em baixo relevo nas paredes da capela funerária "contam a vida 
do falecido, seus momentos de glória e riqueza. E aquelas orações que o levaram a 
outro mundo, sem surpresa". 
Nesses baixos relevos, levemente escavados para evitar o desmembramento, 
contam-se histórias cotidianas do antigo Egito, com hieróglifos (ideográficos, 
pictóricos ou silábicos) explicando o significado dos mortos. 
 
16 
 
Em baixo relevo e escultura em grupo, as figuras variam em tamanho de acordo 
com a importância social do indivíduo. 
Os faraós, considerados deuses, eram maiores que todos, e os escravos foram 
reduzidos a proporções minúsculas no que se chamou de "perspectiva hierárquica". 
A cabeça, o peito, as pernas e os pés são desenhados em contorno; os olhos 
e os ombros emergem da frente; o abdome é seccionado. Um pé, um braço ou uma 
figura nunca se esconde dos outros, porque para eles as figuras devem ser inteiras, a 
totalidade de seus membros. 
5.2 Arte Grega 
 
Fonte: www.infoescola.com 
No primeiro milênio aC, os Dórios exterminaram os gregos micênicos de 
Micenas, na Grécia. No século VIII aC, surgiram os germes da arte grega, focando em 
uma nova filosofia: o chamado ideal grego. 
As crenças religiosas foram restabelecidas e foram criadas divindades 
antropomórficas, ou seja, baseadas nos sentimentos e corpos das pessoas comuns. 
Esses deuses gregos que viviam no Monte Olimpo tinham paixões e formas 
humanas, mas eram poderosos e imortais, e como deuses, tinham que ter corpos 
lindos, únicos na natureza, mas idealizados e acessíveis ao homem imaginar. 
Esse é o chamado "ideal de beleza", com proporções perfeitas e atitude digna, 
e nesse ideal grego, o homem é um exemplo, uma pessoa que sabe responder 
perguntas e formular soluções. 
 
17 
 
Os gregos antigos eram antes de tudo um povo de comércio marítimo, porque 
suas terras eram pobres e inadequadas para a agricultura em grande escala, levando-
os a se aventurar no mar após o século XIX, quase em todo o Mediterrâneo, que lhes 
permitiram compreender e assimilar outras culturas. 
 "Do Egito, os artistas gregos trouxeram consigo a capacidade de representar 
os humanos em três dimensões... em estátuas representando seus deuses, 
especialmente os grandes atletas dos Jogos Olímpicos, estes são gloriosos como 
deuses". (D'Aquino 1980, p.10) 
Para se ter um ideal de beleza também era preciso haver uma proporção ideal, 
entre a parte e o todo, para os gregos isso era chamado de "cânon ou módulo", por 
isso as primeiras estátuas clássicas foram feitas com base no cânon, dividindo o corpo 
por uma única medida. 
 Os gregos atingiram a maturidade de seus ideais artísticos entre 450 aC e 400 
aC com anexos, conhecidos como primeiro classicismo. Miron foi o primeiro grande 
artista deste período. Seu discípulo surgiu perfeitamente com a ideia de um atleta 
arremessando um disco sem perder o equilíbrio. 
Policleto também conseguiu atingir a perfeição ideal através do conceito de 
proporções humanas, criando o módulo de sete cabeças, no qual o corpo de suas 
esculturas pode ser dividido em sete partes iguais, do mesmo tamanho da cabeça da 
estátua. 
Fídias, o escultor de Péricles e a decoração do Partenon em Atenas, em seus 
baixos relevos encarnava a dignidade dos deuses do olímpico e até sugeria 
movimento coletivo, em que a pose de uma figura se repete em outras pessoas. 
No século IV aC veio o Segundo Classicismo, mais individualista no estilo dos 
escultores e menos rígido na atitude das estátuas. 
Depois que Alexandre o Grande conquistou o mundo, com o declínio de Atenas, 
a arte começou a ser influenciada pelo Oriente. O período helenístico começou, e o 
idealismo de proporções humanas foi substituído pelo gosto pelo gigantesco, 
desproporcional e dramático. "A forma fica muito animada, como o baixo relevo no 
Altar de Pérgamo (Museu de Berlim Oriental)". (Dakino 1980, p. 12). 
 
18 
 
5.3 A Arte Romana 
 
Fonte: www.infoescola.com 
Roma teve enorme importância civilizacional, superando em muito a grandeza 
de suas obras de artes plásticas. 
“Suas primeiras e mais importantes manifestações foram "Sua primeira e mais 
importante manifestação é o busto de origem etrusca (atual Toscana), uma refinada 
civilização assimilada pelos romanos" (Dakino 1980, p. 13). Depois veio a contribuição 
helenística da Grande Grécia, que se deixou conquistar pela República Romana. 
Com a invasão da Grécia continental, em 146 a.C. ocorreu a plena importação 
da cultura grega, começando pela arte, depois pela filosofia e, finalmente, pelos seus 
deuses. Culturas estrangeiras não assimiladas fizeram da arte romana uma expressão 
acadêmica (réplica), a serviço do poder imperial e das elites, uma arte desconectada 
das crenças romanas, com baixos-relevos imitando relevos antigos, dos quais ele 
dirigiu o mais famoso. Augusto, conhecido como Altar da Paz, trouxe inconsistências 
entre seus indivíduos. 
Roma foi uma civilização ocidental, com poder absoluto, afrescos 
artisticamente pintados (pintura a têmpera sobre cal fresca, virgem) e mosaicos no 
chão. No entanto, essa representação tem suas origens no helenismo, e a era clássica 
terminou com a queda de Roma em 476 d.C. 
 
