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SUMÁRIO
RACIOCÍNIO LÓGICO
Estruturas lógicas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões. Lógica sentencial (ou 
proposicional). Proposições simples e compostas. Tabelas-verdade. Equivalências. Leis de De Morgan. Diagramas 
lógicos. Lógica de primeira ordem............................................................................................................................................................... 01
Princípios de contagem e probabilidade................................................................................................................................................... 24
ATUALIDADES
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, meio 
ambiente, desenvolvimento sustentável e ecologia................................................................................................................. 01
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, emendas constitucionais e emendas constitucionais 
de revisão: princípios fundamentais...................................................................................................................................................... 01
Aplicabilidade das normas constitucionais. Normas de eficácia plena, contida e limitada. Normas programáticas.... 02
Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos. Direitos sociais. Direitos de nacio-
nalidade. Direitos políticos........................................................................................................................................................................ 06
Organização político-administrativa: competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ................... 28
Administração pública. Disposições gerais. Servidores públicos................................................................................................ 34
Poder executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república........................................................... 41
 Artigo 225 da Constituição Federal (Meio ambiente)................................................................................................................... 44
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios. Direito 
administrativo: conceito, fontes e princípios....................................................................................................................................... 01
Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. Invalidação, anulação e revogação. 
Prescrição.......................................................................................................................................................................................................... 08
Agentes administrativos. Investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários públicos; 
regimes jurídicos. Processo administrativo: conceito, princípios, fases e modalidades..................................................... 15
Lei nº 8.112/1990 e alterações: Regime Jurídico Único................................................................................................................... 19
Poderes da administração: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar....................................... 55
Princípios básicos da administração. Responsabilidade civil da administração: evolução doutrinária e reparação 
do dano. Enriquecimento ilícito e uso e abuso de poder.............................................................................................................. 60
Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação, formas e competência de prestação............................... 64
Organização administrativa. Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. Autarquias, funda-
ções, empresas públicas e sociedades de economia mista........................................................................................................... 75
Controle e responsabilização da administração. Controle administrativo. Controle judicial. Controle legislativo. 
Responsabilidade civil do Estado............................................................................................................................................................. 82
Contratos administrativos: conceito e características. Lei nº 8.666/1993 e alterações (Normas para licitações e 
contratos).......................................................................................................................................................................................................... 90
Lei nº 10.520/2002, Decreto nº 5.504/2005 e Decreto nº 5.450/2005 (Pregão).................................................................... 97
Decreto 7.892/2013 (Sistema de Registro de Preços)...................................................................................................................... 106
Instrução Normativa 2/2008/MPOG (Regras e diretrizes para a contratação de serviços)............................................... 112
Decreto nº 2.271/1997 (Contratação de serviços)............................................................................................................................. 123
LÍNGUA PORTUGUESA
ÍNDICE
Compreensão e interpretação de textos............................................................................................................................................................ 01
Tipologia textual.......................................................................................................................................................................................................... 10
Ortografi a ofi cial.......................................................................................................................................................................................................... 12
Acentuação gráfi ca..................................................................................................................................................................................................... 15
Emprego das classes de palavras........................................................................................................................................................................... 18
Emprego/correlação de tempos e modos verbais......................................................................................................................................... 18
Emprego do sinal indicativo de crase.................................................................................................................................................................. 59
Sintaxe da oração e do período.............................................................................................................................................................................. 62
Pontuação...................................................................................................................................................................................................................... 77
Concordância nominal e verbal............................................................................................................................................................................. 71
Regências nominal e verbal.................................................................................................................................................................................... 81
Signifi cação das palavras......................................................................................................................................................................................... 86
Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República)..................................... 91
Adequação da linguagem ao tipo de documento......................................................................................................................................... 91
Adequação do formato do texto ao gênero..................................................................................................................................................... 91
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS. 
Interpretação Textual
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo signifi cativo 
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade 
de codifi car e decodifi car).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com 
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para 
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento 
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada 
de seu contexto original e analisada separadamente, 
poderá ter um signifi cado diferente daquele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação 
de um texto é a identifi cação de sua ideia principal. 
A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou 
fundamentações), as argumentações (ou explicações), 
que levam ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova.
 
Normalmente, em uma prova, o candidato deve:
 Identifi car os elementos fundamentais de uma 
argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, 
os quais defi nem o tempo).
 Comparar as relações de semelhança ou de 
diferenças entre as situações do texto.
 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade. 
 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. 
 Parafrasear = reescrever o texto com outras 
palavras.
Condições básicas para interpretar
 
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-
literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), 
leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico 
(qualidades do texto) e semântico; capacidade de 
observação e de síntese; capacidade de raciocínio.
Interpretar/Compreender
Interpretar signifi ca:
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Através do texto, infere-se que...
É possível deduzir que...
O autor permite concluir que...
Qual é a intenção do autor ao afi rmar que...
Compreender signifi ca
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
O texto diz que...
É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afi rmação...
O narrador afi rma...
Erros de interpretação
 
 Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se 
sai do contexto, acrescentando ideias que não 
estão no texto, quer por conhecimento prévio 
do tema quer pela imaginação.
 Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se 
atenção apenas a um aspecto (esquecendo que 
um texto é um conjunto de ideias), o que pode 
ser insufi ciente para o entendimento do tema 
desenvolvido. 
 Contradição = às vezes o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, 
errar a questão.
Observação: Muitos pensam que existem a ótica do 
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas 
em uma prova de concurso, o que deve ser levado em 
consideração é o que o autor diz e nada mais.
Coesão e Coerência
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um 
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o 
que se vai dizer e o que já foi dito.
São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre 
eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome 
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; 
aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada um, 
valor semântico, por isso a necessidade de adequação 
ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na 
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros 
de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração 
que existe um pronome relativo adequado a cada 
circunstância, a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, 
mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 
o objeto possuído. 
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O).
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Dicas para melhorar a interpretação de textos
• Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos 
candidatos na disputa, portanto, quanto mais in-
formação você absorver com a leitura, mais chan-
ces terá de resolver as questões. 
• Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom-
pa a leitura.
• Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas 
forem necessárias.
• Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma 
conclusão).
• Volte ao texto quantas vezes precisar.
• Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as 
do autor. 
• Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão.
• Verifi que, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão.
• O autor defende ideias e você deve percebê-las.
• Observe as relações interparágrafos. Um parágra-
fo geralmente mantém com outro uma relação de 
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi -
que muito bem essas relações. 
• Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, 
a ideia mais importante. 
• Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou 
“incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora 
da resposta – o que vale não somente para Inter-
pretação de Texto, mas para todas as demais ques-
tões! 
• Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin-
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con-
clusão.
• Olhe com especial atenção os pronomes relativos, 
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme-
tem a outros vocábulos do texto.
 
SITES
Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos.
com/materiais/portugues/como-interpretar-textos>
Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/09-
dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-
provas>
Disponível em: <http://www.portuguesnarede.
com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.
html>
Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/
cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm>
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) 
Texto CG1A1AAA
A valorização do direito à vida digna preserva as duas 
faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a 
do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro 
em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição 
social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-
se, singulariza-se em sua individualidade. O direito é o 
instrumento da fraternização racional e rigorosa.
