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Neospora caninum -Hospedeiros Definitivos: cães, lobo, coiote (canídeos) - Intermediários: bovinos, caprinos, ovinos, equinos, caninos, cervídeos e outros animais silvestres, aves, bubalinos - Oocistos medem entre 10 a 12μm -Os taquizoítos possuem forma de meia lua, medem em torno de 6 X 2μm e podem ser encontrados em diferentes células do corpo -Os bradizoítos , que são alongados medindo em torno de 7 x 1,5μm -Os cistos (bradizoítos) são as formas encontradas intracelularmente no hospedeiro intermediário -Os cistos (bradizoítos) possuem forma oval, sendo encontrados também nas células do sistema nervoso; ➢ Ciclo Biológico -O parasito, sob reprodução sexuada, se reproduz no intestino do cão e, posteriormente, seus oocistos são levados ao ambiente pelas fezes -A esporulação ocorre no meio, dentro de até três dias -Os oocistos esporulados contêm dois esporocistos, com quatro esporozoítos cada um -Os oocistos são resistentes no ambiente e permanecem viáveis por longo período até serem ingeridos pelo hospedeiro intermediário. -Após a ingestão dos oocistos esporulados , pelo hospedeiro intermediário, os esporozoítos invadem os tecidos desenvolvendo uma infecção sistêmica (reprodução assexuada, esquizogonia) -O parasito forma, em músculos e vísceras, principalmente no cérebro, cistos com bradizoítos. Estes, apesar de estarem em estado latente, quando ingeridos pelo cão são infecciosos -No cão, esses bradizoítos penetram nas células intestinais onde fazem a reprodução sexuada (gametogonia) eliminando oocistos no ambiente, reiniciando o ciclo; ➢ Sinais Clínicos -Abortamento no hospedeiro intermediário em qualquer época da gestação, fetos podem morrer no útero -Reabsorção fetal, mumificação fetal, fetos autolisados, natimortos, bezerros deformados -Nascimento de bezerros com sinais neurológicos: paralisias, paresias, ataxia motora (incoordenação motora), perda de peso, exoftalmia, olhos assimétricos -A maioria dos bezerros com neosporose morrem nas quatro primeiras semanas de vida -Não há relatos de infecção em humanos ➢ Diagnóstico -Testes sorológicos: Ensaio imunoenzimático (ELISA) e imunofluorescência indireta (IFI) -Fetos abortados – testes sorológicos e exames histopatológicos (cérebro, fígado e coração) -Teste de imunohistoquímica dos tecidos fetais -Isolamento e cultura do agente -Testes moleculares – PCR -Exame Parasitológico de Fezes de cães (Faut e Willis): presença de oocistos de Neospora caninum -Para confirmar se o aborto foi causado por Neospora caninum, o parasito deve ser encontrado nos tecidos fetais – PCR; ➢ Controle -Evitar que os cães contaminados defequem nos depósitos de alimentos e bebedouros das fazendas -Usar depósitos fechados cobrindo os silos com lonas plásticas após sua abertura -Educar a produtor a castrar os cães da propriedade -Orientar os vizinhos que mantenham seus cães nas suas propriedades, orientar a castração também -Fetos abortados ou restos placentários devem ser analisados, incinerados e/ou enterrados -Alimentar os cães com ração, evitando que os mesmos se alimentem de carne crua ou mal cozida - Comunicar as autoridades locais (vigilância sanitária ou zoonoses) sobre a presença de cães errantes e as Agências de Defesa Agropecuária sobre casos de aborto no rebanho bovino.
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