19 
 
5.4 Pintura e escultura romanas 
Duas grandes inspirações de toda a arte romana - etrusca e helenística - 
guiaram a realização da pintura e da escultura. A arte etrusca era mais popular e mais 
inclinada a expressar as realidades da vida, enquanto a arte helenística estava sujeita 
à busca da perfeição e beleza. Essas duas representações coexistiram na pintura e 
na escultura romanas, resultando em uma sociedade acessível e global que absorveu 
as identidades territoriais em um modelo comum que era inteiramente romano, 
homogêneo e diverso. 
Dessa forma, para entrar na arte romana, é preciso entendê-la nesse padrão 
complexo, não em uma única qualidade formal, pois "Roma" é resultado de múltiplos 
estímulos e referências reelaboradas por artistas romanos. 
Componentes significantes da pintura romana são mencionados em pinturas 
encontradas em Pompéia. A pintura autônoma ou em tela (em geral, pintura de 
cavalete, independentemente do meio) era incomum na época romana. Ao contrário 
dos afrescos que faziam parte da decoração interior, não existe registo significativo 
deste tipo de pintura. Os afrescos de Pompéia contam a maior parte do que sabemos 
sobre a pintura romana. 
Assim como nas outras artes, a produção dos etruscos influenciou a pintura 
romana, que se reflete na obra romana, o que foi revelado em trabalhos arqueológicos 
que encontraram 6 Arte romana vários afrescos etruscos no dentro de túmulos. As 
pinturas encontradas representam cerimônias religiosas, ritos fúnebres, alegorias e 
motivos ornamentais. De modo simultâneo, a pintura foi enriquecida e definida pelo 
encontro com o modelo grego e, sobretudo, helenísticos. Infelizmente, não 
conhecemos quadros de cavalete romanos, porém Baumgart (1999) sugere que 
devem ter existido, levando-se em consideração o costume de representar em amplas 
composições as batalhas dos generais vitoriosos. 
Pompeia foi um município romano com diversos aspectos da arte grega, 
enquanto poucas pinturas gregas e romanas sobreviveram, principalmente devido à 
erupção do Monte Vesúvio (79 dC), que soterrou os edifícios construídos há varias 
especulaçõessobre o tipo de pintura que existia antes do desastre, pois de acordo 
com Janson e Janson (2009, p. 77), o que resta pode surpreender o observador 
porque é o aspecto mais emocionante e mais perturbador da arte sob Roman regra. 
 
20 
 
 
 
O afresco é uma técnica de pintura mural executada sobre uma base 
de gesso ou nata de cal ainda úmida. Seu nome deriva da expressão 
italiana fresco, de mesmo significado no português. No afresco, o artista deve 
aplicar pigmentos puros diluídos somente em água, de modo que as cores 
penetrem no revestimento e, quando secas, passem a integrar a superfície 
em que foram aplicadas. Pode ser feito em parede, muro ou teto, porém a 
durabilidade do trabalho é maior em regiões secas, uma vez que a umidade 
pode provocar rachaduras na parede e danificar a pintura. O termo afresco 
também é utilizado ao se referir a pinturas feitas dessa forma, com as pinturas 
em igrejas e edifícios públicos, que ocupam grandes extensões (AFRESCO, 
2017). 
De acordo com Santos (2000) no século II a.C. era comum revestir as paredes 
interiores com uma camada de reboco pintado, imitando lajes de mármore. Mais tarde, 
os pintores romanos criaram a ilusão de mármore usando apenas tinta, não gesso. 
Essa descoberta abriu outras possibilidades para a pintura, pois os artistas 
começaram a sugerir protagonismo e profundidade em suas pinturas, além de imitar 
o mármore. Em seguida, apareceram pinturas nas paredes que simulam janelas 
abertas, com vistas de animais e pessoas, e cercas, formando um grande mural com 
temas diversos. O exemplo mais notável dessa técnica é o grande friso no cenário da 
Vila dos Mistérios, nos arredores de Pompeia (Figura 4). 
 
21 
 
 
Ao analisar a Figura 4, é possivel perceber que o artista inseriu as figuras em 
painéis vermelhos sobre uma estreita faixa verde, separando os painéis por listras 
negras, de modo a criar uma espécie de palco para as figuras que representam um 
ritual. Segundo Janson e Janson (2009), o conjunto pictórico representa vários 
aspectos dos Mistérios Dionisíacos, um culto semissecreto trazido da Grécia para a 
Itália. Ao analisar a Figura 4, observa-se que as poses e os gestos das personagens 
retratadas são extraídos do repertório da arte grega clássica, o que caracteriza uma 
legítima herança grega. 
No século I d.C., os pintores romanos combinaram a ilusão do espaço com a 
delicadeza dos pequenos detalhes, estilo que pode ser admirado em uma sala da 
Casa dos Vettii (63–70 d.C.), em Pompeia, apresentada na Figura 5. Na Sala de Íxion, 
as cenas não dão a impressão de cópias diretas de originais helenísticos, visto que 
são compilações de motivos provenientes de diversas origens (JANSON; JANSON, 
2009). 
 