O direito à vida é a substância em torno da qual todos 
os direitos se conjugam, se desdobram, se somam 
para que o sistema fique mais e mais próximo da ideia 
concretizável de justiça social.
Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei 
Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas 
a revelação da justiça. Quando os descaminhos não 
conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a 
lei na vida mais digna para que a convivência política seja 
mais fecunda e humana.
Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. In: 50 
anos da Declaração Universaldos Direitos Humanos 1948-1998: 
conquistas e desafios. Brasília: OAB, Comissão Nacional de Direitos 
Humanos, 1998, p. 50-1 (com adaptações).
Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano 
tem direito 
a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da 
sobrevivência das espécies.
b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário 
para defender seus interesses.
c) de demandar ao sistema judicial a concretização de 
seus direitos.
d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos 
direitos de outros.
e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na 
essência de todos os direitos.
Em “a”, de agir de forma autônoma, em nome da lei da 
sobrevivência das espécies = incorreta
Em “b”, de ignorar o direito do outro se isso lhe for 
necessário para defender seus interesses = incorreta
Em “c”, de demandar ao sistema judicial a concretização 
de seus direitos = incorreta
Em “d”, à institucionalização do seu direito em 
detrimento dos direitos de outros = incorreta
Em “e”, a uma vida plena e adequada, direito esse que 
está na essência de todos os direitos.
O ser humano tem direito a uma vida digna, 
adequada, para que consiga gozar de seus direitos – 
saúde, educação, segurança – e exercer seus deveres 
plenamente, como prescrevem todos os direitos: (...) O 
direito à vida é a substância em torno da qual todos os 
direitos se conjugam (...).
GABARITO OFICIAL: E
2. (PCJ-MT - DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE-2017)
Texto CG1A1BBB
Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição da 
República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em 
virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes 
emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de 
sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as 
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regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos 
agentes do poder popular, que o Estado polariza e exerce. 
Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque toda 
sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em 
nome do qual é pronunciada.
Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do processo. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com adaptações).
Conforme as ideias do texto CG1A1BBB,
a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel 
com fundamento no princípio da soberania popular.
b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo 
voto popular, como ocorre com os representantes dos 
demais poderes.
c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, 
exercem o poder que lhes é conferido em nome de 
seus nacionais.
d) há incompatibilidade entre o autogoverno da 
magistratura e o sistema democrático.
e) os magistrados brasileiros exercem o poder 
constitucional que lhes é atribuído em nome do 
governo federal.
Em “a”, o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu 
papel com fundamento no princípio da soberania 
popular.
Em “b”, os magistrados do Brasil deveriam ser 
escolhidos pelo voto popular, como ocorre com os 
representantes dos demais poderes = incorreta
Em “c”, os magistrados italianos, ao contrário dos 
brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em 
nome de seus nacionais = incorreta
Em “d”, há incompatibilidade entre o autogoverno da 
magistratura e o sistema democrático = incorreta
Em “e”, os magistrados brasileiros exercem o poder 
constitucional que lhes é atribuído em nome do 
governo federal = incorreta
A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) 
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos 
desta Constituição.” Em virtude desse comando, 
afi rma-se que o poder dos juízes emana do povo e em 
seu nome é exercido (...).
GABARITO OFICIAL: A
3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017)
Texto CG1A1CCC
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, 
o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no 
coração das gerações que vêm nascendo a semente da 
podridão, habitua os homens a não acreditar senão na 
estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove 
a desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a 
cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas. 
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar 
a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto 
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o 
homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a 
ter vergonha de ser honesto. E, nessa destruição geral das 
nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, 
é a ruína da justiça, corroborada pela ação dos homens 
públicos. E, nesse esboroamento da justiça, a mais grave 
de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos 
confessos, é a falta de punição quando ocorre um crime 
de autoria incontroversa, mas ninguém tem coragem de 
apontá-la à opinião pública, de modo que a justiça possa 
exercer a sua ação saneadora e benfazeja.
Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa. Vol. XLI. 1914. 
Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações).
Infere-se do texto CG1A1CCC que 
I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” 
sejam mais desonestas e rudes que as gerações passadas.
II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação 
íntegra e idônea das gerações futuras.
III - a injustiça é responsável pela degradação dos 
homens, que, desanimados, ficam à mercê do destino.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
3. 
I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” 
sejam mais desonestas e rudes que as gerações 
passadas = incorreta
II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação 
íntegra e idônea das gerações futuras.
III - a injustiça é responsável pela degradação dos 
homens, que, desanimados, fi cam à mercê do destino 
= incorreta
Com base na leitura do texto, a única afi rmação correta 
é a de que a injustiça impede a atuação honesta, 
idônea das gerações futuras, pois (...) semeia no 
coração das gerações que vêm nascendo a semente 
da podridão (...).
GABARITO OFICIAL: B
4. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA 
PENITENCIÁRIA – CESPE – 2017) 
Texto 1A1AAA
Após o processo de redemocratização, com o fim da 
ditadura militar, em meados da década de 80 do século 
passado, era de se esperar que a democratização das 
instituições tivesse como resultado direto a consolidação 
da cidadania — compreendida de modo amplo, 
abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos 
e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram 
mais desafios para a cidadania brasileira, como a violência 
urbana — que ameaça os direitos individuais — e o 
desemprego — que ameaça os direitos sociais.
No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir de 
1980, impacto do processo de modernização pelo qual o 
país passou. Isso sugere que o boom do consumo colocou 
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em circulação bens de alto valor e, consequentemente, 
aumentou as oportunidades para o crime, inclusive 
porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço 
social mais anônimo, menos supervisionado.
Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais 
dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade. 
O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem 
menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais 
importância na modernidade tardia, porque satisfaz 
uma dupla necessidade dessa nova cultura: castigo e 
controle do risco. Essa postura às vezes proporciona 
controle, porém não segurança, pois o Estado tem o 
poder limitado de manter a ordem por meio da polícia, 
sendo necessário dividir as tarefas de controle com 
organizações locais e com a comunidade.
Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pública 
e garantia dos direitos individuais: os desafios da polícia em 
sociedades democráticas. In: Revista Brasileira deSegurança 
Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. – mar./2011, p. 84-5 (com 
adaptações).
De acordo com o texto 1A1AAA, a restauração da 
democracia no Brasil evidenciou
a) a diminuição do controle social decorrente do 
aumento da mobilidade de pessoas.
b) o crescimento da produção de bens de alto valor 
decorrente do aumento do poder de consumo.
c) a existência de problemas sociais que difi cultam a 
consolidação da cidadania.
d) a modernidade do mercado interno e das instituições 
públicas brasileiras.
e) o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da 
violência urbana e do desemprego.