22 
 
 
Ao analisar a Figura 5, é possível identificar que as pinturas são dispostas em 
um conjunto de peças que simulam painéis de mármore, com complexas cenas 
arquitetônicas, vistas através de janelas. “A ilusão criada pelas texturas da superfície 
e cenas distantes têm um grau extraordinário de realidade tridimensional, mas tão 
logo tentamos analisar a relação das várias partes em si, ficamos confusos e 
rapidamente percebemos que os pintores romanos não tinham uma compreensão 
sistemática da profundidade espacial [...]” (JANSON; JANSON, 2009, p. 79). Nota-se 
as obras no qual o que o autor se refere são, na verdade, cenas teatrais que retratam 
as aventuras de Ulisses, e a parte central pode ser plagiada de obras gregas. Os 
retratos são uma obra importante na escultura grega, mas raramente são 
representados na pintura. Combinando realismo e imaginação, ora de forma mais 
estilizada e decorativa, ora de forma precisa, a pintura romana ocupa grandes 
espaços nos edifícios, complementando a arquitetura. 
5.5 A escultura romana 
A questão da originalidade da escultura romana gerou debate na história da 
arte. A preferência pela decoração ornamentada levou os romanos a importar estátuas 
gregas, ou reproduzi-las em grande número, que eram feitas em suas oficinas em 
Roma. Janson e Janson (2009, p. 73) afirmam que todas as categorias da escultura 
 
23 
 
romana devem ser chamadas de 'ecos desativados' da criação grega, esvaziados de 
seu significado original e reduzidos ao estado da obra. 
Alguns tipos de escultura romana não foram significativos na tradição 
escultórica: retratos e baixos-relevos narrativos são modelos de escultura que melhor 
demonstram a sociedade romana. Na escultura romana são afirmadas das duas 
formas escultóricas sob a influência das tendências etruscas e gregas. O baixo-relevo 
romano (fig. 6) é muito realista e é um exemplo de documento histórico autêntico. É 
possível reconstruir com precisão acontecimentos militar ou histórico que representa 
em todos os seus detalhes, desde os arreios até as armas dos combatentes, da 
postura à vestimenta (BAUMGART, 1999). Trata-se de uma obra realista, descritiva e 
documental. Esses traços artísticos definiram o caráter dos romanos e consistiram em 
um senso de pragmatismo e um instinto político de governar. 
 
A personalidade realista e prático dos romanos se expressa em suas 
esculturas, não para estabelecer o padrão de beleza humana como as esculturas 
gregas, mas para representar fielmente uma pessoa. Como alerta Santos (2000, p. 
42), a apropriação das técnicas e estéticas gregas na escultura romana não pode ser 
tomada de ânimo leve, em contato com os gregos, os escultores romanos foram 
profundamente influenciados pela noção de influência helenística, mas não abriram 
mão de seu interesse: retratar as características particulares de uma pessoa. O que 
 
24 
 
acabou acontecendo foi uma acomodação entre os conceitos artísticos romanos e 
gregos 
Este princípio pode ser entendido olhando para a estátua de Augusto (19 aC), 
o primeiro imperador romano (Figura 7). O escultor usou a estátua grega de Doríforo, 
de Policleto, como referência. A estátua original foi alterada para adequá-la ao gosto 
e estilo dos romanos: manteve-se a postura do tronco e das pernas, bem como a 
inclinação lateral da cabeça. No entanto, o escultor posicionou o braço de Augusto de 
tal forma que ele parece estar firmemente dando ordens aos seus súditos. Nota-se 
que o escultor pode ser visto tentando capturar o caráter real do imperador ao vesti-
lo com o tradicional couro e capa romanos (SANTOS, 2000). 
A escultura romana culmina no retrato. Pelo poder da técnica e da emoção, os 
escultores deixaram verdadeiras obras-primas em simples bustos ou estátuas de 
corpo inteiro. A tradição da iconografia romana está repleta de alusões religiosas e é 
vista como um culto aos mortos de origem etrusca. Os etruscos moldavam de modo 
direto nas máscaras funerárias de cera com realismo intransigente, e essa técnica foi 
passada para os romanos, que seguiram o mesmo modelo (HAUSER, 2003). 
De acordo com Baumgart (1999) esclareceu que na Roma primitiva permeava 
uma lei que regimentava a utilização do retrato Era o jus imaginum, embora tenha sido 
abandonado desde então. De acordo com esse direito, apenas os indivíduos que 
prestam serviços relevantes ao Estado enquanto ocupam cargos públicos importantes 
merecem ser retratados. Os retratos eram originalmente simples figuras de cera, 
zelosamente preservadas pela família. 
Existia uma tradição muito antiga de fazer figuras de cera após a morte de um 
membro importante das famílias. As imagens eram guardadas pelas famílias e 
acompanhavam cortejos fúnebres posteriores. Essa antiga forma de culto foi renovada 
nos tempos republicanos como forma de mostrar a importância e a continuidade da 
família. Os romanos consideravam a cera um material passageiro e decidiram utilizar 
materiais mais duráveis, como mármore e bronze, para dar forma à imagem 
(JANSON; JANSON, 2009). 
A Figura 8 incorpora o ideal da escultura romana, que são diferentes dos ideais 
estéticos gregos. As documentações meticulosas dos traços faciais de mármoreevidenciaram as imperfeiçoes da pele como rugas ou verrugas. "O rosto aparece em 
 
25 
 
uma personalidade romana - sério, enrugado, determinado. É a 'figura paterna' de 
uma autoridade aterrorizante; você pode imaginá-lo administrando não apenas uma 
família, mas uma colônia, até mesmo um Império (JANSON; JANSON, 2009, p. 73). 
 
No momento em que o Império tomou o lugar da republica, os retratos perderam 
sua forte personalidade. Por mais que permanecesse uma personalidade 
reconhecível, os retratos dos imperadores agora têm uma semelhança heroica e 
idealizada, assim como a escultura grega. A afirmação de Janson e Janson (2009, p. 
74) afirma: Os gregos forneceram ao mundo meios intransponíveis para materializar 
os deuses como homem; os romanos agora revertem a essas formas, desta vez 
elevando a imagem do homem a nível deus. A estátua imponderada do imperador 
Marco Aurélio (fig. 9) mostra-o como um homem culto cujo governante e filósofo que 
exerce seus comandos através da sabedoria e não da força. Os escultores romanos 
também eram bons em bronze. 
 
26 
 
 
Nos séculos III e IV, a escultura entrou em declínio, refletindo o declínio da 
própria civilização romana. Toda a memória de beleza ou realismo comovente foi 
perdida quando a primeira representação de Cristo apareceu, por volta de AD IV. No 
entanto, não foram apenas as obras religiosas durante o declínio do Império Romano 
que mudaram de aparência. De acordo com GOMBRICH (1999), começaram a serem 
poucos os artistas que se preocupavam com a glória da arte grega, seu refinamento 
e harmonia. Os escultores não tinham mais paciência para trabalhar o mármore com 
cinzéis e o tratavam com a sofisticação e o bom gosto de que os artesãos gregos se 
orgulhavam. Assim como os pintores dos afrescos das catacumbas, eles utilizavam 
métodos mais imperfeitos, como o uso de brocas mecânicas para marcar as principais 
características do rosto ou do corpo. 
A arte antiga deteriorou nesta época, porém, não se pode responsabilizar esse 
acontecimento à perda de habilidades artísticas. O ponto crucial a se considerar é que 
nas guerras, invasões e rebeliões, os artistas deixaram de se contentar com a 
representação nobre da Grécia, e passaram a buscar outros efeitos e significados da 
arte. 
 
27 
 
5.6 A Arte Cristã Primitiva 
 
Fonte:www.clickestudante.com 
As primeiras manifestações desta arte, também conhecida como arte 
paleocristã, surgiram de forma básica numa época em que os cristãos eram 
perseguidos. 
Segundo D’Aquino: 
São afrescos pintados principalmente nas catacumbas romanas onde os 
crentes se refugiavam. Não foram feitos por artistas eruditos (profissionais), 
e sim por cristãos que desejavam homenagear seus mártires ou ilustrar, 
simbolicamente, Cristo e passagens do Velho Testamento que preconizavam 
o Novo Testamento. (D’Aquino, 1980, p. 14) 
Na pintura há mulheres orantes, Jonas na boca de uma baleia, simbolizando a 
ressurreição de Cristo, o peixe simbolizando Cristo como Salvador, e Jesus 
carregando um cordeiro nos ombros, simbolizando o Bom Pastor. 
Este foi o início da era gráfica (a ciência de contar histórias ou a representação 
através de números) que se desenvolveu em toda a arte cristã. 
 
28 
 
6 ARTE ROMÂNTICA DO SÉC. IX A X 
 
Fonte: laart.art.br 
Um novo estilo que surgiu de forma particular no norte da França, a arte 
romântica foi resultado de dois fatores: econômico e espiritual, a dinastia capetiana 
melhorou gradualmente a organização feudal, trouxe riqueza para os mosteiros, 
principalmente as abadias rurais, proporcionou oportunidade de construir grandes 
templos. 
Foi necessário naquele período de intensa devoção, o Ocidente encontrar uma 
forma maleável para expressar novas ideias místicas, que após a fundação da abadia 
beneditina de Cluny na França adquiriram uma notável unidade estilística, um estilo 
romântico, obras de mestres escultores de A Europa foi enviada para outro lugar. 
Esculturas e baixos relevos românticos sempre pertencem ao lugar que lhes é 
atribuído no templo. São peças presas às paredes do templo. O baixo relevo está 
localizado no tímpano (a superfície semicircular acima da porta da igreja), e a estátua 
repousa contra a parede da entrada. Esses temas têm a função de contar a história 
do cristianismo aos analfabetos. Portanto, diz-se que a igreja é a bíblia do povo. 
Desde o início deste século X, figuras escultóricas se abraçam firmemente sem 
emoção em seus rostos, cenas de tímpano representam o Juízo Final (demônios 
aterrorizantes atormentando pecadores), uma demonstração de habilidades artísticas 
começou tentando dar movimento aos membros de suas esculturas (Catedral de 
Vezelay), embora tenham sido inspiradas pela arte bizantina estática. 
 