Em “a”, a diminuição do controle social decorrente do 
aumento da mobilidade de pessoas = incorreta
Em “b”, o crescimento da produção de bens de alto 
valor decorrente do aumento do poder de consumo 
= incorreta
Em “c”, a existência de problemas sociais que 
difi cultam a consolidação da cidadania.
Em “d”, a modernidade do mercado interno e das 
instituições públicas brasileiras = incorreta
Em “e”, o medo nas metrópoles provocado pelo 
aumento da violência urbana e do desemprego = 
incorreta
Ao texto: Após o processo de redemocratização, 
com o fi m da ditadura militar, em meados da 
década de 80 do século passado, era de se esperar 
que a democratização das instituições tivesse como 
resultado direto a consolidação da cidadania — 
compreendida de modo amplo, abrangendo as 
três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. 
Sobressaem, porém, problemas que confi guram mais 
desafi os para a cidadania brasileira, como a violência 
urbana — que ameaça os direitos individuais — e o 
desemprego — que ameaça os direitos sociais (...). = 
problemas sociais que difi cultam a consolidação da 
cidadania.
GABARITO OFICIAL: C
5. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017) 
Texto CB3A2AAA
Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã 
risonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu 
tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, 
e não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira 
vez que me afligia tão incompreensível pesar. Minha filha 
sorria para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência 
semelhava um anjo. Desgraçada de mim! Deixei-a nos 
braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! 
Nunca mais devia eu vê-la...
Ainda não tinha vencido cem braças de caminho, quando 
um assobio, que repercutiu nas matas, me veio orientar 
acerca do perigo iminente que aí me aguardava. E logo 
dois homens apareceram e me amarraram com cordas. 
Era uma prisioneira — era uma escrava! Foi embalde que 
supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a 
liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e 
me olhavam sem compaixão. Julguei enlouquecer, julguei 
morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava 
ainda longos caminhos.
Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de 
infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um 
navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta 
de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa 
sepultura, até que aportamos nas praias brasileiras. Para 
caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados 
em pé e, para que não houvesse receio de revolta, 
acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, 
que se levam para recreio dos potentados da Europa. 
Davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez; 
a comida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso 
lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de 
água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a 
seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência 
de levá-los à sepultura, asfixiados e famintos.
Maria Firmina dos Reis. Úrsula. Florianópolis: Ed. 
Mulheres, 2004, p. 116-7 (com adaptações)
No texto CB3A2AAA, o trecho “como o rosto de um 
infante” introduz uma ideia de
a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.
(..) era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de 
um infante. A conjunção estabelece uma comparação 
– manhã risonha e bela como (igual ao) rosto de um 
infante.
GABARITO OFICIAL: A
6. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017) No texto CB3A2AAA, ao utilizar a 
expressão “Ah! Nunca mais devia eu vê-la...”, a narradora 
manifesta
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a) uma surpresa.
b) um lamento.
c) um desejo.
d) uma recomendação.
e) uma dúvida.
No contexto: (...) Desgraçada de mim! Deixei-a nos 
braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. 
Ah! Nunca mais devia eu vê-la... = representa tristeza, 
lamento.
GABARITO OFICIAL: B
7. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017)
Texto CB3A2BBB
O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos 
estão na base das Constituições democráticas modernas. 
A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para 
o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos 
humanos em cada Estado e no sistema internacional. 
Ao mesmo tempo, o processo de democratização do 
sistema internacional, que é o caminho obrigatório para 
a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar 
sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da 
proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. 
Direitos humanos, democracia e paz são três elementos 
fundamentais do mesmo movimento histórico: sem 
direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há 
democracia; sem democracia, não existem as condições 
mínimas para a solução pacífica dos conflitos. Em outras 
palavras, a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os 
súditos se tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos 
alguns direitos fundamentais; haverá paz estável, uma 
paz que não tenha a guerra como alternativa, somente 
quando existirem cidadãos não mais apenas deste ou 
daquele Estado, mas do mundo.
Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adaptações).
De acordo com o texto CB3A2BBB, a condição necessária 
para que os direitos humanos sejam reconhecidos e 
efetivamente protegidos nos Estados é a
a) soberania.
b) lei.
c) democracia.
d) cidadania.
e) paz.
Ao texto: A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário 
para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos 
humanos em cada Estado e no sistema internacional.
GABARITO OFICIAL: E
8. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – 
NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Depreende-se do texto 
CB3A2BBB que o avanço do processo de democratização 
do sistema internacional depende da
a) fl exibilização das fronteiras dos Estados.
b) eliminação de regimes autoritários.
c) manutenção de mecanismos que preservem interesses 
ideológicos e materiais dos Estados.
d) sobreposição dos direitos humanos aos interesses 
individuais dos Estados.
e) existência, em todos os Estados, de condições mínimas 
para a solução pacífi ca de confl itos.
Em “a”, fl exibilização das fronteiras dos Estados = 
incorreta
Em “b”, eliminação de regimes autoritários = incorreta
Em “c”, manutenção de mecanismos que preservem 
interesses ideológicos e materiais dos Estados = 
incorreta
Em “d”, sobreposição dos direitos humanos aos 
interesses individuais dos Estados.
Em “e”, existência, em todos os Estados, de condições 
mínimas para a solução pacífi ca de confl itos = incorreta
Texto! (...) o processo de democratização do sistema 
internacional, que é o caminho obrigatório para a 
busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar 
sem uma gradativa ampliação do reconhecimento 
e da proteção dos direitos humanos, acima de cada 
Estado. 
As questões de Interpretação/compreensão textual, 
muitas vezes, apresentam as respostas “explícitas”, 
bastando à (ao) candidata(o) voltar ao texto quando 
precisar - ou, então, destacar as ideias principais 
durante a leitura.
GABARITO OFICIAL: D
9. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVELMÉDIO – CESPE – 2017)
Texto CB3A2CCC
Fala-se, às vezes, na necessidade que tem a democracia 
de se defender do que lhe possa ameaçar. Quase sempre, 
porém, lamentavelmente, o que se vem considerando 
como ameaças à democracia é o que na verdade a 
justifica como democracia: a presença atuante do 
povo no processo político nacional; a voz das classes 
trabalhadoras que se mobilizam e se organizam na 
reivindicação de seus direitos; a presença inquieta da 
juventude brasileira cuja palavra nos é indispensável... Os 
que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” 
da participação dos trabalhadores e dos estudantes na 
reinvenção necessária da sociedade sonham com uma 
democracia sem povo.
Paulo Freire. In: Ana Maria Araújo Freire (Org.). Paulo Freire: uma 
história de vida. Indaiatuba, SP: Villa das Letras, 2006, p. 405 (com 
adaptações)
Assinale a opção que apresenta a tese central do texto 
CB3A2CCC.
a) As classes trabalhadoras precisam se organizar para 
lutar pelos seus direitos.
b) A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem 
a participação popular no processo político nacional.
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c) A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental 
para a defesa da democracia, é passiva.
d) A democracia dispensa a participação efetiva do povo 
no processo político nacional.
e) As organizações estudantis representam uma ameaça 
para o processo democrático.