29 
 
O conjunto arquitetônico de esculturas em relevo dá a impressão de formas 
pesadas tentando sem sucesso alcançar o céu, é a arte romântica que inicia o estilo 
gótico. 
6.1 O Renascimento na Itália no Século XIV 
Com Giotto, no século XIV e em meados do século XX. Em seguida, há um 
incrível desenvolvimento da escultura e da pintura na Itália, que serve de modelo para 
outros países europeus. 
Os objetivos básicos dos anos mil e quatrocentos eram restaurar o equilíbrio 
clássico entre o mundo real e o espiritual, voltar à personificação de temas da 
mitologia grega, expressando-se em particular através de valores táteis (toque), 
permitindo "na pintura, pensando na observação". O leitor estaria vendo o mundo 
natural ao seu redor, por mais embelezado que seja. 
Mais uma vez, o homem deve ser a medida ideal de todas as coisas, e no final 
é dever do artista sair de seu estado de artesão sem nome e adquirir mais 
conhecimento de outras artes e ciências, como música, poesia, filosofia, mitologia, 
história da arte, geometria. 
 
Fonte: mundoeducacao.uol.com.br 
A técnica do óleo, inventada pelos irmãos Eyck e mostrada com sua vista frontal 
e imagem (perspectiva de uma figura humana reclinada) Mantegna (1431-1506, em 
Pádua), com novas realidades para retratos de sua psicologia, na obra "Cristo Morto" 
do Brera Museu em Milão. Da mesma forma, pinturas de Antonello da Messina 
 
30 
 
(c.1430-1479). Jacopo Bellini (c.1400-1470) Gentilli e Giovanni Gentilli O pai e 
Carpaccio de Bellini (falecido em 1523) lançaram as bases da escola veneziana, 
usando uma fonte grande angular aproveitando as amplas vistas da Praça de São 
Marcos, e destacando o luxo da cidade rica, inaugura uma tipologia colorida, intensa 
e brilhante. 
 
6.2 Neoclassicismo 
 
Fonte: www.estudopratico.com.br 
No final do século XVIII, começaram a surgir ideias democráticas contra o 
despotismo do Antigo Regime dos Louíses, e surgiram na arte francesa duas 
correntes que mais tarde dominariam o mundo: o neoclassicismo e o romantismo. 
Ambas procuraram fugir ao seu passado clássico ou medieval, com certo 
interesse pelos achados arqueológicos de Pompéia (1748), que mostram que a 
civilização greco-romana quase intacta, e também encarnam os ideais da Revolução 
Francesa. 
Com a decadência dos Bourbons franceses e os primeiros sinais de sua arte 
erótica rococó, os jovens pintores buscaram seus modelos e, sobretudo, nas ideias 
de pureza e cidadania da antiga República Romana e nas ideias do arqueólogo 
alemão Winkelmann. Entre esses pintores destaca-se David (1748). -1825), dominou 
o estilo neoclássico com ideias fortes e pinturas a serviço da glória de Napoleão, 
retratando temas antigos como Sócrates bebendo Cicuta (Louvre) etc., pinturas que 
 
31 
 
se seguiram. É um belo ideal do neoclassicismo, rígido, austero, solene, imóvel, com 
pouco claro-escuro, dando a aparência de um magistral teatro estático. 
No século XIX, David teve seu maior aluno, Ingres (1780-1867), brilhante 
desenhista, retratista e belo pintor de nus" (D'Aquino 1980, p.44), enquanto seguindo 
o exemplo de David e Rafael, Ingres incorporou linhas sensuaise românticas em suas 
pinturas da corte. Canova foi um grande escultor do Neoclassicismo (1757-1822). 
David dominou a escola de Belas-Artes de Paris se espalha pelo mundo. 
6.3 O Romantismo 
 
Fontes: www.portugues.com.br 
Ao contrário da indiferença do estilo neoclássico, do apelo à Grécia antiga e 
das emoções derivadas da razão e da lógica, surgiu o romantismo, apelando à 
dominação interior e ao individualismo. "Em vez de composições neoclássicas rígidas, 
o artista romântico buscará formas animadas, pinceladas independentes, um apelo ao 
chamado estado de espírito do artista e mudanças de acordo com o que ele sente no 
momento". (Dakino 1980, p. 47) 
Na Espanha, surgiu o caminho desse movimento, Goya (1746-1828), um artista 
apaixonado e impulsivo, que buscava a autenticidade das coisas, sua alma, como na 
Maja Desnuda (Museu do Prado). Sua maior obra emocional trágica é 2 de maio 
(Museu do Prado), o fuzilamento pelos franceses de heróis populares e espanhóis. 
 
32 
 
Na França, a maior figura do Romantismo foi Delacroix (1798-1863), cujas 
pinturas foram cativadas pelo movimento de sua obra, desencadeando intensas 
paixões ao inspirar as tragédias de Shakespeare, como em Ofélia (de Hamlet); em 
cavaleiros medievais; ou na tragédia da guerra da libertação grega. 
O romantismo também aparece nas paisagens, mostrando o sentimento da 
natureza tomando o lugar do homem: "tristeza, excitação; ou em estado lírico. A mais 
famosa dessas paisagens são os chamados pintores de Barbizon: Theodore 
Rousseau (1812-1867), especialmente um lírico e brilhante observador de efeitos de 
luz: Corot (1796-1875). 
Um dos maiores representantes do Romantismo na escultura foi Rude (1784-
1855), que criou o relevo "Marselha" em lugares como o Arco do Triunfo em Paris. 
No final do século, Rodin (1840-1917) surgiu um forte estilo pessoal, 
combinando romantismo e classicismo, como no clássico O Beijo (Museu Rodin, 
Paris) ou no drama dos Burgueses de Calais (Calais). 
6.4 Realismo 
O 
Fonte: www.educamaisbrasil.com.br 
Este foi o último movimento de pintura antes do Impressionismo, a criação da 
arte moderna, e foi o realismo do século XIX, exemplificado por Courbet (1819- 1877) 
o precursor Géricault (1791-1824) com sua máxima expressão. "É uma espécie de 
 
33 
 
realismo que coloca o homem do povo, o próprio trabalhador, no centro de sua criação 
artística, Os Quebradores de Pedra (destruída no Museu de Dresde, em 1945) ou As 
senhoritas do sena (Museu do Louvre) ”. 
De particular revolucionismo, a técnica de Courbet não tinha nada, a não ser o 
fato de incluir pessoas do povo em suas obras. 
Nas pinturas de paisagens realistas, os pintores são muito famosos: Millet 
(1814-1875), em suas pinturas camponesas, cheias de lirismo, como: Angelus (Museu 
do Louvre), e Daumier (1808-1879), formavam a chamada Escola Barbizon, pela 
proximidade da cidade com Paris, onde trabalhavam. 
"No Brasil, um dos nossos realistas mais icônicos é Almeida Júnior (1850-
1899), cujas pinturas vêm de temas rurais dentro de São Paulo, como O Violeiro 
(Museu Paulista e Picando Fumo)." Pedro Alexandrino (1864-1942) também está 
incluído neste estilo. 
6.5 Impressionismo e o Neoimpressionismo 
 
 Fonte: www.infoescola.com 
Enquanto o realismo ainda estava em voga, em meados do século XIX, nasceu 
o Impressionismo, considerado o primeiro movimento da arte moderna a romper com 
a cor, e recebeu o nome do grupo que o formou em Paris em 1874. 
 
34 
 
"O impressionismo é o último arranjo do realismo, que desejou ser instantâneo, 
retratando o momento presente, uma paisagem indescritível iluminada pelo sol, mas 
logo ofuscada pelas sombras da noite". 
O impressionismo são as impressões do artista em um determinado momento, 
de acordo com seus sentimentos emocionais pessoais, ele nunca propõe regras 
estabelecidas, a menos que a pintura seja feita ao ar livre, ao contrário dos pintores 
realistas que terminam a tela no estúdio. Longe da luz natural, como as telas de Corot, 
os esboços são feitos ao ar livre, mas feitos em seu estúdio, com pouca luz. 
Os pintores desta técnica tentam captar rapidamente cada detalhe de cada 
paisagem no momento em que a captam, retratando fenômenos naturais (o sol 
ecoando sobre a água, a luz iluminando os galhos das árvores), seus pintores buscam 
a velocidade, o que os faz dar pinceladas separadas. 
Olhar para os impressionistas é como ver a natureza celebrada com alegria e 
otimismo, como foi o período entre 1870 e 1914 conhecido como “bélle époque”. 
Os principais pintores do Impressionismo se uniram para trocar influências, 
tornando suas paisagens cada vez mais radiantes e vibrantes, contrariando a arte 
sombria da escola acadêmica, e finalmente conquistaram sua aprovação, sendo 
pioneiros no primeiro movimento moderno com cores vivas. 
Os primeiros grandes impressionistas foram todos franceses: Monet (1840-
1926), Renoir (1841-1919), Pissarro (1831-1903), Sisley (1839-1903) e Degas (1834) 
-1917) A própria arte, retratando a vida e o Bailes de Paris, assim como o circo e o 
cabaré de lá, que Toulouse-Loutrec (1864-1901) fez mais tarde. 
No Brasil, o maior representante do Impressionismo e do Pontilhismo foi 
Visconti (1867-1944), seguido de seus pupilos: Cavalero (1892-1969), etc., todos eles 
no paisagismo de forma específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
6.6 Semana de Arte Moderna 
 
Fonte: historiadasartes.com 
A Semana de Arte Moderna foi um evento artístico e cultural que aconteceu de 
13 a 18 de fevereiro de 1922 no Theatro Municipal de São Paulo. 
O evento reuniu dança, música, leituras de poesias, exposições de obras - 
pinturas e esculturas - e palestras. 
Os artistas participantes propõem uma nova visão artística baseada numa 
estética inovadora inspirada na arte de vanguarda europeia. 
Juntos, eles buscaram um renascimento social e artístico no país, como 
evidenciado pela "Semana de 22". O evento chocou alguns membros do público e 
trouxe novos processos artísticos e a apresentação da arte "mais brasileira". 
Houve avanços na arte acadêmica que contribuíram para a transformação 
estética e o movimento Modernista no Brasil. 
Mário de Andrade foi uma das figuras centrais e principal organizador da 
Semana de Arte Moderna de 22. Ele se juntou a outros organizadores: o escritor 
Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti. 
Características da Semana de Arte Moderna: 
Como a intenção desses artistas era chocar o público e revelar outras formas 
de sentir, ver e apreciar a arte, esse momento se caracteriza por: 
 Ausência de formalismo; 
 