Em “a”, As classes trabalhadoras precisam se organizar 
para lutar pelos seus direitos = incorreta
Em “b”, A democracia é ameaçada pelas pessoas que 
temem a participação popular no processo político 
nacional.
Em “c”, A juventude brasileira, cuja atuação é 
fundamental para a defesa da democracia, é passiva 
= incorreta
Em “d”, A democracia dispensa a participação efetiva 
do povo no processo político nacional = incorreta
Em “e”, As organizações estudantis representam uma 
ameaça para o processo democrático = incorreta
Segundo o texto, (...) Os que procuram “defender” 
a democracia contra o “perigo” da participação 
dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção 
necessária da sociedade sonham com uma democracia 
sem povo = o termo em destaque mostra que essas 
pessoas, sim, representam perigo à democracia.
GABARITO OFICIAL: B
10. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) 
Texto CB1A1BBB
Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com 
o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou 
que estouraram o limite de gastos com pessoal fixado 
pela Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei 
de Responsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando 
sua própria legislação destinada a assegurar, como 
alegam, maior rigor na gestão de suas finanças. Querem 
uma nova lei de responsabilidade fiscal para, segundo 
argumentam, fortalecer a estrutura legal que protege o 
dinheiro público do mau uso por gestores irresponsáveis.
Examinando-se a situação financeira dos estados que 
preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, 
fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 
2000, quando entrou em vigor a LRF, esses estados, 
como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a 
gestão do dinheiro público, para a criação de despesas 
e, em particular, para os gastos com pessoal. Por que, 
tendo descumprido algumas dessas regras, estariam 
interessados em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis 
pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a 
cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais 
rigorosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis 
estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está 
na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la 
mais rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade 
que a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade 
do setor público de adaptar suas despesas às receitas em 
queda por causa da crise.
Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adaptações).
De acordo com o texto, as normas da LRF dispõem 
principalmente sobre gastos com pessoal, pois esse tipo 
de gasto causa mais problemas para os responsáveis pela 
gestão do dinheiro público.
( ) CERTO ( ) ERRADO
A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre gastos 
em geral, não apenas com pessoal. O texto aborda 
apenas este, mas não afi rma ser o único alvo da LRF.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
11. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) Segundo o texto, o objetivo de se propor 
uma nova lei de responsabilidade fiscal, mais rígida quanto 
à proteção do dinheiro público, é desconfigurar a LRF.
( ) CERTO ( ) ERRADO
No texto, o objetivo apresentado é: Querem uma nova lei 
de responsabilidade fi scal para, segundo argumentam, 
fortalecer a estrutura legal que protege o dinheiro 
público do mau uso por gestores irresponsáveis. Para o 
autor, sim, haverá desconfi guração.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
12. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) Para o autor do texto, o descumprimento 
das normas da LRF em alguns estados decorreu do fato 
de a própria lei ser pouco clara em relação aos gastos 
públicos e também da incapacidade dos gestores do 
dinheiro público de adaptar as contas estaduais à realidade 
financeira do país.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Texto: O verdadeiro problema é a difi culdade do setor 
público de adaptar suas despesas às receitas em queda 
por causa da crise.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
13. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) Para o autor do texto, é um contrassenso a 
proposta de tornar a LRF mais rigorosa.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta no texto: Por que, tendo descumprido algumas 
dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda 
mais rigorosas?
GABARITO OFICIAL: CERTO
14. (PC-PE – CONHECIMENTOS GERAIS – AGENTE DE 
POLÍCIA – CESPE – 2016) 
Texto CG1A01BBB
Não são muitas as experiências exitosas de políticas 
públicas de redução de homicídios no Brasil nos 
últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram 
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continuidade. O Pacto pela Vida, política de segurança 
pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, 
é identificado como uma política pública exitosa.
O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado 
de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao 
controle da violência. A decisão ou vontade política de 
eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro 
marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar 
a memória dessa política, sobretudo quando se considera 
o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem 
sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades 
públicas não só evitam associar-se ao assunto como 
também o tratam de modo simplista, como uma questão 
que diz respeito apenas à polícia.
O Pacto pela Vida, entendido como um grande concerto 
de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em 
especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à 
sociedade no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, 
foram estabelecidos os principais valores que orientaram 
a construção da política de segurança, a prioridade do 
combate aos crimes violentos letais intencionais e a meta 
de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses 
crimes.
Desse modo, definiu-se, no estado, um novo paradigma 
de segurança pública, que se baseou na consolidação dos 
valores descritos acima (que estavam em disputa tanto 
do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no 
estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na 
redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate com 
a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi 
responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios 
no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013.
José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios 
em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2014.Internet: 
<https://igarape.org.br> (com adaptações).
O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB 
como uma política exitosa porque
a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o 
controle da violência no estado de Pernambuco.
b) tratou a questão da violência como um problema social 
complexo e inaugurou uma estratégia de contenção 
desse problema compatível com sua complexidade.
c) defi niu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma 
de segurança pública, embasado em uma rede de ações 
de combate e de repressão à violência.
d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da 
segurança pública como prioridade.
e) resultou em uma redução visível no número de crimes 
contra a vida no estado de Pernambuco.
Em “a”, teve como objetivos a redução da criminalidade 
e o controle da violência no estado de Pernambuco = 
incorreta
Em “b”, tratou a questão da violência como um 
problema social complexo e inaugurou uma estratégia 
de contenção desse problema compatível com sua 
complexidade = incorreta
Em “c”, defi niu, no estado de Pernambuco, um novo 
paradigma de segurança pública, embasado em uma 
rede de ações de combate e de repressão à violência 
= incorreta
Em “d”, foi fruto de um plano acertado que elegeu a 
área da segurança pública como prioridade = incorreta
Em “e”, resultou em uma redução visível no número de 
crimes contra a vida no estado de Pernambuco.
Exitosa porque obteve êxito, como comprova o 
resultado: diminuição de quase 40% dos homicídios 
no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013.
GABARITO OFICIAL: E
15. (INSS – TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 
2003) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em 
seu discurso na reabertura do Congresso que o “vírus da 
inflação voltou a ser uma ameaça real”. Em sua fala de 21 
minutos aos senadores e deputados, o presidente alertou 
também para a piora do cenário econômico internacional 
e afirmou que o aperto fiscal de seu governo durará o 
“tempo necessário”. Segundo Lula, “teremos tempos 
difíceis pela frente. O mundo entrou em um período de 
maiores incertezas”.
Folha de S. Paulo, 18 fev. /2003, capa. (Com adaptações.)
Infere-se do texto que o atual governo brasileiro não 
acredita que uma guerra contra o Iraque de Saddam 
Hussein possa acarretar dificuldades econômicas 
mais acentuadas para países como o Brasil, quase 
autossuficiente em petróleo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
O texto não aborda este tema.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
16. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008)
Tempo livre
A questão do tempo livre — o que as pessoas 
fazem com ele, que chances eventualmente oferece o 
seu desenvolvimento — não pode ser formulada em 
generalidade abstrata. A expressão, de origem recente 
— aliás, antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma 
vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e 
muito mais grato -, opõe-se a outra: à de tempo não-livre, 
aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos 
acrescentar, na verdade, determinado de fora.
O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa 
oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime-
lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais 
fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação 
geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém 
as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar 
uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus 
papéis sociais. Em uma época de integração social sem 
precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que 
resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. 
Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo 
onde o encantamento se atenua e as pessoas estão 
ao menos subjetivamente convictas de que agem por 
vontade própria, isso ainda significa que essa vontade é 
modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do 
horário de trabalho.
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A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre 
seria, hoje, esta: “Com o aumento da produtividade 
no trabalho, mas persistindo as condições de não-
liberdade, isto é, sob relações de produção em que as 
pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes 
prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com 
o tempo livre?” Se se cuidasse de responder à questão 
sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a 
suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária 
à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. 
Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da 
maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade 
em si mesma.
T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena 
Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82. (Com adaptações.)
Como, de acordo com o texto, as características 
essenciais ao “tempo livre” se baseiam na oposição 
entre este e o “tempo não-livre”, é correto concluir que 
as formas de uso do “tempo livre” serão as mesmas em 
qualquer época.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Segundo o texto, (...) o tempo livre dependerá da 
situação geral da sociedade (...), e como esta sofre 
mudanças com o passar do tempo, não podemos 
afi rmar que as formas de “tempo livre” serão as 
mesmas em qualquer época.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
17. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) Conclui-se da leitura do texto que tanto o “tempo 
não-livre” quanto o “tempo livre” são condicionados pela 
sociedade.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Busquemos no texto: (...) Além do mais, muito mais 
fundamentalmente, o tempo livre dependerá da 
situação geral da sociedade (...) Em uma época 
de integração social sem precedentes, fi ca difícil 
estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, 
além do determinado pelas funções. Isso pesa muito 
sobre a questão do tempo livre.
GABARITO OFICIAL: CERTO
18. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) Do primeiro parágrafo do texto, depreende-se que 
a ideia de tempo livre, isto é, a de tempo não ocupado 
pelo trabalho, não é nova.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao texto! (...) A expressão, de origem recente, aliás; 
antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida 
folgada.
GABARITO OFICIAL: CERTO
19. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008)
Um dos indicadores de saúde comumente utilizados 
no Brasil é a esperança de vida ao nascer, que 
corresponde ao número de anos que um indivíduo 
vai viver, considerando-se a duração média da vida 
dos membros da população. O valor desse índice tem 
sofrido modificações substanciais no decorrer do tempo, 
à medida que as condições sociais melhoram e as 
conquistas da ciência e da tecnologia são colocadas a 
serviço do homem.
A julgar por estudos procedidos em achados fósseis e 
em sítios arqueológicos, a esperança de vida do homem 
pré-histórico ao nascer seria extremamente baixa, em 
torno de 18 anos; na Grécia e na Roma antigas, estaria 
entre 20 e 30 anos, pouco tendo se modificado na Idade 
Média e na Renascença. Mais recentemente, têm sido 
registrados valores progressivamente mais elevados para 
a esperança de vida ao nascer. Essa situação está ilustrada 
no gráfico abaixo, que mostra a evolução da esperança 
de vida do brasileiro ao nascer, de 1940 a 2000.
M. Z. Rouquayrol e N. de Almeida Filho. In: Epidemiologia e 
saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003, p. 68. (Com adaptações.)
No Brasil, o fenômeno do aumento da esperança de 
vida ao nascer atinge de maneira uniforme todas as 
classes sociais, pois esse indicador não é influenciado 
pela renda familiar.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Voltemos ao texto: (...) O valor desse índice tem sofrido 
modifi cações substanciais no decorrer do tempo, à 
medida que as condições sociais melhoram, infl uência 
da renda familiar.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
20. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008)
Texto I
Envelhecimento, pobreza e proteção social na 
América Latina
O processo de envelhecimento populacional, no seu 
primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos 
relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas 
posteriores, a proporção desse grupo no total da 
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população diminui e, eventualmente, diminuirá em termos 
absolutos, como é a situação atual do Japão e de vários 
países europeus. Por outro lado, o segmento com idade 
avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento 
acentuado do segmento que demanda maiores recursos 
monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos, 
em face da redução do contingente populacional em 
idade ativa, fez com que o envelhecimento populacional 
entrasse na agenda das políticas públicas pelo lado 
negativo, ou seja, ele é visto como “um problema”.
A. A. Camarano e M.T. Pasinato. Texto para discussão. Brasília: 
IPEA, 2007.
Texto II
Os impactos sociais da velhice
Idade Ativa — No caso da previdência, os idosos são 
o grande problema?
Ana Amélia Camarano — Eu acho que esse é outro 
engano. Claro que você tem mais gente idosa e gente 
vivendo mais. Agora, o que acontece é que o nosso 
modelo de previdência é o mesmo da Europa Ocidental, 
dos EUA, modelos desenhados no pós-guerra, quando 
havia emprego, as pessoas se aposentavam e ficavam 
pouco tempo aposentadas porque morriam logo. Então, 
esse modelo está falido. Esse cenário mudou. Nós não 
estamos mais no mundo do trabalho estável, não temos 
mais o pleno emprego e as relações de trabalho hoje 
passam pela flexibilização. E a tão falada flexibilização 
significa informalização. A nossa política social é toda 
ligada ao trabalho. A Constituição de 1988 mudou um 
pouco, mas até então só tinha direito ao benefício da 
previdência quem trabalhava. Era uma cidadania ligada 
ao trabalho e, não, ao benefício do trabalhador. E isso 
não é mais possível. Nós estamos caminhando para um 
mundo sem trabalho.
Internet: <www.techway.com.br>. (Com adaptações.)
De acordo com o texto I, é correto afirmar que há 
países europeus em que a força de trabalho, em relação 
ao total da população, já se reduziu. 
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao texto: O processo de envelhecimento populacional, 
no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo 
menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas 
etapas posteriores, a proporção desse grupo no total 
da população diminui e, eventualmente, diminuirá em 
termos absolutos, como é a situação atual do Japão e 
de vários países europeus. Os termos destacados se 
relacionam.
GABARITO OFICIAL: CERTO
21. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) De acordo com o desenvolvimento e a organização 
das ideias do texto I, depreende-se que “segmento 
que demanda maiores recursos monetários e cuidados 
humanos, afetivos e psicológicos” e “segmento com idade 
avançada” referem-se ao mesmo conjunto de indivíduos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Texto: (...) o segmento com idade avançada passa a 
ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do 
segmento que demanda maiores recursos monetários 
e cuidados humanos, afetivos e psicológicos. = 
maneiras de se referir à velhice.