36 
 
 Ruptura com academicismo e tradicionalismo; 
 Crítica ao modelo parnasiano; 
 Influência das vanguardas artísticas europeias (futurismo, cubismo, 
dadaísmo, surrealismo, expressionismo); 
 Valorização da identidade e cultura brasileira; 
 Fusão de influências externas aos elementos brasileiros; 
 Experimentações estéticas; 
 Liberdade de expressão; 
 Aproximação da linguagem oral, com utilização da linguagem coloquial 
e vulgar; 
 Temáticas nacionalistas e cotidianas. 
7 ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS SOBRE O ENSINO DE ARTES NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
No contexto educacional atual, para o atendimento de crianças de 0 a 6 anos, 
são apresentadas diferentes sugestões de ensino, sendo proposta a educação infantil. 
A amplitude das propostas nos permitem observar a amplitude e a diversidade das 
pesquisas sobre desenvolvimento infantil. No entanto, os estudos que consideram as 
artes nesta fase educacional ainda são limitados. 
Atividades expressivas de artes visuais podem ser realizadas no cotidiano das 
instituições de educação infantil. Essas atividades permitem que as crianças se 
expressem sobre seu ambiente e as relações construídas nele, além de permitir que 
elas aprendam mais sobre as práticas pedagógicas de seus professores. Mas como 
é possível que as crianças se expressem através da arte?Que tipos de atividades 
devem ser realizadas? É importante refletir sobre as atitudes dos professores em 
relação ao ensino das artes visuais, suas técnicas e percepções da área. É importante 
questionar se os professores da primeira infância compreendem a importância dos 
conceitos contemporâneos para o ensino das artes visuais e se eles realmente têm 
acesso a esses conceitos. 
 
37 
 
Utilizando a linguagem da arte, os professores podem contar com diferentes 
objetivos para construir a compreensão das crianças no cotidiano da sala de aula. No 
entanto, mesmo que a arte esteja presente no cotidiano escolar, isso não garante que 
o trabalho dos professores seja reflexivo, pois muitas vezes parece intuitivo e 
acontece de forma inconsistente, mesmo que já seja uma integração prática às 
atividades cotidianas da escola. 
De acordo com Gilvânia Pontes: 
 A falta de formação faz com que esses professores atuem movidos pela 
concepção da Arte e do seu ensino, construída ao longo de suas histórias 
pessoais. E como, historicamente, a maioria dos professores foi privada do 
acesso ao repertório cultural da Arte, tanto na vivência de sua expressividade 
em atos artísticos quanto na possibilidade de refletir sobre seus conteúdos 
na escola, isso gerou uma falta de consciência sobre os sentidos que esses 
conteúdos e vivências artísticas podem assumir na escola. Essa falta reflete-
se nas ações dos professores, principalmente nas escolhas e no 
encaminhamento de situações de sala de aula que envolvam as linguagens 
artísticas. (PONTES, 2001, p.22) 
Grande parte da prática que se desenvolve no ensino das artes visuais hoje 
acaba relegando essa área do conhecimento a uma terapia, a um hobby. A maioria 
das atividades é feita discretamente para crianças e até mesmo professores, sem foco 
especial no aprendizado das artes. 
No contexto educacional atual, é necessário refletir sobre as abordagens 
empregadas pelos professores de artes visuais, seus conhecimentos, formação e 
métodos de ensino. As diferentes manifestações das artes visuais dão às crianças a 
possibilidade de se expressarem de diversas formas. 
Por meio de suas experiências de vida, dos conhecimentos que constroem, ou 
seja, das experiências concretas, as crianças têm a oportunidade de aprender e 
desenvolver a cognição. Por meio da arte, as crianças têm a oportunidade de absorver 
a linguagem e diferentes formas de ver e representar o mundo. Além de trabalhar as 
interações emocionais, cognitivas e sociais das crianças, os professores podem usar 
as artes para promover o desenvolvimento da coordenação motora e outros aspectos 
que beneficiam a formação pessoal futura. 
Mas como o professor constrói esse conhecimento com as crianças através 
das atividades que realiza em sala de aula? Dentro da área metodológica, qual 
abordagem é mais adequada para o uso das artes visuais na educação infantil? Quais 
 
38 
 
são os métodos reais utilizados por professores com e sem formação artística? Uma 
nova visão para as artes visuais na educação infantil levanta a importância de resgatar 
o valor da arte dentro das instituições de ensino como área de conhecimento 
influenciada por estruturas cognitivas que podem ser refletidas, ensinadas e 
aprendidas nos ambientes educacionais. A síntese desse conceito pode ser 
observada na abordagem triangular de Ana Mae Barbosa, que utiliza a arte como uma 
forma de conhecimento que pode ser abordada nas atividades de ler imagens, 
contextualizar e fazer arte. 
Segundo Barbosa (1991), um dos principais objetivos da arte no ambiente 
educacional é desenvolver pessoas conhecedoras, os decodificadores da arte. 
Segundo Pontes (2001), o eixo de contextualização busca reconstruir, com as 
crianças, o contexto em que se dá a produção artística e relacioná-lo com a 
experiência do ambiente estudantil. A contextualização envolve o universo estético 
experiencial que envolve a obra, inclusive vendo a cultura que envolve a arte, no 
sentido de que essa diversidade cultural pode ser reconstruída de diversas maneiras, 
não apenas por meio de narrativas históricas 
8 A HISTÓRIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA 
Reflete a LDB n. 9.394/96, lei que rege a educação no Brasil, investiga se uma 
proposição referente à história da arte na educação básica pode ter sido incluída em 
suas determinações. 
No que diz respeito a disciplina de artes, o § 2º do artigo 26 do documento 
afirma que o ensino das artes, especialmente em suas manifestações regionais, fará 
parte do currículo obrigatório da educação básica em todos os níveis, a fim de 
promover o desenvolvimento cultural dos alunos (LDB n. 9.394/96 ), mas não 
menciona especificamente a história da arte, mas é válido ressaltar que é o 
conhecimento o qual irá gerar a expansão cultural, com foco particular nas 
manifestações regionais, portanto, direcionando a história local (história da arte ou 
não-arte) deve ser posto à prova. Percebe-se que o documento considera relevante a 
presença desse conteúdo no currículo escolar. 
 
39 
 
Da mesma forma, ao pesquisar o Referencial Curricular Nacional da Educação 
Infantil (1998), a expressão "História da Arte" não pode ser identificada, mas quando 
o documento menciona que, em determinadas práticas de ensino, parte da ideia de 
que a criança só pode pensar no que lhe está mais próximo, sendo, portanto, 
materialmente acessível e concreto, ignorando assim a imaginação da criança, 
criando situações, além de sua capacidade conhecer um lugar e hora diferente do 
habitual. 
Nesse sentido, o documento alerta para as práticas existentes na educação 
infantil, fundamentalmente falando em diversidade cultural, social, geográfica e 
histórica é ir além da compreensão da criança e, dessa forma, as crianças não têm 
acesso a informações valiosas para pensar as diferentes paisagens, os diferentes 
modos de vida, a forma como as pessoas viviam e trabalhavam e as histórias de 
outros tempos que fazem parte do seu cotidiano. Observa-se então que o documento 
apoia a mediação da história da arte infantil desde a educação infantil, para que elas 
compreendam diferentes práticas culturais, e outras contribuições que esse conteúdo 
pode trazer. 
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), no volume Arte organizado 
separando as linguagens da arte, encontramos cerca de oito vezes mais expressões 
do que “História da Arte”, na maioria das vezes associadas a cada linguagem. Vale 
ressaltar também que o documento diz que uma constante na história da arte é a 
representação da figura humana, que pode ser derivada de obras de arte que 
apresentam as relações humanas nas mais diversas formas: pinturas, gravuras, 
esculturas, sobre heróis e canções, filmes, peças de heroínas. Portanto, quando se 
trata de conteúdo de história da arte, o PCN considera outras linguagens artísticas, 
não apenas as artes visuais. 
Segundo o documento, os professores precisam de uma compreensão da 
história da arte para trabalhar nas escolas, com o objetivo de fazer os alunos 
entenderem que as obras de arte não existem isoladamente, mas estão relacionadas 
às ideias e tendências de uma época, lugar. 
Ressalta-se que este documento está sempre preocupado com o olhar do 
aluno, a experiência que ele traz, e sua valorização do seu trabalho, e de todos os 
conteúdos e técnicas que estarão presentes no processo de ensino. 
 
40 
 
O Guia Curricular do Ensino Médio, documento que orienta as ações dos 
professores do Ensino Médio, e o RCNEI não incluem explicitamente a expressão 
“História da Arte” em suas páginas, porém, durante a leitura, nota-se que, além das 
artes visuais, as referências são consideradas em todas as linguagens artísticas do 
mundo, incluindo música e teatro. Em determinado momento, quando se trata de estilo 
artístico, o documento menciona que "nenhuma forma de se expressar é melhor que 
a outra. Ao contrário, os estilos variam de acordo com sua função. Nessecaso, cabe 
ao professor mediar a situação. 
Os estilos artísticos “representam “visões de mundo”, ou seja, diferentes 
intenções e valores associados às crenças e necessidades espirituais, políticas, 
econômicas e sociais de diferentes culturas e épocas”. É necessário, portanto, que os 
alunos sejam expostos a esses estilos de inserção da história da arte, a fim de obter 
uma melhor compreensão das realidades de suas vidas e outros aspectos relevantes, 
convergindo com o primeiro documento citado na LDB 9.394/96, primeiro documento 
citado nesta sessão, que orienta para que o currículo do Ensino Médio evidencie: 
A educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das 
letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da 
cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao 
conhecimento e exercício da cidadania. (LDB n. 9.394/96) 
Com esses dados coletados, compreende-se de forma mais precisa e clara a 
existência de conteúdo histórico da arte em vários períodos da educação básica, e 
entender as exigências desses documentos para os currículos escolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
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