GABARITO OFICIAL: CERTO
22. (INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE 
– 2010)
A Revolta da Vacina
O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para 
o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e 
sujas, saneamento precário e foco de doenças como 
febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios 
estrangeiros faziam questão de anunciar que não 
parariam no porto carioca e os imigrantes recém-
chegados da Europa morriam às dezenas de doenças 
infecciosas.
Ao assumir a presidência da República, Francisco de 
Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental 
o saneamento e reurbanização da capital da República. 
Para assumir a frente das reformas, nomeou Francisco 
Pereira Passos para o governo municipal. Este, por sua 
vez, chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a 
reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas 
no centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico 
Oswaldo Cruz para o saneamento.
O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, 
com a derrubada de casarões e cortiços e o consequente 
despejo de seus moradores. A população apelidou o 
movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura 
de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com 
prédios de cinco ou seis andares.
Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de 
saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, 
ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade 
espalhando raticidas, mandando remover o lixo e 
comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos 
transmissores da febre amarela.
Finalmente, restava o combate à varíola. 
Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação 
obrigatória. A população, humilhada pelo poder público 
autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. 
Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do 
corpo a agentes sanitários do governo.
A vacinação obrigatória foi o estopim para que o 
povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” 
e insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma 
semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até 
ser reprimido com violência. O episódio transformou, 
no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-
reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça 
de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram 
confrontos generalizados.
Internet: <www.ccs.saude.gov.br>. (Com adaptações.)
O texto faz um histórico da Revolta da Vacina, ocorrida 
no Rio de Janeiro, mostrando explicitamente o ponto de 
vista do autor acerca do tema.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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O texto não apresenta o ponto de vista do autor, 
apenas descreve os fatos.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
23. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: 
ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010)
Da tomada para a estrada
Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, 
movidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar. 
Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela 
empresa Itaipu Binacional, com o objetivo de nacionalizar 
a tecnologia de produção de carros elétricos. Basta 
colocá-los na tomada por um período de oito horas 
para que eles estejam aptos a rodar aproximadamente 
120 km. Os deslocamentos podem ser velozes, já que os 
veículos conseguem atingir uma velocidade de até 130 
km por hora. O detalhe mais animador é que, para isso, 
se gasta de quatro a cinco vezes menos do que se forem 
utilizados combustíveis convencionais, como o álcool ou 
a gasolina.
O motorista que experimentar dirigir os protótipos 
não deverá estranhá-los. “É muito simples guiá-los, 
pois as diferenças em relação aos carros tradicionais 
são mínimas”, explica o engenheiro eletricista Celso 
Novais, coordenador geral brasileiro do projeto 
Veículo Elétrico. “A principal distinção é que não existe 
partida. O veículo liga como se fosse acionado por um 
interruptor.” Segundo Novais, quando está parado - em 
um congestionamento, por exemplo -, o veículo não 
consome energia. “A bateria que o alimenta é totalmente 
reciclável e pode ser recarregada cerca de 1.500 vezes.”
O coordenador do projeto destaca o aspecto 
econômico como uma das grandes vantagens do 
carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido 
a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível 
percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo 
valor gasto com essa quantidade de gasolina for 
empregado na compra de energia elétrica, é possível 
rodar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens 
econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefícios 
ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui 
a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer 
outra substância química.”
Jaqueline Bartzen. Ciência hoje. Internet: <cienciahoje.uol.com.
br>. (Com adaptações.)
O texto é uma reporta gem sobre os veículos movidos 
a energia elétrica que estão sendo usados no Brasil.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao texto: Dois modelos de veículo de uma montadora 
italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos 
para rodar ( ainda não estão rodando, segundo o 
texto). Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil 
pela empresa Itaipu Binacional (...)
GABARITO OFICIAL: ERRADO
24. (INSS –ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: 
ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) De acordo 
com o texto, é correto inferir que a bateria dos veículos 
elétricos só será reciclada se apresentar defeito.
( ) CERTO ( ) ERRADO
A única referência que o texto faz à bateria é (...) A 
bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode 
ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” Não há citação 
de quando deve ser reciclada.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
25. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: 
ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) A principal 
vantagem dos veículos movidos a energia elétrica é o 
fato de serem muito semelhantes aos carros tradicionais, 
sendo que a principal distinção entre os dois tipos é o 
mecanismo usado para ligar o carro.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Texto: (...) O coordenador do projeto destaca 
o aspecto econômico como uma das grandes 
vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com 
um veículo movido a gasolina. “Com um litro do 
combustível, é possível percorrer 15 km em média. 
No entanto, se o mesmo valor gasto com essa 
quantidade de gasolina for empregado na compra 
de energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” 
Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais 
salienta os incontestáveis benefícios ambientais. “O 
carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, 
já que não emite gás carbônico ou qualquer outra 
substância química.”
GABARITO OFICIAL: ERRADO
TIPOLOGIA TEXTUAL
 TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL
A todo o momento nos deparamos com vários 
textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos 
há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a 
essência daquilo que está sendo transmitido entre 
os interlocutores. Estes interlocutores são as peças 
principais em um diálogo ou em um texto escrito.
É de fundamental importância sabermos classifi car 
os textos com os quais travamos convivência no nosso 
dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos 
textuais e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, 
um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos 
nossa opinião sobre determinado assunto, descrevemos 
algum lugar que visitamos, fazemos um retrato 
verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou 
ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que 
classifi camos os nossos textos naquela tradicional 
tipologia: Narração, Descrição e Dissertação.
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As tipologias textuais se caracterizam pelos 
aspectos de ordem linguística
Os tipos textuais designam uma sequência defi nida 
pela natureza linguística de sua composição. São 
observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, 
relações logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, 
argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de 
ação demarcados no tempo do universo narrado, 
como também de advérbios, como é o caso de 
antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em 
seu carro quando ele apareceu. Depois de muita 
conversa, resolveram...
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, 
descrevem características tanto físicas quanto 
psicológicas acerca de um determinado indivíduo 
ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados 
no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os 
cabelos mais negros como a asa da graúna...”
C) Textos expositivos – Têm por fi nalidade explicar 
um assunto ou uma determinada situação que se 
almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões 
de ela acontecer, como em: O cadastramento irá se 
prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se 
esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o benefício.
D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma 
modalidade na qual as ações são prescritas de forma 
sequencial, utilizando-se de verbos expressos no 
imperativo, infi nitivo ou futuro do presente: Misture 
todos os ingrediente e bata no liquidifi cador até criar 
uma massa homogênea. 
E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-
se pelo predomínio de operadores argumentativos, 
revelados por uma carga ideológica constituída de 
argumentos e contra-argumentos que justifi cam 
a posição assumida acerca de um determinado 
assunto: A mulher do mundo contemporâneo 
luta cada vez mais para conquistar seu espaço no 
mercado de trabalho, o que signifi ca que os gêneros 
estão em complementação, não em disputa.
GÊNEROS TEXTUAIS
São os textos materializados que encontramos em 
nosso cotidiano; tais textos apresentam características sócio-
comunicativas defi nidas por seu estilo, função, composição, 
conteúdo e canal. Como exemplos, temos: receita culinária, 
e-mail, reportagem, monografi a, poema, editorial, piada, 
debate, agenda, inquérito policial, fórum, blog, etc.
A escolha de um determinado gênero discursivo 
depende, em grande parte, da situação de produção, 
ou seja, a fi nalidade do texto a ser produzido, quem são 
os locutores e os interlocutores, o meio disponível para 
veicular o texto, etc. 
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados 
a esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por 
exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, 
editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação 
científi ca são comuns gêneros como verbete de dicionário 
ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científi co, seminário, 
conferência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto 
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – 
São Paulo: Saraiva, 2010.
Português – Literatura, Produção de Textos & 
Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, 
Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
SITE
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-
textual.htm
EXERCÍCIO COMENTADO
01. (TJ-DFT – CONHECIMENTOS BÁSICOS – TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 
2015) 
Ouro em Fios
A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, como 
o ouro e o cobre - condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O 
ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. 
Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de 
energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT: 
- Desligue as luzes nos ambie ntes onde é possível usar a 
iluminação natural.
- Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado.
- Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do 
ambiente.
- Utilize o computador no modo espera.
Fique ligado! Evite desperdícios.
Energia elétrica.
A natureza cobra o preço do desperdício.
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações)
Há no texto elementos característicos das tipologias 
expositiva e injuntiva.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Texto injuntivo – ou instrucional – é aquele que passa 
instruções ao leitor. O texto acima apresenta tal 
característica.
GABARITO OFICIAL: CERTO
Leia o texto a seguir e responda à questão..
Como nasce uma história
(fragmento)
Quando cheguei ao edifício, tomei o elevador que 
serve do primeiro ao décimo quarto andar. Era pelo 
menos o que dizia a tabuleta no alto da porta.
— Sétimo — pedi.
A porta se fechou e começamos a subir. Minha atenção 
se fixou num aviso que dizia:
É expressamente proibido os funcionários, no ato da 
subida, utilizarem os elevadores para descerem.
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Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata 
de problema complicado, este do infinito pessoal. 
Prevaleciam então duas regras mestras que deveriam ser 
rigorosamente obedecidas. Uma afirmava que o sujeito, 
sendo o mesmo, impedia que o verbo se flexionasse. Da 
outra infelizmente já não me lembrava.
Mas não foi o emprego pouco castiço do infinito 
pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar ele 
concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos 
de um escritor que se preza.
Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro, 
entenderia o que se pretende dizer neste aviso. Pois um 
tijolo de burrice me baixou na compreensão, fazendo com 
que eu ficasse revirando a frase na cabeça: descerem, no 
ato da subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma 
simples e correta de formular a proibição:
É proibido subir paradepois descer.
É proibido subir no elevador com intenção de descer.
É proibido ficar no elevador com intenção de descer, 
quando ele estiver subindo.
Se quiser descer, não tome o elevador que esteja subindo.
Mais simples ainda:
Se quiser descer, só tome o elevador que estiver 
descendo.
De tanta simplicidade, atingi a síntese perfeita do que 
Nelson Rodrigues chamava de óbvio ululante, ou seja, a 
enunciação de algo que não quer dizer absolutamente 
nada: Se quiser descer, não suba.
Fernando Sabino. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 
1995, p. 137-140. (Com adaptações.)
02. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) O gênero textual apresentado permite o emprego 
da linguagem coloquial, como ocorre, por exemplo, em 
“Qualquer um, não sendo irremediavelmente burro” e “um 
tijolo de burrice”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
O gênero é a crônica, conta fatos do dia a dia de maneira 
descontraída, o que permite a utilização de uma 
linguagem mais próxima do leitor; a informalidade.
GABARITO OFICIAL: CERTO
ORTOGRAFIA OFICIAL
A ortografi a é a parte da Fonologia que trata da 
correta grafi a das palavras. É ela quem ordena qual som 
devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma 
língua são grafados segundo acordos ortográfi cos. 
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender 
ortografi a é realizar muitos exercícios, ver as palavras, 
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras 
é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções 
e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de 
etimologia (origem da palavra).
1. Regras ortográfi cas
A) O fonema S
São escritas com S e não C/Ç
 Palavras substantivadas derivadas de verbos com 
radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender 
- pretensão / expandir - expansão / ascender - 
ascensão / inverter - inversão / aspergir - aspersão / 
submergir - submersão / divertir - diversão / impelir 
- impulsivo / compelir - compulsório / repelir - 
repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / 
sentir - sensível / consentir – consensual.
São escritos com SS e não C e Ç 
 Nomes derivados dos verbos cujos radicais 
terminem em gred, ced, prim ou com verbos 
terminados por tir ou - meter: agredir - agressivo 
/ imprimir - impressão / admitir - admissão / 
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - 
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão 
/ comprometer - compromisso / submeter – 
submissão.
 Quando o prefi xo termina com vogal que se 
junta com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + 
simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir.
 No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. 
Exemplos: fi casse, falasse.
São escritos com C ou Ç e não S e SS
 Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
 Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: 
cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique.
 Sufi xos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, 
uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, 
carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço.
 Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção 
/ deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
 Após ditongos: foice, coice, traição.
 Palavras derivadas de outras terminadas em 
-te, to(r): marte - marciano / infrator - infração / 
absorto – absorção.
B) O fonema z
São escritos com S e não Z
 Sufi xos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical 
é substantivo, ou em gentílicos e títulos 
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, 
baronesa, princesa.
 Sufi xos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, 
metamorfose.
 Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, 
quis, quiseste.
 Nomes derivados de verbos com radicais 
terminados em “d”: aludir - alusão / decidir - 
decisão / empreender - empresa / difundir – difusão.
 Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís 
- Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
 Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
 Verbos derivados de nomes cujo radical termina 
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar 
– pesquisar.
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São escritos com Z e não S
 Sufi xos “ez” e “eza” das palavras derivadas de 
adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – 
beleza.
Sufi xos “izar” (desde que o radical da palavra de 
origem não termine com s): fi nal - fi nalizar / 
concreto – concretizar.
 Consoante de ligação se o radical não terminar 
com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal 
Exceção: lápis + inho – lapisinho.
C) O fonema j
São escritas com G e não J
 Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, 
gesso.
 Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, 
gim.
 Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com 
poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, 
bege, foge. 
Exceção: pajem.
 Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, 
litígio, relógio, refúgio.
 Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, 
fugir, mugir.
 Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, 
surgir.
 Depois da letra “a”, desde que não seja radical 
terminado com j: ágil, agente.
São escritas com J e não G
 Palavras de origem latinas: jeito, majestade, 
hoje.
 Palavras de origem árabe, africana ou exótica: 
jiboia, manjerona.
 Palavras terminadas com aje: ultraje.
D) O fonema ch
São escritas com X e não CH
 Palavras de origem tupi, africana ou exótica: 
abacaxi, xucro.
 Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, 
lagartixa.
 Depois de ditongo: frouxo, feixe.
 Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.
Exceção: quando a palavra de origem não derive de 
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
São escritas com CH e não X
 Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, 
chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, 
salsicha.
E) As letras “e” e “i”
 Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. 
Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
 Verbos que apresentam infi nitivo em -oar, -uar 
são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue. 
Escrevemos com “i”, os verbos com infi nitivo em 
-air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui.
FIQUE ATENTO!
Há palavras que mudam de sentido quan-
do substituímos a grafi a “e” pela grafi a “i”: 
área (superfície), ária (melodia) / delatar 
(denunciar), dilatar (expandir) / emergir 
(vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de 
estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto 
à ortografi a de uma palavra, há a possibili-
dade de consultar o Vocabulário Ortográfi -
co da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado 
pela Academia Brasileira de Letras. É uma 
obra de referência até mesmo para a criação 
de dicionários, pois traz a grafi a atualizada 
das palavras (sem o signifi cado). Na Internet, 
o endereço é www.academia.org.br.
#FicaDica
2. Informações importantes
Formas variantes são as que admitem grafi as ou 
pronúncias diferentes para palavras com a mesma 
signifi cação: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/
quatorze, dependurar/pendurar, fl echa/frecha, germe/
gérmen, infarto/enfarte, louro/loiro, percentagem/
porcentagem, relampejar/relampear/relampar/
relampadar.
Os símbolos das unidades de medida são escritos 
sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar 
plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 
20km, 120km/h.
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
Na indicação de horas, minutos e segundos, não 
deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 
22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três 
minutos e trinta e quatro segundos).
O símbolo do real antecede o número sem espaço: 
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma 
barra vertical ($).
ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS
1. Por que / por quê / porquê / porque
POR QUE (separado e sem acento)
É usado em:
1. interrogações diretas (longe do ponto de 
interrogação) = Por que você não veio ontem?
2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale 
a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe 
por que faltara à aula ontem.
3. equivalências a “pelo(a) qual”/ “pelos(as) quais” = 
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
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POR QUÊ (separado e com acento)
Usos:
1. como pronome interrogativo, quando colocado no 
fi m da frase (perto do ponto de interrogação) = 
Você faltou. Por quê?
2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por 
quê? 
PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfi co)
Usos:
1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale 
a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na 
escrita (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até 
ponto fi nal) = Compre agora, porque há poucas 
peças.
2. como conjunção subordinativa causal, substituível 
por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu 
porque se antecipou.
PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfi co)
Usos:
1. como substantivo, com o sentido de “causa”, 
“razão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). 
Geralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê 
da discussão. É uma pessoa cheia de porquês.
2. ONDE / AONDE
Onde = empregado com verbos que não expressam 
a ideia de movimento = Onde você está?
Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos 
que expressam movimento = Aonde você vai?
3. MAU / MAL
Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se 
como qualifi cação = O mau tempo passou. / Ele é um 
mau elemento.
Mal = pode ser usado como
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”, 
“logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu.
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi 
mal na prova? 
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou 
pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal 
não compensa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto 
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – 
São Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, 
redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff . Português – Literatura, 
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira 
Yousseff , Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo: 
Saraiva, 2002.
SITE
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
ortografi a
4. Hífen
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado 
para ligar os elementos de palavras compostas (como ex-
presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos a 
verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente para 
fazer a translineação de palavras, isto é, no fi m de uma linha, 
separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
 
A) Uso do hífen que continua depois da Reforma 
Ortográfi ca:
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se 
unem para formam um novo signifi cado: tio-avô, 
porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, 
segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, 
primeiro-ministro, azul-escuro.
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e 
zoológicas: couve-fl or, bem-te-vi, bem-me-quer, 
abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, 
recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-
número, recém-casado.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas 
algumas exceções continuam por já estarem 
consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, 
mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, 
queima-roupa, deus-dará.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte 
Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas 
combinações históricas ou ocasionais: Áustria-
Hungria, Angola-Brasil, etc.
6. Nas formações com os prefi xos hiper-, inter- e 
super- quando associados com outro termo que é 
iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-
racional, etc.
7. Nas formações com os prefi xos ex-, vice-: ex-
diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
8. Nas formações com os prefi xos pós-, pré- e pró-: 
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, 
etc.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, 
abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
10. Nas formações em que o prefi xo tem como 
segundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-
hepático, geo-história, neo-helênico, extra-humano, 
semi-hospitalar, super-homem.
11. Nas formações em que o prefi xo ou pseudoprefi xo 
termina com a mesma vogal do segundo elemento: 
micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-
observação, etc.
O hífen é suprimido quando para formar outros 
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
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Lembrete da Zê!
Ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser 
escrita seja formada por hífen, repita-o na 
próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in-
fl amatório e, ao fi nal, coube apenas “anti-”. 
Na próxima linha escreverei: “-infl amatório” 
(hífen em ambas as linhas). Devido à diagra-
mação, pode ser que a repetição do hífen na 
translineação não ocorra em meus conteú-
dos, mas saiba que a regra é esta!
#FicaDica
B) Não se emprega o hífen:
1. Nas formações em que o prefi xo ou falso prefi xo 
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em 
“r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas 
consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, 
microssistema, minissaia, microrradiografi a, etc.
2. Nas constituições em que o prefi xo ou pseudoprefi xo 
termina em vogal e o segundo termo inicia-
se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, 
coeducação, autoestrada, autoaprendizagem, 
hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, 
etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefi xos 
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” 
inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. Nas formações com o prefi xo “co”, mesmo 
quando o segundo elemento começar com “o”: 
cooperação, coobrigação, coordenar, coocupante, 
coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram 
noção de composição: pontapé, girassol, 
paraquedas, paraquedista, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: 
benfeito, benquerer, benquerido, etc.
Os prefi xos pós, pré e pró, em suas formas 
correspondentes átonas, aglutinam-se com o elemento 
seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, 
predeterminado, pressuposto, propor.
Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-
infeccioso, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, 
sobre-humano, super-realista, alto-mar.
Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma, 
antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, 
ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, 
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
SITE
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
ortografi a
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Cespe 
– 2013 – adaptada)
A fi m de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatenados 
são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos 
de comunicação, os quais são indispensáveis para que 
os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos 
acontecidos no correr do procedimento e se habilitem a 
exercer os direitos que lhes cabem e a suportar os ônus 
que a lei lhes impõe.
Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações).
No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguintes.
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto 
nem para seu sentido caso o trecho “A fi m de solucionar 
o litígio” fosse substituído por Afi m de dar solução à 
demanda e o trecho “tomem conhecimento dos atos 
acontecidos no correr do procedimento” fosse, por 
sua vez, substituído por conheçam os atos havidos no 
transcurso do acontecimento.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Errado. “A fi m” tem o sentido de “com a 
intenção de”; já “afi m”, “semelhança, afi nidade”. Se 
a primeira substituição fosse feita, o trecho estaria 
incorreto gramatical e coerentemente.

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